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Vol. 03 - Nยบ 15 - MAR/ABR 2017

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ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA E O GRANDE DESTAQUE SETORIAL NO BRASIL

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Índice

20 04 Dimensionamento de cabos de sistemas fotovoltaicos 20 A tendência do BIPV EDIÇÃO

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DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DE CABOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS COM O OBJETIVO DE REDUZIR O CUSTO DA ENERGIA GERADA Lucas Vizzotto Bellinaso – lbellinaso@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Cachoeira do Sul, Grupo de Eletrônica de Potência e Controle

Leandro Michels – michels@gepoc.ufsm.br Universidade Federal de Santa Maria, Grupo de Eletrônica de Potência e Controle

An economic choice of PV system cabling is important to reduce the Levelized Cost of Energy (LCOE). Cables with small cross-sectional area may be cheaper, but with higher losses than thicker cables. The presented methodology presents a simple solution applying the system cost/Watt to convert cable losses into costs to find the cross-sectional area with the best cost-benefit. First, the cable nominal weighted losses are calculated considering the inverter weighted efficiency. Then, these losses are converted into costs and added to the costs for buying the cable, resulting in the cable total costs. The cable which minimizes the LCOE is the one with the lowest total costs. Finally, a table to rapidly choose the cable is shown, followed by a design example.

Quanto maior é o custo do sistema fotovoltaico em relação ao custo dos cabos, mais vale a pena utilizar cabos de maior seção e consequentes menores perdas. 4

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escolha de cabos empregados em sistemas fotovoltaicos conectados à rede é normalmente realizada empregando o cabo com menor custo que suporta determinada corrente mínima, e que também apresente queda de tensão inferior a 3%, de acordo com a IEC/TS 62548. De acordo com essa norma, os condutores de um sistema fotovoltaico devem permitir a instalação de um dispositivo de proteção contra sobrecorrente superior a 1,5 vezes a corrente de curto-circuito, assim o condutor deve

suportar corrente superior à do dispositivo de proteção. Entretanto, é possível levar em conta não somente a corrente máxima e queda de tensão, mas também o custo da energia gerada. Um cabo com condutor de maior seção resulta em menores perdas, mas seu preço é mais elevado. Para selecionar o cabo com melhor custo-benefício, pode-se comparar o custo do sistema fotovoltaico com o custo dos cabos. Quanto maior é o custo do sistema fotovoltaico em relação ao custo dos


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cabos, mais vale a pena utilizar cabos de maior seção e consequentes menores perdas. Essa seleção também depende do perfil de irradiação do local. Se a maior parte da energia é gerada com irradiância reduzida, podem-se adotar cabos mais finos, pois as perdas de potência em irradiância elevada não resultam perdas energéticas significativas. A metodologia de escolha proposta considera todas essas questões, minimizando o custo da energia gerada e aumentando o rendimento econômico do sistema. Inicialmente, é necessário definir o conceito de perdas nominais ponderadas, que dependem do perfil de irradiação local. Depois, é apresentada uma função objetivo para minimizar o custo da energia gerada. Por fim, um gráfico é apresentado para seleção direta do cabo com melhor custo-benefício, levando em conta a corrente do arranjo fotovoltaico e a relação entre custo do sistema e custo dos cabos. Perdas nominais ponderadas Em [1] as perdas nominais ponderadas são definidas em função das eficiências ponderadas dos inversores. Essas eficiências levam em conta a porcentagem da energia processada pelo inversor nos diferentes períodos do dia, o que depende do perfil de irradiação local. As eficiências ponderadas mais conhecidas são a europeia (baixa irradiação) e a californiana (alta irradiação), que são normalmente apresentadas nos catá6

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logos dos inversores. A eficiência brasileira também já foi proposta em [2] considerando o perfil médio de irradiação do Brasil. Essas eficiências ponderadas são calculadas por:

zida em irradiância elevada, próxima a 1000 W/m², kwl aproxima-se de 1. Caso contrário, se a maior parte da energia elétrica é produzida com irradiância reduzida (< 500 W/m²), kwl torna-se menor. A Tabela 1 apresenta o valor de kwl para as ponderações mais comuns. Para a cidade de Santa onde ηx% é a eficiência do inversor em Maria, Rio Grande do Sul, obteve-se x% da potência nominal. kwl = 0,54, empregando simulações no software HelioScope [1]. As perdas nominais ponderadas Tabela 1 – Constante do local para cálculo de perdas nominais ponderadas podem ser aplicadas a qualquer componente do sistema fotovoltaico que apresente perdas. Para exemplificar através da ponderação europeia, as perdas nominais ponderadas são calculadas por: Para aplicação da metodologia de escolha, são obtidas as perdas nominais ponderadas por metro de cononde Pl,x% são as perdas de potência dutor. Assim, obtém-se: do elemento (condutores, inversor, etc..) em x% da potência nominal do sistema fotovoltaico. onde Rmetro (Ω/m) é a resistência por Para simplificar o cálculo, po- metro de condutor, e impp (A) é a cordem-se calcular as perdas nominais rente que passa no condutor no ponponderadas aproximadas através de to de máxima potência, consideranuma constante que multiplica as per- do irradiância de 1000 W/m². das nominais do condutor: Neste trabalho, consideram-se condutores de cobre de 4, 6, 10 e 16 mm². A Tabela 2 apresenta a capaciO valor de kwl depende do perfil dade de corrente e a resistência por de irradiância local. Se a maior parte metro desses condutores. da energia elétrica no local é produ-


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Escolha do cabo com menor custo total A escolha do condutor com melhor custo-benefício é realizada convertendo as perdas nominais ponderadas em custos, e somando-as ao custo/metro do cabo. O custo total por metro de condutor é dado por:

As variáveis necessárias para selecionar o cabo são kwl, impp, e ks/c. A partir disso, obtém-se os gráficos da Figura 1, que já consideram os limites de corrente dos condutores. São apresentados três gráficos: para kwl = 0,5 (ponderação europeia), kwl = 0,6 (ponderação californiana) e para kwl = 0,8 (ponderação brasileira).

