RBS Magazine ED. 16

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Vol. 03 - Nº 16 - MAI/JUN 2017

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ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA é opção para geração de energia limpa, renovável e competitiva para TODOS OS SETORES DA INDÚSTRIA

ISSN 2526-7167

Apoio Oficial:



Nota do Editor Recentemente o SEBRAE apresentou dados do setor de energia solar fotovoltaica por meio de um estudo contratado com a empresa CELA (Clean Energy Latin America). O estudo é um marco neste segmento, ao apresentar um “raio-x” da cadeia de valor e informações relevantes para o segmento solar no Brasil. O “potencial técnico da energia solar fotovoltaica no Brasil é maior que a somatória do potencial técnico de todas as outras fontes de energia do país”, sendo de 28.500 GWp para geração centralizada e 164 GWp na geração distribuída. A energia solar é a maior fonte de energia potencial global, um dado sabido, mas agora apresentado de forma quantificada para o Brasil. Com base nos contratos de Leilão de Reserva de Energia (3,2 GWp), mesmo considerando que nem todos os projetos centralizados não sairão do papel, o Brasil teria “realizado” cerca de 0,01% do seu potencial solar. Já no segmento de geração distribuída, considerando dados da ANEEL de final de 2016 (56 MWac), cerca de 0,03% do mercado potencial já estaria desenvolvido. A conclusão imediata é que o mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil ainda é incipiente, e que muitos projetos ainda irão ser desenvolvidos nos próximos anos. Um fato comum em todos os mercados mais avançados, é que há uma necessidade de organização do setor e uma responsabilidade dos tomadores de decisão para com os critérios técnicos, capacitação e de segurança que deve ser observado no segmento. Todos nós temos o direito ao acesso ao sol, mas sem o devido “protetor solar” a queimadura é certa. Aurélio Souza Diretor USINAZUL Pesquisador LSF/IEE/USP

Índice

05 Energia Solar, um diferencial energético para indústrias EDIÇÃO

TIRAGEM: 5.000 exemplares VERSÕES: Impressa / eletrônica PUBLICAÇÃO: Bimestral CONTATO: 55 (42) 3086.8588 / 3086-0082 ABGD \ TECPAR \ WBA – Asso- E-MAIL: EDIÇÃO DE ARTE E PRODUÇÃO

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Artigo

COMO A ENERGIA SOLAR DEVE TORNAR-SE UM DIFERENCIAL COMPETITIVO NAS INDÚSTRIAS

(Foto meramente ilustrativa)

Arthur Santini - Diretor de Controladoria - Ecori Energia Solar – Associado ABGD. Mini Currículo do autor: Com formação em Sistemas de Informação, MBA em negócios pela FGV e autor de livro na área de tecnologia e mercado, trabalhou em áreas distintas como educação, desenvolvimento, produção em marketing, auditoria de sistemas e gerenciamento. Em sua vida profissional, atualmente é Diretor da Ecori Energia Solar, professor em instituições como Fundação Getúlio Vargas, mentor e consultor. Ttrabalhou em setores de franchising, agências de publicidade, segurança, tecnologia e em uma big four de auditoria, a KPMG.

A

história das organizações tem nos mostrados, através das décadas, o quão importante é a gestão de custos para que determinada empresa possa, além de sobreviver, mostrar-se competitiva e estabelecer diferenciais em relação aos seus concorrentes. Independente se você é adepto a teorias mais clássicas de administração como Fayol ou Taylor, ou se está familiarizado e aplica o que há de mais novo na gestão como teorias de oceano azul e vermelho, organizações exponenciais e design thinking, um ponto em comum de qualquer uma 4

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delas é: Assim como as nossas unhas precisam ser cortadas constantemente, também são os custos e despesas de nossas empresas: de onde surgem pode parecer um mistério, mas, se não os apararmos e cuidarmos constantemente, pode nos trazer sérios problemas. Em linha com tudo isto, é inegável que para uma empresa realizar uma adequada gestão de custos, a energia elétrica deve ser pauta constante. Em pesquisa realizada em março de 2016 pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e relatório

Em linha com tudo isto, é inegável que para uma empresa realizar uma adequada gestão de custos, a energia elétrica deve ser pauta constante


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Artigo

publicado pelo Portal da Indústria, a alguma medida para lidar com o cusenergia elétrica é um insumo impor- to da energia. tante para a indústria: quase 80% das empresas industriais a utilizam como Aprofundando um pouco mais principal fonte de energia . nos dados, é possível identificar que, dos 52% das empresas que realizaAinda segundo este mesmo es- ram alguma ação para lidar com o tudo, 93% das empresas que utili- problema, apenas 10% investiram zam principalmente energia elétrica em autogeração, e 6% substituíram a em processo produtivo, perceberam fonte de energiai . elevação do custo de energia, sendo A maioria esmagadora (71%) imque destas, 35% afirmaram que o impacto do aumento da tarifa de ener- plementação apenas ações ou progia no custo total foi alto. Apesar da gramas de eficiência energética em esmagadora maioria perceber estes maior ou menor grau. Isto prova o aumentos, apenas 52%, pouco mais da metade das empresas tomaram i http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/sondesp-65-industria-e-energia/#sthash.XdHJF8N7.dpuf

potencial de mercado ainda a ser desenvolvido com a energia solar, promovendo tanto a autogeração quanto a substituição de fonte de energia, em especial na geração distribuída. Devido às mais diferentes formas de se produzir um bem, às complexas cadeias de produção atuais, bem como os mais diversos bens a serem produzidos, cada indústria tem o seu grau de dependência e representatividade da energia elétrica nos custos, entretanto corroboram com os dados acima e com a importância da energia elétrica no custo das empresas, em especial as indústrias, os dados publicados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética)ii em janeiro de 2017, consolidando os números de 2016: dos 460.380 GWh consumidos no país, a Indústria sozinha representou 36% do total, a maior parcela (164.254 GWh), seguida pelas residências, com 29% (132.893 GWh) e comercial com 19% (88.185 GWh). As empresas (indústrias e comércio), representam quase a metade do consumo total, com 48% de participação. Além da importância da energia elétrica nos custos das empresas, em especial as indústrias, porém sem esquecer daquelas de atividade mercantil, é necessário analisar como este custo varia ao longo do tempo,

Gráfico 1-Consumo por classe em 2016 1

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ii http://www.epe.gov.br/ResenhaMensal/Resenha%20 Mensal%20do%20Mercado%20de%20Energia%20El%C3%A9trica%20-%20Janeiro%202017.pdf


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Artigo observado, entre outros, em 2014 e 2015, registrando cerca de 42% de aumentos. Esta falta de sincronismo e dificuldade de previsão de tarifas ao longo dos anos é um fator crucial de preocupação nas projeções dos empresários. Sabe-se que, ao longo dos anos irá aumentar, mas não se sabe quanto ou quando. Igualmente importante na evolução das tarifas, além da dependência de chuvas, da certeza de aumentos e de falta de sincronismo nestes aumentos, está a grande parcela de impostos dentro destas tarifas.

