RBS Magazine ED. 12

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Vol. 03 - Nº 12 - SET/OUT 2016

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A Energia que vem do Sol

Uma Solução limpa e sustentável!!!

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Editor/Índice MENSAGEM DO EDITOR: A nova edição da revista chega para celebrar o excelente ano para energia solar fotovoltaica no Brasil. O número de instalações no segmento de geração distribuída ultrapassa 5.000 unidades conectadas e as grandes usinas vencedoras dos leilões de 2014 até agora, começam a criar corpo e se materializar em diversos estados. Complementando o bom momento, este ano já tivemos 5 (cinco) congressos de médio-grande porte: 3 (três) em São Paulo, 1 (um) no Rio de Janeiro, 1 (um) em Belo Horizonte, sendo que até final de novembro outros 2 (dois) eventos acontecerão em São Paulo e Curitiba. Nunca se falou tanto da energia solar. O setor de geração distribuída cresce a largo passos e o setor de geração centralizadas esbarra nos gargalos de infraestrutura. Na GD, vale sempre citar que a qualificação da mão de obra parece ser um ponto importante a ser resolvido, ou melhor, um ponto para se ir resolvendo. O setor deve investir na capacitação da sua rede de instaladores, fundamental para manter o crescimento sustentado. O segmento de usinas centralizadas recebeu na semana passada uma triste notícia, a indisponibilidade de muitas linhas de transmissão para escoar a energia solar em vários estados do Brasil. A Bahia, por exemplo, possui hoje 0 (zero) disponibilidade de conexão de usinas solares de grande porte. Um reflexo da interrupção das obras de transmissão contratadas e uma falha no planejamento da expansão como o todo. Como ficarão as novas contratações neste setor? Como será que o investidor está encarando estes riscos? Em breve teremos um outro LER para energia solar, e o tempo se encarregará de responder estas perguntas. Enquanto isso, a GD segue firme e forte.

04 Considerações sobre Sistemas Fotovoltaicos aplicados a edificações Programação do CBGD - Congresso Brasileiro de Geração 30 Distribuída & Smart Energy 2016 36 O acordo de Paris "COP21" e a Geração Distribuída EDIÇÃO

TIRAGEM: 5.000 exemplares VERSÕES: Impressa / eletrônica PUBLICAÇÃO: Bimestral CONTATO: 55 (42) 3025.7825 / 3086.8588 APOIO ABGD \ TECPAR \ WBA – Asso- E-MAIL: EDIÇÃO DE ARTE E PRODUÇÃO

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Andrigo Filippo Antoniolli, Alexandre de Albuquerque Montenegro, Clarissa Debiazi Zomer, Ricardo Rüther, Nivalde de Castro, Lorrane Câmara, Max Ramalho, Bernardo DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Meyer Hickel, Eduardo Martins Empresas do setor de energia Deschamps, solar e energias renováveis, Lucas Rafael do Nascimento, sustentabilidade, câmaras e fedRicardo Rüther, Gabriel Claudino erações de comércio e indústria, Simões, Carlos Evangelista, universidades, assinantes, centros Guilherme Chrispim. de pesquisas, além de ser distribuído em grande quantidade nas principais feiras e eventos do Os artigos e matérias assinados por colunistas setor de energia solar, energias e ou colaboradores, não correspondem a opinião do RBS Magazine - Revista Brasil Solar, renováveis, construção sustesendo de inteira responsabilidade do autor. ntável e meio ambiente.

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Artigo

AVALIAÇÃO TÉCNICA E ECONÔMICA ENTRE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS APLICADOS A EDIFICAÇÕES (BAPV) E SISTEMAS IDEALMENTE INSTALADOS PARA MÁXIMA GERAÇÃO ANUAL Andrigo Filippo Antoniolli – andrigofilippo@gmail.com Alexandre de Albuquerque Montenegro – alexandre.a.montenegro@gmail.com Clarissa Debiazi Zomer – clazomer@gmail.com Ricardo Rüther – ricardo.ruther@ufsc.br

Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil

Resumo. O presente artigo compara, através de uma avaliação técnica e econômica, duas situações de sistemas fotovoltaicos (FV) conectados à rede (SFVCR): (i) integração ideal ao envelope construtivo e (ii) máxima geração anual. Na situação (i), os módulos são instalados na mesma orientação e inclinação da água do telhado mais adequada. Já na situação (ii), a mesma potência prevista na situação (i) é instalada na orientação e inclinação ótimas para atingir a maior geração anual. Tal comparação foi feita para 20 unidades residenciais distribuídas ao longo do Estado de Santa Catarina. A avaliação técnica faz a comparação entre a geração estimada dos SFVCR nas situações (i) e (ii), para cada uma das 20 residências. A avaliação econômica considera os resultados encontrados na análise técnica e faz um estudo de retorno do investimento para cinco das vinte residências. Os resultados mostraram que ao comparar os valores de produtividade para a condição BAPV de cada uma das residências com a condição teoricamente ideal, foi possível verificar que, para as casas cujas coberturas têm desvio azimutal de ±90º, a produtividade foi reduzida em mais de 10%. Para os sistemas BAPV cujo valor do azimute permanece zero, mas a diferença da inclinação em relação ao valor ideal é de -12º a 18º, a influência sobre os valores de produtividade não é tão significativa (redução de 0% a 3%). Mesmo as edificações com situações reais mais desfavoráveis em relação à situação ideal, mostraram-se viáveis para tornarem-se edificações de energia zero. Palavras-chave: SFVCR, produtividade, análise econômica.

1 INTRODUÇÃO As edificações públicas, residenciais e comerciais foram responsáveis por 54% (251,53 TWh) do consumo total de energia elétrica do país em 2013 (463,33 TWh), sendo que o setor residencial consumiu 27% (124,89 TWh) deste total (EPE, 2014).

unidade de mesma titularidade, desde que ambas possuam o mesmo CPF ou CNPJ. Esse crédito em quantidade de energia ativa (kWh) deve ser consumido no máximo em 60 meses (período atualizado pela REN ANEEL 687, de 24.11.2015).

Até o final de 2014, o setor residencial acumulou uma potência fotoDesde abril de 2012, quando en- voltaica (FV) instalada de 3.105 kWp, trou em vigor a REN 482 da ANEEL, distribuída entre aproximadamente o consumidor brasileiro pode partici- 245 sistemas FV conectado à rede par de um sistema de compensação (SFVCR) (ANTONIOLLI, 2015). de energia elétrica (SCEE), através do qual é possível gerar energia para No Brasil, a geração FV integraconsumo próprio diretamente na edi- da a edificações possui um alto poficação, e armazenar o excedente na tencial devido aos elevados índices rede pública, para uso posterior. A de irradiação solar ao longo de todo energia ativa injetada na rede é pos- o território nacional (4,25 kWh/m² a teriormente compensada com o con- 6,30 kWh/m²) (PEREIRA, 2006). Além sumo de energia ativa dessa mesma disso, é uma geração distribuída conunidade consumidora ou de outra sumida diretamente pela edificação 4

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de uma forma inteligente e sem a necessidade de uma linha de transmissão ou conexão em subestação. Neste artigo foram avaliadas 20 residências unifamiliares em Santa Catarina, e foi analisada a viabilidade técnica de instalação de SFVCR em diferentes configurações de telhado. Cada SFVCR aplicado à edificação (BAPV, da sigla em inglês building-applied photovoltaics) é comparado com um sistema de mesma potência, porém em condições ideais de inclinação e orientação. Para as duas configurações de SFVCR, são calculados então os valores de produtividade FV (kWh/kWp.ano) – também chamado de Yield – e de custo da energia gerada. 2 MÉTODO O método desenvolvido para realizar este trabalho foi dividido em etapas, conforme mostra o fluxograma da Fig. 1.

Figura 1 - Método do artigo em forma de fluxograma.

Uma pesquisa inicial foi feita com a finalidade de encontrar voluntários em Santa Catarina dispostos a fornecer informações sobre seus imóveis residenciais. Foram então obtidos dados de 20 residências distribuídas nas cidades de Florianópolis, Palhoça, Concórdia, Chapecó, Joaçaba, Quilombo, Curitibanos e Palma Sola. A localização de cada cidade, dentro do estado de Santa Catarina, está apresentada na Fig. 2. Na Tab. 1 estão apresentadas as coordenadas geográficas de cada cidade e os índices de irradiação no plano inclinado (igual à latitude local de cada cidade) e com desvio azimutal zero (orientação norte).

Figura 2 - Mapa de Santa Catarina com indicação das cidades analisadas.

2.1 Levantamento de dados Foram coletados dados e informações relacionados a plantas de cobertura e implantação de residências, inclinação do telhado, desvio azimutal, cidade (latitude e longitude) e índices de irradiação solar para diferentes regiões do estado de Santa Catarina. O levantamento de dados foi feito com um número de 20 amostras com o objetivo de destacar as diferentes situações reais encontradas durante a instalação de um BAPV, além de avaliar as diferenças de irradiação solar entre as regiões analisadas. 6

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Tabela 1 - Cidades analisadas, suas coordenadas e os índices de irradiação solar inclinada (considerando inclinação igual à latitude local e desvio azimutal zero).


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2.2 Análise de coberturas Neste item foi selecionada a água de telhado de cada residência com orientação mais favorável à geração FV.

IrrCPT = irradiância nas condições padrão de teste = 1 kW/m². As análises de produtividade (Y) de cada SFVCR foram feitas levando em consideração a taxa de desempenho (PR) da tecnologia de silício policristalino.

Para concretizar esta análise, foi necessário ter acesso às plantas de cobertura ou coletar informações in Para o cálculo dos valores de loco para as residências que não pos- GPOA, os dados de irradiação global suíam projeto arquitetônico. horizontal disponíveis no banco de dados SWERA (PEREIRA, 2006) foram Para as residências que dispu- transpostos para valores de irradianham de planta de cobertura, foi ção no plano dos módulos via softwaselecionada através dessa planta, re RADIASOL (KRENZINGER, 1998), a água que tinha a orientação mais utilizando o modelo matemático de favorável à geração FV, ou seja, com Perez. menor desvio azimutal. Foi levantado então as dimensões e a inclinação A produtividade foi calculada dessa água. para as situações (i) e (ii). Na situação (i), a GPOA foi calculada para a orienPara as residências que não ti- tação (desvio azimutal) e inclinação nham plantas de cobertura, foi ge- reais da água de telhado selecionada. rada uma imagem da cobertura via Para a situação (ii), a GPOA foi calculaGoogle Maps, e, através dessa, foi da para a orientação Norte (desvio selecionada a água com orientação azimutal = zero) e inclinação igual à mais favorável à geração FV (menor latitude local. desvio azimutal). Depois disso, foi feita uma coleta de informações in loco, Foram então selecionadas, para para medir as dimensões da água, dar continuidade nas análises, as inclinação e para conferir sua orien- cinco residências que apresentaram tação. maior diferença entre os valores de produtividade (Y) das situações (i) e 2.3 Cálculo da produtividade (ii). (Yield) 2.4 Cálculo da potência necesPara o cálculo da produtivida- sária para instalação dos sistemas de (Y), foram utilizadas as informa- BAPV ções de taxa de desempenho (PR) e de irradiação no plano dos módulos Para estimar a potência instala(GPOA) na Eq. (1): da necessária do sistema BAPV que atende o consumo em cada uma das cinco residências selecionadas, foi (1) utilizada a Eq. (2): Onde: Y = produtividade do SFVCR [kWh/ kWp/ano] PR = taxa de desempenho (Performance Ratio) na base anual = tipicamente 80% (MARION et al.;2005; REICH et al.;2012; RUTHER et al.;2010) GPOA = irradiação no plano dos módulos na base anual [kWh/m²/ano]. 8

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(2) Onde: PFV = potência instalada necessária do sistema BAPV que atende o consumo de cada residência [kWp]. Consumo = consumo anual da residência [kWh/ano].

