RBS Magazine ED. 37

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ISSN 2526-7167

Vol. 04 - Nยบ 37 - NOV/DEZ 2020



ÍNDICE

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Quais são os fatores que afetam a potência e a eficiência dos módulos fotovoltaicos?

12 LONGi’s Hi-MO 5 brings optimal BOS savings for power plants

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Gestão de energia, ISO 50001 e oportunidades

28 Projetos de Lei sobre a Geração Distribuída

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Artigo

Quais são os fatores que afetam a potência e a eficiência dos módulos fotovoltaicos?

Por: João Paulo de Souza

Neste artigo vamos falar sobre o comportamento destes parâmetros operacionais do módulo fotovoltaico, considerando os fatores ambientais que inevitavelmente estarão envolvidos. Por fim, vamos abordar esta questão à nível de sistema, ou seja, o quão relevante é este questionamento quando falamos do sistema fotovoltaico completo Potência dos módulos fotovol- condições: intensidade de radiação taicos solar de 1000 W/m², massa de ar de AM 1.5, temperatura da célula de 25 A potência dos módulos fotovol- °C e velocidade do vento de 1 m/s taicos não é uma potência constante, [1-2]. Isso quer dizer que um módulo ela varia em função da irradiância, de 400W só produzirá 400W quando temperatura da célula fotovoltaica exposto a 1000 W/m² de irradiância, e coeficiente de massa do ar. No en- massa do ar de 1,5, velocidade do tanto, para que todos os fabricantes vento de 1 m/s e a temperatura da de módulos fotovoltaicos possuam célula for de 25 ºC. uma única base de comparação de potência pode-se obter um valor de Normalmente o módulo fotovolpotência do módulo através de um taico passará a maior parte do tempo ensaio em condições ambientais pa- produzindo abaixo de sua potência dronizadas. Para isso foram definidas nominal, mas não é impossível que as condições de teste padrão ou STC ele gere também acima de sua po(do inglês: Standard Test Conditions). tência nominal. Isto porque em pesquisas realizadas no território braPortanto, para fins de padroniza- sileiro foram observados valores de ção e comparação, os módulos foto- irradiância de global horizontal de voltaicos são testados em condições até 1845 W/m² em Caucaia – CE [3]. de teste padrão. As condições de Dependendo das perdas por tempeteste padrão (STC) são condições nas ratura e do nível de degradação naquais os módulos fotovoltaicos são tural do módulo é possível que o mótestados em um laboratório. O teste dulo ultrapasse sua potência nominal do módulo é realizado nas seguintes nesta condição de irradiância. 4

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Calculando a eficiência dos módulos fotovoltaicos Primeiramente, a eficiência das células fotovoltaicas depende de vários fatores, incluindo: reflexo na superfície da célula, perdas no espectro infravermelho e ultravioleta, perdas devido à espessura da célula, perdas devido ao fator de tensão e ao fator de forma, perdas devido a recombinação e perdas na resistência em série. Alguns desses fatores de perda da eficiência da célula fotovoltaica são determinados por leis fundamentais da física, de modo que não podem ser reduzidos. Já as perdas de eficiência que dependem da tecnologia de formação das células fotovoltaicas podem ser reduzidas [2]. A eficiência dos módulos fotovoltaicos é calculada com base em sua potência (em STC) e sua área. Portanto, um módulo de 810W, por exemplo, possuindo dimensões de 2,220m


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Artigo

Se o mesmo módulo tivesse uma eficiência de 22%, ele produziria 1000 * 2 * 0,22 = 440W, que é uma potência 10% maior que a anterior com apenas 2% a mais de eficiência. Essa é uma grande diferença e é por isso que a indústria de módulos fotovoltaicos fica tão animada a cada aumento de eficiência. Entretanto, como você pode ver nos cálculos, a potência do módulo fotovoltaico já leva em conta a sua eficiência. Então, se eu tenho um "módulo de 400W", não importa qual é a sua eficiência, pois ela já faz parte do número 400W. Em outras palavras, módulos de potências iguais não produzirão mais ou menos que o outro, ambos produzirão 400W no STC. A diferença estaria no tamanho do módulo, onde módulos de maior eficiência precisam de menos área do que módulos menos eficientes com a mesma classificação. Outros fatores devem ser considerados Parâmetros operacionais como temperatura da célula fotovoltaica, intensidade de irradiância, umidade e poeira afetam o desempenho do módulo fotovoltaico [4]. Pode não Figura 1 – Etiqueta de eficiência energética de um módulo fotovoltaico. Fonte: DAH Solar. ser novidade para muitos que a potência de saída do módulo seja afeCompreendendo a eficiência dos tada pela temperatura, pois em geral x 1,757m deve ter aproximadamenencontramos na folha de dados técte 20,76% de eficiência. Isto porque módulos fotovoltaicos nicos dos módulos o coeficiente de umas das formas para se calcular a Ao contrário dos inversores onde temperatura relacionado à potência. eficiência de um módulo fotovoltaico 2% a mais de eficiência significa 2% a Entretanto, a eficiência e o fator de é usando a seguinte equação: mais de energia, em um módulo foto- forma – FF (ou fator de preenchimenEficiência [%] = (Potência) / (compri- voltaico 2% a mais de eficiência signi- to) do módulo fotovoltaico de silício mento) x (largura) x (1000 W/m²) En- fica aproximadamente 10% a mais de cristalino também diminui à medida energia. Como pode ser? tão teremos o seguinte: que a temperatura do módulo aumenta [5]. Da mesma forma, a efiVamos dar um exemplo de um ciência e o fator de forma do Eficiência [%] = (810 W) / (2,220 m) x (1,757 m) x (1000 W/m²) = 0,2076 ou módulo fotovoltaico com 20% de efi- módulo fotovoltaico de silício ciência (um número alto, porém ra- também diminui à medida que 20,76% zoável para o mercado atual) e para a irradiância aumenta [6]. Na falta da folha de dados técni- simplificar nosso cálculo usaremos cos, podemos calcular a eficiência do um módulo de 2 metros quadrados Momento Cultural: Qual a dimódulo fotovoltaico usando os dados de área. ferença entre irradiância e irrada etiqueta de eficiência energética. diação solar? A irradiância solar, Desta forma, usando a equação dada em watt por metro quadraPor exemplo, para o módulo de de eficiência e assumindo uma irradido (W/m²) é o fluxo de radiação 330W da Figura 1, que possui uma ância de 1000 W/m² incidindo sobre solar que incide em uma superfície área de 1,94 m² teremos o seguinte: o módulo de 20% de eficiência, a poe é composta por suas componenEficiência [%] = (330 W) / (1,94 m²) x tência do módulo fotovoltaico será: tes direta e difusa. A irradiação 1000 * 2 * 0,2 = 400W. (1000 W/m²) = 0,1701 ou 17,01%. solar ou energia radiante inciden-