Gráfico 2-Soma tarifa média de forn. 1.

bem como avaliar como a energia so- soma da tarifa média de fornecimenlar pode ajudar os empresários a se to aumentou, de 2003 a 2006, em 2,3 proteger. vezes, ou seja, 230%. Interessante analisar que o índice IPC, calculado Além da inflação, comum a qual- pela USP/FIPE, um dos índices mais quer mercado, mas especialmente utilizados e confiáveis para se mesensível no Brasil, é necessário pon- dir a inflação no país, acumulou, no tuar que a matriz energética no país mesmo período, 80,01% de aumené sabidamente é composta, em sua to. Além de tarifa de energia elétrigrande maioria, por fontes hídricas. ca apresentar uma diferença de 149 pontos percentuais à mais do que a Para que possamos investigar de inflação acumulada no período anaforma adequada da evolução das ta- lisado, vale observar que, apesar da rifas, é necessário entender a matriz clara linha de tendência de aumento energética no Brasil: de acordo com ao longo dos anos, observado pela o relatório da Reunião da Câmara da linha vermelha do Gráfico 2, no peIndustria de Energia da FIEMG, pu- ríodo houveram períodos de establicado pela Aneel em 2016, 65% da bilidade (como pode ser observado capacidade instalada no Brasil é pro- entre 2006 e 2007, com uma variação veniente destas fontes. de 0,08%), períodos de queda (por exemplo entre 2012 e 2013, que reQuando há qualquer tipo de res- gistrou uma queda aproximada de trição na matéria prima desta energia, 19%), e períodos de alta repentina, vista ao longo do tempo em diversas crises hídrica, surge a necessidade de colocar em operação outras fontes mais caras, como as termoelétricas, que de acordo com o mesmo relatório representa 27% da capacidade de geração do país. Quando estas fontes são utilizadas, adiciona-se um custo de operação, que se transforma em aumento de tarifa aos consumidores.

As atuais necessidades de readequações fiscais no país por parte do governo trazem mais um fator: não é possível ter qualquer tipo de previsão sobre o papel que estes impostos terão nas tarifas, bem como a atuação do governo no controle tarifário. Não seria inédito um controle ilusório de tarifas ou um cenário fiscal sem previsibilidade. O que se pode esperar do mercado, nos próximos anos (e que já pode ser observado de maneira tímida em 2017), é uma recuperação da economia em geral, incluso nestes as indústrias, que acumulam anos de queda. Esta melhora com certeza trará a necessidade de mais energia elétrica, e, consequentemente pela lei da oferta e da procura, possíveis aumentos de preços.

Analisamos os últimos 13 anos, e segundo dados da própria ANEELiii , a iii

http://relatorios.aneel.gov.br/_layouts/xlviewer. aspx?id=/RelatoriosSAS/RelSampRegCC.xlsx&Source=http://relatorios.aneel.gov.br/RelatoriosSAS/Forms/AllItems. aspx&DefaultItemOpen=1

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Figura 1 - Forças de Porter 1


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Artigo Mas como a energia solar pode, neste cenário ajudar as indústrias a se proteger deste tão hostil cenário? Vale utilizar aqui a análise estratégica Porter. Em 1979 Michael Porter publicou em forma de artigo na Harvard Business Review a concepção de cinco forças competitivas que moldam as estratégias: rivalidade entre concorrentes, poder de negociação dos clientes, poder de negociação dos fornecedores, ameaça de novos concorrentes e produtos substitutos. De maneira genérica, a teoria de Porter afirma que determinada companhia deve analisar, para cada uma destas forças, se ela tem ou não vantagem competitiva.

Ao utilizar a energia solar, sendo a empresa responsável pela sua Chamamos a atenção para a força própria geração, é possível inverter onde a energia solar pode realmente o jogo, ficando praticamente imune trabalhar a favor do empresário: po- a aumentos de tarifas. Recorrendo der de negociação dos fornecedores: novamente a Porter, quando uma Em geral, o poder de negociação com determinada companhia investe em fornecedores de energia elétrica é energia solar, ficando imune a aupraticamente nulo para a maioria das mentos, e seus concorrentes não o empresas. Não é possível negociar fazem, ao ter um novo (e certo) aua tarifa, trocar de concessionária ou mento de energia elétrica, este que barganhar condições em grande par- investiu têm uma importante vantate das empresas. Para aquelas que gem estratégica competitiva frente optam pela compra no mercado livre, ao mercado. ainda assim não existe exatamente uma negociação como ocorreria em Obviamente existem barreiras compra de insumos, serviços, entre a serem vencidas. Em um mercado outros por exemplo. O poder de ne- crescente, porém novo no Brasil, em gociação está quase que totalmente especial para clientes de alta tensão, fora das mãos das empresas que con- discussões sobre horário de pico, somem a energia elétrica. demanda contratada e limites para geração, valor da tarifa, fontes de A energia solar no Brasil encon- financiamento, entre outros são intra-se em um momento de cresci- terrogações que devemos trabalhar mento notável. As resoluções norma- para dirimir. tivas 482, e mais recentemente a 687 de 2015 trazem ao empresário maior Ainda assim, ao utilizar sistemas confiança em investir neste tipo de on-grid, não é necessário investir em solução. infraestrutura de baterias, o que diminui o capital necessário para imNão iremos nem entrar aqui no plantação, além da possibilidade de mérito de todo o bem que este em- algumas tecnologias permitirem a presário também estará fazendo ao implantação gradual das usinas. planeta, e como, ao utilizar esta fonte ele pode obter ganhos agregando vaPara fins de proteção de aumenlor aos seus produtos. to de custos, uma empresa que hoje

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está 100% descoberta em relação aos custos com energia elétrica, pode, por exemplo, implementar 20% ou 50% de sua necessidade, e, com o valor economizado continuar o processo de troca de fonte, até alcançar o índice desejado. Em geral o payback médio de sistema de energia solar para as empresas são de 5 a 7 anos, podendo se estender para 10 a 12 anos, dependendo o valor de kWh pago por determinada companhia. Ainda assim, mostra-se um negócio altamente viável, pois o sistema é desenhado para durar acima dos 25 anos. Devido à cultura do imediatismo presente em na cultura do nosso país, um investimento que se paga de um quinto a metade do tempo do investimento pode parecer muito, mas é nosso papel mostrar o caminho, e continuar no desenvolvimento do mercado para que a energia solar se torne cada vez mais representativa no território nacional, ajudando a matriz energética, a eficiência na distribuição e os empresários a terem maior controle sobre os custos de tão importante fator que é a energia elétrica.


