RBS Magazine ED. 41

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www.revistabrasilsolar.com

ISSN 2526-7167

Vol. 04 - Nº 41 - JUL/AGO 2021



ÍNDICE

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ICMS na TUSD no Mato Grosso

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As vantagens da energia solar para o agronegócio

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O que é que a SolarView Business tem?

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Sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro

EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

CHEFE DE EDIÇÃO

Aurélio Souza IEE USP

JORNALISTA RESPONSÁVEL Ingrid Ribeiro Souza

Curitiba - PR – Brasil www.revistabrasilsolar.com

A Revista RBS é uma publicação do

DIREÇÃO COMERCIAL Tiago Fraga

COMERCIAL

Claudio Fraga, Gilberto kugnharski

COMITÊ EDITORIAL

Colaboradores da edição

DISTRIBUIÇÃO

Carlos Alberto Castilhos

REDES SOCIAIS Nicole Fraga

EDIÇÃO DE ARTE Para reprodução parcial ou completa das informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar é obrigatório a citação da fonte.

Vórus Design e Web www.vorusdesign.com.br

CAPA

Matheus Vasquez WEBCONECTE

APOIO

ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN / Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL - Núcleo de Estudo em Energia Alternativa / ABEAMA

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

E-MAIL: contato@grupofrg.com.br COLUNISTAS/COLABORADORES

Roberta D. Sette, Marli T. D. Sette, Marcos Preussler, Jackson Chirollo, Eduardo Avila, Thiago M. Cavalini, Marina M. Falcão e Marcelo Tanos, Rogerio Pereira, Ildo Bet, André L. Souza

Empresas do setor de energia solar fotovoltaica, geração distribuída e energias renováveis, sustentabilidade, câmaras e federações de comércio e indústria, universidades, assinantes, centros de pesquisas, além de ser distribuído em grande quantidade nas principais feiras e eventos do setor de energia solar, energias renováveis, construção sustentável e meio ambiente.

TIRAGEM: 5.000 exemplares VERSÕES: Impressa / eletrônica PUBLICAÇÃO: Bimestral CONTATO: +55 (41) 3225.6693 +55 (41) 3222.6661

Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo de inteira responsabilidade do autor.

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Artigo

ICMS na TUSD no Mato Grosso Roberta Deon Sette, Marli Teresinha Deon Sette

A TUSD E A TUST

SÃO CONHECIDAS COMO TARIFAS DE FIO, AMBAS

ESTABELECIDAS PELA

ANEEL E PAGAS PELOS

CONSUMIDORES SEJAM ELES PRODUTORES OU

NÃO DE ENERGIA, LEIASE: TODOS PAGAM

O

s consumidores de energia solar do Estado de Mato Grosso foram pegos de surpresa no mês de abril do corrente ano ao se depararem com uma novidade nada agradável na conta de energia, a tão famosa “taxação do Sol”.

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Políticas públicas de incentivos ao setor foram criadas, como a resolução Confaz 16/20153, a Lei Complementar Estadual 631/20194, além do apoio para financiamento por meio de diversas instituições financeiras.

Isso, se efetivado, certamente configurará um retrocesso das polítiNada mais adequado, já que facas relacionadas com o assunto. lar em energia fotovoltaica é falar de uma energia limpa, renovável, enviCom efeito, com o advento da ronmental friendly e muito abundanResolução Normativa n.º 4821 da te no nosso País. ANEEL, surgiu a possibilidade de proAdemais, segundo dados da ABduzir a nossa própria energia por meio de sistemas de energia solar. SOLAR, o setor de energia solar fotoPosteriormente, com a RN n.º 6872, voltaica irá criar até 2035 em torno novos incentivos para o setor foram de 672 mil novos empregos5, o que lançados e hoje podemos produzir energia para condomínios, residên- 3 CONVÊNIO ICMS 16, DE 22 DE ABRIL DE 2015. cias, indústrias, comércios e para o Disponível em: <https://www.confaz.fazenda.gov.br/ agronegócio, que no nosso Estado legislacao/convenios/2015/CV016_15>. Acesso em: 05 de junho de 2021.

1

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482, DE 17 DE ABRIL DE 2012. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf>. Acesso em: 05 de junho de 2021.

2 RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 687, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2015. Disponível em: <http://www2.aneel. gov.br/cedoc/ren2015687.pdf>. Acesso em: 05 de junho de 2021.

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tem muito peso no equilíbrio econômico.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 631, DE 31 DE JULHO DE 2019. Disponível em: <http://app1. sefaz.mt.gov.br/0425762E005567C5/9733A1D3F5BB1AB384256710004D4754/5631FD07CED41894842584490048FC5A>. Acesso em: 05 de junho de 2021. 5

ABSOLAR. SETOR SOLAR FOTOVOLTAICO VAI


Artigo

significa renda, qualidade de vida, impostos municipais, estaduais e federais e avanço para o País. Então, qual seria a razão para “taxar o Sol”? A pergunta é relevante, na medida em que a “taxação” parece ficar fora de contexto quando se leva em consideração todos os avanços e as prospecções citadas acima. Não obstante, no Estado de Mato Grosso no mês de abril foi instituída a incidência de ICMS da TUSD. Então vamos demonstrar porque ela não deve prosperar.

tribuidora, no caso em Mato Grosso, a Energisa. Essa tarifa visa a cobrir os custos decorrentes da atividade de prestação de serviço de distribuição quando não houver o fornecimento de energia elétrica ao consumidor pela empresa distribuidora de energia. Já, a TUST é um encargo pago por todas as empresas de geração e distribuição bem como consumidores livres que se conectam à rede, ela visa a cobrir os custos decorrentes da atividade de transmissão.

Antes de adentrarmos nas teses e questões jurídicas, é imperioso elucidar a respeito do que consiste o ICMS, a TUSD e a TUST. O ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – é um tributo de competência dos Estados, disposto no artigo 155, II, da Constituição Federal6. A TUSD e a TUST são conhecidas como Tarifas de fio, ambas estabelecidas pela ANEEL e pagas pelos consumidores, sejam eles produtores ou não de energia, leia-se: todos pagam. O pagamento ocorre simplesmente pelo fato de utilizarmos as linhas de transmissão ou distribuição e estão compostos dentro da nossa tarifa mínima de demanda. A tarifa TUSD é um encargo devido pelas empresas de geração, comercialização e pelos consumidores livres e cativos que se conectam à rede de distribuição dentro da área de concessão da concessionária disGERAR 672 MIL EMPREGOS COM MANUTENÇÃO DO MARCO REGULATÓRIO. Disponível em: <http:// www.absolar.org.br/deixeasolarcrescer/setor-solar-fotovoltaico-vai-gerar-672-mil-empregos-com-manutencao-do-marco-regulatorio/>. Acesso em: 05 de junho de 2021 6

BRASIL. Constituição Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 05 de junho de 2021.

I m portante destacarmos também que a energia elétrica configura uma mercadoria intangível, uma operação mercantil e por essa razão, todos nós pagamos ICMS na conta de energia, porque fazemos o uso da energia. Entretanto, as operações de consumo de energia elétrica possuem as suas peculiaridades. No momento em que a energia elétrica sai do estabelecimento das distribuidoras/ fornecedoras para a nossa residência, comércio, indústria e é efetivamente consumida, temos ai uma prestação de serviço, uma operação mercantil e um lucro mensurável, logo, temos o fato gerador do ICMS configurado.

Mas, atenção, existem operações anteriores? A cadeia elétrica brasileira é composta também pelas geradoras e transmissoras antes de chegar até as distribuidoras/fornecedoras, de onde obtemos a energia como consumidores. Nesse caso inexiste previsão legal para a incidência de ICMS para o serviço de transporte de energia, conforme abaixo: TRIBUTÁRIO. ICMS. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. “SERVIÇO DE TRANSPORTE DE MERCADORIA”. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA NA TRANSMISSÃO DA ENERGIA ELÉTRICA. NÃO OCORRÊNCIA. SÚMULA 166/STJ. PRECEDENTES. SÚMULA 83/ STJ. 1. Inexiste previsão legal para incidência de ICMS sobre o serviço de “transporte de energia elétrica”, denominado no Estado de Minas Gerais de TUST (Taxa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica) e TUSD (Taxa de Uso do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica). 2. “Embora equiparadas às operações mercantis, as operações de consumo de energia elétrica têm suas peculiar idades, razão pela qual o fato gerador do ICMS ocorre apenas no momento em que a energia elétrica sai do estabelecimento do fornecedor, sendo efetivamente consumida. Não se cogita acerca de tributação das operações anteriores, quais sejam, as de produção e distribuição da energia, porquanto estas representam meios necessários à prestação desse serviço público” (AgRg no Resp 797.826/MT, Re l. Min Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 3.5.2007, DJ 21.6.2007, p.283). 3. O ICMS sobre energia elétrica tem como fato gerador a circulação da “mercadoria” e não do “serviço de transporte” de transmissão e distribuição de energia elétrica. Assim sendo, no “transporte de energia elétrica” incide a Súmula 166/STJ, que determina não constituir “fato gerador do ICMS o simples deslocamento RBS Magazine

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Artigo

de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte”. (STJ - AgRg no Re sp 1135984 MG 2009/0073360-1, Rel. Min HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, jul gado em 8.2.2011, DJ 4.3.2011). Grifo nosso. No mesmo sentido corrobora também a súmula 166 do Superior Tribunal de Justiça: “não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte”. Nesse contexto pode-se extrair as seguintes conclusões: a) geração e transmissão de energia são enquadradas como prestação de serviço público; e, b) quando não há transferência ou troca de titularidade não há configuração de ICMS. Com efeito, as concessionárias utilizam as operações anteriores como meio para a efetiva prestação de serviço e ao promoverem a saída de energia elétrica do seu estabelecimento com destino ao consumidor, assumem aqui a posição de sujeito passivo da obrigação tributária, conforme previsto no artigo 121, parágrafo único do CTN, logo, assumem a condição de contribuintes.

Este é o entendimento do Tendo em vista que para incidir n.º 0108/2012/PGEICMS é necessário que um negócio parecer elaborado jurídico oneroso ocorra e implique na -ANEEL/PGF/AGU transferência de propriedade de um pela Advocacia Geral da União: bem tido por mercadoria, em direção ao consumidor final, não se fala em (...) Pela descrição contida na taxação na inexistência dessa transconsulta acima, podemos resuferência. mir a relação entre o consumidor e a distribuidora como uma Não se pode olvidar que quando transferência de kWh pra a disproduzimos a nossa própria enertribuidora quando a quantidagia injetamos na rede “kWh” e não de de energia elétrica gerada “R$”. Além do que, não há transpelo consumidor for superior ferência de propriedade da enerao consumo, criando obrigação gia produzida e consumida por nós para a distribuidora consistenmesmos. te em devolver esta mesma quantidade de kWh quando a Na realidade, a rede da concesgeração distribuída for inferior sionária serve como uma “bateria”, à carga do consumidor. Em virapenas para armazenar a energia tude do ineditismo da proposta produzida. Esse armazenamento é da ANEEL, este tipo de relação dado como um empréstimo a título jurídica não se encaixa perfeigratuito de coisa fungível, ou seja, ao tamente em nenhum contrato. injetarmos energia na rede estamos (...) . Observe- se que na compra gerando um “crédito em kWh” e esse e venda existe a transferência crédito em kWh é abatido na conta do objeto do contrato em troca de energia também em kWh e não de dinheiro, o que não ocorre em reais, logo, não há um negócio no presente caso em que a disjurídico oneroso nessa relação, não tribuidora recebe e devolve a existe nesse contexto fato gerador de mesma quantidade de energia ICMS, logo não existe legalidade para elétrica (...). a aplicação do referido imposto (Princípio da legalidade, art. 150, I, CF). Assim, é evidente que, algo que Não se pode olvidar que todos não é tido como mercadoria, que os consumidores pagam a Tarifas de não possui valoração econômica fio estabelecidas pela ANEEL, sejam e principalmente não gera transeles produtores ou não de energia ferência de titularidade, não pode para poder utilizar as linhas de ser considerado como fato geratransmissão ou distribuição, ou seja, dor de ICMS, sendo indevida a sua pagam a tarifa mínima de demanda. aplicação.