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Artigo

Note que se compararmos o mómente, outros parâmetros também influenciam no desempenho do mó- dulo de 365W da Figura 2 com o de dulo. Porém, como os demais fato- 370W da Figura 3 observaremos o res irão influenciar diretamente na mesmo padrão, ou seja, uma difetemperatura ou na irradiância, para rença de apenas 0,03% na eficiência. Como não existe um coeficiente o que se propõe este artigo julgamos Isto é esperado, visto que se tratam de temperatura relacionado à efi- redundante e desnecessário se apro- de módulos da mesma tecnologia, ou seja, de silício policristalino. A difeciência presente na folha de dados fundar nos mesmos. rença entre as eficiências dos módutécnicos dos módulos fotovoltaicos, Comparando folha de dados e los pode ser considerada desprezível vamos citar os resultados obtidos nos para fins de análise de produção de respectivos estudos para se ter uma calculando eficiência energia. noção quantitativa desta perda de efiAs Figuras 2 e 3 apresentam treciência por temperatura. Radziemska Agora observem as Figuras 4 e [5] verificou uma diminuição da efi- chos de folhas de dados técnicos de ciência de 0,08% para cada aumento famílias de módulos de silício poli- 5. Tratam-se de famílias de módulos de 1 grau Kelvin na temperatura do cristalino. Destacamos em amarelo o de silício mono PERC com 156 célumódulo de silício cristalino. Enquan- módulo da Figura 2 de 370W, o qual las Half-Cell Multi-busbar. Para fato Ugwuoke and Okeke [6] verifica- possui uma potência 5W menor que o zer uma comparação justa estamos ram uma diminuição da eficiência de módulo de 375W destacado na Figu- comparando módulos de potência e 3.62%, 7.65%, e 9.61% para módulos ra 3, porém a eficiência do módulo de tecnologia idênticas. É possível obde silício amorfo, policristalino e mo- 370W é ligeiramente maior (0,03%). servar várias eficiências idênticas, nocristalino, respectivamente, quando o valor de irradiancia subiu de 600W/m² para 1000 W/m². Quando a irradiância era de 600 W/m², as eficiências encontradas nos módulos de silício amorfo, policristalino e monocristalino foram de 4,94%, 9,67%, e 12,97%, respectivamente. Portanto, a eficiência diminuiu cerca de 0,33%, 0,51% e 0,84% para módulos fotovoltaicos de silício amorfo, policristalino Figura 2 – Módulo de silício policristalino de 370W com eficiência de 18,65% no STC. e monocristalino, respectivamente, Fonte: Canadian Solar. para cada aumento de 100 W/m² na irradiância solar [6]. te acumulada em um intervalo de tempo é dada em watt hora por metro quadrado (Wh/m²) ou joule por metro quadrado (J/m²) [7].

Ao buscar um estudo semelhante porém mais atual, encontramos um estudo de 2018 feito com um módulo de silício policristalino com eficiência de 15,37% no STC e na temperatura de 45,50 ºC foi observada uma eficiência de 11,4% [8]. Dados os resultados destes estudos, é possível constatar que se compararmos as perdas de potência e eficiência com o aumento da temperatura, a perda de potência é maior que a perda de eficiência à medida que a temperatura aumenta. Por outro lado, se compararmos o aumento da potência e a perda da eficiência com o aumento da irradiância, é possível constatar que o aumento da potência é mais significativo que a perda de eficiência. Até aqui falamos apenas de fatores como temperatura e irradiância influenciando na potência e na eficiência. Como mencionado anterior8

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Figura 3 – Módulo de silício policristalino de 375W com eficiência de 18,62% no STC. Fonte: DAH Solar.

Figura 4 – Família de módulos de silício mono PERC com 156 células Half-Cell Multi-busbar de 435W a 455W no STC. Fonte: JA Solar.

Figura 5 – Família de módulos de silício mono PERC com 156 células Half-Cell Multi-busbar de 430W a 455W no STC. Fonte: Risen Energy.


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Artigo

então, novamente a diferença entre as eficiências dos módulos pode ser considerada desprezível para fins de análise de produção de energia. Então, é possível concluir que se compararmos módulos de mesma tecnologia e potência, a eficiência acaba por não se tornar um fator determinante. Isto mostra também que comparar eficiências com base apenas nos fabricantes e desconsiderar a diferença de tecnologias pode nos levar a conclusões completamente erradas. Afinal, vimos que Ugwuoke and Okeke [6] verificaram uma maior perda de eficiência em função do aumento da temperatura nos módulos de silício monocristalino (que possuem eficiências maiores no STC) em comparação aos módulos de silício policristalino e amorfo.

Figura 6 – Tabela de eficiência energética – Módulos. Fonte: INMETRO.

Quando falamos em eficiência em um sistema de geração fotovoltaica, não podemos nos esquecer de que a eficiência do sistema é muito mais importante que a eficiência de um de seus componentes. A eficiência de um sistema fotovoltaico depende da arquitetura do sistema FV, das perdas características desse sistema (mismatch, perdas ohmicas, Quando comparamos o desem- etc), da eficiência dos módulos, dos penho de módulos de diferentes tec- inversores e dos transformadores nologias, as condições climáticas do que eventualmente possam compor local onde serão instalados os mó- esse sistema FV. dulos são mais importantes do que o Portanto, não adianta nada ter parâmetro de eficiência. Isto foi mostrado em artigos anteriores, então os módulos fotovoltaicos mais efirecomendamos a leitura dos artigos cientes do mercado se eles fizerem “Módulos Fotovoltaicos – Monocris- parte de um sistema fotovoltaico inetalino ou Policristalino – Qual a me- ficiente. lhor dessas duas tecnologias para o Classes de Eficiência Energética Brasil?” e “Desempenho de Diferentes Módulos em Climas Distintos no de Módulos Fotovoltaicos Brasil” reproduzidos anteriormente Isto nos faz lembrar de uma situno nosso blog se quiser saber mais sobre o desempenho de módulos de ação curiosa que persiste até a data de publicação deste artigo. O INMEdiferentes tecnologias. TRO, através do Programa Brasileiro Um sistema fotovoltaico não é de Etiquetagem, definiu classes de eficiência energética para módulos composto apenas por módulos fotovoltaicos. Mesmo que o módulo Até aqui o foco da discussão es- não se trate de um dispositivo que tava apenas nos módulos fotovoltai- consome energia e mesmo que socos, porém, um sistema fotovoltaico zinho ele não consiga gerar energia não é composto apenas por módulos. elétrica em corrente alternada foi es-

tabelecida uma tabela de eficiência energética para os mesmos [9], conforme mostra a Figura 6. Como pode ser observado, basta que um módulo fotovoltaico de silício cristalino tenha uma eficiência maior que 13,5% que ele será considerado um módulo Classe A. Pois bem, não existem mais no mercado módulos com eficiências menores que 13,5%. Isso quer dizer que todos os módulos fotovoltaicos do mercado são Classe A. Então, além da eficiência dos módulos não serem referência de eficiência energética de um sistema fotovoltaico completo, cria-se uma falsa sensação de qualidade. Por exemplo, uma empresa de instalação pode oferecer qualquer módulo fotovoltaico, pois o mesmo sempre será de Classe A e incluir o pior inversor que existir no mercado. Um consumidor leigo no assunto poderá ser induzido a escolher um sistema supostamente Classe A. Mesmo que essa tabela seja atualizada para a realidade do mercado, ainda assim induzirá o consumidor a escolher um sistema cuja eficiência não irá condizer com a eficiência presente na etiqueta do módulo. Nem mesmo uma eventual etiqueta de classe para inversores (que chegou a

COMO PODE SER OBSERVADO, BASTA QUE UM MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO CRISTALINO TENHA UMA EFICIÊNCIA MAIOR QUE 13,5% QUE ELE SERÁ CONSIDERADO UM MÓDULO CLASSE A 10

