Revista RECAP - 102

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Mercado: Ano 2016 - edição 102 www.recap.com.br

Ipiranga compra Ale

Quanto imposto!



Índice EDITORIAL

MERCADO

ENTREVISTA

Os impostos sobre os combustíveis e a Cide

Agora são só três

Raízen aposta em diálogo com postos

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6

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EVENTO

ALERTA

CAPA

Encontro de jornalistas esclarece dúvidas sobre setor

Seguro nunca é demais

Quanto imposto no seu combustível!

MODERNIDADE

CONVENIÊNCIA

GESTÃO

Campinas um passo à frente na mobilidade elétrica

Queridinho dos brasileiros, café alavanca as vendas

Correndo contra o tempo

Diretor Responsável Flavio Campos

Departamento Comercial

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Expediente RECAP Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região

SP COMBUSTÍVEIS

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Editores Caio Augusto Fernanda Magalhães Flávio Lamas

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José Maria dos Santos (11) 98724-9650 recapsp@uol.com.br Impressão Lince - Gráfica e Editora

Associação dos Revendedores do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Afins no Estado de São Paulo.

Textos Fernanda Magalhães Rosemeire Guidoni

www.recap.com.br Rua José Augusto César, 233 Jd. Chapadão - Campinas - SP CEP 13070-062 Fone: (19) 3232-9800 Fax: (19) 3284-2450

Estagiário

Tiragem

10.000 exemplares

Tiago Prudente

As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são de responsabilidade da Revista Recap

Diagramação Daniele Constantino

Fechamento desta edição 02 de agosto de 2016 RECAP 03


Editorial Flavio Campos

Os impostos sobre os combustíveis e a Cide

U

ma reportagem especial desta edição revela como os impostos incidem sobre os combustíveis no Brasil. Trata-se de um levantamento jornalístico muito oportuno, porque o cenário econômico já acenava que alguém pagaria a fatura dos descalabros cometidos nos últimos anos pelo governo federal. E ao que tudo indica, as autoridades econômicas vêem como alternativa mais prática cortar um atalho que evite novas leis criando impostos ou tributos. Informações de Brasília dizem que a conta está prestes a chegar por meio do setor de revenda de combustíveis, que depende apenas de um ato administrativo para elevar a Cide e, pelos cálculos oficiais, arrecadar entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões. Pode parecer pouco, se contabilizar que o déficit nas contas públicas brasileiras gira em torno de R$ 150 bilhões de reais, mas é um valor considerável a cur4 RECAP

Para conseguir dinheiro novo nos caixas federais, autoridades econômicas pensam em elevar a Cide, que geraria entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões de imediato tíssimo prazo. Talvez fosse interessante os ministros da área econômica pensarem bem sobre esta ideia. Elevar preços de combustíveis é garantia de alguns pontos a mais na inflação, já que o país todo depende do diesel, gasolina e etanol. Quando sobe o preço dos combustíveis, o repasse é o efeito imediato, provavelmente não o mais indicado num momento em que a sociedade espera estabilidade.

O mundo dos impostos sobre os combustíveis é complicado por uma série de variáveis. Não é aplicado o mesmo índice para todos os produtos e os cálculos exigem um certo conhecimento. Os impostos nos combustíveis é nosso grande assunto desta edição, mas temos outros muito interessantes, como a compra da Ale pela Ipiranga, concentrando mais ainda o já restrito mercado distribuidor, reduzindo para apenas três as grandes do setor. Para quem gosta de saborear um cafezinho enquanto abastece, temos uma reportagem sobre o charme do café nas lojas de conveniência. E um alerta sobre seguros. O cuidado na hora de fechar o contrato é essencial para garantir um bom atendimento no momento do sinistro. Uma boa leitura.  Flavio Martini de Souza Campos Presidente do RECAP



Mercado

Agora são só três Compra da Ale pela Ipiranga pelo valor de R$ 2,17 bilhões concentra ainda mais o mercado de distribuição no Brasil

A

quase certa compra da distribuidora Ale Combustíveis pelo Grupo Ultra, por meio da sua subsidiária Ipiranga, muda o cenário das distribuidoras no país. Agora, ao invés de quatro, apenas três respondem por 74% do mercado. A conclusão da operação de venda está ainda sujeita à aprovação prévia do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Para Paulo Miranda, presidente da Fecombustíveis, de imediato o revendedor não tem com que se preocupar. “Temos que nos perguntar: como é que fica esse mercado? A resposta é que não haverá nenhuma mudança, porque não existe uma alteração na concen6 RECAP

Ipiranga detinha 21,4% do mercado e passou agora a 25,2% tração que existe das distribuidoras, e a Ipiranga não fará mudanças imediatas na rede Ale”, explica. A BR Distribuidora, que parece ser a bola da vez como candidata à venda (veja mais na página 8), ainda lidera o segmento, com 29% de participação, seguida pela Ipiranga e


Raízen. Com a aquisição da Ale, a Ipiranga, que detinha 21,4% do mercado, passará a 25,2%. A união coloca a empresa no patamar da segunda maior rede de distribuição de combustíveis no Brasil. Ainda segundo o presidente da Fecombustiveis, a chance do Cade impedir a compra da Ale é mínima. “Vimos outros exemplos de aquisições de empresas que tinham fatias maiores em seus mercados e foram compradas. Fato que cria uma prerrogativa para a aprovação”, pontua. Diante do cenário de concentração da distribuição a dica é o revendedores tentar se manter o mais independente possível, como afirma Miranda. “Mesmo bandeirado, o revendedor tem sempre que tentar manter um bom capital de giro para ter certa independência da distribuidora. Tomar cuidado na hora de assinar contratos de exclusividade, ou seja, se cercar de todas as garantias possíveis”, esclarece e deixa a seguinte frase: “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Hoje, um dos movimentos do mercado tem sido o crescimento dos postos bandeira branca. De acordo com Miranda, esta modalidade de revenda representa já 40% do número de postos no país. “Os bandeiras brancas crescem no Brasil e são uma opção para muitos que estão descontentes com as bandeiras. É uma das maneiras que os revendedores têm encontrado de não ficar refém das distribuidoras”, completa. A concentração da distribuição já é uma realidade, por isso a independência dos revendedores tem sido um dos caminhos tomados para que todos os envolvidos, inclusive o consumidor final seja beneficiado. Em nota, o Sindicom (Sindicato que representa as distribuidoras) informou que “não se manifesta em assuntos dessa natureza. São decisões comerciais e estratégicas de cada empresa”. RECAP 7


