Revista Nosso Setor - Edição 35

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

Indústria, Agente de Distribuição e Varejo. Juntos gerando oportunidades.

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

8 dicas para lidar com as dívidas da sua empresa sem surtar

Elen Brito – A rainha do Pão de Queijo



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Sumário 11 Checklist

Cinco direitos que você acredita ter, mas a legislação diz o contrário

42 Saúde

Nordeste é destaque em produtos orgânicos e supermercados ampliam suas vendas

47 Franquia

Setor de franquias tem crescimento de 11,2% no semestre

12 Economia

As lições da crise de 2008 para o varejo

53 Capa Ceará

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

31 2 cafés e o troco

Luiza Helena Trajano fala sobre investimentos e crise econômica

72 Maciço

Supermercadistas debatem atuação na região de Baturité.

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82 Empreendedorismo Capa Nacional

ABAD 360º – Indústria, Agente

de Distribuição e Varejo. Juntos gerando oportunidades

Gelato italiano nas mãos tipicamente cearenses


94 Cursos

IBESTI capacita profissionais para inserção no mercado de trabalho

110 Encontro

Empresários do Nordeste se encontram na Paraíba para discutir Varejo

86 Café com convidado

Elen Brito – A rainha do Pão de Queijo

REVISTA NOSSO SETOR - ANO 8. N° 35. SETEMBRO/OUTUBRO

EXPEDIENTE www.portalredebrasil.com.br

Email: jornalismo@portalredebrasil.com.br Periodicidade: Bimestral Distribuição: Rede Brasil de Negócios Diretor Executivo: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br (85) 9138 4253 (Claro) (85) 8817-9855 (Oi) (85) 9653-5501 (Tim) Jornalista Resposável: Vicente Araújo (JP 2280 – CE) Revisão Textual: Francisco Pereira Capas (Nacional e Ceará): Osmar Dourado Diagramação: Osmar Dourado

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Convenção

22ª edição da CONVENÇÃO LOJISTA DO PIAUÍ

124 Capacitação

Empresários aprendem sobre plano de negócio na prática

Fotografia: Antônio Vieira e Shayenne Amorim. Impressão: Gráfica Editora Tiprogresso Diretor: Antônio Vieira diretoria@portalredebrasil.com.br Diretor comercial William Bezerra william.bezerra@uol.com.br


Editorial Entendemos que apenas a total sintonia entre indústria, agentes de distribuição e varejo é capaz de preservar um bom ambiente de negócios e proporcionar o crescimento das empresas e de toda a cadeia de abastecimento. Mas, em tempos de crise, economia instável, recessão batendo a porta, o aumento da inflação, energia, gás, gasolina e dentre outros fatores, o pouco que sobra será o acúmulo de dívidas e preocupações com o retorno da estabilidade dos negócios. Nesta matéria de capa, abordamos uma cobertura em todos os ângulos da 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor (Abad 2015). Um encontro para discutir os novos rumos na categoria e se é possível continuar investindo. Para conviver com a crise econômica o setor atacadista distribuidor se vale de pesquisas para saber o que o consumidor quer e se adaptar ao mo-

mento. José do Egito explica que o atacadista conversa com o cliente e leva para a indústria que apresenta a solução. “Estamos sabendo lidar com a crise devido à nossa maturidade e profissionalismo”, comenta, ressaltando que há muito tempo a indústria investe em pesquisa que com o avanço tecnológico são mais rápidas. Em um segundo semestre mais tenso, o mercado continua a enxergar possibilidades e saídas para continuar crescendo no segmento. O varejo tem sido um dos outros setores a ser atingido diretamente com o aumento das taxas, impostos e outros derivados. Nesta edição, ainda abordamos dicas de como economizar na hora das compras; tema como micro e pequenas empresas representam 85% do Varejo Alimentar Brasileiro; A crise e as vantagens comparativas, assinado pelo escritor e antropólo, Luiz Marins e uma entrevista reaplicada com a

A todos uma excelente leitura! Antônio Vieira: Diretor da Revista Nosso Setor 8 |SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br

inovadora Luiza Helena Trajano, que fala sobre investimentos e crise econômica. Na Nosso Setor Ceará, a participação no Café com Convidado da Elen Brito, conhecida como rainha do pão de queijo, explica como iniciou seu negócio, suas abordagens, sua trajetória e o carisma de conquistar e persuadir seus clientes e abocanhar uma grande fatia do mercado de pão de queijo no Estado. A capa da Ceará fala do PIB do Estado que cresceu maior do que do Brasil, mas houve declínio no segundo trimestre, com a tensão na economia.


Caros Anunciantes. Inicio o meu texto com a celebre frase: “isso também passará”. Por pior que pareça qualquer situação, nada, absolutamente nada, é para sempre. Percebemos que uma nuvem negra paira sobre as cabeças de algumas pessoas, fazendo-as se sentirem fragilizadas, impotentes. Agora eu lhes pergunto: quem vez ou outra, ao longo de sua trajetória empresarial, não presenciou uma tão mal fadada situação, tal qual vivenciamos nos dias atuais? Quem é que quase não jogou a toalha em meio a mudanças tão radicais em nossa economia em tempos de outrora? Já experimentamos de tudo. Mudança de regime governamental, de moeda, de plano econômico, de moeda novamente, mudança de partido político no afã de melhorarmos a situação sócio-econômica do nosso tão sofrido povo brasileiro. Enfim, sobrevivemos a todas essas mudanças, que também passaram. E aonde eu quero chegar com essa ladainha? Quero chegar ao ponto de fazê-los perceber que tudo na vida é passageiro e que nada, de maneira alguma, nada permanecerá por todo e sempre. Então relaxe! Observe atentamente os fatos, as mudanças e procure enxergar não somente o vilão de que tanto a nossa mídia fala, “ a crise.” Saibam todos que o Ceará é o Estado que mais cresce

atualmente no Brasil. Para tal comprovação, basta que leiam o que noticiam alguns veículos de comunicação no que tange ao PIB do nosso Estado e percebam a diferença em relação ao resto do Brasil. O nosso PIB nos últimos meses em alguns segmentos foi positivo e com tendência de crescimento real para 2015, como, por exemplo, o da construção civil, enquanto outros Estados da confederação apresentam PIB negativo e sem perspectivas de crescimento para este ano. Eu acredito que tudo é uma questão de ponto de vista. Para muitos, este cenário é desesperador, intransponível, e para outros não passa de momentos de reflexão, de pensar melhor antes de agir, fazer uso

da sua criatividade, buscar soluções e não pensar só no problema. A única forma de resolvê-lo é buscar a solução que às vezes encontra-se diante de nós e somos impossibilitados de enxergá-la. Infelizmente, a maiorias das pessoas age assim ao se deparar com determinadas situações (problemas): entram em pânico, em estado de choque, bloqueando assim todas as possibilidades de pensar e criar soluções. A nossa sobrevivência vai depender unicamente e exclusivamente de nós mesmos. Não podemos e nem jamais devemos esperar atitudes por parte de nossos governantes, no que diz respeito a contornar a fatídica situação. Não fomos nós que a criamos, mas dependerá muito mais de nossas ações e atitudes para nos livrarmos deste momento ruim. Procuremos aprender com os nossos erros e tirar o máximo proveito de certas situações às quais estamos expostos. Desejo a todos equilíbrio emocional, muita serenidade e, acima de tudo, muita fé em DEUS, para que tenhamos força para suportar mais esta carga e sapiência para usarmos em nossa caminhada rumo à vitória. Um fraternal abraço. William Bezerra Gerente Comercial Revista Nosso Setor

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CHECKLIST

Cai imposto de importação para projetos em três estados e DF

O

governo diminuiu as alíquotas do Imposto de Importação de bens de capital, bens de informática e de telecomunicações. São 272 produtos beneficiados com menos imposto. A alíquota caiu de 16% e de 14% para 2%, até 31 de dezembro de 2016, no caso de bens de capital, e até 31 de dezembro de 2015 para os bens de informática e telecomunicações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a previsão é que os investimentos em projetos industriais relacionados a esses produtos sejam de US$ 1,355 bilhão. As importações dos equipamentos chegarão a US$ 541 milhões.

São máquinas e equipamentos fabricados na Alemanha, nos Estados Unidos, na China e na Itália. Os principais setores contemplados são o naval e o náutico, o de energia, de bens de capital, o alimentício e o metal-mecânico. O ministério informou que os produtos são vinculados a projetos industriais no Ceará, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e na Bahia. Os equipamentos serão utilizados em obras de aumento da capacidade de movimentação de carga em contêineres e na implantação de um centro de comunicações estratégicas e de defesa. Serão usados ainda na implantação de uma nova linha de fabricação de vidros e para aumentar a segurança na movimentação e no tráfego de trens.

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Foi publicada também no Diário Oficial da União a resolução que prorroga o prazo de vigência da redução temporária do Imposto de Importação do óleo de palmiste. O percentual caiu de 10% para 2%, até 16 abril de 2016. O benefício permitirá o abastecimento do mercado afetado pela redução da produção nacional. O óleo de palmiste é extraído da amêndoa da palmeira conhecida como dendezeiro e tem grande aplicação como insumo industrial. O produto é usado na indústria alimentícia para a produção de chocolates e nas indústrias de cosméticos, de sabões e sabonetes, detergentes e lubrificantes. Da Agência Brasil


5 M CHECKLIST

direitos que você acredita ter,

mas a legislação diz o contrário

uitos consumidores desconhecem as leis e acreditam ter determinados direitos que não estão na lei.

imediata. O Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de 30 dias para reparo. Se o defeito persistir, é possível trocar por um novo produto ou pedir ressarcimento.

temporais é possível mandar consertar o equipamento e pedir o ressarcimento da empresa de energia depois. Na verdade, o direito é garantido após vários orçamentos e uma aprova-

3 - Cobranças indevidas

ção da concessionária de energia após formalizar o pedido de ressarcimento.

Embora esta seja a era da informação, muitos consumidores seguem confusos em relação aos seus próprios direitos. Eles costumam desconhecer muitos do que a lei garante e acreditar em outras ideias que simplesmente não existem. Confira abaixo cinco direitos que você acredita ter, mas a legislação diz o contrário. 1 - Sete dias de arrependimento O prazo de arrependimento de sete dias não é válido em todas as situações. A lei se aplica apenas para compras fora do estabelecimento, quando não é possível ver o produto de perto. Por exemplo, quando compramos algo pela internet. 2 - A loja não é obrigada a fazer trocas As trocas de produtos são obrigatórias apenas quando há defeito. Se for um presente, é importante negociar com o lojista ou conhecer as opções de troca que a própria loja oferece. Além disso, é importante ressaltar que, em caso de defeitos, a substituição do produto não é

Em casos de cobrança indevida, a devolução em dobro não funciona em relação ao valor total pago, mas sim à diferença paga a mais. 4 - Eletrodomésticos danificados Alguns consumidores acreditam que quando há danos a eletrodomésticos por oscilação da energia em decorrência de

5 - Seguros Em caso de sinistro, entre em contato diretamente com a empresa e siga suas orientações. Se você chamar qualquer guincho para tomar as primeiras providências, pode se prejudicar. Fonte: Portal Administradores

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5 M CHECKLIST

direitos que você acredita ter,

mas a legislação diz o contrário

uitos consumidores desconhecem as leis e acreditam ter determinados direitos que não estão na lei.

imediata. O Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de 30 dias para reparo. Se o defeito persistir, é possível trocar por um novo produto ou pedir ressarcimento.

temporais é possível mandar consertar o equipamento e pedir o ressarcimento da empresa de energia depois. Na verdade, o direito é garantido após vários orçamentos e uma aprova-

3 - Cobranças indevidas

ção da concessionária de energia após formalizar o pedido de ressarcimento.

Embora esta seja a era da informação, muitos consumidores seguem confusos em relação aos seus próprios direitos. Eles costumam desconhecer muitos do que a lei garante e acreditar em outras ideias que simplesmente não existem. Confira abaixo cinco direitos que você acredita ter, mas a legislação diz o contrário. 1 - Sete dias de arrependimento O prazo de arrependimento de sete dias não é válido em todas as situações. A lei se aplica apenas para compras fora do estabelecimento, quando não é possível ver o produto de perto. Por exemplo, quando compramos algo pela internet. 2 - A loja não é obrigada a fazer trocas As trocas de produtos são obrigatórias apenas quando há defeito. Se for um presente, é importante negociar com o lojista ou conhecer as opções de troca que a própria loja oferece. Além disso, é importante ressaltar que, em caso de defeitos, a substituição do produto não é

Em casos de cobrança indevida, a devolução em dobro não funciona em relação ao valor total pago, mas sim à diferença paga a mais. 4 - Eletrodomésticos danificados Alguns consumidores acreditam que quando há danos a eletrodomésticos por oscilação da energia em decorrência de

5 - Seguros Em caso de sinistro, entre em contato diretamente com a empresa e siga suas orientações. Se você chamar qualquer guincho para tomar as primeiras providências, pode se prejudicar. Fonte: Portal Administradores

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VENDAS

As lições da crise de 2008 para o varejo

A

atual crise econômica é a pior que vivemos depois do Plano Real. Por causa dela, as vendas no varejo brasileiro, medidas pela Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, registraram um crescimento nominal de apenas 4,1% entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado - bem menos que os 8,47% de inflação no período. A situação nos shoppings foi ainda pior: as vendas nominais subiram somente 2,43%, segundo dados apurados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Diante de um quadro tão preocupante, economistas, jor-

as vendas do comércio em dezembro de 2008 caíram 9,8% em relação a 2007. Imagine uma queda de quase 10% em pleno Natal. Pois foi exatamente isso o que aconteceu por lá. A resposta dos lojistas nos Estados Unidos veio na forma de liquidações. A Saks chegou a oferecer produtos com 80% de desconto no pós-Natal. Se, por um lado, a estratégia ajudou um pouco a girar os estoques, de outro comprometeu seriamente a lucratividade dos varejistas. Cerca de sete anos depois, o comércio brasileiro responde à nossa crise aqui de maneira parecida. As liquidações estão por toda parte e tudo indica que se estenderão ao longo do ano em muitos setores.

nalistas e marqueteiros, entre outros, têm se dedicado a exercícios de futurologia, na tentativa de prever como os consumidores se comportarão nos próximos meses. Como gosto de caminhar na contramão, preferi olhar para trás. E, ao rever dados relativos à crise na qual os Estados Unidos se enfiaram no finalzinho de 2008, concluí que são grandes as chances de o futuro brasileiro repetir o passado norte-americano. Para quem não se recorda, vale lembrar que uma quebradeira no sistema financeiro norte-americano mergulhou o país do Tio Sam em uma violenta recessão, com gravíssimos reflexos no varejo. Para se ter ideia do problema, basta dizer que

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Mas as semelhanças entre os Estados Unidos de 2008 e o Brasil de 2015 não param por aí. Pesquisas apresentadas pela Miller Zell na convenção da NRF (National Retail Federation) de 2009 mostraram que 61% dos consumidores norte-americanos passaram a gastar menos em eletrônicos e 64% cortaram gastos em roupas durante a recessão. Agora, adivinha quais foram os segmentos mais afetados pela crise brasileira? Isso mesmo – as vendas reais de móveis e eletrodomésticos caíram 10,9% entre janeiro e maio desse ano, enquanto as de vestuário e calçados recuaram 5%, segundo o IBGE. Nos shoppings a situação não é diferente. A pesquisa da Miller Zell indicou ainda que nada menos que 1/3


dos norte-americanos, em função da crise de 2008, trocaram marcas tradicionais de vestuário por marcas próprias de lojas de departamento. O período marcou também um crescimento do varejo de moda batizado de cheap&chic (barato e chique), representado por Uniqlo, H&M e companhia limitada. No Brasil, quem destoa dos números negativos do segmento de moda são justamente marcas que podem ser consideradas cheap&chic, como Forever 21 e Renner, por exemplo.

Como o varejo norte-americano enfrentou a crise de 2008? As armas foram basicamente três: redução do desperdício, elevação da eficiência e maior esforço de ativação dos clientes que as marcas já possuíam. Isso significou corte de custos e diminuição de riscos, passando inclusive pela redução do tamanho das lojas. E também maiores investimentos em capital humano, nos canais de venda virtuais e na revisão do portfólio de fornecedores, assim como na melhoria da experiência de

compra dos consumidores nas lojas. Como você deve ter concluído, muitas dessas medidas já podem ser sentidas no Brasil de 2015.

que o fenômeno é exclusivo da emergente Classe C. Ainda de acordo com o pessoal da dunnhumby, as classes A e B andam surfando a mesma onda.

Nos Estados Unidos de 2008, uma palavra entrou para o dicionário dos consumidores: frugalidade. Em outras palavras, a austeridade nas compras entrou na moda, e as pessoas orgulhavam-se dos descontos e preços baixos que conseguiam obter. Ao mesmo tempo, muitos usavam parte do dinheiro economizado nas barganhas para presentear-se com indulgências, tais como produtos de beleza e brinquedinhos, como iPods e iPhones.

É evidente que todas essas convergências não são simples coincidências e merecem reflexão por parte da comunidade varejista brasileira.

Voltando ao Brasil de 2015, análises recentes divulgadas pela dunnhumby apontam claramente o surgimento de um segmento de consumidores brasileiros, que representa cerca de 25% da população tupiniquim, que, para manter o padrão de vida conquistado, economiza em produtos básicos para custear a compra de pequenos luxos e indulgências. Justamente como os norte-americanos em 2008. E enganam-se os que pensam

A crise de 2008, que só agora começa a ser deixada para trás pelos Estados Unidos, deixou marcas profundas no consumidor norte-americano e foi o ponto de partida para importantes mudanças no varejo. Na NRF de 2009, H. Lee Scott, então CEO do Walmart, às vésperas da aposentadoria, disse em sua palestra uma frase de impacto: “Hard questions are not made during good times” (algo como “perguntas difíceis não são feitas durante os bons tempos”). Para nós, os bons tempos parecem ter ficado para trás. A hora é de reunir coragem para garantir uma travessia menos turbulenta em direção ao futuro. Luiz Alberto Marinho, Sócio-diretor da GS&BW. Fonte: Monitor Digital

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CHECKLIST

Micro e pequenas empresas

representam 85% do Varejo Alimentar Brasileiro

A

maior fatia do varejo alimentar no Brasil é composta por micro e pequenas empresas, revela estudo da Serasa Experian apresentado durante a 33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e 16ª Sweet Brasil International Expo – ABAD 2013, em Fortaleza (CE). O levantamento aponta que 85% dos estabelecimentos atuantes no segmento são micro – 47% do total, com faturamento anual entre R$ 60 e R$ 360 mil – e pequenos negócios – 38%, com ganhos entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano. Os empreendedores individuais representam 12,7% deste mercado e faturam até R$ 60 mil anualmente.

O estudo mostra ainda a distribuição regional dos estabelecimentos. Metade do total (50,2%) está no Sudeste, 20% no Sul e 18% do varejo alimentar são da região Nordeste. Já as regiões Centro-Oeste e Norte concentram, respectivamente, 7,1% e 4,5% do setor. Outro dado revelado diz respeito à representatividade de empreendedores individuais em cada região do Brasil. No Nordeste, para cada 100 varejos alimentares, 17 são empreendedores individuais. Na região Norte esta relação é ainda maior, chegando a 21 empreendedores individuais. No Centro-Oeste, eles são 16, no Sudeste 11 e no Sul 8 empresários individuais

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para cada 100 estabelecimentos alimentares. Segundo o diretor do segmento atacado da Serasa Experian, Nilson Gomes, o estudo revela o mapa do varejo alimentar no país e mostra a relevância das micro e pequenas empresas na distribuição dos produtos para as famílias brasileiras. “Os números ressaltam o papel fundamental do atacadista na cadeia produtiva nacional”, diz o diretor. “O grande varejo compra diretamente da indústria, enquanto o pequeno estabelecimento conta com a alta capilaridade de atuação do atacadista distribuidor.” Fonte: SEBRAE Mercados


A crise ARTIGO

e as vantagens comparativas do Brasil

C

onversando com empresários, industriais e investidores estrangeiros que tinham planos já definidos e aprovados para investimentos de longo prazo no Brasil, fiquei impressionado ao ver que, de forma unânime, eles falaram da sua profunda decepção com o que vem acontecendo com o nosso País — desarranjo total da economia, corrupção, desemprego, destruição do valor da Petrobras, crescimento negativo do PIB, etc. — afirmando que não veem outra alternativa a não ser buscar outro local para receber esses investimentos diretos produtivos. Todos reforçaram a palavra “decepção”, pois acreditavam que desta vez “o Brasil iria marcar o tão esperado gol de se transformar num país desenvolvido, pois a bola estava na área”. Alguns me disseram da surpresa em ver a capacidade das autoridades brasileiras em cometer erros grosseiros na economia sem prever suas consequências. “Vamos ter que esperar mais para ver o que vai acontecer”, me disse um investidor europeu, que sempre se disse fã de nosso País e o qualificava como a melhor opção de investimento do mundo de hoje.

É claro, afirmam eles, que o Brasil continua tendo vantagens estratégicas comparativas muito grandes em relação aos nossos concorrentes emergentes: “(a) não tem problemas étnicos ou religiosos sensíveis; (b) não tem problemas de fronteira; (c) é uma democracia constitucional consolidada; (d) tem um setor agropecuário e do agronegócio considerado dos melhores do mundo - tem terra, sol e água em abundância para produzir alimentos, sem cataclismos naturais como terremotos, vulcões, etc.; (e) tem um mercado interno pronto para consumir assim que as pessoas tenham recursos; (f) fala um único idioma. Isso para citar apenas algumas dessas vantagens estratégicas”, completaram. E vem exatamente daí a grande decepção: como um País com tantas vantagens pode errar tanto?

reito de protestar e de espernear e fazer chegar nossa indignação àqueles em quem votamos e que devem nos representar. E, aos que ainda não perderam o emprego, resta trabalhar, trabalhar, trabalhar para que, através do nosso trabalho duro, competente e honesto, possamos evitar que o desemprego aumente, a economia piore e a crise se aprofunde ainda mais se transformando num caos total que, certamente, não interessará a ninguém. Com tantas vantagens estratégicas comparativas, temos que acreditar que um dia ainda deixaremos de ser “o País do futuro” para ter o presente que merecemos. Pense nisso. Sucesso!

Depois de ouvir esses comentários todos, fiquei com a pergunta: e nós, brasileiros, o que podemos fazer? Nós povo; nós trabalhadores; nós empresários; nós que não somos políticos, o que fazer? Acredito que para nós, os simples e mortais brasileiros, além do voto que só podemos exercer nas eleições, nos resta o di-

Luiz Marins – Antropólogo e Palestrante


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CHECKLIST

Cerca de 40% das perdas

acontecem nos checkouts

A

s perdas ainda são um grande pesadelo para os supermercados brasileiros. Em 2013, o setor teve perdas equivalentes a 2,51% do seu faturamento, segundo a pesquisa anual do Provar (Programa de Administração de Varejo), da FIA/USP. O desempenho piorou em relação ao ano anterior, quando o índice foi de 1,96%. E, segundo a Gunnebo, empresa que desenvolve sistemas de segurança para o varejo, 40% das perdas internas dos supermercados acontecem nos checkouts. Uma situação comum, que leva a prejuízos nos caixas, é quando produtos são vendidos em packs de várias unidades, mas apenas uma unidade é registrada pela operadora. Outra consiste em itens de FLV pesados e registrados com o código errado ou até mesmo sem código. As falhas podem ocorrer por acidente ou má fé dos profissionais. Mas, seja qual for o caso, quem sai perdendo sempre é a empresa.

A pesquisa Provar/FIA mostra que apenas 59% do varejo alimentar investe em soluções de monitoramento para os caixas. Uma dessas empresas é a rede Tonin, com quatro supermercados e 12 atacarejos no interior de São Paulo e Minas Gerais. A rede apostou na tecnologia. Com um sistema fornecido pela Gunnebo, em um ano a empresa conseguiu reduzir em 40% as perdas identificadas no checkout de uma das unidades, utilizada como piloto. “O bom resultado nos levou a adquirir a solução para todas as outras lojas neste ano”, conta Marcos Cézar Cattani, gerente operacional da empresa. A solução dispõe de câmeras com imagens em alta resolução e é integrada ao software de gestão da rede, registrando cópias dos cupons fiscais lançados. Com isso, é possível fazer o monitoramento do checkout em tempo real. O sistema identifica movimentos suspeitos – por exemplo, uma operadora que registra uma unidade de cerveja, mas

libera todo o engradado – e gera alertas para a equipe de segurança. “Cada supermercado pode criar uma lista de itens de risco de acordo com sua realidade. Toda vez que esses itens são registrados, alguém é notificado”, explica Moisés Pontremoli, consultor da Gunnebo Brasil. A solução não exige pré-requisitos ou estruturas adicionais e pode ser integrada a qualquer software de caixa. É possível alugar ou comprar o equipamento, com toda a manutenção e atualização a cargo da fornecedora. O preço varia conforme a necessidade de cada empresa. No caso do Tonin, equipar todas as 16 filiais custou aproximadamente R$ 500 mil. Valor que a rede espera recuperar, com a redução das perdas, em seis meses.

O tamanho do problema

•40%

•43%

das perdas internas ocorrem no checkout

das perdas em supermercados não são identificadas

•41%

•2,5%

dos supermercados não investem em soluções de monitoramento do checkout

é o índice de perdas apurado no autosserviço alimentar em 2013

•2,3%

sobre o faturamento foi o índice de perdas em todo o varejo em 2013

Fonte: Provar/FIA

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MERCADO

Para Eduardo Terra, presidente da SBVC e idealizador do levantamento, o estudo é pioneiro pelos critérios adotados, pela profundidade e abrangência das empresas analisadas.

O Boticário é o varejista com mais lojas; Pão de Açúcar, o maior grupo do país

L

evantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) sobre o varejo brasileiro elencou as 250 maiores empresas do setor no país por faturamento. De acordo com o ranking, o total de faturamento bruto das 250 maiores redes de varejo do Brasil passou de R$ 454 bilhões em 2014. A informação é do Ranking SBVC 2015, que teve apoio técnico da KPMG, Varese Retail e BTR Educação e Consultoria. A soma do faturamento das “250 mais” representa 36,76% do total do varejo nacional de bens de consumo (exceto automóveis e combustíveis), que é de R$ 1,23 trilhão, de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o estudo, 94 das redes de varejo listadas tiveram faturamento acima de R$ 1 bilhão em 2014. O documento mostra também que as cinco maiores empresas representam 31,36% do total das 250 listadas no ranking e 11,54% do varejo de bens de consumo descritos pelo IBGE. A primeira colocada na lista da SBVC é o Carrefour, com faturamento de R$ 37,92 bilhões. Outra revelação do estudo é que, entre as 10 primeiras colocadas, estão três empresas do Grupo Pão de Açúcar (Cnova, Via Varejo e Multivarejo), com faturamento de R$ 72,87 bilhões, o que caracteriza o GPA como o maior grupo de varejo do Brasil.

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- Pela primeira vez, é reunida e analisada esta quantidade de empresas de varejo com uma série de indicadores e informações. Além disso, é a primeira vez que as empresas com atuação em franquias e atacado têm o seu faturamento da rede de lojas listado no ranking. Além da radiografia completa do setor, as análises apontam conclusões importantes, como o fato do maior grupo varejista do Brasil (Grupo Pão de Açúcar) empregar sozinho mais brasileiros que toda a indústria automobilística. Já para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e conselheiro da SBVC, “o ranking da SBVC traz uma leitura mais efetiva do real peso que as empresas têm no varejo brasileiro. Ao considerar o faturamento das redes de franquias e os operadores de comércio eletrônico, revela a evolução na escala das empresas de varejo no Brasil, que já tem 94 negócios com vendas acima de R$ 1 bilhão em 2014. De outro lado, há espaço para amadurecimento no varejo brasileiro, visto que 82% das 250 maiores empresas são de capital fechado, somente 10% de controle estrangeiro e que as 10 maiores empresas de varejo do Brasil só detêm 15% do mercado total.” O estudo traz uma série de apu-


rações e revelações a respeito do setor e seus segmentos: é a primeira vez que é levantado o faturamento da rede franqueada (soma das lojas) e não o faturamento do franqueador; a maior rede de varejo do Brasil em número de lojas é o Boticário com 3.912 unidades, seguida da Subway com 1.817; as sete maiores empresas de varejo brasileiro por número de lojas são redes de franquia; das 250 empresas de varejo apresentadas no ranking, 35 são redes de franquia; e das 13 redes de varejo que operaram com mais de mil lojas, oito são franquias. A maior rede de varejo por número de funcionários é a Multivarejo do Grupo Pão de Açúcar, com 101 mil colaboradores em seu quadro; as 48.706 lojas que compõem as 250 maiores redes empregavam mais de 1,5 milhão de pessoas em 2014. As 10 maiores empresas juntas têm 515 mil pessoas empregadas.

44 das 250 rankeadas são empresas de capital aberto, o que significa 17,6% do total; entre as 10 maiores, seis são de capital aberto, cinco são do segmento de eletromóveis, quatro são super ou hipermercado e uma é drogaria e perfumaria. Também entre as 10 maiores, duas operam exclusivamente e-commerce (Cnova e B2W); a última colocada no ranking, a Mobly, tem faturamento de R$ 180 milhões; Andorinha Supermercados é a rede que tem maior faturamento por loja, com um total de R$ 425.269 milhões por ano, uma média de aproximadamente R$ 35 milhões por mês; 133 das 250 apuradas estão nas categorias super, hiper ou lojas de conveniência; das 10 maiores, a que mais caiu em faturamento, de 2014 sobre 2013, foi a Cencosud; entre as 250 empresas, 25 são de controle estrangeiro; o faturamento da maior empresa

de varejo do Brasil (Carrefour) equivale a 3% do valor faturado pela maior empresa de varejo dos EUA (Walmart); 30 das 250 têm capilaridade nacional total, ou seja, estão presentes nas 27 UFs; 103 das 250 têm sede no Estado de São Paulo; Cnova teve crescimento de vendas de 96,41% no comparativo de 2013 x 2014; e das cinco maiores, a que mais cresceu em faturamento foi a Magazine Luiza, com aumento de 18,7%. As 250 empresas listadas no ranking foram agrupadas nas seguintes categorias: livrarias e papelarias; food service; drogaria e perfumaria; material de construção; eletro e móveis, super, hiper, cash e conveniência; lojas de departamento, utilidades e artigos para o lar; ópticas, jóias, bijoux, bolsas e acessórios; moda, calçados e artigos esportivos e outros segmentos. Fonte: Varejista

O maior empregador privado do Brasil é o Grupo Pão de Açúcar, com 174 mil funcionários. Este número é superior a todos os colaboradores da indústria automobilística brasileira, cerca de 130 mil. As três redes com maior faturamento por funcionário, ou seja, com a melhor produtividade, são empresas de e-commerce. São elas, Privália, em primeiro lugar, seguida por Cnova e Wine. Outras revelações importantes são que 13 redes de varejo já operam mais de mil lojas; na lista das 250, 40% operam o canal e-commerce, ou seja, 100 redes; SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 19


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CAPA

ABAD 360º –

Indústria, Agente de Distribuição e Varejo.

M

ais uma edição da Convenção Anual do Atacadista Distribuidor aconteceu em Fortaleza reunindo os maiores da indústria com os maiores atacadistas distribuidores nacionais e o varejo, promovendo um encontro focado na qualidade e produtividade. O evento com o tema “ABAD 360º – Indústria, Agente de Distribuição e Varejo. Juntos gerando oportunidades” contou com a presença de autoridades governamentais e outros profissionais ligados à cadeia de abastecimento. A primeira edição aconteceu em 2013, no Centro de Eventos. A próxima edição da feira será realizada em São Paulo e passará a se chamar Encontro Nacional da Cadeia de Abastecimento. O evento visa mostrar lançamentos e novas tendências do setor, reunindo em um só lugar os gigantes da indústria com os maiores atacadistas, distribuidores nacionais e o varejo. O evento é reconhecido como um dos principais encontros do trade do Brasil e considerada o maior

evento do segmento na América Latina. A expectativa alcançou a meta de mais de R$ 20 bilhões em negócios, ultrapassando o ano anterior. Na programação, oportunidades e lançamentos de produtos, equipamentos, serviços e novas tendências, no maior ponto de encontro do setor. Uma das grandes preocupações da ABAD atualmente é a capacitação dos profissionais. Por isso, as palestras técnicas foram uma das atrações com maior procura dos visitantes. Durante o evento também ocorreram as premiações: Melhor Atacadista Distribuidor Nacional e Estadual, Maior Caravana Estadual por Região e Melhor Expositor, este último em parceria com a Popai Brasil. Ao todo, cerca de R$ 45 milhões foram investidos na convenção, que recebeu cerca de 15 mil pessoas. Foram contratados cerca de 1.500 profissionais para trabalhar no evento nas áreas de hoteleira, restaurantes, transportes, comércio, artesanato. De acordo com Jocélio Paren-

te, presidente da Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos (Acad), muitos dos que visitaram o evento permaneceram por mais alguns dias na cidade para conhecer as atrações turísticas, aquecendo a economia local. “As pessoas de fora que vieram para a feira chegaram uma semana antes, ou vão ficar no fim de semana para conhecer as belezas do Estado”, pontuou Parente. Do total de visitantes da feira, cerca de 70% vieram de fora do Estado. Para José do Egito Frota, presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos (Abad), o número é significativo dado o cenário de dificuldade econômica vivido pelo País. “Os empresários sentiram (as perdas no primeiro semestre), mas trouxeram alternativas para virar o jogo”, ressaltou o presidente da Abad. O presidente lembrou que, após a edição do evento em Fortaleza no ano de 2013, vários empreendimentos se instalaram no Estado. “Uma das em-

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presas foi a Química Amparo, fabricante dos produtos Ypê, Tixan, Assolan e Perfex. E foi a feira que atraiu a empresa para cá”, apontou. Ele não apontou, entretanto, se há outras empresas interessadas em se instalar no Ceará após a última edição da feira. Ele destaca, ainda, que um dos diferenciais desta edição da feira, que reuniu representantes da indústria, do atacado e do varejo durante quatro dias no Centro de Eventos, foi a realização de palestras mais direcionadas. “Tivemos recorde de público em todas as apresentações, e isso mudou muito o cenário que se tinha das outras edições. Todo mundo está querendo se reciclar”, ressaltou. E a capacitação é um dos principais desafios elencados por Parente para o setor, em que avaliou haver uma carência de formação. “Em momento de crise, a gente precisa ser mais eficiente e, para isso, é preciso ter mais conhecimento”, explicou, apontando a necessidade de fazer com que os varejistas e as equipes do ponto de venda tenham acesso à expertise do mercado para assegurar as vendas.

Pública” o jurista fez uma análise das origens da corrupção no país e apontou caminhos pelos quais a sociedade pode fomentar o fortalecimento da cidadania, da legalidade e da honestidade como valor indispensável à vida civil, seja na iniciativa privada, na atuação política ou no exercício de cargos públicos.

beleza e bem-estar no Brasil em mais de duas décadas. Em meados da década de 1980, ao identificar a então nascente tendência mundial de valorizar os cuidados com o corpo, a mente e o bem-estar, que acabaram incorporando-se aos hábitos diários de grande parte da população, Cristiana iniciou um movimento que revolucionou o ramo de beleza. Economia e suas promessas

Empreendedorismo Feminino

“Na convenção, os visitantes tiveram a oportunidade de ouvir representantes do setor sobre o que está acontecendo no mercado em todas as regiões. E alguns já trouxeram possibilidades de negócios que, com certeza, vão refletir na venda de produtos para o varejo e para o consumidor”, apontou Egito.

O Encontro Mulheres, promovido pelo Instituto ABAD, braço social do segmento atacadista distribuidor, recebeu uma palestra de Cristiana Arcangeli, empresária do segmento de cosméticos, que falará sobre Pioneirismo e Empreendedorismo. O espaço abre a discussão e aprendizado que valorizam a mulher; o Instituto ABAD promove anualmente palestras que tratam de temas atuais, como a atuação da mulher na sociedade, a força de seu poder decisório e os múltiplos papéis que ela desempenha. Pensando nisso, o Instituto decidiu, neste ano, apresentar um case de sucesso no universo empreendedor feminino.

Na abertura do encontro, o ex-Presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa, palestrou sobre a “Ética nos Negócios e na Vida

Cristiana Arcangeli é uma das mulheres que mais têm influenciado e contribuído para o desenvolvimento do mercado de

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Para o economista, o Brasil deverá apresentar alguma retomada nos indicadores econômicos no último trimestre do ano, desde que não haja redução do nível de investimento. Na ocasião, o economista e ex­ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega ressaltou que essa­ ainda tímida ­retomada não deve implicar em crescimento efetivo da economia, o que só acontecerá no fim do próximo ano ou mesmo depois.

Entre as ponderações que fez sobre a atual gestão do Governo Federal, Maílson da Nóbrega disse considerar que o Executivo “banalizou” o Refis (programa de refinanciamento de dívida). “O refis acabou e tornando uma coisa banal. O governo fez isso muitas vezes para aumentar a arrecadação. Mas você tem que


ver o raciocínio do empresário. Ele quer sobreviver. Então, muitos não vão pagar porque sabem que vai ter refis. O governo tem que resistir a isso e não fazer mais refis. Tem que passar uma mensagem crível de que não vai ter mais anistia”, comentou Nóbrega, que foi ministro da Fazenda entre 1988 e 1990. Melhoria da Gestão Para o diretor executivo da empresa de estudos de mercados GFK, Marco Aurélio Lima, uma maior profissionalização do setor, sobretudo entre os pequenos varejistas, poderia implicar na redução de diversos custos dos empresários, a exemplo das contas de água e de energia.

vo. O projeto, desenvolvido pelo Instituto Macro SEBRAE-CE em parceria com a ABAD, ocupou 230 m² no total, sendo 150 m² de área de vendas e 59 m² de área de estoques. Ela ofereceu visitas guiadas e o apoio necessário para cumprir o objetivo de divulgar técnicas e práticas que tornem o varejo mais lucrativo com uma operação e uma gestão ajustadas. O minimercado contou com as seções de serviços, entre elas padaria e açougue, e as seções

tradicionais do varejo: mercearia, bebidas, higiene e beleza e limpeza. A iniciativa faz parte do esforço da ABAD em desenvolver instrumentos de capacitação do cliente varejista do setor atacadista distribuidor, entre eles o Programa Varejo Competitivo, parceria entre a entidade e o SEBRAE Nacional. Com informações da ABAD e Diário do Nordeste

Segundo Marco Aurélio Lima, a proporção de perda de produtos nas pequenas lojas costuma ser de 4% a 5% ­o dobro da média dos estabelecimentos de grande porte. “Se ele (o pequeno varejista) se profissionalizar, vai conseguir reduzir essas perdas e vai ter mais condição de repassar menos (os gastos) para o consumidor”,destaca. O diretor acrescenta que, conforme estudos da GfK, existe uma relação direta de proporcionalidade entre o nível de escolaridade e profissionalização dos lojistas e o faturamento dos estabelecimentos. Loja Modelo Varejo Competitivo Uma loja completa, da recepção de produtos do fornecedor na retaguarda até a consumação da venda pelo checkout, foi montada para os visitantes da Convenção ABAD 2015 FORTALEZA. Ela incorpora as boas práticas que fazem da loja de vizinhança um varejo competitiSETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 23


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PERGUNTAS E RESPOSTAS

Saiba mais

sobre o Plano de Proteção ao Emprego – PPE 1. No que consiste o PPE? O Plano de Proteção ao Emprego (PPE) é um programa que visa preservar os empregos dos trabalhadores de empresas que se encontram temporariamente em situação de dificuldade econômico-financeira. 2. O que ocorre durante a adesão ao PPE? No período de adesão ao PPE, os empregados beneficiários do PPE têm jornada de trabalho reduzida em até 30%, com redução proporcional do salário. Durante o Programa, os empregados beneficiados recebem compensação pecuniária de até 50% do valor da redução salarial, limitado ao montante correspondente a 65% da parcela máxima do benefício do seguro-desemprego. A empresa fica impedida de efetuar demissões arbitrárias, ou sem justa causa, no período de adesão. Após o seu término, pelo prazo equivalente a um terço do referido período. 3. Quais as vantagens do PPE? O Programa possibilita a preservação dos empregos em

momentos de retração da atividade econômica, além de favorecer a recuperação econômico-financeira das empresas; contribui para sustentar a demanda agregada em momentos de adversidade; estimula a produtividade do trabalho, por meio do aumento da duração do vínculo empregatício, fomenta a negociação coletiva e aperfeiçoa as relações de emprego. 4. Todas as empresas poderão aderir ao PPE? Todas as empresas que atenderem aos critérios estabelecidos pelo Programa poderão solicitar adesão ao PPE. 5. A empresa que aderir ao Programa poderá reduzir salário e jornada sem consultar os trabalhadores? A primeira condição para a empresa solicitar adesão ao PPE é a aprovação de um Acordo Coletivo de Trabalho Específico, firmado entre o sindicato de trabalhadores representativo da categoria e a empresa, aprovado em Assembleia dos trabalhadores alcançados pelo Programa.