2.5 Cálculo da área de cobertura necessária para a instalação dos módulos FV Para estimar a área de cobertura necessária para a instalação dos módulos FV nos sistemas BAPV, em cada uma das cinco residências selecionadas, foi utilizada a Eq. (3): (3) Onde: Anecessária = área de cobertura necessária para a instalação dos módulos FV nos sistemas BAPV [m2]. EffFV = eficiência do módulo FV escolhido. Nesse estudo foram utilizados módulos de silício policristalino com eficiência de 15,85%. Ou seja, EffFV = 0,1585. O valor da área necessária foi comparado então com a área útil disponível, para cada residência analisada, verificando assim a viabilidade de implantação do sistema BAPV. 2.6 Análise econômica Para a análise da viabilidade econômica dos SFVCR propostos para cada uma das cinco residências selecionadas, nas situações (i) e (ii), foram calculados a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o tempo de retorno do investimento, adotando os valores calculados pelas equações (1) e (2), e as seguintes considerações: • Fluxo de caixa mensal. • Toda energia FV gerada é consumida no mesmo mês. • Não há pagamento de custo de disponibilidade em nenhum mês. • Não há cobrança de ICMS sobre a energia injetada na rede (apesar do estado de Santa Catarina ainda cobrar ICMS sobre a energia FV injetada).


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• Tarifa residencial cobrada pela concessionária local (CELESC) em setembro/2015, incluindo impostos e adicional bandeira vermelha: 0,5868 R$/kWh.

Tabela 2 - Produtividade BAPV X Produtividade FV em Condição Ideal. Maiores diferenças estão em tons de vermelho.

• Redução anual na produtividade: -0,5% ao ano. • Custo aproximado do kWp instalado para os valores de PFV calculados: 7.000 R$/ kWp (conforme orçamentos com empresas integradoras). • Investimento inicial: custo do kWp instalado x PFV.

Tabela 3 - Características técnicas da amostra de cinco residências selecionadas de um conjunto de 20.

• Vida útil do sistema FV: 25 anos. • Despesas anuais com O&M: 1% do valor total investido. • Despesas com reposição (troca dos inversores a cada dez anos): 17% do investimento inicial (conforme orçamentos com empresas integradoras), ao final do ano 10 e ao final do ano 20.

Tabela 4 - TIR (% a.a.) para os SFVCR nas cinco residências selecionadas, nas situações (i) BAPV e (ii) IDEAL, considerando um período de 25 anos.

• TMA: 7,27% [Rendimento poupança de 01/12/2014 a 30/11/2015]. • Taxa média de aumento anual da tarifa residencial, ao longo dos 25 anos de operação do SFVCR: 1% a 5% a.a.

coberturas têm desvio azimutal de ±90º, a produtividade foi reduzida em 3 RESULTADOS mais de 10%. Para os sistemas BAPV cujo valor do azimute permanece A Tab. 2 apresenta as característi- zero, mas a diferença da inclinação cas do sistema BAPV (situação i) e do em relação ao valor ideal é de -12º a sistema FV teoricamente ideal (situa- 18º, a influência sobre os valores de ção ii) para cada uma das 20 residên- produtividade não é tão significativa cias analisadas. As diferenças entre (redução de 0% a 3%). as duas situações estão apresentadas para valores de inclinação, azimute e Das 20 residências analisadas, produtividade FV de cada casa. cinco apresentaram diferenças significativas na produtividade (marcadas Ao comparar os valores de pro- em amarelo na Tab. 2). Portanto, fodutividade para a condição BAPV de ram selecionadas essas residências cada uma das residências com a con- para dar continuidade no estudo, dição teoricamente ideal, foi possí- conforme método proposto. A Tab. vel verificar que, para as casas cujas 3 apresenta as características técni10 RBS Magazine

cas (área útil de telhado, consumo, potência FV necessária e a área de telhado necessária para o arranjo FV) e econômicas (custo por unidade de potência FV instalada) das cinco residências analisadas, com informação das cidades onde estão situadas. Na Tab. 4 são apresentados os valores de TIR para os SFVCR nas cinco residências selecionadas, nas situações (i) e (ii) e na Tab. 5 são apresentados os valores de redução (%) na TIR para a situação (i) BAPV em relação à situação (ii) IDEAL. Observa-se que, considerando um aumento médio anual na tarifa


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residencial de 1% a 5% e as variações na produtividade indicadas na Tab. 2:

Tabela 5 - Redução (%) na TIR (% a.a.) para a situação (i) BAPV em relação à situação (ii) IDEAL, para os SFVCR das cinco residências selecionadas.

• para Concórdia, uma redução de 11,7% na produtividade gerou uma variação de -19% a -13% na TIR; • para Curitibanos, uma redução de 9,5% na produtividade gerou uma variação de -16% a -10% na TIR; • para Florianópolis, uma redução de 8,8% na produtividade gerou uma variação de -15% a -10% na TIR;

Tabela 6 - Tempo de retorno do investimento (anos) para os SFVCR nas cinco residências selecionadas, nas situações (i) [BAPV] e (ii) [IDEAL].

• para Palhoça, uma redução de 11,9% na produtividade gerou uma variação de -20% a -13% na TIR, e • para Quilombo, uma redução de 6,7% na produtividade gerou uma variação de -10% a -7% na TIR. 4 CONCLUSÕES As análises deste artigo foram realizadas para diferentes configurações de telhados residenciais, com inclinações e orientações variadas. Conforme observado na Tab. 2, os BAPVs orientados para o norte (azimute zero), apesar de apresentarem diferentes valores de inclinação, as diferenças em relação à inclinação ideal (latitude local) não foram relevantes a ponto de interferir na produtividade ou economicamente. Já para os BAPVs orientados para leste e oeste (desvio azimutal ±90º), somados às inclinações típicas de telhados residenciais (±25º), as diferenças em relação à condição ideal (azimute zero) interferem diretamente na produtividade, reduzindo-a em até 12%. Conforme a Tab. 3 que apresenta os cinco sistemas selecionados (não orientados para o norte), pode-se observar que, apesar das condições da cobertura dessas residências não serem favoráveis (azimute zero e inclinação igual latitude), a área neces12 RBS Magazine

Tabela 7 - Aumento (%) no tempo de retorno do investimento (anos) para a situação (i) BAPV em relação à situação (ii) IDEAL, para os SFVCR das cinco residências selecionadas.

sária para atender à demanda energética através da geração FV é menor que a área útil disponível nas coberturas, o que viabilizaria a implantação de um SFVCR, tornando essas residências em edificações de energia zero. Apesar disso, foi observado também que as variações percentuais na produtividade têm um impacto percentual ainda maior no retorno do investimento. ▪ REFERÊNCIAS

ANTONIOLLI, A.F.G. Avaliação do desempenho de geradores solares fotovoltaicos conectados à rede elétrica no Brasil. Dissertação de mestrado. Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis - SC, 2015.

CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina. Fatura residencial de energia elétrica, novembro de 2015. EPE. Anuário estatístico de energia elétrica 2014 – ano base 2013. Rio de Janeiro: EPE, 2014. Disponível em: <www.epe.gov.br/Anuario Estatístico de Energia Elétrica> KRENZINGER, A., 1998. RADIASOL – Programa para determinação da radiação solar sob superfícies com diferentes ângulos de inclinação. Laboratório de Energia Solar, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em <www.solar.ufrgs.br/#softwares>. MARION et al. - Performance Parameters for Grid-Connected PV Systems.Prepared for the 31st IEEE Photovoltaics Specialists Conference and Exhibition 2005, Florida, USA. PEREIRA, E. B. et al. Atlas Brasileiro de Energia Solar. [S.l.], 2006. [www.ccst.inpe.br/wp-content/themes/ ccst-2.0/pdf/atlas_solar-reduced.pdf] REICH, N. H.; MUELLER, B.; ARMBRUSTER, A.; VAN SARK, W. G. J. H. M.; KIEFER, K.; REISE, C. Performance ratio revisited: is PR > 90% realistic Progress in Photovoltaics: Research and Applications, 2012. RUTHER, R.; NASCIMENTO, L.; URBANETZ, J.; PFITSCHER, P.; VIANA, T. Long-term performance of the first grid-connected, building-integrated, thin-film amorphous silicon PV installation in Brazil. EUA: Proceedings of the 35th IEEE Photovoltaic Specialists Conference. New York, 2010.


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Guilherme Chrispim, fala sobre os planos da empresa para o mercado brasileiro Guilherme Chrispim - Diretor Comercial – LIV Energia Eficiente

Onyx Solar é uma empresa espanhola com presença global. Fundada em 2009 está presente em mais de 27 países e desde julho deste ano, através da empresa LIV Energia Eficiente, também presente no Brasil. A proposta de valor de Onyx é desenvolver soluções inteligentes e multifuncionais nos projetos de edificações. No aspecto de geração de energia solar fotovoltaica, nosso conceito vai além de módulos fotovoltaicos convencionais que normalmente vemos nos tetos e lajes de algumas edificações. Nossa proposta é ser parte totalmente integrada do projeto original desde o início, ainda que seja possível utilizar nossas soluções em projetos que já estão ativos. Os vidros fotovoltaicos de Onyx Solar são ideais para projetos de escritórios corporativos, shopping centers, hotéis, hospitais, arenas esportivas, etc.., isso porque reduzem a demanda de energia elétrica em virtude das características isolantes térmicas de seus vidros, o que reduz consideravelmente o consumo de ar condicionado; permitem a passagem de luz natural, reduzindo a necessidade de iluminação artificial; e pe14 RBS Magazine

las características ativas fotovoltaicas dos v i d ro s d e Onyx q u e geram energia elétrica in-situ., o que comumente conhecemos por geração distribuída. É importante considerar que, além de gerar energia e permitir a iluminação natural, nossos vidros filtram a radiação prejudicial da luz, absorvendo a radiação ultravioleta que é prejudicial ao mobiliário e interiores em geral e filtram também a radiação infravermelha, responsável por aumentar significativamente a temperatura interior. Outro fator que aporta valor aos vidros de Onyx é sua capacidade de isolamento acústico, tornando desta forma as edificações mais confortáveis para o usuário. Sabemos do grande desafio sustentável para o planeta para os próximos anos, nossa contribuição é melhorar a eficiência energética dos edifícios, reduzindo as toneladas de CO2 emitidos para a atmosfera

e em contrapartida aumentar o conforto interno dos o c u pantes/ usuários destes edifícios. É sabido que todas estas ações geram benefícios para as marcas/empresas que resolvem apostar em medidas sustentáveis em suas construções. Neste sentido ressaltamos que já executamos emblemáticos projetos nos diversos países que atuamos tais como: A nova loja da Apple em São Francisco, a Arena do Miami Heat/American Airlines, em Miami/ EUA, a sede da fábrica da Coca-Cola em Monterrey/ México, a sede do laboratório Novartis em Nova Jersey/EUA, a sede Pfizer em Granada/Espanha; no Brasil as 33 claraboias do novo aeroporto de Viracopos; normalmente são projetos assinados por renomados escritórios de arquitetura globais como Norman Foster, Eckersley O´Callaghon, NACO, Bjarke Ingels, etc . Nossa estratégia de trabalho para o mercado brasileiro será o apoio integral

aos clientes no desenvolvimento dos projetos, desde o simples fornecimento dos vidros fotovoltaicos até projetos EPC, caso seja a necessidade do cliente, podemos estar presentes em todas as faces do mesmo. Estamos desenvolvendo uma estrutura comercial que estará em todo Brasil podendo atender de perto a cada cliente. Em síntese, Onyx melhora significativamente o conforto interno das edificações, reduzindo o consumo de energia ao passo que também gera energia limpa; reduz a emissão de CO2 na atmosfera, proporciona estética e design as construções. Destacamos que é possível construir com os vidros fotovoltaicos de Onyx com total liberdade de configuração, variando tamanho, cor, espessura e transparência, se adaptando a qualquer projeto arquitetônico. Uma solução inovadora para ser integrada a qualquer tipo de edifícios com significativo retorno sobre o investimento, característica essa que o vidro convencional não pode suprir.