Mini-Currículo DRa. Roberta Deon Sette - Engenheira Ambiental, Engenheira de Segurança do Trabalho, Especialista em Contabilidade e Direito Tributário, Advogada, proprietária da empresa Projeto Ambiental e Solar, experiência técnica em sistema solar fotovoltaico e Representante Solar Inove.

Mini-Currículo DRa. Marli Teresinha Deon Sette - Doutora em direitos Humanos e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Pará - DINTER UFPA / UFMT. Mestre em gestão Econômica do meio ambiente pela Universidade de Brasilia - UnB - DF. Pesquisadora associada ao Centro de Estudos em Economia, Meio Ambiente e Agricultura (CEEMA) do Departamento de Economia da Universidade de Brasilia - UnB, e da Clínica de Direitos Humanas e Meio Ambiente da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT. Advogada, professora e professora e Vice Consulesa da Itália em Mato Grosso.

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E E E E E E E

CONFIANÇA! CONFIANÇA! CONFIANÇA! CONFIANÇA! CONFIANÇA! CONFIANÇA! CONFIANÇA!

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PRESENÇA, PRESENÇA, PRESENÇA, PRESENÇA, PRESENÇA, PRESENÇA, PRESENÇA,

MÓDULOS

INVERSORES

CABOS

ESTRUTURAS

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As VANTAGENS da ENERGIA SOLAR para o AGRONEGÓCIO

Marcos Preussler Gerente de agronegócios da SICES Solar (www.sicessolar.com.br)

T

emos duas certezas analisando o futuro da economia brasileira: o agronegócio continuará sendo o pilar da economia com mais de 25% do PIB e a energia solar será a melhor e mais barata matriz energética do país.

energia representa 25% dos insumos e isso pode ser mudado com um projeto adequado de solução de energia solar. Nosso trabalho, hoje, é mostrar as vantagens da energia solar aos setores da economia no Brasil, em especial o agronegócio. Queremos somar a força da geração fotovoltaica junto aos produtores rurais, solução para pequenos, médios e grandes empreendimentos.

O setor rural é responsável por quase 14% da geração de energia solar no Brasil e há muito para crescer. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a tecnologia está presente, atualmenA SICES Solar, por seu pioneiriste, em 5,3 mil municípios do Brasil, com destaque para Minas Gerais, São mo em energia solar, tem uma equiPaulo, Rio Grande do Sul, Mato Gros- pe dedicada exclusivamente para o setor do agronegócio que estuda so e Paraná. soluções eficientes, que suprem a O agronegócio pode ganhar mui- demanda de energia para o empreto com a implantação da energia lim- endimento. Temos projetos robustos pa e redução de custos com energia no centro-oeste, com soluções que contratada. Há culturas em que a vão de usinas de geração de energia 8

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O SETOR RURAL É RESPONSÁVEL POR QUASE 14% DA GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR NO BRASIL E HÁ MUITO PARA CRESCER


Associado: Associação Brasileira de Geração Distribuída

30 ANOS FIXANDO QUALIDADE

FIXADORES PARA P ENERGIA SOLAR

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Artigo

resultado da instalação, por isso o integrador é importante. Esse profissional trabalha em parceria com a SICES para melhor atender as demandas do cliente. É importante levar em consideração que, no caso do empreendimento rural, é preciso ter um respaldo de empresas grandes e estruturadas, como a SICES, para garantir que o investimento traga benefícios com segurança.

à bombeamentos para irrigação por pivo central e localizada. O importante é entender as necessidades do cliente, desenvolver um projeto de engenharia solar adequado, trabalhar em parceria com o integrador ou instalador local e acompanhar todo o processo de instalação. O grupo de engenharia da SICES tem uma conduta inédita no mercado, a corresponsabilidade com o “dealer”, trabalhando na fazenda “in loco”, desenvolvendo o projeto, acompanhando todo o procedimento, aferindo os resultados da entrega técnica até emitir um certificado que garante a qualidade da instalação, dando ao cliente um acompanhamento permanente da equipe técnica. A cultura da SICES é nunca abrir mão da segurança. Temos um laboratório próprio, com profissionais dedicados exclusivamente a montar sistemas e testar soluções para os clientes. O atendimento sistêmico para o agronegócio precisa ser estudado porque não dá para comprar módulos fotovoltaicos num marketplace sem analisar a eficiência do 10

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e – principalmente – o consumidor final. Tecnologia, qualidade, engenharia e viabilidade financeira são grandes diferenciais da SICES

Responsável por mais de 1,5 GW de geração distribuída instalada no país, a SICES oferece soluções que garantem o máximo de segurança em seus projetos. Ao produtor rural, por exemplo, há visita presencial da equipe de engenharia junto com o integrador local, para elaborar um projeto de implantação do Outro diferencial de sistema de energia solar que conqualidade e segurança é temple os resultados esperados, nosso certificado. Após a que pode chegar a uma economia obra concluída, nosso pes- de até 100% da energia contratasoal de Assistência Técnica, da, ficando somente os custos fixo envia técnicos no local para com disponibilidade, que impacta fazer o comissionamento, tremendamente o custo mensal do a solução proposta passa empreendimento. por uma rigorosa revisão No atendimento das etapas do em todos os equipamentos e conexões. Só se tudo estiver ok, é projeto, abrange a viabilidade fiemitido o certificado. Apesar do pre- nanceira, com soluções financeiras ço ser um fator determinante para a diretas ao projeto em até 60 parceescolha do fornecedor de sistemas las na compra dos equipamentos fotovoltaicos, é relevante ressaltar como, também, assessoria para fique com o crescimento da energia nanciamentos de bancos incentisolar, o mercado vai definir se acaba vados, como linhas de crédito BNcom a guerra de preços para elaborar DES Finame, Inovagro, Moderinfra. um caminho saudável que prevaleça Fundos Constitucionais FCO, FNE e a qualidade e o melhor investimen- FNO- Baixo Carbono ou o Pronaf do to de custo X benefício. Dessa forma BB para os produtores rurais que se todos ganham: o integrador, o distri- preocupam com o meio ambiente e buidor, a concessionária de energia maior sustentabilidade ou melho-

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Artigo

Foto: Divulgação/Fazenda Rincão - MT

dinei e Valdemir Brito, em Nova Mutum (MT), onde implantamos duas Usinas Fotovoltaicas de 396 A SICES por ser a maior provedokWp. É possível mensurar os benefíra de soluções de geração própria de cios econômicos e sustentáveis que energia solar fotovoltaicos, dispõe ultrapassaram as expectativas Os de amplo estoque de módulos, inprojetos SICES Agro são elaborados versores e toda a infraestrutura para A sigla ESG entrou no radar das com premissa de atender a real neatendimento imediato. Esse respaldo empresas e do produtor rural fixada cessidade do produtor, levando em de estoque é essencial para reduzir o na: sustentabilidade, meio ambiente, conta o uso da energia e manejo da prazo para instalação e dar o retorno governança corporativa e foco social, irrigação. As soluções “engenheimais rápido para o cliente. que geram oportunidades e cuidados radas” são capazes de atender até com o planeta. Isso também gera di- mesmo o rincão mais distante, levanUm dos muitos diferenciais da SI- nheiro. do crescimento na região e mudando CES é nosso laboratório próprio, amhistórias. biente de pesquisa que é usado por Cases de sucesso muitos dos principais fabricantes que Temos um amplo caminho a atuam no Brasil, com equipamentos Entre os diversos projetos de percorrer oferecendo o que há de de última geração e equipe especiali- sucesso no agronegócio, destaca- melhor para o Agro. Já são mais de zada e independente. mos a Usina de Geração Distribuída, 100MWp instalados, soluções para elaborado para o Grupo Josidith, a produção de grãos e sementes, Na parceria estratégica com o em Leopoldo Bulhões (GO). Desenintegrador regional, instruir a equipe volvido em parceria com a Essencial produção e processamento de algodo cliente é prioridade para a SICES, Engenharia, a planta propicia 150 dão, produção de HS, armazenagem com treinamento para gerentes, ele- Kw/h, que representam 100% da convencional e controle de tempetricistas e gestores da fazenda para energia necessária, contribui para ratura, pecuária (gado de corte e operar a planta fotovoltaica e iden- mitigar em 4,3 mil toneladas/mês a leiteiro Free Stall, Compost Barns e tificar se todos os mecanismos estão emissão de gás carbônico, poluen- Cross Ventilation) suinocultura (ciem pleno funcionamento e nos acio- te causador do aquecimento glo- clo completo, UPL e terminação), nando sempre que for preciso. bal, além de gerar uma economia avicultura (corte e postura), prode R$ 80 mil/mês para a proprieda- dução de alevinos, fecularias e moA tecnologia solar está pron- de rural em relação ao gasto atual vimentação de água e energia em alta escala. ta e mais eficiente e acessível, mas com energia. a consultoria da SICES é um valor As soluções de energia solar agregado porque não é só a econoIsso se traduz em mais tecnologia mia no custo da energia, mas usar a de ponta no campo, redução de cus- fotovoltaicas não são mais o futuenergia limpa para conseguir melho- tos e mitigação de impacto ambien- ro do campo, é a realidade para o agronegócio no Brasil. As oporres taxas de financiamento usando tal. tunidades estão aí e a SICES se os recursos de preservação ao meio ambiente e a sustentabilidade como O mesmo sucesso registramos mantém pioneira no atendimento ativos. Investir em energia solar traz na Fazenda Rincão, dos irmãos Val- para o setor. rias ao campo, como os sistemas fotovoltaicos.

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benefícios econômicos e ambientais por mais de 30 anos, e há linhas de crédito que permitem subsídios e taxas diferenciadas para bancos estatais, bancos privados e fintechs especializadas.