6. No caso de a empresa aderir, com a aprovação sindical, e precisar contratar, ela pode incluir trabalhadores e manter a jornada reduzida? Ou seja, pode haver contratações com jornada reduzida? No período de adesão ao PPE, a empresa não poderá contratar empregados para executar, total ou parcialmente, as mesmas atividades exercidas pelos trabalhadores abrangidos pelo Programa, exceto nos casos de reposição ou aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa, nos termos do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que o novo empregado também seja abrangido pela adesão. 7. O Governo teve retorno de empresas quanto à adesão ao PPE? Alguns segmentos empresariais demonstraram interesse em conhecer o Programa e a viabilidade de adesão.

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8. E os sindicatos, têm se mostrado favoráveis? O Programa encontra boa recepção entre os líderes sindicais. 9. As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até 30% a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário, mas não poderão fazer demissões enquanto estiverem aderidas ao programa. Então, caso uma empresa entre em uma situação financeira grave enquanto estiver aderida ao programa, terá que solicitar ao Governo Federal o abandono do programa para fazer demissões? A empresa que efetuar demissões de empregados beneficiados do PPE no período de adesão será excluída do Programa.

10. A redução da jornada de trabalho nas empresas que aderirem ao Programa está condicionada à celebração de um Acordo Coletivo de Trabalho Específico com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante. Se o sindicato não aprovar a redução, qual será a consequência para os empregados da empresa? Caso os trabalhadores não aceitem a redução da jornada de trabalho, não será firmado um Acordo Coletivo de Trabalho Específico e, portanto, a empresa não poderá aderir ao PPE. 11. O artigo 4º da MP 680 informa que “os empregados que tiverem seu salário reduzido (...), farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e

limitada a 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho”. Essa conta é meio complicada. É possível explicar com clareza por meio de um exemplo? Um trabalhador que cumpra jornada de 40 horas semanais e receba salário de R$ 1.500,00 terá redução de 30%. Passará a cumprir jornada de 28 horas e receberá da empresa R$ 1.050,00 + complementação de R$ 225,00 pelo benefício do PPE. Assim, o trabalhador receberá, no período de adesão da empresa ao PPE, o valor de R$ 1.275,00. 12. Existe um limite máximo de inscrições de empresas no PPE? Não há restrição na quantidade de inscrições. 13. Como o trabalhador receberá o benefício complementar do Governo? A empresa cuja adesão ao PPE for aprovada receberá repasse financeiro da Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento do complemento diretamente na folha dos seus empregados. 14. Quem vai monitorar o cumprimento das regras do PPE? O Programa será acompanhado por um Comitê e as regras aplicadas ao Programa serão fiscalizadas pelo MTE e pelos sindicatos representativos das categorias que tiverem pactua-

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do um Acordo Coletivo de Trabalho Específico. 15. A empresa que descumprir as regras será penalizada? A empresa que descumprir as regras poderá ser excluída do Programa. 16. Qual o prazo para análise do pedido de inclusão da empresa no PPE? Ainda não há um prazo estabelecido. Porém, as demandas serão analisadas com celeridade. 17. A empresa que for impedida de ingressar no PPE poderá apresentar algum tipo de recurso? A empresa que não atender aos critérios estabelecidos poderá apresentar recurso à Secretaria Executiva do Comitê do PPE. 18. O principal critério para adesão ao PPE é o volume de demissões no último ano? E a questão orçamentária? O PPE é um programa preventivo, que busca evitar que as demissões ocorram. Todos os critérios previstos serão considerados, não havendo hierarquia de importância entre eles. 19. A empresa que preferiu não demitir seus funcionários pode participar do PPE? Sim, desde que esteja enquadrada no Índice Líquido de Emprego. 20. Existe a possibilidade de casos especiais ou exceções no processo de adesão?

Caberá à Secretaria Executiva do Comitê a análise de casos omissos ou aprimoramento de critérios.

26. O PPE diminuirá benefícios como vale-transporte, alimentação e licença médica?

21. Existem setores prioritários?

Não.

Todos os pedidos de adesão serão analisados com o mesmo crivo. 22. O PPE realmente conseguirá evitar essas demissões, já que a adesão das empresas não é obrigatória e ainda precisa passar pela aprovação dos sindicatos? É interesse tanto das empresas, quanto dos sindicatos, que os empregos sejam mantidos. Assim, a perspectiva é de que ele realmente atinja seu objetivo e evite as demissões.

27. O PPE é mais vantajoso que o layoff? Por quê? Sim, por não ocorrer a quebra do vínculo empregatício e pela manutenção do trabalhador no posto de trabalho, pronto para a retomada da produção. E para o governo, os gastos com pagamento dos benefícios do PPE são menores que os gastos com o pagamento da Bolsa Qualificação (layoff). 28. De onde, no orçamento do Governo Federal, virão os recursos que serão utilizados no PPE?

23. Como ficam os terceirizados?

Os recursos virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Os trabalhadores terceirizados não fazem parte do quadro de pessoal das empresas aderentes. Portanto, não estão relacionados no Acordo Coletivo de Trabalho Específico.

29. O PPE não traz insegurança para as contas do FAT?

24. E os direitos trabalhistas? Todos os direitos trabalhistas estão preservados. 25. Todos os cargos estão na proposta? Cabe à empresa e ao sindicato estabelecer no Acordo Coletivo de Trabalho Específico os setores e os trabalhadores que serão abrangidos pelo Programa.

A expectativa é de redução dos gastos com pagamento do seguro-desemprego, haja vista que o PPE tem menor custo. 30. Quem realizará a operação do PPE? O operador será remunerado por isso? De onde virá o recurso para esse custeio? A operação será realizada pela Caixa Econômica Federal, mediante contrato que definirá a tarifa devida pelo serviço de operacionalização. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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DOIS CAFÉS E O TROCO

Luiza Helena Trajano

fala sobre investimentos e crise econômica A senhora fala em “fazer mais com menos”. É essa a saída que o varejista e o empresário de um modo geral precisa ter nesse momento de crise? Eu digo que é preciso fazer isso sempre. Mas nesse momento se exige rapidez para fazer isso. É necessário juntar todo mundo no mesmo barco e fazer com que todos trabalhem mais, fazendo mais do que vem sendo feito, com mais produtividade e com menos dinheiro. Seria a questão de se reduzir custos? No que for preciso. Quando você faz mais com menos você reduz custos desnecessários e você melhora a cadeia produtiva. Por exemplo, uma peça que você está podendo fazer com dez coisas, você faz com oito. Então, para isso, você vai exigir que a cadeia inteira pense nos 360 graus, desse jeito. Como é que a senhora avalia o momento econômico atual do Brasil? É um momento difícil. É um período político difícil também. E é uma época em que, acima de tudo, tem que prevalecer o propósito do Brasil para todo mundo. Acho que esse momento,

mais do que nunca, exige que todos larguem partidos, eleições e lutem pelo Brasil. Seria uma grande oportunidade de união de forças, independentemente de um partido, a troco de um único propósito, que é o bem do Brasil. A rede Magazine Luiza vem sentindo os efeitos dessa crise? Nós tivemos como parâmetro o ano passado, quando a gente foi muito bem. Agora, a partir de julho, nós já estamos com níveis de crescimento, porque até julho do ano passado nós tivemos um crescimento muito grande. Então, nós sentimos mais por causa disso, porque o nosso parâmetro era muito alto. Essa queda já era esperada por causa desse parâmetro. Como é que a rede vem lidando com esse momento atual? Buscando alternativas, pensando diferente, aliando a equipe e trabalhando as dificuldades. A gente está sempre em campo para sentir o que pode ser realizado.

Eu só posso falar sobre o ano passado. Não posso comentar sobre o futuro por causa da Bolsa de Valores (a rede Magazine Luiza é uma empresa de capital aberto). Quando a senhora acha que a crise vai acabar? No momento, ninguém pode dizer nada sobre o fim da crise. Eu estou pensando em como eu posso vencêla e não quando ela vai acabar. Acredito que, no momento em que se acertar o jogo político, a situação econômica também irá melhorar. Acho que todo mundo tem que pensar no Brasil agora e largar suas vaidades. Pensar no País que nós queremos para nós. Entrevista concebida ao Diário do Nordeste durante a realização da ABAD 2015.

No ano passado, o Magazine Luiza faturou R$ 12 bilhões. Qual a previsão para este ano?

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8 ECONOMIA

dicas

para lidar com as dívidas da sua empresa sem surtar

U

ma empresa com dívidas é um pesadelo para boa parte dos empreendedores. A falta de dinheiro em caixa e os telefonemas dos credores afligem mais ainda os marinheiros de primeira viagem, que não têm muita experiência com tempos difíceis, como o que atravessamos agora na economia brasileira. De acordo com números do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), o volume de empresas com dívidas atrasadas no país cresceu 5,38% no primeiro semestre de

2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. A dificuldade em honrar os pagamentos atinge em especial os setores de comércio (com 49% das empresas devedoras) e serviços (37%). Veja as dicas de especialistas no assunto: A recomendação número zero é não perder a serenidade. “Num momento como este, é preciso manter a calma. É comum as empresas passarem por dificuldades financeiras, principalmente na conjuntura atual”, afirma Érika Suzuki, sócia da consultoria Crowe Horwath.

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Outro ponto fundamental é não tomar decisões precipitadas: “O que a gente vê é que, na hora da crise, todo mundo sai cortando os custos, cortando pessoas, e isso é terrível para uma retomada depois. A grande dica é sempre não se precipitar”, recomenda Jairo Martins, presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

Veja a seguir oito dicas para lidar com as dívidas na sua empresa.


2 - Corte custos (com cuidado) Ao ver-se com dificuldade para saldar as dívidas, um dos primeiros passos do empreendedor deve ser cortar os custos da empresa. Porém, esse corte não pode ser impensado. “Isso não pode ser feito de forma intempestiva, sem análise preliminar. A primeira coisa que se pensa é cortar pessoal. Mas, se o empresário não analisar com cuidado, vai terminar se desfazendo de conhecimento necessário para tocar o seu negócio”, afirma Jairo Martins, presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). 3 – Negocie com os credores Outro ponto importante é saber negociar com seus credores. “Se tem um pagamento para fazer em 30 dias, negocie para pagar em dois meses”, afirma Martins. 4 – Faça as contas

1 – Estude o seu negócio Num momento de dificuldades financeiras, a empresa precisa de uma gestão disciplinada, com bons controles de fluxo de caixa. “É preciso conhecer bem o que é realizado. Com isso, o empresário consegue ter uma visão mais clara dos gastos e das receitas e assim começar a reduzir custos”, recomenda Érika Suzuki, da Crowe Horwath.

Quando não é possível honrar todas as dívidas, o empreendedor precisa colocar na ponta do lápis quais contas vale mais a pena pagar, aconselha Érika Suzuki. “Ele tem que avaliar se vai ter algum desconto ao quitar aquela dívida e verificar sempre onde vai pagar menos juros”, afirma. 5 – Pense no futuro Um empresário endividado não pode simplesmente pegar todo o lucro da empresa e pagar os

credores, sem olhar um pouco mais para frente. “Ele precisa fazer um bom uso da sua reserva, não pode pensar só no curto prazo”, afirma Martins. 6 – Mantenha o bom relacionamento com todos Num cenário difícil, é preciso sempre buscar manter uma boa relação com seus clientes e credores. Se os seus clientes não pagam, eles podem estar na mesma situação que você, lembra Érika, da Crowe Horwath. 7 - Reduza seu estoque Uma boa forma de aliviar as contas de uma empresa endividada é reduzir o estoque, de acordo com José Balian, da ESPM. “Reduzir o estoque ajuda a gerar liquidez para a empresa. Mas isso é fácil de falar e difícil de fazer”, ressalta o professor. Balian lembra que não é vantajoso vender seus produtos a preço de banana. “Não adianta vender e ficar com prejuízo. O valor da venda tem que, pelo menos, cobrir os custos.” 8 – Zele pelos atuais clientes Num período em que está difícil fechar novos contratos, manter os clientes antigos é fundamental. “É importante não perder qualidade no serviço para manter os atuais clientes. Quando está difícil fechar novos contratos, você tem que manter aqueles que já tem”, ressalta Érika.

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DIREITO E JUSTIÇA

Justiça exclui taxas da base do ICMS da luz

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Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e diversos tribunais do País têm aberto precedentes para que consumidores peçam a exclusão de tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica da base de cálculo de impostos estaduais. O fim da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST) pode render às empresas economia de 7% a 10% nas contas de luz. A estimativa é do advogado Átila Melo do escritório Castilho &ScaffManna. A retirada dos valores reduziria os gastos com o ICMS cobrado nas faturas em até 35%. Melo explica que a cobrança tem sido considerada indevida porque as tarifas de uso da rede de transmissão e distribuição da eletricidade referem-se a um momento anterior à chegada da energia no relógio do consumidor final, ficando fora do ambiente tributário sobre o qual recai o ICMS. Dessa forma, diz o advogado, não há fundamento legal para se cobrar o imposto sobre essas tarifas.

TUSD e da TUST da base de cálculo do ICMS, não há uma decisão definitiva que beneficie todos os consumidores. Por isso, para se ter acesso à redução, as empresas interessadas teriam que protocolar ações judiciais junto aos tribunais do seu estado. Redes de supermercado, shoppings, varejistas e prestadores de serviços são alguns dos estabelecimentos que já entraram com pedidos semelhantes, de acordo com os advogados. Dalcomuni conta que já teve 15 liminares deferidas a favor das empresas em casos desse tipo e ainda possui outras oito prontas para protocolar, só em SC e PR. Para a advogada, existe uma margem de segurança muito grande de que todos os pedidos parecidos sejam aprovados. “Há precedentes dos Tribunais Superiores em Brasília, que de-

terminam a exclusão deste tipo de tarifa do imposto estadual, aplicando-se, inclusive, uma súmula do STJ nestes casos, que é um posicionamento mais firme do Tribunal”, afirma ela. A edição de ontem do Diário da Justiça, por exemplo, publicou decisão final de primeiro grau do Juízo da 14ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo na qual ficou determinada à Fazenda Paulista e à companhia energética do estado que retirem da base de cálculo do ICMS a tarifa de uso do sistema de transmissão de energia elétrica aplicado na conta de um dos maiores grupos de comunicação do País. O teor da sentença confirma a liminar que gerava uma economia de cerca de 30% no valor da conta de luz da empresa. Os tribunais de justiça da Bahia e de Santa Catarina também já haviam concedido liminares que confirmavam pedidos de empresas realizados em processos semelhantes. Fonte: DCI.

Segundo a especialista Priscila Dalcomuni, do Martinelli Advogados, embora o STJ já tenha julgado procedentes processos com pedidos de exclusão da SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 35


CHECKLIST

Brasileiro

se endivida, investe menos e finanças pioram

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om contas no vermelho, mais dívidas e menos investimentos, as finanças dos brasileiros pioraram 9,5% no primeiro semestre, segundo o Índice de Saúde Financeira calculado pelo GuiaBolso. Em uma escala que vai de zero a 700, o indicador fechou junho em 389 pontos, contra 430 em janeiro. Preços em alta são o principal motivo apontado para o descontrole do orçamento. “O orçamento foi impactado pela inflação. Começamos a ver uma influência do desemprego, mas ainda está no início”, afirma o CEO do GuiaBolso, Thiago Alvarez. Ele conta que, entre os pesquisados, as contas residenciais - basicamente energia e água - tiveram um aumento de mais de 44%, uma alta considerada significativa. A empresa, que desenvolveu um aplicativo de finanças pessoais que hoje conta com 950 mil usuários, fez a pesquisa com base em uma amostragem de dez mil pessoas, segmentadas por região e renda. O apli-

cativo tem acesso à movimentação da conta corrente dos usuários, para assim construir uma espécie de planilha automática que aponta onde eles estão gastando. Com base nesses dados, foi montado o Índice de Saúde Financeira, formado por três categorias: fluxo de caixa (se o usuário gastou menos do que ganha no mês), dívidas (se houve aumento do uso do cheque especial) e investimentos (se a pessoa aplicou parte dos recursos). O indicador piorou nos três quesitos. “Em janeiro e fevereiro, o índice era considerado saudável, mas passou para o nível febril nos meses seguintes, em que o fluxo de caixa na média se manteve negativo”, diz Alvarez. Com os gastos maiores do que os ganhos, a saída encontrada por muitos foi recorrer ao cheque especial. “Não sobrou nada para investir”, fala. Em junho, mais da metade dos pesquisados (52%) gastou mais do que a renda, contra 48% em maio. Cerca de 13% utilizaram o cheque es-

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pecial, pagando em média R$ 179 em juros. E 68% resgataram mais do que investiram. Para equilibrar o orçamento, a sugestão é anotar os gastos e conhecer a renda. O GuiaBolso calcula que o brasileiro superestima a renda em 7%, pois esquece de descontar os impostos e contribuições do holerite. “A renda encurtou e os preços subiram, mas a nossa velocidade para abrir mão de hábitos conquistados, como a TV a cabo, não é a mesma do que a das mudanças financeiras”, avalia o professor do Instituto Educacional da BM&FBovespa, Arthur Vieira de Moraes. Ele explica que o planejamento financeiro não precisa ser algo complexo. Basta um primeiro passo para que a pessoa saiba onde está errando. “Em um mês que o consumidor anotar os gastos, ele já vai conseguir ver como está o orçamento”, afirma. Para isso, o interessado pode utilizar aplicativos, planilhas online ou mesmo fazer seu próprio orçamento.


Cheque especial O cheque especial, uma das modalidades mais caras de crédito (em junho, a taxa de juros atingiu 241,3% ao ano), é um bom instrumento de financiamento, desde que usado com cautela. Os especialistas indicam que o cheque especial deve ser usado por no máximo três dias. Acima disso, já é melhor utilizar outras linhas de juro menor, como o crédito consignado ou mesmo o pessoal. Caso a pessoa já esteja endividada, a recomendação é estancar a dívida do cheque especial, além de tentar uma negociação com o credor. “É preciso trocar a dívida cara pela barata, se é que existe dívida barata no Brasil”, diz o professor. “A dívida mais adequada seria aquela com um juro em torno de 5% ao mês. Com o dinheiro em mão, é possível pagar o que deve negociando um desconto”, orienta.

Questão cultural A pontuação do índice, que no máximo pode somar 700, se divide igualmente entre três categorias, sendo que cada uma delas chega a 233 pontos aproximadamente. Dos três parâmetros, o investimento foi o aspecto que mais piorou no semestre, tendo recuado 21%. Para Alvarez, pesa no resultado o aspecto sazonal, já que, em janeiro, a população em geral está com mais recursos devido ao 13º salário e ao pagamento de bonificações. Chama a atenção o fato de o investimento ser a categoria de menor pontuação entre as três do índice. Em nenhum mês chegou a alcançar 100 pontos. Nesta questão, diz Moraes, pode pesar a falta de cultura de investimento do brasileiro, que ainda aplica pouco, mesmo havendo mais informações e produtos no mercado. E deixar o dinheiro parado na conta corrente é uma péssima opção, principalmente quando a inflação é alta. Especialistas lembram que o momento econômico não é dos melhores, mas que há oportunidades.

Deterioração 9,5% foi a piora nas finanças dos brasileiros nos seis primeiros meses de 2015, segundo o Índice de Saúde Financeira calculado pelo GuiaBolso.

Fonte: Diário do Nordeste

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GESTÃO DE PESSOAS

Fracassos que você deve experimentar se quiser ter sucesso na vida Há, nos obstáculos da vida, uma forma de aprender importantes lições que levarão você ao topo.

O

escritor e empreendedor Paul Hudson publicou há alguns dias um artigo no site Elite Daily. No texto, ele diz que o segredo para ser bem-sucedido nos negócios está, na verdade, em sua vida pessoal, mas que não devemos aprender apenas com aquelas situações em que saímos como vencedores. Há, nos obstáculos da vida, uma forma de aprender importantes

lições que levarão você ao topo, pois, na visão de Hudson, antes de conquistar tudo aquilo que queremos, devemos estar “por baixo”. Confira aquelas coisas que você deve falhar para conquistar o sucesso: Um relacionamento sério Uma das coisas que pode ter grande influência sobre sua personalidade é quando você passou por um relacionamento que falhou. Para Paul Hudson,

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não foi apenas porque era com a mulher que ele mais amou em sua vida, mas porque ele bagunçou a relação. “Você nunca vai apreciar um relacionamento significativo da maneira que deveria, até que você dê um jeito de acabar com um muito bom”, diz em seu artigo. “Quando você só tem a quem se culpar, aprenderá lições que ficarão com você. E isso exige admitir que você foi a pessoa que estragou as coisas...”, finaliza.


Uma amizade

Uma tentativa de grandeza

Não são apenas as relações românticas que deixam lições de vida. “Uma vez que você experimenta um desentendimento com um amigo, você aprende a compreender a si mesmo um pouco melhor e a vida que você espera levar no futuro”, diz Hudson.

Ao menos que você falhe em alcançar uma grandeza desejada, você nunca irá apreciar suas realizações. “Tenha em mente a diferença entre não ser grande e sequer tentar ser grande”, aconselha o autor.

A escolha de carreira Se você é uma das poucas pessoas do mundo que descobriu o que realmente queria fazer para o resto da vida de primeira, parabéns. Mas a maioria dos casos não são assim e nesses casos as pessoas podem passar o resto da vida tentando descobrir o que se encaixa ou não no seu perfil à base de tentativas e erros. Uma conta bancária “saudável” “Se você nunca foi à falência em sua vida, você nunca vai entender a importância do dinheiro”, diz Hudson. Você pode até entender o conceito, mas nunca saberá como é realmente ter que se esforçar para pagar uma refeição fora de casa.

Uma tentativa de compreender o que está por vir Os seres humanos conseguem entender a relação entre causa e efeito melhor do que qualquer outra espécie animal e isso faz toda a diferença. É claro que levamos um tempo para desenvolver essa habilidade, mas, no momento que conseguimos observar um fato e calcular os futuros acontecimentos ligados a ele, podemos também passar a agir com mais cautela. Mas, uma vez feita a previsão errada, a gente aprende a tomar mais cuidado com essas previsões, sem contar tanto com a sorte e mais com o que temos em mãos. “Quanto mais complexo o cenário, mais difícil é calcular o resultado”, diz Hudson. Fonte: Administradores

COM UM ANO DIFÍCIL PELA FRENTE, ECONOMISTA APONTA AÇÕES PARA AS EMPRESAS NÃO FECHAREM

1 – Reduzir custos fixos de forma a minimizar o ponto de equilíbrio, eliminar desperdícios. 2 – Gerenciar e controlar duramente o capital de giro. 3 – Executar branding. 4- Analisar o mix de produtos. 5 – Trabalhar, preferencialmente, sob pedido. 6 – Pesquisar seus mercados. 7 – Envolver e manter comprometida toda a equipe, desde o mais simples funcionário até aquele com maior autonomia para decidir. 8 – Investir em comunicação. Tenha um plano de mídia competente. 9 – Ampliar e qualificar a equipe de vendas, mantendo-a informada sobre alterações do mercado. 10 – Não dramatize a situação que já não está boa.

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MENSAGEM DE PAZ

Jesus abençoe as crianças

O

ministério que Jesus exerceu quando esteve entre os homens foi algo extraordinário que alcançou todas as faixas etárias da humanidade. No texto acima mencionado Jesus valoriza as crianças afirmando categoricamente que delas é o reino de Deus. Ao observar a inocência, a pureza, o sorriso, as brincadeiras, Jesus abençoa. Hoje, infelizmente, está difícil;

milhões de crianças desamparadas nos colocam diante de um monstruoso quadro de dor, lágrimas, tristeza, fome, exploração, abandono, engano, frustração, miséria, abuso sexual, drogas, promiscuidade, delinquência, crime, analfabetismo, violência, suicídio, morte e desesperança. E todas essas mazelas é que embaraçam o futuro de tantas crianças. Jesus percebeu essa dificuldade quando os próprios discípulos

repreendiam as crianças talvez pelo barulho ou pela inquietação das mesmas. Ele, porém, ao invés de repreender, orou e abençoou para que todas fossem felizes em suas vidas. Assim penso eu! Que tipo de homens e mulheres serão estas crianças amanhã? O fato é que as crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela frente. Elas ouvem e atendem à mensagem da bíblia mais prontamente do que qualquer outro grupo de pessoas. O futuro de nossas cidades está nas mãos das crianças! O futuro de nossas crianças está em nossas próprias mãos! Mateus 19: 13-15 Deus vos abençoe! Feliz Dia das Crianças!

Pr. José Flávio

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SAÚDE

Nordeste é destaque em

produtos orgânicos e supermercados ampliam suas vendas

O

consumo de produtos orgânicos não cessa de crescer no Brasil. Impulsionada pelas políticas públicas de compra de alimentos junto aos agricultores familiares e pelo surgimento de lojas especializadas e até mesmo supermercados que apostam na venda de produtos livres de qualquer agrotóxico, hormônio, remédio ou componente transgênico, a agropecuária orgânica é hoje uma realidade ao alcance de milhões de consumidores em várias cidades do país.

Os produtos orgânicos são, geralmente, mais caros que os tradicionais, mas não é um motivo que tem pesado na escolha dos consumidores. Em 2014, esse setor teve aumento de 30%, fechando as receitas com R$ 2 bilhões. Para este ano, a expectativa é chegar ao fim do ano com faturamento de R$ 2,5 bilhões. A procura por alimentos orgânicos está em alta no Nordeste, principalmente no Sertão de Pernambuco. Mesmo os produtos sendo caros, é cada vez maior o número de pessoas que aderem ao tipo de alimentação

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mais saudável. O principal objetivo é fugir das frutas e verduras com uso de agrotóxicos. Segundo a definição da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), o que caracteriza um produto orgânico, além da ausência de transgênicos, venenos ou fertilizantes sintéticos, é o fato de ser oriundo “de uma agricultura baseada em práticas sustentáveis que buscam o equilíbrio ecológico e o respeito ao homem”. Na prática, esse conceito se traduz por um modo de produção que valoriza a biodiversidade, minimiza o desperdício de recursos naturais


e evita a contaminação do solo, da água e do ar, que devem ser usados de forma racional. O engenheiro agrônomo Caio Márcio Santos consome produtos orgânicos há dez anos, desde que decidiu ter uma alimentação mais saudável. “Muito antes mesmo até de fazer o curso de agronomia, eu já tinha o hábito de consumir produtos naturais. A questão de ser orgânico, além de ser um produto sem agrotóxicos, que são os pesticidas usados na agricultura, tem também a questão do ambiente. Porque não é só você se prevenir, ter um alimento com maior valor nutricional, mas você utilizar um elemento que não causa tanto impacto ao meio ambiente”, ressalta. Atualmente existe uma maior diversidade de alimentos orgânicos. Até o pimentão, que é o primeiro na escala de uso de agrotóxicos, já é cultivado de forma natural. Mas os nutricionistas alertam que existem mais alimentos na lista de prejudiciais por causa da grande quantidade de defensivos químicos. “O tomate que realmente está na mesa de todo mundo, independente do nível social, a cebola, que é um alimento bem comum, mas que infelizmente não conseguimos encontrar com tanta facilidade na versão orgânica”, esclarece a nutricionista Tatiane Nogueira.

“O alimento orgânico leva uma grande vantagem quando comparado ao alimento convencional. Com relação aos nutrientes, eles possuem uma maior quantidade de proteínas, nutrientes, carboidratos, a fibra alimentar também. Até mesmo alguns minerais como ferro e o potássio”, alerta Tatiane Nogueira. Caio explicou também que, por esse conjunto de fatores, a agricultura orgânica dá mais sustentabilidade à produção agropecuária em um número cada vez maior de regiões no país, levando até os supermercados tradicionais que reservam espaço exclusivo para produtos orgânicos. “A produção orgânica amplia a capacidade dos espaços produtivos de cumprirem suas funções ecossistêmicas, tão importantes para todos os habitantes do Planeta, o que contribui para o enfrentamento de problemas cada vez mais visíveis por todos, como o aquecimento global e a escassez de água”, avaliou o coordenador de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC).

DEZ BONS MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS

1 - Alimentos mais nutritivos e saborosos 2 - Saúde garantida 3 - Proteção às futuras gerações 4 - Amparo ao pequeno produtor 5 - Solos férteis 6 - Água pura 7 - Biodiversidade 8 - Redução do aquecimento global e economia de energia 9 - Custo social e ambiental 10 - Cidadania e responsabilidade social Com informações do Portal Brasil

A profissional alerta que a escolha pelos produtos orgânicos favorece também uma alimentação mais rica em nutrientes.

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VENDAS

Vendas no atacarejo crescem no

Brasil e o setor segue promissor

A

inflação trouxe de volta um hábito que o brasileiro abandonou na década de 1990: fazer estoque de alimentos para driblar o aumento de preços. Uma pesquisa mostra que as vendas nos supermercados que vendem por atacado são as que mais crescem no país. O segmento, conhecido como “atacarejo” porque vende os produtos em grandes quantidades e também por unidade, cresceu 9,7%, de acordo com uma pesquisa do setor. Em 2014, 1,4 milhão de famílias passou a comprar em quantidades maiores e estocar os mantimentos em casa.

A conta é fácil de entender: com mais gente endividada e sofrendo o impacto da inflação, o dinheiro fica mais curto para as compras do mês. A pesquisa também demonstra que essa situação tem trazido para os “atacarejos” um público que até então não tinha costume de frequentar esse tipo de mercado. Os consumidores das classes média e baixa também foram atraídos pelos atacadões. Para economizar nos atacadões é preciso conhecer diretinho os hábitos da família e depois planejar a compra. “Conhecer é saber o básico de como é consumido um determinado produto, ou seja, saber se você consome 1 kg de arroz durante uma semana ou 5 kg de açúcar durante um mês. É saber mais ou menos isso para, quando for comprar, não com-

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prar em excesso e acabar perdendo dinheiro numa compra mal feita”; E diz ainda: “Todas as classes compram no atacarejo. Não só os mais pobres”, encerra Leonardo Gomes, publicitário e chefe de cozinha. O atacarejo foi o único canal de vendas em que o consumidor manteve a frequência de compras nos últimos meses e que ganhou compradores em 2012: cerca de 1 milhão de novos domicílios. Já nos hipermercados e supermercados houve redução no número de idas às compras. O motivo, segundo Christine, foi o avanço da inflação, que fez com que os consumidores buscassem preços menores.


Perspectivas Executivo de banco suíço traçou o cenário do setor varejista no Seminário de Investimentos NOVAREJO e enfatizou o desempenho de um dos modelos que mais crescem no País. O atacarejo, ainda limitado a grandes marcas, deve ser a aposta do varejo alimentício, segundo Felipe Campos, executivo de um banco suíço, que traçou o cenário do varejo brasileiro e abriu o circuito de palestras do Seminário de Investimentos NOVAREJO, na Amcham, em São Paulo. “O atacarejo é um dos modelos mais promissores do varejo. É um modelo específico, focado em preço e em baixo custo – atraente para o mercado brasileiro”, avalia o executivo. Um dos fatores de sucesso deste modelo no País é o baixo custo e altos volumes de vendas, alçados pelos preços baixos. Outra vantagem é com relação ao centro de distribuição, que acaba sendo o próprio ponto de venda. “Por outro lado, existem menos serviços dentro do ponto de venda para o consumidor e menos conveniência, pois ficam em locais mais distantes”, avalia.

Crescente mercado consumidor Outro ponto mencionado pelo executivo é o potencial de crescimento do mercado consumidor brasileiro. Segundo as expectativas de mercado, o Brasil será o quinto mercado consumidor do mundo em 2030, atrás apenas de Estados Unidos, Índia, China e Japão. Hoje, o País está na oitava colocação. “O consumo familiar foi o principal driver do crescimento brasileiro, que elevou o consumo no varejo”, diz. O aumento real do salário mínimo aumentou a participação da classe média brasileira, que hoje representa 54% da população, ajudou a elevar o apetite dos consumidores, que agora querem realizar os sonhos de consumo. Ponto para o varejo. “Setores como vestuário, farmácia, higiene e cuidados pessoais foram o destaque e tiveram au-

mento significativo”, comenta. É neste cenário, apesar das incertezas da economia, que o varejo se destaca como um alvo para investidores. E de olho nestes investidores há mudança no comportamento do setor. “Eles querem se profissionalizar mais e sabem que isso é um dos atrativos para a entrada de fundos de private equity”, diz Campos. Segundo o executivo, investir no varejo faz bem para o Brasil exatamente pela maior profissionalização e crescimento do setor; para os consumidores, por abrir maiores oportunidades de consumo; e para os acionistas por terem em suas carteiras empresas mais estruturadas e sólidas. Com informações do Portal no Varejo

Apesar dos altos volumes de vendas, no atacarejo há baixo capital de giro, quando comparado a um supermercado ou hipermercado, e, como em todo varejo, margens apertadas. Apesar disso, há espaço para expansão deste modelo, principalmente no interior, afirma Campos. SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 45


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FRANQUIA

Setor de franquias

tem crescimento de 11,2% no semestre

E

studo divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) indica que o faturamento do setor de franquias cresceu 11,2% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 63,8 bilhões. Já no 2º trimestre, o crescimento foi de 13,1%, com receita de R$ 32,5 bilhões. A pesquisa aponta crescimento de 3,1% na abertura de lojas e fechamento de 1,2% das unidades no segundo trimestre. A variação representou um incremento de 1,9% no total de unidades de franquias em operação no país no período, número que atingiu 131.269 pontos de venda. O ritmo de expansão foi ligeiramente menor ante o 1º trimestre, quando chegou a 2,5%. Segmentos Todos os 11 segmentos ampliaram seu faturamento, demonstrando a recuperação do menor desempenho registrado por alguns em 2014, especialmente no período da Copa do Mundo. Entre os que mais cresceram no 1º semestre em relação ao mes-

mo período do ano passado, o segmento de esporte, saúde, beleza e lazer alcançou faturamento 24% maior, saltando de R$ 9,3 bilhões para R$ 11,5 bilhões no período. A seguir, hotelaria e turismo registrou crescimento de 15% no faturamento, que passou de R$ 4,2 bilhões para R$ 4,9 bilhões, impulsionado pelo turismo de negócios. Individualmente o mais expressivo segmento do franchising, o de alimentação, teve expansão da receita no período em 12%, saltando de R$ 11,4 bilhões para R$ 12,7 bilhões. Outro segmento que manteve bom desempenho foi comunicação, informática e eletrônicos, registrando também 12% de crescimento nesse período, cujo faturamento subiu de R$ 1,7 bilhões para R$ 2 bilhões. Regiões A região Sudeste respondeu por 59% da receita da indústria do franchising no primeiro semestre, seguida das regiões Sul (16%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%).

Educação e treinamento, com 70% de participação concentrados no Sudeste, tem sua receita distribuída nas demais regiões do seguinte modo: 11% no Sul, 9% no Centro-Oeste, 7% na Região Nordeste e 3% no Norte. Já no segmento comunicação, informática e eletrônicos, a pesquisa indica que o Nordeste, com 36% do faturamento, está mais próximo do Sudeste, com 47%, enquanto o Sul tem 12%, o Centro-Oeste 5% e o Norte 1%. De acordo com a presidente da ABF, Cristina Franco, os cuidados já tomados pelos franqueadores antes mesmo do agravamento da retração econômica e a relação colaborativa entre franqueador e franqueado beneficiam a indústria do franchising. “O franqueador tem feito nos últimos 12 meses sua lição de casa: reduziu custos, otimizou processos, motivou ainda mais a força de vendas, renegociou com fornecedores, alterou o mix de produtos, além de manter as práticas do bom franchising, como o treinamento e a capacitação dos colaboradores”, disse.

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TECNOLOGIA

Etiquetas eletrônicas no varejo:

inovação, economia e sustentabilidade

C

omeça a ser disseminada no varejo brasileiro uma tecnologia que irá trazer um grande avanço à comunicação de preços, promoções e outras informações dentro das lojas. Com projetos-piloto em execução em grandes redes de supermercado do País, as etiquetas eletrônicas de prateleira (expressão originada da sigla ESL, ou Electronic Shelf Label) já mostraram na prática que podem gerar muitos benefícios em termos de eficiência, economia, segurança e sustentabilidade – seja aos consumidores que precisam ir ao mercado para fazer as compras do mês, seja aos próprios varejistas.

Não por acaso, pesquisadores da Universidade de Cincinatti, nos EUA, classificaram as etiquetas eletrônicas entre os avanços mais importantes que os consumidores podem esperar nos campos da leitura eletrônica e dos papéis eletrônicos nos próximos 20 anos. Fora do Brasil, a tecnologia já está em operação em grandes redes varejistas em mais de 30 países. Em breve, ao caminhar por supermercados e lojas de departamento, será comum visualizar tais etiquetas no cenário nacional. Elas são dispositivos digitais com tela de cristal líquido que permanecem instaladas nas gôndolas como uma

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etiqueta comum de papel, só que com uma enorme vantagem: exibem muito mais informações no mesmo display e são atualizadas de forma automática e instantânea. Mais do que simplesmente atualizada, cada etiqueta confirma ao administrador, por meio de uma tecnologia de comunicação bidirecional, que registrou todas as mudanças solicitadas de preços e dados. Em caso de desatualização, bateria fraca ou furto, o sistema comunica o problema ao varejista imediatamente. Desta forma, do ponto de vista do consumidor, as etiquetas eletrônicas evitam surpresas no caixa com a cobrança


de valores diferentes, devido a mudanças nos preços que podem não ter sido claramente informadas. Além da alta confiabilidade dos dados, outras vantagens incluem informações mais completas sobre características técnicas dos produtos, promoções de última hora, receitas e acompanhamentos sugeridos para cada item, entre outros detalhes. Dados gerenciais, extremamente úteis para os varejistas, complementam as possibilidades do dispositivo, informando sobre disponibilidade em estoque, facing, validade de produtos e margem de vendas de cada item. Cada etiqueta exibe essas informações a partir da integração com a plataforma de gestão utilizada pelo supermercadista. São mais de 30 páginas de dados por etiqueta, dentro de um sistema capaz de

atualizar até 300 mil unidades por hora. Toda essa organização coloca a gestão de preços em um patamar muito avançado para os padrões hoje adotados no Brasil. Ainda para os donos de supermercados e lojas de departamento, as etiquetas eletrônicas ajudam a acelerar a reposição de itens nas gôndolas e permitem o agendamento de promoções durante o dia, ampliando a rentabilidade do estabelecimento e criando mais oportunidades para que o cliente economize nas compras. A economia, aliás, é um dos grandes benefícios da solução. Hoje em dia, o mais usual é que um funcionário rotule os produtos nas prateleiras, tanto para identificá-los como para atualizar os preços. A partir de um controle centralizado ba-

seado em raios infravermelhos (IR) de alta frequência, a etiqueta eletrônica permite que qualquer mudança nas informações dos produtos seja feita de forma 100% automática em questão de segundos, sem que um empregado precise se deslocar até a gôndola e – o mais importante – sem o uso das etiquetas convencionais, reduzindo custos com papel e impressão. Este é um dos motivos que fazem a tecnologia ser apontada como referência em inovação e sustentabilidade.

Wagner Bernardes é Diretor de Marketing e Vendas da Seal Tecnologia – que atua há mais de 20 anos no mercado de computação móvel e captura automática de dados, levando soluções completas de mobilidade e automação a diversos segmentos de mercado.

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COMPRAS À VISTA

68,5% dos pequenos empresários oferecem descontos para quem paga à vista

S

eja na capital ou no interior, a prática de oferecer descontos para clientes que pagam à vista é bastante comum. Sete em cada dez (68,5%) micro e pequenos empresários dos setores de comércio e de serviços ouvidos no levantamento afirmaram que têm o costume de cobrar um valor mais baixo para quem opta pelo pagamento em dinheiro. É o que aponta o estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A estratégia é usada, principalmente, para driblar as taxas de transação dos cartões de crédito e de débito, já que 38,8% dos empresários oferecem o valor que pagariam à operadora

como desconto para o cliente no pagamento à vista. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, para o consumidor, o jeito mais fácil e direto de conseguir um desconto é pagar à vista. “Para o lojista ou prestador de serviço, a estratégia também pode ser vantajosa, já que a cada transação realizada ele precisa pagar uma comissão para as operadoras de cartão, além de esperar 30 dias para receber o dinheiro da venda”. Embora o dinheiro vivo ainda seja a opção mais aceita pelos micro e pequenos empresários (97,9%) nas vendas e contratações de serviços, o cartão de crédito lidera (39%) como o meio de pagamento mais recebido nas vendas principalmente no setor de comércio. A modalida-

de ficou um pouco à frente do dinheiro vivo (38,4%) e foi bem mais mencionada do que outros instrumentos, como boleto bancário (7,4%), depósito em conta (4,4%), cheque pré­ datado (4,1%), cartão de débito (3,6%) e crediário (1,3%). A prazo O levantamento mostra também que 7 em cada 10 (76,4%) micro e pequenos empresários oferecem aos seus clientes o parcelamento como opção de pagamento. Apenas 16,8% dos empresários entrevistados não aceitam financiamento na hora de fechar suas vendas, trabalhando apenas com o pagamento à vista. Entre os empreendedores que oferecem a possibilidade de o cliente parcelar as compras, 36,4% garantem que mais da metade de todas as suas vendas são feitas a prazo. O parcelamento em até três vezes é prática usual para mais de um terço desses empresários (33,9%). Taxas Entre os empresários ouvidos pela pesquisa, 57,9% citam a garantia de recebimento do valor da compra como a principal vantagem ao operar com cartões de crédito. Quando se leva em consideração os cartões de débito, o percentual é de 46,3%.