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Artigo

A POTÊNCIA E A EFICIÊNCIA DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS NÃO SÃO CONSTANTES, ELAS VARIAM EM FUNÇÃO DE FATORES AMBIENTAIS ser discutida pelo INMETRO) poderia maior de energia em comparação auxiliar o consumidor a escolher o com um módulo de mesma potência sistema mais eficiente. Afinal, a efici- com menor eficiência. ência do sistema dependerá do proFicou alguma dúvida sobre o asjeto como um todo. sunto ou quer saber mais? Comente aqui. Curioso agora para saber mais Conclusão sobre eficiências de inversores fotoA potência e a eficiência dos mó- voltaicos? Falaremos sobre isso no dulos fotovoltaicos não são constan- próximo artigo! Não deixe de acomtes, elas variam em função de fato- panhar nosso Blog e deixar comentáres ambientais, como: irradiância, rios. temperatura da célula fotovoltaica e coeficiente de massa do ar, dentre Referências outros. A potência e a eficiência dos módulos fotovoltaicos são parâmetros importantes que devem permanecer presentes em todas as folhas de dados técnicos dos módulos fotovoltaicos, porém devem ser analisados no seu devido contexto e de acordo com cada projeto. A potência e a eficiência dos módulos são medidas em condições de teste padrão, ou seja, em ambiente controlado. Como vimos aqui, esses dois parâmetros variam em função de fatores ambientais, os quais devem ser considerados no projeto, pois influenciarão no resultado da geração de energia elétrica. Em outras palavras, isto quer dizer que um módulo com uma eficiência maior na folha de dados, não implicará necessariamente em uma geração

[1] R. Thomas, M. Fordham, “Photovoltaics and Architecture”, Spon Press, London and New York, 2001. [2] Tomislav Pavlovic, “The Sun And Photovoltaic Technologies”, Green Energy And Technology Series, Springer, 2020. ISBN 978-3-030-22403-5.

Energy Conversion and Management, 103: 348-58. [5] Radziemska E. (2003). . Renew Energy, 28(1):1–12. [6] Ugwuoke P. E., Okeke C. E. (2012). “Performance Assessment of Three Different PV Modules as a Function of Solar Insolation in South Eastern Nigeria” International Journal of Applied Science and Technology, 2(3):319–27. [7] Pereira, E. B.; Martins, F. R.; Gonçalves, A. R.; Costa, R. S.; Lima, F. J. L.; Ruther, R.; Abreu, S. L.; Tiepolo, G. M.;Pereira, S. V.; Souza, J. G. “Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2ª Edição”; INPE: São José dos Campos, Brazil, 2017.

[3] L. R. do Nascimento, T. de Souza Viana, R. A. Campos, R. Rüther, “Extreme Solar Overirradiance Events: Occurrence and Impacts on Utility-Scale Photovoltaic Power Plants in Brazil”, Sol. Energy. 186 (2019) 370–381.

[8] Ahmad S. A., Abubakar M., Ghani M. U., Noor A. (2018). “Performance Estimation of Polycrystalline Photovoltaic Module During Summer”. International Journal for Research in Applied Science & Engineering Technology (IJRASET), 2321-9653.

[4] Rahman, M. M., M. Hasanuzzaman, and N. A. Rahim. (2015). “Effects of Various Parameters on PV-Module Power and Efficiency”,

[9] Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Disponível em: Acesso em: 11 de set. de 2020.

João Paulo de Souza - Responsável técnico da Ecori Energia Solar, especialista em sistemas fotovoltaicos com tecnologia MLPE. Possui certificação para responsável de empresa de projeto e instalação de módulos fotovoltaicos pelo Instituto Totum. Mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, graduação em Engenharia Elétrica Industrial e curso técnico- profissionalizante em Eletrotécnica Industrial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA. Membro do Comitê Técnico Brasileiro de Sistemas de Conversão Fotovoltaicas de Energia Solar ABNT/CB-003. Foi engenheiro de sistemas aeroespaciais na Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). Foi pesquisador colaborador no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Trabalhou na montagem do Laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação (LINCS) no IAE.

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LONGi’s Hi-MO 5 brings optimal BOS savings for power plants Estimativa é de que até o ano de 2026 o armazenamento de energia distribuído atingirá 27,4 GW On June 29th LONGi launched its new Hi-MO 5 product for ultra large power plants. Hi-MO 5 is based on M10 gallium doped monocrystalline wafers and uses smart soldering technology. The 72c module power reaches 540W, with an efficiency of more than 21%. The product not only has excellent reliability on the manufacturing side, but also brings more value to customers on the system side. This article will explain how Hi-MO 5 performs so well on the BOS cost saving side and its underlying logic.

According to 1500V system voltage and extreme low temperature, the number of strings can be determined. Compared with a G1 module, Hi-MO 5 can maintain the same number of strings. However, the number of single strings for a G12 module will be reduced by one piece. Therefore, the string power of Hi-MO 5 will be 30.5% higher than a G1 module and 12.1% higher than a G12 module. Saving the cost of brackets

Scientific BOS analysis model

For two rows of landscape brackets, one can support two strings of modules. The higher the single string The calculation is based on the mainstream power of power, the higher the module power on the bracket. The bifacial modules, with a 410W G1 module and a 495W bracket can support higher power of modules by extenG12 module compared with Hi-MO 5. It can be seen that ding the rail - in this case the increase of steel consumpHi-MO 5 has obvious advantages both in power and effi- tion is less than the increase of single string power, thus the cost of bracket per watt will be reduced. ciency. According to module weight and environmental snow and wind pressure, the bracket consumption can be calculated. For the same 3.44MW array, the total steel consumption of brackets for Hi-MO5 is 9.9% less than for a G1 module and 2.5% less than for a G12 module, which will also bring the same level of cost saving in brackets: the cost of brackets for Hi-MO5 is $0.37 cents/W The standard environmental conditions are set as less than for a G1 module and $0.08 cents/W less than follows: Flat terrain, extreme low temperature of -13°, for a G12. high temperature of 40°, basic wind pressure 0.4kN/M2, basic snow pressure 0.5kN/M2 the tilt angle is 20°. In equipment selection, a 3.125MW centralized inverter (1500V) is used, with the DC to AC ratio about 1.1 (the array capacity is 3.44MW), a 24 to 1 combining box is chosen; a fixed bracket with portrait mounting type (considering the fairness of calculation, 4 rows landscape mounting is not used). Dig deep into key factors: single string power In the development stage of Hi-MO 4, LONGi realized that single string power is the key factor for determining system BOS. Therefore, on the premise of product feasibility, the priority is to increase module current without changing module voltage, which will avoid the influence on the number of module strings. 12

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Saving on cost of pile foundation According to the mechanical loading and environmental conditions, the steel consumption of brackets and number of pile foundations can be determined. In this design scenario, the number of pile foundations for a Hi-MO 5 is one more than that for a G12, but with total brackets reduced, the total pile foundation will also be reduced.


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the Hi-MO 5 will be reduced significantly. In this case, the cost of a Hi-MO 5 is $0.476 cents/W less than that of a G1 module and $0.115 cents/W less than that of a G12.

Saving on manual installation costs

The cost of Hi-MO 5 is $ 0.35 cents/W less than that of a G1 module and $ 0.27 cents/W less than that of a G12. Saving on land cost

With the same array capacity, the number of modules and bracket weight will be reduced by choosing Hi-MO 5. Based on 2.1 dollars/piece for module installation and 211.3 dollars/ton for bracket installation, the total installation cost for Hi-MO 5 is 0.186 US cents/W less than that for a G1 module and 0.046 US cents/W less than that for a G12.

The PV array can be formed by arranging brackets acConsidering all these factors (brackets, pile foundacording to the array space, thus calculating the area of the array. On the one hand, the efficiency improvement tions, cables, combiner boxes, installation and land cost), of Hi-MO 5 will reduce the total coverage area of module and array gap; On the other, the increase of single string power will reduce the number of brackets and the area of bracket gap. It can be seen in the following table that the land cost of Hi-MO 5 is 4.6% less than that of a G1 module and 2.1% less than that of a G12. The detailed cost savings will depend on fees for land occupation, rent and usage. In this case, an annual rent fee of 35 dollars per mu is used for calculation.

the BOS of a Hi-MO 5 is 1.44 US cents/W less than that of a G1 module and 0.535 US cents/W less than that of a G12. Summary In this article, under the premise of setting standard environmental conditions, the BOS cost saving for a Hi-MO 5 compared with G1 and G12 modules is calculated The combiner box is used for bringing 24 string mo- based on centralized and string inverters. It is proven that dules together, the increase of single string power redu- Hi-MO 5 is the product with the lowest LCOE for ultra-larcing the number of combiner boxes. The cable is used to ge power plants. If using a tracker system, the Hi-MO 5 connect each string to the combiner box, with DC cable will save more in tracker costs. Additionally, when using a used to connect the combiner box and inverter. Due to string inverter, the Hi-MO 5 can significantly increase the the decrease in module strings, combiner boxes and ar- DC to AC ratio, thus diluting the cost of all the equipment ray area, the cable consumption and installation costs for on the AC side and bringing more value to investors. Saving on cable and combiner box costs

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GESTÃO DE ENERGIA, ISO 50001 E OPORTUNIDADES Breno Barbosa Guedes Nunes - Engenheiro Eletricista Neonorte Engenharia

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mudança do cenário energético nacional para sustentabilidade tem sido um tema cada vez mais discutido. Dentre os temas abordados, ressaltam-se: a conservação de energia, a eficiência energética e a modificação das formas de produção de energia, na busca de maior participação de fontes renováveis, com destaque à energia solar fotovoltaica nos últimos anos. A conservação de energia e sua utilização eficiente devem ser importantes bases de apoio para qualquer política energética. O consenso de que é possível manter o crescimento econômico de forma sustentável com a utilização de menos energia, se houver mais eficiência na utilização dos limitados recursos tem sido amplamente divulgado pela sociedade de modo geral. Reduzir o consumo 16

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tem custo menor do que aumentar a oferta de energia. Ações de conservação de energia elétrica, eficiência energética e uso racional de energia podem ser realizadas por meio de medidas tanto do lado da oferta de energia, racionalizando-se a produção e distribuição, quanto do lado da demanda, atuando-se nos usos finais. No contexto da eficiência energética, entende-se por racionalização uma série de medidas que têm em vista a redução do consumo, sem que haja perda de comodidade por parte do consumidor.

vel para realizar suas tarefas, ou seja, que tenha o mínimo de perdas possível. A produção e o uso da energia representam cerca de dois terços das emissões de gases do efeito estufa. A redução do uso da energia contribui para reduzir o impacto sobre o clima, permitindo um crescimento econômico sustentável e a melhoria da segurança energética. As organizações, sejam elas dos mais diversos setores, de qualquer tamanho, público ou privada, possuem um papel extremamente relevante na busca de um futuro sustentável.

Uma boa maneira de racionalizar energia é aumentar e eficiência Além de representar uma redudos equipamentos utilizados, o que ção dos custos operacionais. Com significa ter equipamentos que des- menor consumo, diminuem os rispendam o mínimo de energia possí- cos de exposição a preços voláteis


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A VANTAGEM DE USAR

Você sabia que estruturas que já vem com chapa de aterramento reduzem o tempo de instalação? Agilidade na instalação é uma grande vantagem competitiva. Atenta à esta realidade, a Solar Group oferece, junto com as suas estruturas, a Chapa de Aterramento. Em vez de precisar puxar fios em cada módulo para aterrar, a Chapa permite que a instalação seja feita em série, ligando o último módulo à string box e direcionando um único cabo para a função de descarga elétrica, ou seja, para a "terra". Segundo os engenheiros da Solar Group, projetos de 460 kWp conseguem reduzir em 4 dias o tempo total de instalação, graças às c hapas de aterramento. Quer saber mais sobre as estruturas da Solar Group? Capture o QR Code com o seu celular ou acesse:

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A GESTÃO DE ENERGIA TRATA DA ADMINISTRAÇÃO COM VISTAS A PROMOVER O USO RACIONAL DOS RECURSOS ENERGÉTICOS da energia. Quando os equipamentos operam com maior eficiência, as ocorrências de falhas tendem a diminuir. A degradação energética implica degradação mecânica. A melhoria da eficiência contribui para reduzir os custos com manutenção, o que constitui um benefício indireto. E isso pode ser feito pela melhoria da gestão energética.

Ela reúne um conjunto de requisitos a para um efetivo SGE:

De acordo com a U.S. Energy Information Administration (EIA), conservação de energia e eficiência não são sinônimos, mas estão relacionados. A conservação abrange a eficiência.

• Criação de banco de dados para melhor entendimento e tomada de decisões sobre o uso da energia;

A gestão de energia trata da administração com vistas a promover o uso racional dos recursos energéticos. A gestão vai além de ações isoladas de conservação e de eficiência. Exige esforços contínuos para promover a melhoria do desempenho energético mediantes o estabelecimento de políticas, objetivos, metas e planos de ação.

• Revisão da efetividade da performance da política adotada;

A gestão inclui medição, documentação, práticas de projeto e de aquisição de equipamentos, sistemas e processos, treinamento de pessoal, envolvimento de todos os níveis e funções da organização. Em 2011, a International Organization for Standardization (ISO), organização internacional não governamental, maior desenvolvedora de normas voluntárias internacionais, desenvolveu uma norma específica para gestão de energia. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a única representante da ISSO. A família de normas ISO 50000, com destaque para a ABNT NBR ISO 500001, serve como roteiro de aplicação global para auxiliar as organizações a desenvolverem um Sistema de Gestão de Energia (SGE). 18

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• Desenvolvimento de uma política para uso mais eficiente da energia; • Fixação de metas e objetivos em consonância com a política estabelecida;

• Medição dos resultados;

• Melhoria contínua da gestão de energia. A ISO 50001 é baseada em outros padrões bem conhecidos, como a ISO 9001 e ISO 14001. O que facilita a sua integração em organizações que já trabalham seguindo essas Normas. Ela se baseia no conceito do PDCA (Plan-Do-Check-Act) de melhoria contínua. Com base na ISO 50001: “No contexto da gestão de energia, a abordagem PDCA pode ser descrita como segue: Plan (planejar): executar a revisão energética e estabelecer a linha de base, indicadores de desempenho energético, objetivos, metas e planos de ação necessários para obter resultados que levarão à melhoria de desempenho energético em conformidade com a política energética da organização. Do (fazer): implementar os planos de ação da gestão da energia. Check (verificar): monitorar e medir processos e características

principais de operações que determinam o desempenho energético em relação à políticas e objetivos energéticos, e divulgar os resultados. Act (agir): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho energético e o SGE.” A implementação bem sucedida desta Norma depende do comprometimento de todos os níveis e funções da organização e, especialmente, da gestão de topo. Assim como as demais normas de sistema de gestão ISSO, a certificação ISO 50001 não é obrigatória. No entanto, os benefícios da certificação vão muito além da eficiência energética, sustentabilidade e redução de custos. A organização passa a ser reconhecida tanto pelo mercado, que avalia as Normas da ISO como referência de melhores práticas, quanto pelos próprios colaboradores e parceiros, o que facilita no processo de gestão. Diante do exposto, as áreas de atuação no campo da conservação de energia e eficiência energética são extremamente vastas, podendo-se trabalhar desde a informação dos consumidores, até modificações de estruturas tarifárias de modo a induzir consumidores e concessionárias a investirem na conservação de energia. Sem dúvida nenhuma, a gestão de energia é um projeto com retorno garantido. Não se limitando apenas ao quesito econômico, da mesma forma, abraçando o quesito ambiental e estratégico. Ainda são poucas as organizações certificadas na ISO 50001. O que demonstra um horizonte repleto de oportunidades para as empresas que atuam no setor elétrico.