onde: CWref: custo por Watt do sistema fotovoltaico completo. Esse é o custo do cliente comprador do sistema, que é igual ao preço fornecido pelo integrador ou vendedor do sistema. O CWref atual para os sistemas fotovoltaicos situa-se entre 5 R$/Watt e 8 R$/Watt. custocabo,metro: é o custo por metro do cabo, na perspectiva do consumidor final. Para o integrador, é igual ao custo para compra do cabo do distribuidor somado à sua margem de contribuição (ganho bruto) sobre este item. O cabo com menor custotot,metro é o que apresenta o melhor custo-benefício. Supondo-se que a troca de cabo não afeta o custo/Watt do sistema completo, também é válido considerar que o cabo com melhor custo-benefício minimiza a soma de Pwl,metro + custocabo,metro/CWref. Com a finalidade de montar uma tabela para escolha direta dos cabos mais apropriados, define-se a variável ks/c, que compara o custo/Watt do sistema fotovoltaico com o custo por metro do cabo de 4 mm², utilizado como referência:

onde custo4mm²,metro é o custo/metro do cabo de 4 mm² na perspectiva do consumidor final. Por fim, o cabo com melhor custo-benefício é o que atinge o seguinte objetivo:

onde custorel é o custo relativo do cabo considerado em relação ao de 4 mm². Para determinar uma tabela de projeto, consideraram-se os valores de custorel da Tabela 3, obtidos através de orçamentos obtidos com distribuidores nacionais em setembro de 2015. Com base nesse levantamento, verifica-se, por exemplo, que o cabo de 10 mm² apresenta o dobro do custo do cabo de 4 mm². Tabela 3 – Custo relativo de cabos fotovoltaicos de dupla isolação, baseando-se no custo do cabo de 4 mm²

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Figura 1 – Gráficos para escolha do condutor mais adequado para uso no sistema fotovoltaico, considerando: a) ponderação europeia; b) ponderação californiana; c) ponderação brasileira.


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Figura 2 – Exemplo de escolha de condutores

Para sistematizar a metodologia, sugere-se o seguinte Assim, verifica-se que os cabos com melhor custo-benefíprocedimento para o dimensionamento do cabo com me- cio são: 4 mm² para os cabos I e II, e 6 mm² para o cabo III. lhor custo-benefício: Observa-se que o método utilizado visa a minimi1. Determinar o valor de kwl para o local de instala- zação do custo da energia gerada, o que independe do ção, de acordo com a distribuição da energia em comprimento do condutor. No exemplo abordado, o cabo função da irradiância do local. I (4 mm², 20 m totais) resulta em queda de tensão de 5,1 V. Já o cabo II (4 mm², 200 m totais) resulta em queda 2. Obter o valor de impp que o cabo deve suportar em de tensão de 51,2 V. Essa grande diferença de queda de irradiância de 1000 W/m² (condição padrão de tensão das séries fotovoltaicas conectadas em paralelo ensaio). Isso deve considerar os dados de catálo- causa perdas não contabilizadas, devido à operação fora go do módulo fotovoltaico e o número de séries do ponto de máxima potência do arranjo. Entretanto, a fotovoltaicas conectadas em paralelo. metodologia permanece válida se o inversor apresentar seguidores de máxima potência separados para as séries 3. Calcular ks/c, dividindo o custo/Watt do sistema fotovoltaicas dos cabos I e II. Nesse caso, apesar da elevapelo custo/metro do condutor de 4 mm². da queda de tensão, o cabo II com melhor custo-benefício seria o de 4 mm², pois a economia gerada pela compra de 4. Observar o gráfico para o kwl do local (Figura 1). um cabo mais barato supera os prejuízos devido às perObter o cabo de melhor custo-benefício obser- das de energia nesse cabo. vando a intersecção da linha de ks/c com a coluna de impp. Exemplo de projeto Para exemplificar a metodologia de escolha do cabo com melhor custo-benefício, considerou-se o exemplo da Figura 2. Duas séries fotovoltaicas com impp = 8 A são conectadas em paralelo. O objetivo é escolher adequadamente os cabos I, II e III. A ponderação brasileira é utilizada, resultando em kwl = 0,8. Portanto, deve-se observar o gráfico da Figura 1(c). O passo 3 da metodologia é calcular o valor de ks/c. Considerando que o sistema apresenta CWref = 7 R$/W e o cabo de 4mm² custa R$4,00/m, resulta em ks/c = 7/4 = 1,75. Para adequar ao gráfico da Figura 1(c), pode-se considerar ks/c = 2. Os cabos I e II da Figura 2 apresentam impp = 8 A. Observando a Figura 1(c) para ks/c = 2, obtém-se que o cabo com melhor custo-benefício é o de 4 mm². O cabo III apresenta impp = 16 A. Nesse caso, resulta no cabo de 6 mm². 10

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O resultado não depende do comprimento do cabo, podendo resultar em cabos com elevada queda de tensão se o comprimento é muito longo... Conclusões Uma metodologia sistematizada para o dimensionamento de condutores com base em critérios econômicos foi apresentada. Nessa metodologia, deve-se inicialmente considerar a capacidade de corrente do cabo e os requisitos de proteção contra sobrecorrente das normas vigentes. O cabo com melhor custo-benefício é escolhido em função de seu custo, do custo do sistema fotovoltaico completo, do perfil de irradiação local e de sua corrente nominal. O resultado não depende do comprimento do cabo, podendo resultar em cabos com elevada queda de tensão se o comprimento é muito longo. Por esse motivo, é importante verificar se diferenças de queda de tensão entre séries fotovoltaicas conectadas em paralelo não ocasionam perdas devido à operação fora do ponto de máxima potência do arranjo. Se esse problema

não existir, então a aplicação da metodologia resulta no menor custo da energia gerada pelo sistema fotovoltaico. Referências [1] Bellinaso, L. V., Reiter, R. D. O., Michels, L. “Metodologia para escolha da seção de cabos de sistemas fotovoltaicos com objetivo de reduzir o custo da energia gerada”. In VI Congresso Brasileiro de Energia Solar – CBENS 2016. [2] Pinto, A., Almeida, J. C. S. N., Zilles, R. “A caracterização da eficiência brasileira de inversores para sistemas fotovoltaicos conectados à rede”. In VI Congresso Brasileiro de Energia Solar – CBENS 2016.