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

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CONSUMO

Classe C irá consumir

R$ 1,35 tri durante o período de crise

O

presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, disseque a classe C irá continuar consumindo durante a crise e gastará, nesse período, cerca de R$ 1,35 trilhão. A afirmação foi feita na primeira edição do Brasilshop, na capital mineira, promovida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Segundo ele, como a Classe C emergiu de uma situação de crise, ela sabe transformar crises em momentos de oportunidades. Conforme o executivo, levantamentos recentes indicam que 92% da Classe C já estão fazendo economia no seu dia-a-dia; 81% estão comparando mais os preços, 65% estão se preparando para conseguir renda externa e 45% já possuem essa renda externa.

“Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal. Porque eles têm a consciência de que a economia depende dos políticos, já a vida dele depende só dele e só trabalhando ele consegue reverter a situação”, declarou. Além disso, conforme o instituto percebeu, a Classe C, nesse período de maior aperto, tem adquirido mais dinheiro e/ ou cartão de crédito emprestado, comprando mais fiado, escolhendo as marcas e priorizando os gastos. Nova Classe A e B Meirelles também ressaltou que nos próximos anos, haverá uma mudança do perfil da Classe A e B. “Essas classes vão crescer mais do que a C. São pessoas que têm bolso de Classe A e B, mas cabeça de C. Serão mais exigentes e mais resistentes à crise”, declarou. Dados do Insti-

tuto Data Popular mostram que, em 2014, 23% da população era de classe alta; 56% média e 21% baixa. Os percentuais passarão para 34% alta; 58% média e 8% baixa. Aumento no Ceará De todas as classes sociais brasileiras, a única que gasta mais do que ganha é a C. Praticamente todo mundo está gastando o que ganha, porque esses 4% da classe DE significam muito pouco. De acordo com Christine, a classe C representa 41% da população brasileira, e seu endividamento colabora para a recente desaceleração do consumo. A classe C reforça o grupo de 52% das famílias que gasta mais do que ganha. No Estado do Ceará, dentro do número que gasta mais do que ganha, 27% estão “enforcados” e 25% se mantêm relativamente equilibrados - gastando pouco a mais do que ganham.

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INFLAÇÃO

Carne e tomate são os vilões do momento dizem as donas de casa

A

carne bovina, juntamente com o tomate e a cebola, está entre os itens que mais vem pesando na cesta básica do consumidor. Apesar de apresentar oscilações de preço que podem ser consideradas leves, quando comparadas às intensas variações dos hortifrútis, o alimento vem saindo até 18,67% mais caro em supermercados de Fortaleza, no comparativo entre janeiro e julho deste ano. Essa variação foi a constatada para o quilo do coxão mole, item que está entre os 20 pesquisados todos os meses pelo Diário do Nordeste, na série Dança dos Preços. A reportagem foi novamente a três estabelecimentos situados em diferentes bairros da Capital, no último dia 30 de julho, e comparou os valores obtidos com os que já haviam sido coletados nas últimas semanas dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho. Variação A variação de 18,67% foi verificada no supermercado A. Em janeiro, o quilo da carne custava R$ 21,90, valor que se repetiu nas pesquisas realizadas

em fevereiro, março e abril. Em maio, subiu para R$ 25,99 e em junho recuou para R$ 24,90, mantendo-se com o mesmo preço na última semana do mês de julho. A carne também está mais cara no supermercado C. Entre janeiro e abril, o quilo do coxão oscilou entre R$ 21,90 e R$ 22,99. Em junho, o alimento entrou em oferta e foi vendido por R$ 17,99, mas no último mês de julho alcançou o maior valor dentre todas as pesquisas já realizadas, atingindo R$ 23,49. O único local onde o alimento esteve mais barato foi no supermercado B, onde era vendido em julho pelo preço promocional de R$ 17,99. A alcatra também ficou 4,05% mais cara no

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supermercado A, no comparativo entre janeiro e julho, indo de R$ 26,90 para R$ 27,99, mas se manteve estável em um dos estabelecimentos e teve leve queda (-3,19%) no outro. Com a valorização do dólar, grande parte dos produtores estão encontrando mercados mais atrativos fora do País, o que tem diminuído a oferta nacional e impactado no aumento dos preços, afirma Gilvan Farias, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Eles estão preferindo exportar a produção de carne. Colocando boa parte da produção para fora e deixando pouca quantidade aqui”, explica Farias.


Frango O frango ainda sai bem mais barato que a carne bovina, mas já ficou até mais caro 8,34%, de janeiro a julho. Essa variação foi constatada no supermercado B, para o quilo do frango resfriado da marca Regina. Em janeiro o produto custava R$ 5,99 e em julho, de acordo com o preço coletado pela reportagem, era vendido em oferta por R$ 6,49, o quilo. Tomate Dentre os hortifrútis, o tomate, mais uma vez, registrou a maior variação de preços. O fruto teve aumento de preço de até 302,01% no comparativo entre

janeiro e julho. Outra hortaliça que vem se destacando como vilã é a cebola, que atingiu os maiores preços já constatados pela reportagem neste ano, nos supermercados B e C na última pesquisa, realizada em julho. No estabelecimento C, a variação encontrada entre os dois meses foi de 133,33%. No local, o quilo da hortaliça custava R$ 3,15, no primeiro mês deste ano. Após diversas oscilações, atingiu o valor de R$ 7,35 no final do mês de julho. A nova vilã A alta da cebola vem sendo ocasionada, dentre outros motivos, pela queda na oferta e na

colheita do alimento na região do Vale do São Francisco, principal produtora do Nordeste. Isso vem fazendo com que as importações de países como Argentina e Espanha se intensifiquem, o que acaba deixando o preço final mais caro para o consumidor. “Em agosto, pode dar uma resfriada, mas expectativa para o mês de setembro ainda é de preço alto. Só começa a aliviar mesmo em outubro, quando chega uma safra maior do Rio Grande do Sul”, prevê o analista de mercado das Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE). Com informações Diário do Nordeste

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ENTRE LINHAS

Supermercadistas encontram-se para não abrir aos domingos em 2016

Os supermercadistas têm procurado discutir um tema de grande impacto entre o empresariado, quando o tema é não abrir os supermercados aos domingos. Em sua grande maioria, concordam com o sistema, mas alegam que as grandes lojas não irão compactuar e fortalecer com a ideia. As centrais de negócios têm colocado em pauta e discutido os benefícios e os contras, em casa não abram aos domingos. O grupo de empresários, em julho, estiveram no Sebrae e abordaram o assunto e terão consultoria e acompanhamento após colocar em prática e analisar os impactos diretamente na sociedade.

Hermeto de Paula comemora mais data natalícia. Em um clima de comemorações, os amigos do saudoso Hermeto de Paula, prestigiaram-no por seus 59 anos classistas. O presidente da FCDL do Ceará, Francisco Freitas Cordeiro, saudou o homenageado. Coube ao presidente da FIEC, Beto Studart, entregar uma placa de prata em nome dos amigos e admiradores do consagrado colunista social Lúcio Brasileiro. Foi servido um fino coquetel, seguido de jantar aos convidados, que compareceram em grande número. A animação ficou por conta do conjunto Brasas Seis, sob o comando do José Maria Damasceno. “Por oportuno, homenageei o Jornalista Lúcio Brasileiro, que está completando 60 anos com sua coluna diária”, disse Hermeto

Aniversário Rede Parceria 12 Anos

A Rede de Supermercados completa mais de uma década e lança a campanha 12 Anos de Parceria fazendo economia. No período de 1 de outubro a 12 de janeiro, os mais de 16 associados e 30 lojas irão oferecer produtos com mais descontos e ofertas irresistíveis. Confira algumas fotos do evento de lançamento.

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CAPA CEARÁ

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

C

rise em português, distinção, decisão, sentença, juízo, separação. É um conceito utilizado na sociologia, na política, na economia, na medicina, na psicopatologia, entre outras áreas de conhecimento. ... “Pois, sem cenário doutrinário de Governo não existe econometria, como sem guerra e combate não existe a batalha, como sem rumo não existe a navegação”. (Filósofo - professor e Doutor em Econometria Mario Henrique Simonsen). De uma simples leitura de seu significado, para muitos não existe, mas para maioria da população do país é o maior temor dos tempos.

Globalização, tecnologia, inovação, educação, investimentos, todos os substantivos utilizados para ir de encontro à Crise serão insuficientes para dizer que não está ou nunca esteve em uma turbulência econômica. Quando falamos da economia do Brasil. No primeiro trimestre já era possível ouvir bater à porta as palavras: demissão, recesso, fechado, vende-se. Mas, em contramão, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará apresentou avanço de 1,05% no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014. O desempenho do Estado ocorre em um cenário nacional de retração, no qual a economia do Brasil registrou

queda de 1,6%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o Estado aponta outro número positivo: 3,10% de alta. Para o fechamento de 2015, a previsão é de crescimento de 2% do PIB. A tendência de expansão acima da média nacional está mantida e reforçada na primeira estimativa de PIB do Governo do Estado, Camilo Santana. Os números foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará (Ipece). Segundo o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, o resultado decorre principalmente da expansão das atividades relacionadas ao setor de turismo e servi-

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CAPA CEARÁ

ços públicos governamentais (3,29%). Setores como comércio e indústria de transformação tiveram retração. O Ceará conseguiu segurar a queda da atividade econômica no Estado, diferentemente do que aconteceu em outros estados e no país. Isto se deu como resultado da dinâmica de setores relacionados ao turismo, especialmente ‘transporte’ (0,93%) e alimentação e alojamento (3,03%), além dos serviços da administração pública. Quanto às perspectivas do Estado para este ano, o coordenador das Contas Regionais do Ipece, economista doutor Nicolino Trompieri Neto, acredita que, mesmo num ambiente de incertezas da economia brasileira, o Ceará deverá ter um saldo em torno de 2%. O cenário macroeconômico nacional não é dos melhores. Setores apresentam retração ou sinais de estagnação. No

Ceará há resistência. Segmentos como imóveis, automóveis e varejo têm puxado o crescimento se comparado com o País. Os números de vendas caem pelo Brasil, mas no Estado a redução é menor. Questões ligadas aos hábitos de consumo, fé na retomada do crescimento e ao tipo de economia que predomina no Ceará, como o setor de serviços, alimentação e varejo impulsionam um cenário menos adverso em relação ao quadro nacional.

demitindo que contratando, o setor supermercadista, que até então vinha na contramão, agora começa a ser impactado. Atividade forte com representatividade de 14,4% tem sustentado, pelos menos nos últimos quatro anos, a economia cearense. Deverá continuar a crescer, mas a um ritmo menor. Muito ligado à conjuntura econômica do País, diz a economista, Eloisa Furtado, especialista do IPECE.

Para os supermercadistas, isso se deve ao planejamento. Os supermercados atrelados às Redes de Negócios mantêém a estabilidade de compra e venda, mesmo no período de recessão e de menor fluxo nas lojas. Mas, alguns especialistas dizem que as vendas são decorrentes da execução de orçamentos do ano passado. Em um cenário de crise econômica em que os setores estão mais

A produção industrial cearense teve o pior desempenho entre 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução do ritmo observada entre março e abril de 2015 foi de 7,9% no estado. Além do Ceará, caíram também Bahia (-5,1%), Amazonas (-5,1%) e Pernambuco (-4,6%).

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Queda na indústria


Segundo o IBGE, se comparado ao mesmo período de 2014, o Ceará também apresentou um dos piores desempenhos com uma retração de 14,7%. O estado ficou atrás apenas do Amazonas (-19,9%), mas o Nordeste, como um todo, apresentou queda em todas as comparações apontadas pela pesquisa do IBGE. Serviços se consolidam O setor de agropecuária foi o que apresentou maior crescimento (20,31%), cinco vezes superior ao crescimento nacional (4%). Em seguida, aparece o setor de serviços com índice de 0,73%. Por representar a maior fatia da economia cearense, o setor de Serviços se mantém como principal alavancador do PIB do Estado. Segundo dados do Ipece, o setor representa 73,8% da economia cearense, seguido de indústria (22,8%) e agropecuária 3,4%. “O caminho será pelo lado do investimento e não pelo consumo, pois as famílias estão no nível máximo de endividamento. Se você tem uma política de ajuste fiscal em nível nacional, isso influencia”, explicou Alexsandre Cavalcante, técnico responsável pelo setor de serviços do Ipece. Turismo, Varejo e Transporte são os principais responsáveis pelo índice positivo. Com relação à indústria, que registrou decréscimo (2,5%), mas ainda se manteve superior à nacional (-3%), Witalo Paiva,

técnico responsável pelo setor no Ipece, aponta como perspectiva de crescimento a disposição do Governo do Estado em estimular o setor privado a investir. “Com as possíveis concessões públicas, podemos mudar os rumos para um ambiente favorável”, avaliou. Nova queda O (PIB) brasileiro, soma de tudo o que é produzido no país, recuou 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano,

informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB recuou 2,6% no segundo trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas de 39 casas, que previam desde queda de 3,10% até baixa de 1,10%, com mediana de -2%. Recessão O País entra em recessão técnica oficialmente ao encolher mais do que o esperado no se-

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CAPA CEARÁ

gundo trimestre, com diminuição da atividade da indústria, serviços e agricultura, além de queda dos investimentos. Pela pesquisa semanal Focus do Banco Central, a projeção é de que o PIB encolherá 2,06% este ano e 0,24% em 2016. Se a previsão for confirmada o resultado de 2015 será a pior recessão do país desde 1990. Fortaleza: a 5ª maior do País Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado no “Diário Oficial da União” aponta que o Ceará tem 8.904.459 habitantes. Fortaleza, segundo o instituto, tem 2.591.191 habitantes, o número torna a capital cearense a quinta mais populosa do País, ficando atrás apenas de São Paulo (11.967.829), Rio de Janeiro (6.476.631), Salvador e Brasília. Brasil Os dados se referem a julho de 2015; de acordo com o IBGE, atualmente o Brasil tem 204.450.649 habitantes. Em 2014, o instituto havia estimado a população em 202 milhões. O estado mais populoso, segundo o levantamento, é São Paulo, com 44.396.484 pessoas. Roraima é onde vivem menos habitantes, 505,6 mil. O segundo estado de maior população é Minas Gerais, com 20.869.101. Depois vem o Rio de Janeiro, com 16.550.024.

O que pensam “O Ceará tem um enorme potencial de crescimento; mesmo representando apenas 2% do PIB Brasileiro, o PIB Cearense tem sido melhor que o do Brasil por sete anos consecutivos. Em 2014, o Ceará cresceu 4,36% e o Brasil 0,1%. O setor de serviços é responsável por mais de 70% da economia local. Acredito na criatividade e no otimismo do empresariado cearense, que está investindo na qualificação de seus colaboradores e na divulgação de novos produtos. É assim que se vencem a crise, criando soluções, criando novos produtos, novos mercados e divulgando, conseqüentemente vendendo mais, gerando mais empregos, mais impostos, mais qualidade de vida aos cearenses”.

“Em regiões como o Nordeste, o crescimento dos agentes de distribuição ocorre em ritmo duas vezes maior do que nos grandes centros, o que reforça a tendência, já identificada em anos anteriores, que aponta as cidades médias como os principais motores do desenvolvimento. Isso significa que a região vem mantendo seu ritmo de crescimento, apesar da crise que atravessa o país, e analistas avaliam que uma mudança de cenário é improvável para 2015”.

Linconl Nogueira, Diretor da Azul Comunicação

José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e diretor da Jotujé Distribuidora.

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PERGUNTAS & RESPOSTAS para Futuros Empreendedores

Se você está pensando em empreender, reserve um tempo para responder a alguns questionamentos levantados pelo “The Wall Street Journal” em um guia para futuros empreendedores 1. Qual meu nível de entusiasmo 3. Tenho capacidade para tomar decisões? com o projeto? A fase de start-up é estressante. Sua animação em relação ao negócio é frequentemente a diferença que conquista os clientes e os investidores e favorece a conclusão de negócios. Não será prudente você iniciar a carreira de empreendedor se não tiver um zelo que lhe permita enfrentar os momentos difíceis e o mantenha interessado bem depois que o entusiasmo inicial tiver desaparecido.

Ninguém poderá tomá-las por você. Importante lembrar: a tendência é que a tomada de decisões fique ainda mais difícil com o passar do tempo, com mais funcionários e clientes dependendo de você. O sucesso ou fracasso de sua empresa vai depender de suas escolhas.

2. Qual é a minha tolerância ao risco? 4. Estou disposto a assumir muitas responsabilidades? Começar um negócio, absolutamente, não é para quem tem o coração fraco. Mesmo que se tenha paixão suficiente, inúmeras circunstâncias podem acelerar o seu fracasso: uma localização que não se revele ideal, um problema com a prefeitura sobre o zoneamento ou um obstáculo na cadeia de suprimentos. Não há garantia de sucesso. Se você tem aversão ao risco, é provável que um negócio próprio não seja o melhor caminho para você.

Enquanto o funcionário de uma empresa se preocupa em cumprir uma função específica na empresa, o dono tem de estar atento a todos os aspectos do seu negócio. É preciso colocar a mão na massa, ter noção de finanças, de marketing, de contabilidade. Se você é avesso a esses malabarismos, é provável que seja avesso a empreender.

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MELHORES EMPRESAS

Seis empresas locais entre as

melhores para trabalhar no País

P

articipação de companhias cearenses na lista nacional de melhores empresas para trabalhar se reflete diretamente no mercado local

cionamento do cliente. A gente fica orgulhoso, mas o que nos move é o retorno que vem da nossa equipe pra gente. Nossa meta é manter a confiança na gente”, analisa.

Seis empresas cearenses foram contempladas na lista nacional do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar (Mept). Trata-se de uma realização do Great Place to Work (GPTW). No Ceará, conta com parceria do Grupo de Comunicação O POVO, com o apoio do Instituto FA7. Ficaram na lista Café 3 Corações, Mercadinhos São Luiz, B&Q Energia, Ibyte, Ceneged e DAG - J.SLEIMAN.

A Ceneged, que presta serviço no setor energético no Ceará, Piauí e Pernambuco, participou na categoria de empresa até 999 funcionários. Ficou em 8º lugar na lista nacional. Layla Colares, analista de Recursos Humanos da empresa, lembra que é a quarta vez que está entre as melhores do País.

Severino Ramalho Neto, presidente dos Mercadinhos São Luiz, ressalta que tem sido um grande aprendizado participar desta seleção. “É um feedback sensacional. Começamos a melhorar a cada dia. Também se traduz em melhora do rela-

‘Trabalhamos de forma voltada à valorização das pessoas, proximidades dos gestores da empresa junto aos colaboradores. A gente se preocupa muito “como” a gente vai fazer, não só o que a gente faz. A gestão de pessoas é sempre de proximidade, de dar ideias, compartilhar tudo. O cotidiano da empresa é que constrói esse

equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, ressalta. O Ceará ganha visibilidade com essas conquistas das empresas. É o que destaca a diretora da regional Ceará do GPTW, Mariza Quinderé. Para ela, é uma mostra que a nossa economia está buscando melhoras no ambiente de trabalho, consequentemente, empresas têm melhores resultados. “As 50 melhores empresas para trabalhar no Ceará juntas faturaram mais de R$ 14 bilhões em 2013. O crescimento foi em média de 14%, sobre o ano anterior. A gente tem uma certeza que os bons resultados são diretamente influenciados pelo investimento na gestão de pessoas”. O coordenador do GPTW no Ceará, Raimundo Padilha, ressalta a importância de empresas cearenses estarem no ranking nacional. “Não basta só aderir. O importante é que um número maior atingiu pontuação para ser listada. Dentro dos critérios internacionais concebidos pelo GPTW, cresceram de importância. Nossas empresas tem conseguido competir nacionalmente”. Para Cliff Villar, coordenador de projetos especiais do O POVO, o desempenho das empresas cearenses se reflete diretamente no mercado. “Tudo isso significa o amadurecimento do empresariado local”.

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POESIA E LIVRO

Espaço poético

Soneto O SERTANEJO

Como admiro o sertanejo que consegue a seca sobreviver tirar seu sustento da terra e ver em seus sonhos muito verdejo Aqueles que a terra abandona em busca de novas pastagens há de fazer muitas viagens numa empreitada insana O mais importante porém é a sua vontade de viver bem e ver a sua família amparada Por isso passa a vida lutando e com muita garra vai conquistando e pouco a pouco, ganha a parada. R C BANDEIRA ANINHA E SUAS PEDRAS Não te deixes destruir ajuntando novas pedras e construindo novos poemas Recria tua vida, sempre, sempre. remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça Faz da tua vida mesquinha um poema e viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos toma tua parte vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. CORA CORALINA.

Dica de livro Gostaríamos de indicar o poeta Augusto dos Anjos, que escreveu um único livro em vida, “EU”, após sua morte, foi publicado EU E OUTRAS POESIAS. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d’Arco, Paraíba, em 20 de abril de 1884 e faleceu em 12 de novembro de 1914, em Leopoldina, Minas Gerais. Augusto dos Anjos foi um dos precursores da poesia moderna, muitas vezes apontado como simbolista ou parnasiano. Muito lido e admirado no meio literário, sua poesia é motivo de estudo até os dias de hoje. Este é um de seus poemas mais conhecidos: VERSOS ÍNTIMOS Vês! ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera somente a ingratidão - esta pantera foi tua companheira inseparável Acostuma-te à lama que te espera! o homem que nesta terra miserável mora, entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera Toma um fósforo, acende teu cigarro o beijo, amigo, é a véspera do escarro a mão que afaga é a mesma que apedreja Se a alguém causa pena a tua chaga apedreja esta mão que te afaga escarra nesta boca que te beija. AUGUSTO DOS ANJOS POEMA DOS BECOS E ESTÓRIAS DE GOIÁS. Cora Coralina era o pseudônimo usado por ANA LIMA DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS, nascida em 20 de agosto de 1889 e falecida em 10 de abril de 1985. Poetisa e contista, considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, uma leitura leve e sempre ressaltando as coisas da sua terra e do nosso Brasil.

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SÃO JOÃO DA REDE

Rede Uniforça comemora

arraiá com associados

A

Rede de Supermercados Uniforça promoveu o Arraiá de São João para os associados, que tem em sua visão consolidar a liderança no mercado cearense e estar entre as melhores distribuidoras do Brasil, sendo socialmente responsável e contribuir com o desenvolvimento da região. A Rede soma 32 associados e 48 lojas em todo o Estado. Em clima junino, os clientes foram recebidos com muitos brindes, pescaria, quentão, comidas típicas, apresentação de quadrilha junina e muito arrasta-pé. Já faz algum tempo que o Supermercado realiza este divertidíssimo atendimento que chama a atenção dos associados e que faz ele se sentir cada vez mais satisfeito em meio a animação e comemorações. Em todo o ano, a rede proporciona momento de lazer, principalmente datas comemorativas. Tradicionalmente esta alusão ao cenário caipira e festivo de junho fez toda a diferença, apresentando, desta forma, um crescimento significativo no setor, encorajando o consumidor a investir animadamente nos produtos juninos, mesmo em época de crise; afinal, este é o resgate que os Supermercados da Rede Uniforça fazem para também comemorar o suces-

so dos negócios e a ampliação do mercado, estendendo até as principais cidades do interior. O presidente da Rede, Nidovando Pereira, destacou a forte atuação da rede e os novos caminhos a trilhar no decorrer do ano. Em um breve parêntese, abordou os fatores da crise econômica, mas que estão criando mecanismos e campanhas para que não sejam pegos de surpresa no futuro. “O momento é de descontração, mas precisamos citar alguns pontos que discutimos em nossa rede. Nossas comemorações são sempre em família, nos unem e fortalecem os laços. Este é o propósito”, diz.

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MACIÇO DE BATURITÉ

Supermercadistas debatem atuação na região de Baturité.

C

om o objetivo de formar um grupo de empresários supermercadistas para o desenvolvimento de um modelo de gestão moderna e eficiente na região do Maciço de Baturité, o SEBRAE Baturité promoveu o encontrou e proporcionou maior visibilidade de mercado, negócios e gestão através de palestras e cursos de capacitação, visando a construção de empreendimentos sustentáveis, utilizando ferramentas eficientes para a gestão, comercialização, marketing, qualidade, produtividade e competitividade dos bens e serviços nos diversos segmentos da economia. Para o empresário Antônio Alves da Costa, o momento é propício para ampliar as arti-

culações da região com demais cidades e Capital, além da troca de informações entre os varejistas e aplicação de boas práticas do setor de tecnologia aos negócios. Na pauta, temas como “Sistemas de Gestão: Vantagens e uso da informatização”, apresentado pelo palestrante, Rudi Appio; “Processos para supermercados: A importância dos processos no dia-a-dia das empresas”, com o palestrante e Wagner Cesar; “Redução de perdas para aumento da competitividade das empresas”, pelo palestrante Haroldo Ribeiro, e “O novo cenário nas Redes de Supermercados a Gestão Empresarial nas Centrais de Negócios”, ministrada pelo diretor da Revista Nosso Setor, Antônio Vieira.

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Segundo Vieira, os encontros devem virar rotina e discutir pontos de melhoria e expansão dos negócios na região. “Entre umas das mais importantes regiões e próximo da Capital, o maciço sempre foi destaque pelo seu desempenho nos negócios e inovações dos empresários. Existem grandes visionários com o propósito de ampliar seus negócios e oferecer qualidade e inovação. O que já acontece nos bairros em Fortaleza”, disse. O evento contou com um ciclo de palestras e uma exposição de equipamentos de inovação tecnológica, realizados nas instalações do CDL local. Além desse momento, os que aderiram ao Programa terão horas de consultoria personalizada em suas empresas e acompanhamento


dos indicadores de desempenho pela equipe do Sebrae. Haroldo Ribeiro, consultor do SEBRAE que foi contratado para conduzir o programa, ressaltou que a receptividade foi muito positiva e se surpreendeu com a presença de quase 100% dos convidados. “Na fase seguinte do Programa, vamos estar junto com cada uma das empresas participantes, discutindo oportunidades e avanço de seus negócios”. Em sua tese, o palestrante e consultor do Sebrae, Haroldo Ribeiro, argumenta: “Quando temos um problema devemos sempre pensar “como seria a condição ideal?”, ou seja, como seria se não tivéssemos o problema. A lógica é a seguinte: Você resolveu um problema. Você desenvolveu um conhecimento. Logo, você deve fazer

uma replicação horizontal. O que você vai fazer com o resultado é muito mais importante do que o valor do resultado. Quando fazemos alguma melhoria, sempre achamos que estamos “crescendo”, quando muitas vezes estamos somente “voltando à condição inicial” Ninguém melhor que o próprio operador para fazer o primeiro diagnóstico de falha e apropriar adequadamente as perdas”.

úna, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia e Redenção.

“O crescimento foi percebido e está sendo trabalhado pelos nossos analistas; tanto que o número de inscritos para este encontro superou nossas expectativas”, afirma o empresário Carlos Alberto. A região do Maciço de Baturité é formada pelos municípios de Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Caridade, Guaiúba, Guaramiranga, Itapi-

Para Cleudo Uchôa do Mercadinho Boa Vista, “O material apresentado nas palestras foi muito bom e discutiu a realidade do nosso negócio. Acima de tudo, foi motivador para que a gente continue melhorando”.

Para o Francisco Edson do Mercantil Avenida, “Achei o evento muito proveitoso e esclarecedor de nossas dúvidas. Ao longo das palestras, podemos identificar erros que cometemos no dia-a-dia que não conseguimos enxergar. Quando a gente sai de dentro da operação consegue ver muito melhor”.

Um novo encontro será agendado para dar sequência à atuação do Grupo e quais ações devem ser colocadas em prática.

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SEBRAE IGUATU

Maior fortalecimento nas Centrais de Negócios é tema no

2º Encontro de Supermercados e Mercadinhos de Iguatu

C

om o objetivo de fomentar o associativismo e as possibilidades de buscar ferramentas em comum que possam assegurar a expansão do varejo na região Centro-Sul, o Sebrae Iguatu realizouo II Encontro de Supermercados e Mercadinhos. Como um dos pólos de destaque em negócios e indústria, o município concentra a maior parte do comércio e volume de negócios e empregos gerados. O encontro através das palestras mostrou as tendências de gestão empresarial nas centrais de negócios fazendo um paralelo entre o ontem, hoje e amanhã na administração das redes.Representantes das Redes Amig (Associação dos Mercadinhos Iguatuenses), da Super Rede Icoense e também da Rede Uniprobel estão à frente da ampliação do mercado e na

busca de mais benefícios para a categoria, como o fortalecimento das redes de negócios. O encontro, que foi organizado pelo Escritório Regional do Sebrae, ali representado pela analista Lenilde Chaves, teve como ponto alto a apresentação do Modelo Minimercado Conceito, anteriormente apresentado na feira da ABAD (Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores) 2015, sendo também explanado para os demais ouvintes. O palestrante William Bezerra, gerente comercial da Rede Brasil de Negócios, apresentouo Projeto da Rádio Interna AP3 para supermercados.Na seqüência, o Sr. Antônio Vieira, diretor da Revista Nosso Setor, apresentou a palestra com o tema “O Novo Cenário nas Redes de Supermercados – A Gestão Empresarial nas Centrais de Negócios”.

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Segundo Antônio Vieira, o perfil da empresa sustentável com inovação e criação, reação diante do novo cenário de crise econômica, criatividade no atendimento ao cliente, inovação na arte de vender e como alcançar sucesso e bons resultados com novas estratégias são pontos que devem ser colocados em prática pensando na melhoria do atendimento e na qualidade do serviço. Para o Sebrae, é importante estimular a cultura da cooperação, que tem provado ser de vital importância para o fortalecimento dos pequenos empreendimentos. Basicamente, o associativismo reúne empresários que se unem para poderem tornar seus negócios mais competitivos e terem condições de reagir, com eficiência, a uma tendência de concentração de mercado. O tema do fortalecimento das


centrais de negócios tem sido debatido incansavelmente pelos empresários, visto o maior benefício ser a realização de compras em conjunto e o prazo de pagamento aos fornecedores. “Tem sido o maior

gargalo para os comerciantes locais. Precisamos manter um estoque muito grande de produtos, porque não temos prazo suficiente e dentro da realidade da região”, completa Augusto Gutemberg.

Participar de uma Central de Negócios possibilita ao pequeno empresário: 4

Redução de custos.

4

Obtenção de melhores preços.

4

Contratação de serviços em conjunto.

4

Aumento do poder de negociação.

4

Acesso à mídia/propaganda.

4

Exportação e compra em conjunto.

4

Criação de uma rede com identidade própria.

4

Acesso a informações.

4

Planejamento de ações de venda.

4

Capacitação de equipes.

4

Planejamento de marketing conjunto.

4

Centralização da distribuição.

4

Formatação de lojas.

4

Padronização da marca.

4

Obtenção de melhores condições para linhas de crédito.

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ARTIGO

A pessoa compra

menos porque teme o dia de amanhã

T

odos os gráficos que eu olho não mostram queda do amor dos filhos às mães. O problema é que faltou dinheiro mesmo na hora de comprar o presente. O amor não está diminuindo, mas o dinheiro no bolso, sim. E esse é que é o problema.

tram carros, motos, material de construção – deu 10,5%. São muito ruins.

Na verdade, quando comparamos com 2001 – que foi o ano do apagão –, a economia vinha muito bem em 2000, em 2001 com o apagão caiu a economia e foi para níveis recessivos. Desde então nunca houve queda de maio em relação a abril tão grande. Normalmente em maio cresce por causa do Dia das Mães – que é o segundo melhor mês de vendas.

A crise está pegando a economia como um todo. Mas, especificamente no comércio, o que mais afetou para se chegar a esse resultado tão ruim? É a ponta que sente o efeito de tudo isso que está acontecendo com a gente. É um círculo vicioso.

Os dados do IBGE mostram o varejo simples e o varejo ampliado. E o varejo normal, o comércio varejista teve uma queda de 4,5% em relação a maio do ano passado. Mas o varejo ampliado – em que en-

E a expectativa é que esse ano continue negativo, mesmo melhorando algum mês, que o ano termine com vendas no varejo menores do que no ano passado.

A inflação subiu, comeu um pouco da renda. Teve um tarifaço de energia, parte da renda foi comprometida com o pagamento dessa conta. Aí os juros subiram, então ficou mais difícil refinanciar a dívida, você gastou mais com a dívida. Então, isso tudo tornou a renda disponível – um conceito que os eco-

nomistas usam para compras em geral que o consumidor pode escolher ou adiar – ficou menor com tudo isso. E, além disso, o desemprego – mesmo que não afete diretamente aquela família – ele paira sobre a economia como um medo de que ele pode ser o próximo. Então, a pessoa compra menos porque teme o dia de amanhã. Então, tudo isso vai bater exatamente no varejo.

Miriam Leitão, Economista, Comentarista e Palestrante

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EMPREENDEDORISMO

Gelato italiano nas mãos tipicamente cearenses

U

m pedaço do sabor italiano no Ceará. Todo o ambiente foi criado para emocionar e transformar a degustação dos sorvetes em momentos especiais. Eles são criativos e preparados com os cuidados necessários para a saúde, como a exclusão do leite para aqueles que têm intolerância, assim como a retirada dos corantes para os que não podem provar por terem alergias. E a elaboração sem gorduras pensando nos diets. Mas, com isso, o gelato servido na capital cearense ganha com sabores diversos, frescor e cremosidade. Sorvetes incrivelmente mais refinados e delicadamente palatáveis. Um dos empreendedores no ramo do gelato é o casal Andrea Bellucci e Afra Coledette Alencar, com a loja Bellucci L’Artigiano del Gelato. Ele é italiano e ela é cearense, do Cra-

to. Ela tinha um sonho. Queria ser estilista porque já havia descoberto as habilidades necessárias. Foi aprofundá-las na Anhembi Morumbi, São Paulo. Logo que concluiu o curso partiu para Firenze, Itália, para fazer a Academy Italiana. Mas queria ampliar seus conhecimentos de inglês e partiu para a Irlanda. No avião conheceu Andrea, que viajava de volta para seu trabalho na Irlanda, onde era consultor em Matemática Financeira. No avião se apaixonaram perdidamente. Moraram juntos por um ano. Os dois deixaram o que vinham realizando profissionalmente. Foram para a Itália, onde o gelateiro concluiu seu curso na Universidad do Gelato. Na universidade conheceu Paulo Zanettoni, que está no Bellucci com o casal, na elaboração dos sorvetes. Outra novidade na capital, a gelateria Barney’s Ice Dream oferece um produto típico da

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Itália, o gelato. “Essa ideia do sorvete veio antes do hambúrguer, mas acabamos abrindo a lanchonete antes”, conta um dos sócios da casa, Marcelo Pimentel. O empresário também detém a marca Barney’s Burger. Agora, depois de amadurecer, a casa abre, segundo Marcelo, com um projeto mais trabalhado. A decoração é baseada nas sorveterias europeias da década de 1950, pincelada de elementos norte-americanos. “Quem teve a experiência de degustar o gelato na Europa vai ter a mesma sensação aqui”, garante o proprietário. O conhecimento acerca da fabricação de sorvetes foi adquirido durante os anos em que Marcelo abastecia as sorveterias da cidade com os principais insumos do produto, como o cacau. “Foi daí que tive a ideia de abrir uma sorveteria diferente, com inspiração nas italianas”.


EMPREENDEDORISMO

Paletas mexicanas e os novos

empreendedores cearenses

A

s paletas mexicanas caíram no gosto e se tornaram a nova “febre” gastronômica de Fortaleza, cidade de clima quente e propício para o consumo de sorvetes e picolés o ano inteiro. Depois de se consolidar nos mercados do Sudeste e Sul, os cearenses resolveram investir no gelado que é bem maior do que um picolé normal e à base de frutas. Depois de uma viagem de lazer para o México e de provar a paleta original, o casal Leonardo Melo e Priscilla Coelho teve a ideia de produzir o picolé em Fortaleza. “Lá é muito tradicional, é uma coisa até familiar. Achamos aquilo incrível”. A “El Mustache” se caracteriza como a legítima paleta mexicana. Isso devido às pesquisas de via-

gens ao México que os sócios fizeram. Segundo Leonardo, a ideia é fazer a legítima paleta utilizando sabores da tropicalidade. A procura e aceitação surpreendeu os empresários, que já pensam em novos sabores para o próximo verão. Segundo Leonardo, algumas matérias-primas são importadas para que os sabores fiquem como o da receita legítima. Além da diferença no tamanho, as paletas podem ser frutadas, quando levam pedaços de frutas, cremosas, com creme de leite, ou recheadas, com brigadeiro, leite condensado, doce de leite ou calda de morango, por exemplo. As paleterias também oferecem opções alcóolicas do gelado, geralmente, com limão e tequila.

Expansão De olho na movimentação do mercado cearense e do crescimento de paleterias na cidade, a marca El Paleto faz parte do grupo empresarial que também detém dos direitos da Frutbiss. A proposta é levar novos sabores, unindo o sofisticado ao regional. A marca ganha força e segue para estados vizinhos, como Paraíba e Rio Grande do Norte. Os mais procurados são o de Chocolate Belga, Doce de Leite, Morango com leite condensado, Coco, Pistache, Iogurte com Frutas Vermelhas, Castanha, Kiwi, Morango e Abacaxi.

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INOVAÇÃO

Crise econômica

aumenta as chances de superendividamento

E

les chegam a ter até dez cartões de crédito. Usam o rotativo de cada um deles, como se fosse um complemento da renda, sem pensar nos juros. Também não se importam em ultrapassar o limite do cheque especial quando o orçamento aperta, sobra mês, e falta salário. Alguns têm dívidas que equivalem a 100% do salário, o que faz com que percam a capacidade de se sustentar. Os especialistas em finanças classificam esse grupo como superendividados. Em momentos de crise da economia, como o atual, com perda de renda, juros e inflação em alta, mais gente corre o risco de entrar para essa turma, alertam especialistas. E isso não depende da classe social, mas sim do comportamento em relação às finanças. - Sempre aparece mais gente com problemas de superendividamento em momentos de conjuntura econômica adversa. Este ano, temos recebido mais jovens, gente que acabou de entrar no mercado de trabalho, recebeu oferta maior de crédito e acabou utilizando sem nenhum critério - diz Ivete Maria Ribeiro, diretora executiva do Procon de

São Paulo, que mantém um Núcleo de Superendividados. ROTATIVO É UM DOS VILÕES O especialista em investimentos do banco Ourinvest, Mauro Calil, alerta que a principal porta de entrada para o superendividamento é o uso indiscriminado do rotativo do cartão de crédito e do limite do cheque especial. Quem utiliza essas modalidades de crédito pré-aprovado como complemento da renda tem mais chances de se tornar um superendividado. Não por acaso, são as linhas que cobram as maiores taxas de juro do mercado. Uma simulação feita pelo diretor de estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, mostra que um cliente de banco que usa o limite de R$ 1 mil do cheque especial durante um ano vê sua dívida se transformar em R$ 3.321,17. Os juros anuais equivalem a 232%. Para quem utiliza os mesmos R$ 1 mil no rotativo do cartão de crédito, sem fazer nem o pagamento mínimo, o estrago é ainda maior. Em três anos, a dívida se transforma em impressionantes R$ 97.609,15, o bastante para comprar um carro de luxo.

