RBS Magazine ED. 35

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Vol. 04 - Nยบ 35 - JUL/AGO 2020

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ÍNDICE

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Geração distribuída e o convênio do CONFAZ para isenção de ICMS

10 Veículo elétrico e Energia Solar duas tecnologias em sinergia

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Projetos de Lei sobre a Geração Distribuída

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Análise sintetizada do ciclo de vida de BATERIAS DE LÍTIO-ÍON

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Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo de inteira responsabilidade do autor.

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Artigo

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E O CONVÊNIO DO CONFAZ PARA ISENÇÃO DE ICMS

Marina Meyer Falcão, Clarice Coutinho

D

iante do crescente interesse na expansão das atividades de geração distribuída, o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), por intermédio do Convênio ICMS nº 16/2015 (o “Convênio”), autorizou os Estados a concederem isenção do ICMS incidente sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora à unidade consumidora, na quantidade correspondente à soma da energia elétrica injetada na rede de distribuição pela mesma unidade consumidora com os créditos de energia ativa, originados na própria unidade consumidora no mesmo mês, em meses anteriores ou em outra unidade consumidora do mesmo titular, através de geração distribuída com capacidade instalada de até 1 MW, nos termos do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, estabelecido pela Resolução Normativa ANEEL nº 482, de 17 de abril de 2012 (a “Resolução”).

pela Resolução Normativa ANEEL nº 786 em que a minigeração, para todas as fontes renováveis de energia elétrica, passou a ser menor ou igual 5MW e superior à 75kW, mas o CONFAZ não se adequou à Resolução. Ocorre que, cabendo a cada Estado a regulamentação da matéria, o Estado de Minas Gerais, por meio da recente Lei Estadual nº 22.549/17, estabeleceu a isenção do mencionado imposto para centrais geradoras de energia elétrica solar fotovoltaica, com potência instalada menor ou igual a 5 MW (cinco megawatts), extrapolando assim o limite estabelecido pelo CONFAZ.

Assim, a edição do fatídico Convênio CONFAZ nº 16/2015 culminou na distorção de conceitos regulatórios, ao passo que a “isenção” não reflete os limites de potência e modalidades de geração constantes da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, além Nota-se que apesar da citada Re- de conduzir os fiscos estaduais ao solução ter sido atualizada em 2017 equivocado entendimento acerca da 4

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suposta incidência do imposto sobre tais operações – o que não merece prosperar! A partir de tal premissa, o Estado de Minas Gerais editou a Lei Estadual nº 22.549/2017 e, extrapolando a regra do Convênio CONFAZ nº 16/2015, atribuiu “isenção” aos consumidores com micro ou minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica enquadrados nas quatro modalidades atualmente previstas na Resolução Normativa ANEEL 482/2012, quais sejam, (i) geração junto à carga, (ii) autoconsumo remoto; (iii) empreendimento de múltiplas unidades consumidoras; e (iv) geração compartilhada e com potência instalada menor ou igual a 5 MW. Sob esse aspecto, verifica-se que a supracitada lei do Estado de Minas Gerais deixou de fora a fonte de geração hidrelétrica e demais fontes renováveis, às quais se aplica “isenção” do ICMS somente nas modalidades (i) geração junto à carga e (ii) autocon-


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Artigo

A celebração de convênios visa exatamente a evitar essas práticas que, na realidade provocam a desesEm outras palavras, o CONFAZ truturação do próprio pacto federae a legislação mineira acabaram tivo, mediante o favorecimento do por esvaziar o incentivo concedido Estado desonerador, em prejuízo dos pela Resolução Normativa ANEEL nº demais entes da Federação. 482/2012, desestimulando a criação Nesse sentido, Roque Antônio de novas fontes de energia renovável que não fossem fotovoltaicas, Carrazza, renomado autor brasileiro, no entanto, o que se discute no pre- destaca o seguinte: sente Writ, conforme demonstrado “A Constituição exige que todos a seguir, é que a cobrança do ICMS os Estados-membros da Federasobre as operações objeto da lide se ção, bem assim o Distrito Federal, revelam absolutamente inconstituse coloquem de acordo, mediante cionais! convênio, para que as isenções de ICMS surjam ou venham abolidas. Ainda, vale ressaltar que o ICMS Este ditame visa evitar a “guerra incide sobre as operações relativas 24 PGR Proposta de Súmula Vinà circulação de mercadorias e sobre culante nº 69 fiscal” entre as diprestações de serviço de transporversas regiões do País, que são te interestadual, intermunicipal e muito díspares, já que, algumas, de comunicação, sendo positivado são industrializadas, outras não; peloart. 155, II que também prevê poucas são prósperas; a maioria, a competência no § 2º, XII, "g", da nem tanto. Só o consenso entre Constituição Federal (CF/88), à lei todas as pessoas políticas interescomplementar regular a forma como, sadas – consubstanciado no conmediante deliberação dos Estados e vênio – abre caminho à outorga do Distrito Federal, isenções, incentiou retirada de isenções de ICMS.”1 vos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados no âmbito do ICMS Assim, não havendo convênio O instrumento normativo que nos termos estabelecidos pela Constrata da matéria de convênios para tituição Federal e pela legislação concessão de benefícios fiscais no de regência (Lei Complementar nº âmbito do ICMS é a Lei Complemen- 24/75), diga-se, à revelia do CONFAZ, tar nº 24/75. tem-se que os benefícios fiscais assim concedidos são revestidos de inconsSegundo a supramencionada lei titucionalidade na sua forma. complementar, para a concessão de benefícios fiscais relativos ao ICMS, Nessa linha de raciocínio, inclué necessária a reunião e aprovação sive, vale lembrar que se encontra unânime de todos os estados-mem- pendente de análise pelo Supremo bros e do Distrito Federal, que se dará Tribunal Federal (STF) a proposta de mediante a celebração de um convê- súmula vinculante nº 69, que prevê nio ratificado no âmbito do CONFAZ. que: sumo remoto, com potência instalada menor ou igual a 1 MW.

Tem-se, portanto, que o ICMS, embora seja tributo da competência estadual, dispõe de conformação nacional, sendo exaustivamente disciplinado no art. 155, § 2º, da Constituição Federal Brasileira.

"qualquer isenção, incentivo, redução de alíquota ou de base de cálculo, crédito presumido, dispensa de pagamento ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS, concedido sem prévia aprovação em convênio celebrado no âmbito do CONFAZ, é inconstitucional".

Relativamente à concessão de isenções, incentivos e outros benefícios, no entanto, o que se verifica é No que diz respeito aos efeitos que os Estados promovem em clara da inconstitucionalidade dos benefícontrariedade ao texto constitucio- cios fiscais concedidos de forma uninal, ilegítimas medidas voltadas a lateral, até 2015 as decisões do STF atrair para seus territórios investi1 CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitumentos internos e externos. cional tributário. São Paulo: Malheiros, 2002, p. 754-756.

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eram tomadas com eficácia ex tunc, obrigando os contribuintes a pagar os tributos devidos desde o início da vigência da legislação considerada inconstitucional. Para o STF, restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade poderia estimular ainda mais a concorrência fiscal predatória entre os estados-membros. Contudo, o posicionamento do STF mudou na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4.481, de relatoria do ministro Roberto Barroso, julgada em 11/3/2015. Por maioria, vencido apenas o ministro Marco Aurélio Mello, o tribunal modulou os efeitos de declaração de inconstitucionalidade de lei de incentivo fiscal em matéria de ICMS para operar apenas a partir da data da sessão de julgamento, sem eficácia retroativa. Veja-se: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.481 PARANÁ RELATOR: MIN. ROBERTO BARROSO REQTE.(S) :CONFEDERACÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA ADV. (A/S) :GUSTAVO AMARAL E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ. 4 Ementa:. I. TRIBUTÁRIO. LEI ESTADUAL QUE INSTITUI BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS AO ICMS. AUSÊNCIA DE CONVÊNIO INTERESTADUAL PRÉVIO. OFENSA AO ART. 155, § 2º, XII, g, DA CF/88. II. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO TEMPORAIS.

DOS

EFEITOS

1. A instituição de benefícios fiscais relativos ao ICMS só pode ser realizada com base em convênio interestadual, na forma do art. 155, §2º, XII, g, da CF/88 e da Lei Complementar nº 24/75. 2. De acordo com a jurisprudência do STF, o mero diferimento do pagamento de débitos relativos ao ICMS, sem a concessão de qualquer redução do valor devido, não configura benefício fiscal, de modo que pode ser estabelecido sem convênio prévio.


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Artigo

3. A modulação dos efeitos temporais da decisão que declara a inconstitucionalidade decorre da ponderação entre a disposição constitucional tida por violada e os princípios da boa-fé e da segurança jurídica, uma vez que a norma vigorou por oito anos sem que fosse suspensa pelo STF. A supremacia da Constituição é um pressuposto do sistema de controle de constitucionalidade, sendo insuscetível de ponderação por impossibilidade lógica. (Grifo Nosso) As razões da mudança foram o princípio da segurança jurídica e o tempo de vigência da lei impugnada. No princípio da segurança jurídica se baseiam todos os demais princípios. Pode se dizer que tal princípio se encontra acima da própria Constituição e faz jus sua observância quando atos jurídicos que são estabelecidos sob a presunção de constitucionalidade da norma e quando a anulação de tais atos se mostra mais prejudicial do que a própria manutenção do ato.

cionados benefícios, por meio de normas que nasceram sob a presunção de sua constitucionalidade. Dessa forma, jamais se poderia cobrar do contribuinte o tributo referente ao período em que a norma vigorou. Ainda mais acrescido de multa e juros. Diante de todo o exposto podemos concluir pontualmente que: a) Qualquer isenção, incentivo, redução de alíquota ou de base de cálculo, crédito presumido, dispensa de pagamento ou outro benefício fiscal relativo ao ICMS, concedido sem prévia aprovação em convênio celebrado no âmbito do CONFAZ, é inconstitucional;

b) Com base no princípio da segurança jurídica, o STF decidiu que benefícios fiscais instituídos no âmbito do ICMS, ainda que posteriormente atingidos pelo reconhecimento de sua inconstitucionalidade, incentivam o investimento e o planejamento de empresas nos Estados que instituíram os mencionados benefícios, por meio de normas que nasceram sob a Nas palavras de Celso Antô- presunção de sua constitucionanio Bandeira de Melo: lidade. Dessa forma, jamais se poderia cobrar do contribuinte “este princípio não pode ser o tributo referente ao período radicado em qualquer dispoem que a norma vigorou. Ainda sitivo constitucional específimais acrescido de multa e juros; co. É, porém, da essência do e próprio Direito, notadamente de um Estado DemocrátiSendo assim, delineados o co de Direito, de tal sorte que equívoco do entendimento mafaz parte do sistema constinifestado pelo CONFAZ sobre o tucional como um todo.”2 tema, bem como a consequenNesse sentido, concorda- te falsa crença dos Estados da mos com o posicionamento do Federação acerca da incidência STF, uma vez que benefícios do imposto em tais operações, fiscais instituídos no âmbito do o citado Convênio e a aludida lei ICMS, ainda que posteriormen- estadual se pautam em conceite atingidos pelo reconhecimen- tos regulatórios distorcidos para to de sua inconstitucionalidade, fins de “eleição” de critérios incentivam o investimento e o para “concessão de isenção”, planejamento de empresas nos como potência instalada, modaEstados que instituíram os men- lidade de geração e titularidade de unidades micro ou minigera2 doras. MELO, Celso Antônio Bandeira de. Op. cit., p. 118.

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Marina Meyer Falcão é Diretora Jurídica da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) e Diretora da Marina Meyer Advocacia Empresarial, advogada especialista em Direito de Energia. Membro representante do Estado de Minas Gerais na missão Energias Renováveis na Alemanha (Baviera) em junho de 2018 e representante de Minas Gerais nos Estados Unidos em 2016, CoAutora de 3 Livros em Direito de Energia, com MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduada em Gestão Ambiental pelo Instituto de Educação Tecnológica - IETEC. Graduada pela Universidade FUMEC. Membro da Comissão de Energia da OAB-MG; Membro da Câmara de Energia da FIEMG; Ex-Superintendente de Política Energética do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Conselheira do Conselho de Política Ambiental – COPAM do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Secretária Executiva do Comitê Mineiro de Petróleo e Gás.

Clarice Coutinho - é Advogada e SóciaFundadora da LTSC Sociedade de Advogados. Pós-graduada em Direito Empresarial pela Faculdade Milton Campos/MG (2014). MBA em Gestão do Setor Elétrico pela Fundação Getúlio Vargas – FGV (2018). Graduada em Direito pela Newton Paiva (2013). Membro da Comissão de Direito da Energia da OAB/MG. Tesoureira da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente – ABDEM. Contatos: (31) 2515-2001 / (31) 99333 4393 claricecoutinho@ltscadvogados.com.br


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VEÍCULO ELÉTRICO e ENERGIA SOLAR duas tecnologias em sinergia 1. Introdução

SOL que simula sistemas combinados e calcula os resultados energéticos e Veículos elétricos (VE) estão co- econômicos. meçando a aparecer na realidade 2. Veículo elétrico na instalação brasileira. Aspectos como aceleração e conforto acústico são amplamente predial abordados, como também os desaEm relação à instalação predial, fios do abastecimento em uma viao carregador do veículo elétrico é gem de longa distância. simplesmente um aparelho que conUm aspecto não ganhou ain- some energia, similar a iluminação, da a devida atenção: o proprietário computadores, aparelhos de ar conganha o poder de definir o valor do dicionado ou outras máquinas (figura combustível do seu veículo median- 2). te uso da energia solar. Ao invés de O carregador, portanto, recebe ser subjugado a oscilações da cotação do dólar e preços internacionais a energia elétrica da mesma forma de petróleo, ele consegue até fixar o como a recebe toda a rede predial: custo da energia a longo prazo e se com irradiação incidindo nos módudesvincular do aumento tarifa da dis- los fotovoltaicos é produzida energia solar, que alimenta os aparelhos. tribuidora.

Quando esta não é suficiente ou ausente, a energia vem da distribuidora. Com a rede da concessionária existe uma troca de energia. Em momentos com excedente de energia solar, ela é enviada para a rede de distribuição e contabilizada pelo medidor bidirecional, como se fosse emprestada. Nas outras horas, a distribuidora a devolve. Para não deixar dúvidas: a imagem inicial do artigo (figura 1) mostra um carport elétrico com cobertura fotovoltaica para sugerir a afinidade dessas tecnologias. A conexão elétrica, neste caso, também é indireta e passa pela rede predial.

O resultado é um custo extremamente baixo por quilômetro rodado, fundamental para aumentar o acesso a esta tecnologia e para empresas de serviços em perímetro urbano, como, por exemplo, empresas de telefonia, logística e transporte urbano. Taxis e motoristas de aplicativos também se aproveitarão disso. O proprietário particular com seu trajeto diário de 40 km, por exemplo, é outro que se interessa pela combinação de carro elétrico e energia solar (mesmo que ele ainda não esteja sabendo disso). Neste artigo vamos estudar um caso e mostrar porque a tecnologia de veículos elétricos anda em completa sintonia com a energia solar, reduzindo radicalmente o custo do veículo por quilômetro rodado. Vamos apresentar também o so�ware PV*10

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Figura 1: Carport solar com carregador de veículo elétrico. Fonte: Neocharge



Neste cálculo, com energia da distribuidora, já conseguimos um ganho de 71%! Com energia solar será ainda maior, como veremos a seguir. de

4. A tarifa interna de eletricida-

A tarifa que o veículo elétrico “paga” para ser abastecido corresponde ao mix de energia que ele recebe (figura 3). Vamos analisar o exemplo da figura acima: • O sistema solar gera energia para 90% do consumo – a chamada “fração solar”; Figura 2: Diagrama da instalação predial com sistema solar conectado à rede e carregador elétrico

• O resto a energia, 10%, precisa ser comprada da concessionária; • O custo da energia solar é calculado pela soma das despesas com o sistema solar (instalação + financiamento + operação + manutenção) dividida pelo total da energia gerada ao longo da vida do sistema (normalmente, 25 anos). No exemplo usamos 0,30 R$/kWh; • A “tarifa interna” é igual a 90% do custo da energia solar + 10% da tarifa da concessionária = 0,355 R$/kWh;

Figura 3: O valor por cada kWh consumido pode ser visto como uma tarifa interna, calculada como mix entre a tarifa interna

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• Valor do combustível: 4,20 R$/l

• Ao inserir o valor na fórmula do capítulo anterior, chegamos a um custo por quilômetro rodado de R$ 0,05! Isso mesmo, apenas 5 centavos por quilômetro!

Para se chegar ao custo da ener• Custo por quilômetro: 4,20 R$/l, dividido por 10 km/l = 0,42 gia solar por kWh é preciso simular o sistema solar nas condições reais R$/km da sua instalação e ao longo da vida O cálculo para um veículo elétri- útil. So�wares profissionais para planejamento de sistemas fotovoltaicos co é similar: como PV*SOL conseguem executar 3. Custo do quilômetro rodado • Desempenho: 6,9 km/kWh essa tarefa. em um veículo elétrico (exemplo GM Bolt) Apresentarei a seguir um caso Sabemos como calcular o custo • Valor da energia: 0,85 R$/ fictício e os passos para efetuar a sipor quilômetro rodado para veículos mulação. Assista também ao vídeo kWh (tarifa média no Brasil) com motores a combustão. Segue sobre o caso no nosso site. Os parâum exemplo para um carro econômico com preços de São Paulo: • Custo por quilômetro: 0,85 metros aplicados no estudo de caso R$/kWh dividido por 6,9 km/ são diferentes do cálculo apresentado acima. kWh = 0,12 R$/km • Desempenho: 10 km/l

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5. Estudo de caso O conceito do estudo de caso fictício é uma empresa com um sistema solar a ser instalado, que avalia a aquisição de um veículo elétrico para serviços no perímetro urbano. Escolhemos um local em Uberaba, com seu telhado virado para o norte e com pouco sombreamento. O con-

sumo anual foi definido em 69.590 kWh.

Os edifícios foram extrudados no so�ware PV*SOL a partir do mapa de satélite (figura 4). O telhado com a melhor irradiação recebeu um sistema fotovoltaico de 43 kWp.

A simulação rendeu o seguinte resultado (figura 5):

• Prazo de projeto 25 anos, com taxa de desconto de 6% anuais;

• Geração de energia 64.404 kWh por ano – na figura, as barras cinzas representam o consumo e as amarelas a geração solar.

• Investimento R$ 3.700 por kWp, conforme levantamento da empresa Greener;

• A curva abaixo das barras mostra a diferença. No final do ano, faltam 5.202 kWh em energia solar, o que corresponde a uma fração solar de 92,5% Para a simulação do retorno econômico usamos valores típicos do mercado:

• Operação e Manutenção anual 3% do investimento com 4% de inflação (incluindo troca do inversor); • Tarifa: 0,99 R$/kWh, próximo à tarifa regional, com custo de disponibilidade de 100 kWh por mês; • Aumento da tarifa: 9% por ano Desta forma, o resultado econômico ficou em • Taxa interna de retorno TIR: 46,3% • Retorno descontado: 2,8 anos • Custo de geração da energia: 0,30 R$ / kWh 6. Inserção do VE

Figura 4: Modelagem em 3D do local no software PV*SOL

No segundo passo inserimos um veículo elétrico (o so�ware permite até configurar uma frota inteira com diferentes tipos e características de uso): • GM Bolt EV, com bateria de 66 kWh • Consumo: 0,159 kWh / km = 6,3 km / kWh • Estação de recarga com potência de 3,7 kW • Rodagem: 100 km / dia

Figura 5: Simulação da geração solar com o consumo

Figura 6: Definição dos parâmetros de uso do veículo elétrico

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O so�ware simula o impacto do veículo no consumo da empresa e requer a informação, em quais horas o veículo está conectado à estação de recarga (veja figura). Essa função permite também simular uma recarga fora do horário de ponta, como seria típico em empresas com tarifação grupo A.


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7. Simulação com o veículo elétrico O so�ware PV*SOL traz informações valiosas como resultado da simulação do veículo elétrico. Do lado técnico, ele calcula o consumo de energia pela distância rodada, acrescentado por perdas na bateria e no carregamento. Juntos, totalizam 6.175 kWh por ano. Do lado financeiro, percebemos que o retorno econômico do sistema solar não mudou com a introdução do veículo elétrico, o que é importante frisar: o retorno da planta fotovoltaica se dá em relação à tarifa da concessionária. Mais à frente abordaremos o benefício relacionado ao veículo.

Figura 7: Resultados da primeira simulação

O PV*SOL traz também informações sobre o custo da energia solar (0,30 R$/kWh) e o custo de deslocamento do carro elétrico: 0,069 R$/ km com o sistema solar e 0,168 R$/ km com energia da concessionária. Observe que estamos usando valores de base diferentes do que na figura .... ao lado. 8. Aumento do sistema solar para incluir o VE Será que compensa aumentar o sistema solar para cobrir o veículo elétrico? Acrescentamos 10 módulos (4,3 kWp, numa área de 20 m²) no telhado leste e repetimos a simulação no so�ware (figura 8).

Figura 8: Sistema solar aumentado para cobrir o consumo do VE

Com o sistema ampliado, o custo de deslocamento foi reduzido para 0,062 R$/km. A mesma redução da “tarifa interna”, de 9,5%, ocorre com todos os consumidores de energia desta empresa. Em comparação ao veículo de combustão, para qual calculamos um valor por quilômetro de R$ 0,42, chegamos a uma redução pelo fator 7! 9. Resumo - a solução completa que oferece novas oportunidades de negócio A figura 9 apresenta curvas comparativas entre diferentes soluções:

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Figura 9: comparação do custo com diferentes modelos ao longo do tempo


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A linha verde na figura 9 representa o que chamo a solução “pacote completo”. Nesta opção, o cliente deixa de adquirir veículos e passa contratar o serviço de deslocamento. O prestador de serviço faz o investimento e embute os seguintes componentes num valor mensal:

gerada numa usina remota. Mas não fará a aquisição dos carros, já que seriam propriedade dos moradores.

A guarda municipal de São José dos Campos aderiu a um contrato similar (figura 10) e já vem economizando custos ao mesmo tempo que simplificou a gestão da frota: o fornecedor assumiu a manu• Aquisição do veículo; tenção dos veículos e garante a disponibilidade através de carros re• Instalação dos pontos de re- serva. carga; Estamos diante de novas opor• Despesas com seguro e manu- tunidades de negócio para empresas do ramo elétrico e automotivo. tenção; Lembre-se: quem tem energia solar vai querer um veículo elétrico, e vice • Fornecimento da energia; versa. • Solução de pagamento; O melhor jeito de convencer o cliente desta dupla vantagem é apre• Financiamento. sentar a ele uma simulação sólida do Para cada cliente, o pacote é retorno econômico, com o so�ware costumizado: um condomínio, por PV*SOL. exemplo, pode ser interessar por Baixe a versão teste gratuita contratar a instalação dos pontos de recarga, a contabilidade das recargas em www.pvsol.com.br e experimene o fornecimento da energia solar, te!

Fonte: http://www.sjc.sp.gov.br/noticias/2019/agosto/6/carros-eletricos-da-gcm-geram-economia-anual-de-r-850-mil

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Artigo

Projetos de Lei sobre a Geração Distribuída Carlos Evangelista* e Aurélio Souza**

O

Brasil ultrapassou a marca de 295 mil sistemas de geração distribuída de energia elétrica conectadas à rede – painéis solares em telhados ou terrenos, aproveitamento da biomassa, Centrais Geradoras Hidrelétricas de até 5 MW, entre outros projetos que se enquadram nessa modalidade.

conteve um pouco a velocidade do crescimento, mas estimamos que o ritmo será retomado quando o País voltar à rotina. O otimismo se deve ao fato de que os sistemas de GD representam uma economia financeira considerável para os consumidores e contribuem para a criação de um mundo mais sustentável.

Todavia, embora haja avanços, o mercado nacional ainda é pequeno na comparação com os outros: Austrália, China, Estados Unidos e Japão, por exemplo, já ultrapassaram dois milhões de unidades conectadas à rede. O Brasil soma 3,7 GW de potência instalada considerando todas as fontes renováveis usada na GD, sendo que a maior parte é relativa à energia solar fotovoltaica, 3,5 GWp. Enquanto isso, o Japão e a Alemanha, O ritmo de expansão da GD ace- com populações bem menores, têm lerou definitivamente, impulsionado respectivamente 61 GWp e 48 GWp pela queda nos preços dos equipa- de potência instalada somente na mentos, pela valorização da energia fonte solar. limpa obtida de fontes renováveis e, principalmente, pelo significativo auAlém do reduzido impacto ammento nos preços da energia elétrica. biental, a geração fotovoltaica é a As crises sanitárias e econômicas pro- que mais gera empregos entre as vocadas pela pandemia da Covid-19 energias renováveis. No mundo, ela emprega 3,4 milhões de pessoas direta e indiretamente, segundo a 1 Carlos Evangelista* e Aurélio Souza**

O número de instalações em 2019 foi três vezes maior do que no ano anterior: foram mais de 90 mil unidades instaladas, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em comparação com cerca de 30 mil em 2018. Em 2020, já foram instalados mais de 116 mil sistemas, número levemente inferior ao instalado em 2019.

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Além do reduzido impacto ambiental, a geração fotovoltaica é a que mais gera empregos entre as energias renováveis...


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Artigo

É CONSENSO NO SETOR DE QUE HÁ NECESSIDADE DE ESTABELECER DEFINIÇÕES NORMATIVAS QUE TRAGAM MAIS TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA PARA ESSE MERCADO Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Estima-se que para cada megawatt instalado sejam gerados 30 postos de trabalho por ano, sendo que em mercados mais maduros, este número reduz para quase metade. Esse fato reflete a maior eficiência na medida que as empresas vão se profissionalizando e se aperfeiçoando. São benefícios como esses, e a perspectiva de desenvolvimento de um sistema elétrico mais eficiente, resiliente e com menores custos que estão sob ameaça com a discussão em torno da revisão da regulamentação da geração distribuída, iniciada no ano passado. Adicionalmente, os países que possuem um mercado consolidado de energia solar e produz equipamentos para outras fontes renováveis, como a eólica, por exemplo, cresceram amparados por uma política industrial, de geração de emprego e comércio exterior. De modo que ter escala é fundamental para gerar a redução de preço necessário para competir com o mercado internacional. Neste quesito, o Brasil tem o potencial de escalar o uso de energia solar, mas não tem as políticas adequadas para amparar um parque fabril de valor agregado para atender sua população, mas este é um assunto para outra hora. Voltemos ao marco regulatório do setor elétrico. É consenso no setor de que há necessidade de estabelecer definições normativas que tragam mais transparência e confiança para esse mercado. Contudo, as propostas apresentadas podem levar ao estrangulamento de um setor ainda em vias de consolidação e amadurecimento. Os impasses subsequentes à discussão a Revisão Normativa nº 482, publicada pela Aneel em 2012, tor22

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naram evidente a necessidade que a GD, instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil e recuperação econômica pós-crise de saúde global, seja tratada em Projeto de Lei específico. Nesse sentido, diversas propostas para a criação de uma espécie de marco regulatório para a GD. Uma destas propostas é o PL 616/2020, protocolado pelo deputado Marcelo Ramos (PL – AM), desconsidera os apelos da sociedade por energia limpa e extingue, a partir de 2023, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), por meio do qual os consumidores que hoje investem em sistemas próprios de geração de energia podem disponibilizar o excedente para a distribuidora local (que vende essa energias aos demais consumidores), obtendo créditos em energia para ser consumida quando seu sistema não estiver gerando – à noite, por exemplo, no caso dos painéis fotovoltaicos. As pessoas que, por motivos econômicos ou por consciência ambiental, investem em GD, estarão sujeitas aos preços da energia no mercado spot, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).

compartilhado comercial e residencial e microgeração local, cada uma com regras distintas após o início da migração e a cobrança equivalente a 10% da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) a partir de 2022, com aumento a cada dois anos, atingindo a cobrança de 100% do fio B – referente aos custos da distribuição – em dez anos. Tal proposta será protocolada como emenda substitutiva dentro de um projeto já em tramitação na casa, conforme acordado com o atual presidente da Câmara dos Deputados. A regulamentação por meio de projeto de lei foi a alternativa encontrada por especialistas e entidades do setor, em contraponto à proposta de revisão da REN 482/2012 conduzida no ano passado pela Aneel, que ainda se encontra em aberto.

A principal modificação está no mecanismo de compensação pela energia injetada na rede. A ANEEL propunha retirar os incentivos de forma drástica, para remunerar as distribuidoras de energia elétrica pelo uso da rede de distribuição. Além de um prazo muito curto de transição, a fórmula usada reduziria em até 63% o Outro projeto de Lei, elaborado valor da energia injetada, impactanpor uma equipe técnica multidisci- do no retorno de investimento feito plinar e especializada em GD, esta- por pessoas e empresas que alocam belece normas compatíveis com o capital próprio ou de financiamento atual estado de desenvolvimento do privado. mercado de geração distribuída no A proposta da ANEEL gerou granBrasil, além de incluir um aspecto fundamental, que é a garantia de re- de repercussão no mercado, com a muneração às distribuidoras de ener- avaliação de que haveria impactos gia elétrica. De acordo com o texto, negativos, desestimulando novos inos benefícios para os produtores que vestimentos, com risco inclusive de já têm sistemas próprios instalados inviabilizar a expansão da GD. Sem seriam mantidos e para as novas ins- falar no efeito sobre a geração de empregos: de acordo com estimatitalações, eles valeriam até 2021. vas do setor, se mantidas as regras A partir de 2022, haveria a di- atuais serão gerados mais de 600 mil minuição gradual dos estímulos. A novos postos de trabalho até 2035. proposta cria quatro categorias de Adicione-se a isso o fato de que geração distribuída: autoconsumo remoto; consumo remoto no projeto a geração distribuída ainda está em


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Figura 1- Histórico de Revisão da RN 482. Fonte: ABGD, 2020.

Figura 2 - Comparativo CBEE e PL2215

que o futuro Código Brasileiro de Energia Elétrica (CBEE), em trâmite no congresso, e o PL-2215 tamImportante ressaltar que o se- bém em discussão. Como é visto, tor de geração de energia distribuída o CBEE inclui diversos pontos que não está contra a “cobrança do fio” reduzirão a insegurança jurídica e ou remunerar as concessionárias pe- melhor definir as regras para GD los serviços e infraestrutura de distri- no Brasil. buição. O ponto central é definir uma O marco legal da GD deve ser metodologia de cálculo e remuneração justa para ambos os lados, tanto votado até o final deste ano – a expara os produtores e consumidores pectativa é que ele aponte diretrizes (“Prosumidor”) de energia e do outro que promovam o crescimento, o delado as concessionárias de energia. senvolvimento sustentável do Brasil Também importante ressaltar que as e a geração de emprego e renda por concessionárias de energia criaram meio de uma economia de baixo carsuas próprias empresas de geração bono e para uma matriz elétrica aindistribuída e trabalham com informa- da mais limpa. ção privilegiada e com total controle do acesso dos “prosumidores” à rede A Figura 1 apresenta os diversos de distribuição de energia. cenários para a revisão da RN482, em A Figura 2 é alto explicativa, e é verde destaca-se o que vem sendo pleiteado pelas associações do setor possível ver os principais pontos em amadurecimento no Brasil, representando cerca de 2,1% da matriz elétrica do país, mas somente 0,45% das unidades consumidora de energia (estimadas em 83 milhões). A experiência internacional mostra que a criação e o desenvolvimento da GD se dão por meio de normas regulatórias de incentivo. As políticas são formuladas num primeiro momento para incentivar a GD. Em todos os países bem-sucedidos nesse segmento, os aprimoramentos são feitos somente quando a GD se torna representativa na matriz, adequando-se a remuneração ao estágio de desenvolvimento dos sistemas e também considerando a redução nos custos de aquisição e instalação de equipamentos.

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e em vermelho o destaque para a proposta da ANEEL.


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Em recente reviravolta legislativa, o art. 4º da MP nº 959/2020 que adiava a vigência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados, Lei nº 13.709/2018) para 2021 foi considerado prejudicado, e assim, retirado do seu texto. Diante deste novo cenário, a LGPD entrará em vigor assim que houver a sanção ou veto presidencial das demais disposições da MP, o que deverá ocorrer até o dia 18 de setembro de 2020. No dia seguinte a esta alteração, o governo federal criou a estrutura da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) com a publicação do Decreto nº 10.474/2020. A ANPD será responsável por, dentre outras atribuições, zelar pela proteção dos dados pessoais, fiscalizando e tendo a faculdade de aplicar sanções em caso de verificar o descumprimento da legislação. Dentre as penalidades previstas na LGPD, poderá ser exigido das empresas que cometam infrações o pagamento de multa de até 2% do seu faturamento, limitada a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração.

A QUEM SE APLICA

Deverão observar o atendimento à LGPD as pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado que realizem o tratamento de dados pessoais.

O QUE SÃO DADOS PESSOAIS

Qualquer informação que possibilite que uma pessoa natural seja identificada direta ou indiretamente, tais como: nome, CPF, e-mail, endereço, número de telefone, endereço IP. Além destas, também poderão ser considerados dados pessoais os dados de consumo de energia de determinada residência, por exemplo.

COMO SABER SE REALIZO O TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

Caso a sua organização realize, dentre outras, operações que se referem à coleta, utilização, acesso, reprodução, distribuição, armazenamento, eliminação, comunicação, transferência ou extração de dados pessoais. O acesso a essas informações pode se dar de diversas formas, tais como quando da celebração de contratos, acesso ao site pelos clientes e cadastramento de mailing.

DADOS COMERCIAIS

A LGPD se aplica apenas a dados relacionados a pessoas físicas, não a empresas. Assim, as informações relacionadas a clientes pessoas jurídicas como o nome empresarial, CNPJ, endereço da sede, não são consideradas como dados pessoais para fins desta legislação. No entanto, endereços de e-mail comerciais pessoais poderão ser apontados como dados pessoais, assim como as informações dos sócios pessoas físicas, representantes das empresas e signatários de documentos.

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Na relação B2B não é necessário se preocupar em pedir consentimento especificamente para processar os dados comerciais, assim como poderão ser enviados e-mails marketing para o endereço de e-mail comercial da pessoa jurídica. Já na relação B2C deverá ser solicitado o consentimento do cliente pessoa física para a utilização dos seus dados pessoais, tanto para fins de cadastramento em e-mail marketing, quanto para o compartilhamento das informações referentes ao seu consumo médio de energia, por exemplo.

Existem algumas diferenças importantes ao lidar com dados comerciais se comparados aos dados pessoais, sendo melhor tratar a todos de forma segura e compliant. Em caso de dúvida, certifique-se de obter consentimento antes de armazenar dados pessoais ou adicioná-los às suas listas de mailing. Dentre outras orientações, é importante observar:

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Registre para quais finalidades você está tratando os dados pessoais e esteja preparado para ser capaz de justificar isso, se necessário.

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Análise sintetizada do ciclo de vida de BATERIAS DE LÍTIO-ÍON Aghatta Cioquetta Moreira amoreira@cpqd.com.br

Raul F. Beck raul@cpqd.com.br

Maria de Fátima Rosolem mfatima@cpqd.com.br

RESUMO Nesta publicação será apresentada uma análise qualitativa do ciclo de vida de células (baterias) de lítio-íon. O ciclo de vida dessas baterias pode ser segmentado nos seguintes processos principais: extração e purificação do lítio, fabricação, primeiro e segundo uso, reciclagem e descarte.

1 INTRODUÇÃO O lítio é um metal alcalino, de coloração esbranquiçada, que apresenta relevância em uma grande área de aplicações. Sua utilização já é muito bem estabelecida na medicina, sendo aplicado em tratamentos de depressão e transtornos bipolares, e também é utilizado na área nuclear, na fabricação de vidros e cerâmicas, entre outros. Por ser um elemento altamente reativo na presença de água ou oxigênio, pode parecer contraditória sua ampla utilização nas novas baterias, porém, o lítio é o metal mais leve encontrado na natureza. Dessa forma, o conceito por trás da introdução desse elemento químico na fabricação de baterias resulta da necessidade de baterias mais leves e com alta densidade de energia devido a expansão das aplicações, tanto em dispositivos compactos como na mobilidade elétrica.

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O lítio é relativamente abundante na natureza, porém é extremamente difuso, dessa forma, coletá-lo de forma a concentrá-lo em uma matéria-prima comercialmente viável pode ser uma tarefa bastante complicada. Devido à reatividade do lítio, na composição da célula são uti-

Figura 1. Principais reservas de lítio globais e métodos de extração [1]

lizados compostos de sais e óxidos de lítio (íons de lítio), em substituição ao lítio metálico. 2 PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO LÍTIO A extração do lítio é realizada basicamente de duas formas distintas: a partir da evaporação de salmouras em desertos salinos (salares) e a partir de procedimentos de mineração (espodumênio e ambligonita). A Figura 1 apresenta as seis principais reservas de lítio globais. Destas, a principal parcela (Chile, Bolívia, Argentina e China) se localiza em desertos salinos e uma minoria (Austrália e EUA) está localizada em formações rochosas. Conforme dados obtidos em [1], o Brasil contém cerca de 0,5% das reservas de lítio globais, porém, recentes estudos geológicos indicam que esse percentual pode ser até 10 vezes maior. A maior jazida do mine-


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2.2 Extração de lítio a partir de ral no país se encontra no Vale do Jequitinhonha, uma região no norte do processos de mineração Estado de Minas Gerais. A extração de lítio a partir de ro2.1 Extração de lítio a partir de chas se baseia em métodos tradicionais de perfuração e processamento, salmoura sendo necessário equipamentos peNos desertos salinos (salares), sados para extrair mecanicamente a a salmoura que contém o lítio é en- rocha do solo. Em seguida o mineral contrada abaixo da superfície. Dessa é enviado, por meio de esteiras rolanforma, é necessário bombeá-la para tes, para várias fases de trituração. O grandes tanques rasos, nos quais o lí- material resultante é então peneiratio será concentrado por evaporação do e submetido à adição de agentes solar, como nas salinas de extração químicos, para que possa ser seco e do sal marinho, porém, nesse proces- filtrado, para posterior conversão em so é utilizada grande quantidade de carbonato de lítio ou hidróxido de líágua e até 95% dela é perdida e não tio [4]. recuperada. O lítio no seu estado bruto, como O processo de extração de lítio a é obtido a partir de técnicas comuns partir de salmouras é mais simples e de mineração, não é contaminante. menos dispendioso do que a mine- No entanto, a sua exploração tem ração, pois o movimento natural da impactos ambientais associados, de água e o calor da Terra já liberaram maneira semelhante ao observado lítio de rochas e sedimentos, promo- em minas de outros materiais não vendo sua separação de outros mi- metálicos. nerais e aproximação da superfície. Em estudo publicado pela EnviApós o processo de concentração, o ronmental Earth Sciences [5] ficou lítio deve ser filtrado e processado. constatado que não há evidência da O processo de concentração influência das atividades de mineratem duração variada, decorrente das ção na qualidade da água e do solo, condições climáticas locais e, conse- porém é preciso ficar atento à qualiquentemente, pode ser necessário dade do ar, especialmente ao consiaguardar entre 18 e 24 meses até derar as concentrações de dióxido de que o lítio esteja na concentração nitrogênio passíveis de serem enconadequada para a etapa de processa- tradas. mento. Para acelerar esse processo 3 FABRICAÇÃO DAS BATERIAS há outros métodos pelos quais o lítio pode ser seco por meios mecânicos ou químicos [2]. A primeira etapa do processo de fabricação das células de lítio consisApós ter passado pelo processo te na produção dos seus eletrodos, de concentração, o lítio ainda está estruturados a partir de substâncias impuro devido às concentrações de outros materiais, como ferro e magnésio, associados a ele. O conteúdo real de lítio varia de 0,01 a 0,2 % [3]. Nessa etapa o lítio normalmente está na forma de cloreto de lítio e é levado às estações de tratamento para processamento adicional, a partir do qual os compostos químicos indesejáveis são removidos.

pastosas, sendo utilizado grafite para o ânodo e compostos de lítio (sais e óxidos) para o cátodo. Para a composição do ânodo, a pasta composta de grafite é aplicada em folhas de cobre, e para o cátodo a pasta composta de óxidos e sais de lítio é aplicada em folhas de alumínio [6]. Diferentes químicas podem ser aplicadas na composição do cátodo de baterias de lítio de forma a garantir diferentes critérios de segurança, custo, vida útil e desempenho (Figura 2). A melhor escolha entre cada uma delas dependerá da aplicação na qual a bateria será utilizada. As folhas de cobre e de alumínio cobertas pelas pastas constituintes dos eletrodos passam por um forno industrial para secagem e a seguir são prensadas em rolos rotativos para garantir a espessura uniforme e correta. A seguir são superpostas com um material isolante (separador) entre elas para garantir que não haja curto-circuito, porém o separador deve ter porosidade para a circulação dos íon de lítio. Esse sanduiche de eletrodos e separador é novamente prensado e cortado no tamanho desejado, sendo empilhados ou enrolados como um rocambole, com abas metálicas (uma em cada polo da bateria) conectadas eletricamente aos eletrodos, e o conjunto é inserido no invólucro final da célula [6]. A última etapa de fabricação da célula consiste na injeção do eletrólito, constituído de sais de lítio dissol-

No geral é necessário considerar um período de um a dois anos para a conclusão dos processos de extração e purificação do lítio, indispensáveis para sua comercialização [3]. Figura 2. Diferentes possibilidades de química para formação do cátodo de baterias de lítio

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Siga nossas redes socias Figura 3. Demanda anual de baterias de lítio por setor [7]

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vidos em solventes orgânicos. Esse processo é executado em ambiente extremamente limpo e seco. Após a injeção do eletrólito, a célula é imediatamente lacrada [6]. As células finalizadas são armazenadas por 24 horas em uma sala com temperatura controlada e recebem uma carga de 50% de sua capacidade ao longo de 2 horas para possibilitar a ativação dos processos químicos responsáveis pela formação da célula. Além de recarregar, o equipamento também mantém uma compressão adequada nas células, para evitar que elas se deformem durante a carga inicial [6]. Após esse processo, as baterias são armazenadas por 72 horas e testadas antes de serem enviadas à última etapa da linha de fabricação: a embalagem. 4 UTILIZAÇÃO: PRIMEIRA VIDA A Figura 3 mostra as demandas atuais e as projeções até 2030 das fatias de mercado das baterias de lítio em diferentes setores. É possível identificar uma predominância de baterias aplicadas no setor de transportes, devido ao crescimento no número de veículos híbridos e elétricos em todo o mundo [7].

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O aumento na demanda por baterias de lítio de grande capacidade em veículos elétricos leves e pesados traz consigo uma grande oportunidade: a possibilidade de sua reutilização. 5 UTILIZAÇÃO: SEGUNDA VIDA A possibilidade de reutilização de baterias retiradas de veículos elétricos, após não serem mais capazes de atender aos critérios de aceleração e autonomia desejados pelos usuários, recebe a denominação de second-life. Essa é uma oportunidade de utilizar, de forma mais acessível, baterias mais duráveis, leves e com maior densidade de energia, em aplicações estacionárias. O conceito de second-life consiste no fato de que as baterias são retiradas dos veículos elétricos ao alcançar o fim de sua vida útil para esta aplicação, ou seja, quando atingem cerca de 80% a 70% de sua capacidade nominal, o que ocorre aproximadamente após uma década de operação [8]. Porém a bateria pode ser utilizada para outras aplicações até que sua capacidade atinja cerca de 60% a 50% do seu valor nominal. Ao serem

reutilizadas nestas novas aplicações, é estimado que elas ainda possam operar por um tempo de vida útil remanescente entre 6 a 30 anos [9]. O período é sujeito a mudanças devido às condições de ciclagem e características de operação da primeira e segunda vida. Para que as baterias ou células retiradas de veículos possam ser reutilizadas de forma segura, elas devem ser submetidas a procedimentos de ensaio que determinarão a viabilidade de sua reutilização ao determinarem sua capacidade, ou vida útil, remanescente. A norma UL 1974 traz algumas diretrizes para reutilização de baterias de lítio retiradas de veículos elétricos em uma nova aplicação. É essencial que a determinação da vida útil remanescente da bateria seja feita de maneira rápida e efetiva, pois o volume de baterias que serão introduzidas nesse mercado é muito significativo. Dessa forma, pode haver necessidade de aplicação de procedimentos alternativos de determinação da capacidade ou vida útil remanescente, como medições de impedância ou resistência interna, ou outros métodos mais sofisticados.


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A RESOLUÇÃO NÚMERO 257/99 DO CONAMA ESTABELECE QUE OS FABRICANTES/IMPORTADORES SÃO OS RESPONSÁVEIS POR ADOTAR, DIRETAMENTE OU POR MEIO DE TERCEIROS... A maior dificuldade encontrada em projetos que utilizam baterias de second life em seus sistemas é a falta de padronização entre baterias de diferentes fabricantes, pois ao considerar a quantidade de baterias a serem retiradas de veículos elétricos nos próximos anos, é necessário considerar a necessidade de processos automatizados, inclusive por razões ligadas à segurança dos trabalhadores do setor. A falta de padronização entre baterias de certa forma impede, ou dificulta, essa automatização. 6 RECICLAGEM Ao atingir cerca de 60% a 50% de sua capacidade nominal, as baterias devem ser retiradas da aplicação em que se encontram, pois atingiram o final de sua vida útil. Nesse estágio é desejado haver a possibilidade de recicla-las para obtenção de componentes que possam ser reutilizados na fabricação de novas baterias ou outros produtos. Porém o processo de reciclagem também enfrenta uma série de desafios. O consumo de energia dos processos de reciclagem é extremamente alto, o que torna o processo por vezes mais dispendioso do que a extração de novas matérias-primas. O gerenciamento é outro problema a ser considerado, pois é necessário haver uma definição dos responsáveis pelas baterias em fim de vida, de forma a possibilitar sua destinação a outras aplicações ou à reciclagem, quando necessário [10]. Devido a variação dos graus de complexidade inerentes à obtenção de cada matéria-prima da bateria, há necessidade de estabelecer metas de reciclagem separadas para cada uma delas, especialmente lítio e cobalto. 40

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Esse procedimento tem como objetivo impedir que apenas componentes mais simples de serem recuperados sejam extraídos, havendo descarte do restante [10]. Assim como apontado nos processos de second life, a falta de padronização entre baterias de diferentes fabricantes torna os processos de automação muito mais difíceis, resultando numa barreira para procedimentos mais efetivos também na fase de reciclagem. 7 DESCARTE A resolução número 257/99 do CONAMA estabelece que os fabricantes/importadores são os responsáveis por adotar, diretamente ou por meio de terceiros, procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada da bateria. Porém, até o momento, a resolução é aplicada somente para baterias chumbo-ácidas e de níquel-cádmio, sendo necessária sua revisão imediata, pois o número de baterias de lítio-íon presentes no cotidiano da população já é muito elevado. É indispensável que essas baterias recebam o tratamento adequado e necessário ao serem descartadas. Quando há a impossibilidade de reutilização ou reciclagem, as baterias devem ser destruídas termicamente, de acordo com procedimentos determinados na NBR 11175, que trata de incineração de resíduos sólidos perigosos.

8 REFERÊNCIAS

cals/mcs2020/mcs2020-lithium.pdf. Acesso em 04/08/20. [2] Ângulo, P. Extração de lítio ameaça flamingos nos Andes. Outubro de 2018. Disponível em: https://www.dw.com/ pt-br/extracao-de-litio-ameaca-flamingos-nos-andes/a-45681016. Acesso em 03/08/20. [3] Rennie B Kaunda (2020): Potential environmental impacts of lithium mining, Journal of Energy & Natural Resources Law, DOI: 10.1080/02646811.2020.1754596. [4] NEW AGE METALS INC. Lithium Supply – Hard Rock vs. Brine. Outubro de 2019. Disponível em: www.newagemetals. com/lithium-supply-hard-rock-vs-brine/. Acesso em 07/08/20. [5] Rodrigues, P. & Antão, A.M. & Rodrigues, R. (2019). Evaluation of the impact of lithium exploitation at the C57 mine (Gonçalo, Portugal) on water, soil and air quality. Environmental Earth Sciences. 78. 10.1007/s12665-019-8541-4. [6] Rigues, R. Vídeo mostra como são feitas as baterias dos smartphones. Janeiro 2020. Disponível em: https:// olhardigital.com.br/noticia/video-mostra-como-sao-feitas-as-baterias-dos-smartphones/95295. Acesso em 10/08/20. [7] Energy Central. World Battery Production. Disponível em: https://energycentral.com/c/ec/world-battery-production. Acesso em 02/09/20. [8] Engel, H. Hertzke, P. e Siccardo, G., Second-life EV batteries: The newest value pool in energy storage. Mckinsey and Company Homepage. Disponível em: https://www.mckinsey.com/industries/ automotive-andassembly/our-insights/ second-life-ev-batteries-the-newest-valuepool-in-energy-storage. Acesso em 02/09/20. [9] SmartGridInfo.es, El proyecto Sunbatt apuesta por ofrecer una segunda vida a las baterías de los vehículos eléctricos. Public Report. Disponível em: https:// www.smartgridsinfo.es/2018/05/17/ proyecto-sunbattapuesta-segunda-vida-baterias-vehiculos-electricos. Acesso em 02/09/20.

Swain, B. 2017. Recovery and re[1] U.S. Geological Survey. Mineral [10] Commodity Summaries (Jan 2020). Dispo- cycling of lithium: A review. Separation nível em: https://pubs.usgs.gov/periodi- and Purification Technology 172:388-403. doi:10.1016/j.seppur.2016.08.031.


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A geração distribuída e o Código Brasileiro de Energia Elétrica Bárbara Rubim

A

geração distribuída de pequeno porte passa, já há mais de dois anos, pelo que há de ser o momento mais importante de sua história: desde maio de 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) discute as alterações pelas quais passará a Resolução Normativa 482 (REN 482). De lá para cá, o processo ganhou mais destaque e relevância perante a sociedade brasileira e, com isso, foi levado ao Congresso Nacional. De outubro de 2019 – quando começou a movimentação mais forte do tema do congresso – a agosto de 2020, inúmeros projetos de lei (PL) foram sendo apresentados por parlamentares sobre o tema. Embora variem com relação à proposta específica, todos eles tratam – em maior ou menor grau – da manutenção do sistema de compensação em moldes muito semelhantes aos atuais até que se atinja determinada data (em geral algo entre 2030 e 2045) ou percentual de penetração (entre 5% e 15%) da geração distribuída no país. Recentemente, juntou-se ao rol de projetos que versam sobre o setor o Anteprojeto do Código Brasileiro de Energia Elétrica (CBEE), de autoria do Deputado Lafayette de Andrada. Apresentado à sociedade em 31 de julho de 2020, o texto ficará aberto para contribuições da sociedade até 42

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meados de outubro – quando será, para inovações regulatórias por parte então, apresentado formalmente à da ANEEL, posteriormente. Câmara dos Deputados para dar seEssa ambição, em que pese poder quência ao seu processo de tramitaser vista com bons olhos por um seção. tor que anseia por mais estabilidade Essa tramitação tem se dado por e previsibilidade quando o assunto é meio de Comissão Especial. Consti- o Sistema de Compensação, também tuem-se comissões especiais quando pode trazer dificuldades adicionais um projeto precisa ter seu conteúdo de tramitação. Isso por tornar o texanalisado por diversas Comissões de- to ainda mais denso e com maiores vido à amplitude de seu tema. Dessa particularidades a serem discutidas e forma, tenta-se abreviar os caminhos acordadas entre os diversos agentes de aprovação do texto. A Comissão envolvidos no tema. em questão é presidida pelo presidiEm que pese essas particularida pelo Deputado Federal Lucas Redecker, originário do Rio Grande do dades e especificidades do texto, sem dúvidas o ponto mais esperado Sul. diz respeito à proposta trazida para Como o próprio nome indica, o a valoração dos créditos de energia CBEE almeja não somente versar so- oriundos de sistemas de micro e mibre os temas referentes ao Sistema nigeração distribuída. de Compensação de Energia Elétrica Para fins didáticos, apresento (SCEE), mas também – e principalmente – consolidar diversas nor- abaixo alguns conceitos norteadores mativas referentes ao setor elétrico da proposta trazida e, após, um resu(criando um instrumento análogo ao mo das alterações: que temos hoje com o Código Civil, • Conta de Desenvolvimento Código Penal, Código Tributário, etc. Energético (CDE): o projeto aloca – mas dedicado ao setor elétrico). na CDE, na parcela destinada aos Para cumprir essa hercúlea tarefa, o consumidores do Ambiente de texto apresentado é bastante extenContratação Regulada, os custos so, contando com centenas de págidecorrentes da compensação innas e artigos. tegral das componentes tarifárias pelo consumidor que tem geraA geração distribuída ganhou esção distribuída, notadamente à paço exclusivo dentro do Código. O parcela referente à TUSD Fio B; texto é extenso e replica vários conceitos trazidos atualmente na Reso• Manutenção das regras atulução Normativa 482, o que indica ais – o “direito adquirido”: todos a intenção de deixar pouco espaço