Artigo

O FINANCIAMENTO CLIMÁTICO E AS AÇÕES DO FUNDO VERDE DO CLIMA (GREEN CLIMATE FUND) DA NAÇÕES UNIDAS. Introdução ao financiamento climático. Aurélio Souza, Engenheiro Mecânico, pós-graduado em Regulação da Industria de Energia (MS.C) e atua no setor de energia renovável e

meio ambiente desde 1994. Conselheiro no Grupo Consultivo para o setor Privado do Fundo Verde para o Clima; Diretor-Presidente da USINAZUL Energia Sustentável e Serviços Ambientais; Pesquisador no Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos (LSF) do IEE/USP.

O Financiamento Climático geralmente se refere aos recursos financeiros pagos para cobrir os custos da transição para uma economia global de baixa emissão de carbono e para se adaptar ou fortalecer a resiliência de países e comunidades mais susceptíveis aos efeitos das mudanças climáticas atuais e futuras.

transformando as intenções em compromissos; (conforme firmado na 22ª COP em novembro de 2016 em Marraquexe).

rão com seus planos de redução de emissões, apesar do governo central americano ter “abandonado o barco”. Os impactos na economia americana serão vistos, mas este é um assunto Recentemente assistimos os EUA para outra hora. se retirando do acordo, de forma unilateral. Apesar de preocupante, exisPara os que seguem navegando te um consenso no setor privado e al- em prol do planeta, é preciso garantir guns governos regionais e estaduais, um caminho para limitar o aumento O pano fundo desta discussão notadamente a Califórnia, que segui- da temperatura global abaixo de 2 °C, global e definição das metas de reduções de cada país ocorrem em reuniões entre lideres mundiais, como ocorrido na França, onde foi celebrado o Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Durante evento, lideres globais reforçaram os objetivos globais, com estabelecimento de metas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O termo para estas metas são as “Contribuições Pretendidas, Determinadas em Nível Nacional” (INDCs ), que foi apresentado por quase todas as nações. Cento e quatorze Países que somam cerca de 80% das emissões globais ratificaram o Acordo de Paris, RBS Magazine

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É largamente sabido que quando os recursos e políticas públicas ainda favorecem os negócios como de costume (business as usual), é improvável que o setor privado venha a investir em escala em soluções de energia renovável, resiliência e eficiência energética, ou até mesmo nas cadeias de suprimento sustentáveis visando economia de baixo carbono. Isto é especialmente verdadeiro nos países em desenvolvimento, onde a falta de acesso ao capital é grande (particularmente o capital “paciente”, de longo prazo) e, do lado privado, a presença e percepção de riscos continua a limitar o engajamento dos investidores neste mercado. inclusive de investidores privados e institucionais.

Setor de energia renovável tem um papel relevante

É importante frisar que historicamente os países desenvolvidos foram os maiores emissores de GGE do planeta, e que recai sobre eles a principal responsabilidade sobre as mudanças climáticas pós revolução industrial. De novo, este é um outro assunto bastante polêmico e altamente político que tem monopolizado muitas das discussões no âmbito das ConfeEstima-se que os países em de- rência das Partes (COP), mas que não senvolvimento exigirão nos próximos está no foco deste artigo. 15 anos, cerca de U$ 349 bilhões por ano para implementar as suas Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs em inglês). Em 2014, o investimento privado atingiu U$ 241 bilhões e o financiamento público U$ 151 bilhões, conforme estudo “Investing in Ambition: Analysis of the financial aspects in (Intended) Nationally Determined Contributions”, de maio de 2016. Germanwatch, 2016 e “Biennial Assessment and Overview of Climate Finance Flows” de janeiro de 2017. UNFCCC, 2017.

E o que vem por aí no setor de energia sustentável? Uma resposta é unânime, a revolução da energia limpa e distribuída, que será conduzida por um forte crescimento no armazenamento de energia (storage) e geração distribuída solar, além de outras fontes de energia com a eólica, biogás, etc.

e, neste sentido, será necessário um grande investimento climático entre agora e 2030 (quinze anos após acordo de Paris). O que exigirá que os atores públicos e privados gerenciem os riscos de outra forma, que equilibrem os custos e receitas, que alavanquem toda e qualquer operação que reduza emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e alcancem escala e, o mais importante, produzam impacto esperado na manutenção do clima.

Tendo em conta as limitações de fontes de financiamento públicas, bilaterais e multilaterais, torna-se imperativo que os países em desenvolvimento, que serão os principais emissores nesta fase da história humana, considerem como atrair e alavancar diferentes tipos de investimento em mudanças climáticas, 12

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A Agência Internacional de Energia (IEA) projeta que o investimento

Figura 1 - Fluxo financeiro para projetos de impacto climático no setor de energia. Fonte: “Lessons and Innovations to Spur Green Investment in Developing Countries”, Climate Policy Initiative, Abril 2017.


Estruturas de fixação

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necessário apenas no setor de energia para atender aos compromissos COP 21 chegará a U$ 13,5 trilhões até 2030 (@IEA, 2015). A Corporação Financeira Internacional (IFC), um braço do Banco Mundial, estima que nos mercados emergentes quase U$ 23 trilhões estarão disponíveis em oportunidades de investimento climáticos entre agora e 2030 (@IFC, 2016), conforme apresentado abaixo. Mais da metade do fluxo de financiamento projetado irá para fontes renováveis de energia. E o fato da energia solar já competir com outras fontes em diversos mercados, torna ela bastante atrativa para capital internacional.