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Artigo

Plano de Nacionalização Progressiva do BNDES: rápido desenvolvimento do setor fotovoltaico versus a capacidade inovativa nacional Siqueira de Moraes Neto Professor e Empresário - Sócio da Elektsolar Innovations. Doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Atualmente existe uma grande discussão sobre o Plano de Nacionalização Progressiva (PNP) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito empresarial e também por meio das associações de empresas do setor fotovoltaico. As regras de credenciamento e avaliação de conteúdo local dos componentes do sistema de geração de energia fotovoltaica são um pouco diferentes do FINAME tradicional. Este método foi criado para a indústria eólica e satisfeito com a vinda de partes da cadeia produtiva para o Brasil, o BNDES resolveu replicar o modelo para o setor solar. Entretanto, o PNP solar veio com avanços institucionais e legais devido ao aprendizado que o banco teve a partir da experiência eólica. Essas exigências básicas de componentes (obrigatórios) para se al-

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cançar um financiamento do BNDES, somam-se a itens opcionais e a itens prêmio que aumentam o percentual de participação de financiamento do banco, premiando assim, o aumento de conteúdo nacionalizado.

coordenado de forma multilateral entre órgãos governamentais.

Alguns grandes players estão vindo ou querendo vir atuar no Brasil e se beneficiar de capital do BNDES para financiar usinas constituídas O PNP solar nasceu a partir de com equipamentos majoritariamente uma necessidade de financiamento importados. Isso pode pressionar ou para empreendimentos de energia até mesmo destruir uma crescente, fotovoltaica. Verificou-se que seria porém, ainda incipiente indústria naimprovável que algum investidor pu- cional. Neste contexto, as empresas desse conseguir financiamento com nacionais que estão se esforçando e as regras comuns do FINAME, uma investindo para desenvolver contevez que um elevado percentual dos údo tecnológico nacional são quem componentes do sistema fotovoltai- mais irão sofrer, e consequentemenco são importados. O PNP solar nas- te, o potencial do Brasil como um ceu em discussão no âmbito do Plano todo, de um dia ter inovação real no Brasil Maior, por meio de interações setor solar. entre o Ministério da Indústria, Comércio O que se discute de fato é a velocidade de crescimento da indústria Exterior e Serviços (MDIC), a fotovoltaica. Alguns, estrangeiros ou Agência Brasileira de Desenvolvimen- brasileiros com conexão internacioto Industrial (ABDI) e o BNDES. Por- nal querem que o BNDES afrouxe as tanto, percebe-se que foi um plano regras, alegando que o modelo atual


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isto sim, poderá gerar inovações reais.

desestimula e torna pouco competitiva a indústria nacional, levando empresas a investir em outros países. Este fato não deixa de ser verdade. Existe o risco de que se mantidas as regras do PNP, alguns investidores que atuam por todo o globo possam optar por uma Taxa Interna de Retorno (TIR) mais atrativa de seus projetos e direcionar seus recursos para outras nações. Um fator agravante ao desenvolvimento do segmento fotovoltaico nacional é que o BNDES se apresenta como a única fonte de capital de longo prazo com taxas de juros compatíveis com a realidade global. O ambiente macroeconômico instável devido a problemas políticos recentes obrigou o governo a aumentar a Taxa Selic (taxa básica de juros) a patamares elevadíssimos, fazendo com que a utilização de capital comercial de longo prazo, como se demanda em projetos de infra-estrutura, torne-se inviável.

para construir o projeto financeiro do empreendimento. Neste contexto, o capital do BNDES se apresenta como fundamental ao desenvolvimento deste setor. Porém, investidores alegam que o conteúdo nacionalizado e o seu plano de implantação sejam modificados para que se tornem viáveis. Por outro lado, essas mudanças se forem no sentido de diminuir as exigências, podem fazer com que não venham para o Brasil as partes de maior valor agregado da cadeia produtiva global.

Para ilustrar esse impasse, Richard Nelson e Michael Porter, que estão dentre os maiores pesquisadores sobre inovação e políticas públicas, afirmam que são necessárias a formação de capacidades dinâmicas inovativas por parte das empresas que produzem localmente. A partir destas capacidades a inovação real pode surgir. Este tipo de inovação se difere da inovação espúria, que é aquela onde não são desenvolvidas A mesma macroeconomia turbu- de fato as capacidades localmente. lenta faz com que as variações cam- Por exemplo, a montagem dos módubiais no Brasil se tornem um desafio los fotovoltaicos no país, muito festepara os investidores internacionais jada por alguns políticos e empresáque visam utilizar capital financiado rios, atualmente não agrega qualquer em moeda estrangeira, dólar normal- inovação real à nossa nação. Agora, mente. Muitos se mostram reticen- exigir que as empresas comecem a tes a terem uma dívida em dólar e desenvolver células fotovoltaicas e a dependerem da estabilidade do real pesquisar semicondutores no Brasil, 14

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Um crescimento econômico desejado para o nosso país seria por meio da formação de um Sistema de Inovação Nacional. Para mim é evidente que as exigências do PNP visam a construção de um Sistema de Inovação do Setor Fotovoltaico no Brasil, portanto, essas políticas me agradam como pesquisador e professor universitário nesta área. Por outro lado, como empresário do setor de energia solar, eu também quero que o BNDES afrouxe as regras para que o crescimento deste segmento se dinamize mais rapidamente. Mas, a minha maior vontade é que o Brasil crie uma capacidade inovativa nesta área, mesmo que isso demore um pouco mais. O BNDES pode trabalhar aperfeiçoando o modelo, como a criação de alternativas à fiança bancária. O governo poderia respeitar a previsão e os anúncios de novos Leilões de Energia Reserva. Poderiam ser criados leilões para fomentar a Geração Distribuída por meio de várias empresas integradoras âncora, em um modelo descentralizado, no qual elas obteriam o empréstimo subsidiado do BNDES e repassariam, com regras, para o cliente final. Estes são apenas alguns exemplos de soluções para fomentar e acelerar o desenvolvimento setorial. Logo, o que resta concluir é que vivemos um momento de escolha entre um rápido desenvolvimento do setor fotovoltaico versus a capacidade inovativa nacional em energia solar. Esta é uma escolha que o governo irá fazer, veremos nos próximos capítulos.