Mercado Ipiranga aumenta participação no nordeste Com um faturamento da ordem de R$ 300 bilhões anuais, a cada 1% de mercado de combustíveis representa um ganho de cerca de R$ 3 bilhões de participação de mercado. Justamente em função disso, a conclusão da operação está sendo analisada pelo Cade. O negócio deverá fortalecer a presença da Ipiranga no Nordeste. Atualmente, a Ale conta com uma rede de aproximadamente 2 mil postos e 260 lojas de conveniência, enquanto a Ipiranga detém 7.241 postos e rede de 1.919 lojas. A Ale tem participação de 7,3% nas vendas de combustíveis no Nordeste que, somados aos 13,8% da Ipiranga, permitirá à rede

elevar para 21,1% sua fatia na região. No Sudeste, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao incorporar os 5,2% de participação da Ale na região aos seus 29,5%, a Ipiranga passará a ter 34,7% do mercado, encostando nos 36,6% da BR. Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o aumento da concentração vai exigir uma atuação mais rigorosa da ANP, que precisará fiscalizar a atuação das empresas. Apesar da crise econômica e queda no consumo de combustíveis, o negócio demonstra que a Ipiranga está buscando ampliar sua participação no já concentrado mercado brasileiro de distribuição de combustíveis.

Venda da BR distribuidora entra em pauta A BR Distribuidora - líder do setor de distribuição de combustíveis no país - pode ser a próxima a ser vendida no país. A Petrobras sinalizou que está disposta a oferecer o controle da operação da empresa, mas o Conselho de Administração da estatal ainda não definiu qual será o modelo adotado para a venda das ações. Além da venda do controle, pode se optar pela divisão da distribuidora em áreas de negócios. Em ambos os modelos, a Petrobras ainda ficará com uma participação relevante na empresa. O interesse pela BR ressurgiu com a possibilidade de controle compartilhado da empresa. A negociação da BR Distribuidora faz parte do programa de desinvestimento da Petrobras que prevê arrecadar US$ 15,1 bilhões até o fim deste ano para estancar a crise que a empresa passa desencadeada pela má gestão e pela operação Lava Jato – 8 RECAP

que desarticulou um esquema de corrupção na estatal. Em corrupção, o rombo na empresa que controla a BR passa do R$ 6 bilhões, porém a má gestão e as políticas adotadas para ajudar a controlar a economia no governo Dilma causaram uma perda de pelo menos R$ 50 bilhões. A perda do valor de mercado da Petrobras foi na ordem de R$ 436 bilhões. 


Combustíveis

Consumo tem retração de 10,9% Pesquisa do IBGE aponta que setor foi um dos que teve maior recuo no consumo. Crise é principal motivo A pesquisa mensal do comércio, divulgada pelo IBGE, mostra que tem muita gente desacelerando no consumo de combustíveis e lubrificantes. Em maio, a queda nas vendas foi de 10,9%, em relação ao mesmo mês do ano passado. A queda no consumo de combustíveis e lubrificantes é motivada pela retração da economia. A alta taxa de desemprego e a diminuição do investimento provocou um efeito cascata. Com o poder de compra menor muitas famílias optaram por deixar o

carro em casa, as empresas estão realizando menos entregas e assim menos produtos sendo comprados, provocando a redução de cargas nas estradas brasileiras circulando. Se g u n d o e s p e c i a l i s t a , o segundo semestre deve apresentar uma pequena melhora. Porém todos apontam que o consumo de combustível é um bom sensor para medir como o mercado esta se comportando, uma vez que com o consumo do combustível é possível aferir a recuperação da economia.

Varejo As vendas do varejo geral, em maio, tiveram uma queda de 1% em relação a abril. Esse resultado é o pior do mês desde 2000. Na comparação com maio do ano passado, a queda é de 9%. São 14 meses seguidos com resultado negativo. Entre abril e maio, o volume de vendas recuou na maioria das atividades pesquisadas, como por exemplo, artigos de uso pessoal, móveis e eletrodoméstico, produtos médicos e de farmácia. 

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Entrevista

Raízen aposta em diálogo com postos Presidente da empresa afirma que revenda é a sua prioridade

H

á pouco mais de três meses Luís Henrique Guimarães assumiu o cargo de presidente da Raízen com a promessa de estabelecer um diálogo com o setor de revendas. “Manter a parceria com a revenda Shell é nossa prioridade”, garantiu ele. Com estilo de gestão dinâmico e interativo, baseado na simplicidade e na aproximação com funcionários, parceiros e clientes, ele foi nomeado ao cargo, em abril. A empresa é uma joint venture formada pela Cosan e a Shell, na distribuição de combustíveis e também no setor sucroenergético. Desde 2013, Guimarães era diretorpresidente da Comgás. Durante sua vida profissional ocupou cargos de liderança no grupo Shell e na própria Raízen. Confira na entrevista a seguir os planos do executivo e sua análise sobre os negócios da bandeira, no atual cenário econômico do país.

Revista Recap - Quais são seus projetos à frente da Raízen? O que pretende mudar durante sua gestão? Luis Henrique Guimarães - A Raízen é uma empresa jovem e um exemplo de alta performance operacional, financeira e de segurança. Tudo isso se deve a uma busca constante por exce10 RECAP