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Dinâmica da difusão da energia solar fotovoltaica1 Nivalde de Castro2 Lorrane Câmara3 Max Ramalho4

Introdução

forte presença de projetos de micro e de mini geração. Como resultante, a A passagem do Século XX para disseminação de novas unidades geXXI vivencia uma aceleração na parti- radoras na rede elétrica implica e decipação de fontes energéticas renová- terminará uma revolução tecnológica veis derivada da convergência de três no setor elétrico. Se este processo fatores: aumento do aquecimento abre e cria muitas e novas oportuniglobal, incertezas/custos das fontes dades de negócios, é necessário assifósseis e busca pela segurança ener- nalar com a devida ênfase os desafios gética nacional. A energia renovável associados. Um dos segmentos mais representa, por um lado, elemento afetados por essa transformação é chave na transição para uma econo- a distribuição, enfrentando desafios mia de baixo carbono, imprescindível técnicos, econômicos e financeiros. para atingir as metas mundiais de proteção climática e ambiental estabeleComo as Distribuidoras represencidas pelo Acordo de Paris. Por outro tam um pilar essencial para o funciolado, não menos importante, permite namento do setor, em especial por que os países dependam menos da ser por onde se inicia o fluxo finanimportação de recursos energéticos, ceiro de pagamentos, é importante aumentando a segurança energética. entender estes desafios e examinar Recentemente, a energia fotovoltaica (FV) vem se destacando pelo dinamismo em três vetores: queda de preços, avanços tecnológicos e velocidade de difusão. Esse tipo de geração vem se caracterizando pela Este artigo está vinculado ao projeto de pesquisa “Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição” do Programa de P&D da Aneel desenvolvido com o apoio do Grupo Energisa. As opiniões expressas são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2

Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico 3

Mestranda do PPED - Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento do IE-UFRJ. Pesquisadora do GESEL 4

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1 - Avanços tecnológicos e redução dos custos dos sistemas fotovoltaicos A nível global, a crescente importância da energia FV fica evidente, conforme indicam os dados do Gráfico 1. No período entre 2005 e 2015, a fonte solar FV apresentou uma expansão de 4.350%, atingindo no final do período o marco de 227 GW instalados ao redor do mundo (REN 21, 2016). Essa difusão não aconteceu com a mesma intensidade no mundo inteiro, mas enquanto os países mais

Gráfico 1 - Capacidade Global de Geração FV e Crescimento Anual: 2005-2015

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Mestrando do PPGE - Programa de Pós-Graduação em Economia do IE-UFRJ Pesquisador do GESEL

medidas que assegurem seu equilíbrio econômico-financeiro. Estas questões são o objeto analítico central do artigo.

Fonte: REN21 (2016)


desenvolvidos lideraram essa transformação, recentemente o maior dinamismo se encontra nos países emergentes, especialmente China e Índia.

vidade do investimento em geração distribuída fotovoltaica (GDFV) depende em grande medida da relação entre duas variáveis:

fatores também são determinantes, como condições dadas por linhas de financiamento e o marco regulatório. Estes outros fatores serão examinados posteriormente.

i. Tarifas de energia elétrica coEste forte crescimento da capabradas na rede de distribui2 - Geração Distribuída no Brasil cidade instalada de energia FV exção; e plica-se em grande medida, do lado O Brasil, por ser um país tropical da oferta, pela conjugação dinâmica ii. Custos totais dos sistemas fo- e de dimensões continentais, apreentre o desenvolvimento tecnológitovoltaicos. senta elevado potencial para a geraco e aumento da escala de produção ção solar FV. Para efeito de dimenobservados no mundo na última déNo entanto, é importante ressal- sionamento, o potencial técnico FV é cada, determinando redução susten- tar com a devida ênfase, que outros estimado em 230% do consumo resitada dos custos dos sistemas fotovoltaicos, como atestam os dados do Gráfico 2 – Trajetória de custos das células fotovoltaicas: 1997 – 2013 - (em US$/W) Gráfico 2. Esta expressiva redução dos custos da energia FV, ao ser relacionada diretamente ao aumento das tarifas de energia elétrica, levou diversos países a alcançarem a “paridade tarifária”, conceito que relaciona o custo da eletricidade gerada em um sistema fotovoltaico com o custo da energia adquirida da rede de distribuição. Neste sentido, a evolução recente indica um aumento crescente da competitividade da geração fotovoltaica. Desta forma, pode-se deduzir uma conclusão preliminar: a atrati-

Fonte: CARR (2012)

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nios; extensão do prazo de validade dos créditos de energia de 36 para 60 meses; e, alteração dos procedimentos de conexão à rede de distribuição, tornando-os mais simples e ágeis.

sistemas representa uma questão ainda em aberto. As iniciativas através dos Convênios n° 16/2015 e nº 130/2015 de esclarecer esse assunto foram pouco eficazes.

Assim sendo, na medida em que a Resolução 687 pressupõe o compartilhamento de energia, a possibilidade da comercialização dos excedentes produzidos fica excluída, o que reduz a viabilidade econômica de modelos de negócios que poderiam tornar a GDFV mais atrativa. A liberalização da comercialização poderia contribuir para incentivar a difusão desta modalidade, de modo que, sendo realizada A difusão estimada reflete, em com base em regras mais simplificagrande parte, o fato da micro e mini das poderia dar um sinal econômico geração terem atingido um grau de regulação consistente no país. No Existem ainda outras âmbito das medidas regulatórias de incentivo ao desenvolvimento da micro e minigeração distribuída a partir duas restrições que de fontes renováveis, destacam-se as Resoluções Normativas n° 482/2012 e 687/2015 promulgadas pela ANEEL. dificultam o processo Estas resoluções tratam das diretrizes que regulamentam o acesso da mide difusão da GDFV: crogeração e da minigeração distribuída à rede de distribuição, e também da implementação de um sistema de a questão tributária compensação de energia (net metering).

Já no que tange a questão do financiamento, faltam linhas de crédito para projetos de GD, sobretudo para pessoas físicas. Mesmo as linhas de financiamento existentes exibem grande heterogeneidade entre os diferentes níveis de governança, sobretudo entre os estados. O BNDES detém uma função estratégica como principal agente financiador do setor elétrico brasileiro, mas suas linhas de financiamento são direcionadas para projetos com maior capacidade instalada, com ainda pouca atenção para estimular a criação e consolidação da cadeia produtiva, que poderá contribuir para viabilizar a difusão mais acelerada dessa tecnologia. Ao nível do financiamento para pessoas físicas, núcleo importante da difusão da GDFV, há muito a ser feito.

dencial nacional verificado em 2013 (EPE, 2014a). No entanto, apesar do processo de difusão da fonte ainda ser bastante incipiente, o Brasil inicia o processo de efetiva inserção da energia FV em sua matriz com a realização dos primeiros leilões em que esta fonte é negociada separadamente5. Segundo estudo da EPE (2014b) o parque gerador brasileiro foi estimado com uma capacidade instalada de GDFV de 10 GWp em 2030 e de 78 GWp em 2050, de modo que poderá responder por 1,3% em 2030 e por 5,7% do total da carga do Sistema Interligado em 2050.

O sistema de compensação de energia, em que a eletricidade injetada na rede é tratada como empréstimo a título gratuito, foi instituído pela Resolução n.º 482/2012 e aperfeiçoadas através da Resolução n.º 687/2015 indicando: redefinição das faixas de potência dos sistemas de microgeração (alteração da potência instalada máxima de 100 kW para 75 kW) e de minigeração (central com limites inferior e superior que passaram de 100 kW e 1MW, respectivamente, para 75 kW e 5 MW); avanço na questão do compartilhamento de eletricidade, através da criação de dois novos modelos de negócios, a geração compartilhada e a instalação de geração distribuída em condomí5

Estes leilões foram realizados em 31/10/2014, 28/08/2015, 13/11/2015 resultando na contratação de um total de 2047 MWp de capacidade instalada, devendo entrar em operação nos anos de 2017 e 2018.

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e esquema de

financiamento para os “prosumidores” (agentes que são, ao mesmo tempo, produtores e consumidores de energia elétrica) alterando a taxa de retorno do investimento através da receita obtida com a venda dos excedentes de energia elétrica para o mercado. Existem ainda outras duas restrições que dificultam o processo de difusão da GDFV: a questão tributária e esquema de financiamento. No que diz respeito ao tratamento tributário desta nova tecnologia, a atuação legislação representa desincentivo à sua expansão. Particularmente a questão da isenção de ICMS sobre a energia compensada pelos

3 - Desafios associados à difusão da GDFV na perspectiva das Distribuidoras Uma maior participação de GD na rede elétrica representa um grande desafio técnico para o sistema, posto que a rede de baixa tensão, a que se conecta majoritária parte dos sistemas de GDFV, não foi dimensionada para suportar fluxos bidirecionais de eletricidade. A intermitência, característica de geração FV, requer a instalação de equipamentos e softwares tanto para a conversão da eletricidade para corrente alternada como para manter a tensão em níveis sustentáveis. Portanto, a difusão da GD exige inexoravelmente investimentos para melhoria dos mecanismos de proteção e controle, sobretudo para as redes de média e baixa tensão às quais estarão conectados majoritariamente os mini e microgeradores (FALCÃO, 2016). Em suma, este processo de inovação tecnológica exige níveis de investimento vultosos, a exemplo do que se verifica no desenvolvimento dos sistemas de redes inteligentes.


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Sendo a rede de distribuição de energia elétrica um elemento essencial para o setor elétrico, estando os próprios sistemas de micro e mini geração condicionados à existência da rede (que funciona como uma bateria), existe uma necessidade de responder adequadamente a este desafio.

Por outro lado, o aumento da auto geração de energia, característica básica da GD, tende a provocar, conforme assinalado anteriormente, impactos negativos sobre o equilíbrio econômico e financeiro das distribuidoras, podendo levar ao fenômeno da death spiral. A dinâmica da espiral da morte resulta da seguinte lógica: o aumento da participação da GD leva a uma queda do consumo de energia elétrica, o que resulta em um aumento da tarifa de eletricidade, em função do rateamento maior dos custos para um mercado remanescente menor. A elevação da tarifa, por sua vez, aumenta a atratividade da GD, via a lógica da “paridade tarifária” acelerando a difusão desta nova tecnologia, e assim sucessivamente. Em síntese e reafirmando a análise, este processo é explicado, em grande parte, pelo fato da remuneração das Distribuidoras ser associada a componentes tarifários que apresentam proporcionalidade em relação ao volume de eletricidade consumido. Com o maior autoconsumo (derivado do aumento de GD), a remuneração da Distribuidora, vinculada à eletricidade consumida, diminui. A queda inicial no nível de consumo de energia elétrica força as distribuidoras a repassarem os seus custos a uma quantidade menor de energia consumida, tornando a tarifa mais cara. Esse aumento tarifário, por sua vez, incentiva a migração de consumidores para a GD, o que gera o processo vicioso da “espiral da morte”. 20 RBS Magazine

de Audiência Pública, Nota Técnica, etc., processo este importante para a transparência e segurança do marco regulatório. Conclusão A GDFV apresenta tendência de crescimento, induzida principalmente pela redução sustentada dos custos dos sistemas fotovoltaicos, associado ao aumento das tarifas de eletricidade, tendo como pano de fundo a busca pela segurança (nacional) do suprimento de energia elétrica e a adequação às metas definidas pelo Acordo de Paris. Especificamente para o caso brasileiro, ainda há diversos obstáculos a serem transpostos para viabilizar o processo de difusão desta nova tecnologia, dentre os quais se destacam a questão regulatória, o tratamento tributário e a ausência de instrumentos de financiamento para pessoa física. Outro aspecto que merece destaque é o impacto do aumento da participação dos sistemas de GDFV sobre o equilíbrio econômico e financeiro das distribuidoras de energia elétrica. Neste sentido, as empresas tendem a enfrentar o desafio de lidar não apenas com questões relativas à perda de mercado consumidor como também com a obrigação de efetuar investimentos em reforços e ampliação da rede de distribuição, afim de acomodar esta nova tecnologia, sem garantia concreta de remuneração dos investimentos. Neste cenário, medidas que permitam mitigar os desafios descritos precisam ser avaliadas, de modo que a difusão da GDFV possa ser benéfica para todo o setor elétrico. ▪