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Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) & 2ª EXPO GD marcam boa fase do setor no Brasil

O setor de Geração Distribuída tem dado francos sinais de crescimento, e isto é só o começo Congresso Brasileiro de Geração Distribuída marca boa fase do setor no Brasil

A matriz energética nacional esta cada vez mais renovável. Este tipo de geração vinda de fontes limpas e renováveis, vem ganhando cada vez mais espaço no contexto não só brasileiro, mas mundial, quanto aos temas de geração de energia. No final de 2015, líderes dos principais países do mundo, estiveram reunidos em Paris, para os acordos da COP21. Países como EUA, China, Alemanha e Brasil, assumiram compromissos de diminuição dos gases de efeito estufa, e apoio total as Energias Renováveis. No Brasil, temos destaque para 3 fontes em especial. A geração de energia com Biomassa, que é o aproveitamento de resíduos industriais, como; cana, floresta, resíduos gerais do agronegócio, que geram em média 8% da oferta de energia elétrica no Brasil.

Energia Eólica, que teve crescimento acentuado nos últimos anos, tendo também aumentando seu destaque na participação na matriz energética brasileira. No caso da Energia Solar Fotovoltaica, os últimos anos foram realmente especiais. O setor teve entre todas fontes renováveis, o crescimento mais acentuado. Todo este contexto é muito favorável para o desenvolvimento da GD no Brasil. A necessidade de redução nas absurdas tarifas cobradas pelas concessionárias, ter autonomia e gestão sobe sua própria energia, seja ela para fins comerciais ou residenciais, tem sido um grande negócio. Hoje no Brasil são aproximadamente nove mil sistemas conectados a rede. 16

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2017 e 2018, serão de franco crescimento do setor e no número de conexões! O crescimento traz responsabilidades para as empresas do setor, como criação de mão de obra qualificada, segurança, facilidades no atendimento, garantia, facilidades de acesso na compra dos produtos. Para discutir os rumos, as tendências do setor, entre outros temas, será realizado, nos dias 25 e 26 de o CBGD 2017 – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída. Evento oficial do setor no Brasil.

Nos mesmos dias acontecerá a 2ª Expo GD – Feira Brasileira de Geração Distribuída. Os eventos serão realizados na FIEC – Federação das indústrias do estado do Ceará.

Sobre o CBGD 2017 & 2ª Feira GD

CBGD – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída Um evento anual que conta com o apoio das principais associações e entidades do setor. O 2º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída – CBGD é o evento oficial do setor de Geração Distribuída no Brasil, promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída – ABGD, com Coorganização da (FIEC) e (Sindienergia) Sindicato das indústrias de Energia e de serviços do setor Elétrico do estado do Ceará, com Organização e Realização do Grupo FRG Mídias & Eventos. O evento conta ainda com o apoio oficial de entidades e associações ligadas ao setor de GD no Brasil e exterior, como WBA – Associação Mundial de Bioenergia, ABEAMA, COGEN, CCBC, CCBP, RENABIO, ÚNICA entre outras. Patrocínio Diamante

Promoção

Apoio

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Este Congresso foi o primeiro evento oficial no Brasil, com apoio das Associações do setor, realizado para tratar exclusivamente dos interesses das empresas de GD – Geração Distribuída no Brasil. A inserção de fontes limpas e renováveis na Matriz Energética Brasileira, é fundamental para que o Brasil possa alcançar as metas e compromissos assumidos na COP21 em Paris. CBGD – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída é uma excelente oportunidade para discutir os novos rumos e tendências do setor, conhecer o que está acontecendo no mercado, além de uma ótima ocasião para apresentar novas tecnologias e as pesquisas desenvolvidas pelo Setor Acadêmico. Site: http://www.cbgd.com.br Patrocinadores Ouro

Organização / Realização

CO-Organização

Apoio Oficial


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BENEFÍCIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS DOS VIDROS FOTOVOLTAICOS EM EDIFICAÇÕES

– A TENDÊNCIA DO BIPV Elisa Meira Bastos Guilherme Chrispim

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s questões de sustentabilidade e responsabilidade ambiental vem crescendo e com isso, cada vez mais, grandes corporações investem em edificações sustentáveis, a fim de diminuir impactos ambientais e criar um equilíbrio entre ambiente natural e o construído. Dentro desse mercado, a sustentabilidade ocorre através do uso de uma diversidade de tecnologias inovadoras, como: reaproveitamento de água, eficiência energética, geração de energia limpa, iluminação LED, construção com materiais sustentáveis, reciclagem, etc. No campo da produção de energia limpa, a geração de energia fotovoltaica vem apresentando uma verdadeira revolução. Revolução esta que já aconteceu há alguns anos em outros países e vem crescendo de forma exponencial nos últimos anos no Brasil. Dentro desta sustentável tecnologia, uma interessante solução que vem se apresentado é o uso da energia fotovoltaica integrada a construção, ou BIPV, sigla em inglês Building Integrated Photovoltaics. Dentro do campo BIPV, uma das opções existentes hoje no mercado é o uso de vidros fotovoltaicos, vidros que geram energia limpa através do sol. Tecnologia já existente e incorporada à diversos tipos de edificações 20

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em vários países, há algum tempo disponível também no mercado brasileiro.

Nesse ano de 2017, a empresa atingiu o recorde mundial produzindo o maior vidro fotovoltaico do mercado, com dimensão de 4000x2000mm Relativo as opções existentes de (fig.1). A empresa é líder de mercado vidros fotovoltaicos hoje no mercado no mundo quando o assunto é vidro nacional, apresentamos a fabricada fotovoltaico, possui mais de 130 propela Onyx Solar Energy. jetos já entregues e está presente em 30 países. No Brasil Onyx Solar é reA empresa tem capacidade pro- presentada pela empresa LIV Energia dutiva atual de aproximadamente Eficiente, com sede em Belo Horizon500.000m²/ano de vidros fotovol- te. taicos. Localizada em Ávila/Espanha é reconhecida mundialmente pela A empresa entende que o prinqualidade e inovação na produção de cipal benefício de seu vidro fotovolseus vidros fotovoltaicos, reconheci- taico está na multifuncionalidade, e mento esse que é validado pelos seus justifica esse entendimento: mais de 30 prêmios internacionais recebidos ao longo de sua trajetória.

Figura 1: Fundador da Onyx Solar - Álvaro Beltrán - e o Maior Vidro Fotovoltaico do Mundo – 4X2. Fonte: Arquivo interno Onyx.