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- Parece óbvio, mas muita gente não faz o básico: poupar uma parte do salário para emergências, como uma doença ou perda de emprego, e gastar menos do que ganha - diz Calil. Um funcionário público de 52 anos, que prefere não se identificar, nem se lembra de quando começou a utilizar o limite do cheque especial como complemento da renda. Ele conta que chegou a dever para dez bancos. Quitava parte da dívida com uma instituição, mas se enrolava com outra. Chegou a um ponto em que perdeu o controle. Entrou em depressão e foi afastado do trabalho. Hoje, nem sabe exatamente quanto deve, mas passa de R$ 300 mil. Na semana passada, ele estava em busca de ajuda no Núcleo de Superendividados do Procon-SP e até ganhou diploma de participação na palestra Dúvidas e Dívidas. - Fiquei endividado e recolhido. Agora resolvi procurar ajuda diz o funcionário público. O bom senso recomenda que as pessoas não tenham dívidas acima de 30% de sua renda, dizem os especialistas. Também é essencial ter uma poupança que fique, no mínimo, entre seis meses e um ano do salário, diz Patrícia Cotti, coordenadora da


Academia do Varejo, do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). O montante permite quitar dívidas e manter o sustento, em caso de desemprego, sem usar o cheque especial. Segundo ela, o ideal é que a pessoa guarde todo mês entre 10% e 15% do salário para chegar a essa reserva. - Quem faz planejamento financeiro tem risco menor de se tornar superendividado - diz Patrícia. Uma pesquisa da SPC Brasil, empresa que acompanha operações de crédito realizadas por empresas, e do portal Meu Bolso Feliz, mostrou que existe outro caminho para o superendividamento. O levantamento, feito em todo o país, apontou que

79% dos entrevistados fazem compras usando crediário das lojas, mas nem sempre sabem quanto pagam de juros. - O que importa é se o valor da parcela cabe no bolso, não o valor final do produto. Com isso, muita gente perde a noção dos gastos, compra por impulso e acaba no superendividamento diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. MUDANÇA DE COMPORTAMENTO Para ela, quem chega a essa situação precisa de uma mudança radical de comportamento. Parar de consumir acima de sua capacidade e até vender coisas, como o carro, para quitar dívidas com juros altos, antes que estas virem uma bola

de neve. Quem não consegue quebrar esse ciclo pode buscar ajuda de especialistas. No Rio de Janeiro, a Comissão de Tratamento e Prevenção ao Superendividamento, que faz parte do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública, presta atendimento a superendividados. Em São Paulo, o Procon ajuda até a negociar as dívidas com os credores. No segundo semestre, esse atendimento será feito também pela internet. - Nossa expectativa é que a procura triplique - diz Diógenes Donizete, coordenador do Núcleo de Tratamento do Superendividamento Fonte: O Globo

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CAFÉ COM CONVIDADO

Rainha do Pão de Queijo:

Uma história de paixão e negócios As marcas Delícia Mineira e Gosto Mineiro são líderes no Nordeste e receberão novos investimentos. Polvilho doce, leite, ovos e queijo. Esses são os principais ingredientes de uma receita muito conhecida dos mineiros, o pão de queijo, que ganha adeptos pelo país. É verdade que cada família tem a sua receita, mas a fama e a tradição do quitute são reconhecidas nacionalmente. Consumido a quase qualquer hora do dia, o pão de queijo virou tema para novos negócios. Há 19 anos, a vendedora Elen Brito Maia, 47 anos, durante um chá da tarde com suas amigas em casa, apresentou sua iguaria e recebeu aprovação unânime. Aos poucos a produção foi chegando aos vizinhos, aos amigos, à cantina da escola, à lanchonete

da esquina e aos prédios comerciais em volta da sua residência. A proporção foi aumentando e a necessidade de investir também. Assim, ampliou sua área da cozinha e sua produção devido à crescente demanda. Com uma receita “secreta”, a conhecida Rainha do Pão de Queijo no Ceará continua emitindo o mesmo carisma, determinação e visão de crescimento, para que os negócios cheguem a outros estados fora do Nordeste. “Me preocupo em garantir que a re-

“Começamos do zero e na cozinha de casa. Eu fazia, eu degustava, eu vendia, eu comprava matéria-prima”.

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ceita não se altere. Estou todos os dias na linha de frente da fábrica e faço questão de experimentar os pães de queijo”, conta Elen Brito. Com atuação nos estados de Ceará, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, as marcas Delícia Mineira e Gosto Mineiro, produzidas pela empresária Elen Brito, a levam para a liderança no segmento e geram cerca de 100 empregos diretos e 300 empregos indiretos. Neste ano, uma sede foi aberta em Recife para contribuir com a logística de distribuição para estados vizinhos e assim diminuir o tempo de transporte do produto. No início da produção ela fazia cerca de 20 quilos de pão de queijo por semana e atendia apenas aos pedidos. Com a indi-


cação das amigas os pedidos aumentaram e foi o que mais pesou no quesito clientela. “Um comprava, gostava e indicava para os demais. Coloquei o nome de “Pão de Queijo Delícia Mineira”, por ser feito em casa de maneira artesanal”, relembrou. A empresária, vendedora, gestora e mãe conta como concilia a rotina dos negócios e a família. Elen Brito fala ainda da abrangência de mercado, as possibilidades de novos negócios e investimentos para os próximos anos. Confira a entrevista durante o Café com Convidado, que tem o apoio do Hotel Meridional e Pomar da Polpa. Revista Nosso Setor: Como surgiu a ideia de montar um negócio que até então era uma receita caseira e logo depois se tornou o carro-chefe da família e dos negócios? Elen Brito: Na época era apenas uma vendedora na área de varejo. Sempre recebi amigos em casa e persuasiva em mostrar meus dotes culinários. Em uma tarde, durante um chá, servi pão de queijo caseiro, após aprender durante minha estada em Minas Gerais, o qual sou grata por conhecer um Estado tão rico e merecedor de tantas histórias. Acompanhando meu marido,

que é mineiro e me presenciou em todas as manhãs, debaixo de um alpendre, sentada cortando e ralando quilos de queijo e depois colocando a mão na massa, literalmente, e com o seu apoio fui comercializar o pão de queijo na escola onde meu filho estudava, aos vizinhos e nas portarias dos prédios no centro de Fortaleza. A priori era apenas um café e passou a ser um negócio e estou no ramo alimentício há 19 anos. Antes era somente eu envolvida neste sonho, mas depois veio o marido e os filhos. O negócio foi tomando proporção que continuei na linha de frente, diretamente com os fornecedores e clientes, e meu marido responsável pela administração da fábrica. Revista Nosso Setor: Como foi atender o perfil do pequeno varejo (“varejinho”)? Elen Brito: Por ter um conhecimento de abordagem e atuação no mercado de varejo, já tinha uma carta de clientes bem recheada e todos me conheciam por minha insistência e boa publicidade dos produtos que vendia. Quando iniciei a trajetória com o meu próprio produto, levei até muitos donos de mercadinhos como degustação, como também aos supermercados. Até hoje, é uma das

estratégias que mais tem retorno e aprovação do consumidor, quando fazemos a degustação de nossos produtos nas lojas. Atualmente, devido a uma grande massa concorrente e preços variáveis, muitos comerciantes preferem o lucro à qualidade, mas conseguimos manter o nosso equilíbrio e oferecer preço, qualidade e bom relacionamento. O varejo pequeno de médio porte é quem mais consome nossos produtos. Revista Nosso Setor: Com a oscilação econômica do país a empresa se mantém estável e quais os mecanismos e dribles para enfrentar a alta das cargas tributárias e, principalmente, os dois maiores vilões, a energia e a gasolina? Elen Brito: Uma variação que preocupa a cada mudança de governo e a cada aumento de taxas. Em 2015, já presenciamos o fechamento de empresas e indústrias devido à queda do consumo. Em quase duas décadas, tivemos altos e baixos, ao ponto de nos preocuparmos e até diminuir a produção fabril. Mas, uma crise não é gerada em um mês ou um ano. As especulações são muitas e neste ano fizemos diferente. Quando todos falam de crise, queda, perdas e falência, nós estamos inovando e entregando ao mercado um novo produto. A massa fresca de tapioca da Gosto Mineiro já chega aos supermercados com a aprovação dos consumidores por ser um produto diferenciado, podendo ser mantido em refrigeração ou em ambiente natural. Temos, sim, nos preocupado com o aumento da gasolina e da energia, mas fizemos um novo cronograma de ações, ampliamos o nosso marketing

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de guerrilha e visitação nas lojas de conveniências e supermercados, para pelo menos manter as vendas estáveis.

rios (e, por sinal, me apelidam de “leoa”), continuei no atendimento e fazendo o que mais gosto, network. Ele desempenha muito bem seu papel de administrador interno e orquestra toda a logística e distribuição. Enquanto isso, vou tocando os negócios e as vendas externas. Hoje, a minha linguagem e perfil são marcas registradas de Delícia Mineira e Gosto Mineiro. A troca de papéis não altera os valores. Ele até ajuda a manter e apóia a minha decisão de estar à frente dos negócios lá fora.

Revista Nosso Setor: Além das taxas, despesas, recursos humanos e outros custos, como funciona a logística da matéria-prima? Elen Brito: Em muitos momentos achamos que chegamos ao final do ciclo e que não haverá inovação, mas o mercado é volátil e, a cada peça do jogo alterada, um novo jogo nasce. Dessa forma, ? o que fazemos para trazer a matéria-prima de todos os produtos das duas marcas, Delícia Mineira e Gosto Mineiro. Por exemplo, nosso fornecedor de fécula vem de Santa Catarina e o queijo de Minas Gerais. Já temos grandes produtores de leite e queijo no estado, mas ainda transportamos de tão longe para manter a qualidade e originalidade do produto. Em meados de 2010, estava muito mais difícil transportar a farinha devido às cargas de transportes e ao alto índice de roubo de cargas, além das taxas que só oneram o preço final. Revista Nosso Setor: Em muitos casos, o homem administra o negócio externo e a esposa o administrativo da empresa. No seu caso é o contrário. Como funciona a troca de papéis?

“Nunca desista, vá à luta, pode começar do zero, pode crescer e conseguir o que quer. Se tem planos de buscar, tenha planos de como encontrá-lo”. Elen Brito: Quando iniciamos a Delícia Mineira, ele administrava o próprio negócio. Eu atuava como vendedora em outra empresa e, depois de iniciar a produção caseira e expandir o atendimento no varejinho, escolas e no comércio no centro, precisei da ajuda do meu marido para administrar a área interna e a produção. Por estar diariamente com comerciantes e empresá-

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Revista Nosso Setor: Com a atuação da Delícia Mineira e a compra da Gosto Mineiro, tornaram-se líderes no segmento nos estados do Nordeste. Quais são os futuros investimentos das marcas para os próximos anos? Elen Brito: Com atuação em 7 capitais do Nordeste e nos preparando para entrar no Estado da Bahia, o nosso propósito é estar entre as três melhores empresas do segmento no país. Será um desafio para empresa durante os quase 20 anos de existência. Sou braço forte e sempre vou preparada para disputar o mercado com um propósito de ser a melhor no que faço. Com a aquisição da Gosto Mineira, antes apenas com pão de queijo, já oferecemos outros produtos da linha, como a goma fresca,


enquanto a Delícia Mineira tem os agregados de pão de batata, esfiha e minipizza.

como fez para obter sucesso e liderar um dos ramos mais competitivos, o alimentício?

Revista Nosso Setor: Qual a projeção das marcas Delícia e Gosto mineiro para os próximos anos? O que vem de novidade?

Elen Brito: Sempre mantive o bom relacionamento, apresentei uma ideia verdadeira e de qualidade e determinação. Desde muito jovem busquei planejar minhas ações e o que quero atingir. Não posso dizer que sou a melhor gestora, mas sou disciplinada e tenho regras que devo cumprir. Tenho metas e preciso

Elen Brito: Estamos atuando nas lojas de conveniência, lanchonetes, supermercados, mercearias, cantinas em escolas e faculdades, food service, cafeteria e hotelaria. São inúmeros os segmentos que podemos atender e oferecer produtos de acordo com o perfil do cliente. Além das capitais, nossa logística está se preparando para atender melhor as grandes regiões no interior. Outro fator são os equipamentos de ponta com tecnologia internacional.

batê-las. O meu foco é estar comprometida com o sucesso do cliente. Se tenho a satisfação e um retorno positivo, é sinal de que alcancei meu objetivo do dia. E esta rotina diária é o que me torna uma mulher, mãe, empresária de pulso firme e de experiência. Assim posso passar aos meus filhos e herdeiros o que almejei durante todos esses anos: reconhecimento profissional por oferecer o melhor no que faço.

Revista Nosso Setor: Como pensa a empresário Elen Brito e

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GRUPO DE NEGÓCIOS

Encontro reúne empresários

através do Aplicativo WhatsApp

C

om o objetivo de gerar novos interesses de mercado entre empresários e gestores, o Grupo de Negócios Nosso Setor utiliza o aplicativo WhatsApp para ganhar novas projeções no mercado e tem gerado proporções positivas e inclusivas nas negociações com os usuários. Além da troca de experiências, divulgação de produtos e marcas, o grupo utiliza serviços e produtos das marcas do próprio grupo. O III encontro traz oportunidades de aproximar os gestores e conhecer melhor suas empresas. O idealizador, Antônio Vieira, iniciou o encontro com a abordagem de feedback e a importância da comunicação interna e externa. “Em tempos de crise econômica, empresários buscam novas saídas e estratégias para manter sua marca em evidência e como receber a opinião do cliente é fundamental para permanecer no páreo”, disse Vieira. E disse ainda: “Devemos observar que o feedback deve ser sempre educativo, jamais punitivo. Feedbacks podem e devem ser utilizados como ações de validação e parabenização frente a condutas e resultados positivos”. Você sabia que pesquisas indicam que as micro, pequenas e médias empresas que utilizam os grupos do WhatsApp para

fazer marketing aumentam em 20% o seu faturamento e, o melhor, sem gastar nenhum centavo? Usar os grupos do WhatsApp para fazer marketing é uma excelente opção para quem não dispõe de dinheiro suficiente para investir em campanhas de publicidade, como anúncios em TV, ou quem queira aumentar a segmentação de seu público. O consultor comercial William Bezerra falou da sua atuação no mercado de negócios e serviços e como a Revista Nosso Setor é importante para difundir a comunicação do segmento e atingir seu público-alvo. “Somos obrigados a nos manter atualizados devido à inclusão de novas tecnologias, novos perfis de profissionais mais competitivos e um mercado versátil. As marcas se adaptam ao novo consumidor que requer mais atenção e transparência dos produtos de consumo. A Revista tem criado momentos para divulgar as marcas dos associados e encontros que disseminam cultura e experiência ”, completa William. Os empresários que participam do Grupo de Negócios Nosso Setor, Rodrigues Júnior, representante da empresa 2D Representações, Vicente de Paiva, diretor do Hotel Meridional, e Eliane Gerzelj, representando a Câmara de Comércio Brasil

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Itália e o consórcio Mangiamo Italiano, apresentaram suas empresas e suas estratégias de marketing. O WhatsApp, o mais popular desses aplicativos com mais de 700 milhões de usuários ativos pelo mundo, é também o mais utilizado para vender itens. A ferramenta tem otimizado o trabalho de diversos segmentos e, por precisar apenas de dados de internet, acaba por propiciar economias em ligações e deslocamentos. Por sua ampla abrangência, desde os novos empreendedores até as grandes lojas estão aderindo à modalidade e oferecem serviços como agendar hora de atendimento, orçamentos e definição de valores. Os empreendedores que investem neste tipo de venda afirmam que a comunicação com o cliente é um dos pontos diferenciais desse comércio. A relação mais próxima permite entender melhor os gostos do consumidor e o contato mais instantâneo e disponível quase 24 horas por dia dá mais credibilidade aos negócios. Esse comércio realizado através de dispositivos móveis, tanto smartphone quanto tablet, representou, em 2014, 9,7% de todas as transações realizadas pela internet no Brasil. Os dados são da E­bit, que mostram


também que o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 35,8 bilhões em 2014, representando um crescimento nominal de 24%, já que em 2013 o resultado foi de R$ 28,8 bilhões. De acordo com E­bit, as categorias que mais geraram pedidos através de dispositivos móveis foram as de cosméticos e perfumaria/cuidados pessoais/saúde (16,2%), seguida por moda e acessórios (14,4%), eletrodomésticos (11,5%), casa e decoração (7,8%) e livros/assinaturas e revistas (7,7%). Dicas de utilização do WhatsApp 1. Divulgue seu número do WhatsApp do seu negócio nas redes sociais; 2. Estabeleça um canal de atendimento diferenciado; 3. Sempre que tiver alguma novidade antes de lançar para o público em geral, avise às pessoas pelo WhatsApp; 4. Faça perguntas para seus clientes sobre seu produto ou serviço para poder melhorar; 5. Abra um grupo VIP para atendimento personalizado; 6. Dê privilégios para esta lista VIP que nenhum outro cliente tem; 7. Faça as pessoas desejarem participar desta lista; 8. Promova encontros entre as pessoas da lista. SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 91


CDL - FCDL

Setores cobram

criação de ambiente favorável exauridas. Não temos mais de onde tirar. Queremos estímulos à produção para mantermos os empregos”. Já Carlos Prado, sócio-diretor da Itaueira, produtora e exportadora de gêneros agrícolas, diz que o momento é de reflexão para a iniciativa privada. “Que o investidor se sinta atraído para fazer seus investimentos e gerar emprego. Só a iniciativa privada tem essa musculatura para fazer com que se desenvolva. Não podemos ficar nessa situação de paralisia”. Sobre o encontro com a presidente, os empresários avaliam como positiva a iniciativa. José do Egito, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) diz que é importante que a presidente se disponha a ouvir as demandas do setor produtivo.

O

s setores do comércio e da agricultura cobram do Governo um ambiente favorável para o crescimento econômico. Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), avaliou como positiva

a reunião com a presidente. A demanda do setor, destaca, é que regulamentação do cartão de crédito. “Apresentamos uma proposta que visa ajudar comércio e consumidor. Não se pode pagar juros de quase 300%”. Ele critica o retorno da CPMF. “Não vamos apoiar essa iniciativa. As empresas estão

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Beto Studart, presidente da Fiec, diz que a presidente teve uma conversa realista com o setor. “Foi uma tentativa da presidente Dilma Rousseff de resgatar o prestígio dela. Precisamos confiar em quem é responsável pela política econômica. A presidente está tentando se apresentar como verdadeira como, efetivamente, ela se mostrou”. (Átila Varela e Nathália Bernardo)


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CAPACITAÇÃO

IBESTI capacita

profissionais para inserção no mercado de trabalho

O

desafio do primeiro emprego. Com a alta competitividade, ampliação de mercado e escassez de mão de obra técnica, o mercado busca incessantemente por perfis qualificados e com conhecimento técnico em áreas como logística, segurança no trabalho, informática, rede de computadores, engenharia, entre outras áreas. A busca por formações complementares tem sido um dos meios de conseguir um emprego mais rápido e seguro ao profissional. A falta de preparo do trabalhador brasileiro e o estigma associado aos cursos profissionalizantes - que faz com que muitos jovens ainda prefiram optar pela universidade em vez da escola técnica - criaram sérios problemas para as empresas brasileiras na busca por mão de obra. O Instituto Brasileiro de Empreendedorismo, Sustentabilidade, Tecnologia e Inovação (IBESTI) atua na área da pesquisa e do desenvolvimento de projetos de empreendedorismo e sustentabilidade. O papel do Instituto tem sido importante para a formação de novos perfis profissionais que

buscam melhores oportunidades de emprego e capacitação em Fortaleza. As empresas, as maiores prejudicadas neste processo, em sua maioria, inserem cursos in company para treinamento e formação de seus funcionários. Apesar da crise, ainda tem muito emprego no mercado de trabalho. Só que falta mão de obra qualificada e por isso o processo se-

letivo torna-se mais demorado, pelo fato de as empresas necessitarem de perfis mais aperfeiçoados. A Fundação Dom Cabral (FDC), em São Paulo, publicou uma pesquisa que diz que nove entre cada dez empresas brasileiras apresentam dificuldades em preencher seus quadros. As companhias citam a escassez de profissionais capacitados (83,23%) e a deficiência

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na formação básica (58,08%) como os principais entraves para assinar carteiras. O estudo foi realizado com base em dados fornecidos por 167 empresas de diferentes setores que, juntas, respondem por 23% do PIB. O Professor José Bastos, diretor presidente, carrega em seu currículo larga experiência na área de treinamento, em razão da sua longa vivência na academia e de sua estreita relação com o mundo produtivo. Essa experiência faz com que o IBESTI tenha em seu cerne a preocupação de oferecer produtos de qualidade, por meio de profissionais de notória competência técnica e pedagógica. O Instituto oferece cursos técnicos nas áreas de Gestão, Saúde, Jurídica, Técnica e In Company, como Técnico em Meio Ambiente, Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em Informática para Internet, Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, Técnico em Logística, entre outros. Mais informações pelo site www.ibesti.org.br; o instituto está localizado na Rua Dr. José Victor, 85, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.


HOMEM DO TEMPO

A Quem deve criar a cultura

produtiva da empresa?

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utro dia estava em uma reunião com empresários, compartilhando dores e soluções na vida empreendedora e uma questão interessante foi levantada. Um deles, sócio de uma empresa com pouco mais de vinte profissionais, insistia que precisaria de uma gestora de RH para criar uma cultura produtiva na empresa.

por que você seja o empreendedor e delegue isso para um profissional do comercial que você contratou e quer assumir isso. A empresa vai ter a cara de quem? Da pessoa do comercial, dos seus valores de vida, da sua visão de mundo etc. Isso até pode ser ótimo, mas talvez não seja a cara do empreendedor e, mais cedo ou mais tarde, ele deixará de seguir esses ideais ou perderá a paixão pelo negócio.

A discussão foi longe, mas muitos empresários tem a mesma visão: que o RH faz milagres! Claro que um RH é essencial para ajudar a empresa decolar, recrutar, criar políticas, aumentar a qualidade de vida, desenvolver e apoiar a liderança. Porém criar uma cultura produtiva não é papel do RH, do gerente, do diretor. É função do empreendedor! Do dono! Do acionista.

Claro que você pode ter uma consultoria para te ajudar nisso, de diretores, do RH, mas a decisão, a forma e as palavras devem ser suas. Cultura é a coisa mais importante que uma empresa pode ter, principalmente no começo. Não é o RH que faz a cultura. O RH ajuda. Gerente ajuda. Diretor ajuda. Dono faz.

O conceito de cultura é bem grande, mas podemos simplificar e dizer que a cultura é criada por meio da missão, visão e, principalmente, dos valores que a empresa pretende seguir. No entanto, quando falo isso, não tem relação nenhuma com aqueles quadros que todas as empresas têm na recepção, que no mínimo são inúteis. Tem a ver com atitude, tomada de decisões, princípios essenciais e com o tom que a empresa terá internamente e para o mercado. Delegar a criação da cultura é no mínimo estranho. Vamos su-

Isso precisa ser vivido no dia a dia. As pessoas precisam ser contratadas com base nisso, precisam ser recompensadas por isso, os projetos e as decisões tomadas precisam ser guiadas por esses princípios. Não é enfeite, quadro, marketing. É estratégia. Existem dois casos clássicos desse conceito. Na Zappos, empresa de sapatos adquirida pela Amazon, o dono, o Tony Hsieh, foi o responsável por criar essa cultura, ele escreveu e disseminou os valores. Já o time do Jorge Paulo Lemann, quando compra uma empresa, coloca um dos sócios para criar a cultura.

Aliás, pode ser que você não perceba, mas na sua casa é a mesma coisa. Os sócios da casa são os responsáveis pela criação da cultura. Aliás, se você não tem uma empresa, mas tem uma equipe, esse conceito vale do mesmo jeito. E, caso você não tenha uma equipe, isso também pode valer para a sua vida. Não espere o milagre do RH. Você tem que fazer acontecer e, quando o projeto começar a andar sozinho, pense em delegar! O principal conselho é: encontre tempo para o estratégico em vez de ficar só no operacional.

Christian Barbosa Especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. É fundador da Triad Consulting, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Dá treinamento e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100.

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CONSUMO

Norte e Nordeste conseguem evitar maior redução na frequência de lojas

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m meio ao cenário de consumo retraído em todo o País, o varejo do Norte e Nordeste parece ter conseguido evitar perdas mais acentuadas que em outras regiões brasileiras. Melhores opções de entretenimento e espaços mais agradáveis para fazer frente às temperaturas altas, além de um forte apelo aspiracional pela classe média, são vistos como fatores decisivos.

Enquanto no Sul a retração chegou a 6,5% no fluxo, em julho, o Nordeste contabilizou um recuo de apenas 0,5% e o Norte de 0,9% no número de pessoas nas lojas, tanto de shoppings quanto de ruas, como aponta uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). As lojas instaladas no Centro-Oeste tiveram uma redução de

4,7% no número de clientes e no Sudeste o percentual foi de 3,6%. A base de comparação refere-se ao mesmo período do ano passado, afirmou o presidente da SBVC, Eduardo Terra. “Esperávamos uma recuperação mais significativa, visto que em 2014 houve um tráfego muito pequeno nas lojas em função da Copa do Mundo”, analisou, lembrando que no semestre a queda foi de 6,6%, sendo o resultado 0,4% menor do que o visto nos sete primeiros meses do ano anterior. Para o coordenador de administração geral da AD Shopping, Tony Bonna, o fator determinante para a manutenção do fluxo de consumidores nas lojas no Norte e Nordeste é a grande concentração da chamada “nova classe média” brasileira nestas duas regiões. “É como um exército de pessoas, que na

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última década entrou com força no consumo”, ressaltou. O coordenador destaca ainda que no caso dos shopping centers, os empreendimentos começaram a implementar em seu mix as melhores opções de entretenimento dessas regiões. E que, para algumas cidades, principalmente do Norte, as temperaturas altas, aliadas às fortes chuvas, acabam por tornar os locais como as melhores opções de consumo e lazer. Diferenciação Grandes varejistas regionais e grupos locais que durante anos foram as principais opções de consumo em suas cidades e desenvolveram modelos de lojas de departamento diferenciadas também costumam ter clientes cativos em cidades do Norte e Nordeste. É o que disse o coordenador de adminis-


tração geral da AD Shopping. Segundo ele, tais lojas criaram fortes relações com os consumidores, através de cartões próprios e crediários. Diante do cenário, a AD Shopping - que tem patrimônio superior a R$ 5,2 bilhões, com 1,8 milhão de metros quadrados de área construída -, diz que planeja ter novos negócios no Norte e Nordeste. Prova disso é que a empresa vai inaugurar no ano que vem o Camará Shopping, em Camaragibe (PE), além de já gerenciar o Center Lapa, em Salvador (BA) e o Shopping Passeio, em São Luís (MA). No Norte, a companhia administra o Millennium Shopping, em Manaus (AM) e o Shopping Pátio Belém, em Belém (PA). “Também estamos desenvolvendo o projeto de expansão do IT Center na capital paraense e somos acionistas do Shopping Pátio Marabá, em Marabá [PA]”, disse Bonna. Outra empresa que também aposta no Nordeste é a Fantasia Store, rede especializada em produtos licenciados Disney, Marvel e Star Wars. A companhia acaba de inaugurar um quiosque no Shopping da Bahia, o mais antigo do estado, inaugurado em 1975. Trata-se da segunda unidade da bandeira em Salvador, apontou o gerente de marketing da Fantasia Store, Charles Pinho. O gerente ressaltou que Salvador tem três milhões de habitantes e é uma cidade estraté-

gica no Nordeste, já que é um local com grande potencial de crescimento para o setor de brinquedos e presentes. “A região apresenta um crescimento acelerado e esse ponto é fundamental para atingirmos as expectativas de alcançarmos 100 operações até o final de 2015”, afirmou. Cenário negativo Não é à toa que o cenário não está tão ruim para os comerciantes do Norte e Nordeste. Para o presidente da SBVC, Eduardo Terra, a diferença do resultado do fluxo de pessoas entre as regiões está relacionado também à sensação de confiança com relação à economia entre os consumidor. “Para entender o comércio nós temos de observar o tripé: renda, crédito e emprego. Nessas regiões como Norte e Nordeste percebemos que a imagem negativa desses fatores não é ainda tão forte.” Para ele, existe outro fator que também explica a situação atual. “O consumidor nesses locais está com mais confiança e não teme

tanto em perder o emprego”, destacou. Terra comentou ainda que de forma geral o resultado de queda no fluxo de pessoas nos estabelecimentos comerciais no Brasil surpreendeu de forma negativa. “O ideal seria o fluxo estar crescendo. Considerando o resultado negativo esperado para o Produto Interno Bruto [PIB], se ao menos o fluxo tivesse retraindo em 2% ou menos ainda seria aceitável. Mas não é o caso.” O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Altamiro Carvalho, afirmou que a situação este ano está muito ruim para o comércio, apesar de o mês de julho ter registrado no País alta de 1,4% no fluxo ante a junho, conforme a pesquisa da SBVC junto com a Virtual Gate. “Está relacionado a efeitos sazonais. Julho tem um dia a mais e não tem feriado nacional. Fonte: Portal Abras / Jornal DCI

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FEIRA

22ª edição da Frutal

abre com o tema “Otimização do uso da água na produção agrícola”

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22ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria (Frutal) aconteceu com o tema “Otimização do Uso da Água na Produção Agrícola”, com debates acerca das melhores tecnologias para racionalização da água e projetos de convivência com a seca. Euvaldo Bringel, Secretário Adjunto de Agricultura e fundador do Instituto Frutal, falou sobre a importância do evento: “a Frutal acaba sendo um instrumento de auxílio para o Governo do Estado na transferência de tecnologia, além de atrair investimentos para o Ceará, ajudando a desenvolver o Estado”. Este ano, a abertura contou com a presença do Ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que assinou um acordo para a elaboração do Plano Diretor de Irrigação do Estado do Ceará. O evento conta ainda com cursos técnicos, oficinas, palestras, seminários, mesas-redondas e painéis de discussão ministrados por professores e especialistas renomados. Haverá, também, encontros e reuniões com os Secretários Municipais de Agricultura do

Ceará, Secretários Estaduais de Agricultura do Nordeste e Secretários de Agricultura e Meio Ambiente do Ceará. Simultaneamente, na Feira de Negócios, o público presente conferiu os equipamentos de irrigação de alto investimento e o pavilhão com frutas e flores. Além de todas as atividades

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previstas, aconteceu a reunião do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR) e da Rede Internacional de Laboratórios de Irrigação; foram apresentados mais de 700 trabalhos científicos. A grande novidade desta edi-


ção foram os eventos paralelos. Entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, aconteceu o III INOVAGRI International Meeting, que teve a participação de diversos palestrantes nacionais e internacionais, como dos Estados Unidos, Bélgica, Itália e Portugal. Durante os quatro dias do evento, são apresentados 900 pôsteres aos mais de 800 inscritos. O III INOVAGRI International MEETING é uma realização do Instituto INOVAGRI e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI). Outro evento paralelo de destaque é a Global G.A.P Tour 2015, cuja certificação garante padrões de segurança e sustentabilidade na produção agrícola a nível internacional. Foram apresentadas técnicas de gerenciamento de boas práticas e a nova versão do sistema da Global G.A.P.

Com 180 estandes confirmados, a Frutal 2015 movimentou cerca de R$ 12 milhões de reais em negócios e um público de 30.000 visitantes, incluindo pessoas de outros estados e de fora do país.

frutas e o Porto do Mucuripe o terceiro maior exportador. Entre as frutas mais exportadas, destaca-se o melão com mais de 90 milhões de dólares em exportação, além da banana, melancia, manga e mamão.

História

Supermercadistas

A Frutal foi criada em 1994, visando facilitar a vida do pequeno agroinvestidor, trazendo dicas de novas técnicas de plantio e manejo da terra, cursos de capacitação, encontros de negócios e feiras. Desde a sua criação, o Ceará, em especial, tem aumentado suas exportações de frutas de menos de 1 milhão de dólares, em 1994, para 114 milhões de dólares em 2014 e, assim, alcançou o status de terceiro maior exportador de frutas do País. Atualmente, o Porto do Pecém, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza, é o líder nacional na exportação de

A participação efetiva dos empresários do segmento varejista e atacadista amplia a visão de consumo e conhecimento, visto o leque de opções, tecnologias e similaridades que são apresentados durante o evento. Com a venda direta de centrais de negócios do segmento de frutas, as redes de supermercados acompanham as inovações e investimentos na área agrícola por ser um dos maiores compradores de frutas, verduras e legumes.

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INAUGURAÇÃO

Cometa Supermercados inaugura em Messejana

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empresário Otalibas Rocha, dono da Rede de Supermercados Cometa, é um cearense que deu certo. Sua cadeia de supermercados cresce na mesma velocidade que a economia cearense, acima da média brasileira. Otalibas inaugurou a mais nova loja da rede, localizada no bairro de Messejana, um dos maiores em população. O diferencial não é só a área, mas o formato de atendimento, desde o estilo de exposição dos produtos até a iluminação. É um supermercado que tem ainda tecnologia, acomodação e preço competitivo. A festa contou com muitas promoções que atraíram os clientes que foram conhecer a estrutura do novo empreendimento. Fornecedores e parceiros também participaram da ocasião e puderam conferir um espaço com ambientação moderna e climatizada, com mais de 2000 m² de área de vendas e 20 check-outs, além de uma área destinada a loja de departamentos, com um mix variado de produtos, como artigos para presente e decoração. A dona de casa Ana Paula Marques, 31, disse ter ficado surpresa e satisfeita com a estrutura da nova loja. “Eu moro muito pertinho daqui e fiquei feliz quando soube da inauguração. Esse espaço onde posso encontrar até lembrancinhas para presentear foi uma ideia ótima, pois nem

preciso mais ir ao centro procurar esses artigos”, disse. Para o presidente da rede, Otalibas Rocha, o momento de investimento traz oportunidades e geração de emprego a dezenas de famílias. “Com este novo empreendimento mais 50 famílias são assistidas, além de receberem uma capacitação profissional, para oferecer aos nossos clientes melhor preço e atendimento. Sem modéstia, somos conhecidos pela presteza no atendimento e qualidade de produtos e serviços. Unimos em um amplo espaço padaria, carnes e frios e artigos para presentes”, disse. “Mesmo com uma conjuntura econômica instável, o país passa por uma recessão, mas não podemos nos abater; podemos, sim, diminuir o ritmo, mas não deixar de fazer acontecer. Novos empreendimentos deverão surgir até 2016, aumentando, assim, a bandeira da economia e atendimento do Cometa Supermercados”, completa. Na inauguração da loja, empresários, gestores e promotores de venda estiveram presentes para oferecer mais descontos e ofertas, durante o mês de lançamento da nova loja. Para a empresária Elen Brito da Gosto Mineiro, “é importante estar presente para interagir com demais colegas do segmento, gerar novas prospecções e estar junto ao cliente/consumidor, para ouvir

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sugestões e críticas sobre nossos produtos. Sempre participo e acompanho o desenvolvimento da cadeia supermercadista em nosso Estado”, conclui Elen. Em um dos bairros de maior população, o Cometa Supermercados tem em suas proximidades os vizinhos Center Box e Pinheiro Supermercados. Para o próximo ano, o Grand Shopping Messejana deve abrir suas portas, dando maior visibilidade e movimento no perímetro urbano e dos negócios, valorizando o bairro e futuros investimentos. A Revista Nosso Setor compareceu e registrou alguns momentos do lançamento e da presença vip dos empresários. (matéria de duas páginas – uma de texto e uma foto e a outra somente sessão de fotos)


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CULINÁRIA CEARENSE

Receita de escondidinho de macaxeira com carne de sol

A culinária típica cearense é única e conquista o paladar de todos os que por aqui passam. Por isso, para você provar o melhor da legítima comida do Ceará, trouxemos a receita do delicioso escondidinho de macaxeira com carne de sol.

O escondidinho de macaxeira com carne de sol é um dos pratos mais populares do sertão, que ganhou as mesas do Brasil. O nome é explicado pela forma como é montado o prato: a carne de sol bem temperada fica escondida, sob uma camada de

purê de macaxeira. Esta é uma receita que parece complicada, mas não é muito difícil de fazer. O tempo de preparo é um pouco mais longo, cerca de 1h30min. Confira abaixo os ingredientes e o modo de preparo do prato.

Escondidinho de macaxeira com carne de sol Ingredientes

Modo de preparo

• 1kg de macaxeira crua e descascada

Antes de mais nada, faça o purê. Cozinhe a macaxeira na água, com um pouco de sal, por cerca de 40 minutos. As macaxeiras devem ser de boa qualidade, sem rachaduras.

• 700ml de leite • 1 copo de requeijão • 100g de queijo coalho • 500g de carne de sol • 1 cebola • 1 pimentão • Sal • Duas colheres de manteiga da terra

Misture o leite, o requeijão e a macaxeira no liquidificador até obter uma mistura uniforme e reserve. Em seguida, prepare a carne de sol, cozinhando-a na água para retirar o excesso de sal e, depois disso, passe a cozinhá-la no leite. Depois, frite a carne na manteiga da terra, já desfiada em tiras bem finas, com a cebola e o pimentão. Unte uma forma com margarina, coloque uma camada de purê e espalhe o recheio de carne de sol por cima. Depois ponha mais uma camada de purê até cobrir toda a carne. Jogue o queijo coalho ralado por cima e gratine no forno.

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TURISMO

Cachoeiras e Trilhas lhe esperam no Ceará

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nspiradoras, relaxantes, ótimas para acabar com o estresse: não é à toa que as cachoeiras são atrações turísticas em vários destinos. Uma ótima pedida para quem gosta de aventura, curtir a natureza e depois se esbaldar em um delicioso banho de água doce. E aqui no Ceará, existem diversas cascatas espalhadas por todo o Estado, umas grandes, outras pequenas, algumas com águas claras ou mais escuras, cada uma com suas características. Cenários ideais para repor as energias e apreciar paisagens com as quais os cearenses estão pouco familiarizados, dada a preferência às praias. Neste ano, as temperaturas começam a cair por esses lugares e a água também já pode ser vis-

ta em abundância, tornando a experiência bastante agradável. Assim, que tal aproveitar o período para uns dias de descanso ou lazer por esse outro lado turístico do Ceará? Há muito o que ver e fazer. E foi pensando nisso que mostramos aonde se localizam esses verdadeiros oásis pelo Interior do Estado. Próximo a Fortaleza No Maciço de Baturité, a pouco mais de 100 km de Fortaleza, o excesso desce para abastecer os rios e, no caminho, forma belíssimas quedas­d’água. Nos municípios de Baturité e Guaramiranga, há opções tanto para quem quer apenas tomar um bom banho e apreciar a vista quanto para quem gosta de curtir a adrenalina em trilhas e esportes

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radicais, como o rapel na cachoeira. Mas o ideal é que os aventureiros de plantão procurem a orientação de um guia local para não haver qualquer risco. Chegando em Guaramiranga, por exemplo, não é difícil encontrar empresas especializadas em proporcionar esse tipo de emoção, com toda segurança. As mais famosas são as cachoeiras do Cipó, Poço das Veadas, Talita, do Perigo e a de São Paulo. Porém, quem vai com a família e deseja chegar às quedas­d’água sem muito esforço, uma boa opção são as que ficam dentro de hotéis e áreas de camping, como a Pousada Recanto das Cachoeiras e o Parque das Cachoeiras.


Na Serra Grande Já na região da Ibiapaba, a cidade de Ubajara, a 298 km da Capital, revela um roteiro surpreendente, que inclui o seu Parque Nacional. A três quilômetros do centro do município, com 563 hectares, abriga grutas, trilhas, cachoeiras e o famoso bondinho que transporta os visitantes a belezas subterrâneas. Para relaxar vale um banho nas cachoeiras do Cafundó, Gavião ou Murimbeca, com quedas de mais de 70 metros de altura. Tem ainda as cachoeiras do Frade e também do Boi Morto. Também por aqueles lados, bem no pé da Serra da Ibiapaba, a 295 km de Fortaleza, está a Bica do Ipu, eternizada pelo escritor José de Alencar. Em tupi, Ipu significa água que cai do alto. A

queda­d’água de 130 metros de altura é um dos locais mais privilegiados para a prática de rapel. Pelo Cariri Descendo para o Sul do Ceará, na região do Cariri, outro espetáculo da natureza espera o visitante. A Cachoeira de Missão Velha, cidade a cerca de 527 Km de Fortaleza, está com um grande volume de água, transformando o cenário que durante boa parte do ano permanece praticamente seco. Nos fins de semana, o local vira um grande balneário público, recebendo moradores e turistas. A queda­ d’água tem cerca de 12 metros. Formada pelo Rio Salgado, a cachoeira fica a três quilômetros do município, integrando o Geopark Araripe.

Já em Barbalha, município vizinho, embora não apresente cascatas, a estância hidromineral do Balneário do Caldas é também destino de milhares de turistas por ano. Além de fontes e piscinas naturais de água mineral, um hotel de serra (Hotel das Fontes) compõe o complexo turístico Termas do Caldas. A estrutura conta com duas fontes naturais, os buracos (Bom Jesus e João Coelho), bastante recomendadas para a prática da balneoterapia.