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os projetos cuja solicitação de acesso seja protocolada até 31 de dezembro de 2020 manterão as condições de faturamento e valoração de créditos atuais até 31 de dezembro de 2046; • Hipóteses de fim do direito adquirido: são duas as hipóteses trazidas que poriam fim ao direito adquirido do consumidor com geração distribuída: a) o encerramento da relação contratual, que não ocorre, de acordo com o texto, quando há simples troca de titularidade; e b) a identificação de ocorrência de irregularidade no la tarifária referente ao Fio B (cerca sistema de medição atribuível ao de 28% da tarifa total). Este pagamento será acompanhado do pagaconsumidor; mento dos valores devidos a título • Período de transição: as re- de demanda contratada ou custo de gras propostas possuem um perí- disponibilidade. odo de transição máximo até 31 A figura abaixo busca sintetizar a de dezembro de 2031, podendo ser inferior a depender da moda- proposta apresentada. Os anos indicados referem-se ao período integral lidade e do tipo de consumidor; compreendido entre 1º de janeiro a • Regras de cobrança da TUSD 31 de dezembro. Os percentuais se Fio B: a proposta agrupa a alte- referem somente à TUSD Fio B, dado ração às regras de compensação que é somente a ela que a regra de de acordo com as modalidades de alteração se aplica, de acordo com a compensação envolvidas e com proposta. a classe da unidade consumidoSe comparada à metodolora, estabelecendo proposta mais benéfica à geração junto à carga, gia da ANEEL, a proposta do CBEE ao empreendimento de múltiplas seria equivalente à implantação unidades consumidoras (EMUC) da chamada “alternativa 01”, poe à geração compartilhada que rém de forma gradual e muito mais atenda exclusivamente unidades escalonada. consumidoras residenciais. Em linhas gerais, a proposta traEm síntese, o projeto prevê, ao zida se mostra interessante, pois longo dos anos e de maneira escalo- atende a pleitos importantes – como nada, o pagamento, pelo consumidor a necessidade de segurança jurídica e que gera a própria energia, da parce- regulatória por meio da garantia de

direito adquirido, o reconhecimento dos atributos trazidos pela geração distribuída ao setor elétrico e a existência de período de transição. Feitas todas essas considerações, sei que a pergunta que permeia sua mente neste momento é sobre quando e se este projeto será aprovado. E a resposta a ela não é simples. A análise, tramitação e aprovação de projetos de lei não segue critérios cronológicos, em que pese fatores como simplicidade do tema e relevância social elevadas serem pesos importantes, tampouco são determinantes. No fim do dia, um projeto de lei tem mais chances de ser votado rapidamente é aquele fruto de intenso processo de negociação e alinhamento político interno entre os diversos parlamentares envolvidos. Todos esses elementos constituem cenas de capítulos que ainda estão por vir e que precisarão ser acompanhados de perto por todos nós.

Mini-Currículo: Bárbara Rubim é advogada, especialista em finanças pela Universidade Federal de Uberlândia, e sócia-fundadora da Bright Strategies, uma consultoria dedicada à análise do setor de elétrico, ao auxílio a empresas, governos e investidores em questões regulatórias e na estruturação de modelos de negócio para a geração distribuída. Atuando no setor de energia há mais de oito anos, Bárbara ocupa também as posições de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), membro da Comissão de Infraestrutura da OAB Nacional e Diretora do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

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Entrevista

A RBS MAGAZINE traz nesta edição uma entrevista exclusiva com “Jorge Camilo Trabulsi” da Walsywa A Walsywa tem como missão atender ao mercado de Fixação para Construção Civil, assegurando a satisfação dos clientes, dos colaboradores, maximizando o valor econômico para os acionistas e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida RBS MAGAZINE - Nos conte sobre os Toda a linha é produzida em inox 100% passivado, o que traz ainda mais pilares da empresa? resistência às intempéries às quais um Jorge Camilo Trabusi - Há mais de 50 painel fotovoltaico fica exposto, gaanos, a Walsywa conquista a confiança rantindo uma durabilidade maior e dos clientes e se mantém como grande uma manutenção mais simples. referência em Fixação para Construção Civil. Temos como Norte os se- Aliado a esta grande variedade de produtos, temos todo o suporte técniguintes pilares: co de nossa Engenharia. Realizamos Excelência – Com simplicidade, bus- cálculos e ensaios in loco, auxiliamos car fazer sempre o melhor. Satisfazer nossos clientes a ter a melhor solução técnica-comercial e aplicamos treinanossos clientes e colaboradores; mentos. Coragem – Valorizar as experiências positivas e negativas como fontes de RBS MAGAZINE - Aponte os princiaprendizado e inovação. Quebrar con- pais diferenciais da empresa Walsywa tinuamente o círculo de hábitos ao as- para o setor de fixação na construção civil e no segmento fotovoltaico no sumir riscos calculados; Brasil ? Integridade – Tratar os outros da mesma forma como queremos ser Somos a referência neste mercado. Estratados, aplicando a verdade e a ho- tamos presentes nas maiores obras do nestidade ao lidar de forma ética com Brasil, entre elas Hidrelétrica Itaipu, ponte Rio- Niterói, estádios da Copa todas as pessoas. do Mundo, Aeroportos, Prédios corRBS MAGAZINE - Quais são os pro- porativos e Residências. Acreditamos que conseguimos este feito em vista dutos e serviços ofertados? dos seguintes diferenciais: A Linha Solar compreende Grampos Terminais, Arruelas Lisas e de Bor- - Somos a Empresa que mais lança racha, Porcas Sextavadas Flangeadas, produtos inovadores no segmento; Parafusos (Martelo, Francês e Allen, com e sem cabeça), Hastes e Conjun- - Temos o maior número de patentes tos de Haste, Chapas Retas com Furo, no Brasil; chumbadores químicos e mecânicos além de inúmeros fixadores criados - Temos 3 filiais e mais de 20.000 mt2 de área de distribuição; para projetos especiais. 46

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- Temos um moderno laboratório para testes e controle de qualidade; - Selo Green Build Council (Construção sustentável) / ETA; - Temos mais de 10 linhas de produtos; - Temos mais de 1.800 itens em linha sendo entregues nas principais cidades do sul e sudeste em até 48h; - Temos mais de 80 Pessoas atuando em vendas por todo Brasil; e - Temos parceria com duas das grandes marcas do mercado BOSCH FERRAMENTAS e FISCHER (buchas) Pretendemos nos diferenciar no mercado solar, como fizemos no de Fixação para Construção Civil, através de uma equipe altamente capacitada, prestando um bom atendimento, uma logística eficiente (entregas em 24h para grande parte do país), laboratório e desenvolvimento de produtos que atendam às exigências dos clientes e condições competitivas. RBS MAGAZINE - Qual a perspectiva de mercado da Walsywa no mercado Brasileiro pós-pandemia, nos próximos 3 anos? Mesmo com covid-19, o segmento ainda cresce de forma exponencial,


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Entrevista

quando iniciou a atuação nesse seg- agora, pretendemos atender também nas aplicações mais comuns, com mento? uma linha extensa de fixadores e ouA Walsywa iniciou sua trajetória em tros produtos das linhas de químicos 1964, atendendo ao mercado de fixa- e mecânicos. ção à pólvora. De lá para cá, desenvolveu centenas de novas linhas e apli- Com o projeto em mente, investimos cações, com presença no Brasil e no em treinamentos, pessoas, equipaEm relação ao mercado fotovoltaico exterior, contudo sendo mais conheci- mentos de laboratório específicos, no Brasil, o mesmo está em um cres- da pelos seus chumbadores químicos uma Van adicional para treinamentos, além dos produtos, marketing e feiras. cimento exponencial. Pretendemos, e mecânicos. Entendemos que o mercado ainda tem em 2020, alcançar uma participação de 10% e esperamos crescer de 5%- Com o crescimento do segmento so- muito para crescer, e por este motivo, 10% anualmente até nos tornarmos a lar nos últimos 4 anos, a demanda por fizemos investimentos considerando referência. aplicações mais técnicas e homologa- os próximos 5-7 anos. ções cresceu, o que chamou nossa RBS MAGAZINE: Por que a empre- atenção para o mercado, que atendesa decidiu atuar no segmento solar e mos com aplicações mais técnicas e, acreditamos que com a queda de juros nos últimos anos e sua mínima histórica, além da velocidade com que a tecnologia do setor avança, com aumento de produtividade e escala, o crescimento deve continuar, independente de fatores externos.

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Setor GD: Fabricantes de equipamentos fotovoltaicos acreditam em retomada positiva Debate transmitido pela Solar TV mostra visão dos especialistas para a geração distribuída após pandemia

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os últimos meses de 2019, o setor solar fotovoltaico apresentou um crescimento expressivo nas instalações devido as possíveis mudanças na resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e que poderão acarretar em obstáculos para a atividade se confirmadas. Porém com a chegada da pandemia, o nível intenso na produção de equipamentos pelos fabricantes do início do ano no setor demonstrou uma retração em abril e maio devido a crise sanitária. Para falar sobre o assunto e as expectativas do setor um debate foi realizado na última semana pelos principais fabricantes do país e transmitido pela Solar Tv. Cenário da GD na fabricação de equipamentos durante a pandemia O debate entre os principais fabricantes do setor se mostrou otimista para os próximos meses mesmo diante das incertezas.

te 10% em relação a março, então aí a gente já começa a ver um certo descompasso na verdade entre o que está sendo instalado, que tá ficando online e a retração do mercado distribuidor" explica ele.

expectativas de crescimento são as melhores segundo ele.

“Ao falar com os parceiros eu noto muito que eles falam que olha o setor desacelerou, mas ainda está andando, não parou como outros mercados então assim como bem digo o mercado de energia não para, é um mercado do futuro, um mercado que vai continuar com uma atratividade em termos de investimento” reforça ele.

A segurança em um investimento em energia solar fotovoltaica também tem contribuído muito para isso segundo Matias.