Diversas soluções têm sido pensadas em vários países buscando-se garantir a estabilidade financeira das distribuidoras de energia elétrica em função dos impactos da difusão da GDFV. Uma alternativa bastante discutida a nível internacional consiste na tarifa binômia. Trata-se de uma estrutura tarifária que compreende, além de um componente que remunere a energia consumida (R$/kWh), uma parcela que remunere a potência demandada da rede (R$/kW). Este modelo tarifário ganha destaque na medida que, ao mesmo tempo em que a instalação de um sistema fotovoltaico pode levar a uma queda expressiva da quantidade de energia demandada pelos consumidores, a demanda por potência não acompanha esse movimento. Neste sentido, consumidores sujeitos a tarifas monômias tendem a pagar quantias cada vez menores para as distribuidoras, o que reflete a redução do volume de eletricidade consumido. O problema desta tendência é que muitas vezes o valor pago não é suficiente para remunerar a potência demandada. Assim, as distribuidoras, que dimensionam a rede para atender o pico de carga, correm o risco de não disporem de remuneração equivalente ao serviço prestado. Portanto, a tarifa binômia é uma alternativa a ser considerada pois reflete o componente de potência demandado pelo consumi- Referências bibliográficas dor. Merece ser destacado que o GoCARR, G. Sunny Uplands: Alternative Energy Will No Lonverno e MME – Ministério de Minas ger be Alternative. The Economist. 2012. e Energia – através do Decreto 8.288, EPE, 2014a. Nota Técnica DEA 19/14– Inserção da GeraFotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e recentemente promulgado, passa a ção Impactos. Brasil, Rio de Janeiro, 2014. permitir que as distribuidoras por sua EPE, 2014b. Nota Técnica DEA 13/14– Estudos da Delivre decisão, adotem a tarifa binô- manda de Energia – Demanda de Energia 2050. Brasil, mia. Não é uma obrigação, mas sim Rio de Janeiro, 2014. FALCÃO, D. Workshop Impacto dos Recursos Energéticos uma decisão que cabe a cada distri- Distribuídos sobre o Setor de Distribuição. Firjan, 20 de buidora. O detalhamento será dado maio de 2016. - Renewable Energy Policy Network For the 21st pela regulamentação a ser definida REN21 Century(Org.). Renewables 2016 Global Status Report. pela ANEEL, seguindo a tramitação Paris: REN21 Secretariat, 2016.


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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO ACÚMULO DE SUJEIRA SOBRE DIFERENTES TECNOLOGIAS DE MÓDULOS FV: REVISÃO E MEDIÇÕES DE CAMPO Bernardo Meyer Hickel – bernardohickel@hotmail.com Eduardo Martins Deschamps – deschamps.ufsc@gmail.com Lucas Rafael do Nascimento – nascimento.ufsc@gmail.com Ricardo Rüther - ricardo.ruther@ufsc.br Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Civil Gabriel Claudino Simões – gabriel.simoes@statkraft.com Monel Monjolinho Energética S.A. / Statkraft Energias Renováveis S.A.

1. INTRODUÇÃO O estudo aqui apresentado trata da análise da influência do acúmulo de sujeira sobre as cinco diferentes tecnologias FV do projeto. Para tal, foi realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre os principais fatores que influenciam a atenuação da geração devido ao acúmulo de sujeira, bem como diferentes maneiras de mensurá-la. Utilizando-se dados do sistema de monitoramento e de medições realizadas em campo, foram quantificadas as perdas devido ao acúmulo de sujeira nas cinco diferentes tecnologias FV.

Tabela 1 – Resumo das principais características dos sistemas FV utilizados no projeto.

com intervalo de aquisição de dados de cinco minutos. O projeto dispõe também de uma estação solarimétrica com piranômetros de padrão secundário (Kipp&Zonen modelo CMP11) para medição de irradiação global horizontal, global inclinada (no plano dos módulos) e difusa, sensores de temperatura ambiente, umidade do ar e pressão atmosférica.

sujos de pó e poeira, o que pode resultar em redução da radiação incidente no semicondutor fotoativo. Entretanto, o acúmulo de sujeira sobre a superfície do módulo FV também impacta na geração através de outros fatores, descritos a seguir.

uma célula FV e a precipitação de chuva, Fig. 1(b). É possível observar que as perdas ocasionadas pela sujeira aumentam consideravelmente em períodos de pouca precipitação.

3.1 Atenuação da radiação

A sujeira também possui diferentes impactos dependendo da tecnologia FV utilizada. A Fig. 2 mostra a resposta espectral para diferentes tecnologias FV, Fig. 2(a), e a transmitância espectral para diferentes níveis de acúmulo de poeira, Fig. 2(b), em função do comprimento de onda. Observa-se que, à medida em que a densidade de poeira é aumentada, Fig. 2(b),

Quando a radiação solar atinge um módulo FV 3. PERDAS POR SUJEIRA com distribuição uniforme 2. O SISTEMA FV DE ESTU- (soiling) de sujeira, ela é atenuaDO da, diminuindo a energia Conforme descrito por recebida pelo dispositivo. A Tab. 1 exibe as princi- Sinha et al., 2014, quando A Fig. 1 mostra a atenuapais características dos sis- um sistema FV está instala- ção da irradiância sobre temas FV utilizados no pro- do em locais pouco chuvo- um dispositivo FV com sujeto. O sistema FV utiliza sos e com muito material jeira uniforme, Fig. 1(a), e cinco inversores idênticos particulado na atmosfera, a relação entre as perdas (SMA modelo SB2500HF), os módulos podem acabar causadas pela sujeira em 22 RBS Magazine

3.2 Transmitância espectral


as curvas de transmitância espectral continuam com o mesmo perfil e que, para comprimentos de onda menores, existe uma maior atenuação, ou seja, a sujeira atenua mais comprimentos de onda menores. Portanto, considerando a transmitância espectral, pode-se esperar que em tecnologias FV com resposta espectral mais azul (comprimentos de ondas menores), o acúmulo de sujeira tenha maior impacto.

Figura 1 - Irradiância solar – célula de referência suja (GDC) e limpa (GCC), Fig. 1(a), e relação das perdas diárias causadas pela sujeira (cinza claro) versus chuva (preto) em uma célula FV, Fig. 1(b). (Zorrilla-Casanova et al., 2013)

3.3 Não homogeneidade Em um módulo FV, tanto de silício cristalino como de filme fino, as células são conectadas em série. Isso significa que a corrente que circula por todas as células é a mesma. Quando uma célula é sombreada, Figura 2 - Resposta espectral para diferentes tecnologias FV, Fig. 2(a) (Ishii et al., 2013) e transmitância sua corrente será menor espectral para diferentes níveis de acúmulo de poeira, Fig.2(b) (Qasem et al., 2012), e a corrente das demais em função do comprimento de onda. células, de maneira geral, será limitada pela corrente de sujeira concentrado em potência desproporcionais Portanto, quando a da célula sombreada. Isso uma região do módulo pos- quando comparado à sua distribuição da sujeira não faz com que um acúmulo sa acarretar em perdas de área de cobertura é uniforme nos módulos

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FV, as perdas não estão somente relacionadas com a atenuação da radiação solar, mas também com descasamentos elétricos (mismatch) de tensão e corrente entre células limpas e células sujas e também entre módulos limpos e módulos sujos dentro de uma mesma série (string). (Nascimento, 2013).

Figura 3 – Acúmulo de sujeira sobre um módulo de cada tecnologia FV (em ordem da instalação dos sistemas, da esquerda para a direita, CIGS, a-Si/µc-Si, a-Si, p-Si, m-Si) evidenciando o perfil não-homogêneo.

4. MEDIÇÕES Para avaliar o impacto do acúmulo de sujeira sobre os módulos FV do projeto, foram realizadas medições de curva IxV em campo, para as condições de módulos sujos e limpos. As medições foram executadas respeitando os procedimentos abrangidos pela norma internacional IEC 60904-1 (2006). Para tal, estas medições foram divididas entre os dias 29/09/2014 e 01/10/2014, respeitando as condições de um dia de céu aberto (Clear Day), sem interferência por sombreamento, com horários das medições entre 11:00h e 13:00h, para que fossem atingidos valores de irradiância > 800 W/m². 4.1 Equipamentos O equipamento utilizado para as medições foi o traçador de curva IxV, modelo PVPM1000C. Para a obtenção dos dados de irradiância solar no instante das medições, uma célula de referência estava conectada ao traçador de curva IxV e posicionada no mesmo plano e junto ao sistema avaliado. Para obter a temperatura do módulo no momento da medição, foi utilizado um sensor de temperatura (Termopar 24 RBS Magazine

Figura 4 - Ponto de máxima potência para todos os sistemas, antes (curva laranja) e após (curva azul) a limpeza, e suas respectivas diferenças relativas (barras cinzas).

Tipo J, precisão: ± [0.20% + 0.3°C]) fixado na superfície traseira de um módulo de cada sistema medido. 5. RESULTADOS A Fig. 3 mostra o acúmulo de sujeira sobre um módulo de cada tecnologia FV, evidenciando que o acúmulo de sujeira foi não-homogêneo, se concentrando mais na parte inferior direita dos módulos FV, de forma semelhante em todas as tecnologias. Os módulos não haviam sido limpos desde sua instalação, em dezembro de 2013.