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Entrevista

Entrevista exclusiva com PAULO DARADDA, diretor administrativo da MODULAR ESTRUTURAS

A Modular Estruturas trabalha com projetos de estruturas em aço galvanizado a fogo, o que garante a qualidade e facilidade na montagem das estruturas para os painéis fotovoltaicos RBS Magazine - Fale sobre a empresa, O número de linhas e a quantidade sua fundação e equipe. de painéis por linha em cada mesa pode variar de acordo com as necesPAULO DARADDA - A Modular sidades dos clientes. A Modular tem Estruturas é uma empresa no for- uma equipe de engenharia em comumato Lean Manufacturing, ou seja, nicação direta com o cliente, e juntos, operamos com a ideia de minimizar conseguimos identificar a melhor ao máximo o desperdício, otimizan- configuração da estrutura. do assim nossa matéria prima, buscando a qualidade total imediata e a Desta forma criamos uma estrutura melhora contínua. O que nos garan- em conjunto com o cliente, afim de te entregar um material de excelente otimizar ao máximo o seu projeto. qualidade, por um preço mais justo. A MODULAR ESTRUTURAS traSediada no interior do Paraná, a Mo- balha diretamente com Estruturas dular nasceu para preencher a lacuna metálicas para fixação de painéis foexistente no setor fotovoltaico. Nossa tovoltaicos. Quais os lançamentos e capacidade produtiva está em cons- projetos da empresa no segmento para tante expansão para atender as mais o próximo ano? altas demandas. Nosso time de engenheiros está Com equipe qualificada, estamos constantemente atualizando nossos sempre prontos para atender nossos projetos e também desenvolvendo clientes, seja no corpo técnico com novos produtos de acordo com o que engenheiros, ou pela equipe comer- o mercado está exigindo. Dando concial. tinuidade ao sucesso do nosso Carport, iremos lançar em agosto o CarAs estruturas da MODULAR ESTRU- port Monoposte, é um produto que TURAS têm a possibilidade de serem já vínhamos desenvolvendo desde o adaptadas de acordo com a necessida- início do ano, e após vários testes e de do seu cliente. Quais os diferenciais aperfeiçoamentos, conseguimos deda MODULAR ESTRUTURAS para senvolver um produto que atendesse essas soluções? nosso padrão de qualidade, as expec16

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tativas do mercado, e principalmente, entregasse a facilidade que o instalador precisa na hora da instalação. Em paralelo a esse lançamento estamos também, já em processo avançado de desenvolvimento, com a estrutura solo para painel bi-facial. Essa é uma tendência, onde já vemos uma oferta alta desses painéis no mercado, e sentimos essa necessidade de desenvolver uma estrutura que atenda especificamente esse tipo de produto. A empresa possui alguma ampliação em suas instalações? A Modular Estruturas está ampliando suas instalações, em Julho de 2021 passamos a operar em uma nova planta, mais ampla e moderna. Com isso poderemos reduzir nossos prazos de produção, aumentar nossa capacidade produtiva, com maior espaço para armazenamento de matéria prima e material acabado. Com esse novo espaço, também ampliamos nossa capacidade de expedição, com uma plataforma moderna de carregamento, o que diminuirá significativamente o tempo de espera para cargas e descargas.


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10 PASSOS IMPRESCINDÍVEIS para o desenvolvimento sustentável da geração de energia renovável descentralizada no Brasil Jackson Chirollo CEO da Edmond

O

s benefícios da energia renovável, em específico a solar fotovoltaica, não é novidade para mais ninguém hoje em dia, especialmente quando falamos sobre o meio-ambiente e a necessidade de preservá-lo às gerações futuras, que poderão se ver livres das matrizes energéticas baseadas em queima de combustíveis fósseis e hidrelétricas, que degradam o nosso ecossistema. Enquanto o mundo todo reconhece o potencial do Brasil como fonte para geração solar de forma descentralizada em larga escala, poucos sabem sobre a guerra silenciosa que acontece nos bastidores da política e da economia nacional para democratizar a geração própria de energia renovável, que vem barrando o desenvolvimento de energia sustentável há anos no país.

deu apenas para a energia hídrica, em razão da ativação plena da Usina de Belo Monte, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

DE ACORDO COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL), A GERAÇÃO SOLAR DISTRIBUÍDA TEVE A SUA CAPACIDADE INSTALADA EXPANDIDA PARA 1,4 GW, ENQUANTO A FONTE HÍDRICA TOTALIZOU 4,8 GW. NO ÚLTIMO LEVANTAMENTO REALIZADO PELA ABSOLAR, NO FINAL DO ANO PASSADO, A POTÊNCIA INSTALADA DA GERAÇÃO SOLAR DISTRIBUÍDA ERA DE 3,7 GW

A apresentação do Projeto de Lei (PL) 5829/2019, que regulariza a micro e minigeração de energia renovável, já é um enorme ganho para o setor que precisa de um marco regulatório para Geração Distribuída (GD) urgente, a fim de proporcionar à população e às empresas brasileiras os meios legais para garantir a geração própria de energia. Essa urgência se mostra, especificamente, no potenJá no âmbito econômico, a GD cial brasileiro de geração de energia solar distribuída, que em 2019 per- solar é um dos segmentos que mais 18

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cria empregos entre as energias sustentáveis, com uma estimativa de que para cada megawatt instalado cerca de 30 novos postos de trabalho sejam gerados, afetando direta e indiretamente 3,4 milhões de pessoas em todo mundo, com base em dados da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Mas por que, diante de todos esses motivos, a GD não decola no Brasil? A razão é a falta de uma política pública adequada, que estabeleça a participação de outras fontes na matriz energética brasileira de forma descentralizada e inclusiva. Somado ao interesse dos grandes conglomerados de matrizes energéticas, que mantêm o monopólio de Geração Centralizada (GC) de energia, representada no país pelas grandes usinas hidrelétricas e termoelétricas que geram altos custos de produção que são repassados aos consumidores finais. Esses fatores, dificultam a criação do marco regulatório, aumentando a incerteza do cenário atual e afastando investimentos. Visando mudar esse cenário, indico abaixo 10 passos imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável da geração de energia re-


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novável de forma descentralizada no país:

nos para comércios e determinadas cargas;

1) Aprovação oficial do Projeto de Lei (PL) 5829/2019, inaugurando o primeiro Marco Legal da GD no país. Sem isso os outros passos não podem ser efetuados;

6) Criação e/ou aperfeiçoamentos de linhas de financiamentos subsidiadas, por bancos Privados, públicos, cooperativas e agências de fomento, com o objetivo de possibilitar linhas repasse subsidiadas em taxa e prazos do BNDES específicos para geração própria de energia por fonte solar;

2) Desenvolvimento e implementação de programas de dedução de uma porcentagem (%) no Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas e jurídicas, proporcional ao valor investido em usinas geradoras de energia renovável; 3) Elaboração de programas municipais e estaduais de obrigatoriedade de adoção mínima de energia por geração própria por fonte de energia renovável em novas construções e empreendimentos; 4) Incentivos, via redução de impostos municipais e estaduais, junto aos estabelecimentos já existentes que implementam geração própria por fonte renovável; 5) Permitir a comercialização em kWh dos excedentes de energia não consumida, ao me-

10) Promoção e incentivo do Governo, em campanhas públicas, sobre o uso de energia renovável e geração da própria energia, por parte da população.

Se não seguir esses passos, o Brasil ficará para trás na corrida global por fontes renováveis de energia elétrica, ficando dependente dos combustíveis fósseis, com preços atrelados ao valor do dólar, e das fontes hídricas. O país também se tornará insuficiente para atender à demanda 7) Fomento de cursos e trei- crescente por mais energia, como a namentos, especializações téc- gerada pelos veículos elétricos, que nicas e de negócios na área de segundo estudos divulgados pelo geração própria de energia em Boston Consulting Group, devem faculdades e instituições como compor 10% da nossa frota até 2030. Sebrae, escolas técnicas etc.; E como iremos abastecê-los? De 8) Redução dos impostos fede- onde virá energia renovável suficienrais na importação de todos os te para atender uma demanda em componentes e equipamentos massa de recargas de veículos elétripara Usinas Solares e ICMS em cos? itens tributados como Inversores, determinando padrões A energia solar fotovoltaica pela e critérios mínimos de qua- sua modularidade e rápida implelidade e regras de instalação mentação, é a única forma de possie uso; bilitar a adoção em massa para recargas de veículos elétricos em grandes 9) Redução das cargas tribu- centros habitados e nas residências tária do Imposto Sobre Serviço de proprietários de VEs, e fazer com (ISS) nos municípios para em- o que o Brasil se torne líder global presas instaladoras e desenvol- na geração de energias renováveis. vedoras de Usinas Solares Foto- Afinal, o potencial de produção já tevoltaicas; mos.

SOBRE A EDMOND - Fundada em 2020, a Edmond é uma fintech que fornece soluções de meios de pagamentos para o mercado de energia solar fotovoltaica. Suas tecnologias facilitam o acesso ao desenvolvimento econômico sustentável e empoderam a liberdade e a independência no mercado de geração distribuída. Por meio da AppSolar, plataforma de comercialização de equipamentos fotovoltaicos, 100% gratuita, a empresa auxilia integradores e instaladores a formular projetos e gerar os kits de produtos que mais se adequam às necessidades do consumidor final. A Edmond desenvolveu ainda todo o seu ecossistema digital composto pela sua própria solução de pagamento inteligente, o Edmond Pay, e seu próprio banco digital, o Edmond Bank. Para mais informações, acesse https://edmond.com.br

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A Revolução da Energia Solar precisa chegar naqueles que mais precisam Eduardo Avila Diretor Executivo da Revolusolar

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Se a energia convencional tem ficado cada vez mais cara, a energia solar segue o caminho oposto. Os custos dos equipamentos de energia solar fotovoltaica caíram quase 90% na última década, segundo a Bloomberg New Energy Finance4. Segundo a Agência Internacional de Energia, a energia solar já é a fonte de eletricidade mais barata da história5. Não surpreende, portanto, o significativo crescimento do mercado de geração solar distribuída que se observa no Brasil, com uma taxa de crescimento

julho21 . imagens ilustrativas

energia no Brasil é uma das mais caras do mundo1 e o aumento dos preços acima da inflação não é um fenômeno pontual e decorrente da atual crise hídrica. No Rio de Janeiro, por exemplo, a variação de preços na última década foi de 105%, um percentual bastante superior à inflação no período2. A percepção de que a energia elétrica é “cara” ou “muito cara” é compartilhada por 84% das residências brasileiras, conforme mostra pesquisa do IBOPE e Abraceel3.

anual de 230% desde 2013, segundo dados da ABSOLAR6. Existe, entretanto, um segmento da sociedade brasileira que tem ficado de fora dessa Revolução Solar. Por falta de capital para investir na aquisição de equipamentos solares, por dificuldade de acesso ao crédito, e por falta de informação, as comunidades de baixa renda têm se constituído em meras espectadoras do movimento em curso. Este é um segmento da população que viven-

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Um mito amplamente difundido é que todos os moradores de comunidades de baixa renda estão no "gato" (conexões clandestinas) ou que tem o benefício da Tarifa Social cia de forma crônica a crise energética, com altas taxas de desemprego, contas de energia que não cabem no seu bolso e serviços de baixa qualidade, com frequentes quedas de luz e um serviço precário de atendimento. Um mito amplamente difundido é que todos os moradores de comunidades de baixa renda estão no "gato" (conexões clandestinas) ou que tem o benefício da Tarifa Social. No entanto, uma pesquisa7 da Revolusolar na favela da Babilônia no Rio de Janeiro mostrou que a maior parte da população local está regularizada e apenas uma minoria é beneficiada pela Tarifa Social. A exclusão do segmento de baixa renda da transição para a fonte solar é particularmente perversa por 2 motivos. Em primeiro lugar, a despesa com energia representa um peso maior no bolso dos mais pobres. Em segundo lugar, a qualidade do serviço de energia é mais baixa nessas comunidades, quando comparada à qualidade do mesmo serviço prestado em áreas residenciais de maior poder aquisitivo8. Ou seja, a população de baixa renda paga as mesmas tarifas que são pagas pelas classes de renda mais altas e recebem um serviço - básico, essencial - de qualidade inferior. Como reverter esse quadro? Qual o modelo adequado para que essas comunidades participem da Revolução Solar? A Revolusolar aposta no modelo de locação de energia solar via cooperativas. Esse modelo, bastante desenvolvido, por exemplo, na Europa, que em 2016 já contava com mais de 3.000 cooperativas de energia renovável, foi regulamentado no Brasil pela REN 687/2015 e desperta, desde então, um crescente interesse dos consumidores. A expectativa é de um rápido crescimento do número 22

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de cooperativas nos próximos anos. placas, insolação inadequada ou difiNão há, entretanto, até o momento, culdade de registro dos imóveis. experiências de implementação desO modelo de energia comunitása solução em comunidades de baixa ria, descentralizada, harmoniza naturenda. ralmente com as tradições de coletiEm 2021, a Revolusolar está vidade, autogestão e cooperação das constituindo, como um projeto pilo- favelas, aspecto fundamental para to, a primeira cooperativa de ener- o sucesso de iniciativas deste tipo. gia solar em uma favela no Brasil. A O engajamento e o senso de protausina solar, de 26 kW, foi instalada gonismo da comunidade local nos no telhado da Associação de Mora- projetos dos quais participa é uma dores da Babilônia, favela do Morro premissa, na nossa visão, para a efedo Leme, Rio de Janeiro. O público tividade das mudanças propostas. alvo é o segmento de moradores que Ao longo dos 5 anos que atuamos na paga pela energia de forma regu- favela da Babilônia, colhemos alguns lar e 35 famílias das favelas vizinhas aprendizados que contribuem nesse da Babilônia e Chapéu Mangueira sentido. serão beneficiadas. A geração de Percebemos, em primeiro lugar, energia deverá ter início em agosto que a mão de obra para instalação e de 2021. manutenção das usinas poderia vir A cooperativa será gerenciada da própria comunidade e passamos pelos residentes locais (cooperados a incorporar em nosso modelo de e beneficiários da energia). A Re- atuação atividades de capacitação volusolar detém a propriedade dos profissional para os moradores locais equipamentos (adquiridos através em eletricidade e instalações solade patrocínios e doações) e os aluga res. Instaladores solares atuam em à cooperativa. As famílias coopera- um mercado de trabalho que oferece das pagarão à cooperativa uma taxa empregos de qualidade e bons salámensal pela energia (inferior ao que rios, segundo a Agência Internacional pagavam previamente à instalação de Energias Renováveis. Segundo a dos painéis solares) e os recursos IRENA9, a fonte de energia solar foarrecadados constituirão um Fundo tovoltaica é a maior geradora de emComunitário destinado a remunerar pregos entre as fontes renováveis. A os trabalhadores locais que atuam ABSOLAR10 aponta que mais de 280 no projeto, instaladores solares, ele- mil empregos já foram gerados no tricistas, e outros profissionais envol- Brasil pela energia solar. Percebevidos na operação e manutenção do mos, em segundo lugar, que atividasistema, além de contribuir para o des educacionais junto às crianças financiamento da expansão das ins- e adolescentes, além de contribuir talações solares na comunidade. para o engajamento da comunidade, são extensões naturais na disseminaUm benefício da modalidade de ção de informações e conscientizageração compartilhada em relação ção sobre sustentabilidade, e contrià opção de instalações individuais é buem para a continuidade do projeto a neutralização de barreiras associa- no longo prazo. das à edificação onde será instalado o sistema fotovoltaico. Instalações Consolidamos esses aprendizaindividuais em comunidades de baixa dos na definição de uma metodorenda frequentemente têm limita- logia de atuação que denominamos ções relacionadas à necessidade de de Ciclo Solar. Atuamos em 3 frentes reforços estruturais para aguentar as - geração distribuída de energia na


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favela, capacitação profissional dos moradores locais e educação ambiental infantojuvenil – que formam um conjunto integrado de ações e significam uma relação de parceria e engajamento da comunidade local no projeto. Até o momento, a Revolusolar capacitou 41 moradores como eletricistas e instaladores solares e ofereceu mais de 100 oficinas de educação infantojuvenil na favela da Babilônia, para 65 crianças e adolescentes locais.

os incentivos atuais de créditos energéticos à população de baixa renda. A redução do valor desses créditos, como vem sendo proposta, pode tornar inviável o modelo das cooperativas nessas comunidades e frear o crescimento de uma solução sustentável para a histórica crise energética vivida pelos mais pobres. Conclusão

A evolução do mercado de geração de energia solar distribuída Como o Marco Legal pode con- é um sucesso no Brasil e apresenta tribuir para democratizar a Revolu- benefícios em múltiplas dimensões - redução dos gastos com energia, ção Solar? geração de empregos, atração de noA expansão da energia solar no vos investimentos e geração de enerBrasil tem resultado em intensos e gia limpa, renovável e sustentável; recentes debates no Congresso Na- possibilita ainda a diversificação da cional sobre como definir a taxação matriz elétrica brasileira, com uma do segmento. Acreditamos que sem nova fonte renovável que aumenum marco legal adequado, o futu- ta o suprimento de energia elétrica, ro da GD nas comunidades de baixa reduz as perdas e posterga investirenda é bastante incerto. Por isso, mentos em transmissão e distribuinos posicionamos favoráveis ao PL ção. O desafio é analisar e incorporar 5829/19. No entanto, a perspecti- soluções que permitam a participava das comunidades de baixa renda ção das comunidades de baixa renda tem, a nosso ver, que ser levada em nessa Revolução Solar. Afinal, esta consideração nesse debate e rece- população é a maioria do Brasil, e ber um tratamento especial. Com é justamente a que mais precisa base em experiências internacionais dessa Revolução. e adaptando-as ao contexto brasileiro, encaminhamos uma proposta Referências de uma Emenda, encaminhada pelo deputado Rubens Bueno (Emenda 01 [1]https://www.gazetadopovo.com. ao PL 5829/19). A sugestão é manter br/economia/brasil-caminha-para-

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-ter-a-energia-mais-cara-do-planeta-86tyszyyp8czy77fbcvtovdsq/ [2]https://oglobo.globo.com/economia/conta-de-luz-no-rio-mais-que-dobra-em-uma-decada-23517167 [3]https://valor.globo.com/brasil/ noticia/2020/08/18/energia-eletrica-e-cara-ou-muito-cara-para-84percent-dos-brasileiros.ghtml [4]https://about.bnef.com/new-energy-outlook/ [5]https://www.iea.org/data-and-statistics/data-products [6]https://www.absolar.org.br/noticia/gd-solar-deve-atrair-investimentos-de-r-70-bilhoes-ate-2030/ [7]https://revolusolar.org.br/ wp-content/uploads/2019/08/ Energia-el%C3%A9trica-na-Babil%C3%B4nia-_-Relat%C3%B3rio-de-pesquisa-2018.pdf [8]https://metropolitics.org/Rio-de-Janeiro-An-Inequitably-Connected-City.html [9]https://www.irena.org/publications/2020/Sep/Renewable-Energy-and-Jobs-Annual-Review-2020 [10]https://www.absolar.org.br/ mercado/infografico/


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da, considerando as 03 topologias de inversores disponíveis no país. SolarMarket É o maior comparador de kits fotovoltaicos do Brasil. Ele reúne os principais distribuidores do mercado brasileiro, com mais de 450 modelos de módulos fotovoltaicos de 35 marcas diferentes, além dos mais de 650 modelos de inversores de 31 marcas diferentes. O SOLARMARKET permite a listagem dos kits por preço, relevância, por marca ou modelo de módulos ou inversores entre outros filtros. E


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Board of Indicators - Updates, Analyses and Insights / Quadro de indicadores Atualizações, análises e percepções (BI-UAI) permicom te orçar kits ALDO, BRASSUNNY, GENYX, L8 ENERGY, LOJA ELÉTRICA, ECORI, NEXEN, OUTLET SOLAR, RIBEIRO, RENOVIGI, SICES, WEG, além do envio e da gestão de pedidos por dentro da plataforma. Gestor de Processos de Negócio - Business Process Manager (BPM) O BPM SolarView é um módulo customizável de gestão de processos que o integrador utiliza para descrever, acompanhar e gerir os seus processos do dia a dia. Nesta versão, estaremos disponibilizando: •

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Gestão de Relacionamento com Cliente - Customer Relationship Management (CRM);

Gestão de Projetos de Engenharia;

Gestão de pedidos de compras;

É uma tela gerencial com gráficos, indicadores e filtros customizáveis. Integração com RD Station Coleta e cadastra automáticamente os leads gerados no RD Station. Toda vez que um lead chegar através de uma página do RD Station, esta integração permitirá que o lead siga diretamente para um representante comercial previamente definido, executando o carrossel, caso você tenha três vendedores, o primeiro vendedor receberá o primeiro lead, o segundo, receberá o segundo lead e assim sucessivamente. VANTAGENS DA SOLARVIEW BUSINESS 2.0: A solução existe porque o integrador precisa e deseja: •

Otimizar o processo comercial de integradores de energia solar;

Reduzir o tempo para elaboração da proposta comercial;

Reduzir o tempo para elaboração do pré-projeto;

Gestão de instalação;

Integração com central de monitoramento SolarView PRO;

Aumentar a qualidade, evitando erros humanos na elaboração dos projetos;

Integração direta de informações com a central de monitoramento. Com um clique, você cria automaticamente as usinas a serem monitoradas e compara em tempo real a produção de energia efetivamente gerada com a expectativa que foi vendida para o cliente e, ainda, faz a gestão das ações e serviços de pós-vendas.

Reduzir o custos de venda através da liberação da equipe de engenharia para focar na gestão/ exec u ção dos projetos;

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Agilizar o processo de qualificação de leads;

Facilitar a gestão do time comercial;

Encontrar o melhor kit, o melhor preço e a melhor condição comercial;

Encontrar o melhor financiamento;

Aumentar a produtividade da equipe de vendas através da automação no tratamento da informação;

Aumentar as vendas;

Aumentar a produtividade da empresa;

Gerar um diferencial competitivo através do uso intenso de tecnologia e inteligência competitiva.

A SolarView Business 2.0 já começou a facilitar a vida dos integradores solares. O upgrade da nossa solução otimizou os processos de trabalho de muitas empresas, como é o caso relatado pelo gerente da Engenharia Magalhães, Lucas Miller. "Estou tendo um retorno muito positivo da nossa equipe comercial, a plataforma ficou show!", afirma. Conheça as nossas soluções em www.solarview.com.br/solarview-business, transforme a sua jornada de trabalho agora mesmo, diminuindo custos e aumentando suas receitas.


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Entrevista

Entrevista exclusiva com LEONARDO DINIZ, diretor comercial da FORTLEV SOLAR A Fortlev Solar é uma distribuidora capixaba de produtos fotovoltaicos. Suas vendas são direcionadas aos integradores, que são os profissionais responsáveis pela instalação dos sistemas RBS Magazine - Fale sobre a empresa e suas tecnologias desenvolvidas ao decorrer de sua fundação? LEONARDO DINIZ - A Fortlev Solar faz parte do grupo Fortlev, referência a mais de 30 anos no mercado de soluções de reservatórios de água. Com o mesmo viés sustentável, prezamos pelo futuro do Brasil e pelo uso de fontes renováveis de energia. Trabalhamos com tecnologias de primeira linha em todas as nossas soluções, desde a estruturas completa para geração fotovoltaica, trazendo equipamentos de ponta e inovação. Hoje, atuamos com os módulos Jinko, JA Solar, Longi e Canadian, além de inversores Sungrow, Fronius, Growatt e SolarEdge. Parte desses equipamentos são bem recentes em nosso catálogo de produtos, o que ilustra como o nosso crescimento tem sido rápido e atual. Já podemos dizer, com muita humildade e alegria, que hoje estamos posicionados entre as principais distribuidoras do país, atendendo desde o pequeno ao grande integrador. Quais as facilidades de financiamento a FORTLEV disponibiliza aos seus clientes para instalação de módulos e kits fotovoltaicos? Trabalhamos com múltiplas soluções de financiamento. Entre nossos parceiros, podemos citar o Banco BV, que permite o financiamento de equipamentos e de

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mão de obra do instalador, o Santander e o Banco do Brasil, atuando com a linha BB Agro, disponível para integradores que atendem o agronegócio brasileiro. Logo traremos novas linhas de financiamento para facilitar ainda mais a aquisição dos kits. Sabemos que a FORTLEV possui estruturas de solo própria. Conte como será o projeto para reforçar o trabalho com usinas de solo de grande porte e bombeamento solar? Usinas de grande porte e de bombeamento são projetos bem específicos e devem sempre ser atendidos de forma personalizada. Cada projeto possui características (carga de vento, ambiente corrosivo, tipos de solo e condição de terreno) que os diferem uns dos outros e nós procuramos sempre, de forma otimizada, atender as necessidades do cliente com a melhor relação custo x benefício. Com o melhor material do mercado: aço z-600 e garantia contra oxidação dada pela Usiminas de 35 anos em ambientes C5 (máxima salinização). Sabemos que o mercado fotovoltaico está muito aquecido, e novas distribuidoras nascem todos os dias. Quais os diferenciais da Fortlev Solar e por que o integrador deve escolher a empresa ao invés das demais? A Fortlev Solar é pautada pelo lema “Credibilidade em Tudo”, tanto pelo fato de já termos uma enorme respon-

sabilidade em usar o nome Fortlev, quanto pelo fato de que a transparência na relação com o cliente é essencial para a nossa empresa. Como diferencial dos concorrentes, a Fortlev Solar atua apenas com equipamentos em estoque. Hoje, no mercado, é muito comum fazer negociações com produtos que são importados apenas após a formalização da compra. Com a gente não funciona dessa forma. Temos um estoque muito bem abastecido, que conta com as melhores marcas do mercado, e quando o integrador acessa a nossa plataforma e faz o seu pedido, ele está adquirindo um kit já disponível na nossa sede, que fica no Espírito Santo. Essa conduta descomplica a logística e faz com que o equipamento chegue com agilidade e segurança no local de entrega, sem riscos de alterações no preço fechado durante a negociação. Ainda contamos com uma equipe de Consultores Comerciais que auxilia o instalador na escolha dos equipamentos, durante a compra e após o processo de instalação. Suporte de uma Engenharia multidisciplinar é outro de nossos diferenciais, supervisores e coordenadores e gerentes regionais de mercado, espalhados pelo Brasil inteiro, que conhecem cada um de nossos parceiros, além de uma nova plataforma totalmente inovadora, que facilita todo o processo de dimensionamento e de compra.


A evolução das estruturas solares As novas estruturas para geração de energia fotovoltaica da Romagnole inovam a partir de um conceito inédito de montagem dos sistemas, representando uma revolução para o segmento.

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“Até que valor eu posso sobredimensionar meu sistema?” – CONCEITOS OVERSIZING E CLIPPING

comumente no dia a dia do nosso setor. Simplificando, Muito provavelmente significa realizar uma inso termo oversizing ou so- talação com uma potência brecarregamento já está de módulos fotovoltaicos presente no seu dia a dia, (Wp) maior do que a pocaso trabalhe no setor fo- tência nominal do inversor. tovoltaico. Uma das prin- Mas qual a razão de se facipais, se não a principal zer isso? Não estaremos pergunta que nós, distri- “desperdiçando” energia? buidores, recebemos de Vamos analisar a curva nossos parceiros e clientes quando apresentamos de geração de um sistema um inversor fotovoltaico fotovoltaico comparando é: “Quanto de oversizing as duas situções: este equipamento suporta? Como podemos perce20%? 30%? 50%? E a resposta – “depende” - não é ber, a curva de potência de a que ele gostaria de ouvir um sistema FV apresenta em um primeiro momen- no eixo X o período do dia to. Mas porque não é pos- (horário) enquanto no eixo sível apresentar um valor Y temos a potência do sisde sobrecarregamento CC tema em cada período. como absoluto? E partinNo caso sem oversido de que essa premissa é verdadeira, mesmo que o zing (curva em laranja), inversor suporte 50%, 60%, nos horários com menor será que essa é sempre a irradiância solar (manhã e melhor opção? Aliás, o que final de tarde), a potência significa oversizing e de que do sistema é baixa, já que forma ele deve ser analisa- a potência entregue pelos do? Demosntraremos isso módulos fotovoltaicos é die muito mais no decorrer retamente proporcional a deste artigo, apresentando irradiância incidente neles. números e simulações em No período em que a inciPvsyst para embasar nos- dência está no seu máximo, sos argumentos e te ajudar o inversor também entrega a otimizar seu sistema, es- sua potência máxima, ou colhendo a melhor opção. seja, sua potência nominal de saída CA. E o que ocorre DEFINIÇÃO OVERSI- se sobredimensionarmos o sistema? Vamos analisar a ZING/CLIPPING mesma curva, mas agora Oversizing, sobrecar- com um oversizing aplicaregamento, FDI (Fator de do a este inversor (curva Dimensionamento do In- em preto na fig. 1). versor) ou até sobrecarga Observa-se que a for(overload) são algumas das nomenclaturas utilizadas ma da curva de potência INTRODUÇÃO

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Quando o inversor atinge o ponto limite de sua potência nominal e há mais potência disponível nos módulos (área em cinza na Fig.1), o que acontece? “Esse valor excedente é transformado e dissipado na forma de calor, aquecendo o equipamento?” Não, isto não ocorre. Sabemos que o inversor está o tempo todo analisando os parâmetros de tensão e corrente recebidos dos módulos, ajustando e buscando o ponto de máxima potência. Nestes casos, o inversor ajusta seu valor de tensão CC de forma a não ultrapassar a potência máxima do equipamento. Como podemos verificar abaixo, temos a curva IxV dos módulos fotovoltaicos, onde no ponto A seria o ponto ótimo de operação do inversor a potência nominal, e o ponto em que o inversor define para que não ultrapasse seus limites O QUE OCORRE QUAN- e continue operando de DO SOBREDIMENSIONA- forma normal (Ponto B), entregando o máximo de MOS UM SISTEMA FV? disponível nos módulos é a mesma, porém como temos mais módulos instalados, a potência entregue em um mesmo instante de tempo obviamente é maior comparado ao primeiro caso. Isso representa uma maior geração de energia em momentos com menor incidência solar, como nas manhãs e finais de tarde (áreas em laranja). Mas e no horário de pico, o que ocorre? O inversor por norma e por proteção não irá injetar mais do que sua potência nominal. Por isso, o que acontece é o denominado clipping, onde o inversor ajusta seu valor de tensão para que a potência entregue fique limitada a nominal do equipamento, conforme ilustrado ainda na figura 1. Mas de que forma isso é feito pelo equipamento? Como o inversor faz este ajuste? Veremos a seguir.


energia possível na instala- metrização, de forma que possamos comparar difeção. rentes fabricantes sob um O que o inversor faz é mesmo referencial. Mas elevar o valor de tensão da estes valores são atingistring do ponto A para o dos em raríssimas vezes ponto B, reduzindo a cor- durante o ano. Devido a rente injetada pelos módu- temperatura e irradiância, los, de forma que a potên- a potência fornecida pelos cia instantânea da curva módulos na maior parte do cinza (Fig. 2 - com oversi- tempo é menor, corrigidas zing) seja o valor de potên- pelos coeficientes de temcia nominal do inversor. peratura. Com isso, o equipamento Degradação dos mócontinuará trabalhando dentro dos seus valores dulos: Como pode ser oblimites e assim, a energia servado nas fichas técnicas, excedente não é dissipada todos os módulos possuem na forma de calor ou outra uma degradação da sua forma que possa prejudicar potência ao longo dos anos o equipamento. Mas talvez (algo em torno de 2%-2,5% você esteja se perguntan- no primeiro ano, e 0,4-0,5% do: “Não seria mais inte- nos demais anos, chegando ressante colocar um inver- ao final de 25 anos da gasor de maior potência, para rantia de rendimento com que no momento com pico algo em torno de 80-85% de potência disponível nos da sua potência nominal módulos FV, eu aprovei- informada na ficha técnica. tasse todo esse potencial Ou seja, ao longo do tempo na conversão de energia? de funcionamento, este soInstalar assim um inversor bredimensionamento será cada vez menor. com relação 1:1? “ Maximização da proPORQUE SOBREDIMENSIONAR É UMA BOA dução energética: Em muitos casos, devido a um OPÇÃO? melhor arranjo de móduHá diversos fatores los (tensão de máxima poque corroboram para a uti- tência do inversor), com o lização de um sobredimen- oversizing ele trabalhará sionamento em sistemas uma faixa ótima de operafotovoltaicos, os quais po- ção, maximizando seu rendimento. Ainda, em muitos demos citar: casos há uma limitação da Condições STC: As in- capacidade instalada no formações de potência local, ou um desejo de não contidas nas fichas técnicas se ultrapassar um deterdos módulos fotovoltaicos minado valor de demanda são com objetivo de para- (micro 75kW ou 5MW usi-

nas em GD) com objetivos econômicos. Com isso, sobredimensionar se torna uma opção válida também por este quesito. É SEGURO SOBREDIMENSIONAR? Desde que respeitados os limites do inversor informados na ficha técnica, não há riscos em sobredimensionar o inversor. Em muitos casos, como veremos a seguir, é até benéfico, se bem projetado. Além disso, nenhum inversor perderá a garantia por um oversizing correto. Há de se considerar, entretanto, que nestes casos, o inversor operará mais tempo em uma potência nominal, o que requer ainda mais atenção as condições de instalação (local adequado, boa ventilação, manutenções preventivas, etc.) para um ótimo funcionamento do equipamento. EXEMPLOS

