Revista RECAP - 104

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Ano 2017 - edição 104 www.recap.com.br

Mercado: Inmetro dene prazos para adequação de bombas

Grande Encontro Combustíveis e lubricantes reunidos em Campinas



Índice EDITORIAL

AÇÃO

ALERTA

Revenda reunida

Governo fecha o cerco contra postos com ‘bomba baixa’

Etanol contaminado!

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NOVO COMANDO

EVENTO

MERCADO

Décio Oddone assume como novo diretor-geral da ANP

Encontro discute temas de combustíveis e lubrificantes

Inmetro define prazos para adequação de bombas

LEGISLAÇÃO

PREMIAÇÃO

ARTIGO

Exposição ao benzeno: atenção aos prazos

Ecotroca ganha prêmio de Sustentabilidade

Cinco ações que devem ser evitadas em 2017

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Expediente RECAP Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região

SP COMBUSTÍVEIS Associação dos Revendedores do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Afins no Estado de São Paulo. www.recap.com.br Rua José Augusto César, 233 Jd. Chapadão - Campinas - SP CEP 13070-062 Fone: (19) 3232-9800 Fax: (19) 3284-2450

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Diretor Responsável Flavio Campos

Departamento Comercial

Editores Caio Augusto Fernanda Magalhães Flávio Lamas

recapsp@uol.com.br

José Maria dos Santos (11) 98724-9650

Textos Fernanda Magalhães Rosemeire Guidoni Tiago Prudente Diagramação Daniele Constantino

Impressão Lince - Gráfica e Editora Tiragem

10.000 exemplares As opiniões dos artigos assinados e informações dos anúncios não são de responsabilidade da Revista Recap

Fechamento desta edição 23 de janeiro de 2017 RECAP 03


Editorial

Flavio Martini de Souza Campos Presidente do RECAP

Revenda reunida

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om um público de aproximadamente mil pessoas ligadas aos setores de combustíveis e de lubrificantes, tivemos a satisfação de sediar, no final do ano passado, em Campinas, o 5º Encontro dos Revendedores de Combustíveis do Sudeste e o 3º Encontro Nacional dos Revendedores Atacadistas de Lubrificantes, evento realizado em conjunto entre o Recap e demais sindicatos do sudeste e o Sindilub. Esta edição de nossa Revista Recap traz uma ampla reportagem sobre o evento e sua importância para o segmento. E foi diante deste grande público que discutimos os principais temas nacionais ligados aos setores de combustíveis e de lubrificantes. Logo de partida, foi possível perceber que vivemos, hoje, uma realidade econômica bastante desanimadora. Temos, agora, um Brasil completamente diferente, com uma crise sem precedentes e com um horizonte sem perspectivas viáveis em curto prazo. Mas, talvez, exatamente por isso, a tônica do Encontro foi o caminho apontado: a necessidade de se reorganizar para enfrentar o cenário atual, se preparar para a volta do crescimento econômico, que deve começar a ocorrer, de fato, no segundo semestre de 2018. A respon4 RECAP

‘’Temos, agora, um Brasil completamente diferente, com uma crise sem precedentes e com um horizonte sem perspectivas viáveis em curto prazo’’.

sabilidade é grande, porque somos um setor no qual a economia tem em nossa matriz energética um dos pilares para a movimentação nacional de cargas e de pessoas. Apenas um dado já mostra a importância deste segmento: 86% dos transp o r t e s re a l i z a d o s n o p a í s dependem de caminhões. Imaginem, então, um Encontro com tanta gente especializada no assunto, discutindo o que fazer. Imaginem, também, especialistas em política e em economia fazendo painéis e palestras específicas para nos subsidiar de informações estratégicas, que nos permitam avaliar e descobrir alternativas. Foi isso o que aconteceu em Campinas, neste evento. A preocupação, entretanto, foi muito além dos aspectos de futuro do mercado e a melhor forma de enfrentar a crise. Reservamos espaço, também, para