Fig. 4 resume os resultados da influência da sujeira na potência total de cada tecnologia. Os valores percentuais, mostrados nas barras cinzas, representam o ganho de potência, para cada tecnologia após a limpeza dos módulos. Esses são os resultados finais do impacto do acúmulo de sujeira. 5.1 Tecnologias de silício cristalino

Os módulos das tecnologias m-Si e p-Si, assim como os todos os demais, estão instalados na posição vertical. A sujeira, apesar de estar localizada na parOs resultados da ava- te inferior dos módulos, se liação de sujeira estão resu- concentra mais no canto midos descritos abaixo. A direito. Isso faz com que

apenas um terço do módulo seja significativamente afetado. A Fig. 5 mostra dois módulos da tecnologia p-Si. Um deles foi escolhido como sendo o módulo mais sujo e o outro um módulo pouco sujo. As curvas IxV e PxV limpa e suja aparecem abaixo dos mesmos. É possível observar claramente que o módulo da esquerda está mais sujo, principalmente no canto inferior direito. Foi verificado uma perda de potência, devido à sujeira, de 12,7% e de apenas 4,5% para o módulo mais sujo e menos sujo, respectivamente. Essa comparação evidencia o efeito que a concentração da sujeira sobre uma célula pode ter em um módulo


módulos de p-Si pode ser devido à posição desse subsistema e ao regime de ventos na região. Os resultados da avaliação de sujeira, após entendidos todos os aspectos que afetam as tecnologias, ficaram dentro do esperado. Foi mostrado também que, para esse caso, a avaliação da influência da sujeira através da análise da corrente de curto-circuito produz resultados incorretos, devido ao perfil de sujeira ser não-homogêneo. ▪

Figura 5 - Tecnologia de p-Si. Módulo muito sujo, Fig. 5(a), e módulo pouco sujo, Fig. 5(b), com suas respectivas curvas IxV limpa (azul), suja (laranja) e PxV limpa (cinza) e suja (amarela).

com essa topologia elétrica. De maneira geral, a tecnologia p-Si apresenta um acúmulo de sujeira maior, especialmente na parte inferior direita, conforme pode ser observado nas Fig. 3 e 5. Duas hipóteses podem explicar esta diferença no acúmulo de sujeira.

módulos FV, assim como zam silício amorfo. sua hidrofilidade (Klimm et al., 2014). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.2 - Tecnologias de filmes finos

A sujeira pode afetar de maneira diferente as tecnologias de módulo Conforme menciona- FV utilizadas no projeto. A do, as perdas em função transmitância espectral de da sujeira para a tecnolo- um vidro coberto por uma gia CIGS foram as meno- camada de poeira decai res, mesmo estando visu- mais para comprimentos almente tão suja quanto de ondas menores, ocaas outras. Já as perdas das sionando maior impacto • Posição dos subsis- tecnologias baseadas em nas tecnologias a-Si e a-Si/ temas e regime dos ventos silício amorfo (a-Si e a-Si/ uc-Si. As diferentes topolopredominantes na localida- µc-Si) foram consideravel- gias elétricas de módulos de: em virtude da predo- mente maiores. Isso pode (disposição e conexão eléminância do vento Leste, ser explicado, em parte, trica das células, diodos de a tecnologia mais a Oeste pela diferença na resposta bypass) devem ser levadas (m-Si) poderia, em função espectral entre as tecnolo- em consideração ao se avada proteção que as outras gias de filme fino, em que liar o impacto da sujeira, tecnologias proporcionam, a tecnologia CIGS tem uma especialmente em casos de estar menos sujeita ao acú- melhor resposta para com- sujeira não-homogênea. mulo de sujeira. primentos de onda maiores (vermelho) e as tecnologias A intensa concentração • Vidro do módulo a-Si e a-Si/µc-Si para com- de sujeira no canto inferior FV: um importante fator primentos de onda meno- direito da tecnologia p-Si, que pode influenciar no di- res (azul). Portanto, o acú- levou a perdas 2,5 vezes ferente acúmulo de sujeira mulo de sujeira tende a ter maiores quando comparaentre os sistemas são os di- um efeito menor sobre a da às perdas da tecnologia ferentes tipos de rugosida- tecnologia CIGS e maior so- m-Si. O forte acúmulo de de dos vidros utilizados nos bre as tecnologias que utili- sujeira concentrado nos

REFERÊNCIAS Ishii, T.; Otani, K.; Takashima, T.; Xue, Y. Solar spectral influence on the performance of photovoltaic (PV) modules under fine weather and cloudy weather conditions. Progress in Photovoltaics: Research and Applications. Issue 4, v.21, p.481489, 2013. Klimm, E.; Lorenz, T.; Weiss, K.-A. Can anti-soiling coating on solar glass influence the degree of performance loss over time of PV modules drastically?. 28th European Photovoltaic Solar Energy Conference and Exhibition. Amsterdam - Netherlands. 2014. Nascimento, L. A avaliação de longo prazo de um sistema fotovoltaico integrado à edificação urbana e conectado à rede elétrica pública; Departamento de Engenharia Civil - UFSC, Florianópolis – SC, 2013. 94 p. Qasem, H., Betts, T. R., Müllejans, H., AlBusairi, H. and Gottschalg, R. (2012), Dust-induced shading on photovoltaic modules. Prog. Photovolt: Res. Appl., 22: 218–226. Sinha, P.; Hayes, W.; Littmann, B.; Ngan, L.; Znaidi, R., "Environmental variables affecting solar photovoltaic energy generation in Morocco," in Renewable and Sustainable Energy Conference (IRSEC), 2014 International , vol., no., pp.230-234, 17-19 Oct. 2014 Zorrilla-Casanova, J., Piliougine, M., Carretero, J., Bernaola-Galván, P., Carpena, P., Mora-López, L. and Sidrach-de-Cardona, M. (2013), Losses produced by soiling in the incoming radiation to photovoltaic modules. Prog. Photovolt: Res. Appl., 21

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Entrevista

Nesta edição a RBS Magazine, traz uma entrevista com

Luiz Felipe Nishimura – ELCOSOLAR –

Fundada em 1977, a ELCO teve como seu objetivo primordial a atuação na área de Engenharia Elétrica, em projetos e obras.

se modelo, a geração de energia distribuída conectada à rede, por fontes renováveis, exerce um papel fundamental. Naquela época (2010/2011) não existia, no Brasil, nenhuma reguCom a crescente demanda por lamentação nesse sentido, mas nada contratos em regime “turnkey”, a que nos impedisse de dar nossos priELCO ampliou com o passar dos anos meiros passos, nesse setor, que viria o seu escopo de serviços, para aten- a se tornar o mais promissor no país der de forma mais eficaz seus clien- na atualidade. tes. RBS Magazine - O primeiro sistema Atualmente a ELCO tem capaci- conectado a rede no Paraná, seguindade para implantar unidades fabris, do a Resolução Normativa 482/2012 nas áreas de utilidades, incluindo elé- da ANEEL, foi desenvolvido pela ELtrica, automação, produção e distri- COSOLAR? buição de fluidos industriais. Na época, nem se falava ainda em Buscando estar atualizada com Elcosolar, éramos o departamento as necessidades do mercado e am- de P&D da Elco Engenharia. Sim, era pliar seu know-how, a ELCO criou -em tudo muito novo quando decidimos 2011- a Diretoria de Desenvolvimen- implantar o sistema em cima do refeitório da empresa. A RES 482/2012 to em Energias Alternativas. era novidade, por isso, homologação Tendo como objetivo o desenvol- foi demorada, mas fizemos tudo em vimento de tecnologias, produtos e conjunto com a COPEL e após, alguns soluções direcionadas às formas re- meses, conseguimos conectar o prinováveis de geração de energia. Uma meiro sistema no estado seguindo a atitude que visa colaborar para um normativa. futuro sustentável, já que acredita que o compromisso com meio am- RBS Magazine - Qual a expectativa biente, sociedade e economia é um da empresa para o crescimento do setor de Energia Solar Fotovoltaica dever de todos. no estado do PR? RBS Magazine - Como surgiu a ideia da ELCO em trabalhar com energias Estamos com grandes expectativas para o setor e acreditamos que o esrenováveis? tado do Paraná irá atingir resultados Luiz Felipe Nishimura - Dentre algumas expressivos no cenário nacional. Não viagens para diversos países da Ásia e só a cidade de Curitiba, mas como Europa a diretoria da Elco Engenharia todo o Paraná, é berço de grandes identificou uma enorme tendência ao empreendedores, empresas e especonceito de Cidades Inteligentes. Nes- cialistas do setor que agregam muita 26 RBS Magazine

força ao nosso estado no mercado de Energia Solar. RBS Magazine - Quais os principais projetos da empresa em geração distribuída? A Elcosolar se estruturou para ser um grande parceiro das empresas integradoras de energia solar. Buscando maior conhecimento, instalamos em todas as empresas do Grupo Elco um total de quase 90kWp. Hoje, estamos focados em prover a melhor experiência no fornecimento dos equipamentos aos nossos parceiros. RBS Magazine - A ELCOSOLAR vai participar do SmartEnergy 2016 e 1º Congresso GD, qual a expectativa da empresa e lançamentos para a ocasião do evento? Estamos muito ansiosos e positivos em relação à SmartEnergy. Sobre lançamentos, estamos com muitas novidades. Vamos aguardar o dia da feira para não estragar a surpresa! O setor das Energias Renováveis tem encontro marcado no SMART ENERGY 2016 & CONGRESSO GD!!!!

Maiores informações: Fone: +55 (41) 3213-3310 www.elcosolar.eng.br


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PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR Dia 16 Novembro – CIEI&EXPO 2016 – IV SEMINÁRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Horário / Programação – MANHÃ 08:00 | CREDENCIAMENTO 08:30 | ABERTURA DO EVENTO – Celso Romero Kloss (PARANÁ METROLOGIA)

Horário / Programação – TARDE PAINEL 3 | SERVIÇOS E SOLUÇÕES – Moderador: Luiz Amilton Pepplow (UTFPR) 14:00 | Compliance e Cert. ISO 50001 – Jorge de Aguiar (GSMB)

PAINEL 1 | EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – Moderador: Álvaro Augusto (UTFPR)

14:20 | Gestão em Eficiência Energética na Indústria – Dimtri Lobkov (GCE DO BRASIL)

09:00 | Cenário Nacional de Planejamento de Eficiência Energética – Roberto César Betini (UTFPR)

14:40 | Indústria 4.0 – Mariana Pauli Balan (FURUKAWA)

09:20 | Impacto dos Prosumidores nas Redes Elétricas Inteligentes – Cláudio Oliveira (SCHNEIDER ELECTRICS) 09:40 | Certificação LEED – Guido Petinelli (PETINELLI) 10:00 | Case LEED na Universidade Positivo – Luciano Carstens (UP) 10:20 | DEBATE 10:50 | COFFEE BREAK PAINEL 2 | TECNOLOGIAS EFICIENTES – Moderador: Jorge de Aguiar (GSMB) 11:10 | Solução de Automação com Eficiência Energética – André Viegas Serpa (KELIUS) 11:30 | Iluminação LED – Miguel Vallecilla (PULSE LED) 11:50 | Gestão da Medição e Perdas das Distribuidoras de Energia Elétrica e Telegestão da Iluminação Pública – Álvaro Dias Jr (SMART GREEN) 12:10 | DEBATE 12:30 | INTERVALO

15:00 | O que aprendi trabalhando em uma empresa de Energia Solar – Luiz Felipe Nishimura (ELCO SOLAR) 15:20 | DEBATE 15:40 | COFFEE BREAK PAINEL 4 | DEBATE ESPECIAL SOBRE CIDADES INTELIGENTES – Moderador: Sandro Vieira (IBQP) 16:00 | Um panorama internacional sobre Cidades Inteligentes – Markus Lehmann (NAVIGATIO360) 16:20 | O impacto das energias renováveis nas Cidades Inteligentes – Eduardo Marques (ICITIES) 16:40 | Modelos híbridos de geração distribuída – Robert Coas (SISTECHNE) 17:00 | O biogás como alternativa na geração distribuída – Luís Thiago Lúcio (CIBIOGÁS) 17:30 | ENCERRAMENTO 18:00 | ENTREGA DA 2ª EDIÇÃO DO PRÊMIO INOVAÇÃO E TECNOLOGIA BRASIL SOLAR 19:00 | SESSÃO SOLENE DA CONFERÊNCIA

Dia 17 Novembro – CIEI&EXPO 2016 – CONGRESSO BRASILEIRO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA (CBGD) Horário / Programação – MANHÃ

– Júnior Cosmos (CEO da Cosmos Energy)

08:00 | CREDENCIAMENTO

10:20 | COFFEE BREAK

PAINEL 01 – POLÍTICAS PÚBLICAS E CAPACITAÇÃO

PAINEL 02 – INVERSORES HÍBRIDOS E ARMAZENAMENTO

08:30 | Abertura – AUTORIDADES

10:40 | Inversores Híbridos – Harry Schmelzer (WEG)

09:00 | Ações municipais para o desenvolvimento das energias renováveis – “IPTU Solar”

11:00 | Mercado nacional para inversores – Bruno Monteiro (ABB)

09:20 | Capacitação e Certificação – Carlos Café (Studio Equinócio / Coord. ABGD) 09:40 | Programa Paraná Smart Grid – Zeno Luiz Nadal (COPEL) 10:00 | Geração Distribuída no mercado internacional (Caso Japão)