.PAN fornecidos pelos fabricantes. Ainda, como o objetivo do artigo é apresentar as diferenças com diversos carregamentos, não foi considerado perdas por sombreamento nessas simulações, e a localidade escolhida para a simulação foi Salvador/BA. Uma simulação em outra localidade por si só já seria um fato determinante para que as informações a seguir sejam diferentes. A primeira análise que faremos será utilizando o inversor Sungrow SG8K3-D, com potência nominal de 8,3kW, com 2MPPT’s (Até 3 strings ao todo), em conjunto com módulos Canadian Solar CS3U-360P. Este inversor possui 3 entradas individuais, com tensão CC limite de 600V. Segue abaixo algumas informações da ficha técnica deste equipamento, e que devemos levar em consideração ao dimensionar as strings de módulos:

Pontos a considerarDepois de termos entendido os conceitos por mos: trás do oversizing, vamos 1. Tensão máxima de analisar alguns casos de entrada: 600V – Vaaplicação para entenderlor que não deverá mos porque a pergunta: ser ultrapassado em “Qual sobredimensionanenhum momento mento esse inversor supordo funcionamento ta?” não ter uma reposta do inversor. Deve ser única, definitiva para todimensionado condos os casos. Todas as sisiderando a tensão mulações a seguir foram de circuito aberta do realizadas utilizando o sofmódulo (Voc) corrigitware PVSyst juntamente da para a menor temcom os arquivos .OND e peratura no local. 2. Faixa de tensão MPP para potência nominal e Tensão nominal de entrada: Valores de tensão na qual RBS Magazine

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PARA CADA kWp de potência instalada. Parametro utilizado para comparação de sistemas com diferentes potências;

o inversor trabalhará em seu ponto ótimo de operação. Realizamos os seguintes dimensionamentos:

Primeiro simulamos com a potência muito próxima a nominal do equipamento (23 módulos = 8,28kWp). Foi simulado ainda para 27 módulos (117,11%), 30 módulos (130,12%) e por fim 33 módulos (143,13%), limite que é possível colocar com estes módulos sem ultrapassar os 600V de tensão máxima, corrigindo para 0°C de temperatura mínima. A simples mudança de região já poderia ser suficiente para impactar neste limite máximo, o que nos prova que não há um valor fixo.

PR -> Performance Ratio: Parametro que indica a eficiência de um sistema. Quanto mais próximo de 1, mais eficiente o sistema será.

que com 30,12% ele é mais eficiente?” Não necessariamente. É fundamental uma análise econômica individual de cada caso, pois pode ser que o ganho de energia compense o custo maior, mesmo com um rendimento um pouco inferior, devido a limitações no padrão de entrada por exemplo.“Então está definido. Posso considerar que o inversor SG8K3-D suporta no máximo 43% de oversizing”. Não, não é possível afirmar isso.

Mas novamente é importante frisar, é preciso uma análise financeira para determinarmos qual a melhor opção para um sistema fotovoltaico, e que seja analisado caso a caso individualmente. Não há verdade absolta nas simulações acima que sirvam para todos as instalações - modelo de módulo, do inversor, localidade de instalação, etc. entre diversos outros parâmetros devem ser criteriosamente analisados.

Vamos fazer a mesma análise, com o mesmo equipamento, mas com os módulos da JA Solar de 440W.

Para enfatizar ainda mais a particularidade de cada caso, vamos analisar um mesmo inversor trabalhando praticamente em

De forma resumida, apresentamos na tabela a seguir as simulações obtiNeste caso, podemos das neste caso: observar que devido a limitação de tensão máxiO primeiro ponto que ma, conseguimos colocar queremos chamar atenção apenas 30 módulos deste com essa simulação, diz modelo. E mesmo assim, respeito ao índice kWh/ atingimos uma potência kWp/yr. Como podemos pico de 13,2kWp, com quaver, quanto mais módu- se 60% de oversizing. los inseridos, maior será a geração (kWh), mas a parAbaixo temos alguns tir de um certo ponto, o parâmetros de geração e sistema produzirá menos eficiência fornecidos pelo energia por kWp acrescido, e com um PR menor. PVSyst: Além disso, podemos perMas como podemos • kWh/yr -> Quantida- ceber que quanto mais nos ver pelo índice PR (curva de de energia (kWh) aproximamos do valor de em verde), ele cai consigerados durante o tensão ótimo (360V neste deravelmente neste caso, primeiro ano de fun- caso), mais eficiente o sis- mesmo que tenha sido gerado mais energia (barcionamento do siste- tema será. ras em laranja). A relação ma; “Então quer dizer que kWh/kWp instalado reduz • kWh/kWp/yr -> não há razão para eu so- bastante, devido ao inverQuantidade de ener- bredimensionar este in- sor operar fora da sua faixa gia gerada no ano versor em 43,13%, sendo ótima. 36

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sua potência nominal, com 100 módulos Trina Solar 405W. A simples configuração diferente dos arranjos de módulos impacta em quase 1.300kWh gerados a mais somente no primeiro ano. São 2% a mais de energia somente devido ao

sistema trabalhar mais próximo a sua tensão ótima de operação, com um arranjo melhor distribuído. CONCLUSÃO Como pode-se perceber, um sobredimensionamento bem realizado é fundamental para uma


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melhor performance do inversor fotovoltaico. Há diversos fatores relativos à construção dos módulos e dos inversores que justificam isso. E a ideia do artigo é justamente trazer este tema para debate, para que seja feito uma análise criteriosa caso a caso, não simplesmente assumir que 30% é o oversizing ideal para qualquer inversor, em qualquer lugar. E também mostrar que as vezes pode ser interessante sobredimensionar o equipamento além do ponto ótimo dele, pois financeiramente será compensatório. Imagine um caso onde a carga instalada na unidade consumidora seja 75kVA ou 112,5kVA (bem comuns), e uma alteração nisso implicaria em custos de obras de reforço da rede e também mudar o grupo tarifário do cliente, com necessidade de pagar demanda contratada. Pode ser financeiramente mais interessante instalar 40, 50, 60% de oversizing no inversor, alcançando uma geração de energia maior, sem precisar fazer adequações na rede da concessionária,

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mesmo que o inversor opere com uma eficiência um pouco menor do que sua eficiência máxima.

forma pode não ser economicamente viável. Aquele conceito que você sempre vê por aqui, sabe? LCOE – Levelized Cost of Energy. Pois é, novamente ele pode (e deve) ser aplicado na definição do oversizing já que, como sabemos, sistemas fotovoltaicos se tratam primordialmente de investimentos financeiros e retornos econômicos. Vai esperar as mudanças regulatórias ocorrerem para buscar o melhor a seu cliente? Porque não se antever disso e sair na frente de grande parte da concorrência?

[2] SOUZA, J. P. Oversizing e clipping nos sistemas fotovoltaicos. Disponível em https://canalsolar.com.br/ artigos/artigos-tecnicos/ item/118-oversizing-e-clipping-nos-sistemas-fotovoltaicos, Acesso em Julho de 2020.

Analisem o gráfico abaixo, com um inversor Sungrow SG40CX com módulos JA Solar 440W. De acordo com os limites de [3] J. Good and J. X. Johntensão e corrente do equison, "Impact of inverter pamento, fornecidos em loading ratio on solar sua ficha técnica, seria posphotovoltaic system persível instalar até 63,36kWp formance", Appl. Energy, de módulos (8 strings de vol. 177, pp. 475-486, Sep. 18 módulos) dentro dos 2016. limites do equipamento. E como pode ser visto nas [4] M. Hussin, A. Omar, S. barras em laranja, estaríShaari and N. M. Sin, "Reamos continuamente geview of state-of-the-art: rando mais energia, mas a Inverter-to-array power Refêrencias que preço? A performance ratio for thin-film sizing tedo sistema a partir de um certo ponto reduz com o [1] R. Mounetou, I.B. Alcan- chnique", Renewable Susaumento da potência ins- tara, A. Incalza, J. Justinia- tain. Energy Rev., vol. 74, no, P. Loiseau, G. Piguet, et pp. 265-277, 2017. talada. al., "Oversizing array-to-inÉ possível instalar? É. verter (dc-ac) ratio: What [5] Manuais de usuário e Financeiramente é viável? are the criteria and how fichas técnicas dos inverVocê que precisa dizer, to define the optimum?", sores Sungrow. Disponivel para cada caso que for ins- Proc. Eur. Photovolt. Sol. em https://sungrowpower. talar, buscando o melhor Energy Conf. Exhib., pp. com/pt-br Acesso em Julho de 2020. para o seu cliente. Após 2813-2821, Sep. 2014. as mudanças regulatórias da ANEEL (que virão, queiTHIAGO MINGARELI CAVALINI ram ou não), essa análise Coordenador de Engenharia e se tornará imprescindível, Suporte Técnico Amara-e visto que um sistema não dimensionado da melhor Engenheiro eletricista graduado pela UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná e Pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho. Experiencia com projetos de BT e MT, desde 2016 no setor fotovoltaico nas fases de projeto e execução de sistemas de micro e minigeração distribuída. Cursos de especialização em energia fotovoltaica pela UNICAMP. Desde 2018 atuando diretamente no suporte técnico pré e pós vendas.


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SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Marina Meyer Falcão e Marcelo Tanos

O

item 55 da agenda regulatória 2020-2021 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, aprovada pela Portaria nº 6.171/2019, trata das adequações regulatórias para inserção de sistemas de armazenamento no Sistema Interligado Nacional – SIN, ressaltando que se encontra em curso a Tomada de Subsídio nº 011/2020, com previsão de conclusão até o segundo semestre de 2021. No que tange à transição energética, salienta-se que o setor de energia elétrica ganha ainda mais importância para o desenvolvimento socioeconômico à medida que a matriz energética se eletrifica e setores historicamente baseados em combustíveis fósseis, como o de transporte, migram para a energia elétrica. Em razão do consenso em torno da necessidade de mitigar as emissões de carbono, há o desafio de garantir a expansão da oferta de energia elétrica com menor participação de combustíveis fósseis – em 2018, 38% (trinta e oito por cento) da geração de energia elétrica no mundo foi feita a partir do carvão. Sob esse aspecto, frisa-se que as fontes solar e eólica dominam os prognósticos de expansão da matriz, tanto pela questão ambiental, quanto pela própria 42

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competitividade econômica das fontes. Nesse sentido, a segurança do abastecimento de energia elétrica será sempre prioridade para governos, operadores de sistema e reguladores, haja vista que o desafio de operar um sistema elétrico é enorme, dado que deve haver o casamento entre oferta e demanda de forma instantânea em todos os pontos do sistema, consideradas as restrições de transmissão.

que pode ser armazenada, o armazenamento dessa energia e a subsequente reconversão em energia elétrica.

