1 minute read

DOCUMENTO NORMATIVO PARA APLICAÇÃO A ARRUAMENTOS URBANOS

Fascículo II – Caraterísticas geométricas pararodovias com tráfegomotorizado ocupação do solo, tipos de utilizadores, considerando os parâmetros geométricos que constam na Figura 6.2 e os valores mínimos e máximos respetivos que constam no Quadro 6.3 (ver capítulo 6.3).

2.1.5 Inclinaçõestransversais

Advertisement

Conforme referido no capítulo 5.6.3do Fascículo I, a inclinaçãotransversaldasuperfíciedo pavimento da faixa de rodagem e das bermas destina-se a assegurar a conveniente drenagem superficial e, no caso de curvas em planta, também para disponibilizar sobrelevação que contribua para gerar a aceleração centrípeta associada à trajectória curvilínea imposta nessas curvas (Macedo, Cardoso e Roque, 2011).

Nos alinhamentos retos os requisitos de drenagem determinam a inclinação transversal a adoptar, verificando-se que aqueles dependem sobretudo do tipo de pavimento e das suas características superficiais. A inclinação transversal deve ser de 2,5% nos pavimentos betuminosos e de 2,0 % nos pavimentos de betão de cimento.

Nos arruamentos com duas vias a superfície do pavimento é normalmente inclinada para ambos os lados a partir do eixo (perfil em “V” invertido), o que permite diminuir o comprimento de drenagem.

Nas estradas com faixas de rodagem unidireccionais o pavimento de cada faixa de rodagem é, em princípio, inclinado para o exterior. Esta solução, apesar de estar associada a maior comprimento de drenagem do que a configuração com duas superfícies de drenagem, tem a vantagem de não impor variações na aceleração transversal aos veículos que mudam de via e o consequente perigo de instabilização das viaturas por rolamento excessivo – designadamente em manobras de ultrapassagem,muito frequentes em estradas com dupla faixa de rodagem (Macedo et al., 2011).

Amelhoriadadrenagemsuperficialpodeserobtidamedianteaadopçãodeinclinaçõesmaioresdoque 2,5% (até ao máximo de 4%) nas vias mais a jusante do caminho de drenagem, da colocação de pavimentos porosos ou da instalação de drenos superficiais ou sub-superficiais.

A inclinação transversal dos passeios é tratada no Fasciculo III (capítulo 2.3).

2.1.6 Sobrelarguras

Conforme referido no capítulo 5.3.5 do Fascículo I, os veículos ao descreverem uma curva ocupam uma maior largura de faixa de rodagem do que quando circulam em reta. Este aumento da largura ocupada depende basicamente do raio da curva e do comprimento e distância entre eixos do veículo. Em curvas de raio corrente, este aumento de largura é desprezável para veículos ligeiros; no entanto, ésignificativoparaosveículospesados,especialmentesearticuladosoucom reboques,peloquedeve ser considerado.

This article is from: