RBS Magazine ED. 31

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Vol. 04 - Nº 31 - NOV/DEZ 2019

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QUALIDADE, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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PATROCINADOR CULTURAL



ÍNDICE

04 A revolução energética e a inovação

08

Manifesto sobre geração distribuída de energia

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Revisão da REN 482: para onde vamos?

36 CBGD 2019 & EXPOGD

ganham Selo Carbono Zero

EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

CHEFE DE EDIÇÃO

Aurélio Souza IEE USP

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Curitiba - PR – Brasil www.revistabrasilsolar.com

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DIREÇÃO COMERCIAL Tiago Fraga

COMERCIAL

A Revista RBS é uma publicação da

Eliseu Amorim

COMITÊ EDITORIAL

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SUPERVISÃO

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REVISÃO

Maria Cristina Cardoso Para reprodução parcial ou completa das informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar é obrigatório a citação da fonte.

DISTRIBUIÇÃO

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REDES SOCIAIS Nicole Fraga

EDIÇÃO DE ARTE E PRODUÇÃO Vórus Design e Web www.vorusdesign.com.br

APOIO

ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial de Bioenergia Solar / Instituto BESC / ABEAMA / CBCN / Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa / ABEAMA

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Empresas do setor de energia solar fotovoltaica, geração distribuída e energias renováveis, sustentabilidade, câmaras e federações de comércio e indústria, universidades, assinantes, centros de pesquisas, além de ser distribuído em grande quantidade nas principais feiras e eventos do setor de energia solar, energias renováveis, construção sustentável e meio ambiente.

TIRAGEM: 5.000 exemplares VERSÕES: Impressa / eletrônica

PUBLICAÇÃO: Bimestral CONTATO: +55 (41) 3225.6693 +55 (41) 3222.6661

E-MAIL: comercial@revistabrasilsolar.com COLUNISTAS/COLABORADORES

Heloisa P. Pereira e Carlos Evangelista, Marina M. Falcão, Frederico Boschin, Leandro Kuhn, Bárbara Rubim, João Ribeiro, Rafael Bebiano, Renato Fiore, João P. de Souza, Rogério V. Pereira, Ildo Bet

Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião do RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo de inteira responsabilidade do autor.

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Artigo

A revolução energética e a Inovação Heloisa Prates Pereira e Carlos Evangelista

A GD pode ser comparada, no setor elétrico, ao que significou a chegada da internet para o setor de Comunicação

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m 21 de outubro de 1879, uma lâmpada feita com um filamento de algodão carbonizado dentro de um bulbo a vácuo brilhou por 45 horas seguidas, sob o olhar atento de Thomas Edison. Era o início de uma nova era, na qual a eletricidade tornou-se a força motriz da economia.

queno porte, permitem hoje a geração de energia elétrica com mínimo impacto ambiental. O nome dado a essas iniciativas realizadas por pequenas empresas, comércios e pelos próprios consumidores que se dedicam a produzir a energia que utilizam junto a carga é chamado geração distribuída, ou GD.

Desde então, o modelo centralizado de geração de energia se impôs na maioria dos países do mundo. Edison e sua equipe criaram a primeira central de distribuição de energia elétrica do mundo, a Pearl Station, para abastecer o distrito de Wall Street, em Nova York, mas conforme a demanda aumentava, os projetos também foram crescendo e demandavam altíssimos investimentos – até chegarmos às usinas de grande porte, com subsídio ou controle estatal, e aos sistemas de transmissão e distribuição que levavam essa energia até os consumidores residenciais, comerciais e industriais.

De fato, estamos falando de um novo modelo de rede. A GD pode ser comparada, no setor elétrico, ao que significou a chegada da internet para o setor de Comunicação. Um modelo que era centralizado, unidirecional (dos poucos grandes produtores para milhares de consumidores), tornou-se descentralizado, distribuído, e todos os pontos da rede podem agora receber e enviar energia para o sistema. É uma revolução, uma mudança de paradigma que dificilmente será contida, ainda que as estruturas tradicionais de regulação e tarifação pressionem seu desenvolvimento.

Foi apenas no final do século XX, após a emergência das questões ambientais, que novas modalidades de geração começaram a ganhar a atenção da sociedade. O aproveitamento de recursos naturais, como a força das águas, o sol, o vento e até mesmo o gás produzido pela decomposição da matéria orgânica, em sistemas de pe-

No Brasil, o assunto ganhou relevância há cerca de uma década. Em 2010, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu a primeira Consulta Pública sobre o tema: a Consulta Pública nº 15/2010, entre setembro e novembro. No ano seguinte, foi realizada a Audiência Pública nº 42/2011, com o objetivo de debater os


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Vale lembrar que o Brasil, como signatário do Acordo de Paris, está comprometido a reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) e fomentar o desenvolvimento sustentável dispositivos legais para a conexão de geração distribuída de pequeno porte na rede de distribuição. O resultado desse processo materializou-se na Resolução Normativa (REN) nº 482, de 17/4/2012, que estabeleceu as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, e criou o sistema de compensação de energia elétrica correspondente. Ou seja, desde 2012, todos os brasileiros têm direito a gerar, por conta própria, utilizando fontes renováveis, a energia elétrica que consomem – e também podem injetar na rede o que produzem de energia excedente, beneficiando o sistema como um todo. A regulamentação vem passando por diversos aprimoramentos. Em 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) promulgou a Resolução Normativa nº 687/2015, revisando a REN 482/2012 e alterando a seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST. Esses documentos regram, até os dias de hoje, a micro e a minigeração distribuída. A primeira delas refere-se a centrais geradoras de energia elétrica com potência instalada menor ou igual a 75 quilowatts (kW), enquanto a segunda diz respeito às centrais geradoras com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 megawatt (MW), para a fonte hídrica, ou 5 MW para as demais fontes. A REN nº 687/2015 também permitiu ao consumidor a utilização de créditos em unidades diferentes daquela onde está instalada a usina, desde que previamente cadastradas e dentro da mesma área de concessão.

São formas de compensação caracterizada como autoconsumo remoto, geração compartilhada ou integrante de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras (condomínios).

Atende as necessidades de descarbonização, descentralização e digitalização do sistema elétrico. No Brasil, as características da geração distribuída se revelam ainda mais disruptivas, por termos um sistema baseado em na geração centralizada e sujeito a uma regulação intervencionista, complicada e desatualizada, em que o contribuinte sempre acaba pagando todos os custos do sistema. Para evoluirmos amplamente na geração distribuída, os esforços de expansão da rede deveriam seguir características de livre mercado e precisam de arcabouço regulatório muito mais ágil e flexível.

O Brasil conta com mais de 115 mil sistemas de micro e minigeração distribuída de energia elétrica conectados à rede, beneficiando mais de 155 mil unidades consumidoras como residências, edifícios comerciais e instalações industriais de pequeno e médio portes. A geração distribuída atingiu a marca de 1,3 GW de potência instalada. Embora o segmento de GD tenha Analisemos de forma sucinta as conquistado importantes avanços, a três vertentes (definições retiradas do modalidade ainda tem uma participação pequena na matriz elétrica na- site da Cemig).: cional, inferior a 0,25%. Há, portanto, Digitalização: A digitalização da muito trabalho a ser feito e muitos desociedade vem alterando as visões dos safios a serem vencidos! clientes sobre as empresas e as inteVale lembrar que o Brasil, como rações que eles esperam de provedosignatário do Acordo de Paris, está res de serviços fundamentais, como comprometido a reduzir emissões de transporte, segurança, saúde, energases de efeito estufa (GEE) e fomen- gia e administração. A tendência dos tar o desenvolvimento sustentável. O consumidores é demandar, cada vez objetivo do acordo, que conta com mais, produtos e serviços personali195 países signatários, é conter o au- zados de alta qualidade, acessíveis 24 mento da temperatura média global horas por dia, 7 dias por semana, atraem menos 1,5°C acima dos níveis pré- vés de dispositivos móveis e mídias -industriais. Por meio de suas Contri- sociais. A grande quantidade de dados buições Nacionalmente Determina- dos consumidores, combinada com as das (intended Nationally Determined novas tecnologias de Inteligência ArContribution – iNDC), o Brasil esta- tificial, cria oportunidades para gerar beleceu como meta uma reestrutura- valor a partir dos dados, respeitando ção de sua matriz energética até 2030: as regulações e legislações de proteção a participação de energias renová- de dados pessoais (definição do site da veis não hídricas no fornecimento de Cemig). energia elétrica deve ser expandida Descarbonização: No setor elépara , 23%, pelo menos, e, considerando-se todo o setor de energia (que trico, o maior impacto desta tendêninclui eletricidade, óleo e gás), 45% da cia mundial é a substituição de enermatriz deverá ser obtida a partir de gia oriunda de combustíveis fósseis por energia elétrica em diversos profontes renováveis. dutos, cujo exemplo maior são os veíDo ponto de vista sistêmico, a ge- culos elétricos. O setor elétrico se torração distribuída é uma solução “3D”. nará muito mais descentralizado com RBS Magazine

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Artigo

a multiplicação de um grande número de fontes de energia distribuída e consumidores ativos, muitos deles conectados a redes de distribuição. Os consumidores irão tornar-se cada vez mais ativos e irão gerenciar seus próprios sistemas, com uma combinação de geração, uso e armazenamento de energia. (definição do site da Cemig). Descentralização: Previsões do setor apontam para a energia solar tornar-se majoritária na matriz energética brasileira entre os anos 2035 e 2040, sendo que desta, 75% será de geração distribuída. Para o setor elétrico essa mudança traz diversos impactos, mas o mais dramático é a descentralização, o que vai implicar em diversas mudanças culturais e operacionais nas empresas operadoras. É chave o desenvolvimento de novos modelos de negócios que busquem novas fontes de receita a partir de novos produtos, novos serviços inovadores de distribuição, e da comercialização de novos serviços adaptados à chamada Quarta Revolução Industrial. Há um quarto D, poucos falam, mas é o da Democratização. Obviamente, o benefício de muitos deve superar o de poucos, e o foco tem que ser o PROSUMIDOR, que agora pode produzir e consumir a própria energia, sem ter que ser onerado de maneira a inviabilizar financeiramente seu direito de produzir a própria energia, após mais de 100 anos no mercado cativo, podendo agora escolher entre produzir a sua energia ou comprar da distribuidora local. Uma liberdade parcial ainda, pois estaremos sendo tolhidos de exercer esse direito de forma plena e equilibrada, com uma supervalorização do fio, como se este pudesse valer quase 70% do serviço de fornecimento de energia elétrica como um todo. São valores desproporcionais, descabidos e que não colaboram para o equilíbrio do mercado e sim para a perpetuação de oligopólio arcaico. Está na hora de realmente nos inserirmos o século 21, onde o benefício de muitos deve superar o de poucos, e o foco tem que ser o PROSUMIDOR, que é quem no final sempre paga a conta.

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Carlos Evangelista, formado em Engenharia Elétrica e Direito, tem MBA em Marketing pela USP e especialização em Política e Estratégia pela ADESG. Premiado pela FIESP em 2016 e 2 vezes pela Full Energy (2016 e 2018 - 100 mais influentes do setor elétrico), oficial de Engenharia do Exército brasileiro (2º. colocado da turma); atualmente é presidente da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída.


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Artigo

MANIFESTO GERAÇÃO DISTRIBUÍDA DE ENERGIA PRINCIPAIS ENTRAVES DA GD Marina Meyer Falcão

Contexto Da Geração Distribuída: Em 17 de abril de 2012 o marco regulatório da Geração Distribuída foi criado, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, na qual o consumidor brasileiro passou a gerar a sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. A ideia central da Geração Distribuída nasceu na busca pela segurança, equilíbrio e na questão da eficiência energética, uma vez que as perdas com investimentos em transmissão e distribuição são bastante mitigadas com GD. Surgiu então o conceito do sistema de compensação de energia elétrica (SCEE), com a microgeração distribuída e a minigeração distribuída, através da energia solar, da energia hidráulica, eólica, biomassa e da cogeração qualificada. A figura do PROSUMIDOR de energia ecoou Brasil afora, como um grito de libertação para aqueles consumidores que desejavam então produzir a própria energia e consumi-la. Nesse cenário, vários atores deste movimento vêm discutindo sobre a cobrança do “uso do fio” (da rede da distribuidora) nos processos de conexão em Geração Distribuída – sobre a revisão da Resolução Normativa nº 482 pela Agên-

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cia Nacional de Energia Elétrica, para “reajustar” o sistema de compensação de energia elétrica feito hoje da GD. Na verdade o que se pensa em instituir é cobrar dos consumidores de GD pela utilização desse fio, o que já é pago atualmente através do custo de disponibilidade (processos até 75KW) e pela demanda contratada (contratos do Grupo A nos processos acima de 75 KW). Vale lembrar que a ANEEL, na Análise de Impacto Regulatório publicada em janeiro de 2019, já havia analisado todo esse processo, o qual apresentou um erro em sua metodologia de cálculo – que resultou em um tremendo desastre para o setor de GD: a geração remota sofrera uma desvalorização na ordem de 28 (vinte e oito por cento) na alternativa 1 proposta pelo órgão fiscalizador, ao invés de 40% (quarenta por cento). E nesse sentido, a argumentação da ANEEL pautava-se na não remuneração dos acessantes em GD pelo “uso do fio” (rede da Distribuidora) e que a compensação total da energia consumida da rede de distribuição pela energia injetada deixaria de remunerar um parcela do setor elétrico. Desde então, as concessionárias e permissionárias de energia elétrica tem divulgado a “falsa ideia que apoiam a GD”, mas na verdade não estão apoiando o setor: pelo contrário – criam cada vez mais empecilhos aos novos acessantes

em GD – e prestam um “apoio condicionado”: para que todos os consumidores (optantes por GD) deixem pelo menos 25% ou mais da energia produzida com as distribuidoras, a título de remuneração do fio. Aliado a este movimento das Concessionárias de energia, a ANEEL se manifestou contrária à Geração Distribuída e realmente disposta a instituir a cobrança do fio na energia gerada pelos PROSUMIDORES, desconsiderando qualquer benefício trazido pela geração distribuída no Brasil. É em razão desse lamentável movimento, e em função das recentes manifestações da ANEEL – trazem à tona a MAIOR INCERTEZA REGULATÓRIA vivenciada no Brasil nos últimos 20 anos – que o processo de revisão da REN 482 NÃO pode ser analisado de maneira incoerente e desproporcional por parte do órgão regulador. É notória a importância da GD no Brasil: segundo dados de vários órgãos, o setor de geração distribuída movimenta hoje cerca de R$ 6,5 bilhões em investimentos, gera cerca de 30 empregos diretos para cada MW instalado ao ano em várias áreas, além de trazer diversos benefícios: sociais, econômicos, ambientais, benefícios para o Sistema Elétrico e benefícios tecnológicos, vejamos:



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Benefício Sócio Econômico: • Geração de emprego, renda e dignidade para os cidadãos brasileiros; • Energia como uma solução energética de geração própria; • Atração de investimentos locais e nacionais para toda cadeia produtiva do setor solar fotovoltaico; • Penetração de novos agentes investidores no mercado solar/ circulação da economia; • Redução de gastos com a energia elétrica para pessoas físicas e pessoas jurídicas. Benefício Ambiental: • Geração de energia limpa, renovável e sustentável; • Não geração de gases de efeito estufa ou de ruídos; • Processo ambiental simples. Benefício ao Sistema Elétrico Brasileiro: • Redução de perdas técnicas em transmissão e distribuição; • Ampla diversificação das energias renováveis no Brasil; • Diversificação da matriz energética brasileira Benefício Tecnológico: • Smart Grid; • Smart Metering; • Smart Cities, integrando a GD em todos estes conceitos. A Geração Distribuída reforça ainda mais esse quarto pilar, com sua tecnologia de ponta, indústria de semicondutores, softwares de controle, monitoramento remoto, (convertendo energia proveniente de diversas fontes renováveis, como a solar, biomassa, eólica, biogás e etc) com alta eficiência, em energia elétrica disponível, controlada, mais barata e de altíssima qualidade. Fato é que toda a sociedade encontra-se inconformada e se manifesta através de mensagens claras de APOIO A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, como forma de demonstrar a sua participação no Estado Democrático de Direito. Pontos defendidos pelos empreendedores acerca de problemas enfrentados com a Concessionária em geral: • Burocracia na análise da documentação para entrada do processo de conexão em GD; • Falta de transparência nos processos de conexão, remetendo todos os processos para conexão da GD em alta tensão. • Normas posteriores mais prejudiciais ao consumidor/Prosumidor de energia nos projetos de GD. • Descumprimento de prazos em geral. Devemos buscar o equilíbrio e remunerar todos os ativos que são utilizados em GD, mas isso tem que ser feito de maneira razoável e que reflita a realidade do setor de GD hoje no Brasil.

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Marina Meyer Falcão É Diretora Jurídica da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) e Diretora da Marina Meyer Advocacia Empresarial, advogada especialista em Direito de Energia. Membro representante do Estado de Minas Gerais na missão Energias Renováveis na Alemanha (Baviera) em junho de 2018 e representante de Minas Gerais nos Estados Unidos em 2016, Co- Autora de 3 Livros em Direito de Energia, com MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduada em Gestão Ambiental pelo Instituto de Educação Tecnológica - IETEC. Graduada pela Universidade FUMEC. Membro da Comissão de Energia da OAB-MG; Membro da Câmara de Energia da FIEMG; Ex-Superintendente de Política Energética do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Conselheira do Conselho de Política Ambiental – COPAM do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Secretária Executiva do Comitê Mineiro de Petróleo e Gás.



Artigo

PROCESSO DE VENDA: COMO TER O PROCESSO IDEAL

Quando vamos tratar de uma organização, seja qual for seu ramo de negócio, já pensamos no ato de gerir e administrar. Em toda função temos processo, ciclo e planejamento, que são pontos importantes para que a empresa e cada setor tenham eficiência, agilidade e resultado na sua atuação no mercado. Nesse artigo, trataremos todos esses pontos no setor comercial e a importância de ter uma ferramenta de gerenciamento, voltado ao mercado de energia solar. O setor comercial é responsável pelas vendas, o coração da empresa e tem como sua maior responsabilidade a geração de receita. Com todo o foco em resultado é muito importante o processo de gestão deste setor, para alcançar o resultado esperado. E a gestão comercial abrange pessoas, processos, análises, tecnologia, logística, venda, relacionamento com cliente e outros aspectos gerenciais. Envolver tudo isso, demanda alinhamento, por isso, a chave é fortalecer a equipe interna.

É extremamente importante se ter um processo de venda bem estruturado, pois ele irá determinar o ciclo funcional que trará definição concreta e sistêmica para o setor e uma construção de relacionamento com o cliente. Já quando todo esse processo vem da cabeça de cada colaborador, a empresa sofre muito, há um alto índice de retrabalho e grande ineficiência de vendas. Isso ocorre porque o processo de vendas tem o papel de nortear as ações do comercial, possibilitando aplicar fundamentos que torna os atendimentos e negociações mais qualificados, bem estruturados e assertivos. Ao estabelecer, estruturar e atuar com um processo de vendas, encadeamos o planejamento que é parte chave de estruturação, garantindo organização de prioridades para ter mais produtividade, consistência na qualidade e integridade das vendas. Em outras palavras, podemos dizer que, assim temos aumento de vendas.

Entendemos então, que para um bom resultado é necessária uma comunicação interna bem alinhada, ágil, Sabendo disso, apresento abaixo principais vantagens com troca de informações atualizadas e em tempo real. A do processo e como deve ser o processo ideal: melhor maneira disto acontecer é através de um sistema de gestão eficiente. 7 Principais vantagens do processo de vendas Ter todas as informações reunidas em um único local traz eficiência e agilidade em todo o processo, garantindo um excelente desempenho da empresa para com o cliente.

O Processo de Venda

bem estruturado

1. Reduzir erros na operação; 2. Reduzir o desperdício e perda de tempo; 3. Aumentar produtividade de vendas; 4. Melhorar a qualidade dos serviços prestados; 5. Treinar e desenvolver colaboradores; 6. Definir e controlar os processos; 7. Vender mais e com mais qualidade.

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Artigo

Pensando no processo de vendas dos integradores de SolarView PRO energia solar no momento atual, sabemos que possui muitas etapas manual, requer várias interações entre os times e o uso de vários outros recursos que demandam muito tempo, todas essas ações dificultam o acesso às informações em tempo real, mantendo de forma desorganizada e sem otimização. O oposto do ideal no mercado.

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SolarView Light A plataforma Light é a integração de monitoramento para geração e consumo de energia. Ela integra as informações de todas as usinas em uma única interface de monitoramento e acompanha todos os detalhes em um único aplicativo, uma única tela simples e intuitiva. Um sistema para otimizar a gestão das suas usinas reunindo todas as informações de forma que facilite a gestão e fortaleça o relacionamento com os clientes, reduzindo custos de gestão e manutenção, aumentando a agilidade no pós-venda. 14

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Entrevista

Entrevista com Frederico Boschin sócio da área de Energia do Escritório MBZ Advogados

RBS MAGAZINE - Frederico, nos fale um pouco sobre seu currículo, sua área de atuação, etc. Frederico - Sou formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), pós-graduado em Gestão Empresarial pela FGV em 2007, Mestre em Direito Econômico Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 2010 e Especialista em Energia Renovável pela PUCRS em 2018. Busquei na construção da minha carreira a formação multidisciplinar que entendia necessária para atuar na área de energia de forma proativa. Hoje respondo pela área de energia do escritório MBZ Advogados, e atuo nas áreas de direito societário, internacional, administrativo (regulatório) e contratos comerciais, com ênfase em Infraestrutura (contratos de engenharia/EPC) e Energias Renováveis. O foco do meu trabalho tem sido a estruturação legal e regulatória de projetos para fontes renováveis de energia (Eólica, Biomassa, CGHs e PCHs e Solar PV), nos mercados regulado, livre e geração distribuída. Atualmente, sou Conselheiro Fiscal do Sindicato das Indústrias de Energia Eólica do Estado do Rio Grande do Sul (SindieólicaRS); Membro do Conselho de Infraestrutura (Coinfra – FIERGS) – Grupo Temático de Energia, representando do SindieólicaRS. Março de 2014 até o 16

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presente; e Membro do Comitê Estratégico de Energia da American Chamber of Commerce for Brazil – AMCHAM/POA. Em 2018, fui ranqueado na Chambers GLOBAL 2018 "Energy & Natural Resources: Power" pela atuação na área de Energia pela publicação britânica Chambers & Partners, principal repositório mundial de análise e classificação de advogados e escritórios de advocacia no mundo. RBS MAGAZINE - Comente um pouco sobre a atual situação da geração distribuída no estado do Rio Grande do Sul. Dentre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul tem o 2° maior volume de MW instados e o 3° maior número de conexões, o que garante ao Estado uma posição de destaque no cenário nacional de GD. Falando especificamente na energia solar, muito embora o recurso solar no RS não seja tão abundante quanto no resto do País, alguns aspectos culturais e técnicos explicam em parte esse protagonismo. Tecnicamente, o Estado tem grande tradição na engenharia, o que se traduz em grande quantidade de empresas atuando no setor e uma boa qualidade dos serviços prestados. A vocação empresarial do estado (em especial no agronegócio) também ajuda a explicar a expressiva penetração da geração distribuída no

campo, já que a busca pela qualidade no suprimento de energia, aliada à redução de custos justificam o investimento. Outro aspecto importante é o elevado índice sócio cultural do estado, que facilita o entendimento e percepção das vantagens da geração da própria energia. Por fim, destacaria a abrangente e efetiva participação das instituições financeiras cooperativas na oferta de crédito para a geração distribuída, e que facilitam e viabilizam imensamente as instalações. RBS MAGAZINE - Como você imagina a geração distribuída nos próximos anos? A geração distribuída de energia é uma tendência mundial e no Brasil não é diferente. A oferta de tecnologias a custos cada vez maiores, em especial a energia solar, favorece a ampliação da geração distribuída; para além disso, a necessidade de energia de boa qualidade em determinadas regiões, rurais, essencialmente, de igual forma impulsionam este mercado. Para os próximos anos, a tendência é de manutenção do crescimento da geração distribuída, talvez não na forma exponencial vista nos recentes anos, mas ainda de forma bastante consistente e com grande capilaridade. Como dito acima, a combinação da necessidade de energia boa e custos competitivos, se comparados com os constantes aumentos de


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Entrevista

tarifas, vão ainda sustentar a expansão por bons anos ainda. RBS MAGAZINE - Nos fale a sua opinião sobre as possíveis mudanças na 482 que estão previstas para 2020? A alteração da regra é algo que já havia sido cogitado ainda em 2015, com a primeira grande alteração da RN 482. As concessionárias de distribuição de energia veem na geração distribuída uma ameaça ao seu negócio e a reação contrária a este modelo é até natural e esperada, na medida em que reduz a base de clientes. Assim, a introdução da cobrança dos serviços de distribuição/transmissão de energia, em um primeiro momento parece lógica. Porém, da forma como é colocada, a revisão da regra, além de prejudicar um mercado que sequer tem a sua consolidação concluída, já que responde por menos de 1% da energia gerada no país, prejudica um mercado que gera empregos qualificados e de forma amplamente capilarizada. Por óbvio, a revisão da regra deve considerar o ônus imposto às concessionárias pelo “armazenamento” da energia, entretanto, os percentuais colocados como potenciais remunerações se mostram impraticáveis, visto que ignoram por completo os benefícios da geração distribuída para o uso coletivo da energia. Tecnicamente, a geração distribuída proporciona a redução da carga

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no horário que justamente há o consumo de pico de energia, ou seja, durante o dia e quando o uso de condicionadores de ar é severo. Isso não só amplifica a redução na necessidade de intercâmbios energéticos por linhas de transmissão, como também reduz o uso de equipamentos de transformação, aumentando a vida útil de todo o sistema. Sem mencionar que usinas próximas a centros urbanos aumentam os índices de qualidade do fornecimento de energia, o que beneficia diretamente as distribuidoras. Esses pontos precisam ser mensurados e considerados. RBS MAGAZINE - Na sua opinião, o setor de geração distribuída pode ser afetado se tiver uma mudança negativa? A mudança não é necessariamente negativa. Se a mudança aprimorar o setor, trazendo a justa remuneração pelo uso do fio, e que, a meu ver, não deveria ser nos percentuais propostos, certamente teremos a segurança jurídica necessária para a consolidação do setor e uma natural adaptação dos modelos de negócio. Logicamente, o aumento dos prazos de retorno e diminuição da rentabilidade dos investimentos na geração distribuída é algo não desejado pelas quase 15.000 empresas do setor, porém, a agenda da revisão da regra indica que teremos mudanças. Em contrapartida, o agente regulador poderia introduzir

alguns aprimoramentos que podem compensar a cobrança do fio, como, por exemplo, a venda do excedente e/ou a troca de créditos entre diferentes áreas de concessão. RBS MAGAZINE - Sugira uma pergunta. Quais seriam, na sua opinião, os aprimoramentos necessários na geração distribuída? De início, a clareza das regras de conexão e unificação de procedimentos entre todas as concessionárias de distribuição já ajudaria bastante. O estabelecimento de critérios objetivos e claros para os enquadramentos dos modelos de negócios também é desejável, visto que, entre os empreendedores e consumidores, os enquadramentos das diversas modalidade (consórcios, cooperativas e Empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras) ainda pairam muitas dúvidas quanto às corretas aplicações. A simplificação quanto às parcelas compensáveis da tarifa igualmente traria grande ajuda ao setor, já que, até para os mais experientes do setor, o correto entendimento é desafiador. Por fim, caberia aos Estados o correto e necessário impulso ao setor pela ampliação e nivelamento dos incentivos tributários de isenção de ICMS, visto que é justamente sobre essa parcela da tarifa que se encontra o grande benefício da geração distribuída.


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Entrevista

RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com Leandro Kuhn, CEO da empresa L8 Energy A empresa atua desde 2004 é especializada no mercado de energia solar RBS MAGAZINE - Nos conte um pou- Solar do Mundo, e homologada pelo co sobre a história da L8, sua fundação INMETRO no Brasil. e tempo no mercado. Também temos o guarda sol fotovolLEANDRO: A L8 iniciou suas opera- taico, a mochila solar, além do filme ções em 2014, e de lá para cá vem ex- fino, que tem aplicações muito inteperimentando um crescimento médio ressantes. de 100% a.a. RBS MAGAZINE - Quem são os prinAno passado alcançamos a marca de cipais parceiros da L8 no mercado naR$ 100.000.000,00 de faturamento, e cional? este ano esperamos ultrapassar os R$ No mercado nacional temos parceria 200.000.000,00. com a Alusolar para as estruturas de Iniciamos no mercado fotovoltaico alumínio, empresa em que investimos trabalhando somente com as grandes para adquirir o seu controle acionário. marcas: Fronius, ABB, Canadian, JA, etc., e percebemos o avanço de outros Através de Parceiros estamos abrindo fabricantes que se juntaram ao nosso Centros de Distribuição em todos os portfólio agora em 2019. Hoje temos estados do Brasil, para possibilitar que ofertas muito competitivas para todos o Cliente final tenha acesso rápido ao os tipos de Clientes, desde aquele que seu gerador fotovoltaico, e também procura por um gerador mais econô- uma rede de suporte nacional com mico, até o Cliente que não abre mão troca de peças no próximo dia útil, e garantia da própria L8. de qualidade. RBS MAGAZINE - Quais os principais produtos oferecidos pela L8 ao setor de energia solar fotovoltaica? O principal produto da L8 Energy é o Gerador Fotovoltaico tradicional com painéis importados de 3kWp até 300MWp. Além disto temos os Geradores com FINAME, também para todas as potências e que utilizam os painéis da Canadian fabricados no Brasil. A partir deste ano (2019) iniciamos a Distribuição com Exclusividade da Hantile, considerada a Melhor Telha 20

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do Instalador/Integrador. Com o pré lançamento da Telha Solar na última Intersolar 2019, outro diferencial da L8, tivemos um excesso de acessos na loja online, e tivemos de reestruturar o portal que está a pleno vapor. O filme fino também tem suas aplicações em locais que não suportam a carga de um sistema tradicional, e agrega vantagens tecnológicas para os Parceiros mais especializados. RBS MAGAZINE - Quais os planos da L8 para 2020? Para 2020 esperamos crescer 400% no mercado de distribuição brasileiro, e continuar a construção de usinas próprias, e em sociedade com alguns Parceiros/Clientes.

Além disto, vamos intensificar nosso processo de internacionalização, e iniAinda, com o lançamento do Kit ciar a Distribuição em outros países Showroom da Telha Solar, já dispo- do continente americano. nível na loja.l8energy.com esperamos iniciar novas parcerias em várias cida- Iremos abrir equity da L8 para captação de investimento, e com isto consedes brasileiras. guiremos manter este ritmo médio de RBS MAGAZINE - Quais os principais crescimento pelos próximos 5 anos. diferenciais dos produtos oferecidos pela L8 ao setor de energia solar foto- Também estamos em fase final de negociação para abertura de mais uma voltaica? fábrica do Grupo L8 no Paraná, que LEANDRO: Temos nosso ecommerce produzirá o que existe de mais moloja.l8energy.com que é bastante elo- derno no mundo fotovoltaico. Com giado pelos Clientes pela facilidade isto esperamos ajudar a reverter esta de uso, e pela possibilidade de custo- tendência de queda do parque indusmização, sem a necessidade de abrir trial brasileiro, e trazer novas divisas qualquer informação do Cliente final para o nosso país.


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O QUE É.... GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada junto ou próxima do(s) consumidor(es)independente da potência, tecnologia e fonte de energia. As tecnologias de GD têm evoluído para incluir potências cada vez menores. A GD inclui: • Co-geradores; • Geradores que usam como fonte de energia resíduos combustíveis de processo; • Geradores de emergência; • Geradores para operação no horário de ponta; • Painéis fotovoltáicos; • Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH's. O conceito envolve, ainda, equipamentos de medida, controle e comando que articulam a operação dos geradores e o eventual controle de cargas (ligamento/desligamento) para que estas se adaptem à oferta de energia.

80, o desenvolvimento de tecnologias voltou a ser incentivado com visíveis resultados na redução de custos. Micro e Minigeração Distribuídas

A GD tem vantagem sobre a geração central pois economiza investimentos em transmissão e reduz as perdas nestes sistemas, melhorando a estabilidade do serviço de energia elétrica. A geração elétrica perto do consumidor chegou a ser a regra na primeira metade do século, quando a energia industrial era praticamente toda gerada localmente. A partir da década de 40, no entanto, a geração em centrais de grande porte ficou mais barata, reduzindo o interesse dos consumidores pela GD e, como conseqüência, o desenvolvimento tecnológico para incentivar esse tipo de geração também parou.

ram irreversivelmente este panorama, revelando a importância, por exemplo, da economia de escopo obtida na co-geração. A partir da década de 90, a reforma do setor elétrico brasileiro permitiu a competição no serviço de energia, criando a concorrência e estimulando todos os potenciais elétricos com custos competitivos.

Com o fim do monopólio da geAs crises do petróleo introduziram fatores perturbadores que muda- ração elétrica, em meados dos anos 22

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Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade. Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto ambiental, a redução no car-


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regamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação da matriz energética.

mesma titularidade (desde que todas as unidades estejam na mesma área de concessão), com validade de 60 meses.

Com o objetivo de reduzir os custos e tempo para a conexão da microgeração e minigeração; compatibilizar o Sistema de Compensação de Energia Elétrica com as Condições Gerais de Fornecimento (Resolução Normativa nº 414/2010); aumentar o público alvo; e melhorar as informações na fatura, a ANEEL publicou a Resolução Normativa nº 687/2015 revisando a Resolução Normativa nº 482/2012.

Um exemplo é o da microgeração por fonte solar fotovoltaica: de dia, a “sobra” da energia gerada pela central é passada para a rede; à noite, a rede devolve a energia para a unidade consumidora e supre necessidades adicionais. Portanto, a rede funciona como uma bateria, armazenando o excedente até o momento em que a unidade consumidora necessite de energia proveniente da distribuidora.

Principais inovações Segundo as novas regras, que começaram a valer em 1º de março de 2016, é permitido o uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada, denominando-se microgeração distribuída a central geradora com potência instalada até 75 quilowatts (KW) e minigeração distribuída aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW, conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, sendo que eles podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos foi denominado “autoconsumo remoto”.

Condições para a adesão

da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados. Com relação aos procedimentos necessários para se conectar a micro ou minigeração distribuída à rede da distribuidora, a ANEEL estabeleceu regras que simplificam o processo: foram instituídos formulários padrão para realização da solicitação de acesso pelo consumidor e o prazo total para a distribuidora conectar usinas de até 75 kW, que era de 82 dias, foi reduzido para 34 dias. Adicionalmente, a partir de janeiro de 2017, os consumidores poderão fazer a solicitação e acompanhar o andamento de seu pedido junto à distribuidora pela internet.

Compete ao consumidor a iniciativa de instalação de micro ou minigeração distribuída – a ANEEL não estabelece o custo dos geradores e tampouco eventuais condições de financiamento. Portanto, o consumidor deve analisar a relação custo/benefício para instalação dos geradores, com base em diversas variáveis: tipo da fonte de energia (painéis solares, turbinas eólicas, geradores a biomassa, etc), tecnologia dos equipamentos, porte da unidade consumidora e da central geradora, localização (rural ou urbana), valor da tarifa à qual a unidade consumidora está submetida, condições de pagamento/financiamento do projeto e existência de outras unidades consumidoras que possam usufruir dos créditos do sistema de compensação de energia elétrica.

Por fim, é importante ressaltar que, para unidades consumidoras conectadas em baixa tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade – valor em reais equivalente a 30 kWh (monofásico), 50 kWh Outra inovação da norma diz (bifásico) ou 100 kWh (trifásico). Já respeito à possibilidade de instalação para os consumidores conectados em Crédito de energia de geração distribuída em condomíalta tensão (grupo A), a parcela de nios (empreendimentos de múltiplas Caso a energia injetada na rede energia da fatura poderá ser zerada unidades consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser seja superior à consumida, cria-se um (caso a quantidade de energia injetada repartida entre os condôminos em “crédito de energia” que não pode ser ao longo do mês seja maior ou igual porcentagens definidas pelos próprios revertido em dinheiro, mas pode ser à quantidade de energia consumida), utilizado para abater o consumo da sendo que a parcela da fatura corresconsumidores. unidade consumidora nos meses sub- pondente à demanda contratada será A ANEEL criou ainda a figura sequentes ou em outras unidades de faturada normalmente. 24

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Revisão da REN 482: para onde vamos? Bárbara Rubim

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esde 2012, o consumidor brasileiro pode gerar a própria energia e receber créditos em sua conta de luz, economizando. Essa possibilidade veio por meio da edição da Resolução Normativa 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Em maio de 2018, a ANEEL deu início a processo de revisão desta norma, propondo a revisão da forma como é valorada a energia produzida pelo consumidor a partir de fontes renováveis, por meio de sistemas de geração distribuída (GD). De acordo com a Agência, ao permitir a compensação integral da energia consumida da rede de distribuição pela energia injetada, o prosumidor (como é chamado o consumidor que produz a própria energia) deixa de remunerar alguns agentes do setor elétrico, que vão ter que buscar sua remuneração por outras vias – como, por exemplo, por meio de aumento tarifário aos demais consumidores. Por outro lado, a geração de eletricidade próxima aos centros de consumo é benéfica ao setor elétrico, auxiliando no fortalecimento de diversos atributos importantes, tais como a redução de perdas técni26

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cas (aquelas que ocorrem porque a energia precisa ser transportada por grandes distâncias), a redução no fator de carga das redes (reduzindo a necessidade de expansão da rede de distribuição e/ou aliviando a rede em momentos críticos), a redução – no médio e longo prazo – da quantidade de energia a ser contratada em leilões para abastecimento da sociedade, etc.. O grande desafio que se colocou à frente da ANEEL foi, assim, o de calcular o bene�cio e o impacto de cada um dos lados da balança de modo a se conseguir chegar a um possível caminho ideal – caso, da análise, viessem resultados concretos, isentos e embasados capazes de demonstrar o desequilíbrio e o dano passível de ser causado pelo caminho atual. De maio de 2018 para cá, muitas discussões, debates e análises foram feitas por todos os agentes do setor. Essas discussões se fortaleceram em janeiro deste ano, quando foi aberta a segunda etapa do processo de revisão pela ANEEL e publicada a Análise de Impacto Regulatório (AIR). Com o objetivo de convidar a sociedade a entender e analisar a metodologia proposta pela Agência, essa etapa se alongou por quatro meses - dada a complexidade dos dados

que careciam de análise. Durante ela, diversos agentes da sociedade apresentaram o que consideram ser as premissas mais adequadas a serem consideradas. Igualmente, o setor de geração distribuída submeteu à ANEEL as correções metodológicas julgadas pertinentes. Nesse processo de análise, descobriu-se um erro metodológico em uma das planilhas de cálculo que fez com que o resultado obtido trouxesse um equívoco com relação ao possível impacto causado pela geração remota ao setor elétrico. O tamanho do equívoco? Módicos R$30 bilhões. Reconhecido o erro e corrigida a planilha, a própria metodologia adotada pela Agência levaria à recomendação de alternativa de mudança mais branda para a geração remota do que a trazida na análise anterior e, por consequência, sugerida pela ANEEL como caminho a seguir em sua nota técnica. Ou seja, a geração remota poderia sofrer desvalorização de sua energia na casa de 28% (alternativa 1) ao invés dos cerca de 40% (alternativa 3) propostos inicialmente. Encerrada essa segunda etapa em maio de 2019, a ANEEL pôs-se a analisar as contribuições recebidas. Cinco messes depois, no dia 15 de outubro de 2019, a Diretoria da ANEEL, reunida em colegiado, deliberou


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Fonte: ANEEL, NT 062/2018.

Fonte: Bright Strategies, 2019

Fonte: Bright Strategies, 2019

pelo início da terceira e penúltima etapa do processo de revisão. Durante a reunião, pública, o setor foi surpreendido com a notícia de que a metodologia até então adotada era demasiado frágil e que, portanto, a Agência decidira por alterá-la. Da nova metodologia utilizada, concluiu-se que a alternativa mais adequada tanto para a geração junto à carga, quanto para a geração remota seria a de número 05. Importante lembrar, a alternativa número 05 é a mais severa das inicialmente apresentadas, na qual somente uma das seis componentes tarifárias continua sendo compensada. Ou seja, perde-se, assim, cerca de 60% do valor do kWh injetado na 28

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rede, com grandes impactos para o Em que pese o conteúdo da proposta trazida pela ANEEL já ser basretorno do investimento feito. tante preocupante por si só, dados Na mesma linha, a ANEEL tam- os impactos que ela pode causar no bém anunciou, na oportunidade, que setor, os procedimentos adotados sua intenção era não mais a de man- pela Agência causam estranheza ainter o sistema de compensação atu- da maior. Nesse sentido, destacamos al pelo prazo de 25 anos a todos os 3 pontos graves: consumidores que já fossem benefi1) Conforme exposto na reunião ciados pela geração distribuída. Pela de Diretoria supracitada, a ANEEL opnova proposta, aqueles que já esti- tou pela alteração da metodologia verem sob a REN 482 antes da publi- apresentada anteriormente, com a cação de sua atualização, manterão adoção de uma nova, que traz seveo sistema atual até 2030, migrando ros impactos ao setor. Independenpara a alternativa 05 imediatamente temente dos resultados da metoapós. dologia nova, o simples fato de ter havido uma mudança nela já exigiDe forma gráfica, a proposta da ria a reabertura da segunda etapa ANEEL pode ser traduzida da seguin- aquela na qual questões metodológicas são discutidas com a sociedade. te forma:


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Para garantir que a não haverá dúvida de que existe uma grande parcela da sociedade que apoia a geração distribuída e defende, ao menos por ora, a manutenção das suas regras tais como estão, iniciou-se de forma orgânica um movimento que diz claramente: #TaxarOSOlNão. Ora, não pode a Agência passar quatro meses coletando contribuições do setor para, depois, decidir por alterar sua metodologia sem reabrir o diálogo;

cial sobre este importante momento vivido no setor.

conseguir protocolar todas as solicitações de acesso antes da revisão da REN 482).

Essas preocupações têm se manifestado de diversas formas. Uma de#TaxarOSolNão é, como aprenlas são as quase 200 mil assinaturas demos no colégio, a metáfora sendo 2) O prazo para contribuições à que a petição criada pedindo o #Ce- usada para ajudar a explicar a realiterceira etapa - que já se resume à narioZero482 já possui. dade de forma mais lúdica – chamanminuta da nova REN 482 - é de meros do a atenção para que as pessoas 45 dias. O prazo apertado gera estraPara garantir que a não have- procurem conhecer o tema e se ennheza quando se tem em mente que rá dúvida de que existe uma grande gajar mais. Em processos complexos, os processos mais relevantes trazidos parcela da sociedade que apoia a ge- o lúdico é essencial. No setor elétripela Agência ao longo dos últimos 2 ração distribuída e defende, ao me- co, um bicho extremamente compleanos contaram com, ao menos, 60 a nos por ora, a manutenção das suas xo*, essa pode ser a única forma de 90 dias de abertura para contribui- regras tais como estão, iniciou-se de verdadeiramente se envolver mais ções. forma orgânica um movimento que a sociedade. Não é exatamente isso que a Agência faz ao dizer que “a nosdiz claramente: #TaxarOSOlNão. sa conta de luz tem vilões?”. 3) A ANEEL optou por realizar apenas uma audiência pública preÉ bastante claro que o processo sencial, em Brasília. Novamente, de revisão em questão não objetiva A sociedade tem enviado uma quando buscamos processos de revi- estabelecer uma taxação ao uso da mensagem clara à ANEEL de que há são anteriores, nos deparamos com irradiação solar. Contudo, é inegá- um descontentamento profundo as boas práticas de realização de 2 a vel que o efeito prático ao cidadão, com relação à forma como a revisão 3 audiências presenciais, espalhadas consumidor, comerciante e produ- da REN 482 tem sido conduzida pela ao longo do território brasileiro. tor rural será praticamente esse. O Agência. À medida em que tais mendo desestímulo. Desestímulo à gera- sagens ganham mais força e apoio Esses fatos, aliados a recentes ção própria num momento em que inclusive de diversos parlamentares entrevistas e colocações bastante essa possibilidade traz mais de 45 - espera-se que a ANEEL reveja sua questionáveis por parte de alguns mil empregos ao país, R$6.5 bilhões postura. A menos que tenhamos uma diretores, têm alimentado nos con- em investimentos, e, quem sabe, a transformação profunda no processumidores, nos trabalhadores, nos economia de 90% nos custos com so de revisão da REN 482, qualquer empresários e na sociedade a preo- eletricidade do Poder Público, se o norma que eventualmente se origine cupação de que o processo de revi- Executivo for bem sucedido no de- deste processo não terá amparo sosão da REN 482 possa falhar em sua senvolvimento de projeto de geração cial e tampouco refletirá os anseios missão de realizar uma análise me- própria por meio do sol, conforme e a busca pelo melhor interesse do todologicamente acertada, tecnica- recentemente anunciado pelo nos- consumidor - missão que a Agência mente forte e, acima de tudo, impar- so Presidente (mas somente se ele tão vocalmente declara ter.

Mini-currículo: Bárbara Rubim é advogada e CEO da Bright Strategies, uma consultoria dedicada a auxiliar empresas e investidores no desenvolvimento de modelos de negócio e projetos em geração distribuída, sob a perspectiva jurídica e regulatória. Bárbara possui um MBA em Finanças e Estratégias Empresarias pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e trabalha no setor de energia há mais de sete anos, já tendo coordenado a área de estratégia e inovação da Alsol Energias Renováveis e estado à frente da campanha de energia do Greenpeace Brasil. Além disso, também atuou como Assessora Parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e desenvolveu projetos para a ONU-Habitat. Atualmente, ocupa também as posições de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e é membro da Comissão de Infraestrutura da OAB Nacional.

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Entrevista

A RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com João Ribeiro “Sócio da Brassunny” RBS MAGAZINE - Nos conte um pouco da sua trajetória no setor GD/ FV?

to, a me juntar a Canadian Solar como Gerente Comercial América Latina atendendo e desenvolvendo o mercaJOÃO: primeiramente muito obriga- do da Canadian Solar em todos os pado ao pessoal da RBS Magazine e pela íses. Acompanhei todo o crescimento oportunidade de contar um pouco da da energia solar graças a consolidação minha trajetória no mercado de Ener- da resolução ANEEL 482/12 tudo isso foi possível. Acredito que este foi o gia Solar a da BRASSUNNY. salto mais importante da minha vida, Eu sou natural de Campinas-SP for- tive a oportunidade de conhecer muimado em Administração de Empresas tas pessoas no mercado e a com quem aprendi muito e continuo aprendenpela PUC de Campinas. do. Em 2010 tive a oportunidade de morar na Guatemala atuando como Trai- Acreditando no mercado de energia nee em Vendas e Marketing na Novar- solar fotovoltaica em 2019 em contato tis Farmacêutica, logo depois em 2011 com o Empresário e amigo Sr. Marrecebi o convite para ira a Alemanha cio Pina, tivemos a ideia de assumir o como Gerente Comercial na fabri- risco de deixar nossas carreiras muicante de isolantes termoelétricos Dr. to bem-sucedida em nossos empreD Muller em Alhorn próximo a Bre- gos para empreender no mercado de men. La observei que a energia solar energia solar. em telhados residenciais e comerciais vinha se expandindo enormemente, RBS MAGAZINE - Comente um pouco cada dia um novo telhado solar, a coi- sobre a BRASSUNY na sua fundação, sa crescia e se expandia cada vez mais. tempo de mercado, etc. Veio então em minha mente a ideia, por que não no Brasil, onde a inso- A BRASSUNNY foi fundada em lação é muito maior e melhor que na maio de 2019 com o objetivo de melhor atender os integradores, atuando Alemanha? como consultora e distribuidora de Foi então que em 2012 retornando ao equipamentos para energia solar focaBrasil que iniciei a minha jornada na da na excelência em atendimento ao energia solar. Montei uma pequena cliente e preços competitivos. representação com amigos italianos que estavam dispostos a apostar no RBS MAGAZINE - Quem são os prinmercado brasileiro, porém sem estra- cipais parceiros da Brassunny? tégia solida definida. Hoje nossos principais parceiros comerNo final de 2013 tive a oportunidade ciais são os fabricantes Canadian Sode me juntar a SICES Brasil, ainda lar, Risen, Fronius, ABB e Sofar. Com muito pequena, lutando para estabe- cliente temos vários que vem crescendo lecer-se e criar de fato o mercado de cada vez mais. energia solar distribuída. RBS MAGAZINE - Quais os principais Em 2015 fui convidado pelo Sr. Hugo diferenciais dos produtos e serviços ofeAlbuquerque, a quem sou muito gra- recidos pela Brassunny no setor da FV 32

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no Brasil? Nosso maior diferencial hoje em relação aos demais distribuidores está na forma de atendimento ao cliente. Sempre disponível 24 horas por dia e nos finais de semana. Temos os equipamentos disponíveis em nosso estoque, pronta entrega. Mas em especial nosso inversor BRASS+ será nosso diferencial. Além de ter o custo altamente competitivo, conta com 7 anos de garantia e troca imediata em caso venha a apresentar um problema técnico. RBS MAGAZINE - Nos fale um pouco, sobre as novidades e lançamentos da Brassunny para 2019/2020? Para 2020 planejamos oferecer ao mercado os painéis Canadian Solar de potência 400W, 405W e 410W, sempre com pronta entrega. RBS MAGAZINE - Quais as perspectivas de crescimento da empresa para empresa nos próximos 3 anos? Para os próximos 3 anos planejamos a BRASSUNNY para um crescimento sólido de 30% ao ano, além da expansão para outros estados como a região norte do Brasil, já que estamos fortes na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Não podemos de deixar de lado também a possibilidade de expansão para outros países. O México e Argentina, que já estão na nossa mira. Acredito que serão mercados promissores e crescerão muito nos próximos 10 anos. A regulamentação GD nestes países ainda está engatinhando e o que aprendemos no Brasil servira grandemente para outros mercados emergentes.


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Entrevista

Entrevista exclusiva com Rafael Bebiano, diretor comercial da SSM SOLAR DO BRASIL A empresa é especialista em estruturas metálicas para o setor de energia solar e lançará novos produtos durante a 4a Expo GD 2019! Confira! RBS MAGAZINE - Nos fale um pouco sobre seu curriculum e formação! RAFAEL: Trabalhei em veículo de comunicação por toda a minha carreira. Na primeira empresa, RICTV RECORD em 1999, passei por vários departamentos como administração, programação de comerciais, financeiro até chegar na área comercial executivo de vendas júnior, onde o Gilson Bette e Anderson Ozires, diretor e gerente comercial, viram que eu tinha perfil de vendedor. Fiquei 2 anos na TV, depois fui promovido para a área comercial da rádio JP executivo sênior onde fiquei por 4 anos, sendo os últimos dois anos escolhido como o melhor executivo da rede JP no Paraná. Em agosto de 2017 aceitei um novo desafio, agora para o grupo GRPCOM, afiliada da REDE GLOBO no Paraná, novamente na área comercial para atuar nas rádios 98FM e Mundo Livre. No último mês de setembro aceitei um novo desafio fora da área de comunicação. Desta vez aceitei o convite do Sr. Carlos Miguel Bebiano, CEO da SSM SOLAR DO BRASIL para entrar no mercado de energia renovável, segmento de energia solar, para assumir a diretoria comercial da SSM. Minha formação é baseada na gestão comercial e para o ano que vem estarei cursando MBA em gestão industrial, visando a melhoria na qualidade dos produtos, aumento a lucratividade e competitividade no meio solar. RBS MAGAZINE - Quais seus planos para expansão da área comercial da empresa, sendo que nos últimos anos a SSM está em franco crescimento? Verdade, realmente a SSM SOLAR DO BRASIL vem em um crescimento expo-

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nencial nos últimos anos e será um grande desafio. Neste momento estamos em planejamento, aumentando a equipe interna e externa de vendas e operacional. Vamos motivar, treinar e gerar o maior número de leeds para manter o crescimento dos últimos anos, isso para melhor atender os integradores, distribuidores e parceiros com agilidade, informação e materiais digitais. RBS MAGAZINE - Quais os principais diferenciais das estruturas oferecidas pela empresa ao mercado FV no Brasil? As estruturas da SSM Solar do Brasil são desenvolvidas pelo nosso departamento de engenharia e aumenta o desempenho na instalação de até 25% de economia com matéria prima diferenciada do mercado, onde a garantia chega a 30 anos. As mesmas atendem todas as normas brasileiras (ABNT) e internacionais. RBS MAGAZINE - Além do mercado nacional, a SSM Solar do Brasil tem atuação em países do Mercosul. Quais são estes países e qual a representatividade deste mercado no faturamento da empresa? O percentual ainda é pequeno, 5%, mas vem crescendo substancialmente até porque na américa latina o Brasil é o mercado mais aquecido em sistemas fotovoltaicos. Temos parceiros nos países da Argentina, Peru, Chile e Uruguai. O Chile vem crescendo muito e pode ser melhor explorado pelas empresas do mundo inteiro. Ao contrário do Brasil, o Chile possui muitos incentivos do governo e para você ter uma ideia eles estimam que em 2040 o país tenha 100% da sua energia sendo gerada por fontes renováveis. Em 2011 foi o pico dos preços da

energia no Chile, hoje o país conta com uma depreciação de 60% do valor, ou seja mais da metade que o povo chileno pagava em 2011. Isso também é possível no Brasil, basta termos mais incentivo dos nossos governantes. RBS MAGAZINE - A empresa está preparando alguma novidade, lançamento para este final de ano ou em 2020? Então, teremos 4 lançamentos de estruturas. Garanto que as novidades irão inovar o mercado de energia solar do Mercosul e o trabalho do integrador será facilitado. O lançamento dentro da empresa chamamos de solução para o meio fotovoltaico. Nós vamos lançar durante o 4º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) e 4a Feira Expo GD, em Olinda. Estaremos com um stand do tamanho da SSM SOLAR e estão todos convidados para conhecer as novidades e os 4 lançamentos das estruturas de fixação para sistemas FV. Para 2020 teremos mais 8 lançamentos de estrutura e uma ferramenta online que está em desenvolvimento na sua parte final que garanto vai facilitar o trabalho de todos os parceiros. RBS MAGAZINE - Na sua opinião, os equipamentos da SSM fazem a diferença para o cliente final e facilitam a vida do instalador? Claro! Vou ser direto, para o instalador a facilidade e agilidade para a instalação, para o cliente final menos tempo de serviço em sua residência ou empresa e a qualidade, tranquilidade e segurança que o certificado de garantia de 30 anos é emitido para todos os clientes da SSM Solar do Brasil.


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CBGD 2019 & 4ª EXPOGD ganham selo de ‘Carbono Zero’ da instituição PRIMA – Mata Atlântica e Sustentabilidade O GRUPO FRG MÍDIAS & EVENTOS Sai mais uma vez na frente e assume a liderança em sustentabilidade no seu setor, realizando o CBGD 2019 e 4ª EXPOGD com o selo ‘Carbono Zero’.

O Grupo FRG Mídias & Eventos firmou uma parceria com a instituição PRIMA – Mata Atlântica e Sustentabilidade para compensar as emissões de GEE – Gases de Efeito Estufa do IV CBGD – Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e 4ª EXPOGD South América, que serão realizados nos dias 13 e 14 de novembro de 2019 na cidade de Olinda, PE. O Grupo FRG Mídias & Eventos tem em seu “DNA” o Pioneirismo e Inovação e ter as emissões de gases compensadas de alguma forma sempre esteve no radar da empresa. Para Tiago Fraga, diretor da empresa, quando se trabalha com energias renováveis, sustentabilidade, meio ambiente, etc., a responsabilidade de ser exemplo é muito maior, e como a empresa hoje é a principal no Brasil quando se fala em mídias e eventos no setor de energias renováveis, é uma obrigação estar atento às oportunidades de contribuir para um mundo melhor, sempre ajudando o meio ambiente. Tiago ainda destaca que no portfólio da empresa fazem parte 6 fóruns, 2 congressos, 3 feiras, 2 prêmios de incentivo ao setor, além de 3 revistas, 5 portais, que sempre buscam incentivar e fomentar o mundo das renováveis e sustentabilidade no Brasil e no mundo nos segmentos de: CARROS E VEÍCULOS ELÉTRICOS, MOBILIDADE URBANA, ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA, BIOMASSA, ENERGIA EÓLICA, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, os quais são alguns temas do setor em que a empresa atua de forma direta. O selo Carbono Zero é uma estratégia que utiliza o plantio de mudas de árvores nativas do bioma Mata Atlântica. Por meio da fotossíntese, essas árvores

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periências, resolveu se organizar para atuar de forma mais direta e eficiente, buscando implementar ações que pudessem colaborar na conservação deste importante bioma e na interligação dos seus fragmentos florestais. Assim surgiu o Projeto de Reflorestamento Integrado da Mata Atlântica (P.R.I.M.A) hoje a OSCIP PRIMA – Mata Atlântica e Sustentabilidade.

incorporam em sua biomassa o carbono da atmosfera. O objetivo do selo no Congresso não é somente neutralizar o carbono, mas também uma estratégia ecológica de consciência climática com base em chamar a atenção dos participantes do congresso e feira para a necessidade de reafirmar o compromisso de mudarem o comportamento em relação aos padrões de consumo e eficiência energética. As mudas de árvores plantadas terão o seu crescimento acompanhado via internet ou por meio de visitas agendadas aos locais de reflorestamento. Os desafios corporativos também estão associados à necessidade de colaborar na construção dos princípios da sustentabilidade. Sobre o PRIMA – Mata Atlântica e Sustentabilidade: Convidamos você a fazer parte dessa história! Quando começaram a surgir os primeiros dados oficiais a respeito da devastação da Mata Atlântica, um grupo de amigos ambientalistas, com distintas ex-

Nossa história está associada às bases ideológicas que permitem conceber o meio ambiente a partir de regiões geoeconômicas. Buscamos apoiar iniciativas de integração como a formação de consórcios intermunicipais, bacias hidrográficas, corredores florestais, associativismo e a insígnia municípios sem fronteiras. www.prima.org.br Sobre o 4º CBGD 2019 & 4º EXPOGD O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) é um evento anual coordenado e organizado pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, que conta com o apoio das principais associações e entidades ligadas ao setor da Geração Distribuída no Brasil. A Expo GD, por sua vez, é focada exclusivamente aos temas voltados ao setor de Geração Distribuída e traz ao mercado uma vitrine exclusiva dos principais players do setor, fomentando desta forma informações sobre e tecnologias e equipamentos.

Mais informações sobre ambos os eventos e a realização da inscrição podem ser acessadas através do site www.cbgd.com.br e www.expogd.com.br


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Entrevista

A Revista RBS Magazine traz uma entrevista exclusiva com Renato Fiore, Gerente Nacional de Vendas da CISER A empresa é especialista na linha de fixadores e conta com um portfólio de 27 mil produtos divididos em mais de 400 linhas. Confira a entrevista completa! RBS MAGAZINE - Fale um pouco sobre indústria e soluções como engenhaa estrutura geral da Ciser, seus funda- ria simultânea de aplicação, treinadores e quanto tempo a empresa está mento técnico e serviços logísticos. no mercado. RBS MAGAZINE - Quem são os prinRenato Fiore - A Ciser é sinônimo de cipais parceiros da Ciser no mercado qualidade em fixadores, liderando nacional? o setor, tanto no Brasil quanto em toda a América Latina. Com orgulho, Nossa equipe está sempre na linha de acabamos de completar 60 anos. In- frente, buscando estabelecer novas tegramos o Grupo H. Carlos Schnei- parcerias de negócios nos segmender, que reúne empresas de vários tos em que operamos. Estamos em segmentos e tem uma história cente- um processo de negociação de uma nária, sendo resultado da ousadia do parceria com uma empresa de soluempreendedor Karl Schneider, que ções de engenharia e de estruturas, fundou, em 1881, um estabelecimen- com forte presença nesse segmento. to chamado Casa do Aço. O fundador Juntos, apresentaremos uma solução da Ciser, neto do pioneiro Karl, foi o completa ao mercado, desde fixadoempresário Carlos Frederico Adolfo res, suportes, estruturas, projetos Schneider, que identificou, à época, de engenharia e suporte aos nossos uma forte demanda por porcas e pa- clientes. Com isso, pretendemos muirafusos no parque industrial joinvi- to em breve aumentar nossa presenlense, que se encontrava em franca ça no mercado com um atendimento expansão. A empresa tem sede ad- diferenciado e qualificado. ministrativa em Joinville e fábrica em RBS MAGAZINE - Quais os principais Araquari. diferenciais dos produtos da Ciser em RBS MAGAZINE - Quais as linhas de relação aos concorrentes do mercado produtos que a Ciser oferece ao mer- nacional? cado do Brasil? Nossos produtos são marcados pelo Nosso por�ólio é bastante robusto, caráter de inovação, resultado de com um total de nada menos que uma ação consistente para nos po27 mil produtos, divididos em mais sicionarmos na vanguarda, sempre. de 400 linhas. Alguns segmentos em Possuímos uma completa linha de fique temos forte presença: metalme- xadores em inox que são amplamencânico, construção civil, estruturas te utilizados para a fixação das esmetálicas, eletroferragens, agrone- truturas dos módulos fotovoltaicos. gócio, automotivo (com uma unidade Especificamente para estruturas de dedicada, em Minas Gerais), petróleo telhado, a Ciser fornece ao mercado e gás, além de peças especiais para a o Conjunto Haste Solar com padrão 42

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de qualidade europeu e certificado de performance de acordo com EN 14592 A1:2012. RBS MAGAZINE - Fale um pouco sobre os lançamentos e novidades que a empresa vai apresentar nesse final de 2019 e começo de 2020. Em 2019, expandimos nossa linha de fixadores para o segmento solar e lançamos duas opções de suportes. Para 2020, fortaleceremos ainda mais esta linha de fixação e também ampliaremos nosso por�ólio com soluções de fixação para estruturas de solo e também para os variados tipos de telhado presentes nas diferentes regiões do país. RBS MAGAZINE - Qual a importância do mercado de energia solar fotovoltaica e geração distribuída para a Ciser nos dias de hoje? Trata-se de um negócio extremamente promissor, sendo a energia solar fotovoltaica uma das fontes de energia em expansão por todo o mundo. Aos poucos, observa-se a demanda social, até, pela diversificação da matriz energética, de modo que alternativas como a energia solar fotovoltaica ganham eficiência e se tornam mais e mais acessíveis. Com certeza, observamos atentamente esse mercado e planejamos investir continuamente para atender cada vez melhor as expectativas dos clientes. Nossos produtos para o segmento são de tecnologia europeia e seguem os rigorosos padrões desse mercado.


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Atlas Eólico e Solar apresenta

POTENCIAIS DE GERAÇÃO DO CEARÁ

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ioneiro no estímulo a geração de energia eólica no Brasil, o Ceará está prestes a lançar, até o meio deste ano, o seu primeiro atlas híbrido de energia solar e eólica. O estudo traz uma análise integrada dos recursos e potencial de geração do Estado abrangendo áreas do litoral e interior cearense. O novo atlas é uma demanda da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) e será um ponto de partida para a atração de novos investimentos para o Estado. “Os estudos já estão prontos, estamos finalizando a compilação dos dados e as ferramentas de tecnologia da informação (TI), que irão auxiliar no acesso dos investidores às informações. Com o atlas, nós teremos condições de mostrar onde temos os melhores ventos e as melhores condições de radiação solar. Inclusive com apontamentos ligados a questões ambientais”, explica o presidente da Adece, Eduardo Neves.

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O novo atlas coloca o Ceará em destaque em relação a outros estados quando se trata dos horários de pico na geração eólica, com maior potencial de geração no final da tarde e início da noite. “Esse é o nosso diferencial. A energia do Ceará tem mais valor do que a de outros estados. O nosso pico de geração é no momento de maior demanda, enquanto nos estados vizinhos ocorre mais na madrugada”, aponta Adão Linhares, secretário Executivo de Energia e Telecomunicações da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). Atualmente, o Ceará tem 79 projetos eólicos em operação (2GW), cinco projetos em construção não iniciada (115MW) e 83 projetos cadastrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), totalizando ~ 2,2 GW. A energia solar no estado está com quatro projetos em operação (137 MW), 14 em construção (390 MW), 110 projetos solares totalizando 3,7 GW e 1722 unidades com geração distribuída totalizando 36,6 MW.

“Esse é o nosso diferencial. A energia do Ceará tem mais valor do que a de outros estados. O nosso pico de geração é no momento de maior demanda, enquanto nos estados vizinhos ocorre mais na madrugada” Adão Linhares


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O Ceará é privilegiado não só pelos ventos, mas pela sua plataforma continental que é de baixa profundidade Usinas Offshore

uma surpresa o tamanho do nosso of- por região do estado, aumentando asfshore, e mostra que nós estamos pre- sim a atratividade do Estado do Ceará para investimentos na área. O levantamento apresentado pelo parados para gerar energia no mar”. atlas ainda revela a possibilidade de O atlas ainda conta com uma construção de usinas offshore, com O Atlas, que está sendo desengeração eólica em uma área de 10 mil mostra das áreas degradadas do Esta- volvido a partir de um convênio enquilômetros quadrados, onde a pro- do, que não podem ser usadas para a tre Governo do Ceará, por meio da fundidade vai até 20 metros. Se forem agricultura, mas que podem ser apro- Adece, juntamente com Fiec e Sebrae, consideradas as regiões com até 50 veitadas para a geração de energia so- além de contar com a tradicional metros, a área passa para 19 mil qui- lar. Regiões como Inhamuns e médio versão impressa, também estará disJaguaribe, por exemplo, além de altos ponível em plataforma online e intelômetros quadrados. níveis de radiação solar, oferecem ter- rativa na internet, permitindo maior “O Ceará é privilegiado não só renos de baixo custo para a viabiliza- facilidade de acesso aos investidores e interessados na prospecção de árepelos ventos, mas pela sua plataforma ção de novos projetos. as para construção de usinas. O Atlas continental que é de baixa profunditambém traz o mapeamento eólico dade”, conta o presidente da CS ReO projeto offshore para indicar as regiões mais nováveis, Jurandir Picanço. O novo Atlas Eólico e Solar do promissoras na costa do estado. ViEntre os diferenciais de geração Ceará é um documento de acesso pú- sando abranger o maior público posde energia no mar, em comparação blico, direcionado a profissionais do sível e potencializar o alcance, o mateaos parques terrestres, estão a velo- setor de energias renováveis, que irá rial será disponibilizado em formato cidade e a constância dos ventos em fornecer informações técnicas quanto bilíngue, com tradução para a língua diferentes horários do dia. aos recursos eólico e solar no Estado inglesa. do Ceará. “A gente está mostrando tecnicamente números até conservadores. PoO objetivo desse projeto é facilidemos conjugar a geração eólica com tar a identificação de áreas com bom Fonte: https://www.ceara.gov. solar, e ainda tem o offshore com uma potencial para geração de energia a br/2019/05/30/atlas-eolico-e-solarviabilidade muito próxima do onshore partir de fontes renováveis, além de -apresenta-potenciais-de-geracao-do(parques em terra)”, diz Linhares. “Foi dimensionar o potencial eólico e solar -ceara/

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MÓDULOS FOTOVOLTAICOS - Perdas por Mismatch em Sistemas Fotovoltaicos João Paulo de Souza

O QUE É O MISMATCH? QUANDO E POR QUAL RAZÃO ELE OCORRE? Uma das principais fontes de perdas em um sistema fotovoltaico é o mismatch (também chamado de incompatibilidade ou descasamento) entre as quantidades de energia geradas por dois ou mais módulos dentro de um arranjo fotovoltaico [1]. A Figura 1 representa a operação do MPPT em sistemas tradicionais. Os módulos fotovoltaicos de 250Wp conectados em série não podem operar em seu ponto de máxima potência individual porque a corrente é forçada a ser igual em todos os módulos da string.

1. Sujeira Em campo, cada módulo tem sua própria eficiência de produção de energia. Este desempenho varia e depende de vários fatores. Dentre eles, a sujeira provocada por folhas e fezes de animais fará com que o mismatch (diferença da produção de energia) entre os módulos aumente todos os anos - resultando em perda de energia do sistema.

Figura 2 – Sujeira acumulada em módulos fotovoltaicos.

Por isso, limpezas periódicas devem ser programadas em função da sujeira acumulada nos módulos. Figura 1 – Sistema fotovoltaico tradicional com módulos de 250Wp em série.

Ao invés do sistema disponibilizar 987W de potência, ele irá disponibilizar 968W, como se todos os 4 módulos estivessem operando em 242W, pois é neste ponto que o MPPT de um inversor tradicional irá operar. Desta forma, um sistema que deveria estar produzindo 987W – não 1000W – passa a produzir 968W, ou seja, a perda está sendo de 19W. Lembrando que até aqui estamos falando apenas de potência (W), pois devemos considerar a perda de energia (kWh) que será cumulativa ao longo do tempo. Segue uma lista com alguns exemplos de fontes de mismatch:

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2. Poeira Embora aparentemente se trate do mesmo caso da sujeira, diversos trabalhos diferenciam poeira de sujeira como fontes de mismatch e este artigo não fará diferente. A poeira pode inclusive afetar de maneira diferente as tecnologias de módulo FV utilizadas no projeto. Nos módulos de silício cristalino, o sombreamento vertical é menos prejudicial. Já nas tecnologias de filme fino ocorre o oposto. Portanto, a quantidade de particulados presentes no ambiente e o regime dos ventos predominantes na localidade, somados à disposição dos módulos (paisagem ou retrato) no arranjo certamente provocarão uma diferença de produção de energia entre os módulos.


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3. Degradação desigual dos módulos Os módulos não funcionam no seu ponto de potência máxima durante toda a vida útil do sistema. O desempenho do módulo poderá degradar até 20% ao longo de 20 anos. Contudo, cada módulo tem uma degradação diferente, mesmo que tenham sido produzidos na mesma fábrica, o que acarreta em mismatch por envelhecimento. Segundo Skoczek et. al [2], um módulo depreciou 13% enquanto um outro depreciou apenas 2%, mas o módulo que depreciou 13% nivela por baixo a potência da string causando perda de energia, conforme mostra a Figura 3.

trais ou de string devem atender à uma série de requisitos como: • Usarem o mesmo tipo de módulo e mesma potência STC; • Todas as strings conectadas no mesmo MPPT precisam ter o mesmo comprimento; • Os módulos precisam estar posicionados na mesma orientação e inclinação; • Evitar pontos da instalação com sombreamento parcial, dentre outros. 7. Temperatura

O mismatch térmico neste caso não deve ser confundido com as perdas por temperatura. A diferença de temperatura entre os módulos pode criar um mismatch de módulos e causar grandes perdas de energia. No exemplo da Figura 5 abaixo, a temperatura diminui de y = 0 m para y = 7,8 m (superior direito) em cerca de 13°C, devido Figura 3 – Percentual de perda de energia por mismatch de degradação de módulos. transferência de calor por convecção [3]. Mesmo um ligeiro gradiente de temperatura dentro de cada módulo é Além disso, quando um módulo com defeito é subs- visível, o que é cerca de 3 - 5°C. tituído por um módulo novo, mesmo que de mesma potência STC, a incompatibilidade é inevitável quando conectado aos demais módulos. Isto porque o módulo novo não sofreu os efeitos da degradação, enquanto os módulos mais antigos sim. 4. Tolerância de fabricação (Potência STC) A tolerância de potência de saída garantida pelos fabricantes de módulos pode variar muito. Uma variação padrão de 3% é suficiente para resultar em aproximadamente 2% de perda de energia.

Figura 5 – Imagem infravermelho aérea de um sistema fotovoltaico.

5. Danos de transporte

Supondo um coeficiente de temperatura relacionado Além disso, a probabilidade de surgirem microfissu- à potência de 0.43 %/°C, as perdas por mismatch térmico ras ou outros danos durante os processos de transporte e representam 5,59%. armazenagem podem contribuir ainda mais para a variação de potência de saída garantida pelos fabricantes.

8. Vegetação

Figura 4 – Tombamento de carreta que transportava módulos fotovoltaicos.

6. Projeto

O crescimento de árvores ou vegetação em locais onde existe um sistema fotovoltaico pode fazer com que sejam feitas podas ou capinas periódicas, pois a vegetação pode provocar sombreamento em pontos da instalação. A Figura 6b pode servir como um exemplo disso. 9. Sombreamento parcial

O mismatch de projeto é um dos maiores problemas Este talvez seja o tipo de fonte de mismatch mais coenfrentados pelos projetistas. É com o objetivo de se evitar nhecido e difundido no mercado brasileiro. Além dos ao máximo todas as fontes de mismatch de projeto que os exemplos da Figura 6, temos também o exemplo da Figura projetistas de sistemas fotovoltaicos com inversores cen- 7. 50

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Figura 6 – Exemplos de sombreamento parcial de módulos fotovoltaicos.

É um tipo de mismatch tão corriqueiro que muitas vezes os instaladores e usuários acreditam ser a única fonte de incompatibilidade possível, o que não é verdade. 10. Nuvens Os efeitos da cobertura de céu afetam diretamente nos valores das irradiações global, difusa e direta infravermelha e do espectro total. Além das nuvens, a nebulosidade e as precipitações afetam diretamente na produção individual dos módulos, pois esse efeito não é uniforme sobre o arranjo. Embora a dinâmica do MPPT seja da ordem de milissegundos, a dinâmica das nuvens de segundos ou minutos, ou seja, muito mais lenta. Portanto, a não ser que os céus de sua cidade estejam protegidos por alguma magia que impeça a formação de nuvens, certamente haverá aquela nuvenzinha negra para provocar perdas por mismatch. Resumo da Ópera Isto significa que, mesmo que um sistema não apresente um sombreamento provocado por obstáculos presentes no telhado ou por outras edificações vizinhas, nenhum sistema estará imune às outras fontes de mismatch. A Figura 7 apresenta um sistema susceptível a pelo menos 9 fontes de mismatch. Você conseguiria enumerar quais são?

Figura 7 – Exemplo de um sistema fotovoltaico com variadas fontes de mismatch.

É possível reduzir ou eliminar as perdas por mismatch? As perdas de potência associadas ao efeito do mismatch representam aproximadamente 10% da potência total gerada. Essas perdas estão na faixa de perdas de potência associadas ao efeito do mismatch publicado em estudos anteriores [4]. Existem tecnologias promissoras que podem aumentar a eficiência e a confiabilidade dos sistemas fotovoltaicos em condições de incompatibilidade, como o diodo de bypass ativo, microinversores e otimizadores de potência [1]. 52

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A célula sombreada irá operar na região de polarização reversa para corresponder a essa condição e causar uma perda de energia no sistema Módulos fotovoltaicos são conectados em série e paralelo a fim de atender às exigências relativas à tensão CC e corrente de entrada do inversor. No entanto, em sistemas tradicionais, a potência total CC em tal arranjo é inferior à soma das potências nominais individuais de cada módulo. As principais razões são incompatibilidade estática, estresse ambiental e sombreamento [5]. O primeiro aspecto está relacionado às tolerâncias de fabricação e envelhecimento dos módulos conectados no arranjo. O segundo aspecto refere-se ao efeito de defeitos no módulo devido às condições climáticas [6], [7]. Incompatibilidades dinâmicas ocorrem quando os módulos operam longe de seu ponto de máxima potência. Os módulos fotovoltaicos conectados em paralelo ou em série não podem operar em seu ponto de máxima potência individual porque a tensão (em caso de conexão paralela) ou corrente (no caso de conexão em série) são forçadas a serem iguais em todos os módulos da string [8]. Os arranjos fotovoltaicos são suscetíveis a grandes perdas de energia, devido ao sombreamento parcial. O sombreamento parcial é causado por barreiras de luz como árvores, chaminés, obstruções no telhado, linhas de energia, detritos, poeira e excrementos de pássaros. Além disso, o mismatch também pode ocorrer se os módulos fotovoltaicos estiverem instalados em orientação ou inclinação diferentes. Quando se tratam de strings conectadas em série, a maior corrente do arranjo é igual à corrente do módulo com o menor desempenho e isso reduz significativamente a eficiência do módulo [1]. Quando parte do módulo é sombreado, as células sombreadas produzirão menos corrente que as células não sombreadas. Como todas as células estão conectadas em série, a mesma quantidade de corrente deve fluir por todas as células. As células não sombreadas irão forçar a célula sombreada a conduzir mais corrente do que a sua nova corrente de curto-circuito. A célula sombreada irá operar na região de polarização reversa para corresponder a essa condição e causar uma perda de energia no sistema. O produto da corrente e da tensão negativa fornece a energia dissipada pelas células sombreadas. Essa potência é dissipada em forma de calor e, portanto, causará hot-spots (pontos quentes). A probabilidade de que algumas células no módulo ou alguns módulos na string sejam capazes de fornecer correntes consideravelmente diferentes em condições operacionais é muito alta e não pode ser ignorada.