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Artigo

O CAMINHO PARA UM MELHOR LCOE (CUSTO NIVELADO DE ENERGIA) – AVALIAÇÃO DO VALOR DE SISTEMA PARA O PAINEL VERTEX 600W + BIFACIAL DUAL-GLASS COM RASTREADOR DE EIXO ÚNICO Desde o lançamento dos primeiros painéis avançados Vertex 210 mm em fevereiro de 2020, a linha de produtos da Trina Solar tem lançado cada vez mais produtos, todos diferentes, incluindo o Vertex S 400W e a série Vertex de 500W, 550W, 600W - ideais para aplicações em telhados residenciais, comerciais ou em usinas de energia de grande porte, e adequados para múltiplos usos na agricultura e na pesca.

jornada para avançar na era 600 W+, com uma série de produtos extremamente confiáveis, de alta-potência, alta-eficiência e alto-rendimento.

Existem hoje várias discussões sobre como os painéis de potência ultra-alta podem preservar o valor do consumidor, enquanto reduzem custos. Para provar ainda mais que esta é a melhor estratégia para redução do LCOE, a Trina Solar convidou a DNV GL para avaliar este design em Nesta era de paridade de rede, a termos de custos BOS e LCOE. Através série Vertex conta com uma vanta- do sistema de avaliação abrangente e gem significativa quando se trata do objetivo, por uma metodologia inCusto Nivelado de Energia (LCOE). dependente, o conceito de design Institutos de design líderes, tanto “baixa voltagem, alta potência por no cenário estrangeiro quanto do- string” pode ser demonstrado para a méstico, bem como a organização indústria e para os consumidores. independente e conhecida DNV GL Hipótese para Avaliação avaliaram a vantagem do LCOE e o valor dos painéis Vertex 210mm, parPara encaixar em diferentes proticularmente a série Vertex bifacial dual-glass. O relatório conclui que jetos solares, a avaliação foi feita em o painel Vertex 545W bifacial dual- locais típicos para uso fotovoltaico, -glass tem o melhor Custo Nivelado na Espanha e no Texas, Estados Unide Energia (LCOE), e tem uma per- dos, com as coordenadas e clima a formance significativamente melhor seguir: do que os painéis 166 mm, 450 W e 182 mm, 553 W convencionais, em termos de custos para Equilíbrio do Sistema (BOS). Painéis de alta potência e alta eficiência estão, inevitavelmente, se tornando mais populares durante a era de paridade de rede. Com sua pesquisa de ponta e desenvolvimento de painéis de eficiência ultra-alta, a Trina Solar liderou a indústria na sua 20

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Informações sobre o Clima Local Nestas localizações, a DNV GL comparou os custos BOS e LCOE do painel bifacial dual-glass 16mm


Pieta.tech e Sou Energy assinam o maior contrato de fornecimento de projetos FV para integradores do Brasil. A parceria ermada entre a distribuidora de eauipamentos e o escritorio de projetos visa democratizar o acesso a projetos com alto padŗo de aualidade a um preco mais acesssvela A distribuidora realizou uma grande compra de projetos em atacado e repassar+ essa vantagem competitiva aos seus parceiros atraves de cupons da Pieta.!ech disponibilizados na sua plata orma de ecommerce e:clusiva para revendedoresa Essa aço tambem beneecia diretamente os clientes dos revendedores da Sou Energ , uma vez aue garante alta aualidade no projeto e atendimento as normas vigentes, trazendo maior seguranca na aauisiçoa Para os revendedores, o ganho vai muito alem do projeto em si, pois a Pieta.!ech realizar+ todo o processo de homologaço do sistema na distribuidora de energia, permitindo ao revendedor mais disponibilidade de tempo para Na foto, da esquerda para a direita: Carlos Kleber Pinho, CEO da Sou

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Parâmetros do design da usina de energia e diagramas em simulação 3D 450W, painel 182mm, 535W e o paiabaixo: nel Vertex bifacial dual-glass 210mm545W, baseado em uma capacidade fixa de 100 MW AC, com o mesmo design de proporção DC/AC na usina de energia. Em termos de design do sistema, os projetos adotaram um rastreador de fila única, montado em modo retrato, com eixo único (1P) equipado com um inversor de string. A proporção de cobertura de terra (GCR) foi definida para garantir oclusões de sombra consistentes no paiDesign de layout da usina de energia na Espanha // Desenho do layout da usina de energia nos EUA nel bifacial. Este design buscou manter o controle sobre o clima e design de projeto, ao mesmo tempo em que era possível comparar, de forma objetiva, os custos e LCOE de um painel diferente. Para fazer a comparação mais significativa, os rastreadores e inversores utilizados foram todos produtos de uso comum. Os custos dos três sistemas testados foram baseados em custos locais, de modo a serem consistentes, abrangentes e objetivos quando comparado a tarifa em rede, assim como os custos de operação e manutenção. Resultados da Avaliação: No projeto da Espanha, quando comparado ao painel 166mm bifacial dual-glass 450W, o Vertex 210mm bifacial dual-glass 545W da Trina Solar economizou, , no investimento inicial, até 2,16 centavos de Euro por watt, reduzindo o LCOE em cerca de 3%. Comparado com o painel 182mm bifacial dual-glass 535W, o investimento inicial foi reduzido em 0.2 centavos de Euro por watt, reduzindo o LCOE em 0.3%. Nos Estados Unidos, quando comparado ao painel 166mm bifacial dual-glass 450W, o Vertex 210mm bifacial dual-glass 545W da Trina Solar economizou,, no investimento inicial, até US$0.4 por watt, reduzindo o LCOE em cerca de 3.9%. Comparado com o painel 182mm bifacial dual-glass 535W, o investimento inicial foi reduzido em US$ 0.1 por watt, reduzindo o LCOE em 0.5%. dos

Comparação de custos estima-

Através destas comparações, o painel Vertex da Trina Solar pode, de forma significativa, reduzir custos, 22

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Artigo

especialmente em termos de LCOE, graças à sua eficiência em gerar energia e seu design de baixa voltagem e alta potência por string. De um lado, os painéis 210mm 545W de potência ultra-alta podem reduzir o número de painéis na instalação e, por outro lado, o icônico design de baixa-voltagem presente no painel Vertex 210mm pode conectar via string mais painéis com a voltagem 1,500V. Esse fator pode impulsionar a potência de um string, com menos strings conectados. Por sua vez, ele pode economizar os custos em material e mão-de-obra associados com o trabalho de cabos DC, reduzindo, desta forma, o investimento inicial. Os cálculos acima condizem com os rastreadores 1P já existentes e comuns. Segundo a DNV GL “com a maior otimização e extensão do comprimento do rastreador, o painel Vertex 210mm 545W irá economizar mais nos custos BOS e LCOE do que os outros dois painéis, dando ainda mais vantagens.” Atualmente a Aliança 600W+ e fabricantes conhecidos de rastreadores estão, ou desenvolvendo, ou lançando rastreadores cada vez mais otimizados para estes painéis. A parceria entre os membros da Aliança Fotovoltaica Ecológica de Inovação Aberta 600W+, junto com a mentalidade de design focada em painéis, rastreadores, inversores e soluções de baixa voltagem e alta potência por string, faz com que todas as soluções estejam no lugar certo. Este é um passo crítico para que a in24