Gráfico 1- Capacidade global de energia solar. Fonte: REN21, 2017

O gráfico a seguir apresenta avanço da capacidade global instalada de energia solar fotovoltaica. Nota-se um crescimento excepcional da China, EUA e também no resto do mundo. Cerca de 75 GWp de capacidade foi adicionada globalmente em 2016, o equivalente à instalação de aproximadamente 31.000 módulos fotovoltaicos por hora. Neste mesmo período (2015-2016), cerca de 55GW de energia eólica foi adicionada a matriz global.

Gráfico 2– Custo das fontes eólica e solar. Fonte: UNEP Collaborating Centre Frankfurt School of Finance & Management e Bloomberg Finance L.P., 2016.

Apesar da capacidade de energia eólica instalada no mundo (487 GW) ser bem maior que a capacidade de energia solar fotovoltaica (303 GWp), a razão da energia solar ter ampliado sua capacidade global recentemente, é função dos custos de implantação e geração de energia cada vez menores, conforme visto no gráfico a seguir. Estamos, portanto, diante de um ponto de inflexão da curva, onde o solar deixa de ser a fonte mais cara de energia e passa a ser competitiva em vários mercados e nichos. Notadamente, a energia solar, pela característica de geração distribuída, gera mais empregos do que as outras fontes de energia renovável, conforme estudo apresentado pelo REN21. No total, quase 10 milhões de novos 14

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Figura 2 - Número de empregos gerados no mundo por fontes renováveis de energia. Fonte: REN21, 2017.

“empregos verdes” foram gerados no mundo, tendo a fonte solar fotovoltaica como a principal gerador de oportunidades para pequenos e médio negócios.

O setor privado avalia todos os tipos de riscos antes de investir. E tais riscos se apresentam em diversas formas, podem ser associados a mudanças regulatórias retroativas, sistemas jurídicos e institucionais incoerentes 1. Pontos chaves para destravar o fi- e corrupção. Os riscos se apresennanciamento climático tam ainda em forma de risco de tec-


PARTE DO CICLO INTERNACIONAL DE FEIRAS INTERSOLAR

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nologia, riscos financeiros, incluindo riscos cambiais, riscos soberanos, incluindo instabilidade política, dentre outros. No que tange a viabilidade dos projetos, o custo relativamente mais elevado para investimentos em tecnologias imaturas, a incerteza sobre os retornos e a aversão ao demais riscos supracitados, inibem o suporte aos investimentos verdes. Um outro aspecto são as lacunas de conhecimento e conscientização. A falta de familiaridade com as novas tecnologias, abordagens e oportunidades de investimento ou deficiência dos países ou empresas e suas incapacidades de avaliar e incorporar os riscos de mudanças climáticas no investimento ou na tomada de decisões financeiras. Em resumo, quando os investidores conseguem gerenciar custos e riscos, e acessar receitas futuras previsíveis, o investimento certamente acontecerá. Algumas soluções emergem, por exemplo, uma grande variedade de parcerias públicas e privadas está desbloqueando financiamento para um futuro de baixo carbono e maior resiliência às mudanças climáticas, ajustando a alocação de riscos e custos para superar barreiras específicas. Neste modelo inovador, busca-se compreender como os incentivos fiscais potencializam medidas de ganhos de escala, e deve-se ajustá-los a promover modelos de negócios mais sustentáveis e socialmente justos e inclusivos, realizando ações que ajudem os atores privados a reduzirem sua exposição a riscos e melhorar o acesso a financiamento; Aumentar o acesso a financiamentos em condições favoráveis e à dívida de longo prazo ajuda os investidores a reduzir os custos dos projetos e apoiar a escalabilidade é uma outra necessidade que os setores publico e privados precisam dialogar. Apoiar oportunidades para demons16

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trar a eficácia de novos métodos e para mitigar as principais barreiras de abordagens é fundamental para para risco e desbloquear os financiamendestravar o financiamento climático. tos que, de outra forma, impedirão que os desenvolvedores de projetos 2. Lições e Inovações para estimular invistam em alguns países em deseninvestimentos verde volvimento. Como governos e instituições financeiras públicas podem reduzir riscos e custos e, assim, atrair investimento verde? São sugeridas pelo menos três ações coordenadas:

Finalmente, as iniciativas público-privadas podem desenvolver soluções inovadoras para obstáculos de investimento persistentes. Por exemplo, contratos de compra e venda de energia (PPA) bem concebidos poa) Identificando as principais dem incluir garantias apoiadas pelo lacunas que as políticas e governo, tal qual cartas de crédito os recursos públicos podem e cartas de ”conforto”, o que pode destravar para impulsionar o revelar-se crucial para desbloquear investimento verde do setor o financiamento da dívida de longo privado; prazo, necessário para desenvolver grandes projetos. b) Compartilhando as lições aprendidas sobre como os 3. O Fundo Verde para o Clima (Gregovernos nacionais e as ins- en Climate Fund - GCF) tituições multilaterais para financiamento do desenvolO Fundo Verde para o Clima foi vimento sustentável podem estabelecido por 194 países, parte da alavancar o investimento pri- Convenção-Quadro das Nações Univado e; das sobre Mudanças Climáticas em 2010. É regido por um Conselho de c) Desenvolvimento de instru- 24 membros da Diretoria, represenmentos financeiros inovado- tando países, e recebe orientação da res para enfrentar obstáculos Conferência das Partes na Convenção persistentes ao investimento (COP). privado através de parcerias público-privadas. A missão do GCF é expandir a ação humana coletiva para responNo primeiro caso, por exemplo, der às mudanças climáticas. O Fundo ajustar a política fiscal pode incenti- pretende mobilizar recursos em escavar o uso mais produtivo da terra e la para investir em desenvolvimento dos recursos naturais permitirá uma com baixas emissões e maior resiliênmaior produtividade, ao se taxar a cia ao clima. área de produção em vez de volumes de produção ou lucros (este O GCF pretende apoiar uma muexemplo se entende melhor quando dança de paradigma numa resposta o olhar está na produção de energia global às mudanças climáticas. Os reda biomassa). Adicionalmente, pode cursos do fundo serão aplicados nos se pensar em introduzir indicadores países em desenvolvimento em prode sustentabilidade como critérios jetos e programas de baixa emissão e de elegibilidade para isenções fiscais, maior resiliência ao clima. melhorar os incentivos para o uso sustentável da terra. O Fundo presta especial atenção às necessidades das sociedades que Os governos nacionais e as insti- são altamente vulneráveis aos efeitos tuições financeiras multilaterais para das mudanças climáticas, em particuo desenvolvimento devem trabalhar lar os países menos desenvolvidos, os em conjunto para alavancar o inves- pequenos Estados Insulares e os Estatimento privado. Novas abordagens dos Africanos (em inglês: Least Devee ações governamentais são cruciais loped Countries (LDCs), Small Island