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11:20 | Inversores com Storage – Martin Drope (Dir. Solar Fronius) 11:40 | Sistemas de inversores para GD – Ildo Bet (Presidente GSFV/ ABINEE e fundador da PHB) 12:05 | DEBATE – Mediador: Ruberval Baldini (Presidente ABEAMA) 12:25 | INTERVALO


Horário / Programação – TARDE

PAINEL 04 – CASES E LINHAS DE FINANCIAMENTO

PAINEL 03 – NOVAS TECNOLOGIAS, FONTES E MODELOS DE NEGÓCIO

16:20 | GD em ERB e Datacenters – Gustavo Buiatti (Diretor Alsol / Diretor técnico ABGD)

14:00 | GD no meio Rural – José Dilcio (EMBRAPA AGROENERGIA)

16:40 | Projetos de P&D da ANEEL – Aurélio Souza (IEE/ USP)

14:20 | Fabricação dos módulos FV no Brasil – Hugo Albuquerque (CEO Canadian)

17:00 | A incorporação das fontes Eólica, Biomassa, PCH e Solar na matriz elétrica – Dr. Roberto Zilles (Presidente ABENS)

14:40 | Membranas solares da próxima geração – Marcos Maciel (CEO SUNEW)

17:20 | GD em Condomínios, Cooperativas e Consórcios – Dra. Marina Falcão (Jurídico ABGD) & 1º Cooperativa Solar do Brasil – Aloisio Pereira Neto

15:00 | BIPV – Integração Fotovoltaica em edificações – Guilherme Chrispim (Diretor Grupo Tecnomont / Onix Solar) 15:20 | Modelo de Locação de equipamentos FV (CASE DROGASIL) – Luiz Pacheco (Diretor Axis Renováveis) 15:40 | GD com outras fontes (Biomassa / CGH) – Vinicius Casseli (Diretor Biomassa – ABGD) 16:00 | COFFEE BREAK

17:50 | Energia Solar Fotovoltaica: diagnósticos e cenários – Ronaldo Koloszuk (Conselheiro FIESP) 18:10 | Opções de Financiamento privado para GD – Francisco Bezerra (BNB – Banco do Nordeste) 18:30 | Geração Distribuída com Biogás – Prof. Dr. Suani Teixeira Coelho (USP) 18:50 | Encerramento – Carlos Evangelista (Presidente ABGD)

Dia 18 Novembro – CIEI&EXPO 2016 – SMART ENERGY PARANÁ Horário / Programação – MANHÃ 08:00 | CREDENCIAMENTO PAINEL 1 | PROGRAMAS E POLÍTICAS PÚBLICAS – Moderador: Reginaldo Joaquim de Souza (TECPAR) 09:00 | Projeto Smart Energy Paraná – Júlio Félix (TECPAR) 09:15 | Plano Estratégico Setorial em TI – Izoulet Cortes Filho (SEBRAE / SETI / TECPAR / ASSESPRO) 09:30 | + Clic Rural – Júlio Omori (COPEL) 09:45 | Parcerias Público-Privadas: Case Iluminação Pública – Elton Augusto dos Anjos (CPPP / SEPL) 10:00 | Projetos de Baterias e Hidrogênio no contexto de armazenamento de energia de fontes renováveis – Ricardo José Ferracin (PTI)

12:05 | DEBATE 12:30 | INTERVALO Horário / Programação – TARDE PAINEL 3 | LINHAS DE CRÉDITO E FINANCIAMENTO – Moderador: Jackson Cesar Dorigo (COMPACT CIA) 14:00 | Paraná Competitivo – Omar Sabbag Filho (FOMENTO PR) 14:15 | Lançamento de Linha de Financiamento para Instalações Fotovoltaicas – Luiz Renato Hauly (FOMENTO PR) 14:30 | Consórcio Nacional Solar – Rodolfo H. L. Silva (SICES) 14:45 | Sistemas de Franquias – Hewerton Martins (SOLAR ENERGY) 15:00 | DEBATE

10:15 | DEBATE

15:30 | COFFEE BREAK

10:30 | COFFEE BREAK

PAINEL 4 | TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E GOVERNANÇA – Moderador: Manoel Knopfholz (UP)

PAINEL 2 | PAPÉIS INSTITUCIONAIS – Moderador: Rui Gerson Brandt (SINPACEL) 10:50 | Eficiência energética e bioenergia na Sanepar: realidades e perspectivas – Gustavo Rafael Collere Posseti (SANEPAR) 11:05 | FIEP – Carla Adriane Fontana Simão 11:20 | LACTEC – Luiz Fernando Viana 11:35 | Oportunidades de Negócios com Biogás – Felipe Souza Marques (CIBIOGÁS) 11:50 | COPEL – José Roberto Lopes

16:00 | Petróleo e Energias Renováveis – Thulio Cícero Pereira (NPEnergia) 16:15 | PCHs e Desenvolvimento Regional – Sergio Abu-Jamra Misael (YTUPORANGA ENGENHARIA) 16:30 | Modelo de transição de energia ETM – Thais Varella e Antônio Lucas (BIOFILIA) 16:45 | Governança na Transição de Energia – Danielle Carstens (UP) 17:00 | DEBATE 17:30 | ENCERRAMENTO

RBS Magazine

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Entrevista

Entrevista com o diretor da CANANDIAN SOLAR para América do Sul

HUGO DA PAIXÃO R. DE ALBUQUERQUE

RBS Magazine: Gostaríamos que você pudesse resumir um pouco a sua experiência no setor FV no América do Sul e de como chegou a Canadian Solar:

Acho que não existe mágica. Talvez sejamos uma das mais jovens, contudo uma das empresas do segmento solar com maior bancabilidade. Eu diria que a Canadian mistura dois conceitos ora antagônicos, pois é conserHugo da Paixão Rodrigues de Albuvadora e ao mesmo tempo inovadora. querque: Apesar de ser engenheiDo ponto de vista do investimento ro eletricista de formação, passei a a empresa sempre busca entender maior parte da minha vida trababem o contexto em que esta inserilhando com Telecom, no momento da. Estuamos o Brasil desde de 2011 do “Boom” das bandas B,C,D e E no e apenas em 2013 abrimos o escritóBrasil. Acredito que energia e telerio no Brasil. Desenvolvemos projetos com este intimamente interligados, onde havia espaço para conexão, misobretudo no mundo moderno. tigando alguns riscos que se mostrariam no futuro. Buscamos estabelecer Posso dizer que estou na América do parcerias de longo prazo com alguns Sul a mais de 12 anos, pois foi na Sieplayers no Brasil, como a Sices, WEG, mens que comecei a atuar na região Helio, Alsol, PHB. Nos posicionamos em 2003. Ela foi a minha grande escocomo parceiros e não como concorla. A Siemens já atuava no campo da algumas vezes extremos, mas com rentes de nossos clientes, estabeleceenergia solar naquele tempo, mas só a mesma carência energética. Pode- mos uma política comercial bem clara em 2009 tive o interesse em mudar mos dizer que hoje praticamente to- baseada em preço x volume deixando totalmente o direcionamento da mi- dos os países do continente possuem que o próprio mercado se protegesnha carreira. políticas para energia renovável e a se. Fortalecemos nossos parceiros solar tem se destacado nos últimos mesmo que isso significasse nu curto Foi “um começar do Zero”, pois havia anos. prazo perder algumas vendas. sido gerente para o Mercosul na Siemens e diretor de vendas e troquei A oportunidade de vir para a Cana- Associamos a nossa marca a qualidatudo passa assumir uma gerencia co- dian surgiu em 2014 e posso dizer de de nossos parceiros. Inovamos a mercial num distribuidor de soluções que foi um processo longo, mas que assumir o risco de sempre ter estoque em energia solar no Brasil. resultou num casamento perfeito. local no Brasil (sempre temos cerca de 3 MW em estoque), inovamos ao Um ano depois ingressei na Kyoce- RBS Magazine: Sabe-se que o merca- ofertar sempre produtos que estão ra onde fiquei por 3 anos atuando do FV no Brasil ainda é um mercado a um paço tecnológico a frente, seja também na América do Sul. Atuar na em expansão, contudo a Canadian pelo numero de Bus Bars, pelo uso América do Sul é curioso, pois se con- tem se firmado como um dos prin- do back bar para reduzir os esforços e siderarmos aqui o Suriname e a Guia- cipais playes no Brasil. Como vocês reduzir a possibilidade de surgimento na Francesa, são 4 idiomas distintos conseguiram isso? De onde vem a de micro rachaduras nas células, seja (Português, Espanhol, Inglês e Fran- estratégia e a forma como vocês tem por ter a própria linha de conectores cês), estágios de desenvolvimentos feito negócios no Brasil? (T4) com grau de proteção IP68, seja 30 RBS Magazine


Engenheiro Elétrico, 40 anos de idade, dois filhos, Pernambucano que desde criança tem uma boa relação com o sol

pela caixa de junção com grau de proteção IP67 e tudo isso em nosso produto standard. Atribuo nosso êxito a esse conservadorismo aliado a inovação. RBS Magazine: Como você definiria a Canadian Solar? Uma empresa fácil de se trabalhar e que sempre busca mecanismos de atender o cliente de forma diferenciada. RBS Magazine: A Canadian Solar anunciou recentemente um grande investimento no Brasil, com a instalação de uma fábrica e instalação de usinas fotovoltaicas e é atualmente a primeira empresa de multinacional do setor a realmente se instalar no Brasil. Essa decisão se deve a que? Sem sobra de dúvidas a visão do nosso CEO Dr. Shawn Qu sobre o mercado mundial aliada ao potencial do Brasil e América latina foi responsável por essa decisão. Mas é fato que termos ganhado alguns projetos nos últimos leilões ajudou bastante nessa decisão. Serão investidos quase 2.0 Bilhões de reais entre fábrica e realização dos nossos projetos.

te quase todos os países da América Latina já possuem algum tipo de programa em prol das energias renováveis. É certo que alguns estão mais avançados que outros como o Brasil, México; outros ainda em andamento como a Colômbia, alguns que deram inicio, contudo com muita vontade, como é o caso da Argentina e o Chile que mantém sua política liberal deixando que “mão invisível” faça seu trabalho, mas que se rendeu e estar por realizar seu primeiro leilão de energia com a forte possibilidade de ter a tecnologia Fotovoltaica como uma das vencedoras.

MME, da EPE, do MDIC, dos Bancos de desenvolvimento, como o BNB e o próprio BNDES além dos bancos provados e do próprio setor. Já temos uma demanda de cerca de 3 GW por instalar até 2018, mais cerca de 3 GW devem vir oriundos dos próximos leilões. Não podemos esquecer do mercado de Geração distribuída que sem o devido fomento já movimentou mais 100MW. Com a possibilidade de o congresso aprovar o saque do FGTS para compra de sistemas fotovoltaicos para instalação em sua residência, isso mitigaria a existências de novos apagões e também incentivaria toda

Ao lado segue o que os países Latino Americanos estão fazendo sobre energias renováveis. RBS Magazine: Qual a projeção que você faria para o setor FV no Brasil para os próximos 05 anos?