Luis Henrique Guimarães, presidente da Raízen

lência, em gerar valor para nossos clientes e parceiros, oferecer serviços e produtos diferenciados. Continuaremos focando nestes pilares e trabalhando próximos de nossos clientes e parceiros, ainda mais em um cenário adverso como o que estamos passando agora. Revista Recap - Qual seu estilo de gestão? A forma de lidar

com as equipes deve mudar? Quais serão as áreas prioritárias em sua gestão? LH - Minha gestão é baseada na simplicidade e na proximidade com os nossos funcionários, parceiros de negócios e clientes. Não vai mudar a maneira de operarmos e a proximidade com a revenda, que é peça chave da Raízen, será ainda mais incentivada. Nossas prioridades são: con-


tinuar melhorando o atendimento aos clientes em todos os 5.809 postos da rede Shell para sermos o número 1 em satisfação dos motoristas, motoqueiros e caminhoneiros; reforçar as marcas Shell e Shell Select na mente dos consumidores para que escolham sempre um dos nossos postos; lançar novos produtos e serviços que atraiam mais clientes para nossa a rede de revendedores e continuar trabalhando no aumento da eficiência de nossa operação logística. Revista Recap - A empresa deve se aproximar dos revendedores que atuam sob sua bandeira? De que forma? LH - Manter a parceria com a revenda Shell é nossa prioridade. Sempre falamos diretamente com nossos parceiros, um a um, sobre oportunidades e possíveis pontos de melhoria. Este diálogo é muito importante e s e g u i re m o s i n v e s t i n d o n a expansão dos negócios e na geração de valor para nossos clientes e consumidores, ao oferecer produtos e serviços diferenciados. Revista Recap - Qual a sua visão estratégica para a rede de postos? E para os demais negócios da companhia? LH - Continuaremos investindo em infraestrutura logística, embandeiramento de novos postos com a marca Shell, além de ampliar as nossas ofertas de produtos diferenciados como Shell V-Power Nitro+, Shell V-Power Racing e também de serviços, como as lojas de conveniência Shell Select e meios de pagamentos diferenciados.

Shell. Vender mais e melhor, com redução de custos, tem sido ‘’Seguiremos o foco de todas as ações. E clarainvestindo na expansão mente, em um momento de redução de demanda, isto é aindos negócios e na da mais importante. Um bom geração de valor exemplo é a recente parceria que fizemos com a Getnet na parte de para nossos clientes adquirência de cartões, que proe consumidores, ao porcionará excelente suporte operacional, inovação e taxas oferecer produtos e muito competitivas para nosso serviços diferenciados’’ revendedor. A venda média dos nossos postos e o volume de produtos diferenciados são outros Revista Recap - O setor de con- exemplos de que temos na veniência deve ter alguma revenda pessoas e processos mudança? melhores preparados para LH - Nosso foco principal é suportar o momento. Importanreforçar a franquia Shell Select, te que o posto esteja engajado e para ser cada vez mais rentável também faça este exercício diáao revendedor, reduzindo com- rio de eficiência. Cada vez mais plexidades operacionais. Neste será exigida capacitação e uma sentido, por exemplo, introduzi- gestão profissional. Continuamos a logística de food, reforçar- mos acreditando no nosso mermos o time de consultoria de cado, revendedores, parceiros e lojas e abrimos outra opção de na força do nosso trabalho consistema de gestão. Seguimos junto. Nossos planos são de loncom a expansão das lojas Shell go prazo e continuaremos a Select por se tratar de uma ofer- investir e crescer no Brasil. ta importante para o consumidor e, portanto, com atratividaRevista Recap - E para o segde para o revendedor. mento de postos de rodovia? LH - Outro segmento muito Revista Recap - Atualmente, relevante para nós é o de postos com o cenário de crise econômi- de rodovia. Temos uma posição ca e instabilidade política, os consolidada e de muita tradição p o s t o s re v e n d e d o re s v ê m neste mercado e queremos reforenfrentando uma série de difi- çá-la. Existem demandas especículdades, com taxas cada vez ficas para este cliente, que como mais elevadas, obrigações fisca- todo mercado vem passando por is e tributárias, necessidade de transformações. Vamos trazer adequações ambientais, rotati- todo o conhecimento da Shell vidade de funcionários, entre nesta área. Há oportunidades outros. Qual sua avaliação dis- que queremos desenvolver com so? O que o setor precisa fazer nossos revendedores. O sucesso para conseguir operar diante de de Shell Evolux e do Expers, sistetantas dificuldades? ma de gestão de frotas são testeLH - O sucesso da Raízen munhos do nosso foco e dedicadepende da solidez da revenda ção para este segmento.  RECAP 11


Evento

Jornalistas durante palestra, em Campinas

Encontro de Jornalistas esclarece dúvidas sobre setor Iniciativa tem por objetivo abordar um panorama completo sobre mercado de combustíveis O Recap promoveu no dia 29 de junho um encontro com a imprensa da região de Campinas com o objetivo de estreitar os laços com os profissionais e levar informações sobre como funciona hoje o mercado de combustíveis. A iniciativa tem por objetivo de abordar um panorama completo sobre o mercado de combustíveis (produção, distribuição e revenda), e o papel da regulação e atuação da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. O evento contou com a participação de jornalistas dos principais veículos de comunicação da região, como EPTV 12 RECAP

(afiliada da Rede Globo), Band, CBN, Rádio Brasil, TV Câmara e Metro Jornal. A abertura do evento foi realizada pelo presidente do Recap, Flávio Campos e o vicepresidente Emílio Martins. Durante o encontro foram realizadas duas palestras que tiveram como foco a realidade e as dificuldades enfrentadas pelos revendedores. O coordenador do escritório São Paulo da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Noel Moreira Santos, explicou a estrutura da ANP e como é a atuação no mercado. Enfatizou como são feitas as fiscalizações e autuações, além de explorar as dificuldades

enfrentadas pela agência. Depois foi a vez dos consultores tributários Elias Mota e Sônia Mota, da Mota Assessoria Empresarial. Neste momento o foco foi a carga tributária. Foram detalhados todos os impostos embutidos no valor do combustível, que resultam no valor final. “A carga tributária é muito pesada. Então, até para os revendedores é difícil entender como ela funciona e porque existem aumentos, na maioria das vezes sem justificativa”, explicou Elias Mota. A intenção do Recap é replicar o encontro em suas bases regionais, além de realizar novas edições a cada ano. 



Alerta

Seguro nunca é demais Cuidado na hora de fechar o contrato é essencial para garantir um bom atendimento no momento do sinistro

T

empestades, vendavais, enchentes, acidentes com transporte de cargas, explosões de caixas eletrônicos, colisão de veículos, assaltos, incêndios. Essa é uma pequena amostra de incidentes que podem ocorrer em um posto de combustível - uma área aberta e de Vendavais tem sido comum nas cidades brasileiras

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grande exposição. Por isso, o seguro revela-se como fator fundamental para a revenda hoje. Pense por um instante: se uma revenda for atingida por qualquer um desses incidentes quais serão os gastos? São muitos maiores do que possa imaginar. Além dos custos com os danos provocados, o

proprietário terá que contabilizar o período sem vendas, reforma, compra de novos equipamentos e as despesas com os funcionários, que continuaram sendo pagos caso o estabelecimento tenha que fechar para os consertos. Agora imagine tudo isso sem seguro? No mínimo, difícil de custear. “Temos que ter seguro


para tudo hoje. Essa é a certeza que você tem que caso haja algum problema possa continuar de onde parou e não retroceder financeiramente para reconstruir o que perdeu”, pondera o diretor da NN Corretora de Seguros, Azael Alvares Lobo Neto. Não só o posto ou a conveniência precisam de seguro. O transporte de combustível pode ocasionar muita dor de cabeça ao proprietário, uma vez que um simples acidente pode provocar sérios danos ambientais e multas elevadíssimas. De acordo com a lei de crimes ambientais e o decreto federal 6.514/2008, as sanções podem chegar a R$50 milhões de reais. Multas e dor de cabeça que podem ser amenizadas com o seguro. Mas na hora de fechar uma apólice dúvidas sempre surgem: Com que seguradora fechar? O que colocar no seguro? “Essas dúvidas sempre surgem e o ideal é procurar aquele que você conhece e confia. Hoje, por exemplo, quem é associado Recap, através do sindicato, tem a oportunidade de fechar um seguro com tranquilidade. Além das vantagens e do atendimento diferenciado, ele tem a credibilidade do sindicato por trás, um órgão que representa a revenda e sabe de suas necessidades”, explica. Pequenos detalhes podem fazer a diferença na hora de acionar o seguro. Um problema comum são postos e con-

Enchente é outra dor de cabeça

Aquisição de apólice é essencial para qualquer ramo na atualidade veniências com CNPJs diferentes. Muitas vezes o dono faz seguro pra um, mas se esquece do outro. Ai na hora que precisa cai em uma armadilha. O posto é segurado e a loja de conveniência, alvo dos estragos por exemplo, não. Mas e o valor da apólice do seguro? Nunca faça um seguro menor do que o valor do seu patrimônio. Se o posto tem o valor de 500 mil reais faça uma apólice neste valor ou até maior, que sem dúvidas evitará dores de cabeça. “Outra questão para se ficar

atento é com a depreciação do bem no seu tempo de uso. Assim como apólices de carros, baseado na tabela Fipe, muitos seguros trabalham assim. Então é bom ficar atento para que não se tenha problemas no futuro. Mas vale ressaltar que se o valor segurado foi maior que o dano, sem dúvida o revendedor será ressarcido sem problemas”, explica o diretor da NN Corretora de Seguros. Por isso, em dias imprevisíveis como os de hoje, no qual a criminalidade e raros fenômenos naturais só crescem, nada melhor que ter um seguro. Para se ter uma ideia, há pouco mais de um mês cidades da região foram atingidas por um fenômeno chamado microexplosão que destruiu casas e, inclusive. postos de combustíveis em questão de segundos. Por isso, contar com a sorte sem dúvida não é um bom negócio.  RECAP 15


Capa

Quanto imposto no seu combustĂ­vel! Tributos encarecem o produto; 53% do valor da gasolina sĂŁo de impostos 16 RECAP


A carga tributária que incide sobre os combustiveis é consideravelmente elevada no Brasil, diferentemente do que acontece em outros países. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) calcula-se que a gasolina tem embutido em seu valor 53% de tributos, o etanol 26% e o diesel 40%. E as notícias não são nada animadoras. Em virtude da atual crise econômica que passa o país, o Governo Federal não descarta a possibilidade de aumentar a Contribuições de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. Hoje é cobrado uma contribuição da Cide de R$ 0,10 por litro. “O governo manteve a Cide zerada o ano passado para segurar os preços e a inflação. Em contrapartida, teve diminuição da receita. No começo do ano não conseguiu segurar e subiu a Cide. É muito provável que agora suba novamente porque o governo não tem mais de onde aumentar a arrecadação”, pondera Elias Mota, consultor tributário e diretor da Mota Assessoria Empresarial. Caso o aumento da contribuição aconteça, os postos terão de repassar os valores para os consumidores. Esse remédio “amargo” seria a medida mais palatável e talvez o único no momento para aumentar a arrecadação do País. Quando os produtos chegam às bombas, nos valores já está embutida uma série de tr ibutos cobrados pelos governos estadual e federal.

O aumento da Cide é a medida mais palatável, segundo os economistas do Governo Federal, para aumentar a arrecadação do País. “São tributos que mesmo que o empresário quisesse arcar com eles não conseguiria. Trata-se de Cofins, ICMS, PIS, Cide, além do ISSQN. Eles pesam, de fato, no bolso do consumidor”, afirmou o professor de economia da Fa c u l d a d e M e t r o c a m p, Fabricio Pessato. O especialista explica que uma das alternativas para reduzir estes tr ibutos e aumentar a margem de lucro das revendas seria por meio de uma reforma tributária. “Desonerar a produção e o consumo melhoraria não somente as margens de lucros para todos os estabelecimentos de combustíveis, como para o setor produtivo, em geral. É uma insanidade termos seis tributos gêmeos – incidentes sobre o mesmo fato gerador, que é a venda – para os combustíveis. Em todos os países do mundo civilizado, há um único imposto sobre venda, cobrado no destino e não na origem, com alíquotas não superiores a 15%. Aqui no Brasil,

esses tributos incidentes sobre o faturamento podem ultrapassar facilmente os 30%, 40%, 50%”, relata. O professor observa ainda que “uma reforma tributária esbarra em interesses, a começar dos governos estaduais, que têm receitas de ICMS – o tributo que mais arrecada no Brasil”. De acordo com a Petrobras, 31% do preço da gasolina, por exemplo, é formado pela empresa. Para estabelecer este índice é levado em conta o valor do barril do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio. “A Petrobras é importadora líquida de petróleo e com as políticas governamentais de formação de preço, ela é responsável pelos repasses”, explicou o economista. Ainda segundo Pessato, a Petrobras recolhe 38% dos tributos. Além disso, 15% é referente à adição do etanol anidro e 16% correspondem às distribuidoras e aos postos. “As distribuidoras têm características de oligopólio e com RECAP 17


Capa isso os mark up sobre os produtos unitários são altíssimos”, avaliou. Não bastasse as revendas terem de administrar as cargas tributárias, há outros fatores que são contabilizados na rotina de um posto e que interferem no fechamento das contas no final do mês, como: energia elétrica, aluguel e folha de pagamentos entre outros. Os combustíveis mais comercializados no país são: diesel, gasolina e o etanol. Cada um deles possuem um tributo diferenciado.

Os impostos dos combustíveis

ICMS

PIS

25% gasolina 12% diesel

R$ 0,0679 por litro gasolina

(este é o índice aplicado em São Paulo)

por litro diesel

Cide

Confins

R$ 0,10

R$ 0,3137

ISSQN

por litro gasolina

(competência municipal)

por litro gasolina

R$ 0,05 por litro diesel 18 RECAP

R$ 0,0442

R$ 0,2038 por litro diesel


Campanha é contra: ‘’Chega de Carga Tributária’’ Com o slogan “Chega de Carga Tributária”, a campanha se opõe a qualquer proposta do Governo de aumento de carga tributária. Trata-se de uma iniciativa da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), em parceria com a Ordem dos Advogados do Bra-

sil (OAB) e demais entidades representativas do setor. Cerca de 35% da riqueza produzida no Brasil vão para os cofres do Estado. Para os postos, o peso da carga tributária nos negócios é significativo e impacta na composição de preço dos produtos. A revenda também sofreu com aumentos ori-

Combater publicamente qualquer tentativa de aumento de impostos, principalmente a recriação da CPMF; Exigir uma imediata reforma tributária;

Demandar a eliminação de gastos públicos desnecessários e a liberação integral de recursos destinados constitucionalmente à educação, saúde e segurança; Buscar apoio de instituições representativas da sociedade civil, federações, sindicatos, centrais de trabalhadores e associações em geral; Combater a impunidade e sonegação.

ginados no Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que é a base de cálculo da CPMF. Ela foi reajustada quinzenalmente em diferentes estados como por exemplo São Paulo, e com ajustes nas alíquotas do ICMS. Conheça as propostas da Campanha. 

Combater a corrupção;

Cobrar a aplicação correta do dinheiro arrecadado dos cidadãos;

Fortalecer as instituições democráticas, com especial atenção aos Estados e municípios; Reduzir o número de ministérios, secretarias e cargos de nomeação política em todas as esferas da administração pública; Conclamar todos os brasileiros para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.

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Modernidade

Campinas um passo à frente na mobilidade elétrica Em breve, a cidade será a primeira do Brasil a oferecer também a locação de carros elétricos.

Q

uem passar pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, pode a partir de agora realizar o aluguel de carros elétricos. A iniciativa foi possível graças ao acordo firmado entre a CPFL Energia e a Hertz em maio deste ano como parte das ações do Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia – Emotive. O modelo disponível é um Renault Zoe, que compõe a frota de veículos elétricos da CPFL Energia. O carro tem autonomia de 150 quilômetros e pode ser reabastecido gratuitamente em qualquer um dos 25 eletropostos públicos que o Grupo pretende instalar até o final deste ano em Campinas. A locadora de veículos em Viracopos também possuirá um ponto de carregamento instalado. Além de evitar as emissões poluentes, o motorista também sentirá a diferença no bolso, já que a recarga ainda é gratuita e não existe ainda regulamentação de cobrança. “Um dos objetivos desta parceria com a Hertz é estudar o perfil de uso dos veículos elétricos pelos motoristas que os utilizam para fins particulares, além de ampliar as pesquisas sobre o impacto da tecnologia na rede de distribuição local”, afirmou o diretor de

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Modelo para aluguel

Estratégia e Inovação da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti. O Brasil ainda está longe de colocar esta realidade em prática. Por aqui, ao menos por enquanto, o alto preço dos veículos impede que os consumidores experimentem a novidade.

tes aos postos, que podem consumir outros produtos ou serviços enquanto aguardam a recarga”, afirmou o gerente de obras da rede Graal, Nivaldo Ary Nogueira Júnior. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), se a regulamentação no Vantagens? Brasil for semelhante à dos EstaPara o posto revendedor de dos Unidos ou Europa, os elecombustíveis, qual a vantagem de tropostos poderão se transforinstalar um eletroposto? Como o mar em nichos que revendedoinvestimento é alto e a tecnologia res poderão explorar. No entanainda está longe de ganhar as to, variáveis terão de ser consiruas, existem muitas dúvidas deradas, como a necessidade entre os empresários do setor. “Co- de área disponível (já que mesmo ainda não há regulamentação mo com a recarga rápida, o veía respeito de tarifas, a rede Graal culo terá de permanecer mais considera prematuro avaliar se tempo do que o que acontece no futuro o serviço será cobrado durante um abastecimento trados consumidores. Mas, em prin- dicional), local no estabelecicípio, o novo serviço é uma opor- mento onde o consumidor postunidade para atrair novos clien- sa aguardar (loja de conveniên-


cia, restaurante ou outro tipo de serviço) e também a própria localização, pois é possível imaginar que, em um bairro residencial, o consumidor opte por fazer a recarga durante a noite, em sua própria casa. No primeiro semestre deste ano, o Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL contava com cinco eletropostos públicos em operação, sendo que um deles está instalado em um posto da Rede Graal no quilômetro 67 da Rodovia Anhanguera. Este é o primeiro eletroposto localizado em estradas no país, com carregadores universais e capacidade de atender a todos os modelos de veículo elétrico (já que cada montadora criou um plug de carregamento próprio). O eletroposto tem capacidade para recarregar até 80% da bateria do veículo, em cerca de meia hora, e atende dois carros simultaneamente. A iniciativa, que contou com a participação da concessionária AutoBan, tem por objetivo criar uma espécie de “corredor elétrico” entre as cidades de São Paulo e Campinas.

A instalação de toda infraestrutura do eletroposto rápido, com custo estimado em R$ 50 mil, inclui um transformador de baixa tensão, o carregador e o cabeamento necessário para o funcionamento dos equipamentos, e foi feita pela CPFL. A Rede Graal, por sua vez, assumiu as despesas com o consumo de energia, já que o cliente não paga para fazer a recarga. Segundo Nogueira Júnior, o consumo de energia extra por veículo recarregado é da ordem de 10/15 KWh, o que representa de R$ 8 a R$ 10 por veículo.

Impactos na rede Segundo Marcelo Gongra, diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e gerente do projeto de mobilidade elétrica da CPFL Energia, o impacto da recarga de veículos na rede elétrica não é significativo. “Nossos estudos demonstram que para fornecer energia para cinco milhões de veículos em 2030, que é a menor projeção de crescimento com que o segmento trabalha, seria necessário

Eletroposto no Centro de Convivência em Campinas

apenas mais 0,7% de energia elétrica. É um impacto de quase zero em um setor que, embora esteja em um momento delicado, cresce ano a ano”, afirmou. De acordo com a CPFL, o valor do quilômetro rodado de um automóvel a combustão é de aproximadamente R$ 0,30 e o custo no veículo elétrico é de R$ 0,10, ou seja, um terço do gasto com um carro convencional.

Transporte coletivo Campinas também mantém uma parceria com a chinesa BYD, que já começou a montar chassis de ônibus elétricos em sua fábrica no município. Adalberto Maluf, diretor de marketing e relações governamentais da BYD no Brasil, destaca que a demanda por ônibus híbridos deve somar de 100 a 200 chassis este ano. No próximo ano, a BYD projeta que o número total chegue a duas mil unidades. “Em 2020 acreditamos que 25% das vendas de ônibus no Brasil já serão de modelos elétricos e híbridos”, afirmou. Há cerca de um ano Campinas têm oito veículos elétricos em circulação na cidade. Com autonomia de 250 a 280km, a recarga total deste ônibus é feita em quatro horas. “A estimativa é de que a cada litro de combustível fóssil queimado, 3,2 litros do mesmo produto foram usados em sua produção. Já o uso para energia elétrica é muito menor”, destacou Otavio Bortolotto, representante da Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública de Campinas.  RECAP 21


Conveniência

Queridinho dos brasileiros, café alavanca as vendas Além de atrair mais consumidores para a loja de conveniência, o produto fideliza do cliente

O

consumo de café no Brasil vem crescendo ano a ano e quem está lucrando com isso são as lojas de conveniência dos postos de combustíveis. O chamado “café gourmet” tem conquistado cada vez mais o paladar dos consumidores, que procuram grãos especiais ou sabores diferenciados. “Com modismos ou tendências lançadas por redes como a Starbucks, e outros estabelecimentos do tipo, o brasileiro está começando a se acostumar com outras bebidas à base de café”, destacou o barista Raul de Godoy. As oportunidades de negócios em torno da bebida são cada vez mais promissoras. Nas lojas de conveniência, de acordo com o Anuário 2016 do Sindicom, o café é o 4º item mais vendido, respondendo por 13,2% do market share do food service (considerada a melhor categoria em termos de rentabilidade neste tipo de empreendimento). Ainda de acordo com o anuário, o café gourmet, ao lado de sanduíches e refeições, contribui para conquistar a fidelidade do cliente.

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Oportunidade O Instituto Food Service Brasil (IFB) informa que de acordo com pesquisas recentes, 1/3 dos gastos com alimentação é consumido fora do lar, em restaurantes, lanchonetes ou cafés. A frequência com que o brasileiro faz refeições fora de casa é de 1,3 vezes por dia, sendo mais concentrada nos dias de semana (acima de 70%) e principalmente no almoço (mais de 34%). O IFB também destaca que os “lanches da tarde” constituem o segundo momento mais importante do dia no consumo de alimentos realizados em estabelecimentos comerciais. E tanto no período do almoço quanto no lanche da tarde, o café aparece como item relevante. Nas lojas de conveniência, as vendas do produto podem ser exploradas em diversos formatos: desde o tradicional café coado, até bebidas mais elaboradas, produzidas sob a supervi-

são de um barista. “Existem várias linhas de equipamentos, e dependendo da escolha o investimento pode variar de R$ 10 mil a R$ 40 mil”, destacou Marcela Moya, responsável pelo departamento comercial da CafemaQ, uma empresa que além de comercializar diversos modelos de máquinas de café ainda oferece treinamento para os profissionais, cursos para baristas e toda a assessoria para instalação do ponto de venda. As máquinas da CafemaQ estão presentes em diversas lojas de conveniência espalhadas pelo país. A empresa é homologada como fornecedora pela BR Mania. Mas empreendedores de qualquer rede, inclusive independentes, podem contar com os serviços da empresa. “Nossa equipe visita o ponto onde o empresário planeja instalar o equipamento e analisa qual a melhor opção, de acordo com o espaço e perfil de público consumidor.


Também orientamos sobre a importância do treinamento da equipe, presença de um barista (mesmo que seja o próprio empreendedor que faça o curso), escolha de assessórios adequados, divulgação da cafeteria, entre outros. Qualquer pessoa que trabalha com café sabe que

é um negócio rentável, e que pode impulsionar outros itens, como lanches, pão de queijo, salgados, drops e balas, cigarros, entre outros”, destacou Marcela. Segundo a especialista, a área mínima para instalação de uma máquina é de um balcão com 60

cm de profundidade e 1,5 metro de largura (o que permite a instalação da máquina propriamente dita e o moinho). Além disso, é necessário ponto de água e esgoto, e se possível uma área para que os consumidores possam apreciar a bebida tranquilamente (balcão ou mesas e cadeiras).

Aluguel e franquias As máquinas também podem ser alugadas. No caso da CafemaQ, o custo mensal para locação é de R$ 500. Há também a opção de franquias para quem deseja se beneficiar do know how e força de uma marca reconhecida. Outra opção para agregar valor ao café é investir em redes como Casa do Pão de Queijo, Grão Express o, R e i d o M a t e , C a f é Donuts, Fran's Café, entre outros. Neste caso, o faturamento pode ser menor, já que será necessário investir em toda a caracterização da rede franqueada, além de taxas de franquia e fundo de marketing. Além disso, é importante verificar se os itens comercializados por tais redes não vão competir com a oferta da loja de conveniência – o ideal é que os produtos se complementem.