debates sobre ética. E, nesse sentido, o historiador Leandro Karnal foi muito objetivo. Hoje, não se pode separar ética de ganho, como bem ressaltou ele. A ética rege nosso dia a dia como cidadãos e, da mesma forma, temos de agir como empresários. Enfim, como presidente do Recap, senti um orgulho imenso em ser o anfitrião deste público tão especial para nosso segmento, reunindo nossos associados, que é a essência da atividade sindical. Estar próximo de nossos representados, ouvindo suas vozes, como ocorreu nas plenárias, durante os dois dias de evento, discutindo o nosso cotidiano, foi uma satisfação especial. Recebê-los em Campinas, em nossa sede, foi uma tarefa que demandou muito trabalho, porque fizemos o máximo para que se sentissem em casa. Agradeço, aqui, a presença de todos os participantes! 







Novo comando

Ministro do MME, Fernando Coelho Filho (centro), participa de cerimônia de posse de Felipe Kury e Décio Oddone

Décio Oddone assume como novo diretor-geral da ANP Felipe Kury também assumiu como diretor. O mandato é de quatro anos

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écio Oddone tomou posse como diretorgeral da ANP, no último dia 12 de janeiro. Passando por uma das maiores crises econômicas da história, Oddone frisou a responsabilidade da agência ajudar o Brasil a voltar a crescer. Para isso, vai acelerar os investimentos, facilitar ações e simplificar normas, a fim de acelerar os trâmites. “A agência não tem finalidade arrecadadora ou punitiva. Ela vai buscar facili-

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tar, induzir e estimular bons comportamentos, mas não vai se furtar a aplicar sanções aos que faltarem com seus compromissos ou fraudarem as regras”, concluiu. Na mesma cerimônia, Felipe Kury assumiu o cargo de diretor da agência e mostrou que está alinhado às expectativas de Oddone, frisando a importância de criar uma agenda regulatória positiva que permita acelerar a entrada de novos investimentos.

Também, ressaltou a entrada de utilização de novas tecnologias no desenvolvimento de sistemas que vão gerar transparência e aumentar a produtividade. Kury ainda afirmou que há uma enorme oportunidade de transformar o Brasil em uma grande plataforma mundial de produção de etanol, com a utilização de novas tecnologias, como a de etanol de 2ª geração. Ambos assumiram por quatro anos. 


Evento

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Evento Futuro em debate Retomar o crescimento. Algo que todos esperam que aconteça, mas para isso é necessário planejamento. Pensando nisso, o painel “Projeções para o futuro da economia brasileira”, comandado também por Waack, debateu profundamente o tema apontando desafios, como as reformas tributárias, fiscal, previdenciária e, principalmente, política. Unanimidade, entre os debatedores, afirma-se que o Brasil “parou de cavar o buraco em que estava se enfiando”. Termo utilizado pelo economista José Roberto Mendonça de Barros, articulista do jornal O Estado de São Paulo. “Depois do impeachment de Dilma Rousseff, o país viu uma luz no fim do túnel, e Michel Temer e o PMDB têm a oportunidade de tirar o país do buraco, mas para isso terão que propôr mudanças que não vão agradar a todos”, destaca o economista. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, lembrou que a questão econômica no país está ligada, diretamente, com a situação política. Por isso, a economia pode sofrer caso os impasses políticos estejam acima das necessidades econômicas do país. Opinião com16 RECAP

partilhada por Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos e colunista do Broadcast da Agência Estado, a qual acrescenta que caso o PMDB não consiga acertar a economia até 2018 e realizar algumas reformas, teremos uma eleição presidencial tumultuada. “Tudo vai depender do PMDB agora. Um erro, neste momento, pode comprometer mudanças a longo prazo e essenciais para o Brasil. Reformas terão de ser feitas e torcer para que elas surtam efeitos nos juros e a economia possa reagir”, argumentou, Zeina ainda destaca um pente fino nas contas públicas, em referência à PEC dos Gastos aprovada pelo Senado, para que isso aconteça. Para que isso possa ser possível, o empresariado terá parcela importante neste processo. “Estamos dispostos a ajudar o Brasil nessa crise. Temos batalhado muito para isso e acho que este é o momento de