É não é uma resposta tão RBS Magazine: Como você avalia o simples quanatual cenário do setor de energia so- do falamos lar fotovoltaica no Brasil e na Améri- de Brasil. Há, ca do Sul? contudo, sinais bastantes posiComo havia comentado anteriormen- tivos vindos do RBS Magazine

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a cadeia pois estamos falando de um mercado de mais de 3 GW. Estamos falando de um mercado potencial de quase 10GW.

questões construtivas, pois devemos ser a primeira empresa a lançar módulos com 5 BB no mundo. Temos o nosso próprio conector T4 (IP68), os módulos de 72 células contam com RBS Magazine: A Canadian Solar é back bar, algo que em geral só os faum dos principais players do setor bricantes japoneses oferecem, temos no mundo, quais seriam os próximos uma das menores degradações e sepassos da empresa no Brasil e na gundo alguns institutos como a Go América Latina? Solar Califórnia, onde é possível comparar a geração dos módulos em situEu diria que estamos atentos a de- ação real, geramos até 3% que alguns manda da região. Se houver viabi- concorrentes. Lembra do conservalidade para instalação de novas fá- dorismo e Inovação? Pois é... Estão bricas, não hesitaremos. Essa foi a presentes aqui também. mensagem que o nosso CEO deixou no evento onde anunciamos os inves- Buscamos produzir módulos e acestimentos para o Brasil. Nas próximas sório que não nos tragam problemas semanas iremos inaugurar a nossa de garantia no futuro, por isso optafábrica no Brasil que já nasce gran- mos por ter um produto standard já de com uma capacidade de 360MW, com todas as características dos promas já estamos trabalhandoem al- dutos Premium ofertados no mercaguns contratos que podem levar ao dos com custos adicionais. aumento dessa capacidade. RBS Magazine: A que se deve o suEstamos aqui para ficar e por muito cesso da empresa no Brasil? tempo. Acho que já falamos um pouco sobre RBS Magazine: Falando especifica- isso, mas eu complementaria dizendo mente sobre os painéis solares e sis- que isso deve-se em grande parte ao tema FV, quais são os principais di- que eu chamo de PPP; Planejamento, ferencias oferecidos pela Canadian? Pessoas e Parceiros. O planejamento atende as duas premissas principais Eu diria que hoje temos um dos conservadorismo associado a inovamaiores portfólios do mercado. A Ca- ção. Isso nos permite usar o tempo nadian tem fornecido módulos com devido planejando, pensando, ententecnologia Poli, Mono, e agora esta- dendo o mercado e suas necessidamos mudando para o Black Silicon des. As Pessoas são as responsáveis buscando uma eficiência melhor. Te- por fazer o planejamento acontecer, mos também o Perc que o mono de sem elas não seria possível sair do lumaior rendimento, muito utilizado gar. E os parceiros, ah os parceiros...... no mercado japonês. Sem contar as Eles são nossa extensão. Desenvolve32 RBS Magazine

mos uma relação tão forte com alguns que as vezes não sei de que lado estou. Costumo dizer que temos milhares de clientes, mesmo vendendo apenas para poucos parceiros, pois é assim que nos sentimos. Um de nossos parceiros, a Sices, esta lançando um consórcio Solar na feira intersolar e eu diria que estamos tão ou mais ansiosos que eles. Entendemos as relações B2B como um casamento, onde haverá turbulências, mas onde a vontade de continuar deve persistir. RBS Magazine: Em relação a preços, pode-se dizer que a Canadian é uma empresa competitiva ? A uma frase do Steve Jobs que mais ou menos assim... “Só fale o seu preço ao seu cliente quando ele entender o seu valor”. Acho que há uma dicotomia quanto ao tema preço, ou ele é caro ou ele é barato. Eu particularmente discordo. De forma bem direta eu respondo... SIM SOMOS COMPETITIVOS. A grade questão é que boa parte do mercado compara apenas o preço e não o custo para gerar cada kWh da sua usina. Comparar o preço dois módulos apenas por serem módulos seria como comparar dois carros de marca distintas, qualidade distintas, MTBF distintos, em fim escolher apenas pelo preço pode salvar o seu CAPEX e tornar o seu projeto “mais viável” aos olhões de um investidor, mas lembre-se que quem esta nesse mercado a mais tempo considera também o OPEX e deseja


a maior eficiência do dinheiro investido. Isso tem muito mais a ver com valor do que com preço. Ilustro aqui um ponto que tenho escutado bastante ultimamente...

contudo quem acredite que vai compra módulos até 10% mais baixos de um fornecedor A em detrimento de um fornecedor B. RBS Magazine: Vocês pretendem vender todo o sistema FV como inversores, módulos, estruturas, conectores no Brasil, como fazem nos EUA e Canadá?

RBS Magazine: Como a Canadian avalia a questão dos incentivos para a cadeia produtiva no Brasil? O governo tem dado a devida atenção ao tema?

Não podemos deixar de reconhecer O preço dos módulos nacionais está que o governo tem se inclinado a oumuito caro... Ou ainda recebi cotação vir os pleitos do setor e que o MME, de um concorrente seu mais barato... a ANEEL e a EPE tem sim contribuído para o desenvolvimento do setor. DeA nossa decisão de trazer a fábrica Sim pretendemos, mas vamos escla- vemos ainda entender que o goverpara o Brasil levou tempo e foi cau- recer aqui um ponto crucial. Só quan- no passa por um momento de trantelosamente estudada, sobretudo do do o mercado for maduro o suficiente siçãoe de retomada do crescimento. ponto vista tributário. como é a Europa, Canadá e EUA. Se Creio que a medida em que os innos fizéssemos isso hoje, seríamos vestidores retomarem seu caminho Tivemos incansáveis reuniões com concorrentes de nossos parceiros e em direção ao Brasil, medidas como BNDES, Empresas de Auditoria, Con- isso é algo que não faremos. isenção de impostos de mátria prima sultores tributários, advogados, etc. de módulos e inversores, uso do FGTS Sabemos exatamente quanto custo No caso do inversor estamos em vias para comprar sistemas fotovoltaicos nosso produto produzido na China e de assinar com um de nossos parcei- devem voltar naturalmente à agenda. sabemos exatamente quanto custo o ros um contrato de que o permite conosso produto produzido no Brazil. mercializar nossos inversores no BraConsiderando que dois concorrentes sil. Todas as vendas seriam realizadas produzem seus produtos no Brasil e via esse parceiro. na China, eu diria que é praticamente impossível que, se na china a diferen- No caso dos conectores, sim vendeça de preço entre eles é de 3-5% essa remos direto, pois a maior demanda www.canadiansolar.com diferença seja maior no Brasil. Há será para as usinas.


COP21 Acordo de Paris de mãos dadas com

Geração Distribuída Carlos Evangelista - Presidente da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída

A

COP-21 foi realizada sob a coordenação do principal órgão das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), iniciado em 1992 (ECO-92 – realizada no Rio de Janeiro) e renovada desde então. A Convenção foi criada a fim de compreender e encontrar soluções para as mudanças climáticas. Neste contexto, desde 1995, quase todos os países do mundo se reúnem anualmente para discutir juntos sobre soluções para mitigar o aquecimento global. A edição francesa do ano passado foi bastante concorrida, comentada e divulgada. O evento foi realizado em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro e reuniu cerca de 200 signatários da UNFCCC, ONGs, empresas globais e grupos científicos. Diversos assuntos foram tratados, inclusive com propostas diferenciadas, como as apresentadas pelo governo brasileiro de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030, redução relevante do desmatamento em área protegidas, proteção de mananciais, etc. No setor de energia, que impacta diretamente nosso segmento – Geração Distribuída com fonte de energias renováveis, o Brasil apresentou 34 RBS Magazine

como meta alcançar uma participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética até 2030. Isso inclui a expansão do uso de todas as outras fontes renováveis (eólica, biomassa, solar fotovoltaica, solar térmica, biogás, etc.) na matriz total de energia, para uma participação de no mínimo 28% em 2030. Unir sustentabilidade com preservação do meio ambiente, desenvolvimento econômico e suprimento de energia barata, abundante e contínuo não é um desafio fácil. O crescimento anual da demanda de energia elétrica mundial aumenta em índices muito maiores do que a capacidade de expansão do sistema elétrico. Essa energia tem


que ser acessível a custos plausíveis para todas as economias do planeta e não apenas para alguns países mais privilegiados. Não são todos os países do mundo que possuem ambientes favoráveis como o Brasil, que possui condições de desenvolver praticamente todas as fontes de energia economicamente viáveis, renováveis ou não. Não devemos e não podemos abrir mão de nenhuma fonte de energia, cada uma delas com suas particularidades e especificidades, mas todas fundamentais para o desenvolvimento da economia e da sociedade como um todo. Evidentemente, as fontes renováveis merecem e devem ter todo o nosso foco e atenção, pelos motivos já amplamente conhecidos e discutidos há anos. Seria extremamente saudável e salutar, que as fontes fósseis fossem 100% substituídas pelas fontes renováveis, e o fato de se criarem metas e parâmetros para isso já é um grande passo. Há países já caminhando nessa direção. Em relação a Energias Renováveis fomos além, no Brasil, grande parte de nossa matriz elétrica já é proveniente de fontes renováveis e particularmente as fontes renováveis “intermitentes” (como alguns denominam) como a eólica e a solar fotovoltaica e mais fácil para ser conectada à rede". ( leia-se: Geração têm crescido consideravelmente a ponto de serem consi- Distribuída ) deradas relevantes no planejamento estratégico do setor para os próximos anos. Os países signatários, em apoio a iniciativa indiana, afirmaram querer "realizar esforços conjuntos e inovadores Nesta convenção em particular (COP21), tivemos por com o objetivo de reduzir os custos de financiamento e iniciativa do primeiro ministro indiano. Mr. Narendra tecnologia para uma utilização imediata de ativos solares Modi, uma coalizão de 121 países situados nas regiões competitivos". Segundo o presidente francês, François mais ensolaradas do mundo, uma região conhecida como Hollande: "Não podemos mais aceitar o paradoxo que os “Sunbelt”, que são os países situados entre os trópicos de países de maior potencial em energia solar representem Capricórnio e o trópico de Câncer; lançaram a chamada apenas uma pequena parcela da produção de energia so"Aliança Internacional da Energia Solar - ISA". lar mundial". A iniciativa contou com o apoio dos presentes e chamou atenção de muitos dirigentes que coordenavam as iniciativas do fórum. Na presença do presidente francês François Hollande e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon; Modi declarou: "Queremos levar a energia solar para nossas vidas, nossos lares, tornando-a mais barata, mais confiável

No texto final apresentado pelo ministro do exterior francês, Sr. Laurent Fabius, a meta estabelecida é de que o aumento máximo da temperatura média do planeta não supere os 2oC em relação aos níveis pré-industriais, e abre-se a possibilidade de baixar esse objetivo a 1,5o C. Cientistas ressaltaram que após décadas de emissões de gases de efeito estufa já não há possibilidade real de conter o aquecimento do planeta. O que se busca agora é RBS Magazine

35


retamente relacionada com o desempenho da economia, valor do câmbio, aprovação dos PL’s (projetos de lei) que estão tramitando no Congresso (alguns defendem o uso do FGTS, outros a desoneração do setor), da evolução da tarifa de energia, da cooperação entre as distribuidoras e empresas integradoras, da viabilização de novos mercados para GD (A4 por exemplo) ou seja, trata-se de algo de difícil previsibilidade, no entanto, temos motivos para ser otimistas pois a conjuntura atual é favorável, há uma maior disseminação de informações além de conscientização da sociedade para utilização de Geração Distribuída, de todas as fontes renováveis, em especial com Energia Solar Fotovoltaica, Eólica e Biomassa. Essa conscientização, aliada ao forte desenvolvimento das empresas do setor, inclusive com a recente criação de uma Certificação de Instalador Fotovoltaico (que trará mais confiança para este segmento), temos condições para crescer 300 % em 2016.

tentar que o aumento da temperatura não ultrapasse da barreira dos 2o C, evitando assim as consequências catastróficas previstas por muitos especialistas no assunto. Para tal é fundamental limitar as emissões dos gases causadores do efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono. Também no estudo Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e Impactos em sua pág. 51 o texto deixa claro a importância de GD na mitigação dos gases de efeito estufa: “...foi avaliado o impacto na redução de emissões de gases de efeito estufa, provocado pela inserção da geração fotovoltaica distribuída. Ressalta-se que a matriz elétrica brasileira pode ser considerada como um exemplo de baixa emissão, tendo em vista que, segundo o Balanço Energético Nacional 2013, para produzir 1 TWh, o setor elétri36 RBS Magazine

