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DOCUMENTO NORMATIVO PARA APLICAÇÃO A ARRUAMENTOS URBANOS
Fascículo II – Caraterísticas geométricas pararodovias com tráfegomotorizado
Para atender às especificidades locais, Silva et al. (2011c) elaboraram um conjunto de recomendaçõesparaaconceçãodearruamentosdeatravessamentodepovoaçõesestruturadas de acordo com três parâmetros: os níveis de procura de tráfego, o espaço canal disponível e a extensão do trecho de atravessamento.
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Com este último parâmetro pretende atender-se à demora imposta ao condutor no atravessamentodalocalidade,frutodolimitedevelocidadeedeperturbaçõesnofluxodetráfego. O segundo parâmetro reflete a disponibilidade de espaço físico para edificação de soluções –por exemplo de ciclovias ou para segregação do tráfego local.
Relativamente ao tráfego aqueles autores consideraram três níveis:
tráfego elevado, correspondendo a TMDA entre 12000 e 20000 veículos;
tráfego moderado, com TMDA entre 5000 e 12000 veículos;
tráfego baixo, para TMDA inferior a 5000 veículos.
No primeiro caso é preconizada por Silva et al. (2011c) uma abordagem que valoriza mais a fluidez e a capacidade, comparativamente à vivência urbana; no segundo é preconizada uma abordagem com preocupações idênticas ao nível da vivência urbana e da fluidez do tráfego motorizado; e no terceiro é recomendada a valorização das condições de vivência urbana e de qualidade de vida local.
Detalhes sobre as soluções específicas propostas para cada um dos níveis de tráfego podem ser consultados em Silva et al. (2011c). A aplicação das mesmas, deve, no entanto, ser condicionada por critérios de segurança rodoviária, para se adequar aos princípios os Sistema Seguro referidos no Fascículo I.
Para garantir que a velocidade do tráfego estará de acordo com o limite máximo pretendido, devem ser adotadas medidas de acalmia de tráfego, que consistem genericamente em combinações de dispositivos (ver Fascículo IV), cujo grau de restrição imposta à liberdade dos condutores depende dos objetivos.
Na generalidade dos casos, o tratamento dos atravessamentos de localidades envolve medidas para o controlo da velocidade de circulação, que se caracterizam por marcação vincada das fronteiras da povoação, mediante construção de portões, e por alterações nos alinhamentos horizontaisenosalinhamentosverticais,complementadasporintervençõestendentesadiminuir a sensação de desafogo lateral, como estreitamento de vias e construção de passeios sobrelevados.
As alterações dos alinhamentos horizontais incluem medidas que impõem aos condutores a inscrição em trajetórias curvilíneas em planta,asensaçãode constrangimento laterale, mesmo,