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DOCUMENTO NORMATIVO PARA APLICAÇÃO A ARRUAMENTOS URBANOS

Fascículo II – Caraterísticas geométricas pararodovias com tráfegomotorizado desenvolvem nas imediações da rua (antiga estrada). Pode verificar-se um aumento do número e gravidade de acidentes com peões e bicicletas na antiga estrada de atravessamento, se não houver remodelação da mesma, adaptando-a às pretendidas características urbanas. A experiênciainternacionaldemonstraqueopotencialdemelhoriadasegurançarodováriadeuma variante só é completamente obtido, se a construção da variante for acompanhada pelo tratamento do trecho desclassificado, integrando-o na rede urbana e conferindo-lhe características compatíveis com a sua função nessa rede (Nilsson, 1994; Elvik e Vaa, 2004).

A construção de variantes nem sempre se revela viável, em especial por razões económicas, designadamente quando o volume de tráfego de atravessamento não o justifica. Nesses casos, os atravessamentos devem ser objecto de intervenção, a qual deve privilegiar a função acessibilidade.

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3.2 Soluçõesaplicáveis

No tratamento dos problemas associados aos atravessamentos de localidades, têm sido preconizadas três abordagens alternativas (Djurhuus et al., 1991 e Marques, 2005, referidos em Silva et al., 2011a): a) Construçãodeumavarianteaoaglomeradourbanoeremodelaçãodoatravessamentopara função acessibilidade; b) Reordenamento do trecho de atravessamento beneficiando o tráfego de atravessamento (privilegiando a função mobilidade ou distribuição); c) Remodelação do trecho, de modo a prevalecer a função acessibilidade e favorecendo as atividades urbanas.

A decisão de construção de uma variante assenta essencialmente na incompatibilidade dos tráfegos de atravessamento e local, que penaliza tanto o nível de serviço, como a qualidade de vida da população local, bem como na relevância do tráfego de atravessamento. Este tipo de intervenções é habitualmente mais exigente do ponto de vista económico, com investimentos cerca de 2 a 3 vezes maiores do que os associados ao reordenamento do eixo (Djurhuus, et al., 1991). Como já referido, a construção da variante deve ser acompanhada da remodelação do trechourbanodesclassificado,conformando-oàfunçãoacessibilidadepretendida(Nilsson,1994 e Cardoso, 1999).

Para que esta solução seja eficaz, o tráfego de atravessamento deve ser induzido a procurar a variante, através da reabilitação do espaço canal que atravessa o aglomerado, focado na conformidade à função acessibilidade pretendida e na melhoria da vivência urbana, o que

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