Com informações Diário do Nordeste

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PARAÍBA

PALAVRA DO PRESIDENTE ASPB

Conjuntura Econômica e a turbulência Um país de turbulências na economia e na conjuntura econômica. Um país de incertezas e de gente otimista e promissora. Afinal, para quem existe a crise? Como considerar uma crise nos seus negócios? Será se conseguimos passar esta fase quando tem juntas: recessão e inflação? Os supermercadistas já percebem a diferença na escolha dos produtos pelos consumidores e o que estão levando até suas mesas. Com o aumento e a incerteza, a troca de alimentos, diminuição na qualidade de vida e a queda no consumo de produtos, viraram rotina em todas as classes sociais, sem restrição de gênero, raça ou cor. De fato, os dados não são animadores. A atividade industrial é uma das que já sentem os efeitos da desaceleração da economia. A produção no setor segue em queda e preocupa os arrimos de família, que já pensam em novos caminhos como o informal para subsidiar o alimento até a mesa de sua família. Para alguns a crise pode não ter afetado, mas os fatores estão a mostra da população que sofre

com os constantes aumentos como energia, combustíveis, os vilões como alimentos, frutas e verduras, e com tudo isso em uma inflação devido a erros grosseiros de uma política econômica dos últimos anos. Em setores como o alimentício, que depende mais do mercado interno, de energia elétrica e educação, dentre outros, as ações estão estáveis. Algumas empresas ainda devem apresentar bom desempenho, mas só é recomendável para quem tem bastante apetite ao risco. Acredito na força do empresariado e sou otimista em continuar atingindo as metas. Não podemos perder o controle e nem a remarcação de preços constantes como aconteceu há mais de 20 anos. É necessário o fortalecimento e a concretização de uma conjuntura econômica entre os segmentos. Na economia brasileira, é muito raro uma sequência de dois anos de recuo. Isso aconteceu nos anos 1980 e no período Collor, o PIB caía em um ano e subia no período seguinte. A situação, atualmente, está indefinida. O

país está no meio de uma crise e a maneira como ela evolui deixa o empresário menos confiante. O desemprego cresce e o investimento está em queda. Quando isso acontece, a crise se prolonga. Não existe um “número mágico” para a inflação. O que se sabe é que uma inflação muito alta ou muito baixa prejudica o funcionamento da economia. O que se sabe, que continuemos nossos investimentos, olhando para uma visão de futuro com melhorias e buscando mecanismos para manter a estabilidade.

José Willame de Araújo

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CONVENÇÃO

Empresários do Nordeste se encontram

na Paraíba para discutir Varejo

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Estado da Paraíba mais uma vez se prepara para receber a XI Convenção Paraibana de Supermercados (CONSUPER 2015), que reúne empresários dos setores supermercadistas e atacadistas e autoridades políticas do estado nos dias 20 a 22 de outubro, no Centro de Convenções Cabo Branco Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa. Com o tema “Operação de Loja – Planejar e Executar”. A convenção está entre as mais importantes do segmento do Norte/Nordeste. Por estar no centro das capitais do Nordeste, a representação é significativa para os novos negócios que são gerados durante o evento. O crescimento e modernização do setor no estado. O poder de consumo do Nordeste é muito forte, a região é foco de todas as grandes empresas nacionais. Novos modelos estão se insta-

lando no estado, e essa concorrência exige investimento por parte dos setores já tradicionais. A Paraíba tem se comportado e acompanhado os investimentos na área de automação no varejo e atacado, como recebido grandes bandeiras do segmento do país. O presidente da ASPB, José William Araújo, destaca que o principal foco da Consuper tem sido a importância com a tecnologia, inovação e a construção de excelências no varejo. “Nesta edição, focamos na capacitação e qualificação do perfil dos novos colaboradores. Eles precisam acompanhar o ritmo dos negócios, como também, estar antenado as transformações e mudanças do segmento”, disse. A expectativa dos organizadores é receber cerca de 10 mil empresários, de pequenas, médias e grandes empresas durante os três dias de evento, e com isso gerar negócios em mais de R$

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50 milhões, durante e pós-evento. A Convenção traz várias palestras sobre importantes temas do setor, já a feira de produtos e serviços deste ano reúne em uma área de 5,5 mil metros quadrados mais de 70 expositores entre as principais distribuidoras, redes varejistas, supermercados e mercadinhos da Paraíba e estados vizinhos. Ao todo serão mais de 200 marcas apresentadas durante o evento. “A cada ano, os expositores aprimoram seus estandes e a forma de relacionamento com os visitantes, apresentando lançamentos da indústria, novidades em serviços e tecnologia e as tendências do varejo no Brasil e no mundo”, explica William. O encontro anual da Consuper é uma maneira de fortalecer os laços entre os empresários do setor, conhecer as novidades e ainda participar de rodadas de negócio com vantagens diferenciadas para os participantes.


SEBRAE

João Pessoa será a capital mundial da internet em novembro

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órum Mundial será realizado na cidade e contará com o apoio do Sebrae Paraíba

O Sebrae Paraíba será uma das instituições parceiras para a realização do 10o Fórum Mundial de Internet (Internet Governance Forum – IGF) da Organização das Nações Unidas (ONU), em João Pessoa. O evento irá acontecer entre os dias 9 e 13 de novembro, no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima e irá transformar João Pessoa na “capital mundial da internet”. São esperadas cerca de duas mil pessoas de 130 países em mais de 100 workshops, no evento que terá como tema “Evolução da Internet – Enriquecendo um desenvolvimento sustentável”. Na última terça-feira (11), o secretário executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), Hartmut Richard Glaser, o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid) e conselheiro do CGI, Percival Henriques, e o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), Cláudio Furtado, estiveram no Sebrae, em João Pessoa, para apresentar o projeto do evento e foram recebidos pelo superintendente Walter Aguiar, o diretor administrativo e financeiro Neto Franca e o diretor técnico Luiz Alberto Amorim.

“O Sebrae tem interesse em ser parceiro desse grande evento. Este é um setor que investimos muito e acreditamos que é preciso discutir a governança na internet. Além disso, o evento dará uma grande visibilidade a João Pessoa e à Paraíba”, ressaltou o superintendente do Sebrae, Walter Aguiar. Este é o décimo ano do Fórum e é a segunda vez que será realizado no Brasil. Em 2007, o Rio de Janeiro foi a cidade sede e, no ano passado, aconteceu em Istambul, na Turquia. “O Centro de Convenções de João Pessoa é sensacional e o Brasil tem grandes lideranças neste tema. A capital paraibana será sede de decisões mundiais e que determinarão os próximos passos da internet. O conhecimento e novas políticas tiradas a partir das discussões feitas aqui em João Pessoa serão disseminadas em todo o mundo”, afirmou Hartmut Richard Glaser. Para o presidente da Anid, Percival Henriques, o Fórum será de extrema importância para o futuro da internet em todo o mundo. “Discutir pontos como a governança da internet global aqui em João Pessoa será uma grande honra. Receberemos grandes autoridades no assunto e daqui sairão importantes decisões”, disse Percival.

Cláudio Furtado, da Fapesq, destacou que o evento será importante também para as micro e pequenas empresas do trade turístico de João Pessoa, além das empresas de Tecnologia da Informação (TI). O diretor técnico do Sebrae Paraíba ainda destacou que o Fórum deixará um grande legado para a cidade. Fórum Mundial de Internet – espaço democrático e transparente O Fórum foi criado pela Organização das Nações Unidas no ano de 2006, pelo então secretário-geral, Kofi Annan, e é realizado anualmente em vários países. O objetivo é criar um espaço de debate democrático e transparente sobre governança da internet, do qual fazem parte governos, sociedade civil organizada, comunidade técnica, setor privado e academia. O Fórum se reúne anualmente para discutir e aprofundar alguns temas de interesse. O tema que norteará o fórum deste ano de 2015 será “Evolução da Internet – Enriquecendo um desenvolvimento sustentável”. Serão mais de 100 workshops com temas como: Inclusão e Diversidade; Economia na Internet; cybersegurança; Neutralidade; desenvolvimento da cooperação multisetorial; a Internet e os direitos humanos, entre outros.

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COMÉRCIO

IBGE: 110,6 mil pessoas trabalham no comércio da Paraíba

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atividade comercial ocupou 110.634 pessoas na Paraíba no ano de 2013, conforme revela a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2013, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 363 pessoas ocupadas a mais que em 2012. Estas pessoas ocupadas em 2013 receberam R$ 1,34 bilhão em salários, retiradas e

outras remunerações e obtiveram uma margem de comercialização (receita líquida de revenda menos o custo de mercadorias vendidas) de R$ 5,80 bilhões. Os números também foram maiores que 2012, de R$ 1,22 bilhão e R$ 5,02 bilhões, respectivamente. Ao mesmo tempo, o número de unidades locais com receita de revenda (lojas, filiais, locais de venda, etc) caiu de 24.824 em 2012 para 22.183 em 2013.

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Varejo A PAC 2013 analisou os comércios varejista, por atacado e de veículos, peças e motocicletas. Destes, o varejista é o que mais se destaca na Paraíba com 84,9% das unidades locais com receita de revenda, 73% do pessoal ocupado e 61,8% da margem de comercialização.


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ECONOMIA CRIATIVA

Paraíba reúne maior número de

atividades criativas com foco na produção associada ao turismo

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Paraíba é o estado com o maior número de atividades criativas com foco na produção associada ao turismo do país de acordo com levantamento feito pela Associação de Cultura Gerais (ACG), de Minas Gerais, e do Sebrae Paraíba. Até o final do ano, 18 cidades paraibanas irão reunir cerca de 200 produtos turísticos estruturados no segmento da economia criativa nas regiões do Litoral, Brejo e Cariri. Atualmente os turistas já podem conhecer quase 140 produtos neste segmento, em 11 cidades paraibanas.

Desde 2012, o Sebrae Paraíba e a ACG iniciaram a formatação e estruturação das atividades criativas nos municípios de Areia, Bananeiras, Conde, Pitimbu, Lucena, Cabedelo, Pilões, Alagoa Grande, Boqueirão, Cabaceiras e Ingá. Até o final do ano, também serão Monteiro, Zabelê, Guarabira, Remígio, Solânea, João Pessoa Criativa e Campina Grande. Neste período, foram estruturadas, em média, 13 atividades em cada cidade. De acordo com a gestora de turismo do Sebrae Paraíba, Regina Amorim, a produção associada ao turismo é um dos braços da economia criativa, que tem

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como proposta agregar a vocação de empreendedores à criatividade para geração de renda, emprego e desenvolvimento de uma empresa ou região em diversas áreas, como a música, gastronomia, design, moda, artesanato e turismo. “Na economia criativa é fundamental valorizar o talento e a vocação local. É essa vivência que o turista quer experimentar”, destacou Regina Amorim. Um dos exemplos bem-sucedidos de produção associada ao turismo na Paraíba é a Comunidade Chã de Jardim, localizada na zona rural do município de Areia. Os moradores


tabilidade em Maceió (AL) e o Troféu Waldemar Duarte da Associação Brasileira de Jornalistas do Turismo na Paraíba (Abrajet-PB) dedicado aos melhores do ano no turismo da Paraíba.

da localidade,há pouco mais de três anos, produziam apenas polpa de fruta, artesanato e acompanhavam turistas nas trilhas ecológicas. Hoje a comunidade tem o Restaurante Rural Vó Maria, oferece piquenique na mata, oficinas de artesanato, o pôr do sol de Maria com música, e espera inaugurar, em 2016, uma hospedagem rural para os turistas.

e da ACG. Fizemos do material deles nossa Bíblia, escutamos e aplicamos as sugestões de melhoria. Entendemos a importância de antecipar os desejos dos nossos visitantes, de encantá-los. Quando aplicamos isso, começamos a oferecer novas atividades e a vender mais, gerando renda e transformando a nossa comunidade”, destacou Luciana Balbino.

As ações de estruturação das atividades criativas na Comunidade Chã de Jardim começaram em 2012 com a adesão da Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade da Chã de Jardim (Adesco), liderada por Luciana Balbino, ao projeto de Economia Criativa com foco na produção associada ao turismo do Sebrae Paraíba.

A Comunidade Chã do Jardim recebe diariamente turistas de várias regiões do país e já recebeu os prêmios de 2º lugar do 3º Prêmio Braztoa de Susten-

Caminhos do Frio - A Comunidade Chã do Jardim participou da Rota Cultural Caminhos do Frio. Ao longo de uma semana, segundo Luciana Balbino, o restaurante registrou uma intensa movimentação. “O Caminhos do Frio em Areia foi resultado de um trabalho em conjunto da comunidade e empresários, que entenderam a importância do evento para o município. Esta edição foi uma das melhores em público e vendas”, destacou a líder da comunidade. Nesta semana, durante o Caminhos do Frio, o Sebrae Paraíba promoveu fampress com jornalistas do Estado para a cidade de Areia e mostrou a nova oferta turística de vivências e experiências do município com foco na economia criativa. Esta semana a Rota Cultural acontece na cidade de Pilões e irá se estender por mais cinco municípios até o dia 31 de agosto. Fonte: Sebrae Paraíba

“Em 2006, um grupo de jovens decidiu buscar capacitações e o resultado foi a fábrica de polpas de frutas. Poucos acreditavam no nosso projeto, nos chamavam de loucos. Há três anos, conhecemos a proposta do Sebrae SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 115


INAUGURAÇÃO

Itabaiana inaugura Casa do

Empreendedor

A

cidade de Itabaiana terá um instrumento a mais para promover o desenvolvimento de seus pequenos negócios e gerar crescimento econômico e social local. Nesta sexta-feira (24), a partir das 17h, será inaugurada a Casa do Empreendedor da cidade, onde serão disponibilizadas informações, orientações e serviços de forma simplificada e integrada aos micro e pequenos empresários, microempreendedores individuais e potenciais empreendedores. Na sexta-feira também será encerrada a Oficina Sebrae de Empreendedorismo (OSE), que teve início na segunda-feira (20) e está capacitando cerca de 400 pessoas em planejamento empresarial, gestão, marketing e finanças. Itabaiana, localizada a 75 km de João Pessoa, possui cerca de 800 pequenos negócios forma-

lizados, sendo em torno de 500 microempreendedores individuais (MEI). Esse público, além dos potenciais empreendedores e os informais terão oportunidade de ser atendidos na Casa do Empreendedor. “Olhando para o presente, nesse momento delicado que a economia está passando, e também para o futuro, o empreendedor precisa estar mais preparado para superar as dificuldades que vão surgindo. A Casa é um importante instrumento de apoio e o Sebrae capacita agentes de atendimento, auxiliando a prefeitura para dar um suporte inicial dentro do próprio município”, esclarece o superintendente do Sebrae Paraíba, Walter Aguiar, que ressaltou ainda a importância a cidade por ser pólo da região do Vale do Paraíba e será beneficiada com a transposição do Rio São Francisco. Na Casa, são disponibilizadas

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informações e orientações sobre os procedimentos necessários à abertura e formalização de empresas. O prefeito de Itabaiana, Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior, ressaltou a importância da Casa do Empreendedor para a formalização de novos negócios no município e na região. “Com o polo automotivo na região de Goiana (PE), muitas empresas novas vão surgir. É preciso estarmos formalizados e capacitados para atender estas demandas. Acredito que com a Casa e a parceria com o Sebrae teremos o suporte necessário para o desenvolvimento de nossa região”, afirmou o prefeito. O empresário Josinaldo Dias, que possui um mercadinho e um frigorífico em Itabaiana desde 2003, também acredita que a Casa do Empreendedor irá trazer desenvolvimento para sua cidade e municípios vizinhos. “Itabaiana é uma cidade polo.


Já reivindicávamos a Casa do Empreendedor aqui há alguns anos e agora conseguimos. Lá, tanto nós empresários, como nossos funcionários, poderemos ter mais informações e oportunidades para gerirmos melhor nossos negócios”, disse. A criação da Sala do Empreendedor é resultado da regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei 123/2006) na cidade. A lei, também chamada de Estatuto da Microempresa, é um dispositivo de desenvolvimento econômico que cria um ambiente de negócios favorável ao empreendedorismo, por meio de políticas públicas de estímulo à abertura e sustentabilidade da micro e pequena empresa no mercado.

Oficina de Empreendedorismo Durante a oficina de empreendedorismo, os participantes estão vivendo situações reais do dia a dia de uma empresa, de forma simples e direta, com dinâmicas e vivências. “A oficina é uma das iniciativas do Sebrae que oferece condições para o desenvolvimento dos pequenos negócios e o fortalecimento da economia local. A oficina desperta o empreendedorismo na população e melhora a gestão e o planejamento dos que já tem o seu próprio negócio”, completou o gerente do Sebrae em João Pessoa, Edilson Azevedo. A oficina tem a duração de cinco dias, realizada sempre à noite (19h às 22h) e é uma parceria entre o Sebrae Paraíba e a Pre-

feitura Municipal de Itabaiana. Estão participando os interessados em abrir seu próprio negócio ou aqueles que já têm uma pequena empresa e querem melhorar a gestão. Josinaldo, proprietário do mercadinho e frigorífico, é um dos participantes da Oficina. “Essa capacitação é muito interessante e dinâmica. Amplia a nossa visão de trabalho e aprendemos coisas práticas para aplicar em nossas empresas”, disse. Marcos Oliveira, dono de uma loja de ferragens há 18 anos, também está participando. “Todo aprendizado é válido. Ao participarmos da oficina começamos a perceber coisas que não víamos antes e temos novas ideias”, finalizou.

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ECONOMIA

Cesta básica de João Pessoa é a

3ª mais barata do Brasil, diz Dieese

J

oão Pessoa tem a terceira cesta básica mais barata entre as capitais brasileiras, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa, realizada no mês de julho em 18 cidades, a cesta custava R$ 306,53 no período observado. A cidade com o menor custo, segundo a pesquisa, foi Aracaju (R$ 285,44), seguida de Natal (R$ 293,58). A pesquisa revela que houve uma redução de 0,95% em relação a junho, mas nos últimos doze meses o valor acumula um reajuste de 13,28%. O custo representa 42,28% do valor do salário mí-

nimo vigente, exigindo que o trabalhador ‘gaste’ 85h35m do seu tempo do mês para adquirir os itens da cesta básica. Alguns itens apresentaram queda nos valores em João Pessoa, como aponta o Dieese. Três produtos tiveram redução: farinha (-16,67%), óleo (-2,77%) e açúcar (-0,57%). Outros oito produtos registraram aumento nos preços, como a banana (24,12%), e a manteiga (4,61%), além do leite (2,02%), arroz (1,21%), feijão 1,03%, açúcar (0,58%), carne (0,27%) e pão (0,24%). Fonte: G1 Paraíba

Monte um cardápio semanal

Deixe as crianças em casa

Monte um cardápio semanal aproveitando os alimentos que tem no armário. Verifique quais ingredientes faltam e então liste tudo para ir às compras.

As crianças são seres consumistas. Tudo o que veem ou é novidade elas querem, com isso suas compras podem sair do controle e se desviar da lista.

Faça uma lista de compras

Compre apenas o necessário

A lista de compras é um item necessário para levar ao supermercado, ela deve conter os ingredientes para o seu cardápio semanal. Fazer uma lista livra dos excessos e do consumismo.

Comprando apenas aquilo que vai consumir, evite que frutas, legumes, verduras, hortaliças e carnes estraguem em sua casa ou que produtos passem da validade e acabem no lixo.

Evite as compras mensais É mais cômodo e economiza tempo, mas as compras mensais podem gerar mais desperdícios.

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PIAUÍ

PALAVRA DO PRESIDENTE ASPB

22ª edição da Convenção Lojista do Piauí

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Piauí promove, em 2015, a 22ª edição da CONVENÇÃO LOJISTA DO PIAUÍ, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro, no auditório da Uninovafapi. O sucesso das edições anteriores confirma a importância desse grande evento para o desenvolvimento econômico, empresarial e competitivo das empresas do Piauí. Desde a sua primeira edição, em 1992, até o ano de 2013, já participaram da Convenção Lojista mais de 25 mil pessoas, entre empresários, estudantes e empreendedores, em busca de mais conhecimento e oportunidades de negócios. O interesse crescente dos participantes mostra que a Convenção Lojista se consolida, a cada edição, como um dos mais importantes eventos do Piauí que objetiva promover uma maior integração e troca de conheci-

mentos, visando o fortalecimento e desenvolvimento do movimento lojista piauiense. Esse sucesso é devido principalmente à relevância de temas importantes relacionados ao meio empresarial piauiense, bem como pela participação de grandes personalidades, reconhecidos pela qualidade de suas palestras, o que ajudou a tornar este Evento uma referência no cenário no movimento lojista brasileiro.

A Convenção será um importante momento de discussão de temas que podem colaborar para enfrentar os desafios atuais. No evento será discutido o cenário local e nacional e ideias para superar as dificuldades. Qualquer lojista ou empreendedor de uma forma geral, pode se beneficiar.

Esse ano a Convenção Lojista oportunizará aos participantes uma importante discussão sobre o direcionamento dos seus negócios de acordo com as novas tendências de mercado ou até a possibilidade da abertura de novos negócios. Dessa forma, convidamos a todos para junto conosco ampliar os conhecimentos e mergulhar no tema “Integração, Conhecimento e Superação”.

Sávio Normando, Presidente da FCDL/PI

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VISITA TÉCNICA

Empresários piauienses participam

de missão técnica em Fortaleza

Q

uinze empresários do segmento de mini mercados e mercearias participam de missão técnica à 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor – ABAD, que acontece até quinta-feira (06), em Fortaleza. A participação dos empresários foi viabilizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, atendendo a uma demanda da Associação dos Merceeiros e Proprietários de Mercadinhos de Teresina, AMPM. Segundo o analista do Sebrae no Piauí, Diogo Chaves, a expectativa é que os empresários conheçam as tendências e os principais lançamentos do

segmento de varejo alimentar, além de soluções tecnológicas voltadas para o setor. “Nesse momento de crise, é preciso se diferenciar e apostar na inovação, seja através de melhoria dos processos e/ou apostando em uma maior variedade de mix de produtos”, afirma Chaves. A Convenção Anual do Atacadista Distribuidor é o maior encontro de negócios do segmento na América Latina, sendo um evento onde profissionais da cadeia de abastecimento encontram produtos, equipamentos e serviços que geram grandes oportunidades de negócios. Este tradicional evento, com quatro dias de duração, é o

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local ideal para conhecer lançamentos e novas tendências. É também a melhor oportunidade para estreitar relacionamentos e fechar parcerias com integrantes da cadeia de abastecimento nacional, incluindo agentes de distribuição, palestrantes, fornecedores do setor e indústria, com destaques para fabricantes de alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal, limpeza, artigos de bazar, entre outros. A convenção se destaca também no aspecto da capacitação. Visitantes e expositores podem participar das palestras técnicas de alto nível oferecidas pela ABAD. Essas palestras, ministradas por especialistas, visam promover o conhecimento e divulgar novas tecnologias


JUSTIÇA

Lojistas acionarão a Justiça

contra multas geradas pelo CPF na nota

U

m dos temas mais discutidos nos últimos meses também foi pauta de reunião entre lojistas, o CPF na nota fiscal. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindilojas/PI), em Teresina, e foi um momento de debate sobre as principais dificuldades da classe empresarial no cumprimento das obrigações acessórias impostas pelo decreto do Governo do Estado do Piauí, de Nº 16.091. O decreto regulamenta a Lei n° 6.661, de 10 de junho de 2015, que dispõe sobre a criação do Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado do Piauí, cujo objetivo é conscientizar e estimular os adquirentes de mercadorias e bens a exigirem dos respectivos fornecedores a entrega de documento fiscal correspondente. A reclamação mais recorrente da reunião foi a inviabilidade do cumprimento das obrigações acessórias, uma vez que o lojista não fica dispensado de outras obrigações e as multas impostas nesses casos são muito elevadas, ou seja, multas pesadas, segundo os empresários. O PAF-ECF, uma sigla usada para designar o Programa Aplicativo Fiscal do Emissor de Cupom Fiscal, também foi citado pelos lojistas como impedimento nesse processo. Isso

porque, várias versões foram implementadas pela Secretaria de Fazenda do Estado e muitas empresas de softwares não fizeram as devidas atualizações. Cada nova versão que surge, exige a obrigatoriedade de atualização, sujeita a multa caso não cumprida. O reflexo disso é que muitas empresas não conseguirão gerar corretamente os arquivos digitais exigidos pelo Fisco Estadual nos prazos estabelecidos, ficando assim sujeitas as penalidades imposta pelo referido decreto. Para o advogado tributarista e assessor jurídico do Sindilojas/ PI, Sebastião Rodrigues Jr., da forma que está sendo feito, qualquer tipo de educação fiscal será frustrada. “O sistema que está em vigência por parte da Sefaz é incompatível com os programas atuais e regulares que os contribuintes já dispõem para prestar as informações. Hoje, para o cumprimento des-

sa política de educação fiscal por parte do consumidor, o contribuinte está onerado por ter uma sanção considerável de multa de algo que ele não poderá cumprir, por vontade alheia dele, e em razão de obrigação nova, em que o Fisco não disponibiliza meios para que o lojista possa cumprir”, esclareceu o advogado. Com a reunião, ficou deliberada a convocação de quórum para aprovação de uma medida judicial do Sindilojas/PI para afastar a cobrança de multas decorrentes da política de conscientização fiscal, em razão do próprio Fisco não oportunizar meios ou mesmo mais informações para que os lojistas possam cumprir com mais esta exigência fiscal. “Precisamos nos mobilizar para garantir que as condições de cumprimento legal do decreto sejam dadas aos lojistas”, pontuou Luiz Antônio Veloso, presidente do Sindilojas/PI.

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CAPACITAÇÃO

Sebrae realizará capacitações

para fortalecer as micro e pequenas empresas planejamento, atendimento ao cliente serão assuntos abordados nas palestras e oficinas do dia 23. Já no período de 24 a 26 de setembro acontecerão outras palestras e oficinas tratando também dos temas acima citados. Em diversos municípios do Estado, também ocorrerão capacitações para donos de pequenos negócios, a exemplo de Parnaíba, São Raimundo Nonato, Piripiri, Bom Jesus, Floriano e Picos.

O

Movimento Compre do Pequeno Negócio já está na rua. Essa ação, capitaneada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, visa fortalecer as micro e pequenas empresas e também a economia brasileira. Para preparar os empresários para o ponto alto desse movimento, que será no dia 05 de outubro, o Sebrae no Piauí realizará, no período de 21 a 26 de setembro, uma Semana de Capacitação, com diversas atividades ocorrendo simultaneamente em várias cidades do Es-

tado. Em Teresina, acontecerão palestras, oficinas e cursos no centro da cidade, e nos bairros Dirceu Arcoverde e Parque Piauí. Essas capacitações abordarão temas relacionados ao mundo dos negócios. No dia 21 de setembro, serão ofertadas oficinas sobre atendimento ao cliente, técnicas de vendas, formação de preços, redução de desperdícios, inovação e criação de uma loja virtual. Já no dia 22, ocorrerão oficinas sobre marketing e controles financeiros. Também acontecerão palestras sobre planejamento e preços de venda. Relações interpessoais,

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“É fundamental que os empresários se capacitem e possam oferecer serviços e produtos que atendam às expectativas dos clientes. Além disso, por meio dos treinamentos que o Sebrae oferta, o empreendedor adquire conhecimentos sobre a melhor forma de gerir sua empresa”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. O Movimento Compre do Pequeno Negócio é uma ação inédita que visa estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por micro e pequenas empresas. A iniciativa pretende usar a força dos pequenos negócios, que correspondem a mais de 10 milhões de empresas no Brasil, para fortalecer a economia. “Comprar do pequeno é uma forma de contribuir para o crescimento da cidade, ajudando a


economia local e nacional. As micro e pequenas empresas são mais de 95% do total dos empreendimentos brasileiros, respondem por 27% do Produto Interno Bruto e por 52% do total de empregos com carteira assinada”, destaca Mário Lacerda.

compredopequeno.com.br. A ideia é que o público possa pesquisar, de maneira fácil e rápida, os produtos e serviços que estão perto de suas casas ou de seus trabalhos e que podem atender às demandas de consumo imediato.

As ações do Compre do Pequeno Negócio tiveram início este mês e seguirão por todo o mês de setembro, culminando na grande onda em favor da micro e pequena empresa no dia 05 de outubro.

Para incentivar a participação no Movimento Compre do Pequeno Negócio, o Sebrae desenvolverá uma intensa campanha de divulgação e mobilização de parceiros e da sociedade. Vídeos e postagens já estão na mídia e nas redes sociais tratando da adesão a esse grande ato. Os empreendedores e empresários que quiserem se unir ao Sebrae nesse movimento devem se cadastrar no site www.

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CAPACITAÇÃO

Empresários aprendem sobre plano de

negócio na prática

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ficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel é o novo módulo do Programa Próprio

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, ofertará um novo módulo do Programa de Orientação ao Candidato a Empresário, Próprio. Trata-se da oficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel. De acordo com a analista do Sebrae no Piauí, Valclêdes Moura, esse módulo contribuirá para a efetiva implementação do plano de negócio. “Essa oficina é baseada numa plata-

forma de modelagem de negócios, denominada Canvas. Essa ferramenta funciona como um ponto de partida e de planejamento para que o potencial empresário possa concretizar seu objetivo de montar um empreendimento”, destaca. O Programa Próprio tem como objetivo propiciar assessoria completa para abertura de uma empresa, desde a análise do perfil empresarial e conhecimentos para planejar o negócio, até a consultoria de viabilidade. Inicialmente há uma sensibilização, com a palestra Portas Abertas. Em seguida, são

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aplicados outros três módulos – Despertando o Empresário, Coletando Informações, Conhecendo Seu Negócio – que se constituem numa completa consultoria empresarial. Depois é ministrada a oficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel. Ao final, é feita uma análise de viabilidade econômica do empreendimento na etapa de Consultoria de Viabilidade. Em 2014, o Próprio capacitou quase duas mil pessoas. Maiores informações no Setor de Treinamentos do Sebrae em Teresina, na Av. Campos Sales, nº 1046 – Centro; ou através da Central de Relacionamento Sebrae, no 0800 570 0800.


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VENDAS

As lições da crise de 2008 para o varejo

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atual crise econômica é a pior que vivemos depois do Plano Real. Por causa dela, as vendas no varejo brasileiro, medidas pela Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, registraram um crescimento nominal de apenas 4,1% entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado - bem menos que os 8,47% de inflação no período. A situação nos shoppings foi ainda pior: as vendas nominais subiram somente 2,43%, segundo dados apurados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Diante de um quadro tão preocupante, economistas, jor-

as vendas do comércio em dezembro de 2008 caíram 9,8% em relação a 2007. Imagine uma queda de quase 10% em pleno Natal. Pois foi exatamente isso o que aconteceu por lá. A resposta dos lojistas nos Estados Unidos veio na forma de liquidações. A Saks chegou a oferecer produtos com 80% de desconto no pós-Natal. Se, por um lado, a estratégia ajudou um pouco a girar os estoques, de outro comprometeu seriamente a lucratividade dos varejistas. Cerca de sete anos depois, o comércio brasileiro responde à nossa crise aqui de maneira parecida. As liquidações estão por toda parte e tudo indica que se estenderão ao longo do ano em muitos setores.

nalistas e marqueteiros, entre outros, têm se dedicado a exercícios de futurologia, na tentativa de prever como os consumidores se comportarão nos próximos meses. Como gosto de caminhar na contramão, preferi olhar para trás. E, ao rever dados relativos à crise na qual os Estados Unidos se enfiaram no finalzinho de 2008, concluí que são grandes as chances de o futuro brasileiro repetir o passado norte-americano. Para quem não se recorda, vale lembrar que uma quebradeira no sistema financeiro norte-americano mergulhou o país do Tio Sam em uma violenta recessão, com gravíssimos reflexos no varejo. Para se ter ideia do problema, basta dizer que

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Mas as semelhanças entre os Estados Unidos de 2008 e o Brasil de 2015 não param por aí. Pesquisas apresentadas pela Miller Zell na convenção da NRF (National Retail Federation) de 2009 mostraram que 61% dos consumidores norte-americanos passaram a gastar menos em eletrônicos e 64% cortaram gastos em roupas durante a recessão. Agora, adivinha quais foram os segmentos mais afetados pela crise brasileira? Isso mesmo – as vendas reais de móveis e eletrodomésticos caíram 10,9% entre janeiro e maio desse ano, enquanto as de vestuário e calçados recuaram 5%, segundo o IBGE. Nos shoppings a situação não é diferente. A pesquisa da Miller Zell indicou ainda que nada menos que 1/3


dos norte-americanos, em função da crise de 2008, trocaram marcas tradicionais de vestuário por marcas próprias de lojas de departamento. O período marcou também um crescimento do varejo de moda batizado de cheap&chic (barato e chique), representado por Uniqlo, H&M e companhia limitada. No Brasil, quem destoa dos números negativos do segmento de moda são justamente marcas que podem ser consideradas cheap&chic, como Forever 21 e Renner, por exemplo.

Como o varejo norte-americano enfrentou a crise de 2008? As armas foram basicamente três: redução do desperdício, elevação da eficiência e maior esforço de ativação dos clientes que as marcas já possuíam. Isso significou corte de custos e diminuição de riscos, passando inclusive pela redução do tamanho das lojas. E também maiores investimentos em capital humano, nos canais de venda virtuais e na revisão do portfólio de fornecedores, assim como na melhoria da experiência de

compra dos consumidores nas lojas. Como você deve ter concluído, muitas dessas medidas já podem ser sentidas no Brasil de 2015.

que o fenômeno é exclusivo da emergente Classe C. Ainda de acordo com o pessoal da dunnhumby, as classes A e B andam surfando a mesma onda.

Nos Estados Unidos de 2008, uma palavra entrou para o dicionário dos consumidores: frugalidade. Em outras palavras, a austeridade nas compras entrou na moda, e as pessoas orgulhavam-se dos descontos e preços baixos que conseguiam obter. Ao mesmo tempo, muitos usavam parte do dinheiro economizado nas barganhas para presentear-se com indulgências, tais como produtos de beleza e brinquedinhos, como iPods e iPhones.

É evidente que todas essas convergências não são simples coincidências e merecem reflexão por parte da comunidade varejista brasileira.

Voltando ao Brasil de 2015, análises recentes divulgadas pela dunnhumby apontam claramente o surgimento de um segmento de consumidores brasileiros, que representa cerca de 25% da população tupiniquim, que, para manter o padrão de vida conquistado, economiza em produtos básicos para custear a compra de pequenos luxos e indulgências. Justamente como os norte-americanos em 2008. E enganam-se os que pensam

A crise de 2008, que só agora começa a ser deixada para trás pelos Estados Unidos, deixou marcas profundas no consumidor norte-americano e foi o ponto de partida para importantes mudanças no varejo. Na NRF de 2009, H. Lee Scott, então CEO do Walmart, às vésperas da aposentadoria, disse em sua palestra uma frase de impacto: “Hard questions are not made during good times” (algo como “perguntas difíceis não são feitas durante os bons tempos”). Para nós, os bons tempos parecem ter ficado para trás. A hora é de reunir coragem para garantir uma travessia menos turbulenta em direção ao futuro. Luiz Alberto Marinho, Sócio-diretor da GS&BW. Fonte: Monitor Digital

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CHECKLIST

Micro e pequenas empresas

representam 85% do Varejo Alimentar Brasileiro

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maior fatia do varejo alimentar no Brasil é composta por micro e pequenas empresas, revela estudo da Serasa Experian apresentado durante a 33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e 16ª Sweet Brasil International Expo – ABAD 2013, em Fortaleza (CE). O levantamento aponta que 85% dos estabelecimentos atuantes no segmento são micro – 47% do total, com faturamento anual entre R$ 60 e R$ 360 mil – e pequenos negócios – 38%, com ganhos entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano. Os empreendedores individuais representam 12,7% deste mercado e faturam até R$ 60 mil anualmente.

O estudo mostra ainda a distribuição regional dos estabelecimentos. Metade do total (50,2%) está no Sudeste, 20% no Sul e 18% do varejo alimentar são da região Nordeste. Já as regiões Centro-Oeste e Norte concentram, respectivamente, 7,1% e 4,5% do setor. Outro dado revelado diz respeito à representatividade de empreendedores individuais em cada região do Brasil. No Nordeste, para cada 100 varejos alimentares, 17 são empreendedores individuais. Na região Norte esta relação é ainda maior, chegando a 21 empreendedores individuais. No Centro-Oeste, eles são 16, no Sudeste 11 e no Sul 8 empresários individuais

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para cada 100 estabelecimentos alimentares. Segundo o diretor do segmento atacado da Serasa Experian, Nilson Gomes, o estudo revela o mapa do varejo alimentar no país e mostra a relevância das micro e pequenas empresas na distribuição dos produtos para as famílias brasileiras. “Os números ressaltam o papel fundamental do atacadista na cadeia produtiva nacional”, diz o diretor. “O grande varejo compra diretamente da indústria, enquanto o pequeno estabelecimento conta com a alta capilaridade de atuação do atacadista distribuidor.” Fonte: SEBRAE Mercados


A crise ARTIGO

e as vantagens comparativas do Brasil

C

onversando com empresários, industriais e investidores estrangeiros que tinham planos já definidos e aprovados para investimentos de longo prazo no Brasil, fiquei impressionado ao ver que, de forma unânime, eles falaram da sua profunda decepção com o que vem acontecendo com o nosso País — desarranjo total da economia, corrupção, desemprego, destruição do valor da Petrobras, crescimento negativo do PIB, etc. — afirmando que não veem outra alternativa a não ser buscar outro local para receber esses investimentos diretos produtivos. Todos reforçaram a palavra “decepção”, pois acreditavam que desta vez “o Brasil iria marcar o tão esperado gol de se transformar num país desenvolvido, pois a bola estava na área”. Alguns me disseram da surpresa em ver a capacidade das autoridades brasileiras em cometer erros grosseiros na economia sem prever suas consequências. “Vamos ter que esperar mais para ver o que vai acontecer”, me disse um investidor europeu, que sempre se disse fã de nosso País e o qualificava como a melhor opção de investimento do mundo de hoje.

É claro, afirmam eles, que o Brasil continua tendo vantagens estratégicas comparativas muito grandes em relação aos nossos concorrentes emergentes: “(a) não tem problemas étnicos ou religiosos sensíveis; (b) não tem problemas de fronteira; (c) é uma democracia constitucional consolidada; (d) tem um setor agropecuário e do agronegócio considerado dos melhores do mundo - tem terra, sol e água em abundância para produzir alimentos, sem cataclismos naturais como terremotos, vulcões, etc.; (e) tem um mercado interno pronto para consumir assim que as pessoas tenham recursos; (f) fala um único idioma. Isso para citar apenas algumas dessas vantagens estratégicas”, completaram. E vem exatamente daí a grande decepção: como um País com tantas vantagens pode errar tanto?

reito de protestar e de espernear e fazer chegar nossa indignação àqueles em quem votamos e que devem nos representar. E, aos que ainda não perderam o emprego, resta trabalhar, trabalhar, trabalhar para que, através do nosso trabalho duro, competente e honesto, possamos evitar que o desemprego aumente, a economia piore e a crise se aprofunde ainda mais se transformando num caos total que, certamente, não interessará a ninguém. Com tantas vantagens estratégicas comparativas, temos que acreditar que um dia ainda deixaremos de ser “o País do futuro” para ter o presente que merecemos. Pense nisso. Sucesso!

Depois de ouvir esses comentários todos, fiquei com a pergunta: e nós, brasileiros, o que podemos fazer? Nós povo; nós trabalhadores; nós empresários; nós que não somos políticos, o que fazer? Acredito que para nós, os simples e mortais brasileiros, além do voto que só podemos exercer nas eleições, nos resta o di-

Luiz Marins – Antropólogo e Palestrante


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CHECKLIST

Cerca de 40% das perdas

acontecem nos checkouts

A

s perdas ainda são um grande pesadelo para os supermercados brasileiros. Em 2013, o setor teve perdas equivalentes a 2,51% do seu faturamento, segundo a pesquisa anual do Provar (Programa de Administração de Varejo), da FIA/USP. O desempenho piorou em relação ao ano anterior, quando o índice foi de 1,96%. E, segundo a Gunnebo, empresa que desenvolve sistemas de segurança para o varejo, 40% das perdas internas dos supermercados acontecem nos checkouts. Uma situação comum, que leva a prejuízos nos caixas, é quando produtos são vendidos em packs de várias unidades, mas apenas uma unidade é registrada pela operadora. Outra consiste em itens de FLV pesados e registrados com o código errado ou até mesmo sem código. As falhas podem ocorrer por acidente ou má fé dos profissionais. Mas, seja qual for o caso, quem sai perdendo sempre é a empresa.