Developing States (SIDS), and African States). Até o momento, as ações e principais marcos do GCF foram os seguintes, confome listado na pagina web (http://www.greenclimate.fund/ home): a) A mobilização inicial de recursos arrecadou mais de US $ 10 bilhões e segue captando. b) Compromisso para apontar valores equilibrados (50:50) entre mitigação e adaptação. c) Pelo menos 50% do financiamento da adaptação destina-se aos países mais vulneráveis, incluindo os LDCs, os SIDs e os Estados Africanos. d) Participação direta do setor privado em investimentos transformacionais sensíveis ao clima através do Mecanismo para o Setor Privado (PSF). e) Capacidade de suportar riscos, permitindo que o Fundo suporte inovação e alavancagem e alavanque em financiamento adicional. f) Variedade de instrumentos financeiros disponíveis, incluindo subsídios, empréstimos concessionais, dívida subordinada, capital próprio (equity) e garantias, oferecendo flexibilidade para atender às necessidades do projeto.

a) Potencial de impacto nas áreas traçadas como estratégicas para o GCF

do os recursos aplicados para beneficio direto das populações focais

b) Mudança de paradigma, devendo o projeto / programa catalisar ações de impacto no longo prazo

e) Ter apropriação pelos países proponentes, estando o projeto em linhas com as politicas ambientais e estratégias climáticas

c) Desenvolvimento sustentável no sentido amplo, beneficiando e priorizando co-benefícios socioambientais e econômicos, incluindo gênero e minorias também.

f) Eficiente e custo-efetivo do ponto de vista econômico e financeiro, com possibilidades de co-financiamento.

Os projetos são classificados de d) Baseado em demandas reais acordo com o valor do investimento dos países proponentes, sen- requerido. Projetos de até U$10 mi-

g) Estrutura de governança equilibrada que garante decisões baseadas em consenso entre 12 países desenvolvidos e 12 países em desenvolvimento. Os critérios de financiamento do fundo são listados a seguir. Projetos ou programa em linhas com estes critérios, possuem maior chances de Tabela 1 - Projetos financiados pelo GCF em 2017. financiamento: RBS Magazine

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lhões são projetos “MICRO”. Projetos “PEQUENOS” estão entre U$10 e U$50 milhões. Projetos “MÉDIOS” entre U$50 e U$250 milhões e projetos “GRANDE” são acima de U$250 milhões.

1 apresenta os projetos e forma de financiamento adotadas nesta fase inicial de propostas, nota-se que 7 dos 9 projetos acessaram parte dos recursos via doação, somados aos instrumentos de financiamento ou empréstimo.

do planeta aquecer acima da meta de 2OC nos próximos 15 anos é grande e inevitável.

O setor de energia, em especial a solar fotovoltaica, tem um papel importante no combate às mudanO GCF opera com a seguinte lóças climáticas, pois permite a geração gica de financiamento de projetos, A previsão para 2017 é que sejam limpa e renovável de forma distribuconforme figura 3. As atividades de- financiados 8 novos projetos / pro- ída, sendo esta a tendência global senvolvidas seguem fases distintas, a grama totalizando U$ 1,15 bilhões. de geração de energia. Os custos da saber: Atualmente, o portfólio de projetos geração fotovoltaica já são competiatinge um volume de U$ 5,8 bilhões. tivos em muitos mercados e nichos e 1. Geração da proposta O fundo passou a financiar os pro- permitem retornos do investimento jetos efetivamente a partir de 2016, que certamente atraem o capital pri2. Nota conceitual mas poderá ser a principal fonte de fi- vado. Contudo, politicas especificas nanciamento climático no mundo nos devem ser implementadas para dar 3. Submissão de proposta próximos anos, e a primeira a olhar o “conforto” necessário para o invespara as questões de clima com olhar tidor comparecer em massa, ou criar 4. Analise e recomendação diferenciado, com a responsabilidade condições para o usuário final acesdos seus quase 200 membros. sar capital de longo-prazo e se auto5. Decisão do conselho financiar. O Brasil certamente deverá aces6. Arranjos legais sar parte destes recursos, aplicando O Fundo Verde para o Clima é para projetos de mitigação e adapta- uma alternativa para financiamento Importante notar a figura do ção. Para tanto, é necessário um ali- de projetos e programas com foco em (NDA) Autoridade Nacional Designa- nhamento entre os setores publico e adaptação e mitigação às mudanças da, que deverá ser consultada du- privado, com apoio da sociedade civil climáticas, podemos viabilizar capital rante as fases 1 a 3 do fluxo de sub- organizada. competitivo para vários projetos em missão de proposta. O proponente, energia e meio ambiente. Contudo, que também deve ser uma entidade Conclusão sobre financiamento cli- o objetivo de financiar o desenvolvipreviamente aprovada pelo GCF (Ac- mático e papel do setor privado mento sustentável, em particular em credited Entity), deverá ter uma carta países menos desenvolvidos, pequede ”Não Objeção” do NDA antes da O financiamento climático re- nas ilhas e países africanos requer aprovação do projeto. quer ação coordenada do setor publi- uma ação conjunta com o setor prico e privado para gerar os resultados vado. Atualmente, 9 projetos do setor esperados. Sem novos modelos de privado foram financiados, totalizan- negócios e financiamento, viabilizanAssim, novos modelos de parcedo cerca de U$772 milhões. A tabela do a parceria púbico privada, o risco rias publico-privadas, avaliando os riscos de forma conjunta e promoTabela 1 - Projetos financiados pelo GCF em 2017. vendo os resultados de maior impacto climático e de aumento de resiliência das populações mais carente e vulneráveis são fundamentais. Quando o governo sinaliza o caminho com politicas claras, o setor privado comparece em massa. A sociedade civil certamente abraçará todas as causas que promovam a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e irão ajudar a sociedade a incorporar conceitos e mudanças de atitude necessárias nos seu dia-a-dia e nos seus projetos de vida. 4. Referências Green Climate Fund, 2017. Song18

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do, Korea. Acessado em 18 de junho de 2017. Disponível em: http://www. greenclimate.fund/home CPI - Climate Policy Initiative, 2016. The Global Landscape of Climate Finance 2015, Novembro 2016.