Os sistemas de armazenamento, portanto, são fundamentais para a inserção em larga escala de geração renovável intermitente, o que, por sua vez, é fundamental para assegurar a expansão da matriz elétrica com menores emissões de carbono. Tais sistemas podem atuar como um elemento de estabilização entre uma oferta de energia cada vez menos fleEm outras palavras, se o parque xível e uma demanda com baixo nível gerador é despachável e controlável, de elasticidade às oscilações de curto o desafio para os operadores é me- prazo nos preços. nor, visto que simplesmente devem controlar o nível de oferta conforme Ressalta-se que as diversas teco perfil de demanda. nologias de armazenamento podem ser instaladas em todos os segmenCom a forte inserção de renová- tos do sistema elétrico, seja junto à veis, no entanto, o nível de controle geração centralizada, no sistema de sobre a oferta cai consideravelmen- transmissão, na distribuição ou dente por serem fontes intermitentes, tro das unidades consumidores, seonde a geração depende da disponi- jam elas industriais, comerciais ou bilidade de recursos naturais, como residenciais. insolação e ventos, devido à impossibilidade de armazenamento do reAs tecnologias de armazenamencurso energético renovável em sua to possuem, assim, atributos que forma original. permitem prestar uma série de serviços aos consumidores de energia eléSob o ponto de vista do sistema trica, contudo, o desafio consiste em elétrico, o armazenamento pode ser adaptar a política setorial e a regudefinido como a conversão de ener- lação para que seja possível aos degia elétrica em uma forma de energia tentores das tecnologias de armaze-


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namento monetizar o serviço que prestam – (limitação de 4 anos do CC). Relativamente à geração distribuída, verifica-se que a Nota Técnica nº 0078/2019- SRD/SGT/ SRM/SRG/SCG/SMA/ANEEL disponibilizada na segunda fase da Audiência Pública no 040/2019, propõe a revisão do sistema netmetering, oportunidade em que os micro e minigeradores serão instados – progressivamente – a pagar pelo uso da rede de distribuição, da rede de transmissão e pelos encargos setoriais. O aprimoramento proposto torna mais eficiente os sinais de preços e contribui para a inserção de recursos de armazenamento, dado que, pelo modelo vigente, o consumidor não é incentivado a fazer tal investimento. Os recursos de armazenamento,Os recursos de armazenamento, portanto, vêm ganhando relevância no setor elétrico mundial em razão da transição energética e os desafios impostos para preservação da segurança da operação em todos os instantes e localidades, estando sua inserção relacionada à flexibilidade operativa, com potencial (i) de consumir excesso de geração intermitente, (ii) deslocar demanda de ponta, (iii) assegurar maior capacidade disponível para o operador, (iv) prestar serviços ancilares, (v) otimizar o uso da rede, (vi) deslocar investimentos em nova capacidade de geração, transmissão e distribuição e (vii) auxiliar o consumidor a gerenciar sua conta de energia elétrica. Desta feita, tem-se que a discussão relativa à inserção de tais recursos no setor elétrico brasileiro é oportuna e conveniente, sendo fundamental o debate público e transparente promovido pela Tomada de Subsídio nº 011/2020 para agregar a visão de todas as partes interessadas e enriquecer as propostas de adequações regulatórias necessárias à inserção de sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro. 44

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MARINA MEYER FALCÃO

MARCELO TANOS NAVES

Advogada e Sócio-Fundadora da Marina Meyer Sociedade Individual de Advocacia - em Parceira com a LTSC Sociedade de Advogados, Diretora Jurídica da ABGD; Advogada especialista em Direito de Energia. Membro representante do Estado de Minas Gerais na missão Energias Renováveis na Alemanha em 2018 e nos Estados Unidos em 2016 (The U.S. Department of

Advogado e Sócio-Fundador da LTSC Sociedade de Advogados, com especialização em Direito Regulatório e Direito da Energia pelo Centro de Direito Internacional – CEDIN e pelo Instituto de Altos Estudos em Direito – IAED. Pós- graduado em Direito Tributário pelo Centro de Estudos na Área Jurídica Federal – CEAJUF. Graduado em direito pelo Centro Universitário de Belo Horizonte.

State's sponsoring an International Visitor Leadership Program project entitled “Modernizing the Energy Matrix to Combat Climate Change,” for Brazil in 2016), Autora de 3 Livros em Direito de Energia, MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Pós-graduada em Gestão Ambiental pelo Instituto de Educação Tecnológica – IETEC. Graduada pela Universidade

Membro fundador da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente – ABDEM e integrante do Comitê de Gás Natural. Membro da Câmara de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG. Membro da Comissão de Direito da Energia da OAB/MG. Vice-Presidente da Comissão de Direito da Geração Distribuída da OAB/MG. Atuou como advogado na Gerência de Direito Regulatório, Tributário e Comercial da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG no período de 2008 a 2015, com expertise nos segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia elétrica.

FUMEC. Membro da Comissão de Energia da OAB – MG, Presidente da Comissão de Direito da Geração Distribuída da OAB – MG; Membro da Câmara de Energia, Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG; Ex-Superintendente de Política Energética do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Conselheira do Conselho de Política Ambiental – COPAM do Estado de Minas Gerais (2009 a 2014); Ex-Secretária Executiva do Comitê Mineiro de Petróleo e Gás. Contatos: (31) 2515-2001 (31) 98788-4115 marinameyerfalcao@gmail.com

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(31) 2515-2001 (31) 99645 9061 marcelotanos@ltscadvogados.com.br


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Entrevista

A RBS MAGAZINE traz uma entrevista exclusiva com ALYSSON CAMILO, head of sales & operation da SAJ BRAZIL A Guangzhou Sanjing Electric Co.LTD (doravante referida como SAJ) é uma fornecedora líder profissional de tecnologia de conversão de energia renovável CC-CA, controle e acionamento de motor e transmissão e soluções de armazenamento

RBS Magazine - Fale sobre a empresa que utilizam os inversores SAJ. Nore seus países de atuação? malmente esse tipo de projeto usa-se nossa linha de inversores Suntrio NOME PESSOA - A SAJ foi fundada Plus de 25 a 60 kW. em 2005 e temos capacidade produtiva anual de 7GW de inversores sola- Quais os principais produtos e solures. Temos um portifólio abrangente, ções de armazenamento a SAJ oferece produtos robustos e oferecemos ga- a seus clientes? rantia de 5+5 anos para toda nossa linha R5 de inversores de 0,7 a 20 kW. Os principais produtos SAJ são os Em 2017 fomos ranqueados TOP 10 inversores R5 de 5+5 anos de garanmarca global de inversores pela IHS tia com potenciais de 0,7 a 20 kW, Markit e temos como grande foco normalmente usados em projetos atualmente os mercados emergentes. residências e comerciais de pequeno e médio porte. Também temos Além da China, o nosso principal a linha Suntrio Plus de 25 a 60 kW, mercado, também atuamos na Euro- esses utilizados em projetos comerpa, Austrália, India e Brasil. ciais de médio a grande porte, assim como nossos medidores inteligentes A SAJ possui um Projeto inovador de que mede e calcula os parâmetros parque de estacionamento solar de 1,2 elétricos do sistema e interage com MW no telhado com solução PV in- o inversor para o gerenciamento de teligente. Conte sobre como foi desen- energia e controle de exportação zero volvido? para a rede. É comum hoje em dia vermos estacionamentos de carros protegendo os veículos, ao mesmo tempo que gera energia limpa oriunda da fonte solar. Esse estacionamento de 1,2 MW é apenas um de vários outros que já foram construídos pelos instaladores

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Referente as nossas soluções de armazenamento, contamos com a nossa linha H1 de inversores híbridos de 3 a 20 kW, assim como nossas baterias AS1-3KS-5.1 e B1-5.1-48 de lítio. Como anda a evolução da SAJ no Bra-

sil e quais são os diferencias oferecidos pela marca? A SAJ já possui importantes distribuidores no mercado nacional, todavia, vem buscando expandir seus negócios através de novos parceiros que queiram disfrutar de um relacionamento longevo para distribuir nossos equipamentos. Como diferenciais, temos um equipamento robusto, moderno, design inovador e oferecemos garantia de 5+5 anos na linha R5 de inversores, o que torna o mesmo extremamente competitivo e gerando um grande apelo de vendas. Temos também centro de assistência técnica e reparo no Brasil, que garante prontidão de pós venda. Estamos reformulando nossa linha de inversores comerciais de médio e grande porte, com previsão de em 2022 lançarmos novos equipamentos para melhor atender as demandas e necessidades do mercado, vale também mencionar os inversores híbridos e baterias de lítio SAJ, que certamente revolucionará a geração com a possibilidade de armazenamento de energia no mercado de GD.


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LANÇAMENTO DO SEC1000, CONTROLADOR DE ENERGIA INTELIGENTE PARA SISTEMAS ZERO GRID E CONTROLE DE POTÊNCIA Ildo Bet PHB SOLAR

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A PHB SOLAR é uma empresa com DNA no desenvolvimento tecnológico de produtos e soluções para o mercado de energia solar. Neste sentido, anunciamos o lançamento do controlador inteligente SEC1000. O SEC 1000 pode ser integrado em usinas fotovoltaicas novas ou já existentes para fazer um monitoramento mais detalhado e limitar a potência ativa e ajustar o fator de potência de um ou até 60 inversores. Ele pode operar em conjunto com inversores trifásicos 380/220V e 220/127V. O SEC1000 é composto pelo controlador inteligente, medidor de APLICAÇÕES energia, fonte de alimentação interna, disjuntor de entrada e DPS. Todos estes componentes estão alocados Numa usina fotovoltaica com a num quadro elétrico com IP 65 (Figu- opção ZERO GRID, os inversores esra 1). tão conectados à rede elétrica, porém não existe injeção de energia no medidor de energia. A energia produzida pelo sistema fotovoltaico é utilizada exclusivamente para autoconsumo do local. Esta opção é interessante para UCs com um elevado fator de simultaneidade entre seu consumo e a geração solar e que tenham restrições para a injeção de energia, como é no caso de redes reticuladas. Figura 1. Detalhes do controlador de energia PHB SEC1000.

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Além disso, o SEC1000 pode ser configurado para limitar a potência a ser injetada na rede local para que a mesma nunca ultrapasse um valor pré-configurado. Esta aplicação é interessante em locais com limitação na instalação por causa da demanda contratada e com dificuldades para substituição de disjuntores, transformadores etc. Já a opção de ajuste de fator de potência, permite que o SEC1000 controle a quantidade de potência reativa injetada/absorvida da rede de maneira a contribuir com o ajuste do fator de potência do sistema e que o mesmo não ultrapasse valores preestabelecidos que podem gerar multas ou cobranças relacionadas ao fator de potência / energia reativa.