reformas estruturais, como a fiscal e tributária. Muitos não sobrevivem por causa desses altos impostos. O governo precisa enxergar que para sair da crise precisa do empresariado, principalmente do varejo que está ligado, diretamente, ao consumidor”, destaca o presidente do Recap, Flávio Campos. Diante de um cenário onde as coisas começam a melhorar, com a inflação dentro da meta e o Banco Central em uma tendência de queda da taxa de juros, um fator tem que ser lembrado: a lava jato. “Ela está sob o PMDB agora, e caso novas acusações apareçam, os planos do governo podem vir por água abaixo”, lembrou o mediador Willian Waack ao afirmar que com o fator Lava Jato há sempre uma dúvida no ar, “mas que bom que há essa dúvida porque estamos passando o país, doa a quem doer, a limpo”, finalizou. 


Evento

Momentos do Encontro

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Em março de 2016, quando tomamos a decisão de fazer esse evento, estávamos no auge da maior crise política do Brasil e sem saber o que nos esperava em novembro, encaramos o desafio. Tenho certeza que vão sair daqui mais animados do que entraram. Flavio Campos, presidente do Recap

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Evento

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Evento

Desafios e avanços da logística reversa Painel traz à tona preocupações do setor com o meio ambiente

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meio ambiente não poderia ficar de fora do Congresso e Feira de Negócios Ercom & Ealub. Tema de relevância no setor, o painel “Meio Ambiente – Logística Reversa”, mediado pelo jornalista José Roberto Burnier, TV Globo, propôs um debate sobre os avanços já alcançados na área e de medidas que devem ser tomadas para a continuidade deste processo no setor. Entre os temas levantados está a cobrança de impostos sobre matéria prima reciclada. “Tem estados brasileiros que cobram imposto sobre matéria-prima reciclada. Se eu quero poupar o impacto no

Zilda Maria Faria Veloso

meio ambiente, como vou onerar mais a cadeia da reciclagem? É um contrassenso”, disse Zilda Maria Faria Veloso, diretora do Ministério do Meio Ambiente. Destaque também para os desafios do instituto Jogue Limpo. O diretor da entidade, Ezio Antunes, destacou que entre eles está a assinatura de um novo acordo setorial nacional - o último texto em vigor venceu em dezembro - e também a revisão do acordo com a Cetesb, em São Paulo. Já Cristiane Soares, da Confederação Nacional do Comér-

cio (CNC), reforçou a participação do comércio varejista nesse processo, principalmente na conscientização do consumidor final. A importância de cada peça na cadeia de logística reversa foi lembrada por Walter Françolin, diretor do Sindirrefino, ao ponderar que a plateia era formada principalmente por revendedores de combustíveis e óleo lubrificante. Por fim, o painel foi encerrado lembrando a importância da logística reversa, seus desafios e a participação dos sindicatos nesse árduo trabalho.  RECAP 23










Meio Ambiente

Ecotroca ganha prêmio de Sustentabilidade Programa foi premiado na categoria público/privado

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programa de coleta de resíduos do Recap, Ecotroca, levou mais um prêmio. Desta vez, a iniciativa levou o prêmio RAC/Sanasa de Sustentabilidade, na categoria público/privada. “Estamos muito felizes porque este foi um trabalho longo, feito em etapas, e é significativo estarmos colhendo os frutos com o recebimento deste prêmio. Essa parceria da RAC com a Sanasa traz à luz a importância que devemos ter em cuidar do meio ambiente, e acaba despertando a população para essas questões. Ainda há muito por fazer. Somente alguns setores se engajaram, e é um longo caminho que temos de percorrer, isso não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse o presidente do Recap, Flávio Campos, durante a premiação. “Os participantes apresentaram soluções inovadoras que contemplam os objetivos primordiais do prêmio, por meio do qual a sustentabilidade e a responsabilidade social foram muito bem construídas”, reforçou o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo. Este não é o primeiro prêmio do programa que coleta e dá destinação correta a plásticos, estopas, filtros de óleo, de ar, entre outros resíduos que são gerados nas trocas de óleo nos postos. Em função de ser um projeto inovador e sustentável, o Sindi-

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Luiz Lauro Filho, deputado federal, entrega prêmio ao Recap

cato foi premiado em 2010 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na categoria sustentabilidade no varejo. 