A pesquisa Provar/FIA mostra que apenas 59% do varejo alimentar investe em soluções de monitoramento para os caixas. Uma dessas empresas é a rede Tonin, com quatro supermercados e 12 atacarejos no interior de São Paulo e Minas Gerais. A rede apostou na tecnologia. Com um sistema fornecido pela Gunnebo, em um ano a empresa conseguiu reduzir em 40% as perdas identificadas no checkout de uma das unidades, utilizada como piloto. “O bom resultado nos levou a adquirir a solução para todas as outras lojas neste ano”, conta Marcos Cézar Cattani, gerente operacional da empresa. A solução dispõe de câmeras com imagens em alta resolução e é integrada ao software de gestão da rede, registrando cópias dos cupons fiscais lançados. Com isso, é possível fazer o monitoramento do checkout em tempo real. O sistema identifica movimentos suspeitos – por exemplo, uma operadora que registra uma unidade de cerveja, mas

libera todo o engradado – e gera alertas para a equipe de segurança. “Cada supermercado pode criar uma lista de itens de risco de acordo com sua realidade. Toda vez que esses itens são registrados, alguém é notificado”, explica Moisés Pontremoli, consultor da Gunnebo Brasil. A solução não exige pré-requisitos ou estruturas adicionais e pode ser integrada a qualquer software de caixa. É possível alugar ou comprar o equipamento, com toda a manutenção e atualização a cargo da fornecedora. O preço varia conforme a necessidade de cada empresa. No caso do Tonin, equipar todas as 16 filiais custou aproximadamente R$ 500 mil. Valor que a rede espera recuperar, com a redução das perdas, em seis meses.

O tamanho do problema

• 40%

• 43%

das perdas internas ocorrem no checkout

das perdas em supermercados não são identificadas

• 41%

• 2,5%

dos supermercados não investem em soluções de monitoramento do checkout

é o índice de perdas apurado no autosserviço alimentar em 2013

• 2,3%

sobre o faturamento foi o índice de perdas em todo o varejo em 2013

Fonte: Provar/FIA

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MERCADO

Para Eduardo Terra, presidente da SBVC e idealizador do levantamento, o estudo é pioneiro pelos critérios adotados, pela profundidade e abrangência das empresas analisadas.

O Boticário é o varejista com mais lojas; Pão de Açúcar, o maior grupo do país

L

evantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) sobre o varejo brasileiro elencou as 250 maiores empresas do setor no país por faturamento. De acordo com o ranking, o total de faturamento bruto das 250 maiores redes de varejo do Brasil passou de R$ 454 bilhões em 2014. A informação é do Ranking SBVC 2015, que teve apoio técnico da KPMG, Varese Retail e BTR Educação e Consultoria.

A soma do faturamento das “250 mais” representa 36,76% do total do varejo nacional de bens de consumo (exceto automóveis e combustíveis), que é de R$ 1,23 trilhão, de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o estudo, 94 das redes de varejo listadas tiveram faturamento acima de R$ 1 bilhão em 2014. O documento mostra também que as cinco maiores empresas representam 31,36% do total das 250 listadas no ranking e 11,54% do varejo de bens de consumo descritos pelo IBGE. A primeira colocada na lista da SBVC é o Carrefour, com faturamento de R$ 37,92 bilhões. Outra revelação do estudo é que, entre as 10 primeiras colocadas, estão três empresas do Grupo Pão de Açúcar (Cnova, Via Varejo e Multivarejo), com faturamento de R$ 72,87 bilhões, o que caracteriza o GPA como o maior grupo de varejo do Brasil.

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- Pela primeira vez, é reunida e analisada esta quantidade de empresas de varejo com uma série de indicadores e informações. Além disso, é a primeira vez que as empresas com atuação em franquias e atacado têm o seu faturamento da rede de lojas listado no ranking. Além da radiografia completa do setor, as análises apontam conclusões importantes, como o fato do maior grupo varejista do Brasil (Grupo Pão de Açúcar) empregar sozinho mais brasileiros que toda a indústria automobilística. Já para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e conselheiro da SBVC, “o ranking da SBVC traz uma leitura mais efetiva do real peso que as empresas têm no varejo brasileiro. Ao considerar o faturamento das redes de franquias e os operadores de comércio eletrônico, revela a evolução na escala das empresas de varejo no Brasil, que já tem 94 negócios com vendas acima de R$ 1 bilhão em 2014. De outro lado, há espaço para amadurecimento no varejo brasileiro, visto que 82% das 250 maiores empresas são de capital fechado, somente 10% de controle estrangeiro e que as 10 maiores empresas de varejo do Brasil só detêm 15% do mercado total.” O estudo traz uma série de apu-


rações e revelações a respeito do setor e seus segmentos: é a primeira vez que é levantado o faturamento da rede franqueada (soma das lojas) e não o faturamento do franqueador; a maior rede de varejo do Brasil em número de lojas é o Boticário com 3.912 unidades, seguida da Subway com 1.817; as sete maiores empresas de varejo brasileiro por número de lojas são redes de franquia; das 250 empresas de varejo apresentadas no ranking, 35 são redes de franquia; e das 13 redes de varejo que operaram com mais de mil lojas, oito são franquias. A maior rede de varejo por número de funcionários é a Multivarejo do Grupo Pão de Açúcar, com 101 mil colaboradores em seu quadro; as 48.706 lojas que compõem as 250 maiores redes empregavam mais de 1,5 milhão de pessoas em 2014. As 10 maiores empresas juntas têm 515 mil pessoas empregadas.

44 das 250 rankeadas são empresas de capital aberto, o que significa 17,6% do total; entre as 10 maiores, seis são de capital aberto, cinco são do segmento de eletromóveis, quatro são super ou hipermercado e uma é drogaria e perfumaria. Também entre as 10 maiores, duas operam exclusivamente e-commerce (Cnova e B2W); a última colocada no ranking, a Mobly, tem faturamento de R$ 180 milhões; Andorinha Supermercados é a rede que tem maior faturamento por loja, com um total de R$ 425.269 milhões por ano, uma média de aproximadamente R$ 35 milhões por mês; 133 das 250 apuradas estão nas categorias super, hiper ou lojas de conveniência; das 10 maiores, a que mais caiu em faturamento, de 2014 sobre 2013, foi a Cencosud; entre as 250 empresas, 25 são de controle estrangeiro; o faturamento da maior empresa

de varejo do Brasil (Carrefour) equivale a 3% do valor faturado pela maior empresa de varejo dos EUA (Walmart); 30 das 250 têm capilaridade nacional total, ou seja, estão presentes nas 27 UFs; 103 das 250 têm sede no Estado de São Paulo; Cnova teve crescimento de vendas de 96,41% no comparativo de 2013 x 2014; e das cinco maiores, a que mais cresceu em faturamento foi a Magazine Luiza, com aumento de 18,7%. As 250 empresas listadas no ranking foram agrupadas nas seguintes categorias: livrarias e papelarias; food service; drogaria e perfumaria; material de construção; eletro e móveis, super, hiper, cash e conveniência; lojas de departamento, utilidades e artigos para o lar; ópticas, jóias, bijoux, bolsas e acessórios; moda, calçados e artigos esportivos e outros segmentos. Fonte: Varejista

O maior empregador privado do Brasil é o Grupo Pão de Açúcar, com 174 mil funcionários. Este número é superior a todos os colaboradores da indústria automobilística brasileira, cerca de 130 mil. As três redes com maior faturamento por funcionário, ou seja, com a melhor produtividade, são empresas de e-commerce. São elas, Privália, em primeiro lugar, seguida por Cnova e Wine. Outras revelações importantes são que 13 redes de varejo já operam mais de mil lojas; na lista das 250, 40% operam o canal e-commerce, ou seja, 100 redes; SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 19


CAPA

ABAD 360º –

Indústria, Agente de Distribuição e Varejo.

M

ais uma edição da Convenção Anual do Atacadista Distribuidor aconteceu em Fortaleza reunindo os maiores da indústria com os maiores atacadistas distribuidores nacionais e o varejo, promovendo um encontro focado na qualidade e produtividade. O evento com o tema “ABAD 360º – Indústria, Agente de Distribuição e Varejo. Juntos gerando oportunidades” contou com a presença de autoridades governamentais e outros profissionais ligados à cadeia de abastecimento. A primeira edição aconteceu em 2013, no Centro de Eventos. A próxima edição da feira será realizada em São Paulo e passará a se chamar Encontro Nacional da Cadeia de Abastecimento. O evento visa mostrar lançamentos e novas tendências do setor, reunindo em um só lugar os gigantes da indústria com os maiores atacadistas, distribuidores nacionais e o varejo. O evento é reconhecido como um dos principais encontros do trade do Brasil e considerada o maior

evento do segmento na América Latina. A expectativa alcançou a meta de mais de R$ 20 bilhões em negócios, ultrapassando o ano anterior. Na programação, oportunidades e lançamentos de produtos, equipamentos, serviços e novas tendências, no maior ponto de encontro do setor. Uma das grandes preocupações da ABAD atualmente é a capacitação dos profissionais. Por isso, as palestras técnicas foram uma das atrações com maior procura dos visitantes. Durante o evento também ocorreram as premiações: Melhor Atacadista Distribuidor Nacional e Estadual, Maior Caravana Estadual por Região e Melhor Expositor, este último em parceria com a Popai Brasil. Ao todo, cerca de R$ 45 milhões foram investidos na convenção, que recebeu cerca de 15 mil pessoas. Foram contratados cerca de 1.500 profissionais para trabalhar no evento nas áreas de hoteleira, restaurantes, transportes, comércio, artesanato. De acordo com Jocélio Paren-

te, presidente da Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos (Acad), muitos dos que visitaram o evento permaneceram por mais alguns dias na cidade para conhecer as atrações turísticas, aquecendo a economia local. “As pessoas de fora que vieram para a feira chegaram uma semana antes, ou vão ficar no fim de semana para conhecer as belezas do Estado”, pontuou Parente. Do total de visitantes da feira, cerca de 70% vieram de fora do Estado. Para José do Egito Frota, presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos (Abad), o número é significativo dado o cenário de dificuldade econômica vivido pelo País. “Os empresários sentiram (as perdas no primeiro semestre), mas trouxeram alternativas para virar o jogo”, ressaltou o presidente da Abad. O presidente lembrou que, após a edição do evento em Fortaleza no ano de 2013, vários empreendimentos se instalaram no Estado. “Uma das em-

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presas foi a Química Amparo, fabricante dos produtos Ypê, Tixan, Assolan e Perfex. E foi a feira que atraiu a empresa para cá”, apontou. Ele não apontou, entretanto, se há outras empresas interessadas em se instalar no Ceará após a última edição da feira. Ele destaca, ainda, que um dos diferenciais desta edição da feira, que reuniu representantes da indústria, do atacado e do varejo durante quatro dias no Centro de Eventos, foi a realização de palestras mais direcionadas. “Tivemos recorde de público em todas as apresentações, e isso mudou muito o cenário que se tinha das outras edições. Todo mundo está querendo se reciclar”, ressaltou. E a capacitação é um dos principais desafios elencados por Parente para o setor, em que avaliou haver uma carência de formação. “Em momento de crise, a gente precisa ser mais eficiente e, para isso, é preciso ter mais conhecimento”, explicou, apontando a necessidade de fazer com que os varejistas e as equipes do ponto de venda tenham acesso à expertise do mercado para assegurar as vendas.

Pública” o jurista fez uma análise das origens da corrupção no país e apontou caminhos pelos quais a sociedade pode fomentar o fortalecimento da cidadania, da legalidade e da honestidade como valor indispensável à vida civil, seja na iniciativa privada, na atuação política ou no exercício de cargos públicos.

beleza e bem-estar no Brasil em mais de duas décadas. Em meados da década de 1980, ao identificar a então nascente tendência mundial de valorizar os cuidados com o corpo, a mente e o bem-estar, que acabaram incorporando-se aos hábitos diários de grande parte da população, Cristiana iniciou um movimento que revolucionou o ramo de beleza. Economia e suas promessas

Empreendedorismo Feminino

“Na convenção, os visitantes tiveram a oportunidade de ouvir representantes do setor sobre o que está acontecendo no mercado em todas as regiões. E alguns já trouxeram possibilidades de negócios que, com certeza, vão refletir na venda de produtos para o varejo e para o consumidor”, apontou Egito.

O Encontro Mulheres, promovido pelo Instituto ABAD, braço social do segmento atacadista distribuidor, recebeu uma palestra de Cristiana Arcangeli, empresária do segmento de cosméticos, que falará sobre Pioneirismo e Empreendedorismo. O espaço abre a discussão e aprendizado que valorizam a mulher; o Instituto ABAD promove anualmente palestras que tratam de temas atuais, como a atuação da mulher na sociedade, a força de seu poder decisório e os múltiplos papéis que ela desempenha. Pensando nisso, o Instituto decidiu, neste ano, apresentar um case de sucesso no universo empreendedor feminino.

Na abertura do encontro, o ex-Presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa, palestrou sobre a “Ética nos Negócios e na Vida

Cristiana Arcangeli é uma das mulheres que mais têm influenciado e contribuído para o desenvolvimento do mercado de

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Para o economista, o Brasil deverá apresentar alguma retomada nos indicadores econômicos no último trimestre do ano, desde que não haja redução do nível de investimento. Na ocasião, o economista e exministro da Fazenda Maílson da Nóbrega ressaltou que essa ainda tímida retomada não deve implicar em crescimento efetivo da economia, o que só acontecerá no fim do próximo ano ou mesmo depois.

Entre as ponderações que fez sobre a atual gestão do Governo Federal, Maílson da Nóbrega disse considerar que o Executivo “banalizou” o Refis (programa de refinanciamento de dívida). “O refis acabou e tornando uma coisa banal. O governo fez isso muitas vezes para aumentar a arrecadação. Mas você tem que


ver o raciocínio do empresário. Ele quer sobreviver. Então, muitos não vão pagar porque sabem que vai ter refis. O governo tem que resistir a isso e não fazer mais refis. Tem que passar uma mensagem crível de que não vai ter mais anistia”, comentou Nóbrega, que foi ministro da Fazenda entre 1988 e 1990. Melhoria da Gestão Para o diretor executivo da empresa de estudos de mercados GFK, Marco Aurélio Lima, uma maior profissionalização do setor, sobretudo entre os pequenos varejistas, poderia implicar na redução de diversos custos dos empresários, a exemplo das contas de água e de energia.

vo. O projeto, desenvolvido pelo Instituto Macro SEBRAE-CE em parceria com a ABAD, ocupou 230 m² no total, sendo 150 m² de área de vendas e 59 m² de área de estoques. Ela ofereceu visitas guiadas e o apoio necessário para cumprir o objetivo de divulgar técnicas e práticas que tornem o varejo mais lucrativo com uma operação e uma gestão ajustadas. O minimercado contou com as seções de serviços, entre elas padaria e açougue, e as seções

tradicionais do varejo: mercearia, bebidas, higiene e beleza e limpeza. A iniciativa faz parte do esforço da ABAD em desenvolver instrumentos de capacitação do cliente varejista do setor atacadista distribuidor, entre eles o Programa Varejo Competitivo, parceria entre a entidade e o SEBRAE Nacional. Com informações da ABAD e Diário do Nordeste

Segundo Marco Aurélio Lima, a proporção de perda de produtos nas pequenas lojas costuma ser de 4% a 5% o dobro da média dos estabelecimentos de grande porte. “Se ele (o pequeno varejista) se profissionalizar, vai conseguir reduzir essas perdas e vai ter mais condição de repassar menos (os gastos) para o consumidor”,destaca. O diretor acrescenta que, conforme estudos da GfK, existe uma relação direta de proporcionalidade entre o nível de escolaridade e profissionalização dos lojistas e o faturamento dos estabelecimentos. Loja Modelo Varejo Competitivo Uma loja completa, da recepção de produtos do fornecedor na retaguarda até a consumação da venda pelo checkout, foi montada para os visitantes da Convenção ABAD 2015 FORTALEZA. Ela incorpora as boas práticas que fazem da loja de vizinhança um varejo competitiSETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 23


26 |SETEMBRO/OUTUBRO 2015 ÂŤ www.portalredebrasil.com.br


PERGUNTAS E RESPOSTAS

Saiba mais

sobre o Plano de Proteção ao Emprego – PPE 1. No que consiste o PPE? O Plano de Proteção ao Emprego (PPE) é um programa que visa preservar os empregos dos trabalhadores de empresas que se encontram temporariamente em situação de dificuldade econômico-financeira. 2. O que ocorre durante a adesão ao PPE? No período de adesão ao PPE, os empregados beneficiários do PPE têm jornada de trabalho reduzida em até 30%, com redução proporcional do salário. Durante o Programa, os empregados beneficiados recebem compensação pecuniária de até 50% do valor da redução salarial, limitado ao montante correspondente a 65% da parcela máxima do benefício do seguro-desemprego. A empresa fica impedida de efetuar demissões arbitrárias, ou sem justa causa, no período de adesão. Após o seu término, pelo prazo equivalente a um terço do referido período. 3. Quais as vantagens do PPE? O Programa possibilita a preservação dos empregos em

momentos de retração da atividade econômica, além de favorecer a recuperação econômico-financeira das empresas; contribui para sustentar a demanda agregada em momentos de adversidade; estimula a produtividade do trabalho, por meio do aumento da duração do vínculo empregatício, fomenta a negociação coletiva e aperfeiçoa as relações de emprego. 4. Todas as empresas poderão aderir ao PPE? Todas as empresas que atenderem aos critérios estabelecidos pelo Programa poderão solicitar adesão ao PPE. 5. A empresa que aderir ao Programa poderá reduzir salário e jornada sem consultar os trabalhadores? A primeira condição para a empresa solicitar adesão ao PPE é a aprovação de um Acordo Coletivo de Trabalho Específico, firmado entre o sindicato de trabalhadores representativo da categoria e a empresa, aprovado em Assembleia dos trabalhadores alcançados pelo Programa.

6. No caso de a empresa aderir, com a aprovação sindical, e precisar contratar, ela pode incluir trabalhadores e manter a jornada reduzida? Ou seja, pode haver contratações com jornada reduzida? No período de adesão ao PPE, a empresa não poderá contratar empregados para executar, total ou parcialmente, as mesmas atividades exercidas pelos trabalhadores abrangidos pelo Programa, exceto nos casos de reposição ou aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa, nos termos do art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que o novo empregado também seja abrangido pela adesão. 7. O Governo teve retorno de empresas quanto à adesão ao PPE? Alguns segmentos empresariais demonstraram interesse em conhecer o Programa e a viabilidade de adesão.

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8. E os sindicatos, têm se mostrado favoráveis? O Programa encontra boa recepção entre os líderes sindicais. 9. As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até 30% a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário, mas não poderão fazer demissões enquanto estiverem aderidas ao programa. Então, caso uma empresa entre em uma situação financeira grave enquanto estiver aderida ao programa, terá que solicitar ao Governo Federal o abandono do programa para fazer demissões? A empresa que efetuar demissões de empregados beneficiados do PPE no período de adesão será excluída do Programa.

10. A redução da jornada de trabalho nas empresas que aderirem ao Programa está condicionada à celebração de um Acordo Coletivo de Trabalho Específico com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante. Se o sindicato não aprovar a redução, qual será a consequência para os empregados da empresa? Caso os trabalhadores não aceitem a redução da jornada de trabalho, não será firmado um Acordo Coletivo de Trabalho Específico e, portanto, a empresa não poderá aderir ao PPE. 11. O artigo 4º da MP 680 informa que “os empregados que tiverem seu salário reduzido (...), farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e

limitada a 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho”. Essa conta é meio complicada. É possível explicar com clareza por meio de um exemplo? Um trabalhador que cumpra jornada de 40 horas semanais e receba salário de R$ 1.500,00 terá redução de 30%. Passará a cumprir jornada de 28 horas e receberá da empresa R$ 1.050,00 + complementação de R$ 225,00 pelo benefício do PPE. Assim, o trabalhador receberá, no período de adesão da empresa ao PPE, o valor de R$ 1.275,00. 12. Existe um limite máximo de inscrições de empresas no PPE? Não há restrição na quantidade de inscrições. 13. Como o trabalhador receberá o benefício complementar do Governo? A empresa cuja adesão ao PPE for aprovada receberá repasse financeiro da Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento do complemento diretamente na folha dos seus empregados. 14. Quem vai monitorar o cumprimento das regras do PPE? O Programa será acompanhado por um Comitê e as regras aplicadas ao Programa serão fiscalizadas pelo MTE e pelos sindicatos representativos das categorias que tiverem pactua-

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do um Acordo Coletivo de Trabalho Específico. 15. A empresa que descumprir as regras será penalizada? A empresa que descumprir as regras poderá ser excluída do Programa. 16. Qual o prazo para análise do pedido de inclusão da empresa no PPE? Ainda não há um prazo estabelecido. Porém, as demandas serão analisadas com celeridade. 17. A empresa que for impedida de ingressar no PPE poderá apresentar algum tipo de recurso? A empresa que não atender aos critérios estabelecidos poderá apresentar recurso à Secretaria Executiva do Comitê do PPE. 18. O principal critério para adesão ao PPE é o volume de demissões no último ano? E a questão orçamentária? O PPE é um programa preventivo, que busca evitar que as demissões ocorram. Todos os critérios previstos serão considerados, não havendo hierarquia de importância entre eles. 19. A empresa que preferiu não demitir seus funcionários pode participar do PPE? Sim, desde que esteja enquadrada no Índice Líquido de Emprego. 20. Existe a possibilidade de casos especiais ou exceções no processo de adesão?

Caberá à Secretaria Executiva do Comitê a análise de casos omissos ou aprimoramento de critérios.

26. O PPE diminuirá benefícios como vale-transporte, alimentação e licença médica?

21. Existem setores prioritários?

Não.

Todos os pedidos de adesão serão analisados com o mesmo crivo. 22. O PPE realmente conseguirá evitar essas demissões, já que a adesão das empresas não é obrigatória e ainda precisa passar pela aprovação dos sindicatos? É interesse tanto das empresas, quanto dos sindicatos, que os empregos sejam mantidos. Assim, a perspectiva é de que ele realmente atinja seu objetivo e evite as demissões.

27. O PPE é mais vantajoso que o layoff? Por quê? Sim, por não ocorrer a quebra do vínculo empregatício e pela manutenção do trabalhador no posto de trabalho, pronto para a retomada da produção. E para o governo, os gastos com pagamento dos benefícios do PPE são menores que os gastos com o pagamento da Bolsa Qualificação (layoff). 28. De onde, no orçamento do Governo Federal, virão os recursos que serão utilizados no PPE?

23. Como ficam os terceirizados?

Os recursos virão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Os trabalhadores terceirizados não fazem parte do quadro de pessoal das empresas aderentes. Portanto, não estão relacionados no Acordo Coletivo de Trabalho Específico.

29. O PPE não traz insegurança para as contas do FAT?

24. E os direitos trabalhistas? Todos os direitos trabalhistas estão preservados. 25. Todos os cargos estão na proposta? Cabe à empresa e ao sindicato estabelecer no Acordo Coletivo de Trabalho Específico os setores e os trabalhadores que serão abrangidos pelo Programa.

A expectativa é de redução dos gastos com pagamento do seguro-desemprego, haja vista que o PPE tem menor custo. 30. Quem realizará a operação do PPE? O operador será remunerado por isso? De onde virá o recurso para esse custeio? A operação será realizada pela Caixa Econômica Federal, mediante contrato que definirá a tarifa devida pelo serviço de operacionalização. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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DOIS CAFÉS E O TROCO

Luiza Helena Trajano

fala sobre investimentos e crise econômica A senhora fala em “fazer mais com menos”. É essa a saída que o varejista e o empresário de um modo geral precisa ter nesse momento de crise? Eu digo que é preciso fazer isso sempre. Mas nesse momento se exige rapidez para fazer isso. É necessário juntar todo mundo no mesmo barco e fazer com que todos trabalhem mais, fazendo mais do que vem sendo feito, com mais produtividade e com menos dinheiro. Seria a questão de se reduzir custos? No que for preciso. Quando você faz mais com menos você reduz custos desnecessários e você melhora a cadeia produtiva. Por exemplo, uma peça que você está podendo fazer com dez coisas, você faz com oito. Então, para isso, você vai exigir que a cadeia inteira pense nos 360 graus, desse jeito. Como é que a senhora avalia o momento econômico atual do Brasil? É um momento difícil. É um período político difícil também. E é uma época em que, acima de tudo, tem que prevalecer o propósito do Brasil para todo mundo. Acho que esse momento,

mais do que nunca, exige que todos larguem partidos, eleições e lutem pelo Brasil. Seria uma grande oportunidade de união de forças, independentemente de um partido, a troco de um único propósito, que é o bem do Brasil. A rede Magazine Luiza vem sentindo os efeitos dessa crise? Nós tivemos como parâmetro o ano passado, quando a gente foi muito bem. Agora, a partir de julho, nós já estamos com níveis de crescimento, porque até julho do ano passado nós tivemos um crescimento muito grande. Então, nós sentimos mais por causa disso, porque o nosso parâmetro era muito alto. Essa queda já era esperada por causa desse parâmetro. Como é que a rede vem lidando com esse momento atual? Buscando alternativas, pensando diferente, aliando a equipe e trabalhando as dificuldades. A gente está sempre em campo para sentir o que pode ser realizado.

Eu só posso falar sobre o ano passado. Não posso comentar sobre o futuro por causa da Bolsa de Valores (a rede Magazine Luiza é uma empresa de capital aberto). Quando a senhora acha que a crise vai acabar? No momento, ninguém pode dizer nada sobre o fim da crise. Eu estou pensando em como eu posso vencêla e não quando ela vai acabar. Acredito que, no momento em que se acertar o jogo político, a situação econômica também irá melhorar. Acho que todo mundo tem que pensar no Brasil agora e largar suas vaidades. Pensar no País que nós queremos para nós. Entrevista concebida ao Diário do Nordeste durante a realização da ABAD 2015.

No ano passado, o Magazine Luiza faturou R$ 12 bilhões. Qual a previsão para este ano?

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8 ECONOMIA

dicas

para lidar com as dívidas da sua empresa sem surtar

U

ma empresa com dívidas é um pesadelo para boa parte dos empreendedores. A falta de dinheiro em caixa e os telefonemas dos credores afligem mais ainda os marinheiros de primeira viagem, que não têm muita experiência com tempos difíceis, como o que atravessamos agora na economia brasileira. De acordo com números do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), o volume de empresas com dívidas atrasadas no país cresceu 5,38% no primeiro semestre de

2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. A dificuldade em honrar os pagamentos atinge em especial os setores de comércio (com 49% das empresas devedoras) e serviços (37%). Veja as dicas de especialistas no assunto: A recomendação número zero é não perder a serenidade. “Num momento como este, é preciso manter a calma. É comum as empresas passarem por dificuldades financeiras, principalmente na conjuntura atual”, afirma Érika Suzuki, sócia da consultoria Crowe Horwath.

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Outro ponto fundamental é não tomar decisões precipitadas: “O que a gente vê é que, na hora da crise, todo mundo sai cortando os custos, cortando pessoas, e isso é terrível para uma retomada depois. A grande dica é sempre não se precipitar”, recomenda Jairo Martins, presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

Veja a seguir oito dicas para lidar com as dívidas na sua empresa.


2 - Corte custos (com cuidado) Ao ver-se com dificuldade para saldar as dívidas, um dos primeiros passos do empreendedor deve ser cortar os custos da empresa. Porém, esse corte não pode ser impensado. “Isso não pode ser feito de forma intempestiva, sem análise preliminar. A primeira coisa que se pensa é cortar pessoal. Mas, se o empresário não analisar com cuidado, vai terminar se desfazendo de conhecimento necessário para tocar o seu negócio”, afirma Jairo Martins, presidente-executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). 3 – Negocie com os credores Outro ponto importante é saber negociar com seus credores. “Se tem um pagamento para fazer em 30 dias, negocie para pagar em dois meses”, afirma Martins. 4 – Faça as contas

1 – Estude o seu negócio Num momento de dificuldades financeiras, a empresa precisa de uma gestão disciplinada, com bons controles de fluxo de caixa. “É preciso conhecer bem o que é realizado. Com isso, o empresário consegue ter uma visão mais clara dos gastos e das receitas e assim começar a reduzir custos”, recomenda Érika Suzuki, da Crowe Horwath.

Quando não é possível honrar todas as dívidas, o empreendedor precisa colocar na ponta do lápis quais contas vale mais a pena pagar, aconselha Érika Suzuki. “Ele tem que avaliar se vai ter algum desconto ao quitar aquela dívida e verificar sempre onde vai pagar menos juros”, afirma. 5 – Pense no futuro Um empresário endividado não pode simplesmente pegar todo o lucro da empresa e pagar os

credores, sem olhar um pouco mais para frente. “Ele precisa fazer um bom uso da sua reserva, não pode pensar só no curto prazo”, afirma Martins. 6 – Mantenha o bom relacionamento com todos Num cenário difícil, é preciso sempre buscar manter uma boa relação com seus clientes e credores. Se os seus clientes não pagam, eles podem estar na mesma situação que você, lembra Érika, da Crowe Horwath. 7 - Reduza seu estoque Uma boa forma de aliviar as contas de uma empresa endividada é reduzir o estoque, de acordo com José Balian, da ESPM. “Reduzir o estoque ajuda a gerar liquidez para a empresa. Mas isso é fácil de falar e difícil de fazer”, ressalta o professor. Balian lembra que não é vantajoso vender seus produtos a preço de banana. “Não adianta vender e ficar com prejuízo. O valor da venda tem que, pelo menos, cobrir os custos.” 8 – Zele pelos atuais clientes Num período em que está difícil fechar novos contratos, manter os clientes antigos é fundamental. “É importante não perder qualidade no serviço para manter os atuais clientes. Quando está difícil fechar novos contratos, você tem que manter aqueles que já tem”, ressalta Érika.

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DIREITO E JUSTIÇA

Justiça exclui taxas da base do ICMS da luz

O

Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e diversos tribunais do País têm aberto precedentes para que consumidores peçam a exclusão de tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica da base de cálculo de impostos estaduais. O fim da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST) pode render às empresas economia de 7% a 10% nas contas de luz. A estimativa é do advogado Átila Melo do escritório Castilho &ScaffManna. A retirada dos valores reduziria os gastos com o ICMS cobrado nas faturas em até 35%. Melo explica que a cobrança tem sido considerada indevida porque as tarifas de uso da rede de transmissão e distribuição da eletricidade referem-se a um momento anterior à chegada da energia no relógio do consumidor final, ficando fora do ambiente tributário sobre o qual recai o ICMS. Dessa forma, diz o advogado, não há fundamento legal para se cobrar o imposto sobre essas tarifas.

TUSD e da TUST da base de cálculo do ICMS, não há uma decisão definitiva que beneficie todos os consumidores. Por isso, para se ter acesso à redução, as empresas interessadas teriam que protocolar ações judiciais junto aos tribunais do seu estado. Redes de supermercado, shoppings, varejistas e prestadores de serviços são alguns dos estabelecimentos que já entraram com pedidos semelhantes, de acordo com os advogados. Dalcomuni conta que já teve 15 liminares deferidas a favor das empresas em casos desse tipo e ainda possui outras oito prontas para protocolar, só em SC e PR. Para a advogada, existe uma margem de segurança muito grande de que todos os pedidos parecidos sejam aprovados. “Há precedentes dos Tribunais Superiores em Brasília, que de-

terminam a exclusão deste tipo de tarifa do imposto estadual, aplicando-se, inclusive, uma súmula do STJ nestes casos, que é um posicionamento mais firme do Tribunal”, afirma ela. A edição de ontem do Diário da Justiça, por exemplo, publicou decisão final de primeiro grau do Juízo da 14ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo na qual ficou determinada à Fazenda Paulista e à companhia energética do estado que retirem da base de cálculo do ICMS a tarifa de uso do sistema de transmissão de energia elétrica aplicado na conta de um dos maiores grupos de comunicação do País. O teor da sentença confirma a liminar que gerava uma economia de cerca de 30% no valor da conta de luz da empresa. Os tribunais de justiça da Bahia e de Santa Catarina também já haviam concedido liminares que confirmavam pedidos de empresas realizados em processos semelhantes. Fonte: DCI.

Segundo a especialista Priscila Dalcomuni, do Martinelli Advogados, embora o STJ já tenha julgado procedentes processos com pedidos de exclusão da SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 35


Cheque especial O cheque especial, uma das modalidades mais caras de crédito (em junho, a taxa de juros atingiu 241,3% ao ano), é um bom instrumento de financiamento, desde que usado com cautela. Os especialistas indicam que o cheque especial deve ser usado por no máximo três dias. Acima disso, já é melhor utilizar outras linhas de juro menor, como o crédito consignado ou mesmo o pessoal. Caso a pessoa já esteja endividada, a recomendação é estancar a dívida do cheque especial, além de tentar uma negociação com o credor. “É preciso trocar a dívida cara pela barata, se é que existe dívida barata no Brasil”, diz o professor. “A dívida mais adequada seria aquela com um juro em torno de 5% ao mês. Com o dinheiro em mão, é possível pagar o que deve negociando um desconto”, orienta.

Questão cultural A pontuação do índice, que no máximo pode somar 700, se divide igualmente entre três categorias, sendo que cada uma delas chega a 233 pontos aproximadamente. Dos três parâmetros, o investimento foi o aspecto que mais piorou no semestre, tendo recuado 21%. Para Alvarez, pesa no resultado o aspecto sazonal, já que, em janeiro, a população em geral está com mais recursos devido ao 13º salário e ao pagamento de bonificações. Chama a atenção o fato de o investimento ser a categoria de menor pontuação entre as três do índice. Em nenhum mês chegou a alcançar 100 pontos. Nesta questão, diz Moraes, pode pesar a falta de cultura de investimento do brasileiro, que ainda aplica pouco, mesmo havendo mais informações e produtos no mercado. E deixar o dinheiro parado na conta corrente é uma péssima opção, principalmente quando a inflação é alta. Especialistas lembram que o momento econômico não é dos melhores, mas que há oportunidades.

Deterioração 9,5% foi a piora nas finanças dos brasileiros nos seis primeiros meses de 2015, segundo o Índice de Saúde Financeira calculado pelo GuiaBolso.

Fonte: Diário do Nordeste

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GESTÃO DE PESSOAS

Fracassos que você deve experimentar se quiser ter sucesso na vida Há, nos obstáculos da vida, uma forma de aprender importantes lições que levarão você ao topo.

O

escritor e empreendedor Paul Hudson publicou há alguns dias um artigo no site Elite Daily. No texto, ele diz que o segredo para ser bem-sucedido nos negócios está, na verdade, em sua vida pessoal, mas que não devemos aprender apenas com aquelas situações em que saímos como vencedores. Há, nos obstáculos da vida, uma forma de aprender importantes

lições que levarão você ao topo, pois, na visão de Hudson, antes de conquistar tudo aquilo que queremos, devemos estar “por baixo”. Confira aquelas coisas que você deve falhar para conquistar o sucesso: Um relacionamento sério Uma das coisas que pode ter grande influência sobre sua personalidade é quando você passou por um relacionamento que falhou. Para Paul Hudson,

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não foi apenas porque era com a mulher que ele mais amou em sua vida, mas porque ele bagunçou a relação. “Você nunca vai apreciar um relacionamento significativo da maneira que deveria, até que você dê um jeito de acabar com um muito bom”, diz em seu artigo. “Quando você só tem a quem se culpar, aprenderá lições que ficarão com você. E isso exige admitir que você foi a pessoa que estragou as coisas...”, finaliza.


Uma amizade

Uma tentativa de grandeza

Não são apenas as relações românticas que deixam lições de vida. “Uma vez que você experimenta um desentendimento com um amigo, você aprende a compreender a si mesmo um pouco melhor e a vida que você espera levar no futuro”, diz Hudson.

Ao menos que você falhe em alcançar uma grandeza desejada, você nunca irá apreciar suas realizações. “Tenha em mente a diferença entre não ser grande e sequer tentar ser grande”, aconselha o autor.

A escolha de carreira Se você é uma das poucas pessoas do mundo que descobriu o que realmente queria fazer para o resto da vida de primeira, parabéns. Mas a maioria dos casos não são assim e nesses casos as pessoas podem passar o resto da vida tentando descobrir o que se encaixa ou não no seu perfil à base de tentativas e erros. Uma conta bancária “saudável” “Se você nunca foi à falência em sua vida, você nunca vai entender a importância do dinheiro”, diz Hudson. Você pode até entender o conceito, mas nunca saberá como é realmente ter que se esforçar para pagar uma refeição fora de casa.

Uma tentativa de compreender o que está por vir Os seres humanos conseguem entender a relação entre causa e efeito melhor do que qualquer outra espécie animal e isso faz toda a diferença. É claro que levamos um tempo para desenvolver essa habilidade, mas, no momento que conseguimos observar um fato e calcular os futuros acontecimentos ligados a ele, podemos também passar a agir com mais cautela. Mas, uma vez feita a previsão errada, a gente aprende a tomar mais cuidado com essas previsões, sem contar tanto com a sorte e mais com o que temos em mãos. “Quanto mais complexo o cenário, mais difícil é calcular o resultado”, diz Hudson. Fonte: Administradores

COM UM ANO DIFÍCIL PELA FRENTE, ECONOMISTA APONTA AÇÕES PARA AS EMPRESAS NÃO FECHAREM

1 – Reduzir custos fixos de forma a minimizar o ponto de equilíbrio, eliminar desperdícios. 2 – Gerenciar e controlar duramente o capital de giro. 3 – Executar branding. 4- Analisar o mix de produtos. 5 – Trabalhar, preferencialmente, sob pedido. 6 – Pesquisar seus mercados. 7 – Envolver e manter comprometida toda a equipe, desde o mais simples funcionário até aquele com maior autonomia para decidir. 8 – Investir em comunicação. Tenha um plano de mídia competente. 9 – Ampliar e qualificar a equipe de vendas, mantendo-a informada sobre alterações do mercado. 10 – Não dramatize a situação que já não está boa.

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MENSAGEM DE PAZ

Jesus abençoe as crianças

O

ministério que Jesus exerceu quando esteve entre os homens foi algo extraordinário que alcançou todas as faixas etárias da humanidade. No texto acima mencionado Jesus valoriza as crianças afirmando categoricamente que delas é o reino de Deus. Ao observar a inocência, a pureza, o sorriso, as brincadeiras, Jesus abençoa. Hoje, infelizmente, está difícil;

milhões de crianças desamparadas nos colocam diante de um monstruoso quadro de dor, lágrimas, tristeza, fome, exploração, abandono, engano, frustração, miséria, abuso sexual, drogas, promiscuidade, delinquência, crime, analfabetismo, violência, suicídio, morte e desesperança. E todas essas mazelas é que embaraçam o futuro de tantas crianças. Jesus percebeu essa dificuldade quando os próprios discípulos

repreendiam as crianças talvez pelo barulho ou pela inquietação das mesmas. Ele, porém, ao invés de repreender, orou e abençoou para que todas fossem felizes em suas vidas. Assim penso eu! Que tipo de homens e mulheres serão estas crianças amanhã? O fato é que as crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela frente. Elas ouvem e atendem à mensagem da bíblia mais prontamente do que qualquer outro grupo de pessoas. O futuro de nossas cidades está nas mãos das crianças! O futuro de nossas crianças está em nossas próprias mãos! Mateus 19: 13-15 Deus vos abençoe! Feliz Dia das Crianças!

Pr. José Flávio

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SAÚDE

Nordeste é destaque em

produtos orgânicos e supermercados ampliam suas vendas

O

consumo de produtos orgânicos não cessa de crescer no Brasil. Impulsionada pelas políticas públicas de compra de alimentos junto aos agricultores familiares e pelo surgimento de lojas especializadas e até mesmo supermercados que apostam na venda de produtos livres de qualquer agrotóxico, hormônio, remédio ou componente transgênico, a agropecuária orgânica é hoje uma realidade ao alcance de milhões de consumidores em várias cidades do país.

Os produtos orgânicos são, geralmente, mais caros que os tradicionais, mas não é um motivo que tem pesado na escolha dos consumidores. Em 2014, esse setor teve aumento de 30%, fechando as receitas com R$ 2 bilhões. Para este ano, a expectativa é chegar ao fim do ano com faturamento de R$ 2,5 bilhões. A procura por alimentos orgânicos está em alta no Nordeste, principalmente no Sertão de Pernambuco. Mesmo os produtos sendo caros, é cada vez maior o número de pessoas que aderem ao tipo de alimentação

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mais saudável. O principal objetivo é fugir das frutas e verduras com uso de agrotóxicos. Segundo a definição da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), o que caracteriza um produto orgânico, além da ausência de transgênicos, venenos ou fertilizantes sintéticos, é o fato de ser oriundo “de uma agricultura baseada em práticas sustentáveis que buscam o equilíbrio ecológico e o respeito ao homem”. Na prática, esse conceito se traduz por um modo de produção que valoriza a biodiversidade, minimiza o desperdício de recursos naturais


e evita a contaminação do solo, da água e do ar, que devem ser usados de forma racional. O engenheiro agrônomo Caio Márcio Santos consome produtos orgânicos há dez anos, desde que decidiu ter uma alimentação mais saudável. “Muito antes mesmo até de fazer o curso de agronomia, eu já tinha o hábito de consumir produtos naturais. A questão de ser orgânico, além de ser um produto sem agrotóxicos, que são os pesticidas usados na agricultura, tem também a questão do ambiente. Porque não é só você se prevenir, ter um alimento com maior valor nutricional, mas você utilizar um elemento que não causa tanto impacto ao meio ambiente”, ressalta. Atualmente existe uma maior diversidade de alimentos orgânicos. Até o pimentão, que é o primeiro na escala de uso de agrotóxicos, já é cultivado de forma natural. Mas os nutricionistas alertam que existem mais alimentos na lista de prejudiciais por causa da grande quantidade de defensivos químicos. “O tomate que realmente está na mesa de todo mundo, independente do nível social, a cebola, que é um alimento bem comum, mas que infelizmente não conseguimos encontrar com tanta facilidade na versão orgânica”, esclarece a nutricionista Tatiane Nogueira.