de Junho de 2017. Disponível em: https://climatepolicyinitiative.org/ wp-content/uploads/2017/03/Lessons-and-Innovations-to-Spur-Green-Investment-in-Developing-Countries. pdf

Renewable Energy Policy Network (REN21), 2017. Renewables 2017 Global Status Report, Alemanhã, 2017. Acessado em 05 de junho de 2017. DisPower for All, Decentralized Renewa- ponível em: bles, From Promise to Progress, Março http://www. de 2017, Acessado em 06 de junho de r e n 2 1 . n e t / 2017. Disponível em: https://static1. status-of-resquarespace.com/static/532f79fae- n e w a b l e s / 4b07e365baf1c64/t/58e3f73ce4f- global-statuscb5a3a0989855/1491334979777/ -report/ Decentralized-Renewables-From-ProCPI - - Climamise-to-Progress-March-2017.pdf. te Policy IniCPI- Climate Policy Initiative, 2017. tiative, 2015. Lessons and Innovations to Spur Gre- India Innovaen Investment in Developing Coun- tion Lab for tries, Abril de 2017. Acessado em 15 Green Finan-

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Frankfurt School – UNEP Collaborating Centre Frankfurt School of Finance & Management, 2017. Global Trends in Renewable Energy Investment 2017, acessado em 10 de junho de 2017. Disponível em http://fs-unep-centre.org/sites/default/files/ publications/globaltrendsinrenewableenergyinvestment2017.pdf.

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Energia solar foi responsável por criação de mais de três milhões de empregos em 2016

Um relatório desenvolvido pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA – sigla em inglês) destacou que em 2016 a produção de energia limpa gerou cerca de 9,8 milhões de empregos em todo o mundo.

Na visão da IRENA a produção de energia renovável vem contribuindo diretamente com os objetivos socioeconômicos mundiais. A expectativa é que a produção continue a crescer, empregado assim ainda mais pessoas.

De acordo com a agência os países que mais O objetivo é chegar em 2030 com 24 milhões contrataram foram a China, o Brasil, os Estados de postos de trabalhos voltados para a área. Unidos, a Índia, o Japão e a Alemanha. Em seu relatório a IRENA destaca que o setor Para o diretor geral da IRENA, Adnan Z. Amin, renovável que mais empregou pessoal em 2016 o aumento nas contratações é resultado de políti- foi de energia fotovoltaica, responsável por 3,1 cas públicas voltadas para o setor. milhões de empregos. “A queda dos custos e políticas facilitadoras têm impulsionado o investimento e, por consequência, os empregos em energias renováveis em todo o mundo desde a primeira avaliação anual da IRENA em 2012, quando pouco mais de cinco milhões de pessoas trabalhavam no setor” ressaltou ele.

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As instalações eólicas vêm em segundo lugar com a contribuição de 7% no modo global. A geração de energia através de biomassa também se destacou no último ano, a produção de biocombustíveis gerou cerca de 1,7 milhão de empregos, a biomassa 700 mil e o biogás 300 mil.


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China inaugura maior central de energia solar marítima do mundo

A China mais uma vez mostrou empenho na produção de energia renovável no mundo. Desde a Conferência do Clima, em Paris, o país vem investindo na implantação de usinas solares, eólicas e também de biomassa.

De acordo com a empresa muitas centrais deste tipo estão sendo criadas no mar devido ao ar marítimo ser mais fresco, o que permite que problemas sejam evitados por aumentos de temperatura.

O último investimento realizado foi a implantação da Além de produzir energia limpa, a usina ainda contrimaior central de energia solar marítima do mundo. O em- bui para que o clima seja mais fresco na região. Segundo preendimento foi ligado a rede elétrica na última semana o governo chinês, esta é uma das várias iniciativas verdes e produz cerca de 40 megawatts de potência. para tentar amenizar os efeito do país, considerado um dos mais poluídos. Criada pela empresa Sungrow Power Supply Co., a central solar foi instalada na cidade de Huainan, na proA China hoje é a que mais produz energia solar no víncia de Anhui. mundo - são 77 gigawatts no total. Para se ter uma ideia, o Brasil fornece apenas 28 megawatts, segundo a Aneel Além desta central, a China já estuda a construção de (Agência Nacional de Energia Elétrica). mais uma na região com capacidade de 20 megawatts de potência instalada, além dos empreendimentos que esAs plantas de energia solar flutuante estão se tortão em fase de construção em terra. nando cada vez mais populares em todo o mundo. Além de liberarem espaço em terra para outro tipo de construção, o ar marítimo mais fresco permite evitar problemas de eficiência relacionadas com temperaturas mais altas.

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Usina solar instalada em parque público de São Paulo irá contribuir para economia na conta de energia elétrica do estado

Foto Secretaria de Energia SP

A primeira usina solar instalada em parque público no Brasil foi inaugurada na última semana pelo governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Com ênfase na produção de energia limpa e também pela economia na conta de energia elétrica, a usina solar irá abastecer os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, localizados na zona oeste da Capital.

minicentral fotovoltaica de 531 quilowatts-pico (kWp), localizada em um bolsão do estacionamento do Parque Cândido Portinari, onde 2.095 módulos fotovoltaicos realizam a cobertura de 264 vagas totalizando 3.400 metros quadrados. Além da usina, foram instaladas uma estação solarimétrica, uma microcentral de 9 kWp e 40 postes que geram a própria luz.

De acordo com Alckmin a nova usina tem como objetivo aumentar ainda mais a participaDe acordo com os desenvolvedores, ção do estado na produção de energia renová- a usina é o maior projeto de mini geração vel. “São Paulo é tema de energia renovável. solar distribuída em um parque do Brasil. Temos biomassa, bioenergia, hidroeletricidade, a cadeia produtiva da indústria eólica e energia solar com mais um belo exemplo de usina fotovoltaica, desta vez em um parque público. Além da sustentabilidade e da importância para o meio ambiente esta usina irá economizar 270 mil reais por ano. É um ganha-ganha” ressaltou ele durante a inauguração. A usina foi idealizada pela Secretaria de Energia e Mineração do estado e executada pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp). O investimento total ficou em 17 milhões de reais. A principal instalação do projeto é uma

O sistema tem capacidade de produção anual de 665 megawatt-hora (MWh) e foi dimensionado para atender a demanda do estacionamento, lanchonete e área de esportes do parque. O parque continuará conectado à rede de fornecimento da AES Eletropaulo, apesar da energia solar, pois no momento em que não houver a produção de energia, seja no horário noturno ou em dias com forte nebulosidade, os parques serão abastecidos pela eletricidade da rede, o que é conhecido como sistema de compensação de energia.