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA.

Artigo


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O vidro fotovoltaico de Onyx Solar, além da geração de energia limpa e -se variar tamanhos, cores, espessuconsequente redução na emissão de CO2, é também sustentável pela econo- ras e tecnologias, desta forma, cada mia de energia já que permite a passagem de luz natural. projeto, cada cliente é uma nova criação, conforme dito: Multifuncional! O conforto térmico é outro fator da multifuncionalidade, já que os vidros também atuam como isolante térmico, bloqueando até 95% dos raios infraDessa maneira, conforme dito, vermelhos e até 99% dos raios ultravioleta. os vidros fotovoltaicos são altamente aplicáveis no mercado de BIPV (BuilNa perspectiva estética, indo além da questão ambiental, os vidros foto- ding Integrated Photovoltaics) e se voltaicos de Onyx Solar permitem um design inovador e customizável; pode- tornam mais uma alternativa para o crescimento da geração distribuída (GD) no mundo e no Brasil. A tendência é que a geração se aproxime cada vez mais do consumo, diminuindo desta forma custos e perdas energéticas com a transmissão e distribuição de energia. Como principais aplicações para o BIPV, podemos citar: (1) as fachadas das edificações, (2) fachadas de segunda pele, Figura 2: As características multifuncionais do Vidro Fotovoltaico de Onyx Solar. Fonte: Arquivo interno LIV Energia Eficiente – www.livenergia.com.br

(3) claraboias, (4) marquises, (5) e paredes/muro de vidro. Reconhecidas empresas globais vem fazendo uso do BIPV em seus projetos, sejam eles novos ou mesmo em propostas de retrofit. No caso especifico de Onyx Solar pode-se observar alguns que a seguir se apresentam, destaca-se: (Fig. 4 da esquerda para a direita, de cima para baixo) Arena American Express/Estádio Miami Heat (Miami, USA), Banco ING Direct (Madri, Espanha), Sede Novartis (New Jersey, USA), Novo Aeroporto de Viracopos (Campinas/Brasil), Sede da fábrica Coca Cola (Monterrey, México), novo prédio sede da Onyx – Black Box (Ávila, Espanha), loja Apple (São Francisco, USA), entre outros. Sobre os diferenciais econômicos dos Vidros Fotovoltaicos

Figura 3: Principais aplicações para o mercado BIPV. Fonte: Arquivo interno Onyx.

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Sabe se que o investimento em edificações sustentáveis é um grande desafio para o mercado, mas ao mesmo tempo já se comprova que essas edificações geram benefícios econô-


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Figura 4: Imagens de Projetos Emblemáticos desenvolvidos pela Onyx Solar. Fonte: Arquivo interno Onyx.

micos para as empresas que optam por esse caminho, através do reconhecimento da marca e o marketing sustentável.

geração de energia limpa, diminuição da demanda de sistema de refrigeração e em alguns casos a possibilidade de benefícios fiscais/tributários. Desta forma é fato também que os vidros fotovoltaicos se tornam viáveis economicamente em relação aos vidros tradicionais e demais elementos construtivos.

Entretanto, mais além dos benefícios de marca e marketing sustentável, os vidros fotovoltaicos de Onyx Solar possuem comprovados benefícios econômicos e financeiros em comparação com os vidros tradicioEm um caso real, analisando os nais do mercado. fatores, geração de energia e diminuição da demanda de sistema de reEssa análise econômica não deve frigeração, os vidros fotovoltaicos de ser restrita apenas ao valor do preço Onyx Solar apresentaram resultados final do custo com o vidro tradicional surpreendentes. ou elemento de construção a ser utilizado. É fato que ao comparar somenO projeto desenvolvido em Ávite os valores do investimento final e la/Espanha, é um bom exemplo de custos unitários, os vidros fotovoltai- como esses fatores contribuem para cos terão maior custo que os vidros o funcionamento sustentável do editradicionais e ou outros elementos fício e, ao mesmo tempo, para obter construtivos que farão o mesmo pa- um bom retorno financeiro. pel de envolver a edificação em questão. O projeto consiste em uma fachada de segunda pele com área Contudo é importante e funda- de 280 m² e aplicação de vidros, de mental considerar que os vidros fo- 1245x635 mm, em silício amorfo na tovoltaicos pelas características aqui combinação de unidades com 20% anteriormente mencionadas, se pa- de transparência e outras dark (0% garão no decorrer do tempo de vida de transparência), com potência desta edificação, provavelmente mui- nominal de 38 Wp/m² e 62 Wp/m², tas vezes mais do que lhes foi inves- respectivamente. Dividido em duas tido, desta forma deve se considerar fachadas, obtém-se uma potência aspectos de retorno financeiro como: instalada de 11,9 kWp. 24

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Nessas configurações, a fachada contribui com 8.207 kWh/ano, o que significa, aproximadamente, 32% do consumo total do edifício. Em termos de conforto térmico, o edifício apresentou uma economia de 53% da demanda do sistema de refrigeração.

Figura 5: Economia total de energia no projeto. Fonte: Case Study – Photovoltaic Ventilated Façade, Onyx 2017.

A substituição da fachada anterior por vidros fotovoltaicos acrescentou cerca de 20% do investimento final do projeto, valor o qual foi amortizado em apenas 28 meses. Sendo que os benefícios do vidro fotovoltaico serão usufruídos por, no mínimo, nos próximos 30 anos.

Para maiores informações consulte: http://www.livenergia.com.br ou http://www.onyxsolar.com


AMAZONAS RECEBE INCENTIVOS PARA GERAR ENERGIA SOLAR A produção de energia solar no Brasil vem sendo incentivada e discutida por entidades voltadas para o setor.