Artigo

Christian Barbosa

Cinco ações que devem ser evitadas em 2017

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o fim de cada ano, realizo uma pesquisa com funcionários de empresas de todo o Brasil para avaliar quais foram as coisas que mais impactaram na produtividade ao longo do período. O objetivo é enxergar quais foram os vilões do tempo e mostrar como é possível mudar esse cenário no ano seguinte. Afinal, muitos não reparam, mas simples ações são capazes de transformar o dia a dia das pessoas. Por isso, resolvi destacar quais foram os principais problemas citados em 2016 e dar dicas que vão ajudar a mudar esse padrão de comportamento. Confira: Excesso de redes sociais Muitas vezes, a pessoa está trabalhando, produzindo algo importante, e surgem alertas no celular e no computador a todo instante, pois fica conectada a diversas redes o dia inteiro. Quem deseja ter um ano mais produtivo, precisa diminuir o volume de acesso. Não é necessário parar de usar, basta se desligar de grupos e conteúdos irrelevantes e focar no que é importante; Descontrole do tempo e das finanças - Quem não aprende a controlar o tempo e as finanças, fica com a sensação de que tudo está passando rápido demais e de que o dinheiro não é suficiente. Para mudar isso, é preciso aprender a controlar a agenda, com as

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atividades e compromissos organizados, de forma que seja possível priorizar o que é realmente importante. Deixar tudo na cabeça ou anotado em um pedaço de papel faz com que a pessoa perca o controle da organização, o que dá a sensação de correria; Medo – Esse foi um ano em que as pessoas demonstraram estar mais receosas, afinal, não foi favorável para a economia e os índices de desemprego estão altos. Infelizmente, não conseguimos extinguir a sensação de medo da nossa vida, mas é possível aprender a lidar com isso. Aqueles que têm projetos em mente e que querem tirá-los do papel precisam aprender a elaborar um planejamento e estudar muito sobre o que desejam fazer. Com isso, a capacidade de decisão é ampliada e, consequentemente, o medo diminui. Esteja preparado para enfrentar os obstáculos com confiança; Falta de rotina – Alguém sem hábitos planejados não tem tempo para realizar as atividades pessoais. Estabeleça uma agenda com um tempo dedicado às suas ações, como praticar um esporte ou ler um livro. Quando você cria uma rotina, surge a sensação de evolução, pois começa a colocar no seu tempo as coisas que realmente gosta de fazer; Muitas promessas – Em dezembro, as pessoas costu-

mam fazer diversas promessas, no entanto, grande parte não sai do lugar. Aprenda a selecionar apenas as metas que são realmente importantes e escolha, no máximo, três delas para colocar em prática. A partir disso, elabore um plano de ação eficiente, para colocar as promessas na rotina ao longo do ano e ter a sensação de evolução, não apenas de uma correria frenética; Além de ficar atento a todas essas ações, entenda que só é possível ter um ano melhor ao aprender a trocar promessas por realizações. Para isso, é preciso criar um plano de ação eficiente, com estratégias que ajudem a definir metas com mais clareza e engajamento. É possível fazer com que 2017 não seja apenas um ano de promessas esquecidas, basta elaborar um verdadeiro plano de transformação da rotina.  Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é CEO da TriadPS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros "A Tríade do Tempo"; "Você, Dona do Seu Tempo"; "Estou em Reunião"; co-autor do "Mais Tempo, Mais Dinheiro"; e "Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?". Sua mais recente obra: "60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo". www.triadps.com.br www.maistempo.com.br




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