Dicas Confira as dicas dos baristas para ter melhores

resultados em sua cafeteria: - Os grãos devem ser moídos imediatamente antes do preparo. - Utilize produtos de qualidade, recomendados pelo fabricante do seu equipamento. - Preocupe-se com a apresentação da bebida e forma como é servida. Xícaras são essenciais! - O funcionário responsável pela produção da bebida deve ser treinado, conhecer o equipamento e saber fazer a manutenção e limpeza básica. - O local para consumo deve ser confortável. - No caso do café tradicional, de coador, a temperatura da água faz muita diferença. Altas temperaturas deixam o café ácido e com gosto de queimado. Já a água fria não extrai seu sabor. Para chegar à temperatura ideal da água, compre um termômetro culinário. Ela deve estar entre 90º e 95. - Ainda no caso do coado, a proporção clássica de pó para água é de 10ml de água para 1g de café – ou 30g de café para um copo comum de água. O café

deve ser consumido na hora em que é coado e nunca ser reaquecido. - A água não pode passar mais de uma vez sobre o mesmo pó. Por isso, jogue-a bem no centro do coador. Jogar água na borda do coador significa fazer a bebida da borra do café, com muita cafeína e gosto de queimado.

Saiba Mais De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o consumo da bebida no país subiu de 0,86% em 2015 (nos 12 meses compreendidos entre novembro de 2014 e outubro passado), totalizando 20,508 milhões de sacas de 60 kg. O consumo per capita em 2015 foi 4,90 kg/ habitante/ano de café torrado e moído (6,12 kg de café verde em grão), o equivalente a 81 litros/habitante/ano. A previsão para este ano é de crescimento. De acordo com a Abic, neste ano o setor deve alcançar 21 milhões de sacas. 

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Taxas

Stone e Recap rmam parceria Postos associados terão vantagens em taxas dos cartões de debito e crédito, além da forma de recebimento As taxas das maquininhas de cartões deixam muitos comerciantes de cabelo em pé. Todo proprietário de posto de combustível sabe da dificuldade que é negociar com as administradoras de cartões. Por isso, o Recap firmou uma parceria com a Stone, que vai oferecer aos postos associados uma série de diferenciais. Para os postos que aderirem será cobrado uma taxa de 1,55% ao mês no crédito rotativo e 0,95% no débito, além de diferentes opções de antecipação de recebíveis com taxas variáveis conforme o prazo. A proposta foi apresentada pela Stone durante evento

realizado em Campinas no último mês pelo Recap. Na ocasião, foram tiradas dúvidas e apresentado uma parcela do trabalho que a empresa já realiza no Brasil. “Não existe taxa ou diferenciais como a da Stone no mercado. A empresa veio para mudar a relação que existe com os empresários. Temos um tratamento tanto nas taxas, como no atendimento completamente diferente do que é realizado hoje pelas empresas do mesmo segmento”, disse Henrique Bicalho, representante da Stone. A proposta só é válida para postos associados ao Recap. 

Benefícios • Taxa de 1,55% ao mês no crédito rotativo • Taxa de 0,95% no débito • Conciliação disponível para todas as operadoras de cartão • Emissão de relatórios parciais diretamente da maquininha • Maquininha de POS – TEF • Equipe de atendimento exclusiva • Segurança, mobilidade e eficiência • Possibilidade de inserir textos promocionais no comprovante de pagamento do cliente 24 RECAP



Gestão

Correndo contra o tempo Saber gerenciar o tempo é a saída para evitar atrasos

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brasileiro gosta de deixar tudo para a última hora. Atire a primeira pedra aquele que nunca ouviu ou disse esta frase. Cada vez mais estamos 'expert' em deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. Para os especialistas, pessoas com este perfil são denominadas procrastinadoras. Procrastinar de acordo com o dicionário é o mesmo que adiar, protelar, prorrogar, demorar e por ai vão os significados. Podemos ser inseridos nesta categoria, ou seja, na dos procrastinadores se adiamos compromissos, acumulamos e-mails que precisam de resposta na caixa de entrada, deixamos afazeres domésticos para mais tarde etc. Uma pesquisa realizada pela Triad Productivity Solutions, empresa especializada em prod u t i v i d a d e e c o l a b o ra ç ã o, demonstra que todo mundo adia alguma coisa que tem de fazer pelo menos uma vez no dia.

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“Nós temos que ser melhor que a nossa melhor desculpa e nos planejar. Assim não deixaremos pra amanhã o que planejamos para hoje”, diz Christian Barbosa À pergunta “Você procrastina atividades ao longo de sua rotina?”, os resultados foram 97,4% das pessoas afirmaram que sim e 2,6% mentiu para si próprio, pois, como vimos, é impossível não procrastinar em algum momento da vida. “É da nossa natureza, ninguém é robô, programado para fazer tudo na hora certa”, avalia o empreendedor e um dos mais renomados especialistas em gestão do tempo e produtividade pessoal, Christian Barbosa. Ainda de acordo com a pesquisa, 26% das pessoas afirmam que costumam adiar coisas pessoais, apenas 13% falam de coi-

sas profissionais e 61% afirmam que postergam ambos os tipos. As quatro coisas que as pessoas mais adiam: exercício físico, leitura, saúde e planejamento financeiro. “Não há nada de errado em procrastinar de vez em quando, o problema é quando isso começa a ficar crônico e passamos a adiar frequentemente coisas que não poderiam ser adiadas. Há pessoas que adiam viver com qualidade, adiam sua saúde, seus relacionamentos, seus sonhos e ideias. O importante é entender que nem sempre esse é um comportamento negativo”, destaca o especialista.


Vilão Um dos principais vilões deste problema é a falta de tempo. Mas por que é tão difícil fazer as pazes com os ponteiros do relógio? “As pessoas não aprendem na escola a administrar seu tempo, por isso não sabem como fazer depois. O segredo é planejamento, mas não de apenas um dia à frente. O certo é se planejar três dias para frente da sua vida, o que chamo de planejamento tríade, e nunca só dia de hoje, porque senão tudo o que acontecer de mudança será tratado como emergência”, explicou o especialista. São muitos os motivos que levam as pessoas a procrastinar: distração com a internet (emails, redes sociais, blog etc.) é o maior deles, com 62,3% das indicações. Em segundo lugar, está a falta de energia para fazer as atividades, com 60,4%. Provavelmente são pessoas que estão improdutivas e que vivem cansadas, sem disposição, sem vontade de fazer nada. Há pessoas que sabem o que tem de fazer, mas não conseguem dar o próximo passo, pois simplesmente ficam adiando, esperando o momento ideal, e nunca nada acontece. Entre os principais fatores que estão por

Quais os principais motivos que fazem você procrastinar suas atividades? Tenho medo do que a atividade pode me trazer se eu fizer