“O mercado fotovoltaico já vinha vindo nos últimos dois anos ali se destacando, mesmo com a economia não crescendo. Eu acredito que Borin ressalta que através dos depois que passar essa turbulência dados é possível entender que se as de mais alguns meses ele vai voltar a instalações não reduziram no per- crescer e ter uma grande expansão” centual que o distribuir passou aos destaca ele. fabricantes é porque a retomada está Rodrigo Matias, da Ecori Energia próxima. também acredita em retomada poNa visão de Isaque Guanabara, sitiva para o setor após a pandemia. da Sungrow, o mercado também vol- Diante da crise sanitária ele destaca ta acelerar agora nos próximos me- que o setor de vendas passou a ouvir ses, visto que o mercado de energia muito sobre questões onde o interesrenovável, principalmente a energia se no investimento existia, mas pelo solar é bastante atrativa, uma vez momento atual o medo estava maior que cada vez mais o preço com ener- pelo consumidor. Agora os diálogos gia elétrica tende a pesar no orça- já estão mais amadurecidos e positivos para voltar a crescer. mento dos consumidores .

“Quando a gente pensa em energia solar fotovoltaica que gera uma visibilidade absurda no ponto de vista Alexandre Borin, da Fronius Sode remuneração, que gera uma taxa lar, ressaltou que apesar da crise ter de retorno acima das médias do merafetado parte dos distribuidores em cado, que cria a possibilidades hoje maiores e menores graus, um fato Setor Fotovoltaico: Brasil apre- com as linhas de crédito mais acescurioso sobre o número de instalasentou números positivos em expan- sível em vez de praticamente uma ções vem chamando a atenção. troca de despesa por um investimensão do setor to eu acho que tudo isso está sendo “A gente possui um monitoraMesmo diante da crise sanitária absorvido pelo mercado" reforça ele. mento nosso onde temos um controle de todas as instalações que ficam que vem afetando não só o mercaO debate completo pode ser online todos os dias e ai vem um dado do brasileiro, mas no mundo todo, interessante que o mês de abril na o Brasil foi um dos países que mais acessado no canal do YouTube da Sorealidade para instaladores, ou seja, teve expansões no mercado fotovol- lar TV. as usinas que entraram online, novas taico de acordo com o especialista instalações, eles reduziram somen- Alexandre Pereira, da GoodWe e as Fonte: Portal Brasil Solar RBS Magazine

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Entrevista

A RBS MAGAZINE traz nesta edição uma entrevista exclusiva com “Felipe Cerqueira Pimenta da Cunha” superintendente da Amara-e Solar Brasil Amara-e tem como missão promover a transição energética a partir da eletrificação, descarbonização e eficiência energética. Mais de 60 anos de experiência na distribuição de materiais, serviços e logística. No Brasil há 23 anos, possui centros de distribuição no Nordeste e Sudeste, equipe técnica e de suporte com mais de 10 anos de experiência fotovoltaica RBS MAGAZINE - Nos conte sobre os pilares da empresa? E quais países se encontra atualmente? FELIPE CERQUEIRA - Amara-e nasceu como resultado da conexão das unidades de negócios renováveis: e-wind, e-solar, e-hidro, com o objetivo de fornecer soluções integradas de energia renovável para toda a sociedade. Presença em: Espanha, Estados Unidos, México, China e Portugal. Missão

Queremos

transformar o

mercado de energia

no Brasil oferecendo soluções com uma cadeia de serviços completa

"Promover uma rápida transição energética a partir de seus principais todo território nacional, criando sovetores: eletrificação, descarboniza- luções de Supply Chain Management em empresas de capital intensivo e do ção e eficiência energética. setor de Utilidades, onde administra Como ferramentas-chave, contare- operações logísticas de grupos enermos com a digitalização e a tecnologia géticos e petroquímicos, que estão enpara otimizar, flexibilizar e melhorar tre os maiores do país. os processos, além de desenvolver novos modelos e oportunidades de cres- Queremos transformar o mercado de energia no Brasil oferecendo soluções cimento." com uma cadeia de serviços completa. RBS MAGAZINE - Quais os segmentos • e-Solar = Fornecemos soluções a empresa atuam? abrangentes em toda a cadeia de valor, oferecendo os serviços e proAmara Brasil foi criada em 1998 e dutos das melhores marcas, bem atua nos ramos de comércio e servicomo as ferramentas técnicas, coços, especializada em intralogística merciais e de comunicação neces(logística interna) com atuação em 50

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sárias para que nossos clientes possam se diferenciar e se destacar no mercado. • e-Wind = Fornecemos peças de reposição e componentes para todos os tipos de turbinas eólicas. Temos a experiência, capacidade técnica, estoque permanente e logística para buscar e propor alternativas e melhorias em todos os seus projetos • e-hidro = Fornecemos equipamentos para usinas hidráulicas e oferecemos um serviço especializado para a compra e localização de peças de reposição para agregar valor, disponibilidade e reduzir custos em seu estoque. RBS MAGAZINE - Quem são os principais parceiros da empresa hoje? Trabalhando com parceiros que garantem confiabilidade para atender as necessidades de cada cliente, com segurança e solidez. Módulos Fotovoltaico: JA Solar, Trina Solar, Canadian Solar, Inversores: Sungrow, Fronius


Entrevista

Queremos transformar o mercado de energia renováveis no Brasil,

Queremossoluções transformar mercado Brasil, oferecendo com ouma cadeiade deenergia serviçosrenováveis completa,no facilitando oferecendo soluções com uma cadeia de serviços completa, facilitando a aquisição de materiais com qualidade e tecnologia de ponta através a aquisição de materiais com qualidade e tecnologia de ponta através de nossas plataformas digitais... de nossas plataformas digitais...

Microinversores: Apsystems Estruturas Fotovoltaica: SolarGroup, Tritec e Politec RBS MAGAZINE - Quais os principais diferenciais dos produtos e serviços da Amara Brasil, para o setor de distribuição de material fotovoltaico no Brasil? Queremos transformar o mercado de energia renováveis no Brasil, oferecendo soluções com uma cadeia de serviços completa, facilitando a aquisição de materiais com qualidade e tecnologia de ponta através de nossas plataformas digitais, oferecendo para comercializadoras e empresas integradoras, uma logística diferenciada, por sermos uma empresa especialista em distribuição 4.0. RBS MAGAZINE - Qual a perspectiva de mercado da AMARA BRASIL no mercado Brasileiro pós-pandemia, nos próximos 3 anos? Só podemos avaliar positivamente o mercado solar no pós-Covid-19,

pois tivemos desempenhos fantásticos durante a pandemia, inclusive no “lockdown”. Considerando nosso crescimento neste último ano, efetuando um paralelo com a história da energia Solar Fotovoltaica em outros países, tenho a convicção que esse mercado é no mínimo promissor! RBS MAGAZINE - Na sua experiência internacional como Amara-e, e por ter muitos anos atuando em outros mercados e continentes, quais são os fatos geradores mais relevantes que devem ocorrer no Brasil no mercado de GD?

gam oportunidades e crescimento exponencial do setor de GD no Brasil. Inclusive grandes grupos de energia já começaram a atuar não apenas em sua área de concessão, como já estão buscando clientes fora dos limites da sua atuação. Essa aposta na descarbonização do planeta, a mobilidade elétrica, a contribuição da GD no sistema elétrico, aproximando a geração do consumo, novas soluções sustentáveis com propostas de sistemas geradores fotovoltaicos prevendo sistemas com armazenamento... vai acontecer, é fato!

Tanto na Espanha, Itália, Portugal e USA que são os que mais conheço, Os grupos energéticos que estão no certamente as mudanças mais rele- Brasil sabem disso e já atuam assim em outros países, onde a reguvantes sejam três: lação não é tão favorável como aqui, compensando 1->1 em qualquer ho- A regulação da 482; rário. - A tarifação horária por parte das disPor esse motivo, minha contribuição tribuidoras de energia; para todos os Parceiros é que façam o - Uma atuação mais “intensiva” em máximo de conexão de sistemas FV GD pelas comercializadoras dos gru- possível esse ano para conseguir ficar pos energéticos e de outros grandes dentro da regulação atual e dessa maplayers (exemplo: empresas de capi- neira acelerarmos o crescimento da tal intensivo, redes de varejo, bancos, Fonte Solar FV na matriz energética empresas de Telefonia...) que enxer- brasileira.

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Entrevista

Entrevista exclusiva com Luiz Mello - Diretor de Negócios Corporativos Acumuladores Moura

RBS Magazine - Nos conte um pouco sobre a história da Grupo moura e seus fundadores? A Baterias Moura é a marca líder em acumuladores de energia na América do Sul. Nasceu em 1957, na cidade pernambucana de Belo Jardim, distante 184 quilômetros da capital Recife, a partir dos sonhos dos empreendedores e visionários Edson Mororó Moura e Maria da Conceição Moura. Com mais de 60 anos de história, fornece baterias para as principais montadoras do mundo em atuação no Brasil e para os maiores players dos setores de motos, barcos, empilhadeiras, nobreaks, metrôs, trens, estações de telefonia (Telecom), sistemas de armazenamento (BESS), ente outros. Contando com sete plantas industriais – seis no Brasil e uma na Argentina – fabrica por ano, cerca de 10 milhões de baterias automotivas e mais de 100 milhões de Ah em baterias industriais. RBS Magazine - Como você vê o atual cenário do armazenamento de energia no Brasil? O armazenamento de energia tem um enorme potencial no país e pode contribuir de forma significativa na transformação do Setor Elétrico Brasileiro (SEB), especialmente provendo flexibilidade operativa nas diversas camadas das redes elétricas, seja na geração, na transmissão, na distribuição ou junto ao consumo. Diversas aplicações já encontram viabilida-

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de e podem agregar maior competitividade para indústrias e comércios de diversos segmentos, a exemplo da economia com custos de energia no horário de ponta e garantia de suprimento energético com backup rápido e de qualidade. Para esse mercado, a Moura desenvolveu a primeira tecnologia com baterias 100% nacionais para sistemas de armazenamen-

A Moura desenvolveu a primeira tecnologia com baterias 100% nacionais para sistemas de armazenamento de energia... to de energia, uma solução inteligente e sustentável que pode entregar segurança operativa e economia para as empresas. Os principais agentes do setor elétrico já vêm galgando nos últimos anos um novo marco regulatório, extremamente necessário às mudanças que o SEB vem sofrendo nos últimos anos. O aumento da geração solar e eólica na matriz elétrica, associada à limitação de crescimento das usinas hidroelétricas com reservatórios demandam outras soluções que proporcionem maior flexibilidade operativa da

rede. É fundamental que as novas regulamentações sejam não-restritivas a tecnologias específicas, de modo a permitir que soluções de armazenamento também possam competir no mercado e solucionar com maior eficiência alguns dos problemas do SEB. Quando isso ocorrer, certamente teremos um grande crescimento do mercado nacional, à exemplo do que já ocorreu em outros países. RBS Magazine - Comente um pouco sobre as tecnologias da empresa para armazenamento de energia? Dentro do nosso complexo industrial fizemos investimentos em uma moderna fábrica para integração de sistemas de armazenamento de energia. Nesse mesmo complexo estamos fazendo investimentos para manufatura das soluções de Lítio do Grupo Moura visando o atendimento aos diversos mercados que a Moura atua, inclusive o de armazenamento. A Moura fornece o sistema de armazenamento tanto com baterias de lítio (LFP) quanto de chumbo-carbono, ambas com a vida útil projetada de 10 anos ou mais, sempre entregando o que há de mais moderno no mercado mundial de acumuladores. Além disso, a Moura desenvolveu ao longo dos últimos anos seu próprio EMS (sistema de gestão energética do BESS), o que permite um controle total e personalizado para cada aplicação, dando flexibilidade no atendimento às condições Brasileiras. A tecnologia da Moura engloba todo o