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dústria fotovoltaica alcance o melhor em uma marca no mundo de energia IoT (Internet of Things), estabelecenLCOE. do a Aliança de Desenvolvimento da Concluindo, o painel Vertex Indústria IoT Trina Solar e o Centro 210mm da Trina e seu design de bai- IoT de Nova Tecnologia e Inovação da xa voltagem e alta potência por string Indústria, em conjunto com os líderes pode fornecer economia significativa da indústria em termos de produção nos custos BOS e LCOE do sistema. e institutos de pesquisa, tanto dentro Ele estabelece um novo padrão de quanto fora da China, e construineconomia de custos, garantindo os do uma plataforma inovadora para ganhos do projeto e maximizando o pesquisa no campo de energia IoT, valor do consumidor, fazendo com bem como a ecosfera IoT com inúque a energia FV solar seja mais com- meros sócios, e está comprometida a se tornar uma líder global no setor petitiva em termos de custos. de energia inteligente. No dia 10 de * Para mais informações sobre Junho de 2020, a Trina Solar lançou o relatório de avaliação dos painéis suas primeiras A-Shares no Conselho Vertex da Trina, por favor entre em de Inovação em Ciência e Tecnolocontato com a Trina Solar no Brasil. gia da Bolsa de Xangai, tornando-se E, por favor, acompanhe a série “O o primeiro produto FV, sistema FV e Caminho para um melhor LCOE” - la- empresa de energia inteligente a ser listada no Conselho De Inovação em tam@trinasolar.com Ciência e Tecnologia da Bolsa de XanSobre a Trina Solar (688599. SH) gai, também conhecida como STAR MARKET. Fundada em 1997, a Trina Solar é uma líder entre fornecedores globais de módulos fotovoltaicos integrados e soluções completas de energia inteligente. Seus negócios abrangem pesquisa e desenvolvimento, maPara mais informações, por favor nufatura e vendas de produtos FV; visite www.trinasolar.com desenvolvimento de projetos FV, EPC (Engenharia, Construção e MonContato com a imprensa tagem), Operações & Manutenção; microrredes inteligentes, desenvolRoberto Pellim vimento e venda de sistemas mulroberto@grupocasa.com.br ti-energia, bem como a operação +55 11 97673-9390 e administração de plataformas de energia em nuvem. Carolina Martinelli carolina@grupocasa.com.br Em 2018, a companhia tomou a +55 19 99262-0570 iniciativa e começou a se desenvolver +55 11 3078-7300


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Além do reduzido impacto ambiental, a geração fotovoltaica é a que mais gera empregos entre as energias renováveis...

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Brasil ultrapassou a marca de 295 mil sistemas de geração distribuída de energia elétrica conectadas à rede – painéis solares em telhados ou terrenos, aproveitamento da biomassa, Centrais Geradoras Hidrelétricas de até 5 MW, entre outros projetos que se enquadram nessa modalidade.1

conteve um pouco a velocidade do crescimento, mas estimamos que o ritmo será retomado quando o País voltar à rotina. O otimismo se deve ao fato de que os sistemas de GD representam uma economia financeira considerável para os consumidores e contribuem para a criação de um mundo mais sustentável.

Todavia, embora haja avanços, o mercado nacional ainda é pequeno na comparação com os outros: Austrália, China, Estados Unidos e Japão, por exemplo, já ultrapassaram dois milhões de unidades conectadas à rede. O Brasil soma 3,7 GW de potência instalada considerando todas as fontes renováveis usada na GD, sendo que a maior parte é relativa à energia solar fotovoltaica, 3,5 GWp. Enquanto isso, o Japão e a Alemanha, O ritmo de expansão da GD ace- com populações bem menores, têm lerou definitivamente, impulsionado respectivamente 61 GWp e 48 GWp pela queda nos preços dos equipa- de potência instalada somente na mentos, pela valorização da energia fonte solar. limpa obtida de fontes renováveis e, principalmente, pelo significativo auAlém do reduzido impacto ammento nos preços da energia elétrica. biental, a geração fotovoltaica é a As crises sanitárias e econômicas pro- que mais gera empregos entre as vocadas pela pandemia da Covid-19 energias renováveis. No mundo, ela emprega 3,4 milhões de pessoas di1 Carlos Evangelista* e Aurélio Souza** reta e indiretamente, segundo a O número de instalações em 2019 foi três vezes maior do que no ano anterior: foram mais de 90 mil unidades instaladas, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em comparação com cerca de 30 mil em 2018. Em 2020, já foram instalados mais de 116 mil sistemas, número levemente inferior ao instalado em 2019.


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Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Estima-se que para cada megawatt instalado sejam gerados 30 postos de trabalho por ano, sendo que em mercados mais maduros, este número reduz para quase metade. Esse fato reflete a maior eficiência na medida que as empresas vão se profissionalizando e se aperfeiçoando.

naram evidente a necessidade que a GD, instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil e recuperação econômica pós-crise de saúde global, seja tratada em Projeto de Lei específico. Nesse sentido, diversas propostas para a criação de uma espécie de marco regulatório para a GD.

Uma destas propostas é o PL 616/2020, protocolado pelo deputado Marcelo Ramos (PL – AM), desconsidera os apelos da sociedade por energia limpa e extingue, a partir de 2023, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), por meio do qual os consumidores que hoje investem em sistemas próprios de geração de energia podem disponibilizar o Adicionalmente, os países que excedente para a distribuidora local possuem um mercado consolidado (que vende essa energias aos demais de energia solar e produz equipa- consumidores), obtendo créditos em mentos para outras fontes renová- energia para ser consumida quando veis, como a eólica, por exemplo, seu sistema não estiver gerando – à cresceram amparados por uma políti- noite, por exemplo, no caso dos paica industrial, de geração de emprego néis fotovoltaicos. As pessoas que, e comércio exterior. De modo que ter por motivos econômicos ou por consescala é fundamental para gerar a re- ciência ambiental, investem em GD, dução de preço necessário para com- estarão sujeitas aos preços da enerpetir com o mercado internacional. gia no mercado spot, o Preço de LiNeste quesito, o Brasil tem o poten- quidação das Diferenças (PLD). cial de escalar o uso de energia solar, Outro projeto de Lei, elaborado mas não tem as políticas adequadas para amparar um parque fabril de por uma equipe técnica multidiscivalor agregado para atender sua po- plinar e especializada em GD, estapulação, mas este é um assunto para belece normas compatíveis com o outra hora. Voltemos ao marco regu- atual estado de desenvolvimento do mercado de geração distribuída no latório do setor elétrico. Brasil, além de incluir um aspecto É consenso no setor de que há fundamental, que é a garantia de renecessidade de estabelecer defini- muneração às distribuidoras de enerções normativas que tragam mais gia elétrica. De acordo com o texto, transparência e confiança para os benefícios para os produtores que esse mercado. Contudo, as pro- já têm sistemas próprios instalados postas apresentadas podem levar seriam mantidos e para as novas insao estrangulamento de um setor talações, eles valeriam até 2021. ainda em vias de consolidação e A partir de 2022, haveria a diamadurecimento. minuição gradual dos estímulos. A Os impasses subsequentes à dis- proposta cria quatro categorias de cussão a Revisão Normativa nº 482, geração distribuída: autoconsumo publicada pela Aneel em 2012, tor- remoto; consumo remoto no projeto São benefícios como esses, e a perspectiva de desenvolvimento de um sistema elétrico mais eficiente, resiliente e com menores custos que estão sob ameaça com a discussão em torno da revisão da regulamentação da geração distribuída, iniciada no ano passado.