11,8%

Não deveria estar fazendo a tarefa

13,2%

Não vejo importância e nem benefícios

16,1%

Falta tempo para priorizar a atividade

30,8%

Só consigo focar nas urgências do dia a dia

33,2%

Gosto de buscar mais informações antes de executar

37,1%

Costumo mulditarefar e mesmo assim falta tempo

41,0%

Tenho preguiça

44,1%

Falta energia para iniciar a atividade

60,4%

Me perco na internet (blogs, redes sociais, e0mail, etc)

62,3%

Fonte: Triad PS – Consultoria especializada em programas de treinamento, consultoria e software para aumento da produtividade corporativa e individual. www.triadps.com

trás de tudo o que leva as pessoas procrastinarem estão: falta de tempo, cérebro não treinado, medos, falta de relevância, autossabotagem e preguiça. Para os que estão do outro lado do balcão, no caso, os gestores, a orientação é tratar desta questão dentro das empresas. “Em um segundo momento as pessoas precisam ser treinadas. Enquanto isso não acontece não se pode cobrar nada, porque muitas vezes, elas não percebem que perde tempo e com uma cha-

mada de atenção para o assunto e treinamento toda a gestão e eficiência podem ser melhoradas”, afirma o especialista.

Como usar o tempo? A primeira coisa a se fazer é aceitar que todos nós perdemos tempo. A partir deste reconhecimento é preciso se planejar e a ideia é sempre montar a agenda três dias para frente, porque assim você terá tempo para fazer mudanças sem causar grandes problemas. 

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Resultados Ecotroca é apresentado na comissão de meio ambiente da Câmara Resultados do programa foram expostos para vereadores e população O Recap apresentou durante a reunião da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Campinas números do programa de resíduos Ecotroca. Em 2015 foram recolhidos mais de 140 mil kg de embalagens plásticas, 126 mil kg de filtros de óleo e metais e 109 mil kg de filtros de ar , estopas, borras, panos e outros. Com a participação do presidente do Sindicato, Flávio Campos, de Tito Borlenghi Jr., representante da Resi Solution, e Marcelo Caricol, engenheiro ambiental do Recap, foi exposto ao vereadores e a população presente o

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funcionamento do programa e os números alcançados até hoje. O evento marcou o início das atividades da Semana MuniEvento realizado na Câmara Municipal de Campinas cipal do Meio Ambiente, criada por lei de auto- comissão pois dá destinação ria de Luiz Carlos Rossini (PV), correta aos resíduos gerados vereador e presidente da Comis- pela troca de óleo nos postos de são. A data é comemorada entre combustíveis, evitando que os dias 30 de maio e 5 de junho. O sejam descartados em aterros programa foi escolhido pela sanitários. 



Artigo

Por Christian Barbosa

Sete ações que impedem você de progredir

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uita gente reclama que tem dificuldade de fazer a vida sair do lugar, evoluir e progredir. Para falar sobre essa questão, antes de tudo, devemos ter a clareza de que ação e evolução são bem diferentes. Em outras palavras, as pessoas estão agindo demais e evoluindo pouco. É como se estivessem em uma roda gigante, que gira o tempo todo, mas não sai do lugar. Nela, você até tem a sensação de que está se movendo, porém sempre volta ao mesmo ponto. Para auxiliar as pessoas que estão com dificuldades de progredir, selecionei sete ações que interferem diretamente na evolução da vida. São elas: 1 - Não saber gerenciar o próprio tempo Quando a pessoa não tem tempo, ela não consegue desenvolver os seus projetos e faz apenas aquilo que dá para ser feito, no lugar de realizar o que é necessário. Isso tem muita diferença e, caso queira progredir, aprenda a gerenciar seu tempo. 2 - Não estar bem fisicamente Quando uma pessoa não está bem fisicamente, ela fica mal, cansada, com dor de cabeça crônica e não encontra disposição para realizar aquilo que deveria fazer. Ou seja, a vida fica estacionada. O corpo é uma máquina e serve de base para as nossas emoções, foco e concentração. Aprenda a cuidar de você, isso vai te ajudar em todos os sentidos. 30 RECAP

3 - Se preocupar muito com o passado Algumas pessoas têm dificuldade de progredir, pois só sabem olhar para o que ficou para trás e reclamar da situação. Esqueça o passado e olhe para frente, só assim é possível seguir e evoluir de verdade. 4 - Não fazer nada de diferente Se você avaliar como foram os últimos anos das pessoas que não progrediram, notará que elas estão apenas repetindo o que já fizeram. Às vezes, até muda uma coisinha ou outra, mas no fundo é tudo igual. É preciso mudar de verdade e fazer algo radicalmente diferente. Claro, com os pés no chão e planejado, mas faça. Do contrário, você vai ter sempre a sensação de que o resultado é o mesmo. 5 - Falta de visão de futuro As pessoas que são focadas demais no hoje não conseguem evoluir. Muitas vezes, o hoje frustra. Isso porque em determinados momentos você não está legal e fica com a sensação de que a vida que está levando não condiz com o que você pode fazer. Todo mundo, não importa quem seja, tem capacidade de fazer mais, ir além, evoluir e ser uma versão melhor dela mesma. Isso é progredir. 6 - Seu networking não te ajuda a evoluir Quem está ao seu redor pode ter uma cabeça pequena, com uma mentalidade pessimista. Esses indivíduos têm o hábito de

puxar as pessoas para o mesmo padrão de comportamento que eles vivem, impedindo que quem está ao redor deles progrida. Encontre pessoas diferentes, participe mais de feiras, cursos ou de meetups, que são reuniões rápidas em que se tem a oportunidade de conhecer muita gente. O importante é enxergar que, ao mudar seu network, você consegue alterar o seu resultado também. 7 - Mude sua perspectiva de rotina Se você olha para o teu hoje e acha que tudo é chato, um porre, pense o seguinte: o seu hoje não está legal, mas, a partir deste momento, faça de tudo para ter uma nova versão de você mesmo. Ao mudar a perspectiva do hoje, é possível ter mais oportunidades, encontrar pessoas diferentes e realizar atividades diferentes. Esses são apenas alguns insights que vão te ajudar a sair do lugar. Existem diversas ações que também podem contribuir. O importante é que você encontre meios para sair da mesmice e fazer a sua vida progredir.  Christian Barbosa é especialista em administração de tempo e produtividade, é CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Autor dos livros e co-autor de vários livros. Sua mais recente obra: "60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo".




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