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Entrevista

O FOCO DA MOURA ESTÁ VOLTADO PARA O MERCADO DE BESS DA AMÉRICA DO SUL, ONDE HÁ MUITAS OPORTUNIDADES A SEREM EXPLORADAS ciclo de vida do produto, desde a concepção do projeto, com profissionais especializados e ferramentas específicas, à instalação, operação e manutenção, com suporte da Rede de Serviços Moura, espalhada por todo o país com conhecimento de fabricante de baterias atendendo ao cliente. Por fim, ao final da vida útil, as baterias são recolhidas para destinação final pela própria Moura que tem a maior recicladora de baterias da América do Sul. RBS Magazine - Quem são os principais parceiros da empresa em armazenamento de energia? Possuímos parceiros estratégicos na América do Norte, na Europa e em alguns países da Ásia, com centenas de MW instalados em BESS. Além disso, temos uma parceria para desenvolvimento tecnológico com o Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura – ITEMM, ICT focado exclusivamente em soluções de acumulação de energia. RBS Magazine - Fale sobre os principais cases já realizados pela empresa em AE no BRASIL? Há dois Sistemas de Armazenamento de Energia operando desde 2019 no estado de Pernambuco. O primeiro, na cidade de Belo Jardim, dispõe de 250kW de potência e 560kWh de capacidade, enquanto o segundo está em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e conta com 150 kW de potência e 300 kWh de energia. Ambos os sistemas estão reduzindo custos na hora de ponta das empresas, além de prover uma melhor qualidade de energia e backup instantâneo, permitindo que mesmo em falhas de energia da concessionária a operação das organizações continua sem interrupções. Em processo final de fabricação, estão três sistemas de armazenamento com previsão de instalação ainda esse ano nos estados de MG, SP e AM. Um deles, com 400 kW de potência e 750 kWh de energia com baterias de chumbo-carbono, é parte de um projeto do Programa de P&D da ANEEL, que investiga a inserção técnica e comercial dos sistemas de armazena-

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mento distribuídos e controlados pela concessionária. As principais aplicações desse sistema são: backup da rede, alívio de carga na hora de ponta, estabilidade e qualidade da energia, além de arbitragem de acordo com estímulo tarifário. Esse projeto é o primeiro no Brasil que experimentará o armazenamento de energia de forma integrada com a rede, com sua operação feita diretamente pela própria concessionária local, beneficiando tanto os consumidores quanto a própria Distribuidora de energia. Esse projeto deverá prover importantes subsídios para embasar novas políticas regulatórias para permitirá a inserção dos sistemas de armazenamento de uma forma sustentável no SEB. O projeto em SP contará com um Moura Bess de 100 kW/ 145 kWh com baterias de íons de lítio para aplicação Controle de demanda de (peak shaving), arbitragem (load shifting), regulação de tensão e de fator de potência. Já o projeto no Amazonas de 500 kW/ 500 kWh, visa a eficientização de uma usina termoelétrica, reduzindo o consumo de diesel e o desgaste dos geradores devido às variações bruscas de carga. Ainda em 2020 a Moura inaugurará uma microrrede consorciando um BESS com um sistema FV e um pequeno gerador à diesel. A microrrede contará com o SFV do tipo car port de 310 kWp, um BESS de 560 kWh e um gerador de 75 kVA. Esse sistema proporcionará segurança energética, redução dos custos de energia e uma maior autonomia à operação onde estará instalada, usando de forma eficiente os recursos energéticos locais de geração e armazenamento. Além desses projetos em implantação, há mais de uma dezena de novos projetos em negociação para serem instalados em 2021 no Brasil e em outros países da América Latina. RBS Magazine - O Grupo Moura tem operações fora do Brasil. Conte um pouco sobre as operações de AE da empresa na América do sul e no mundo. O foco da Moura está voltado para o mercado de BESS da América do Sul, onde há

muitas oportunidades a serem exploradas. Possuímos uma operação industrial na Argentina e escritórios comerciais em diversos outros países da região, o que garante muita proximidade e excelência no atendimento aos nossos clientes. Além disso, possuímos parceiros estratégicos na América do Norte, na Europa e em alguns países da Ásia, com centenas de MW instalados em armazenamento de energia. RBS Magazine - Quais outras vantagens do Moura BESS? O Moura Bess, é uma solução turn-key com estrutura modular simples de transportar, rápida de instalar e fácil de operar e manter. Possuem vida útil mínima projetada das baterias de PbC ou Li-íon para 10 anos. Proporciona maior segurança para resposta a eventos inesperados, com rápido tempo de resposta de 30 a 200 milissegundos, evitando quedas de energia. Possui design compacto e robusto, projetado para condições adversas de clima e temperatura, e sistema de sensores e alarmes que proporcionam maior confiabilidade. O EMS do sistema (software de gestão e controle) foi desenvolvido pela própria Moura e é adaptável às necessidades de cada cliente e integrável com SCADA, permitindo monitoramento remoto em tempo real. Com mais de 62 anos de experiência em acumulação de energia, a Moura é o fabricante líder de mercado de baterias na América do Sul. Referência de qualidade na entrega em seus produtos e serviços, a Moura dispõe de um complexo com 6 unidades fabris no Brasil e 01 na Argentina, o que possibilita produção local e maior competitividade nas suas soluções. Um dos aspectos fundamentais é a Rede de Serviços Moura que está espalhada pelo Brasil, oferecendo serviços de Operação e Manutenção em qualquer lugar, a qualquer momento (24/7). Além disso, é detentora da maior recicladoras de baterias do continente Sul-americano e dispõe de um modelo de logística reversa consagrado, alinhado com diretrizes internacionais e promovido há mais de 35 anos.


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Entrevista

A RBS MAGAZINE traz uma entrevista exclusiva com Orlando José da GD PLACE A GD PLACE é uma empresa que desenvolveu uma Ferramenta para comparar preços de kit solar fotovoltaico RBS Magazine - Nos fale um pouco sobre a história da GD PLACE. A alta procura por um bom sistema, capaz de reunir distribuidores e integradores do setor solar, despertou a atenção de quatro empreendedores do ramo em meados de 2018, que começaram a debater a criação de uma solução para atender integradores do setor solar em larga escala, oferecendo um comparativo de preços totalmente integrado com distribuidores de equipamentos do segmento. Em 2019 a ideia começou a sair do papel na cidade de Tijucas, SC e a programação do maior e mais inovador comparador de preços integrado do setor solar começou a se concretizar. Apesar da grandiosidade do projeto, após 18 meses de árduo trabalho, a GDPLACE apresenta oficialmente ao mercado seu sistema, que promete ser o grande aliado das empresas integradoras do setor solar. RBS Magazine - Comente sobre os principais diferenciais desta ferramenta para comparar preços de kit solar fotovoltaico. Somos um inovador Sistema Comparador de Preços entre os principais distribuidores do segmento, possibilitamos o fácil acesso de compra e a venda de geradores de energia solar para todos, de forma ágil e eficaz. Além dos diversos benefícios que ofertamos, como a sugestão dos melhores kits, promoções exclusivas, calculadora solar, gerenciador de orçamentos e vendas, envio de propostas personalizadas, perfor-

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mance comercial, relatórios gerenciais, acompanhamento de pedidos e muito mais. Com isso, iremos facilitar processos e reduzir custos para os integradores, otimizando tempo e aumentando resultados. RBS Magazine - Quais são os principais parceiros da empresa no Brasil? Nosso objetivo é trabalhar entre 12 e 15 distribuidores. Mazer Red Energy GENYX L8 BRASUNNY SOU ENERGY FOTUS EDELTEC RBS Magazine - Qual a estratégias e expectativas neste mercado nos próximos 5 anos? Simplifique suas vendas, essa é a essência da GDPlace, nossa expectativa é atender uma boa porcentagem do mercado de empresas integradoras, nos tornando a empresa líder no Brasil em comparativos de preços no setor de energia solar fotovoltaica. O sistema aproxima novos

negócios e faz com os melhores preços estejam acessíveis a todos. Para isso, contamos com uma equipe preparada, que segue com o lema ‘’sempre estar inovando’’, permanecendo motivada na busca para conhecer cada vez melhor nosso público consumidor, estudando seus hábitos para oferecer a melhor solução aos seus problemas e diante disso, satisfazer suas necessidades. O Sistema Comparador de Preços está em melhoria constante para oferecer um serviço excelente, que atenda as demandas do mercado e que seja realmente uma experiência dinâmica e intuitiva para os integradores! Buscamos trazer agilidade para o integrador em todos os processos. Acreditamos fielmente que quem utilizar a GDPlace como sua parceira, estará à frente de seus concorrentes devido as várias opções de fornecedores e produtos, com preços de kits super atraentes. O sistema chega em boa hora, apesar dos impactos da pandemia no mundo, O avanço da energia solar do brasil é o que mais gera oportunidades de emprego' O mercado solar brasileiro continua crescendo e apresentou forte crescimento no primeiro semestre do ano, O Brasil entrou para o seleto grupo de 20 países líderes em projetos de energia solar fotovoltaica no mundo (Fonte: ABsolar), prova que o segmento está em ascensão e veio para ficar, gerar empregos e mudar a cara do setor energético.


Os Cabos Amphesolar e Conectores são adequados para instalações entre a célula fotovoltaica e os terminais DC do inversor, eles atendem aos requisitos extremos de uso fotovoltaicos.

COMPONENTES PARA

SISTEMAS

FOTOVOLTAICOS

CABOS CONECTORES CAIXAS DE JUNÇÃO FERRAMENTAS DE MONTAGEM LANÇAMENTO

CERTIFICAÇÃO UL TUV IEC IP67 68

CABO AMPHESOLAR

ESCRITÓRIO SÃO PAULO +55 11 3815 1003 vendas@amphenol.com.br

ESTOQUE LOCAL FÁBRICA CAMPINAS +55 19 3757 1133 vendas@amphenol-tfc.com.br

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