compartilhado comercial e residencial e microgeração local, cada uma com regras distintas após o início da migração e a cobrança equivalente a 10% da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) a partir de 2022, com aumento a cada dois anos, atingindo a cobrança de 100% do fio B – referente aos custos da distribuição – em dez anos. Tal proposta será protocolada como emenda substitutiva dentro de um projeto já em tramitação na casa, conforme acordado com o atual presidente da Câmara dos Deputados. A regulamentação por meio de projeto de lei foi a alternativa encontrada por especialistas e entidades do setor, em contraponto à proposta de revisão da REN 482/2012 conduzida no ano passado pela Aneel, que ainda se encontra em aberto. A principal modificação está no mecanismo de compensação pela energia injetada na rede. A ANEEL propunha retirar os incentivos de forma drástica, para remunerar as distribuidoras de energia elétrica pelo uso da rede de distribuição. Além de um prazo muito curto de transição, a fórmula usada reduziria em até 63% o valor da energia injetada, impactando no retorno de investimento feito por pessoas e empresas que alocam capital próprio ou de financiamento privado. A proposta da ANEEL gerou grande repercussão no mercado, com a avaliação de que haveria impactos negativos, desestimulando novos investimentos, com risco inclusive de inviabilizar a expansão da GD. Sem falar no efeito sobre a geração de empregos: de acordo com estimativas do setor, se mantidas as regras atuais serão gerados mais de 600 mil novos postos de trabalho até 2035. Adicione-se a isso o fato de que a geração distribuída ainda está em

É CONSENSO NO SETOR DE QUE HÁ NECESSIDADE DE ESTABELECER DEFINIÇÕES NORMATIVAS QUE TRAGAM MAIS TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA PARA ESSE MERCADO 30

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Figura 1- Histórico de Revisão da RN 482. Fonte: ABGD, 2020.

Figura 2 - Comparativo CBEE e PL2215

e em vermelho o destaque para a que o futuro Código Brasileiro de Energia Elétrica (CBEE), em trâmiproposta da ANEEL. te no congresso, e o PL-2215 tamImportante ressaltar que o se- bém em discussão. Como é visto, tor de geração de energia distribuída o CBEE inclui diversos pontos que não está contra a “cobrança do fio” reduzirão a insegurança jurídica e ou remunerar as concessionárias pe- melhor definir as regras para GD los serviços e infraestrutura de distri- no Brasil. buição. O ponto central é definir uma O marco legal da GD deve ser metodologia de cálculo e remuneração justa para ambos os lados, tanto votado até o final deste ano – a expara os produtores e consumidores pectativa é que ele aponte diretrizes (“Prosumidor”) de energia e do outro que promovam o crescimento, o delado as concessionárias de energia. senvolvimento sustentável do Brasil Também importante ressaltar que as e a geração de emprego e renda por concessionárias de energia criaram meio de uma economia de baixo carsuas próprias empresas de geração bono e para uma matriz elétrica aindistribuída e trabalham com informa- da mais limpa. ção privilegiada e com total controle do acesso dos “prosumidores” à rede A Figura 1 apresenta os diversos de distribuição de energia. cenários para a revisão da RN482, em A Figura 2 é alto explicativa, e é verde destaca-se o que vem sendo pleiteado pelas associações do setor possível ver os principais pontos em amadurecimento no Brasil, representando cerca de 2,1% da matriz elétrica do país, mas somente 0,45% das unidades consumidora de energia (estimadas em 83 milhões). A experiência internacional mostra que a criação e o desenvolvimento da GD se dão por meio de normas regulatórias de incentivo. As políticas são formuladas num primeiro momento para incentivar a GD. Em todos os países bem-sucedidos nesse segmento, os aprimoramentos são feitos somente quando a GD se torna representativa na matriz, adequando-se a remuneração ao estágio de desenvolvimento dos sistemas e também considerando a redução nos custos de aquisição e instalação de equipamentos.

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A RBS MAGAZINE traz uma entrevista exclusiva com Thiago Baptista – gerente de vendas da DEYE INVERSORES

RBS Magazine - Fale sobre a empresa, versores híbridos que são On-grid e Off-Grid ao mesmo tempo com uma sua fundação e países de atuação? faixa de potência entre 3.6kw e 12kw, A Ningbo Deye Inverter Technology podendo ser trifásicos, bifásicos ou Co, é uma empresa pertencente ao monofásicos. grupo Deye, fundada em 2007, atua em mais de 100 países no mundo como um grande de fabricante de inversores e tecnologia de controle. RBS Magazine - Qual sua linha de inversores para o Brasil? Para o Brasil temos uma vasta linha de inversores, micro-inversores e inversores híbridos, com potências de 600w à 2000w nossos micro inversores são o cutting edge da tecnologia MLPE com monitoramento Wi-fi integrado que dispensa uso de DTU’s ou monitoramentos, sendo compatíveis com módulos de até 600wP, na linha de inversores monofásicos contamos com modelos de 3kw à 10.5kw, na linha trifásica temos inversores 380V e 220V, que dispensam o uso de transformadores, com potências entre 12 e 80kW, os in-

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duas novas linha de montagem exclusivas para inversores, cada uma com 15000 m2 aproximadamente, também adquirimos recentemente uma fábrica de baterias de lítio, para dar suporte ainda maior a nossa linha de inversores híbridos de armazenamento.

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RBS Magazine - Quais suas expectativas após o IPO da Deye na Bolsa de Valores de Shanghai?

A expectativa com o IPO na bolsa de valores de Shanghai é de uma captação de US$8.000.000,00 (oito bilhões de dólares), os quais serão utilizados para crescimento e expansão de nossa participação RBS Magazine - A Deye tem como ob- no mercado doméstico e mundial, no jetivo corporativo ser um dos maiores Brasil onde mantemos todos os profabricantes de eletrônicos da China. cessos de garantia e desenvolvimento Quais os investimentos da empresa são de produtos para nosso mercado, terealizados para alcançar esse objetivo? mos um completo laboratório de manutenção e assistência técnica, além Sim e nesse sentido estamos alçando de dois escritórios comerciais e de mão de vários recursos para nos tor- treinamentos, estrategicamente locanarmos ainda mais competitivos no lizados no Rio de Janeiro e em São mercado, estamos implementando Paulo.