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Bahia inaugura maior usina de energia solar do Brasil

Foto Divulgação

A maior usina de energia solar do Brasil começou a funcionar esta semana na Bahia. Localizado no município de Bom Jesus da Lapa, o novo empreendimento solar foi construído pela empresa Enel Green Power e espera abastecer mais de 166 mil residências anualmente. De acordo com a empresa responsável foram investidos cerca de 630 milhões de reais na construção e a expectativa é que a usina solar traga economia na conta de luz dos consumidores e também evite a emissão de 198 mil toneladas de gases poluentes na atmosfera nos próximos anos. A usina entrou em operação dois meses antes do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Chamada de Parque Solar da Lapa, a nova usina de energia solar foi dividida em duas plantas, uma responsável por gerar 80 megawatts de potência em Bom

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Jesus da Lapa e outra responsável pela produção de 78 megawatts, a qual é destinada a cidade de Lapa. Dados da empresa ressaltam que o contrato de fornecimento de energia vale por 20 anos e uma nova estratégia de comissionamento foi implementada na construção, de modo que a mudança permitiu uma redução de 70% no tempo necessário para colocar a usina em operação. Atualmente a Enel é responsável por um total de 1091MW de produção de energia renovável no Brasil, sendo dividido em energia solar e também eólica. Segundo o BNDES, o crédito será integralmente referenciado em TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo), hoje em 7% ao ano. “Considerando o montante previsto de emissão de debêntures (títulos da dívida) incentivadas de infraestrutura, no valor de até R$ 220 milhões, a alavancagem total do projeto alcançará 79,6% do total dos investimentos previstos”, disse o banco em nota.


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Artigo

GERAÇÃO, COGERAÇÃO E GERAÇÃO DISTRIBUÍDA A PARTIR DE BIOMASSA Ricardo do Valle, Gerente de Desenvolvimento de Negócios, SOLIDDA Energia.

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os dias atuais com as discussões entre as grandes potencias sobre o aquecimento global, tento como principal vilão os combustíveis fósseis, a BIOMASSA torna-se uma excelente alternativa para geração e cogeração de energia, pois sua queima é considerada carbono neutro, ou seja, todo CO2 liberado na hora da queima foi retirado durante o crescimento da biomassa, madeira, casca de arroz, cana de açúcar entre outros.

mais representa o processo de geração de energia a partir do vapor d´agua. A cogeração de energia é um processo onde são geradas duas formas de energia ao mesmo tempo. O tipo mais comum é a cogeração de energia elétrica e energia térmica (tanto para calor quanto para frio), principalmente a partir do uso de biomassa.

Em resumo se todas as fontes de energias fósseis, fosse substituído por BIOMASSA, incluindo o etanol em substituição a gasolina, poderíamos afirmar que os níveis de CO2 na atmosfera se manteriam praticamente estáveis. Recentemente houve um incentivo do governo para a GD, Geração Distribuída, A ANEEL estabeleceu a resolução 482, revisada para 687, que permite a conexão em sincronismo com a rede elétrica (concessionária) por fontes geradoras com potência de até 5.000 kW, com base renovável. Este tipo de conexão funciona na modalidade de compensação de energia, ou seja, ora permite a injeção do excedente de energia na rede e ora consome da rede a energia que falta. Neste caso o cliente / consumidor, paga a energia, se houver débito, ou fica com o crédito disponível por até cinco anos, podendo até descontar da conta de outra unidade consumidora do grupo.

Através da queima da biomassa podemos gerar e ou cogerar energia pelo ciclo rankine, ciclo termodinâmico que

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Na geração de energia, utiliza-se uma turbina de condensação, e não há a geração de energia térmica para o processo, apenas energia elétrica.


Linha de crédito para implantação de sistemas de micro e mini geração de energia solar é criada no nordeste A produção de energia solar vem atraindo profissionais de diversos setores. Um exemplo são as linhas de financiamento para equipamentos fotovoltaicos, as quais estão em expansão pelas instituições financeiras em 2017 no Brasil. Em abril o Banco do Brasil (BB) anunciou uma linha de financiamento específica para produtos de energia solar em Goiás com o objetivo de alavancar o programa Goiás Solar. Já em maio foi a vez do Banco do Nordeste (BNB) anunciar linhas de crédito para implantar sistemas de micro e mini geração de energia solar nas regiões semiáridas do país. De acordo com o BNB a linha de financiamento será

lançada agora está semana e foi nomeada como Agroamigo Sol. A instituição financeira tem como objetivo incentivar pequenos produtores rurais a implantar os sistemas de energia solar nas residências, gerando assim economia e energia elétrica. Ainda segundo o banco as operações poderão ser realizadas até 15 mil reais e os moradores das regiões semiáridas terão bônus e outras vantagens também. Em entrevista a Folha de Pernambuco, o superintendente de Microfinanças e Agricultura Familiar do BNB, Alex Araújo, destacou que a linha de crédito poderá ser utilizada em diversas ações como sistemas de irrigação, bombeamento e dessalinização de água.


MMA DECIDE ATUALIZAR METAS ASSUMIDAS PELO BRASIL NA COP21

As metas assumidas pelo Brasil em 2015 na Conferência do Clima (COP21), em Paris, serão revisadas pelo governo brasileiro nos próximos meses. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) criou um grupo de trabalho para atualizar a lei 12.114/09, a qual foi responsável por criar o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A revisão foi anunciada no Diário Oficial da União na última semana e tem como objetivo atualizar as metas assumidas pelo país no Acordo de Paris e também tratar sobre os novos desafios de restrição fiscal.

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Segundo o MMA o grupo de trabalho será composto por um representante indicado pelas secretarias: Executiva e de Mudança do Clima e Florestas.