“O alimento orgânico leva uma grande vantagem quando comparado ao alimento convencional. Com relação aos nutrientes, eles possuem uma maior quantidade de proteínas, nutrientes, carboidratos, a fibra alimentar também. Até mesmo alguns minerais como ferro e o potássio”, alerta Tatiane Nogueira. Caio explicou também que, por esse conjunto de fatores, a agricultura orgânica dá mais sustentabilidade à produção agropecuária em um número cada vez maior de regiões no país, levando até os supermercados tradicionais que reservam espaço exclusivo para produtos orgânicos. “A produção orgânica amplia a capacidade dos espaços produtivos de cumprirem suas funções ecossistêmicas, tão importantes para todos os habitantes do Planeta, o que contribui para o enfrentamento de problemas cada vez mais visíveis por todos, como o aquecimento global e a escassez de água”, avaliou o coordenador de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC).

DEZ BONS MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS

1 - Alimentos mais nutritivos e saborosos 2 - Saúde garantida 3 - Proteção às futuras gerações 4 - Amparo ao pequeno produtor 5 - Solos férteis 6 - Água pura 7 - Biodiversidade 8 - Redução do aquecimento global e economia de energia 9 - Custo social e ambiental 10 - Cidadania e responsabilidade social Com informações do Portal Brasil

A profissional alerta que a escolha pelos produtos orgânicos favorece também uma alimentação mais rica em nutrientes.

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VENDAS

Vendas no atacarejo crescem no

Brasil e o setor segue promissor

A

inflação trouxe de volta um hábito que o brasileiro abandonou na década de 1990: fazer estoque de alimentos para driblar o aumento de preços. Uma pesquisa mostra que as vendas nos supermercados que vendem por atacado são as que mais crescem no país. O segmento, conhecido como “atacarejo” porque vende os produtos em grandes quantidades e também por unidade, cresceu 9,7%, de acordo com uma pesquisa do setor. Em 2014, 1,4 milhão de famílias passou a comprar em quantidades maiores e estocar os mantimentos em casa.

A conta é fácil de entender: com mais gente endividada e sofrendo o impacto da inflação, o dinheiro fica mais curto para as compras do mês. A pesquisa também demonstra que essa situação tem trazido para os “atacarejos” um público que até então não tinha costume de frequentar esse tipo de mercado. Os consumidores das classes média e baixa também foram atraídos pelos atacadões. Para economizar nos atacadões é preciso conhecer diretinho os hábitos da família e depois planejar a compra. “Conhecer é saber o básico de como é consumido um determinado produto, ou seja, saber se você consome 1 kg de arroz durante uma semana ou 5 kg de açúcar durante um mês. É saber mais ou menos isso para, quando for comprar, não com-

44 |SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br

prar em excesso e acabar perdendo dinheiro numa compra mal feita”; E diz ainda: “Todas as classes compram no atacarejo. Não só os mais pobres”, encerra Leonardo Gomes, publicitário e chefe de cozinha. O atacarejo foi o único canal de vendas em que o consumidor manteve a frequência de compras nos últimos meses e que ganhou compradores em 2012: cerca de 1 milhão de novos domicílios. Já nos hipermercados e supermercados houve redução no número de idas às compras. O motivo, segundo Christine, foi o avanço da inflação, que fez com que os consumidores buscassem preços menores.


Perspectivas Executivo de banco suíço traçou o cenário do setor varejista no Seminário de Investimentos NOVAREJO e enfatizou o desempenho de um dos modelos que mais crescem no País. O atacarejo, ainda limitado a grandes marcas, deve ser a aposta do varejo alimentício, segundo Felipe Campos, executivo de um banco suíço, que traçou o cenário do varejo brasileiro e abriu o circuito de palestras do Seminário de Investimentos NOVAREJO, na Amcham, em São Paulo. “O atacarejo é um dos modelos mais promissores do varejo. É um modelo específico, focado em preço e em baixo custo – atraente para o mercado brasileiro”, avalia o executivo. Um dos fatores de sucesso deste modelo no País é o baixo custo e altos volumes de vendas, alçados pelos preços baixos. Outra vantagem é com relação ao centro de distribuição, que acaba sendo o próprio ponto de venda. “Por outro lado, existem menos serviços dentro do ponto de venda para o consumidor e menos conveniência, pois ficam em locais mais distantes”, avalia.

Crescente mercado consumidor Outro ponto mencionado pelo executivo é o potencial de crescimento do mercado consumidor brasileiro. Segundo as expectativas de mercado, o Brasil será o quinto mercado consumidor do mundo em 2030, atrás apenas de Estados Unidos, Índia, China e Japão. Hoje, o País está na oitava colocação. “O consumo familiar foi o principal driver do crescimento brasileiro, que elevou o consumo no varejo”, diz. O aumento real do salário mínimo aumentou a participação da classe média brasileira, que hoje representa 54% da população, ajudou a elevar o apetite dos consumidores, que agora querem realizar os sonhos de consumo. Ponto para o varejo. “Setores como vestuário, farmácia, higiene e cuidados pessoais foram o destaque e tiveram au-

mento significativo”, comenta. É neste cenário, apesar das incertezas da economia, que o varejo se destaca como um alvo para investidores. E de olho nestes investidores há mudança no comportamento do setor. “Eles querem se profissionalizar mais e sabem que isso é um dos atrativos para a entrada de fundos de private equity”, diz Campos. Segundo o executivo, investir no varejo faz bem para o Brasil exatamente pela maior profissionalização e crescimento do setor; para os consumidores, por abrir maiores oportunidades de consumo; e para os acionistas por terem em suas carteiras empresas mais estruturadas e sólidas. Com informações do Portal no Varejo

Apesar dos altos volumes de vendas, no atacarejo há baixo capital de giro, quando comparado a um supermercado ou hipermercado, e, como em todo varejo, margens apertadas. Apesar disso, há espaço para expansão deste modelo, principalmente no interior, afirma Campos. SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 45


FRANQUIA

Setor de franquias

tem crescimento de 11,2% no semestre

E

studo divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) indica que o faturamento do setor de franquias cresceu 11,2% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 63,8 bilhões. Já no 2º trimestre, o crescimento foi de 13,1%, com receita de R$ 32,5 bilhões. A pesquisa aponta crescimento de 3,1% na abertura de lojas e fechamento de 1,2% das unidades no segundo trimestre. A variação representou um incremento de 1,9% no total de unidades de franquias em operação no país no período, número que atingiu 131.269 pontos de venda. O ritmo de expansão foi ligeiramente menor ante o 1º trimestre, quando chegou a 2,5%. Segmentos Todos os 11 segmentos ampliaram seu faturamento, demonstrando a recuperação do menor desempenho registrado por alguns em 2014, especialmente no período da Copa do Mundo. Entre os que mais cresceram no 1º semestre em relação ao mes-

mo período do ano passado, o segmento de esporte, saúde, beleza e lazer alcançou faturamento 24% maior, saltando de R$ 9,3 bilhões para R$ 11,5 bilhões no período. A seguir, hotelaria e turismo registrou crescimento de 15% no faturamento, que passou de R$ 4,2 bilhões para R$ 4,9 bilhões, impulsionado pelo turismo de negócios. Individualmente o mais expressivo segmento do franchising, o de alimentação, teve expansão da receita no período em 12%, saltando de R$ 11,4 bilhões para R$ 12,7 bilhões. Outro segmento que manteve bom desempenho foi comunicação, informática e eletrônicos, registrando também 12% de crescimento nesse período, cujo faturamento subiu de R$ 1,7 bilhões para R$ 2 bilhões. Regiões A região Sudeste respondeu por 59% da receita da indústria do franchising no primeiro semestre, seguida das regiões Sul (16%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%).

Educação e treinamento, com 70% de participação concentrados no Sudeste, tem sua receita distribuída nas demais regiões do seguinte modo: 11% no Sul, 9% no Centro-Oeste, 7% na Região Nordeste e 3% no Norte. Já no segmento comunicação, informática e eletrônicos, a pesquisa indica que o Nordeste, com 36% do faturamento, está mais próximo do Sudeste, com 47%, enquanto o Sul tem 12%, o Centro-Oeste 5% e o Norte 1%. De acordo com a presidente da ABF, Cristina Franco, os cuidados já tomados pelos franqueadores antes mesmo do agravamento da retração econômica e a relação colaborativa entre franqueador e franqueado beneficiam a indústria do franchising. “O franqueador tem feito nos últimos 12 meses sua lição de casa: reduziu custos, otimizou processos, motivou ainda mais a força de vendas, renegociou com fornecedores, alterou o mix de produtos, além de manter as práticas do bom franchising, como o treinamento e a capacitação dos colaboradores”, disse.

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TECNOLOGIA

Etiquetas eletrônicas no varejo:

inovação, economia e sustentabilidade

C

omeça a ser disseminada no varejo brasileiro uma tecnologia que irá trazer um grande avanço à comunicação de preços, promoções e outras informações dentro das lojas. Com projetos-piloto em execução em grandes redes de supermercado do País, as etiquetas eletrônicas de prateleira (expressão originada da sigla ESL, ou Electronic Shelf Label) já mostraram na prática que podem gerar muitos benefícios em termos de eficiência, economia, segurança e sustentabilidade – seja aos consumidores que precisam ir ao mercado para fazer as compras do mês, seja aos próprios varejistas.

Não por acaso, pesquisadores da Universidade de Cincinatti, nos EUA, classificaram as etiquetas eletrônicas entre os avanços mais importantes que os consumidores podem esperar nos campos da leitura eletrônica e dos papéis eletrônicos nos próximos 20 anos. Fora do Brasil, a tecnologia já está em operação em grandes redes varejistas em mais de 30 países. Em breve, ao caminhar por supermercados e lojas de departamento, será comum visualizar tais etiquetas no cenário nacional. Elas são dispositivos digitais com tela de cristal líquido que permanecem instaladas nas gôndolas como uma

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etiqueta comum de papel, só que com uma enorme vantagem: exibem muito mais informações no mesmo display e são atualizadas de forma automática e instantânea. Mais do que simplesmente atualizada, cada etiqueta confirma ao administrador, por meio de uma tecnologia de comunicação bidirecional, que registrou todas as mudanças solicitadas de preços e dados. Em caso de desatualização, bateria fraca ou furto, o sistema comunica o problema ao varejista imediatamente. Desta forma, do ponto de vista do consumidor, as etiquetas eletrônicas evitam surpresas no caixa com a cobrança


de valores diferentes, devido a mudanças nos preços que podem não ter sido claramente informadas. Além da alta confiabilidade dos dados, outras vantagens incluem informações mais completas sobre características técnicas dos produtos, promoções de última hora, receitas e acompanhamentos sugeridos para cada item, entre outros detalhes. Dados gerenciais, extremamente úteis para os varejistas, complementam as possibilidades do dispositivo, informando sobre disponibilidade em estoque, facing, validade de produtos e margem de vendas de cada item. Cada etiqueta exibe essas informações a partir da integração com a plataforma de gestão utilizada pelo supermercadista. São mais de 30 páginas de dados por etiqueta, dentro de um sistema capaz de

atualizar até 300 mil unidades por hora. Toda essa organização coloca a gestão de preços em um patamar muito avançado para os padrões hoje adotados no Brasil. Ainda para os donos de supermercados e lojas de departamento, as etiquetas eletrônicas ajudam a acelerar a reposição de itens nas gôndolas e permitem o agendamento de promoções durante o dia, ampliando a rentabilidade do estabelecimento e criando mais oportunidades para que o cliente economize nas compras. A economia, aliás, é um dos grandes benefícios da solução. Hoje em dia, o mais usual é que um funcionário rotule os produtos nas prateleiras, tanto para identificá-los como para atualizar os preços. A partir de um controle centralizado ba-

seado em raios infravermelhos (IR) de alta frequência, a etiqueta eletrônica permite que qualquer mudança nas informações dos produtos seja feita de forma 100% automática em questão de segundos, sem que um empregado precise se deslocar até a gôndola e – o mais importante – sem o uso das etiquetas convencionais, reduzindo custos com papel e impressão. Este é um dos motivos que fazem a tecnologia ser apontada como referência em inovação e sustentabilidade.

Wagner Bernardes é Diretor de Marketing e Vendas da Seal Tecnologia – que atua há mais de 20 anos no mercado de computação móvel e captura automática de dados, levando soluções completas de mobilidade e automação a diversos segmentos de mercado.

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COMPRAS À VISTA

68,5% dos pequenos empresários oferecem descontos para quem paga à vista

S

eja na capital ou no interior, a prática de oferecer descontos para clientes que pagam à vista é bastante comum. Sete em cada dez (68,5%) micro e pequenos empresários dos setores de comércio e de serviços ouvidos no levantamento afirmaram que têm o costume de cobrar um valor mais baixo para quem opta pelo pagamento em dinheiro. É o que aponta o estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A estratégia é usada, principalmente, para driblar as taxas de transação dos cartões de crédito e de débito, já que 38,8% dos empresários oferecem o valor que pagariam à operadora

como desconto para o cliente no pagamento à vista. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, para o consumidor, o jeito mais fácil e direto de conseguir um desconto é pagar à vista. “Para o lojista ou prestador de serviço, a estratégia também pode ser vantajosa, já que a cada transação realizada ele precisa pagar uma comissão para as operadoras de cartão, além de esperar 30 dias para receber o dinheiro da venda”. Embora o dinheiro vivo ainda seja a opção mais aceita pelos micro e pequenos empresários (97,9%) nas vendas e contratações de serviços, o cartão de crédito lidera (39%) como o meio de pagamento mais recebido nas vendas principalmente no setor de comércio. A modalida-

de ficou um pouco à frente do dinheiro vivo (38,4%) e foi bem mais mencionada do que outros instrumentos, como boleto bancário (7,4%), depósito em conta (4,4%), cheque prédatado (4,1%), cartão de débito (3,6%) e crediário (1,3%). A prazo O levantamento mostra também que 7 em cada 10 (76,4%) micro e pequenos empresários oferecem aos seus clientes o parcelamento como opção de pagamento. Apenas 16,8% dos empresários entrevistados não aceitam financiamento na hora de fechar suas vendas, trabalhando apenas com o pagamento à vista. Entre os empreendedores que oferecem a possibilidade de o cliente parcelar as compras, 36,4% garantem que mais da metade de todas as suas vendas são feitas a prazo. O parcelamento em até três vezes é prática usual para mais de um terço desses empresários (33,9%). Taxas Entre os empresários ouvidos pela pesquisa, 57,9% citam a garantia de recebimento do valor da compra como a principal vantagem ao operar com cartões de crédito. Quando se leva em consideração os cartões de débito, o percentual é de 46,3%.

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

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CONSUMO

Classe C irá consumir

R$ 1,35 tri durante o período de crise

O

presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, disseque a classe C irá continuar consumindo durante a crise e gastará, nesse período, cerca de R$ 1,35 trilhão. A afirmação foi feita na primeira edição do Brasilshop, na capital mineira, promovida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Segundo ele, como a Classe C emergiu de uma situação de crise, ela sabe transformar crises em momentos de oportunidades. Conforme o executivo, levantamentos recentes indicam que 92% da Classe C já estão fazendo economia no seu dia-a-dia; 81% estão comparando mais os preços, 65% estão se preparando para conseguir renda externa e 45% já possuem essa renda externa.

“Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal. Porque eles têm a consciência de que a economia depende dos políticos, já a vida dele depende só dele e só trabalhando ele consegue reverter a situação”, declarou. Além disso, conforme o instituto percebeu, a Classe C, nesse período de maior aperto, tem adquirido mais dinheiro e/ ou cartão de crédito emprestado, comprando mais fiado, escolhendo as marcas e priorizando os gastos. Nova Classe A e B Meirelles também ressaltou que nos próximos anos, haverá uma mudança do perfil da Classe A e B. “Essas classes vão crescer mais do que a C. São pessoas que têm bolso de Classe A e B, mas cabeça de C. Serão mais exigentes e mais resistentes à crise”, declarou. Dados do Insti-

tuto Data Popular mostram que, em 2014, 23% da população era de classe alta; 56% média e 21% baixa. Os percentuais passarão para 34% alta; 58% média e 8% baixa. Aumento no Ceará De todas as classes sociais brasileiras, a única que gasta mais do que ganha é a C. Praticamente todo mundo está gastando o que ganha, porque esses 4% da classe DE significam muito pouco. De acordo com Christine, a classe C representa 41% da população brasileira, e seu endividamento colabora para a recente desaceleração do consumo. A classe C reforça o grupo de 52% das famílias que gasta mais do que ganha. No Estado do Ceará, dentro do número que gasta mais do que ganha, 27% estão “enforcados” e 25% se mantêm relativamente equilibrados - gastando pouco a mais do que ganham.

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INFLAÇÃO

Carne e tomate são os vilões do momento dizem as donas de casa

A

carne bovina, juntamente com o tomate e a cebola, está entre os itens que mais vem pesando na cesta básica do consumidor. Apesar de apresentar oscilações de preço que podem ser consideradas leves, quando comparadas às intensas variações dos hortifrútis, o alimento vem saindo até 18,67% mais caro em supermercados de Fortaleza, no comparativo entre janeiro e julho deste ano. Essa variação foi a constatada para o quilo do coxão mole, item que está entre os 20 pesquisados todos os meses pelo Diário do Nordeste, na série Dança dos Preços. A reportagem foi novamente a três estabelecimentos situados em diferentes bairros da Capital, no último dia 30 de julho, e comparou os valores obtidos com os que já haviam sido coletados nas últimas semanas dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho. Variação A variação de 18,67% foi verificada no supermercado A. Em janeiro, o quilo da carne custava R$ 21,90, valor que se repetiu nas pesquisas realizadas

em fevereiro, março e abril. Em maio, subiu para R$ 25,99 e em junho recuou para R$ 24,90, mantendo-se com o mesmo preço na última semana do mês de julho. A carne também está mais cara no supermercado C. Entre janeiro e abril, o quilo do coxão oscilou entre R$ 21,90 e R$ 22,99. Em junho, o alimento entrou em oferta e foi vendido por R$ 17,99, mas no último mês de julho alcançou o maior valor dentre todas as pesquisas já realizadas, atingindo R$ 23,49. O único local onde o alimento esteve mais barato foi no supermercado B, onde era vendido em julho pelo preço promocional de R$ 17,99. A alcatra também ficou 4,05% mais cara no

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supermercado A, no comparativo entre janeiro e julho, indo de R$ 26,90 para R$ 27,99, mas se manteve estável em um dos estabelecimentos e teve leve queda (-3,19%) no outro. Com a valorização do dólar, grande parte dos produtores estão encontrando mercados mais atrativos fora do País, o que tem diminuído a oferta nacional e impactado no aumento dos preços, afirma Gilvan Farias, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Eles estão preferindo exportar a produção de carne. Colocando boa parte da produção para fora e deixando pouca quantidade aqui”, explica Farias.


Frango O frango ainda sai bem mais barato que a carne bovina, mas já ficou até mais caro 8,34%, de janeiro a julho. Essa variação foi constatada no supermercado B, para o quilo do frango resfriado da marca Regina. Em janeiro o produto custava R$ 5,99 e em julho, de acordo com o preço coletado pela reportagem, era vendido em oferta por R$ 6,49, o quilo. Tomate Dentre os hortifrútis, o tomate, mais uma vez, registrou a maior variação de preços. O fruto teve aumento de preço de até 302,01% no comparativo entre

janeiro e julho. Outra hortaliça que vem se destacando como vilã é a cebola, que atingiu os maiores preços já constatados pela reportagem neste ano, nos supermercados B e C na última pesquisa, realizada em julho. No estabelecimento C, a variação encontrada entre os dois meses foi de 133,33%. No local, o quilo da hortaliça custava R$ 3,15, no primeiro mês deste ano. Após diversas oscilações, atingiu o valor de R$ 7,35 no final do mês de julho. A nova vilã A alta da cebola vem sendo ocasionada, dentre outros motivos, pela queda na oferta e na

colheita do alimento na região do Vale do São Francisco, principal produtora do Nordeste. Isso vem fazendo com que as importações de países como Argentina e Espanha se intensifiquem, o que acaba deixando o preço final mais caro para o consumidor. “Em agosto, pode dar uma resfriada, mas expectativa para o mês de setembro ainda é de preço alto. Só começa a aliviar mesmo em outubro, quando chega uma safra maior do Rio Grande do Sul”, prevê o analista de mercado das Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE). Com informações Diário do Nordeste

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ENTRE LINHAS

Supermercadistas encontram-se para não abrir aos domingos em 2016

Os supermercadistas têm procurado discutir um tema de grande impacto entre o empresariado, quando o tema é não abrir os supermercados aos domingos. Em sua grande maioria, concordam com o sistema, mas alegam que as grandes lojas não irão compactuar e fortalecer com a ideia. As centrais de negócios têm colocado em pauta e discutido os benefícios e os contras, em casa não abram aos domingos. O grupo de empresários, em julho, estiveram no Sebrae e abordaram o assunto e terão consultoria e acompanhamento após colocar em prática e analisar os impactos diretamente na sociedade.

Hermeto de Paula comemora mais data natalícia. Em um clima de comemorações, os amigos do saudoso Hermeto de Paula, prestigiaram-no por seus 59 anos classistas. O presidente da FCDL do Ceará, Francisco Freitas Cordeiro, saudou o homenageado. Coube ao presidente da FIEC, Beto Studart, entregar uma placa de prata em nome dos amigos e admiradores do consagrado colunista social Lúcio Brasileiro. Foi servido um fino coquetel, seguido de jantar aos convidados, que compareceram em grande número. A animação ficou por conta do conjunto Brasas Seis, sob o comando do José Maria Damasceno. “Por oportuno, homenageei o Jornalista Lúcio Brasileiro, que está completando 60 anos com sua coluna diária”, disse Hermeto

Aniversário Rede Parceria 12 Anos

A Rede de Supermercados completa mais de uma década e lança a campanha 12 Anos de Parceria fazendo economia. No período de 1 de outubro a 12 de janeiro, os mais de 16 associados e 30 lojas irão oferecer produtos com mais descontos e ofertas irresistíveis. Confira algumas fotos do evento de lançamento.

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CAPA CEARÁ

PIB do Ceará maior do que do Brasil, mas economia se mantém estável

C

rise em português, distinção, decisão, sentença, juízo, separação. É um conceito utilizado na sociologia, na política, na economia, na medicina, na psicopatologia, entre outras áreas de conhecimento. ... “Pois, sem cenário doutrinário de Governo não existe econometria, como sem guerra e combate não existe a batalha, como sem rumo não existe a navegação”. (Filósofo - professor e Doutor em Econometria Mario Henrique Simonsen). De uma simples leitura de seu significado, para muitos não existe, mas para maioria da população do país é o maior temor dos tempos.

Globalização, tecnologia, inovação, educação, investimentos, todos os substantivos utilizados para ir de encontro à Crise serão insuficientes para dizer que não está ou nunca esteve em uma turbulência econômica. Quando falamos da economia do Brasil. No primeiro trimestre já era possível ouvir bater à porta as palavras: demissão, recesso, fechado, vende-se. Mas, em contramão, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará apresentou avanço de 1,05% no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014. O desempenho do Estado ocorre em um cenário nacional de retração, no qual a economia do Brasil registrou

queda de 1,6%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o Estado aponta outro número positivo: 3,10% de alta. Para o fechamento de 2015, a previsão é de crescimento de 2% do PIB. A tendência de expansão acima da média nacional está mantida e reforçada na primeira estimativa de PIB do Governo do Estado, Camilo Santana. Os números foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará (Ipece). Segundo o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, o resultado decorre principalmente da expansão das atividades relacionadas ao setor de turismo e servi-

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CAPA CEARÁ

ços públicos governamentais (3,29%). Setores como comércio e indústria de transformação tiveram retração. O Ceará conseguiu segurar a queda da atividade econômica no Estado, diferentemente do que aconteceu em outros estados e no país. Isto se deu como resultado da dinâmica de setores relacionados ao turismo, especialmente ‘transporte’ (0,93%) e alimentação e alojamento (3,03%), além dos serviços da administração pública. Quanto às perspectivas do Estado para este ano, o coordenador das Contas Regionais do Ipece, economista doutor Nicolino Trompieri Neto, acredita que, mesmo num ambiente de incertezas da economia brasileira, o Ceará deverá ter um saldo em torno de 2%. O cenário macroeconômico nacional não é dos melhores. Setores apresentam retração ou sinais de estagnação. No

Ceará há resistência. Segmentos como imóveis, automóveis e varejo têm puxado o crescimento se comparado com o País. Os números de vendas caem pelo Brasil, mas no Estado a redução é menor. Questões ligadas aos hábitos de consumo, fé na retomada do crescimento e ao tipo de economia que predomina no Ceará, como o setor de serviços, alimentação e varejo impulsionam um cenário menos adverso em relação ao quadro nacional.

demitindo que contratando, o setor supermercadista, que até então vinha na contramão, agora começa a ser impactado. Atividade forte com representatividade de 14,4% tem sustentado, pelos menos nos últimos quatro anos, a economia cearense. Deverá continuar a crescer, mas a um ritmo menor. Muito ligado à conjuntura econômica do País, diz a economista, Eloisa Furtado, especialista do IPECE.

Para os supermercadistas, isso se deve ao planejamento. Os supermercados atrelados às Redes de Negócios mantêém a estabilidade de compra e venda, mesmo no período de recessão e de menor fluxo nas lojas. Mas, alguns especialistas dizem que as vendas são decorrentes da execução de orçamentos do ano passado. Em um cenário de crise econômica em que os setores estão mais

A produção industrial cearense teve o pior desempenho entre 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução do ritmo observada entre março e abril de 2015 foi de 7,9% no estado. Além do Ceará, caíram também Bahia (-5,1%), Amazonas (-5,1%) e Pernambuco (-4,6%).

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Queda na indústria


Segundo o IBGE, se comparado ao mesmo período de 2014, o Ceará também apresentou um dos piores desempenhos com uma retração de 14,7%. O estado ficou atrás apenas do Amazonas (-19,9%), mas o Nordeste, como um todo, apresentou queda em todas as comparações apontadas pela pesquisa do IBGE. Serviços se consolidam O setor de agropecuária foi o que apresentou maior crescimento (20,31%), cinco vezes superior ao crescimento nacional (4%). Em seguida, aparece o setor de serviços com índice de 0,73%. Por representar a maior fatia da economia cearense, o setor de Serviços se mantém como principal alavancador do PIB do Estado. Segundo dados do Ipece, o setor representa 73,8% da economia cearense, seguido de indústria (22,8%) e agropecuária 3,4%. “O caminho será pelo lado do investimento e não pelo consumo, pois as famílias estão no nível máximo de endividamento. Se você tem uma política de ajuste fiscal em nível nacional, isso influencia”, explicou Alexsandre Cavalcante, técnico responsável pelo setor de serviços do Ipece. Turismo, Varejo e Transporte são os principais responsáveis pelo índice positivo. Com relação à indústria, que registrou decréscimo (2,5%), mas ainda se manteve superior à nacional (-3%), Witalo Paiva,

técnico responsável pelo setor no Ipece, aponta como perspectiva de crescimento a disposição do Governo do Estado em estimular o setor privado a investir. “Com as possíveis concessões públicas, podemos mudar os rumos para um ambiente favorável”, avaliou. Nova queda O (PIB) brasileiro, soma de tudo o que é produzido no país, recuou 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano,

informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB recuou 2,6% no segundo trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas de 39 casas, que previam desde queda de 3,10% até baixa de 1,10%, com mediana de -2%. Recessão O País entra em recessão técnica oficialmente ao encolher mais do que o esperado no se-

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CAPA CEARÁ

gundo trimestre, com diminuição da atividade da indústria, serviços e agricultura, além de queda dos investimentos. Pela pesquisa semanal Focus do Banco Central, a projeção é de que o PIB encolherá 2,06% este ano e 0,24% em 2016. Se a previsão for confirmada o resultado de 2015 será a pior recessão do país desde 1990. Fortaleza: a 5ª maior do País Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado no “Diário Oficial da União” aponta que o Ceará tem 8.904.459 habitantes. Fortaleza, segundo o instituto, tem 2.591.191 habitantes, o número torna a capital cearense a quinta mais populosa do País, ficando atrás apenas de São Paulo (11.967.829), Rio de Janeiro (6.476.631), Salvador e Brasília. Brasil Os dados se referem a julho de 2015; de acordo com o IBGE, atualmente o Brasil tem 204.450.649 habitantes. Em 2014, o instituto havia estimado a população em 202 milhões. O estado mais populoso, segundo o levantamento, é São Paulo, com 44.396.484 pessoas. Roraima é onde vivem menos habitantes, 505,6 mil. O segundo estado de maior população é Minas Gerais, com 20.869.101. Depois vem o Rio de Janeiro, com 16.550.024.

O que pensam “O Ceará tem um enorme potencial de crescimento; mesmo representando apenas 2% do PIB Brasileiro, o PIB Cearense tem sido melhor que o do Brasil por sete anos consecutivos. Em 2014, o Ceará cresceu 4,36% e o Brasil 0,1%. O setor de serviços é responsável por mais de 70% da economia local. Acredito na criatividade e no otimismo do empresariado cearense, que está investindo na qualificação de seus colaboradores e na divulgação de novos produtos. É assim que se vencem a crise, criando soluções, criando novos produtos, novos mercados e divulgando, conseqüentemente vendendo mais, gerando mais empregos, mais impostos, mais qualidade de vida aos cearenses”.

“Em regiões como o Nordeste, o crescimento dos agentes de distribuição ocorre em ritmo duas vezes maior do que nos grandes centros, o que reforça a tendência, já identificada em anos anteriores, que aponta as cidades médias como os principais motores do desenvolvimento. Isso significa que a região vem mantendo seu ritmo de crescimento, apesar da crise que atravessa o país, e analistas avaliam que uma mudança de cenário é improvável para 2015”.

Linconl Nogueira, Diretor da Azul Comunicação

José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e diretor da Jotujé Distribuidora.

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PERGUNTAS & RESPOSTAS para Futuros Empreendedores

Se você está pensando em empreender, reserve um tempo para responder a alguns questionamentos levantados pelo “The Wall Street Journal” em um guia para futuros empreendedores 1. Qual meu nível de entusiasmo 3. Tenho capacidade para tomar decisões? com o projeto? A fase de start-up é estressante. Sua animação em relação ao negócio é frequentemente a diferença que conquista os clientes e os investidores e favorece a conclusão de negócios. Não será prudente você iniciar a carreira de empreendedor se não tiver um zelo que lhe permita enfrentar os momentos difíceis e o mantenha interessado bem depois que o entusiasmo inicial tiver desaparecido.

Ninguém poderá tomá-las por você. Importante lembrar: a tendência é que a tomada de decisões fique ainda mais difícil com o passar do tempo, com mais funcionários e clientes dependendo de você. O sucesso ou fracasso de sua empresa vai depender de suas escolhas.

2. Qual é a minha tolerância ao risco? 4. Estou disposto a assumir muitas responsabilidades? Começar um negócio, absolutamente, não é para quem tem o coração fraco. Mesmo que se tenha paixão suficiente, inúmeras circunstâncias podem acelerar o seu fracasso: uma localização que não se revele ideal, um problema com a prefeitura sobre o zoneamento ou um obstáculo na cadeia de suprimentos. Não há garantia de sucesso. Se você tem aversão ao risco, é provável que um negócio próprio não seja o melhor caminho para você.

Enquanto o funcionário de uma empresa se preocupa em cumprir uma função específica na empresa, o dono tem de estar atento a todos os aspectos do seu negócio. É preciso colocar a mão na massa, ter noção de finanças, de marketing, de contabilidade. Se você é avesso a esses malabarismos, é provável que seja avesso a empreender.

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MELHORES EMPRESAS

Seis empresas locais entre as

melhores para trabalhar no País

P

articipação de companhias cearenses na lista nacional de melhores empresas para trabalhar se reflete diretamente no mercado local

cionamento do cliente. A gente fica orgulhoso, mas o que nos move é o retorno que vem da nossa equipe pra gente. Nossa meta é manter a confiança na gente”, analisa.

Seis empresas cearenses foram contempladas na lista nacional do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar (Mept). Trata-se de uma realização do Great Place to Work (GPTW). No Ceará, conta com parceria do Grupo de Comunicação O POVO, com o apoio do Instituto FA7. Ficaram na lista Café 3 Corações, Mercadinhos São Luiz, B&Q Energia, Ibyte, Ceneged e DAG - J.SLEIMAN.

A Ceneged, que presta serviço no setor energético no Ceará, Piauí e Pernambuco, participou na categoria de empresa até 999 funcionários. Ficou em 8º lugar na lista nacional. Layla Colares, analista de Recursos Humanos da empresa, lembra que é a quarta vez que está entre as melhores do País.

Severino Ramalho Neto, presidente dos Mercadinhos São Luiz, ressalta que tem sido um grande aprendizado participar desta seleção. “É um feedback sensacional. Começamos a melhorar a cada dia. Também se traduz em melhora do rela-

‘Trabalhamos de forma voltada à valorização das pessoas, proximidades dos gestores da empresa junto aos colaboradores. A gente se preocupa muito “como” a gente vai fazer, não só o que a gente faz. A gestão de pessoas é sempre de proximidade, de dar ideias, compartilhar tudo. O cotidiano da empresa é que constrói esse

equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”, ressalta. O Ceará ganha visibilidade com essas conquistas das empresas. É o que destaca a diretora da regional Ceará do GPTW, Mariza Quinderé. Para ela, é uma mostra que a nossa economia está buscando melhoras no ambiente de trabalho, consequentemente, empresas têm melhores resultados. “As 50 melhores empresas para trabalhar no Ceará juntas faturaram mais de R$ 14 bilhões em 2013. O crescimento foi em média de 14%, sobre o ano anterior. A gente tem uma certeza que os bons resultados são diretamente influenciados pelo investimento na gestão de pessoas”. O coordenador do GPTW no Ceará, Raimundo Padilha, ressalta a importância de empresas cearenses estarem no ranking nacional. “Não basta só aderir. O importante é que um número maior atingiu pontuação para ser listada. Dentro dos critérios internacionais concebidos pelo GPTW, cresceram de importância. Nossas empresas tem conseguido competir nacionalmente”. Para Cliff Villar, coordenador de projetos especiais do O POVO, o desempenho das empresas cearenses se reflete diretamente no mercado. “Tudo isso significa o amadurecimento do empresariado local”.

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POESIA E LIVRO

Espaço poético

Soneto O SERTANEJO

Como admiro o sertanejo que consegue a seca sobreviver tirar seu sustento da terra e ver em seus sonhos muito verdejo Aqueles que a terra abandona em busca de novas pastagens há de fazer muitas viagens numa empreitada insana O mais importante porém é a sua vontade de viver bem e ver a sua família amparada Por isso passa a vida lutando e com muita garra vai conquistando e pouco a pouco, ganha a parada. R C BANDEIRA ANINHA E SUAS PEDRAS Não te deixes destruir ajuntando novas pedras e construindo novos poemas Recria tua vida, sempre, sempre. remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça Faz da tua vida mesquinha um poema e viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos toma tua parte vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. CORA CORALINA.

Dica de livro Gostaríamos de indicar o poeta Augusto dos Anjos, que escreveu um único livro em vida, “EU”, após sua morte, foi publicado EU E OUTRAS POESIAS. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d’Arco, Paraíba, em 20 de abril de 1884 e faleceu em 12 de novembro de 1914, em Leopoldina, Minas Gerais. Augusto dos Anjos foi um dos precursores da poesia moderna, muitas vezes apontado como simbolista ou parnasiano. Muito lido e admirado no meio literário, sua poesia é motivo de estudo até os dias de hoje. Este é um de seus poemas mais conhecidos: VERSOS ÍNTIMOS Vês! ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera somente a ingratidão - esta pantera foi tua companheira inseparável Acostuma-te à lama que te espera! o homem que nesta terra miserável mora, entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera Toma um fósforo, acende teu cigarro o beijo, amigo, é a véspera do escarro a mão que afaga é a mesma que apedreja Se a alguém causa pena a tua chaga apedreja esta mão que te afaga escarra nesta boca que te beija. AUGUSTO DOS ANJOS POEMA DOS BECOS E ESTÓRIAS DE GOIÁS. Cora Coralina era o pseudônimo usado por ANA LIMA DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS, nascida em 20 de agosto de 1889 e falecida em 10 de abril de 1985. Poetisa e contista, considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, uma leitura leve e sempre ressaltando as coisas da sua terra e do nosso Brasil.

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SÃO JOÃO DA REDE

Rede Uniforça comemora

arraiá com associados

A

Rede de Supermercados Uniforça promoveu o Arraiá de São João para os associados, que tem em sua visão consolidar a liderança no mercado cearense e estar entre as melhores distribuidoras do Brasil, sendo socialmente responsável e contribuir com o desenvolvimento da região. A Rede soma 32 associados e 48 lojas em todo o Estado. Em clima junino, os clientes foram recebidos com muitos brindes, pescaria, quentão, comidas típicas, apresentação de quadrilha junina e muito arrasta-pé. Já faz algum tempo que o Supermercado realiza este divertidíssimo atendimento que chama a atenção dos associados e que faz ele se sentir cada vez mais satisfeito em meio a animação e comemorações. Em todo o ano, a rede proporciona momento de lazer, principalmente datas comemorativas. Tradicionalmente esta alusão ao cenário caipira e festivo de junho fez toda a diferença, apresentando, desta forma, um crescimento significativo no setor, encorajando o consumidor a investir animadamente nos produtos juninos, mesmo em época de crise; afinal, este é o resgate que os Supermercados da Rede Uniforça fazem para também comemorar o suces-

so dos negócios e a ampliação do mercado, estendendo até as principais cidades do interior. O presidente da Rede, Nidovando Pereira, destacou a forte atuação da rede e os novos caminhos a trilhar no decorrer do ano. Em um breve parêntese, abordou os fatores da crise econômica, mas que estão criando mecanismos e campanhas para que não sejam pegos de surpresa no futuro. “O momento é de descontração, mas precisamos citar alguns pontos que discutimos em nossa rede. Nossas comemorações são sempre em família, nos unem e fortalecem os laços. Este é o propósito”, diz.

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MACIÇO DE BATURITÉ

Supermercadistas debatem atuação na região de Baturité.

C

om o objetivo de formar um grupo de empresários supermercadistas para o desenvolvimento de um modelo de gestão moderna e eficiente na região do Maciço de Baturité, o SEBRAE Baturité promoveu o encontrou e proporcionou maior visibilidade de mercado, negócios e gestão através de palestras e cursos de capacitação, visando a construção de empreendimentos sustentáveis, utilizando ferramentas eficientes para a gestão, comercialização, marketing, qualidade, produtividade e competitividade dos bens e serviços nos diversos segmentos da economia. Para o empresário Antônio Alves da Costa, o momento é propício para ampliar as arti-

culações da região com demais cidades e Capital, além da troca de informações entre os varejistas e aplicação de boas práticas do setor de tecnologia aos negócios. Na pauta, temas como “Sistemas de Gestão: Vantagens e uso da informatização”, apresentado pelo palestrante, Rudi Appio; “Processos para supermercados: A importância dos processos no dia-a-dia das empresas”, com o palestrante e Wagner Cesar; “Redução de perdas para aumento da competitividade das empresas”, pelo palestrante Haroldo Ribeiro, e “O novo cenário nas Redes de Supermercados a Gestão Empresarial nas Centrais de Negócios”, ministrada pelo diretor da Revista Nosso Setor, Antônio Vieira.