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Figura 2. Esquema de ligação do SEC1000

Figura 4. Monitoramento em tempo real (geração FV, potência injetada na rede e carga)

Para medição das grandezas eléEsta configuração pode ser utilizada em locais com contas de energia do tricas do consumo da UC é necesságrupo A e cargas indutivas elevadas rio o uso de três transformadores de corrente (TCs) instalados antes do (motores). medidor como é mostrado na figura Finalmente, o monitoramento 3. avançado do SEC1000 permite moniA configuração dos parâmetros torar além dos parâmetros de gerado SEC1000 é feita no software PROção, também os de consumo da UC. MATE. Neste programa é N é possível modificar o endereço da rede, confiInstalação e configuração gurar o número de inversores conecO SEC1000 deve ser instalado en- tados, estabelecer a data e hora, a retre os inversores e o quadro de distri- lação dos TCs externos, e determinar buição da UC. A comunicação entre o a potência injetada e fator de potênSEC 1000 e os inversores é via cabo cia do sistema. RS485.

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Para o monitoramento avançado, deve-se conectar o SEC 1000 via cabo ethernet ao roteador do local (Figura 2). Todo o monitoramento detalhado (Figura 4) pode ser acompanhado no Portal de monitoramento da PHB SOLAR (phbsolar.com.br). Considerações finais A PHB SOLAR continua inovando no mercado de geração distribuída com novas opções tecnológicas para seus clientes. Em caso de dúvidas entre em contato com nossa equipe de engenharia: contato@phb.com.br


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Emissão de carbono e energias alternativas: os esforços para reverter a atual situação ambiental *André Luiz Souza

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s transportes coletivos foram por muito tempo a solução alternativa para o problema do aumento da emissão de carbono no ambiente, porém por mais que pareça algo fácil, essa situação ainda não foi revertida. A emissão do gás carbônico na atmosfera é apontado como um dos maiores causadores do aquecimento solar e problemas como queimadas e poluição e as soluções vão além de decisões simplórias. Todas as questões que rondam este problema têm um peso gigantesco no mundo e são tratadas como pequenas questões no jogo político internacional. Exemplo disso é o Acordo de Paris, um tratado que foi estabelecido durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) em 2015, com o objetivo principal de conter o aquecimento global. A meta do grupo é reduzir em 1,8% ao ano as emissões de carbono, para que o planeta Terra não ultrapasse 2ºC graus de aquecimento até o ano de 2100. Porém, para o acordo entrar em vigor, seria necessário que os países que representam em torno de 55% da emissão de gases de efeito estufa, aderissem ao tratado. Não foi o caso dos Estados Unidos, que com o ex-presidente Donald Trump, saiu formalmente do pacto no dia 4 de novembro de 2020, fazendo o país se tornar o primeiro no mundo a abandonar o acordo climático, indo contra os outros 147 países que ratificaram o tratado. A decisão do presidente americano resultou 56

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em um significativo impacto negativo na política. Felizmente, o presidente americano atual, Joe Biden, confirmou que devolverá os EUA ao Acordo de Paris, reforçando as características humanitárias de sua política. O Brasil foi um dos países que entrou no acordo e se comprometeu a reduzir até 2021 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37% e 43% até 2030. Esforços para tentar reverter o cenário visto que em 2005, quando o país emitiu o montante de, aproximadamente, 2,1 bilhões de toneladas de gás carbônico. Entre as metas para atingir o combinado, estão o aumento do uso de fontes alternativas de energia, a utilização de tecnologias limpas nas indústrias, a diminuição do desmatamento e o aprimoramento da infraestrutura de transportes com uso maior de energia elétrica e de biocombustíveis. Acompanhando todas as movimentações globais, o mercado de energia solar fotovoltaica está mais aquecido do que nunca, e se torna uma das alternativas mais promissoras e de custo benefício acessível, para indústrias, residências e comércios. Recentemente, o estado do Piauí, no nordeste brasileiro, se tornou líder em todo o país no mercado de energia solar, cerca de 90% de toda a potência produzida por lá, no mês de maio, veio de energias renováveis (solar e eólica). Além disso, as usinas de energia solar também geram diversos empregos e ajudam a compor a economia local.

A energia solar tem um papel fundamental na redução da emissão de CO². Ela evita que as usinas termelétricas à gás e carvão entrem em operação em períodos de estiagem. Um único módulo fotovoltaico de 450W consegue reduzir a emissão de, aproximadamente, 80 kg de CO² (dióxido de carbono) durante um ano de operação, enquanto em média as instalações em residência utilizam 14 módulos deste, que totalizam mais de 1 tonelada de carbono evitados a cada ano. Podemos observar outro exemplo no sistema de back-up de bateria de lítio que, ao substituir um gerador à diesel de 25kVA que opera 100 horas por ano, consegue evitar a emissão de mais de 1.600kg de CO² em um ano. No caso da adoção das baterias de lítio, também são evitados o uso e reciclagem de metais pesados, como o chumbo, que também apresenta um grande impacto no meio ambiente. Com isso, podemos perceber que as energias renováveis não são algo para o futuro e sim algo, extremamente, necessário para o presente. Os impasses políticos podem entrar em jogo, mas a mudança e a movimentação deste mercado são inevitáveis e representam um pensamento socioambiental de qualidade e compromisso com a população. *André Luiz de Paula Souza, engenheiro Eletricista pela UFPR, MBA pela FGV em gestão empresarial, é diretor da área de energia solar da WDC Networks.


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P O R Q U E E S C O L H E R PA R A F U S O S D E A Ç O I N O X I D ÁV E L

O aço inoxidável foi inventado no início do século XX, quando se d e s c o b r i u q u e , a o a d i c i o n a r u m a p e q u e n a q u a n t i d a d e d e c ro m o – mínimo de 11 por cento – ao aço comum, obtém-se um aço brilhante e com alta resistência a manchas e corrosão. E s t a re s i s t ê n c i a a c o r ro s ã o e r a m u i t o s u p e r i o r à q u e l a o b t i d a a p ó s tratamentos superficiais em aço carbono como cromação, niquelação, zincagem, entre outros. A partir daí, passou-se a usar o aço inox nos mais diversos ramos industriais. Um desses setores foi o da construção civil, principalmente para a fixação de esquadrias, tanto nas de alumínio quanto nas de PVC. A l é m d a m a i o r re s i s t ê n c i a à c o r ro s ã o e m g e r a l , o s p a r a f u s o s d e a ç o i n o x e v i t a m a c o r ro s ã o g a l v â n i c a , q u e o c o r re c o m o c o n t a t o d o a ç o c a r b o n o e d o a l u m í n i o , a i n d a q u e a m b o s o s p ro d u t o s t e n h a m re c e b i d o t r a t a m e n t o s s u p e r f i c i a i s . O s p a r a f u s o s i n o x i d á v e i s n ã o c o r re m e s s e r i s c o , p o r i s s o s ã o o s m a i s i n d i c a d o s e u s a d o s n o mundo todo. I m p o r t a n t e m e n c i o n a r q u e , p a r a q u e n ã o s e j a re d u z i d o o t e o r d e c ro m o d u r a n t e o s p ro c e s s a m e n t o s ( p o r e x e m p l o , f a b r i c a ç ã o d e parafusos), submete-se o produto a um processo denominado passivação. C o m o o b j e t i v o d e p re s e r v a r a s c a r a c t e r í s t i c a s d o a ç o i n o x i d á v e l , t o d o s o s f o r n e c e d o re s d a B o l t i n o x s u b m e t e m s e u s p ro d u t o s a o s processos mais modernos e eficientes de passivação. Por todas essas características e qualificações, a utilização dos p a r a f u s o s d e a ç o i n o x c o n f e re m a i o r c o n f i a b i l i d a d e , a g re g a n d o q u a l i d a d e , s e g u r a n ç a e v a l o r a o p ro d u t o q u e re c e b e s u a a p l i c a ç ã o , f a v o re c e n d o a re l a ç ã o c u s t o - b e n e f í c i o .

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SISTEMA DE MONITORAMENTO PARA ENERGIA SOLAR:

aprimoramento da tecnologia foi principal foco do setor no último ano Pandemia trouxe novos rumos e adaptações ao setor de energia solar fotovoltaica o que permitiu focar mais no produto e prepará-lo para o mercado. Forte crescimento é esperado para os próximos meses.

A

cio Rosa, representante da empresa, explica que o momento atual fez com que a empresa focasse na inovação e permitisse melhorar a experiência do cliente final com aprimoramentos, novos modelos e mais segurança dos equipamentos.

Qualidade será diferencial nos próximos sistemas afirmam especialistas, assim como rapidez no desenvolvimento das tecnologias

Para Carvalho um crescimento forte está previsto para os próximos meses, visto que agora as adaptações e aprimoramentos estão mais evolu“A gente tem visto aí que come- ídos para atender o mercado no ceçamos 2021 um ano complicado e nário atual. ficou todo mundo sem saber como “Eu acho que o panorama agora atuar, mas a gente aproveitou muito para focar em desenvolvimento, em é de um crescimento de todo munlançar todas as inovações que esta- do que parou para estudar, eu acho vam ai planejadas, a gente se dedicou que tem muita gente que resolveu muito, a gente continuou atendendo entrar no mercado agora para coas necessidades dos integradores, meçar estudar energia solar para mas a gente procurou entregar tudo entrar no mercado, então a gente o que a gente estava planejando nes- vai atender essas pessoas também se tempo” explica Julia Carvalho, da que estão começando a estruturar processos, que focaram em entenSolarView. der a parte da instalação, mas que Um exemplo desse foco no apri- ainda não sabem como gerenciar moramento também foi relatado pela todo esse processo, então esse é o EMBRASTEC, a qual irá lançar uma momento que a gente pode usar” nova geração do DPS Solar. José Mar- afirma ela.

Renato Teixeira, da Clamper, também acredita que a qualidade é essencial para os próximos sistemas principalmente no que se refere a segurança dos equipamentos e de suas instalações.

comercialização de sistemas de monitoramento de energia sofreu impacto com a pandemia do novo coronavirus, assim como diversos setores da economia. Contudo, a inovação não parou e o aprimoramento de novas tecnologias foi o ponto forte do setor no último ano. Especialistas revelam que o foco em 2021 foi o estudo do mercado e como ele está se comportando diante dos novos desafios. Além do atendimento presencial e necessário, os resultados das análises também permitiram se adaptar a nova era do digital, com a presença online de modo a agregar valor ao cliente mesmo distante.

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O mercado solar fotovoltaico do Brasil ainda é recente e requer cuidados importantes para o crescimento Expectativa é positiva para o fu- sustentável. turo dos sistemas de monitoramenA qualidade dos sistemas, dos to de energia produtos e serviços é visto como Mesmo diante da desaceleração ponto chave para diferenciar as emcausada pela pandemia, o setor pre- presas, assim como a rapidez com vê bons resultados para os próximos que as tecnologias são apresentadas ao mercado. anos.

“A gente vê o mercado fotovoltaico com boas perspectivas principalmente quando se dissemina informações, quando a gente consegue ver as normas sendo aplicadas, cadernos de aplicações e a conscientização dos projetistas, instaladores e o que tange ai a sistemas solares fotovoltaicos” finaliza ele. O debate completo dos especialistas pode ser acessado clicando aqui https://www.youtube.com/watch?v=sHx6fBIh49c


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