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Isso pode causar um efeito de incompatibilidade significativo. Além disso, a potência e a eficiência da string serão reduzidas [1]. Por isso é importante estudar o efeito do mismatch em aplicações fotovoltaicas. Um sistema fotovoltaico não é formado apenas por módulos ou apenas por inversores. Vamos ver o que ocorre e o que pode ser feito à nível de sistema? O sistema fotovoltaico pode ser conectado à rede através de quatro diferentes topologias de inversores CC/CA: inversor central, inversor de string, microinversor e inversores simplificados com otimizadores de potência.

Figura 8 – Inversor de string da GoodWe.

O terceiro tipo, possui sistema de rastreamento MPP individual para cada módulo e muitas vantagens adicioOs inversores centrais são caracterizados por alta efi- nais para o estado da arte do sistema [1]. ciência e menores custos específicos. No entanto, o rendimento energético do sistema fotovoltaico diminui devido às condições de mismatch (incompatibilidade) e de sombreamento parcial do módulo [9]. Além disso, a confiabilidade é limitada, pois todo o sistema depende de um único condicionador de potência.

Figura 9 – Microinversor de 1200 W da APsystems.

Os otimizadores de potência, com o rastreamento do ponto de máxima potência distribuído (DMPPT), também são usados para obter o máximo possível de potência na saída do sistema fotovoltaico [1].

Figura 7 – Inversor Central de 1000 kW da WSTECH.

No inversor de string, assim como nos inversores centrais, o módulo fotovoltaico é dividido em strings. Cada string opera em seu MPP (ponto de máxima potência) individual e, portanto, as incompatibilidades são reduzidas parcialmente [1].

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Figura 10 – Inversor simplificado com otimizador de potência da SolarEdge.


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Então quais são as diferentes tecnologias para reduzir ou eliminar as perdas por mismatch?

1. Microinversores

Os diodos de bypass ativos são extremamente finos e 2. Otimizadores de potência podem ser integrados nos laminados fotovoltaicos. A ideia de substituição dos diodos de bypass convencionais usan3. Diodo de bypass ativo do MOSFETs como elementos de bypass é apresentada em [10]. A baixa potência será dissipada quando a queda de Dentre estas três tecnologias apenas as duas primeiras tensão for baixa (na faixa de mV). O diodo de bypass ativo estão disponíveis no mercado brasileiro. pode ter funcionalidades adicionais, como monitoramento ou curto-circuito ativo do módulo para segurança. Referências Atualmente não estão disponíveis produtos comer- [1] B. Koirala, B. Sahan, N. Henze, “Study on MPP Mismatch Losses in Photovoltaic Applications”. 24th Eurociais com diodos de bypass ativo integrados às células fo- pean Photovoltaic Solar Energy Conference, Hamburgo, tovoltaicas. No entanto, a STMicroelectronics experimen- 2009. pp. 3727 - 3733. tou diodos de bypass ativo no módulo por algum tempo [2] A. Skoczek et. al., “The results of performance mea(Figura 11). surements of field-aged c-Si photovoltaic modules”, Prog. Photovolt: Res. Appl. 2009; 17:227–240. [3] C. Buerhop et al., ZAE Bayern, “The role of infrared emissivity of glass on IR-imaging of PV-plants”, 26th EUPVSEC, 5-9/9/11, Germany. [4] A. Chouder, S. Silvestre, “Analysis Model of Mismatch Power Losses in PV Systems”. Journal of Solar Energy Engineering, 2009. [5] N. Henze, B. Sahan, R. Burger, W. Belschner, “A Novel AC Module with High-Voltage Panels in CIS Technology”, 23rd European PV Solar Energy Conference and Figura 11 – Diodo de bypass ativo montado diretamente no módulo, Exhibition, Valencia, Spain, September 2008. eliminando a necessidade de caixa de junção. [6] N. D. Kaushika, A. K. Rai, “An investigation of Mislosses in solar photovoltaic cell networks”, Energy O desempenho dos otimizadores será semelhante ao match 32 (2007) 755-759. dos microinversores, já que cada módulo pode operar em seu MPP. Se muito sombreamento é esperado, o otimiza- [7] N. Femia, G. Lisi, G. Petrone, G. Spagnolo and M. “Distributed Maximum Power Point Tracking of dor será benéfico, pois as perdas de sombreamento podem Vitelli, Photovoltaic Arrays: Novel Approach and System Analyser reduzidas e as perdas por incompatibilidade são elimi- sis”, IEEE Transactions on Industrial Electronics, Vol. 55, nadas [10]. No. 7, July 2008. [8] H. Oldenkamp, I. Jong, N. Borg, B. Boer, H. Moor, Conclusão W. Sinke, “PV-wirefree versus conventional PV-systems: detailed analysis of difference in energy yield between seO mismatch de módulos fotovoltaicos sempre existi- ries and parallel connected PV-Modules”, www.pv-wirerá, não importa o que você faça, pois ele é uma caracte- free.com. rística intrínseca do sistema fotovoltaico. Quando falamos [9] W. Xiao, N. Ozog, W. G. Dunford, “Topology Study em minimizar ou eliminar as perdas, lembre-se do exem- of Photovoltaic Interface for Maximum Power Point Traplo da Figura 1. cking”, IEEE Transactions on Industrial Electronics, Vol. 54, No. 3, pp. 1696-1704, June 2007. Portanto, as diferentes tecnologias para reduzir as [10] Sönke Rogalla, Bruno Burger, “Module Integrated perdas por sombreamento parcial e eliminar as perdas por Electronics”, OTTI Seminar on Power Electronics for mismatch de módulos fotovoltaicos são: Photovoltaics, Munich, May 2009. 56

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PHB SOLAR TEM A MAIOR LINHA DE INVERSORES TRIFÁSICOS DO BRASIL 380V e 220V

(SEM A NECESSIDADE DO TRANSFORMADOR) Rogério V. Pereira Engenheiro de Desenvolvimento da PHB Ildo Bet Diretor técnico da PHB

A PHB Solar é uma empresa 100% nacional, com pioneirismo e competência tecnológica, desenvolvendo soluções para a Geração Distribuída como um todo. Um dos nossos produtos de destaques é nosso inversor solar on-grid, ganhador do prêmio do melhor inversor do Brasil em 2018. Com o aumento de opções de inversores trifásicos 220V fabricados pela PHB Solar podemos reduzir o uso de transformadores, que reduz o CAPEX e evita perdas no sistema. Os inversores trifásicos PHB SOLAR contam com a opção de utilizar ou não o condutor neutro dependendo do tipo de rede. A não obrigatoriedade desse condutor significa uma redução do CAPEX. Além disso, o Inversor PHB SOLAR pode ser configurado para sua conexão em redes trifásicas com delta em aberto (Fase Forte).

A grande oferta de inversores monofásicos e trifásicos aumenta também a competitividade de nossos kits fotovoltaicos. Com mais opções de inversores se reduz o número de inversores que poderiam ser utilizados para atender um determinado perfil de consumo.

Outras características de destaque de nosso inversor são: 1. Excelente qualidade e design moderno (inversores mais leves e compactos):

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O design moderno de nossos inversores e o material operação para reduzir as chances de desconexão por sub/ utilizado (alumínio fundido) permite que eles sejam mais sobretensão, estabelecidos na NBR 16149. Enquanto em leves e compactos do que a maior parte dos inversores outros inversores, esta configuração é feita parâmetro por para mesma faixa de potência. parâmetro, a PHB Solar possui um software exclusivo de2. Ótimo desempenho em campo (baixo valor de senvolvido para fazer toda a configuração com um click, tensão de partida e alta eficiência). ou seja, o instalador apenas seleciona a rede nominal e o software ajusta todos os parâmetros. Os inversores PHB Solar foram projetados para ter um baixo valor de tensão de partida que permite que ele 6. Sistema de monitoramento WI-FI certificado funcione por mais tempo durante o dia. Esta característica aliada à sua alta eficiência permite que nossos inversores pela ANATEL; possuam um desempenho superior em campo. O sistema de monitoramento da PHB Solar permite 3. Todos nossos inversores possuem certificação acompanhar os dados de produção dos inversores. A PHB INMETRO; Solar está trabalhando fortemente para em breve lançar Apesar da certificação INMETRO ser obrigatória ape- uma nova plataforma de monitoramento. nas para inversores com potência menor a 10 kW, a PHB 7. Desenvolvimento, assistência técnica e manuSolar possui certificação INMETRO em TODOS seus inversores. A certificação INMETRO garante que os in- tenção localizada no Brasil; versores atendam as normas brasileiras NBR 16149, NBR 16150 e NBR IEC 62116. Isso é importante porque a difeDepartamento de engenharia e atendimento técnico rença de outros países, o Brasil possui uma rede com vá- localizado no Brasil oferece respostas rápidas aos nossos rias tensões de referência e é possível segundo o PRODIST integradores. Quando o problema não pode ser resolvido o atendimento em 8 níveis de tensão. em campo, contamos com um departamento técnico para 4. Navegador com menu em português; conserto de nossos equipamentos.

O navegador com menu em português permite uma Além disso contamos como um laboratório equipado fácil configuração e visualização dos parâmetros elétricos com todos os instrumentos para desenvolvimento e tesmedidos pelo inversor. Ele também informa de maneira fácil para o cliente quando algum problema acontece no tes de inversores. Todos nossos inversores antes de serem lançados passam por uma série de ensaios para simular diinversor. ferentes condições de operação. Isso garante uma maior 5. Software exclusivo para configuração rápida e adaptação as condições reais da rede brasileira. fácil da tensão de operação c.a.; Por outro lado, todos os inversores da PHB Solar são Muitos locais são atendidos em tensões diferentes de 220V (Por exemplo: 240 V ou 254 V). Nestes locais é ne- previamente ensaiados com o fim de detectar algum processário a configuração do inversor para esta tensão de blema antes da sua comercialização e instalação.

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Leilão A-6 no dia 16 de outubro de 2019

Os projetos solares fotovoltaicos contratados pelo Leilão de Energia Nova (LEN) A-6 de 2019 estão localizados na região Nordeste, nos estados do Piauí (300 MW), Ceará (120 MW), Rio Grande do Norte (80 MW) e Pernambuco (30MW). Preço-teto definido por fonte acompanhado em www.leilaopublico. para o certame Hidrelétrica, R$285,00 ccee.org.br/A6, link disponível no site – MW/h; Eólica, R$189,00 – MW/h; oficial da instituição. Fotovoltaica , R$209,00 – MW/h; e Resultados do leilão Termelétrica, R$292, 00 – MW/h. O leilão de energia A-6 realizado pelo governo no dia 16 d eoutubro contratou usinas que somarão 2,9 gigawatts em capacidade, volume que superou expectativas de analistas e deverá representar investimentos de O leilão foi realizado na sede da cerca de 11,16 bilhões de reais na imCCEE, em São Paulo, por meio de plementação dos projetos, que devem sistema eletrônico. O andamento foi iniciar operações em 2025. Para este leilão, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 1.541 projetos com 71.385 MW de potência, o que significou 80% dos empreendimentos cadastrados.

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