Cada vez mais assuntos como impostos sobre equipamentos e programas de financiamento para sistemas fotovoltaicos são debatidos entre os estados brasileiros a fim de produzir energia limpa. Esta semana o estado do Amazonas recebeu a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) para uma audiência, a qual teve como objetivo discutir um pacote de medidas para incentivar a energia solar fotovoltaica no estado. A reunião aconteceu entre o governador do estado, José Melo e o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia. Uma das principais propostas é a adesão do Amazonas ao Convênio ICMS 16/201, que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia injetada na rede e compensada na geração distribuída. De acordo com a ABSOLAR o objetivo da reunião é Segundo Sauaia, o governador José Melo demonscolaborar para o estabelecimento de um programa de trou sensibilidade e interesse pela fonte solar fotovoltaidesenvolvimento da energia solar fotovoltaica na região ca, tendo indicado que pretende adotar medidas de ine contribuir para a diversificação da economia do Ama- centivo ao setor com o apoio da ABSOLAR. zonas, por meio desta fonte renovável, limpa e de baixo impacto ambiental. "Tratam-se de medidas estratégicas, sobretudo a adesão ao Convênio ICMS 16/201, para fomentar investimenDentre as propostas para o fortalecimento do setor tos na área, movimentar a economia, atrair empresas e estão a criação de linhas de financiamento, a adequação gerar novos empregos de qualidade no estado e em seus tributária e também ações para a atração da indústria. municípios", conclui o presidente executivo da ABSOLAR. RBS Magazine

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A SICES Brasil é a Patrocinadora “DIAMANTE” do CBGD 2017 & 2ª Feira GD

A Empresa é a principal provedora de soluções do setor fotovoltaico e de GD no Brasil O CBGD e Feira GD, são os eventos oficiais do setor de Geração Distribuída no Brasil, tendo promoção da ABGD, Co-Organização da FIEC e Sindi Energia CE, e organização e Realização do Grupo FRG Mídias & Eventos.

Site oficial: www.cbgd.com.br SOBRE A SICES: Nossos produtos são distribuídos globalmente e são reconhecidos pelas maiores empresas A SICES BRASIL Ltda. é subsidiaria da indústria italiana SICES s.r.l..

Desde 1977, a SICES desenvolve e fabrica Controladores Eletrônicos micro-processados e Painéis Elétricos de Comando e Potência, para Grupos Geradores de qualquer fabricante. Realiza usinas de geração elétrica com geradores a diesel, gas e sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. A Empresa atua desde o projeto até a fabricação e a instalação dos produtos, onde todo o processo é rea28

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lizado por uma equipe de muita competência técnica e experiência, super especializada. Com pioneirismo tecnológico, a SICES desenvolveu os primeiros Controladores micro-processados para grupos geradores do mercado na década de 1980, e atualmente tornou-se uma referência mundial pelo elevado padrão de qualidade, confiabilidade e inovação, seja no setor de grupos geradores ou aplicações de energia especiais, (sistemas de paralelismo, divisão de carga e sincronismo, cogeração, falha de rede e emergência, suporte para hospitais, indústrias,).

O Grupo SICES, comprometido com a utilização de fontes renováveis como base necessária para um processo de desenvolvimento sustentável, atua no desenvolvimento de projetos de energia solar fotovoltaica, com experiência no maior mercado do mundo (Europa) e mais de 60MW instalados, podendo oferecer soluções inovadoras e ambientalmente corretas na produção de energia elétrica.


SICES Brasil é hoje o maior provedor de soluções no Brasil para equipamentos de Energia Solar FOTOVOLTAICA e nossa principal estratégia para Geração Distribuída é a identificação dos melhores fabricantes internacionais que possam apresentar qualidade, garantias e preços competitivos, realizando a importação dos equipamentos, componentes e disponibilizando os produtos no mercado à pronta entrega, fornecendo exclusivamente para empresas instaladoras e/ou integradoras de projetos, no segmento de construção e engenharia. NOSSA MISSÃO Desenvolver e projetar as melhores soluções e sistemas de controle para grupos geradores. A SICES pesquisa e desenvolve novos produtos continuamente, sua equipe de 7 engenheiros, 4 para o Software e 3 para o Hardware, trabalham inovando nossos produtos e adicionando novas funcionalidades todas as semanas (graças a serviço de atualização dos firmwares), sempre com objetivo de oferecer o mais elevado nível de competência no setor que atuamos. NOSSA QUALIDADE A Qualidade é o princípio básico da filosofia SICES. Dos primeiros contatos comerciais ao serviço de pós-venda, tudo na SICES é gerenciado com o objetivo de oferecer alta qualidade e satisfação a nossos clientes. Nossa meta é ambiciosa: adquirir a perfeição, “sequi nesciunt”. Todos os processos são seguidos conformes as

normas ISO 9001 e ISO 14001, com respeito ao meio ambiente e redução de emissões CO2. NOSSA ESTRUTURA NO BRASIL A SICES Brasil está localizada em ITAPEVI - SP, em galpão com armazém e escritórios, com toda estrutura necessária para oferecer todo suporte no atendimento técnico e comercial, disponibilizando serviço de engenharia, vendas e pós-venda, Possui um centro de treinamento prático e teórico, podendo atender os clientes em nossa estrutura ou no espaço disponibilizado pelo cliente desta forma conseguimos levar toda qualidade e desempenho dos produtos Sices a todo território nacional.

Maiores informações: http://www.sicesbrasil.com.br

CONTE COM ESTA NOSSA ENERGIA. A QUALQUER HORA DO DIA.

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Artigo

Programa de energia solar voltado para agricultura é lançado em Goiás Um programa desenvolvido pelo governo de Goiás em parceria com o Banco do Brasil pretende alavancar o uso de energia solar no campo.

tância da energia solar para o estado e como o novo programa pode impactar positivamente na agricultura.

Chamado de Programa Agroenergia do Banco do Brasil, o novo incentivo foi lançado Com o novo programa, a energia solar durante esta semana no evento Tecnoshow no estado ganha ainda mais força de acordo Comigo. com Perillo, pois a região também já investe no programa Goiás Solar, o qual incentiva uma O objetivo principal do programa é via- série de ações para reduzir custos e incentivar bilizar a aquisição e a instalação de usinas de o uso desse tipo de energia. energia solar por produtores rurais do Estado de Goiás. Dentre as metas esta a redução do “Essa implantação da energia fotovoltaica custo da produção, a auto eficiência desse tipo no estado, além de auxiliar no cumprimento de energia e também o aumento de tecnolo- dos objetivos definidos na COP-21, de Paris, gias na agricultura. para redução da emissão de poluentes, também vai melhorar a economia. O programa foi lançado durante a 15ª edição do evento agropecuário Tecnoshow ComiTemos exemplos aqui trazidos pelo Banco go, o qual aconteceu entre os dias 03 e 07 de do Brasil que mostram uma redução significaabril na cidade de Rio Verde, em Goiás. Duran- tiva para o produtor na conta, o que possibilite a cerimonia de lançamento o governador tará que ele invista em outras áreas”, ressaltou do estado, Marconi Perillo, ressaltou a impor- ele durante o evento. 32

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A PHB Eletrônica é a Patrocinadora OURO do CBGD 2017 e 2ª Feira EXPO GD

A empresa será destaque nos principais eventos do setor de Geração Distribuída no Brasil

Site oficial: www.cbgd.com.br A empresa é um dos destaques do setor Fotovoltaico e de Geração Distribuída no Brasil. Além de atuar também no setor de Telecomunicações!