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Ano de desafios...e de oportunidades! Lucas Troia Diretor comercial de novos negócios SICES Solar

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O ano de 2020 foi marcado por enormes desafios, para todas as pessoas e para todas as empresas. Iniciamos o ano com as melhores expectativas possíveis e, no setor de geração de energia solar fotovoltaica, isso era ainda mais evidente. Tínhamos certeza de que teríamos no Brasil o registro de diversos recordes, em função da forte demanda reprimida, que já vinha, desde 2019, estimulada inclusive por uma eventual mudança regulatória aventada pela Aneel. No entanto, com o início da pandemia em março, o processo de isolamento social e o aumento exponencial das incertezas, o mercado de geração de energia solar sofreu uma queda brusca na demanda, principalmente nos setores comerciais e industriais, que exigem sistemas de maior porte. Por outro lado, o consumo residencial apresentou aumento significativo com as pessoas tendo de ficar mais tempo em casa. Isso foi uma fonte de alívio para o setor. O que se ouvia no mercado, especialmente entre as empresas do varejo (integradores), era que a venda dos

sistemas residenciais mantinha vivas segmentos. Esse movimento se acentuou ainda mais no final do ano, em e abertas muitas dessas empresas. função de uma nova onda de rumoEntre os principais impactos que a res sobre possíveis mudanças regulapandemia trouxe para o setor, pode- tórias que poderão acontecer. Aliás, mos destacar também a redução da ao falarmos de regulamentação, é disponibilidade de produtos e atrasos fundamental reforçar a importânnas entregas por conta do fechamen- cia das resoluções 482/12 e 687/15 to das fábricas, portos e dificuldades da Aneel para o desenvolvimento e em toda a cadeia logística. Outro li- crescimento do setor. Caso sejam feimitador foi a escassez de insumos, tas mudanças na regulamentação, é principalmente aqueles relacionados imprescindível que seja garantida a à fabricação de módulos, como vidro, segurança jurídica para todo o meraço, prata, dentre outros, que tam- cado de geração de energia solar fobém refletiu em atrasos e aumentos tovoltaica e que qualquer eventual de preços do principal componente mudança ocorra de forma equilibrado sistema de energia solar fotovol- da e gradual, sem prejuízo a nenhum taico. Some-se à lista de dificulda- player e garantindo aos consumidodes as variações muito relevantes do res que os investimentos realizados câmbio, o que levou a um aumento terão retorno. expressivo dos preços dos produtos importados. Por fim, o setor regis- Mesmo com todos os desafios imtrou, ainda, aumento do custo logís- postos pela pandemia, o Brasil encontra-se hoje em posição de destatico, especialmente de navegação. que mundial no setor de geração de Mas, aos poucos, com o aparente energia solar fotovoltaica. Atingimos “arrefecimento” dos casos de Co- recentemente a 16ª posição em cavid-19 e início da flexibilização na cir- pacidade instalada com mais de 400 culação das pessoas, o setor voltou a mil sistemas conectados à rede. Em sentir uma aceleração nos negócios e um ano marcado pela crise, o setor a retomada dos projetos em todos os registrou a formidável marca de 47

MESMO COM TODOS OS DESAFIOS IMPOSTOS PELA PANDEMIA, O BRASIL ENCONTRA-SE HOJE EM POSIÇÃO DE DESTAQUE MUNDIAL NO SETOR DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 36

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O ANO DE 2021 DEVE TRAZER MAIS DESAFIOS PARA O NOSSO SETOR. COM A VARIAÇÃO CAMBIAL, OS PREÇOS E A OFERTA DE SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL AINDA DEVEM PASSAR POR OSCILAÇÕES mil empregos gerados, de acordo com dados da a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). E saltamos de 1,8 GW para 4,2 GW na capacidade de geração distribuída entre novembro de 2019 e o mesmo mês de 2020, segundo a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída). Se somarmos a isso o fato de somente cerca de 1,6% da matriz energética brasileira vir de fontes solares (centralizada), as perspectivas para o futuro não são apenas animadoras: são entusiasmantes. Em 2020, a SICES Solar passou por um processo de reestruturação que nos permitiu uma melhor adaptação às novas realidades de mercado e que irá garantir que a empresa possa registrar, nos anos à frente, crescimento estruturado e sustentável. Um dos principais momentos desse processo de reestruturação foi a chegada de nosso novo CEO, Vladimir Ranevsky, um profissional com vasta

experiência e sólida carreira traçada em grandes empresas como OSX e PDG Realty. Ele é hoje o responsável pela condução dos negócios da SICES e seu caminho de consolidação como a maior empresa do setor no Brasil e na América Latina. O ano de 2021 deve trazer mais desafios para o nosso setor. Com a variação cambial, os preços e a oferta de sistemas de energia solar fotovoltaica no Brasil ainda devem passar por oscilações. Mas temos confiança de que há espaço para uma redução na pressão cambial com a retomada da economia pós pandemia, o que, com certeza, seria altamente positivo para o setor e para os consumidores. Outro desafio importante, já mencionado, é a questão regulatória que vem sendo ventilada nos bastidores do setor. O momento exige união de todos os players para que as possíveis mudanças ocorram de forma equilibrada, tenham baixo impacto na rentabilidade dos projetos, tragam

previsibilidade e garantam a continuidade dos investimentos do segmento solar no País. Também temos que estar atentos ao mercado global, especialmente a China, principal fornecedor mundial de equipamentos, e seus movimentos, que podem impactar positiva ou negativamente os negócios no Brasil. A SICES Solar, empresa que ajudou a estabelecer o setor de geração de energia fotovoltaica no Brasil, segue de olho nas oportunidades para 2021 e vai reforçar seus planos de crescimento em diferentes áreas: distribuição - varejo e atacado; agronegócio; projetos turnkey; projetos de locação de usinas; e novas soluções tecnológicas para o mercado. Temos certeza de que nossa experiência será fundamental para que o Brasil possa caminhar em direção a uma matriz energética cada vez mais diversificada, limpa e sustentável.

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Notas

CENÁRIO ATUAL DA GERAÇÃO FOTOVOLTAICA E A QEE Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica atualmente são cerca de 251.677 unidades consumidoras beneficiadas pelo sistema de créditos, que juntas possuem aproximadamente 2.3 GW de potência instalada

Neste ano de 2020 foram instalados 18.011 novos sistemas de geração distribuída, desses 17.970 são de energia solar. Atualmente são cerca de 251.677 unidades consumidoras beneficiadas pelo sistema de créditos, que juntas possuem aproximadamente 2.3 GW de potência instalada, sendo 2.2 GW de energia solar, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica. No ano de 2018 a potência instalada total não ultrapassava 710 MW, porém no ano de 2019 atingiu 2.16 GW instalado. A matriz elétrica brasileira tem a fonte predominante hídrico, com uma contribuição média de aproximadamente 74,4% no últimos anos. Em 2000 a contribuição era de 87,2% e hoje contribui com menos de 65%. A geração de energia fotovoltaica pelos consumidores contribuiu para a redução das perdas ôhmicas, entretanto, pelas suas características de variabilidade e incerteza, a geração solar fotovoltaica é uma fonte intermitente que resulta na degradação de qualidade energia elétrica (QEE). Os Aspectos considerados para qualidade de energia são: tensão em regime permanente, fator de potência, harmônicos, desequilíbrio de tensão, flutuação de tensão, variações de tensão de curta duração e variação de frequência.

O PRESENTE E O FUTURO DO ARMAZENAMENTO DE ENERGIA Estimativa é de que até o ano de 2026 o armazenamento de energia distribuído atingirá 27,4 GW

O armazenamento de energia se consiste em diversos tipos de sistemas de armazenamento: sistema mecânicos de armazenamento de energia, sistema de armazenamento eletroquímico, sistema de armazenamento de energia elétrica e sistema de armazenamento de energia térmica. Dentro dos parâmetros de flexibilidade de tecnologias é possível verificar que as hidroelétricas reversíveis tem uma capacidade grande, pois são as próprias hidrelétrica que tem essa capacidade de armazenar energia em forma de água, despachado em dias ou horas. Além de outros sistemas também existentes de ar comprimido, íons de lítio, NaS e chumbo ácido. O mercado global de energia anual estima- se que o sistemas de energia de armazenamento distribuído atingirá 27,4 GW até 2026. ‘’Os números sempre são uma sinalização futura do que vai acontecer, porém de acordo de como o mercado está se comportando e excluindo o período de pandemia, não tenho dúvidas que este mercado estará acima dos 27,4 GW’’, afirma Aurélio Souza, diretor da USINAZUL.

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Entrevista

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