Os participantes são pessoas que trabalham diretamente com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; o Ministério da Fazenda; e a Casa Civil da Presidência da República. Além dos representantes, o Grupo de Trabalho também contará com a participação de convidados da área. A lei deve ser revisada em 180 dias, pois possui um caráter temporário. De acordo com a gerente de projetos do MMA, Karen Cope, a primeira reunião começará já no inicio de junho. “Precisamos olhar o novo cenário e propor uma legislação mais adequada” ressaltou ela. RBS Magazine

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Convênio firmado entre o BID e a Fomento Paraná reforça produção de energia renovável no estado do PR

A produção de energia renovável no Paraná ganhou mais um incentivo está semana. A Instituição Financeira Estadual de Desenvolvimento, Fomento Paraná, recebeu o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar projetos que envolvam eficiência energética. O apoio se deu através de um convênio entre as duas instituições que foi assinado no dia 23 de maio. Com duração de 48 meses, o convênio permite que o BID repasse 200 mil dólares à Fomento Paraná, em recursos não reembolsáveis, para o desenvolvimento do mercado de energias renováveis no Estado. O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, destacou que o incentivo vindo do BID é muito importante para o desenvolvimento geral do programa, principalmente em relação ao desenvolvimento de ações e modelos de negócios sustentáveis e de baixo carbono. “É uma iniciativa muito importante que nos coloca mais uma vez na vanguarda nacional entre as instituições financeiras de desenvolvimento, como um braço do escopo de um escritório de projetos” explicou ele. Com o investimento liberado a Fomento Paraná pretende desenvolver ainda mais os projetos de energias renováveis. “Vamos qualificar nossas equipes para melhor entender os mecanismos e desenvolver processos e ações para proporcionar o desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis e de baixo carbono” explicou Barbosa. A expectativa é que o convênio com o BID facilite a aproximação entre fornecedores de projetos sustentáveis, que envolvem eficiência energética e energias renováveis, e os demandantes desses projetos e da energia gerada pelos empreendimentos.

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Entrevista

A RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com o diretor executivo da TECPAR, Reginaldo Souza, o qual é palestrante do CIBIO 2017. Biomassa BR: A produção de energia renovável está em constante crescimento no Brasil. Quais as expectativas do TECPAR para o setor?

vável se desenvolva cada vez mais no estado. Que surjam cada vez mais projetos voltados para a área e que a oferta e a demanda dos serviços aumentem consideravelmente nos próximos anos. A Reginaldo: O TECPAR vê com bons olhos intenção é desenvolver todas fontes limo setor renovável brasileiro para os pró- pas como a energia solar fotovoltaica, a ximos anos. A expectativa é que o setor eólica, a hidrelétrica e a biomassa. ganhe cada vez mais visibilidade no Paraná e continue tendo apoio de diversas Na sua opinião, qual a importância de instituições, assim como a área de bio- eventos como o CIBIO 2017 nos dias de gás, por exemplo, o qual se mantinha ins- hoje? tável nos anos anteriores, mas em 2016 conseguiu quintuplicar sua produção no Em minha opinião ele é um evento exestado. celente para o setor e está atraindo cada vez mais participantes. Ele foi um O Programa SmartEnergy busca promo- sucesso no ano passado e em 2017 busver a produção de energia renovável no ca envolver toda a cadeia renovável no estado e será tema da sua palestra no país e do exterior, possibilitando a troca CIBIO 2017. O senhor poderia falar sobre de experiências entre os profissionais. O o que é o programa e como ele é estru- evento contribui muito para o desenvolturado? vimento do setor de energias renováveis. O programa foi lançado recentemente e busca concretizar a competência do Estado do Paraná na produção de energia renovável, principalmente na área de geração distribuída. O SmartEnergy é estruturado a partir de uma governança que é representada por diversos setores da sociedade como o governo, as universidades e o empresariado. O programa possui um portal na internet onde é possível acessar os eventos relacionados ao setor renovável no país, um mapa das empresas que trabalham com energia limpa e também publicações relacionadas ao programa.

SOBRE O TECPAR MISSÃO Realizar pesquisa, desenvolvimento e inovação, contribuindo para a sustentabilidade tecnológica e social do país. NEGÓCIO Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. VISÃO

Quais são os resultados esperados do Ser sustentável e reconhecido como reprograma SmartEnergy? ferência em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação, especialmente O programa espera que a energia reno- soluções em saúde.

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VALORES • Credibilidade • Responsabilidade • Valorização das pessoas • Gestão compartilhada • Sustentabilidade POLÍTICA A gestão da organização integra os princípios ambientais, da qualidade, de saúde e segurança e de pesquisa, desenvolvimento e inovação em todos os seus processos para satisfazer as necessidades das partes interessadas e gerir o conhecimento para o aprimoramento contínuo e inovação de suas atividades visando sua sustentabilidade. OBJETIVOS: • Comprometer-se com a satisfação dos clientes e outras partes interessadas pela busca da excelência e confiabilidade nos resultados; • Motivar e propiciar a valorização e o desenvolvimento dos colaboradores; • Promover a melhoria contínua do sistema de gestão integrado; • Atender às normas e regulamentos técnicos vigentes; • Prevenir e mitigar a poluição; • Promover e manter a saúde e segurança dos colaboradores; • Propiciar um ambiente corporativo para o aprimoramento e inovação de seus processos.


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Índia cancela construção de usinas de carvão diante de expansão de energia solar no país

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om a expansão da energia solar a Índia decidiu cancelar a construção de novas usinas de carvão. Com a produção da energia limpa em alta e o seu custo em queda livre, o país cancelou seu planos de construir 14 gigawatts que seriam produzidos a partir do derivado do petróleo.

tos referentes a energia solar baixaram significativamente em 16 meses, competindo diretamente com a produção vindo do carvão. "Pela primeira vez o sol é mais barato do que o carvão na Índia e as implicações que isso tem para transformar os mercados globais de energia são profundas" ressaltou Buckley.

De acordo com um artigo publicado no Instituto de Economia de Energia e Análise Financeira (IEEFA) a mudança da do combustível fóssil mais sujo para a energia solar na Índia modificará os mercados globais de energia. Dados do artigo ressaltam que cerca de 13,7 GW de projetos de energia de carvão planejados foram cancelados até o momento, deixado ainda mais claro o ritmo de mudança.

A mudança vem ocorrendo desde um leilão destinado a instalação solar de 500 megawatts, o qual resultou em uma tarifa de apenas 2,44 rupias - em comparação com o preço de atacado cobrado por uma importante empresa de energia de carvão de 3,2 rúpias. “As medidas tomadas pelo governo indiano para melhorar a eficiência energética juntamente com ambiciosas metas de energia renovável e o desabamento dos custos da energia solar tem tido um impacto sobre as centrais de carvão existentes e propostas, tornando cada vez mais inviável financeiramente” afirmou o analista.

Segundo o analista Tim Buckley, autor do artigo e diretor de estudos de finanças energéticas da IEEFA, os cus-

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