A PHB Eletronica foi a PRIMEIRA fabricante de Inversores a ser certificada pelo INMETRO no Brasil, não por acaso, mas sim por ter participado na coordenação das normas e montado na PHB um laboratório completo para testes durante a confecção das normas.

a empresa PHB Eletrônica Ltda é especializada no desenvolvimento, produção e prestação de serviços em produtos voltados para energia e infra estrutura nos segmentos de Telecomunicações, automação bancária e comercial.

Em apenas um click, utilizando o software de ajuste A PHB contribui com suas técnicas e serviços de alto de tensão da PHB, os nossos parceiros ajustam todos os nível para elevação dos padrões de qualidade e eficiência parâmetros exigidos pelas concessionárias de energia. em conversores de energia. A empresa conta com know– how próprio, investindo constantemente em pesquisas e Pioneirismo, Qualidade e Confiança, são sinônimos desenvolvimento junto às universidades fornecendo seus da PHB Eletrônica! produtos e serviços para o mercado nacional e internacional. História O Setor de Pesquisa e Desenvolvimento é um dos Fundada no dia 19 de Outubro de 1984 em São Paulo, mais atuantes da empresa e emprega cerca de 20% do pelos sócios Sérgio Polesso, Chang W. H. Huang e Ildo Bet, total de funcionários. 34

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A PHB sente muito orgulhosa de ter participado no desenvolvimento e fabricação de muitos produtos que a sociedade brasileira usa, entre eles podemos citar; • Maioria das fontes de microcomputadores entre 1984-1990 • Mais de 1 milhão de fontes para as Urnas Eletrônicas. • Todas as fontes das Centrais Telefônicas do Sistema Tropico de linhas fixas – CPqD. • A maioria das fontes dos Caixas Automáticos do país. • Retificadores e Armários de Rua para a infra-estrutura da internet- banda larga. Com toda este conhecimento de eletrônica de potencia a nível de hardware e software o desenvolvimento de inversores tanto para Telecom como para energia solar fotovoltaica foi mais um passo na direção de aumentar sua linha de produtos utilizando o nosso conhecimento acumulado aos longo destes 32 anos.

Objetivo da Empresa Melhoria contínua de nossos produtos e serviços através da capacitação de nossos colaboradores buscando a satisfação plena de nossos clientes e a liderança nacional no segmento pela sua excelência. Visão Desenvolver produtos para todas as fontes de energia renováveis (Solar Fotovoltaico, Biogás, Biomassa, pequenas quedas dágua, Eólicas e etc). Política de Qualidade Atender as expectativas dos nossos clientes e requisitos regulamentares com a participação de todos os funcionários, buscando a melhoria contínua em nossos produtos no mercado globalizado. Treinamento A PHB Solar pioneira nas certificações de inversores fotovoltaicos, lança agora um curso de um dia com teoria e prática sobre sistemas fotovoltaicos.

Se você tem interesse em conhecer mais sobre dimensionamento de sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição, sobre inversores, soluções em estruturas, como solicitar acesso dos SFV com as concessionárias, instalação do arranjo fotovoltaico e monitoramento do sistema como um todo entre em contato conosco através de e-mail ou ligue-nos.

A PHB tem uma linha de inversores.

Maiores informações: http://www.phb.com.br

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Entrevista

Nesta edição a RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com

Clayton Medeiros,

Diretor da Fenix Solar e Sunlight RBS Magazine: Como surgiu a Fenix Solar, e qual suas principais atividades no setor FV e GD? Clayton Medeiros - Para contar a história da Fênix Solar tenho que voltar um pouco antes dela, porque foi pela Sunlight que comecei, em 2013/2014, quando estava residindo nos EUA e ver quão promissor era esse mercado. Daí surgiu a ideia de trazer esse modelo de negócio para o meu Ceará, que sol tem de sobra. Mas para chegar aqui e entrar no mercado local, foi preciso adquirir fornecedores, cursos, experiência e reunir meus recursos lá fora. Foi daí que coloquei meu sonho em prática: voltar para o Brasil para trabalhar com energia solar. Cheguei aqui para construir a Fábrica de painéis Solares e chama-la de Sunlight Energy Brasil em 13 de maio de 2015. Sendo que esse sonho não parava por aí, pois o mercado brasileiro estava demandando esses produtos e eu não queria perder esse momento, estava na minha frente a resposta. Daí criei uma divisão chamada Fênix Solar dentro de uma das minhas empresas Fênix Engenharia que trabalhava com importação/distribuição/representação/instalação/ assistência técnica, ou seja 360 graus de equipamentos médicos no Nordeste. No caso, a expertise de fazer o

negócio rodar eu já havia. Após tudo isso, muitas conquistas no mercado local, chegaram meus outros dois sócios, Carlos Kléber e Olírio Junior donos da OK Empreendimentos, surgiu a NOVA FÊNIX SOLAR, NOVA porque ganhou novos horizontes, objetivando a distribuição de equipamentos fotovoltaicos para todo o Brasil. E com todo entusiasmo estamos conquistando nosso espaço com a venda em vários estados brasileiros, com alta padrão de qualidade, garantia de performance, minimizando custos e reduzindo riscos para implementação de sistemas fotovoltaicos. RBS Magazine: Nos fale um pouco sobre os principais diferenciais da empresa para o setor?