A melhor maneira de estimular o mercado de Geração Distribuída com seus 67.262.795 de potenciais clientes residenciais (tabela da ANEEL), passa pelo estímulo da demanda! co brasileiro emite seis vezes menos Evidentemente que desoneração da que o europeu, sete vezes menos do cadeia produtiva, estímulo às empreque o americano e onze vezes menos sas envolvidas no setor, incentivos a que o chinês. No entanto, a geração indústria local, simplificação dos profotovoltaica, fonte livre de emissões cedimentos de conexão são ações em sua operação, pode contribuir que sempre colaboram, haja visto com a manutenção deste status fren- que existem inúmeras sugestões neste ao aumento da demanda elétrica se sentido, desde a isenção de ICMS, nacional. Os resultados desta avalia- diminuição da alíquota do II (imposto ção compõem o gráfico abaixo, com a de importação); abatimento no IPTU, qual se pode observar um acumulado passando pelo uso do FGTS na aquide aproximadamente 2,7 MtCO2-eq sição de equipamentos e finalizando no final do período. O valor de emis- com abatimento no Imposto de Rensões evitadas em 2023 é de cerca de da aos contribuintes que investem 500 mil toneladas de CO2-eq, o que em Geração Distribuída com fontes representa as emissões de uma plan- de energias renováveis. ta termelétrica a gás natural de aproximadamente 140 MW, funcionando Os caminhos estão abertos e as inúcom fator de capacidade de 90%, du- meras oportunidades e modelos de rante esse ano”. negócio cada vez mais acessíveis. Temos uma clara janela de oportunidaA perspectiva de crescimento desse des e ações para efetivar visando mamercado, Geração Distribuída, de- ximizar o setor. É tempo de despertar pende de inúmeros fatores e está di- e partir para a ação! ▪


Entrevista

A RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com

Marcos Maciel, CEO da SUNEW RBS Magazine - Como surgiu a empresa SUNEW, que são os principais parceiros, etc? Marcos Maciel - A SUNEW é resultado da soma de forças entre CSEM Brasil, FIR Capital, BNDES, Tradener e CMU com o objetivo de conceber a maior infraestrutura do mundo capaz de produzir 400 mil m²/ano de OPV (Organic Photovoltaic), também conhecido como Filme Fotovoltaico Orgânico. Buscando revolucionar a indústria solar no Brasil e no mundo, a empresa 100% brasileira iniciou suas atividades em Novembro de 2015 e possui parcerias de entidades como FIEMG, FAPEMIG e Governo de Minas Gerais. RBS Magazine - Como você avalia hoje no Brasil o mercado de geração distribuída? Tendo em vista que cerca de 15% da energia elétrica gerada no Brasil é perdida na sua transmissão e distribuição, fica claro que o mercado de geração distribuída é a melhor solução para atender a demanda crescente de energia do país, além de suprir a busca por meios sustentáveis para isso. Estudos da ANEEL, assinalam que em 2024 o mercado de geração distribuída terá 1.200.000 consumidores, então num panorama atual ainda há muito a ser desenvolvido para que seja aproveitado ao máximo todo o potencial energético do Brasil, tendo em vista sua abundância em recursos naturais, insolação favorável e incentivos fiscais acerca desse mercado. A implantação desse tipo de geração se encontra bastante expressiva no mercado fotovoltaico mas ainda pode melhorar bastante no que diz respeito à capacidade energética que o Brasil possui e o que é, de fato, aproveitado. Prova disso é que o consumidor brasileiro poder gerar sua própria energia elétrica a partir de painéis sola-

res desde 2012, mas a potência instalada não supera 35MWp, mesmo com os índices de radiação acima de 1500kWh/ m2/ano. RBS Magazine - Na sua opinião, quais seriam os principais fatores para que o setor de energias renováveis, em especial a GD continue crescendo e expandindo? Especialmente no mercado fotovoltaico, já existe um número alto de conexões acumulado, resultando numa potência de quase 19.000kW que, com o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica, há a aptidão para crescer e expandir de forma significativa em pouco tempo. Para seu desenvolvimento falta capacitar profissionais que façam com que esse novo mercado ganhe ainda mais espaço no setor energético brasileiro, além de manter o investimento em pesquisas constantes através de linhas de crédito e financiamentos. É importante, também, dar apoio financeiro às empresas que fornecem tanto os materiais quanto a instalação de todo o sistema para que a geração distribuída seja viável. RBS Magazine - Quais os principais diferencias dos Filmes OPV produzidos pela SUNEW? O OPV é leve, flexível, independente do grau de inclinação em que é instalado, transparente e disponível em várias cores, o que confere aos filmes um design altamente customizável, moderno e possível de adaptar a todo tipo de estrutura. Além disso, tem baixíssimo impacto ambiental, tendo em vista sua produção a partir de materiais orgânicos abundantes, baixa pegada de carbono e composição reciclável. Pode também gerar energia indoor e outdoor e oferecer proteção UV.

RBS Magazine - Nos fale um pouco sobre as aplicações do FILMES OPV? Devido às suas características disruptivas, o OPV tem a capacidade de atender aos mais diversos setores. Pode ser aplicado em mobiliário urbano, como abrigos de ônibus e guarda-sol, em estruturas leves, como tendas, estacionamentos e pérgulas, em tetos-solares de automóveis, em estruturas aquáticas flutuantes, em fachadas de prédios e em gadgets, entre outras inúmeras possiblidades. Em suma, o OPV vem como uma solução para os mercados onde as tecnologias tradicionais não se aplicam. RBS Magazine - Qual a projeção de crescimento da empresa nos próximos 05 anos? A SUNEW tem a maior capacidade instalada para produção de filmes fotovoltaicos orgânicos impressos do mundo, sendo capaz de produzir até 400.000 m² por ano. Até 2020, esperamos estar operando a plena capacidade! RBS Magazine - A SUNEW é parceira do 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Smart Energy. Você será um dos palestrantes do evento, pode nos adiantar alguns pontos da sua apresentação no evento? Vamos falar sobre a nova geração de filmes fotovoltaicos: o OPV (Organic Photovoltaics), apresentando dados que vão desde o desenvolvimento à produção em larga escala. Trata-se de um tecnologia inovadora e disruptiva, portanto, nosso objetivo é apresentar um conceito que quebra os paradigmas da energia fotovoltaica tradicional. Maiores informações: http://www.sunew.com.br RBS Magazine

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38 RBS Magazine

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Um mercado em plena expansão Só em 2016, o mercado brasileiro de energia solar crescerá 300% em relação ao ano anterior. Em 2018, o Brasil deverá estar entre os 20 países com maior geração de energia solar, considerando-se a potência já contratada (2,6 GW) e a escala da expansão dos demais países. Estima-se que a capacidade instalada de geração solar chegue a 8.300 MW em 2024, sendo 7.000 MW geração descentralizada e 1.300 MW distribuída. A proporção de geração solar deve chegar a 1% do total. Estudos para o planejamento do setor elétrico em 2050 ainda avaliam que 18% dos domicílios no Brasil contarão com geração fotovoltaica (8,6 TWh), ou 13% da demanda total de eletricidade residencial.

Reconhecida no mercado como a maior provedora de soluções no Brasil para equipamentos de Energia • Segurança.
 O Consórcio Na- Solar FOTOVOLTAICA, a SICES Brasil é cional Solar é operado pela a importadora oficial de grandes marUnifisa uma empresa auto- cas de módulos fotovoltaicos como rizada a operar o pelo Banco CANADIAN SOLAR, JINKO SOLAR, JA Central do Brasil, órgão que SOLAR dos Inversores Solares ABB regulamenta e acompanha o Power One, SMA, FRONIUS, e quamercado financeiro Brasilei- dros de proteção e componentes esro, e é filiada à ABAC - Asso- pecíficos para CC FV das marcas ABB ciação Brasileira de Adminis- e ONESTO, estruturas de fixação em tradoras de Consórcios. alumínio e aço inox da líder alemã Aumento na procura. 
 Com o auK2-System Gmbh para telhados em mento da instabilidade do setor eléJá foram entregues mais de 15 telhas de cerâmica, telhas de fibroci- trico brasileiro (em 2015, o preço da mil bens pelo Consórcio Nacional mento, chapas metálicas, telha zipa- energia elétrica cresceu mais de 40%) RBS Magazine

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as buscas por sistemas de energia solar dispararam, o que indica um grande número de oportunidades.
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 Endereço Avenida Portugal 1174, condomínio empresarial ONIX, galpão 1,2,3 e 4.

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PHB é Patrocinadora "PRATA" do Congresso GD e SmartEnergy 2016 A PHB Eletrônica Ltda. foi fundada em 1984 na cidade de São Paulo, pelos sócios Sérgio Polesso, Chang W. H. Huang e Ildo Bet. A tecnologia da empresa nasceu de uma tese de mestrado(Ildo Bet) obtida em 1981 no Instituto de Eletrônica de Potencia (INEP) da Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC), que permitiu o salto tecnológico para a fabricação das primeiras fontes chaveadas no pais pela PHB. A empresa evoluiu ao longo destes anos seguindo a necessidades do mercado brasileiro e dentre os diversos produtos desenvolvidos e fabricados ao longo de sua história, destacam-se: • Fontes para microcomputadores • Fontes de alimentação microprocessadas para todas as urnas eletrônicas brasileiras • Fontes de alimentação para caixas automáticos de banco • Conversores CC/CC para centrais de comutação Trópico • Sistemas de retificadores de alta eficiência e controle digital para Telecomunicações 42 RBS Magazine

• Armários integrados com gerenciamento remoto dos parâmetros de energia e de infraestrutura também para Telecomunicações

tém um Departamento de Engenharia altamente qualificado e experiente, composto por cerca de 20% de seus colaboradores. Seguindo esta filosofia, a PHB • Estrutura de fixação investe constantemente dos módulos FV em em pesquisa e desenvolvitelhado/laje/solo mento junto às principais universidades e institutos/ • Strigbox / Combiner centros de pesquisa do país box (INEP – UFSC, CPqD, LEP – UNESP – Ilha Solteira, IEE • Solução completa de – USP. geradores FV para a geração distribuTambém , estamos coída(GD) de energia laborando fortemente na elétrica (KITS) formação da Mão de Obra para este novo setor da Na última Interso- economia que é a GD, eslar/2016 a empresa mais pecialmente a FV. Temos uma vez inovando lançou feitos doações a diversos seus Inversores FV Híbridos SENAIS , universidades e Modulares e seus Sistemas institutos técnicos dos made Retificadores que aco- térias para que sejam miplados com seus Inversores nitrado os cursos.Todas as solares FV permitem a co- segundas-feiras a PHB tem nexão de fontes de energia curso regular de seus procomo biogás, pequenas dutos quem precisar mareólicas, pequenas quedas car é só acessar o site da d’água e biomassa, com- PHB ou enviar uma solicipletando a gama de neces- tação para o email : sergio. sidades da GD no Brasil roberto@phb.com.br

através da capacitação de nossos colaboradores buscando a satisfação plena de nossos clientes e a liderança nacional no segmento pela sua excelência.

Desde sua fundação, a Objetivo da Empresa empresa tem como meta desenvolver seus próprios Melhoria contínua de produtos e para isto, man- nossos produtos e serviços

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Visão Buscar uma maior atuação no mercado estrangeiro de fontes de alimentação, sistemas de energia e infra-estrutura para telecomunicações e desenvolver produtos para o segmento de energia renovável. Política de Qualidade Atender as expectativas dos nossos clientes e requisitos regulamentares com a participação de todos os funcionários, buscando a melhoria contínua em nossos produtos no mercado globalizado.


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