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DOCUMENTO NORMATIVO PARA APLICAÇÃO A ARRUAMENTOS URBANOS

Fascículo II – Caraterísticas geométricas pararodovias com tráfegomotorizado

2.3.2 Concordânciasverticais

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Asconcordânciasentretrainéissãoasseguradasmediantecurvasparabólicas.Naseleçãodosvalores dosparâmetrosrelevantesdasconcordâncias(comprimentoecurvaturamáxima)éhabitualconsiderar critérios de visibilidade, de aparência (conforto óptico) e de aceleração vertical (comodidade).

NoQuadro2.11 sãoapresentados comprimentos mínimos parao desenvolvimento das concordâncias em função da categoria hierárquica da via. Tratando-se de características subjetivas, são recomendados intervalos de valores e não valores numéricos exatos.

Quadro 2.11 – Desenvolvimento mínimo das concordâncias (conforto óptico) consoante o nível hierárquico.

De igual forma, no Quadro 2.12, são definidos valores mínimos para o raio equivalente das concordâncias em função da categoria hierárquica da via.

Quadro 2.12 – Raio equivalente mínimo das concordâncias (variação da aceleração vertical) consoante o nível hierárquico.

Documento Normativo Para Aplica O A Arruamentos Urbanos

Fascículo II – Caraterísticas geométricas pararodovias com tráfegomotorizado

TalcomoreferidonoFascículoI,aescolhadosparâmetrosdasconcordânciastambém écondicionada pela necessidade de assegurar as distâncias de visibilidade relevantes em cada secção da rodovia. Consoante o caso, o valor crítico pode corresponder à distância de visibilidade de paragem (DVP), à distância de visibilidade de ultrapassagem (DVU) ou à distância de visibilidade de decisão (DVD), conforme referido no capítulo 4.4 do Fascículo I.

Anota-se que, habitualmente, os critérios de visibilidade são determinantes na escolha do raio de curvatura das concordâncias convexas e, frequentemente, das concordâncias côncavas junto a obstáculos acima do gabarito vertical.

2.4 Cruzamentos

Os cruzamentos são elementos da rede viária onde duas ou mais correntes de tráfego se cruzam, separamoujuntamgerandoconflitosquesãoreguladoseresolvidosdeacordocomregraspredefinidas eespecíficasdefuncionamento(Seco etal.,2008c).Estessãopontoscríticosdaredeviária,emtermos decapacidadeedesegurança.Sãoigualmenteespaçosondeosconflitosdeinteressesentreasredes rodoviáriasmotorizadaseasredespedonaisoudecicloviassãomaisevidentes.Essesconflitospodem ainda incluir sistemas ferroviários ligeiros.

A conceção de um cruzamento será influenciada por diversos fatores, incluindo o alinhamento e inclinação das estradas de aproximação, requisitos de drenagem, presença de serviços públicos, acesso à propriedade e a presença de características locais, tanto naturais como artificiais. Existem outros fatores a considerar no desenvolvimento do projeto de um cruzamento, nomeadamente (Austroads, 2017d):

 Características dos utentes da rodovia(ocupantes de automóveis,peões,ciclistas, condutores de veículos pesados de mercadorias, condutores e passageiros de autocarros e de elétricos);

 Exigências de veículos especiais ou de grandes dimensões;

 Topografia e disponibilidade de solo;

 Ambiente e património;

 Condicionantes físicas;

 Segurança e saúde no trabalho;

 Outros fatores.

Conforme mencionado no capítulo 2.4 do Fascículo I, os cruzamentos entre vias urbanas, da mesma categoria ou de categorias diferentes, constituem pontos críticos da rede, que condicionam o seu funcionamento, em termos de fluidez e segurança. O processo de hierarquização viária pressupõe, pois, o estabelecimento de regras precisas, primeiramente sobre a permissão ou negação de

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