A Fênix e a Sunlight são empresas organizadas, com os pés no chão. A Fênix entrega todos os produtos antes do prazo e com a qualidade e garantia que o cliente precisa, cumprindo rigorosamente as legislações vigentes e toda sua gama de produtos são de primeira linha (TIER - 1). Em relação a Sunlight, estamos com todos os modelos de painéis de 270w a 335w já sendo comercializados e licenciados pelo Inmetro e com certificação TUV, ISO 9000, ISO 14000, ISO 18000. Por enquanto, estão sendo fabricados na planta da China e possuem a segurança, qualidaA Fênix e a Sunlight são toda de que nossa sócia dispõe empresas organizadas, e trabalha assim há anos, que é a gigante mundial com os pés no chão Hareon Solar. 40

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RBS Magazine: Em quais regiões no Brasil que a empresa atua, e as principais linhas que estão sendo comercializadas atualmente pela empresa? Atuamos em todo o território nacional, nossos soluções estão as maiores marcas mundiais de sistemas fotovoltaicos do mundo, painéis fotovoltaicos SUNLIGHT by Hareon, para compor o grande time, trouxemos para nossos kits solares a número 1 em inversor no mundo a SMA, em microinversores nossa solução é com a gigante APSystems, em sistemas de médio e grande porte já usamos a poderosa SUNGROW desde o ano passado. RBS Magazine: A Fenix Solar oferece cursos e capacitação a clientes e ou interessados no setor? SIM, temos um centro de treinamento com hands-on, salas técnicas e uma inovadora sala de monitoramento, lá acompanhamos e ensinamos os vários sistemas que a Fênix comercializou para o Brasil, nossos time de engenheiros, técnicos e gestores capacitam desde a formação de uma nova empresa até as equipe de instalação certificando com NR10 / NR35, ajudamos o empreendedor solar desde a relação de impostos que uma prestação de serviço irá obter até o pós-venda, acompanhamento e parceria é a nossa bandeira! Quero ver muitos empregos na area de energia solar é no auditório de treinamento da Fênix que plantamos essa semente! Só em 2017 já formamos mais de 100 no-


Ainda neste ano teremos os painéis fotovoltáicos da Sunlight sendo fabricados aqui no Ceará, no município de São Gonçalo do Amarante, local estratégico...

do empresas nacionais a produção de nossos insumos, além disso, os leilões de energia de reserva tem a captação de recursos do BNDES que obrigam o uso de produtos nacionalizados, uma estratégia comum de mercado e que gera nossa demanda e traz uma reação em cadeia até chegar na mão do instalador que terá um produto de vos instaladores e empreendores de estratégico, tendo em vista sua pro- qualidade feito por brasileiros, além energia solar. ximidade ao Porto do Pecém. Este disso, aumentamos o PIB industrial e tido com um dos mais promissores com um todo. RBS Magazine: Comente um pouco do país. Estamos dentro da região de sobre a parceria, FENIX SOLAR/SUN- maior incidência solar e aonde estão RBS Magazine: A Fenix Solar será PaLIGTH? sendo construídos as Usinas Fotovol- trocinadora Ouro do evento, e a Suntaicas do país facilitando a logística. ligth Apoiadora Oficial. Qual a expecSão duas empresas independentes, tativa para o CBGD 2017 & 2ª Feira que funcionam com equipes distin- RBS Magazine: Aponte os principais EXPO GD, que são os principais eventas. Mas não posso negar que fico diferenciais e vantagens que a fa- tos do setor no Brasil? muito tranquilo quando a Fênix vai bricação dos equipamentos em solo realizar uma obra de instalação de brasieliro vai trazer ao mercado? Nossa expectativa é sempre a melhor painéis fotovoltáicos e adquiro os possível, pois em toda a minha jornapainéis da nossa outra empresa (a O Mercado brasileiro tem um po- da profissional sempre entrei com os Sunlight), pois sei que vou instalar tencial enorme para utilização de dois pés em tudo que enxergo ser reum equipamento de qualidade que energia solar e me pergunto porque levante para minha vida, meus negónão vai me dar trabalho em pequeno, deixaria outros explorarem se temos cios. Já conheço bem o evento e sei o médio e nem em longo prazo. pessoas e capacidade de fazer! Assim quão importante é. Fico feliz por este como eu existem muitos que pensam ano ser realizado na nossa terra. Aqui RBS Magazine: Quando inicia a pro- assim, daí os benefícios irão surgindo, teremos a oportunidade de mostrar dução de painéis fotovoltaicos da como novos empregos, geração de para empresas de todo o país que Sunligth no Brasil? renda interna, minimizando as percas aqui no Nordeste, em especial no Cede capital para o exterior, teremos no ará, tem empresas que realizam um Ainda neste ano teremos os painéis inicio grandes desafios, aquisição de grande trabalho em prol do segmenfotovoltáicos da Sunlight sendo fa- materiais dos módulos, mas estamos to e que já são grandes em sua região bricados aqui no Ceará, no município dia-a-dia antenados para ultrapassar e serão gigantes nacionais, que são a de São Gonçalo do Amarante, local essas dificuldades iniciais fomentan- Fênix e a Sunlight. Pode ter certeza! RBS Magazine

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ENERGIA SOLAR É O GRANDE DESTAQUE SETORIAL NO BRASIL

Energia solar é responsável por aumento no número de empregos em todo o mundo As energias renováveis continuam a mudar o mundo com o objetivo de reduzir a poluição e também melhorar a qualidade de vida das pessoas. Um relatório produzido pela Agência Internacional de Energia ressaltou que o uso global de energia renovável aumentou 5% em 2015 atingindo 8,1 milhões de pessoas. Mesmo com a desaceleração das vagas de emprego no setor energético em todo o mundo, o setor de energias renováveis continuou a subir, em contraste com os mercados de trabalho deprimidos no setor energético mais amplo.

Atualmente os países que mais abriram postos de trabalho para esse tipo de energia foram a China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha. Fontes como biomassa, eólica e solar foram as que mais contribuíram para o crescimento, porém de acordo com o relatório a energia solar fotovoltaica foi a que mais se destacou criando cerca de 2,8 milhões de empregos em todo o mundo, sendo assim um aumento de 11% em relação a 2014. O uso de energia solar fotovoltaica cresceu no Japão, Estados Unidos, se estabilizou na China e diminuiu na União Europeia. O mundo está mudando e as energias renováveis é a pedra angular destas mudanças positivas para o meio ambiente.

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