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Segundo Vieira, os encontros devem virar rotina e discutir pontos de melhoria e expansão dos negócios na região. “Entre umas das mais importantes regiões e próximo da Capital, o maciço sempre foi destaque pelo seu desempenho nos negócios e inovações dos empresários. Existem grandes visionários com o propósito de ampliar seus negócios e oferecer qualidade e inovação. O que já acontece nos bairros em Fortaleza”, disse. O evento contou com um ciclo de palestras e uma exposição de equipamentos de inovação tecnológica, realizados nas instalações do CDL local. Além desse momento, os que aderiram ao Programa terão horas de consultoria personalizada em suas empresas e acompanhamento


dos indicadores de desempenho pela equipe do Sebrae. Haroldo Ribeiro, consultor do SEBRAE que foi contratado para conduzir o programa, ressaltou que a receptividade foi muito positiva e se surpreendeu com a presença de quase 100% dos convidados. “Na fase seguinte do Programa, vamos estar junto com cada uma das empresas participantes, discutindo oportunidades e avanço de seus negócios”. Em sua tese, o palestrante e consultor do Sebrae, Haroldo Ribeiro, argumenta: “Quando temos um problema devemos sempre pensar “como seria a condição ideal?”, ou seja, como seria se não tivéssemos o problema. A lógica é a seguinte: Você resolveu um problema. Você desenvolveu um conhecimento. Logo, você deve fazer

uma replicação horizontal. O que você vai fazer com o resultado é muito mais importante do que o valor do resultado. Quando fazemos alguma melhoria, sempre achamos que estamos “crescendo”, quando muitas vezes estamos somente “voltando à condição inicial” Ninguém melhor que o próprio operador para fazer o primeiro diagnóstico de falha e apropriar adequadamente as perdas”.

úna, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia e Redenção.

“O crescimento foi percebido e está sendo trabalhado pelos nossos analistas; tanto que o número de inscritos para este encontro superou nossas expectativas”, afirma o empresário Carlos Alberto. A região do Maciço de Baturité é formada pelos municípios de Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Caridade, Guaiúba, Guaramiranga, Itapi-

Para Cleudo Uchôa do Mercadinho Boa Vista, “O material apresentado nas palestras foi muito bom e discutiu a realidade do nosso negócio. Acima de tudo, foi motivador para que a gente continue melhorando”.

Para o Francisco Edson do Mercantil Avenida, “Achei o evento muito proveitoso e esclarecedor de nossas dúvidas. Ao longo das palestras, podemos identificar erros que cometemos no dia-a-dia que não conseguimos enxergar. Quando a gente sai de dentro da operação consegue ver muito melhor”.

Um novo encontro será agendado para dar sequência à atuação do Grupo e quais ações devem ser colocadas em prática.

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SEBRAE IGUATU

Maior fortalecimento nas Centrais de Negócios é tema no

2º Encontro de Supermercados e Mercadinhos de Iguatu

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om o objetivo de fomentar o associativismo e as possibilidades de buscar ferramentas em comum que possam assegurar a expansão do varejo na região Centro-Sul, o Sebrae Iguatu realizouo II Encontro de Supermercados e Mercadinhos. Como um dos pólos de destaque em negócios e indústria, o município concentra a maior parte do comércio e volume de negócios e empregos gerados. O encontro através das palestras mostrou as tendências de gestão empresarial nas centrais de negócios fazendo um paralelo entre o ontem, hoje e amanhã na administração das redes.Representantes das Redes Amig (Associação dos Mercadinhos Iguatuenses), da Super Rede Icoense e também da Rede Uniprobel estão à frente da ampliação do mercado e na

busca de mais benefícios para a categoria, como o fortalecimento das redes de negócios. O encontro, que foi organizado pelo Escritório Regional do Sebrae, ali representado pela analista Lenilde Chaves, teve como ponto alto a apresentação do Modelo Minimercado Conceito, anteriormente apresentado na feira da ABAD (Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores) 2015, sendo também explanado para os demais ouvintes. O palestrante William Bezerra, gerente comercial da Rede Brasil de Negócios, apresentouo Projeto da Rádio Interna AP3 para supermercados.Na seqüência, o Sr. Antônio Vieira, diretor da Revista Nosso Setor, apresentou a palestra com o tema “O Novo Cenário nas Redes de Supermercados – A Gestão Empresarial nas Centrais de Negócios”.

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Segundo Antônio Vieira, o perfil da empresa sustentável com inovação e criação, reação diante do novo cenário de crise econômica, criatividade no atendimento ao cliente, inovação na arte de vender e como alcançar sucesso e bons resultados com novas estratégias são pontos que devem ser colocados em prática pensando na melhoria do atendimento e na qualidade do serviço. Para o Sebrae, é importante estimular a cultura da cooperação, que tem provado ser de vital importância para o fortalecimento dos pequenos empreendimentos. Basicamente, o associativismo reúne empresários que se unem para poderem tornar seus negócios mais competitivos e terem condições de reagir, com eficiência, a uma tendência de concentração de mercado. O tema do fortalecimento das


centrais de negócios tem sido debatido incansavelmente pelos empresários, visto o maior benefício ser a realização de compras em conjunto e o prazo de pagamento aos fornecedores. “Tem sido o maior

gargalo para os comerciantes locais. Precisamos manter um estoque muito grande de produtos, porque não temos prazo suficiente e dentro da realidade da região”, completa Augusto Gutemberg.

Participar de uma Central de Negócios possibilita ao pequeno empresário: 4

Redução de custos.

4

Obtenção de melhores preços.

4

Contratação de serviços em conjunto.

4

Aumento do poder de negociação.

4

Acesso à mídia/propaganda.

4

Exportação e compra em conjunto.

4

Criação de uma rede com identidade própria.

4

Acesso a informações.

4

Planejamento de ações de venda.

4

Capacitação de equipes.

4

Planejamento de marketing conjunto.

4

Centralização da distribuição.

4

Formatação de lojas.

4

Padronização da marca.

4

Obtenção de melhores condições para linhas de crédito.

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ARTIGO

A pessoa compra

menos porque teme o dia de amanhã

T

odos os gráficos que eu olho não mostram queda do amor dos filhos às mães. O problema é que faltou dinheiro mesmo na hora de comprar o presente. O amor não está diminuindo, mas o dinheiro no bolso, sim. E esse é que é o problema.

tram carros, motos, material de construção – deu 10,5%. São muito ruins.

Na verdade, quando comparamos com 2001 – que foi o ano do apagão –, a economia vinha muito bem em 2000, em 2001 com o apagão caiu a economia e foi para níveis recessivos. Desde então nunca houve queda de maio em relação a abril tão grande. Normalmente em maio cresce por causa do Dia das Mães – que é o segundo melhor mês de vendas.

A crise está pegando a economia como um todo. Mas, especificamente no comércio, o que mais afetou para se chegar a esse resultado tão ruim? É a ponta que sente o efeito de tudo isso que está acontecendo com a gente. É um círculo vicioso.

Os dados do IBGE mostram o varejo simples e o varejo ampliado. E o varejo normal, o comércio varejista teve uma queda de 4,5% em relação a maio do ano passado. Mas o varejo ampliado – em que en-

E a expectativa é que esse ano continue negativo, mesmo melhorando algum mês, que o ano termine com vendas no varejo menores do que no ano passado.

A inflação subiu, comeu um pouco da renda. Teve um tarifaço de energia, parte da renda foi comprometida com o pagamento dessa conta. Aí os juros subiram, então ficou mais difícil refinanciar a dívida, você gastou mais com a dívida. Então, isso tudo tornou a renda disponível – um conceito que os eco-

nomistas usam para compras em geral que o consumidor pode escolher ou adiar – ficou menor com tudo isso. E, além disso, o desemprego – mesmo que não afete diretamente aquela família – ele paira sobre a economia como um medo de que ele pode ser o próximo. Então, a pessoa compra menos porque teme o dia de amanhã. Então, tudo isso vai bater exatamente no varejo.

Miriam Leitão, Economista, Comentarista e Palestrante

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EMPREENDEDORISMO

Gelato italiano nas mãos tipicamente cearenses

U

m pedaço do sabor italiano no Ceará. Todo o ambiente foi criado para emocionar e transformar a degustação dos sorvetes em momentos especiais. Eles são criativos e preparados com os cuidados necessários para a saúde, como a exclusão do leite para aqueles que têm intolerância, assim como a retirada dos corantes para os que não podem provar por terem alergias. E a elaboração sem gorduras pensando nos diets. Mas, com isso, o gelato servido na capital cearense ganha com sabores diversos, frescor e cremosidade. Sorvetes incrivelmente mais refinados e delicadamente palatáveis. Um dos empreendedores no ramo do gelato é o casal Andrea Bellucci e Afra Coledette Alencar, com a loja Bellucci L’Artigiano del Gelato. Ele é italiano e ela é cearense, do Cra-

to. Ela tinha um sonho. Queria ser estilista porque já havia descoberto as habilidades necessárias. Foi aprofundá-las na Anhembi Morumbi, São Paulo. Logo que concluiu o curso partiu para Firenze, Itália, para fazer a Academy Italiana. Mas queria ampliar seus conhecimentos de inglês e partiu para a Irlanda. No avião conheceu Andrea, que viajava de volta para seu trabalho na Irlanda, onde era consultor em Matemática Financeira. No avião se apaixonaram perdidamente. Moraram juntos por um ano. Os dois deixaram o que vinham realizando profissionalmente. Foram para a Itália, onde o gelateiro concluiu seu curso na Universidad do Gelato. Na universidade conheceu Paulo Zanettoni, que está no Bellucci com o casal, na elaboração dos sorvetes. Outra novidade na capital, a gelateria Barney’s Ice Dream oferece um produto típico da

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Itália, o gelato. “Essa ideia do sorvete veio antes do hambúrguer, mas acabamos abrindo a lanchonete antes”, conta um dos sócios da casa, Marcelo Pimentel. O empresário também detém a marca Barney’s Burger. Agora, depois de amadurecer, a casa abre, segundo Marcelo, com um projeto mais trabalhado. A decoração é baseada nas sorveterias europeias da década de 1950, pincelada de elementos norte-americanos. “Quem teve a experiência de degustar o gelato na Europa vai ter a mesma sensação aqui”, garante o proprietário. O conhecimento acerca da fabricação de sorvetes foi adquirido durante os anos em que Marcelo abastecia as sorveterias da cidade com os principais insumos do produto, como o cacau. “Foi daí que tive a ideia de abrir uma sorveteria diferente, com inspiração nas italianas”.


EMPREENDEDORISMO

Paletas mexicanas e os novos

empreendedores cearenses

A

s paletas mexicanas caíram no gosto e se tornaram a nova “febre” gastronômica de Fortaleza, cidade de clima quente e propício para o consumo de sorvetes e picolés o ano inteiro. Depois de se consolidar nos mercados do Sudeste e Sul, os cearenses resolveram investir no gelado que é bem maior do que um picolé normal e à base de frutas. Depois de uma viagem de lazer para o México e de provar a paleta original, o casal Leonardo Melo e Priscilla Coelho teve a ideia de produzir o picolé em Fortaleza. “Lá é muito tradicional, é uma coisa até familiar. Achamos aquilo incrível”. A “El Mustache” se caracteriza como a legítima paleta mexicana. Isso devido às pesquisas de via-

gens ao México que os sócios fizeram. Segundo Leonardo, a ideia é fazer a legítima paleta utilizando sabores da tropicalidade. A procura e aceitação surpreendeu os empresários, que já pensam em novos sabores para o próximo verão. Segundo Leonardo, algumas matérias-primas são importadas para que os sabores fiquem como o da receita legítima. Além da diferença no tamanho, as paletas podem ser frutadas, quando levam pedaços de frutas, cremosas, com creme de leite, ou recheadas, com brigadeiro, leite condensado, doce de leite ou calda de morango, por exemplo. As paleterias também oferecem opções alcóolicas do gelado, geralmente, com limão e tequila.

Expansão De olho na movimentação do mercado cearense e do crescimento de paleterias na cidade, a marca El Paleto faz parte do grupo empresarial que também detém dos direitos da Frutbiss. A proposta é levar novos sabores, unindo o sofisticado ao regional. A marca ganha força e segue para estados vizinhos, como Paraíba e Rio Grande do Norte. Os mais procurados são o de Chocolate Belga, Doce de Leite, Morango com leite condensado, Coco, Pistache, Iogurte com Frutas Vermelhas, Castanha, Kiwi, Morango e Abacaxi.

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INOVAÇÃO

Crise econômica

aumenta as chances de superendividamento

E

les chegam a ter até dez cartões de crédito. Usam o rotativo de cada um deles, como se fosse um complemento da renda, sem pensar nos juros. Também não se importam em ultrapassar o limite do cheque especial quando o orçamento aperta, sobra mês, e falta salário. Alguns têm dívidas que equivalem a 100% do salário, o que faz com que percam a capacidade de se sustentar. Os especialistas em finanças classificam esse grupo como superendividados. Em momentos de crise da economia, como o atual, com perda de renda, juros e inflação em alta, mais gente corre o risco de entrar para essa turma, alertam especialistas. E isso não depende da classe social, mas sim do comportamento em relação às finanças. - Sempre aparece mais gente com problemas de superendividamento em momentos de conjuntura econômica adversa. Este ano, temos recebido mais jovens, gente que acabou de entrar no mercado de trabalho, recebeu oferta maior de crédito e acabou utilizando sem nenhum critério - diz Ivete Maria Ribeiro, diretora executiva do Procon de

São Paulo, que mantém um Núcleo de Superendividados. ROTATIVO É UM DOS VILÕES O especialista em investimentos do banco Ourinvest, Mauro Calil, alerta que a principal porta de entrada para o superendividamento é o uso indiscriminado do rotativo do cartão de crédito e do limite do cheque especial. Quem utiliza essas modalidades de crédito pré-aprovado como complemento da renda tem mais chances de se tornar um superendividado. Não por acaso, são as linhas que cobram as maiores taxas de juro do mercado. Uma simulação feita pelo diretor de estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, mostra que um cliente de banco que usa o limite de R$ 1 mil do cheque especial durante um ano vê sua dívida se transformar em R$ 3.321,17. Os juros anuais equivalem a 232%. Para quem utiliza os mesmos R$ 1 mil no rotativo do cartão de crédito, sem fazer nem o pagamento mínimo, o estrago é ainda maior. Em três anos, a dívida se transforma em impressionantes R$ 97.609,15, o bastante para comprar um carro de luxo.

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- Parece óbvio, mas muita gente não faz o básico: poupar uma parte do salário para emergências, como uma doença ou perda de emprego, e gastar menos do que ganha - diz Calil. Um funcionário público de 52 anos, que prefere não se identificar, nem se lembra de quando começou a utilizar o limite do cheque especial como complemento da renda. Ele conta que chegou a dever para dez bancos. Quitava parte da dívida com uma instituição, mas se enrolava com outra. Chegou a um ponto em que perdeu o controle. Entrou em depressão e foi afastado do trabalho. Hoje, nem sabe exatamente quanto deve, mas passa de R$ 300 mil. Na semana passada, ele estava em busca de ajuda no Núcleo de Superendividados do Procon-SP e até ganhou diploma de participação na palestra Dúvidas e Dívidas. - Fiquei endividado e recolhido. Agora resolvi procurar ajuda diz o funcionário público. O bom senso recomenda que as pessoas não tenham dívidas acima de 30% de sua renda, dizem os especialistas. Também é essencial ter uma poupança que fique, no mínimo, entre seis meses e um ano do salário, diz Patrícia Cotti, coordenadora da


Academia do Varejo, do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). O montante permite quitar dívidas e manter o sustento, em caso de desemprego, sem usar o cheque especial. Segundo ela, o ideal é que a pessoa guarde todo mês entre 10% e 15% do salário para chegar a essa reserva. - Quem faz planejamento financeiro tem risco menor de se tornar superendividado - diz Patrícia. Uma pesquisa da SPC Brasil, empresa que acompanha operações de crédito realizadas por empresas, e do portal Meu Bolso Feliz, mostrou que existe outro caminho para o superendividamento. O levantamento, feito em todo o país, apontou que

79% dos entrevistados fazem compras usando crediário das lojas, mas nem sempre sabem quanto pagam de juros. - O que importa é se o valor da parcela cabe no bolso, não o valor final do produto. Com isso, muita gente perde a noção dos gastos, compra por impulso e acaba no superendividamento diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. MUDANÇA DE COMPORTAMENTO Para ela, quem chega a essa situação precisa de uma mudança radical de comportamento. Parar de consumir acima de sua capacidade e até vender coisas, como o carro, para quitar dívidas com juros altos, antes que estas virem uma bola

de neve. Quem não consegue quebrar esse ciclo pode buscar ajuda de especialistas. No Rio de Janeiro, a Comissão de Tratamento e Prevenção ao Superendividamento, que faz parte do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública, presta atendimento a superendividados. Em São Paulo, o Procon ajuda até a negociar as dívidas com os credores. No segundo semestre, esse atendimento será feito também pela internet. - Nossa expectativa é que a procura triplique - diz Diógenes Donizete, coordenador do Núcleo de Tratamento do Superendividamento Fonte: O Globo

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CAFÉ COM CONVIDADO

Rainha do Pão de Queijo:

Uma história de paixão e negócios As marcas Delícia Mineira e Gosto Mineiro são líderes no Nordeste e receberão novos investimentos. Polvilho doce, leite, ovos e queijo. Esses são os principais ingredientes de uma receita muito conhecida dos mineiros, o pão de queijo, que ganha adeptos pelo país. É verdade que cada família tem a sua receita, mas a fama e a tradição do quitute são reconhecidas nacionalmente. Consumido a quase qualquer hora do dia, o pão de queijo virou tema para novos negócios. Há 19 anos, a vendedora Elen Brito Maia, 47 anos, durante um chá da tarde com suas amigas em casa, apresentou sua iguaria e recebeu aprovação unânime. Aos poucos a produção foi chegando aos vizinhos, aos amigos, à cantina da escola, à lanchonete

da esquina e aos prédios comerciais em volta da sua residência. A proporção foi aumentando e a necessidade de investir também. Assim, ampliou sua área da cozinha e sua produção devido à crescente demanda. Com uma receita “secreta”, a conhecida Rainha do Pão de Queijo no Ceará continua emitindo o mesmo carisma, determinação e visão de crescimento, para que os negócios cheguem a outros estados fora do Nordeste. “Me preocupo em garantir que a re-

“Começamos do zero e na cozinha de casa. Eu fazia, eu degustava, eu vendia, eu comprava matéria-prima”.

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ceita não se altere. Estou todos os dias na linha de frente da fábrica e faço questão de experimentar os pães de queijo”, conta Elen Brito. Com atuação nos estados de Ceará, Paraíba, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, as marcas Delícia Mineira e Gosto Mineiro, produzidas pela empresária Elen Brito, a levam para a liderança no segmento e geram cerca de 100 empregos diretos e 300 empregos indiretos. Neste ano, uma sede foi aberta em Recife para contribuir com a logística de distribuição para estados vizinhos e assim diminuir o tempo de transporte do produto. No início da produção ela fazia cerca de 20 quilos de pão de queijo por semana e atendia apenas aos pedidos. Com a indi-


cação das amigas os pedidos aumentaram e foi o que mais pesou no quesito clientela. “Um comprava, gostava e indicava para os demais. Coloquei o nome de “Pão de Queijo Delícia Mineira”, por ser feito em casa de maneira artesanal”, relembrou. A empresária, vendedora, gestora e mãe conta como concilia a rotina dos negócios e a família. Elen Brito fala ainda da abrangência de mercado, as possibilidades de novos negócios e investimentos para os próximos anos. Confira a entrevista durante o Café com Convidado, que tem o apoio do Hotel Meridional e Pomar da Polpa. Revista Nosso Setor: Como surgiu a ideia de montar um negócio que até então era uma receita caseira e logo depois se tornou o carro-chefe da família e dos negócios? Elen Brito: Na época era apenas uma vendedora na área de varejo. Sempre recebi amigos em casa e persuasiva em mostrar meus dotes culinários. Em uma tarde, durante um chá, servi pão de queijo caseiro, após aprender durante minha estada em Minas Gerais, o qual sou grata por conhecer um Estado tão rico e merecedor de tantas histórias. Acompanhando meu marido,

que é mineiro e me presenciou em todas as manhãs, debaixo de um alpendre, sentada cortando e ralando quilos de queijo e depois colocando a mão na massa, literalmente, e com o seu apoio fui comercializar o pão de queijo na escola onde meu filho estudava, aos vizinhos e nas portarias dos prédios no centro de Fortaleza. A priori era apenas um café e passou a ser um negócio e estou no ramo alimentício há 19 anos. Antes era somente eu envolvida neste sonho, mas depois veio o marido e os filhos. O negócio foi tomando proporção que continuei na linha de frente, diretamente com os fornecedores e clientes, e meu marido responsável pela administração da fábrica. Revista Nosso Setor: Como foi atender o perfil do pequeno varejo (“varejinho”)? Elen Brito: Por ter um conhecimento de abordagem e atuação no mercado de varejo, já tinha uma carta de clientes bem recheada e todos me conheciam por minha insistência e boa publicidade dos produtos que vendia. Quando iniciei a trajetória com o meu próprio produto, levei até muitos donos de mercadinhos como degustação, como também aos supermercados. Até hoje, é uma das

estratégias que mais tem retorno e aprovação do consumidor, quando fazemos a degustação de nossos produtos nas lojas. Atualmente, devido a uma grande massa concorrente e preços variáveis, muitos comerciantes preferem o lucro à qualidade, mas conseguimos manter o nosso equilíbrio e oferecer preço, qualidade e bom relacionamento. O varejo pequeno de médio porte é quem mais consome nossos produtos. Revista Nosso Setor: Com a oscilação econômica do país a empresa se mantém estável e quais os mecanismos e dribles para enfrentar a alta das cargas tributárias e, principalmente, os dois maiores vilões, a energia e a gasolina? Elen Brito: Uma variação que preocupa a cada mudança de governo e a cada aumento de taxas. Em 2015, já presenciamos o fechamento de empresas e indústrias devido à queda do consumo. Em quase duas décadas, tivemos altos e baixos, ao ponto de nos preocuparmos e até diminuir a produção fabril. Mas, uma crise não é gerada em um mês ou um ano. As especulações são muitas e neste ano fizemos diferente. Quando todos falam de crise, queda, perdas e falência, nós estamos inovando e entregando ao mercado um novo produto. A massa fresca de tapioca da Gosto Mineiro já chega aos supermercados com a aprovação dos consumidores por ser um produto diferenciado, podendo ser mantido em refrigeração ou em ambiente natural. Temos, sim, nos preocupado com o aumento da gasolina e da energia, mas fizemos um novo cronograma de ações, ampliamos o nosso marketing

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de guerrilha e visitação nas lojas de conveniências e supermercados, para pelo menos manter as vendas estáveis.

rios (e, por sinal, me apelidam de “leoa”), continuei no atendimento e fazendo o que mais gosto, network. Ele desempenha muito bem seu papel de administrador interno e orquestra toda a logística e distribuição. Enquanto isso, vou tocando os negócios e as vendas externas. Hoje, a minha linguagem e perfil são marcas registradas de Delícia Mineira e Gosto Mineiro. A troca de papéis não altera os valores. Ele até ajuda a manter e apóia a minha decisão de estar à frente dos negócios lá fora.

Revista Nosso Setor: Além das taxas, despesas, recursos humanos e outros custos, como funciona a logística da matéria-prima? Elen Brito: Em muitos momentos achamos que chegamos ao final do ciclo e que não haverá inovação, mas o mercado é volátil e, a cada peça do jogo alterada, um novo jogo nasce. Dessa forma, ? o que fazemos para trazer a matéria-prima de todos os produtos das duas marcas, Delícia Mineira e Gosto Mineiro. Por exemplo, nosso fornecedor de fécula vem de Santa Catarina e o queijo de Minas Gerais. Já temos grandes produtores de leite e queijo no estado, mas ainda transportamos de tão longe para manter a qualidade e originalidade do produto. Em meados de 2010, estava muito mais difícil transportar a farinha devido às cargas de transportes e ao alto índice de roubo de cargas, além das taxas que só oneram o preço final. Revista Nosso Setor: Em muitos casos, o homem administra o negócio externo e a esposa o administrativo da empresa. No seu caso é o contrário. Como funciona a troca de papéis?

“Nunca desista, vá à luta, pode começar do zero, pode crescer e conseguir o que quer. Se tem planos de buscar, tenha planos de como encontrá-lo”. Elen Brito: Quando iniciamos a Delícia Mineira, ele administrava o próprio negócio. Eu atuava como vendedora em outra empresa e, depois de iniciar a produção caseira e expandir o atendimento no varejinho, escolas e no comércio no centro, precisei da ajuda do meu marido para administrar a área interna e a produção. Por estar diariamente com comerciantes e empresá-

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Revista Nosso Setor: Com a atuação da Delícia Mineira e a compra da Gosto Mineiro, tornaram-se líderes no segmento nos estados do Nordeste. Quais são os futuros investimentos das marcas para os próximos anos? Elen Brito: Com atuação em 7 capitais do Nordeste e nos preparando para entrar no Estado da Bahia, o nosso propósito é estar entre as três melhores empresas do segmento no país. Será um desafio para empresa durante os quase 20 anos de existência. Sou braço forte e sempre vou preparada para disputar o mercado com um propósito de ser a melhor no que faço. Com a aquisição da Gosto Mineira, antes apenas com pão de queijo, já oferecemos outros produtos da linha, como a goma fresca,


enquanto a Delícia Mineira tem os agregados de pão de batata, esfiha e minipizza.

como fez para obter sucesso e liderar um dos ramos mais competitivos, o alimentício?

Revista Nosso Setor: Qual a projeção das marcas Delícia e Gosto mineiro para os próximos anos? O que vem de novidade?

Elen Brito: Sempre mantive o bom relacionamento, apresentei uma ideia verdadeira e de qualidade e determinação. Desde muito jovem busquei planejar minhas ações e o que quero atingir. Não posso dizer que sou a melhor gestora, mas sou disciplinada e tenho regras que devo cumprir. Tenho metas e preciso

Elen Brito: Estamos atuando nas lojas de conveniência, lanchonetes, supermercados, mercearias, cantinas em escolas e faculdades, food service, cafeteria e hotelaria. São inúmeros os segmentos que podemos atender e oferecer produtos de acordo com o perfil do cliente. Além das capitais, nossa logística está se preparando para atender melhor as grandes regiões no interior. Outro fator são os equipamentos de ponta com tecnologia internacional.

batê-las. O meu foco é estar comprometida com o sucesso do cliente. Se tenho a satisfação e um retorno positivo, é sinal de que alcancei meu objetivo do dia. E esta rotina diária é o que me torna uma mulher, mãe, empresária de pulso firme e de experiência. Assim posso passar aos meus filhos e herdeiros o que almejei durante todos esses anos: reconhecimento profissional por oferecer o melhor no que faço.

Revista Nosso Setor: Como pensa a empresário Elen Brito e

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GRUPO DE NEGÓCIOS

Encontro reúne empresários

através do Aplicativo WhatsApp

C

om o objetivo de gerar novos interesses de mercado entre empresários e gestores, o Grupo de Negócios Nosso Setor utiliza o aplicativo WhatsApp para ganhar novas projeções no mercado e tem gerado proporções positivas e inclusivas nas negociações com os usuários. Além da troca de experiências, divulgação de produtos e marcas, o grupo utiliza serviços e produtos das marcas do próprio grupo. O III encontro traz oportunidades de aproximar os gestores e conhecer melhor suas empresas. O idealizador, Antônio Vieira, iniciou o encontro com a abordagem de feedback e a importância da comunicação interna e externa. “Em tempos de crise econômica, empresários buscam novas saídas e estratégias para manter sua marca em evidência e como receber a opinião do cliente é fundamental para permanecer no páreo”, disse Vieira. E disse ainda: “Devemos observar que o feedback deve ser sempre educativo, jamais punitivo. Feedbacks podem e devem ser utilizados como ações de validação e parabenização frente a condutas e resultados positivos”. Você sabia que pesquisas indicam que as micro, pequenas e médias empresas que utilizam os grupos do WhatsApp para

fazer marketing aumentam em 20% o seu faturamento e, o melhor, sem gastar nenhum centavo? Usar os grupos do WhatsApp para fazer marketing é uma excelente opção para quem não dispõe de dinheiro suficiente para investir em campanhas de publicidade, como anúncios em TV, ou quem queira aumentar a segmentação de seu público. O consultor comercial William Bezerra falou da sua atuação no mercado de negócios e serviços e como a Revista Nosso Setor é importante para difundir a comunicação do segmento e atingir seu público-alvo. “Somos obrigados a nos manter atualizados devido à inclusão de novas tecnologias, novos perfis de profissionais mais competitivos e um mercado versátil. As marcas se adaptam ao novo consumidor que requer mais atenção e transparência dos produtos de consumo. A Revista tem criado momentos para divulgar as marcas dos associados e encontros que disseminam cultura e experiência ”, completa William. Os empresários que participam do Grupo de Negócios Nosso Setor, Rodrigues Júnior, representante da empresa 2D Representações, Vicente de Paiva, diretor do Hotel Meridional, e Eliane Gerzelj, representando a Câmara de Comércio Brasil

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Itália e o consórcio Mangiamo Italiano, apresentaram suas empresas e suas estratégias de marketing. O WhatsApp, o mais popular desses aplicativos com mais de 700 milhões de usuários ativos pelo mundo, é também o mais utilizado para vender itens. A ferramenta tem otimizado o trabalho de diversos segmentos e, por precisar apenas de dados de internet, acaba por propiciar economias em ligações e deslocamentos. Por sua ampla abrangência, desde os novos empreendedores até as grandes lojas estão aderindo à modalidade e oferecem serviços como agendar hora de atendimento, orçamentos e definição de valores. Os empreendedores que investem neste tipo de venda afirmam que a comunicação com o cliente é um dos pontos diferenciais desse comércio. A relação mais próxima permite entender melhor os gostos do consumidor e o contato mais instantâneo e disponível quase 24 horas por dia dá mais credibilidade aos negócios. Esse comércio realizado através de dispositivos móveis, tanto smartphone quanto tablet, representou, em 2014, 9,7% de todas as transações realizadas pela internet no Brasil. Os dados são da Ebit, que mostram


também que o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 35,8 bilhões em 2014, representando um crescimento nominal de 24%, já que em 2013 o resultado foi de R$ 28,8 bilhões. De acordo com Ebit, as categorias que mais geraram pedidos através de dispositivos móveis foram as de cosméticos e perfumaria/cuidados pessoais/saúde (16,2%), seguida por moda e acessórios (14,4%), eletrodomésticos (11,5%), casa e decoração (7,8%) e livros/assinaturas e revistas (7,7%). Dicas de utilização do WhatsApp 1. Divulgue seu número do WhatsApp do seu negócio nas redes sociais; 2. Estabeleça um canal de atendimento diferenciado; 3. Sempre que tiver alguma novidade antes de lançar para o público em geral, avise às pessoas pelo WhatsApp; 4. Faça perguntas para seus clientes sobre seu produto ou serviço para poder melhorar; 5. Abra um grupo VIP para atendimento personalizado; 6. Dê privilégios para esta lista VIP que nenhum outro cliente tem; 7. Faça as pessoas desejarem participar desta lista; 8. Promova encontros entre as pessoas da lista. SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 91


CDL - FCDL

Setores cobram

criação de ambiente favorável exauridas. Não temos mais de onde tirar. Queremos estímulos à produção para mantermos os empregos”. Já Carlos Prado, sócio-diretor da Itaueira, produtora e exportadora de gêneros agrícolas, diz que o momento é de reflexão para a iniciativa privada. “Que o investidor se sinta atraído para fazer seus investimentos e gerar emprego. Só a iniciativa privada tem essa musculatura para fazer com que se desenvolva. Não podemos ficar nessa situação de paralisia”. Sobre o encontro com a presidente, os empresários avaliam como positiva a iniciativa. José do Egito, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) diz que é importante que a presidente se disponha a ouvir as demandas do setor produtivo.

O

s setores do comércio e da agricultura cobram do Governo um ambiente favorável para o crescimento econômico. Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), avaliou como positiva

a reunião com a presidente. A demanda do setor, destaca, é que regulamentação do cartão de crédito. “Apresentamos uma proposta que visa ajudar comércio e consumidor. Não se pode pagar juros de quase 300%”. Ele critica o retorno da CPMF. “Não vamos apoiar essa iniciativa. As empresas estão

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Beto Studart, presidente da Fiec, diz que a presidente teve uma conversa realista com o setor. “Foi uma tentativa da presidente Dilma Rousseff de resgatar o prestígio dela. Precisamos confiar em quem é responsável pela política econômica. A presidente está tentando se apresentar como verdadeira como, efetivamente, ela se mostrou”. (Átila Varela e Nathália Bernardo)


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CAPACITAÇÃO

IBESTI capacita

profissionais para inserção no mercado de trabalho

O

desafio do primeiro emprego. Com a alta competitividade, ampliação de mercado e escassez de mão de obra técnica, o mercado busca incessantemente por perfis qualificados e com conhecimento técnico em áreas como logística, segurança no trabalho, informática, rede de computadores, engenharia, entre outras áreas. A busca por formações complementares tem sido um dos meios de conseguir um emprego mais rápido e seguro ao profissional. A falta de preparo do trabalhador brasileiro e o estigma associado aos cursos profissionalizantes - que faz com que muitos jovens ainda prefiram optar pela universidade em vez da escola técnica - criaram sérios problemas para as empresas brasileiras na busca por mão de obra. O Instituto Brasileiro de Empreendedorismo, Sustentabilidade, Tecnologia e Inovação (IBESTI) atua na área da pesquisa e do desenvolvimento de projetos de empreendedorismo e sustentabilidade. O papel do Instituto tem sido importante para a formação de novos perfis profissionais que

buscam melhores oportunidades de emprego e capacitação em Fortaleza. As empresas, as maiores prejudicadas neste processo, em sua maioria, inserem cursos in company para treinamento e formação de seus funcionários. Apesar da crise, ainda tem muito emprego no mercado de trabalho. Só que falta mão de obra qualificada e por isso o processo se-

letivo torna-se mais demorado, pelo fato de as empresas necessitarem de perfis mais aperfeiçoados. A Fundação Dom Cabral (FDC), em São Paulo, publicou uma pesquisa que diz que nove entre cada dez empresas brasileiras apresentam dificuldades em preencher seus quadros. As companhias citam a escassez de profissionais capacitados (83,23%) e a deficiência

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na formação básica (58,08%) como os principais entraves para assinar carteiras. O estudo foi realizado com base em dados fornecidos por 167 empresas de diferentes setores que, juntas, respondem por 23% do PIB. O Professor José Bastos, diretor presidente, carrega em seu currículo larga experiência na área de treinamento, em razão da sua longa vivência na academia e de sua estreita relação com o mundo produtivo. Essa experiência faz com que o IBESTI tenha em seu cerne a preocupação de oferecer produtos de qualidade, por meio de profissionais de notória competência técnica e pedagógica. O Instituto oferece cursos técnicos nas áreas de Gestão, Saúde, Jurídica, Técnica e In Company, como Técnico em Meio Ambiente, Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico em Informática para Internet, Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, Técnico em Logística, entre outros. Mais informações pelo site www.ibesti.org.br; o instituto está localizado na Rua Dr. José Victor, 85, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.


HOMEM DO TEMPO

A Quem deve criar a cultura

produtiva da empresa?

O

utro dia estava em uma reunião com empresários, compartilhando dores e soluções na vida empreendedora e uma questão interessante foi levantada. Um deles, sócio de uma empresa com pouco mais de vinte profissionais, insistia que precisaria de uma gestora de RH para criar uma cultura produtiva na empresa.

por que você seja o empreendedor e delegue isso para um profissional do comercial que você contratou e quer assumir isso. A empresa vai ter a cara de quem? Da pessoa do comercial, dos seus valores de vida, da sua visão de mundo etc. Isso até pode ser ótimo, mas talvez não seja a cara do empreendedor e, mais cedo ou mais tarde, ele deixará de seguir esses ideais ou perderá a paixão pelo negócio.

A discussão foi longe, mas muitos empresários tem a mesma visão: que o RH faz milagres! Claro que um RH é essencial para ajudar a empresa decolar, recrutar, criar políticas, aumentar a qualidade de vida, desenvolver e apoiar a liderança. Porém criar uma cultura produtiva não é papel do RH, do gerente, do diretor. É função do empreendedor! Do dono! Do acionista.

Claro que você pode ter uma consultoria para te ajudar nisso, de diretores, do RH, mas a decisão, a forma e as palavras devem ser suas. Cultura é a coisa mais importante que uma empresa pode ter, principalmente no começo. Não é o RH que faz a cultura. O RH ajuda. Gerente ajuda. Diretor ajuda. Dono faz.

O conceito de cultura é bem grande, mas podemos simplificar e dizer que a cultura é criada por meio da missão, visão e, principalmente, dos valores que a empresa pretende seguir. No entanto, quando falo isso, não tem relação nenhuma com aqueles quadros que todas as empresas têm na recepção, que no mínimo são inúteis. Tem a ver com atitude, tomada de decisões, princípios essenciais e com o tom que a empresa terá internamente e para o mercado. Delegar a criação da cultura é no mínimo estranho. Vamos su-

Isso precisa ser vivido no dia a dia. As pessoas precisam ser contratadas com base nisso, precisam ser recompensadas por isso, os projetos e as decisões tomadas precisam ser guiadas por esses princípios. Não é enfeite, quadro, marketing. É estratégia. Existem dois casos clássicos desse conceito. Na Zappos, empresa de sapatos adquirida pela Amazon, o dono, o Tony Hsieh, foi o responsável por criar essa cultura, ele escreveu e disseminou os valores. Já o time do Jorge Paulo Lemann, quando compra uma empresa, coloca um dos sócios para criar a cultura.

Aliás, pode ser que você não perceba, mas na sua casa é a mesma coisa. Os sócios da casa são os responsáveis pela criação da cultura. Aliás, se você não tem uma empresa, mas tem uma equipe, esse conceito vale do mesmo jeito. E, caso você não tenha uma equipe, isso também pode valer para a sua vida. Não espere o milagre do RH. Você tem que fazer acontecer e, quando o projeto começar a andar sozinho, pense em delegar! O principal conselho é: encontre tempo para o estratégico em vez de ficar só no operacional.

Christian Barbosa Especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. É fundador da Triad Consulting, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Dá treinamento e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100.

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CONSUMO

Norte e Nordeste conseguem evitar maior redução na frequência de lojas

E

m meio ao cenário de consumo retraído em todo o País, o varejo do Norte e Nordeste parece ter conseguido evitar perdas mais acentuadas que em outras regiões brasileiras. Melhores opções de entretenimento e espaços mais agradáveis para fazer frente às temperaturas altas, além de um forte apelo aspiracional pela classe média, são vistos como fatores decisivos.

Enquanto no Sul a retração chegou a 6,5% no fluxo, em julho, o Nordeste contabilizou um recuo de apenas 0,5% e o Norte de 0,9% no número de pessoas nas lojas, tanto de shoppings quanto de ruas, como aponta uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). As lojas instaladas no Centro-Oeste tiveram uma redução de

4,7% no número de clientes e no Sudeste o percentual foi de 3,6%. A base de comparação refere-se ao mesmo período do ano passado, afirmou o presidente da SBVC, Eduardo Terra. “Esperávamos uma recuperação mais significativa, visto que em 2014 houve um tráfego muito pequeno nas lojas em função da Copa do Mundo”, analisou, lembrando que no semestre a queda foi de 6,6%, sendo o resultado 0,4% menor do que o visto nos sete primeiros meses do ano anterior. Para o coordenador de administração geral da AD Shopping, Tony Bonna, o fator determinante para a manutenção do fluxo de consumidores nas lojas no Norte e Nordeste é a grande concentração da chamada “nova classe média” brasileira nestas duas regiões. “É como um exército de pessoas, que na

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última década entrou com força no consumo”, ressaltou. O coordenador destaca ainda que no caso dos shopping centers, os empreendimentos começaram a implementar em seu mix as melhores opções de entretenimento dessas regiões. E que, para algumas cidades, principalmente do Norte, as temperaturas altas, aliadas às fortes chuvas, acabam por tornar os locais como as melhores opções de consumo e lazer. Diferenciação Grandes varejistas regionais e grupos locais que durante anos foram as principais opções de consumo em suas cidades e desenvolveram modelos de lojas de departamento diferenciadas também costumam ter clientes cativos em cidades do Norte e Nordeste. É o que disse o coordenador de adminis-


tração geral da AD Shopping. Segundo ele, tais lojas criaram fortes relações com os consumidores, através de cartões próprios e crediários. Diante do cenário, a AD Shopping - que tem patrimônio superior a R$ 5,2 bilhões, com 1,8 milhão de metros quadrados de área construída -, diz que planeja ter novos negócios no Norte e Nordeste. Prova disso é que a empresa vai inaugurar no ano que vem o Camará Shopping, em Camaragibe (PE), além de já gerenciar o Center Lapa, em Salvador (BA) e o Shopping Passeio, em São Luís (MA). No Norte, a companhia administra o Millennium Shopping, em Manaus (AM) e o Shopping Pátio Belém, em Belém (PA). “Também estamos desenvolvendo o projeto de expansão do IT Center na capital paraense e somos acionistas do Shopping Pátio Marabá, em Marabá [PA]”, disse Bonna. Outra empresa que também aposta no Nordeste é a Fantasia Store, rede especializada em produtos licenciados Disney, Marvel e Star Wars. A companhia acaba de inaugurar um quiosque no Shopping da Bahia, o mais antigo do estado, inaugurado em 1975. Trata-se da segunda unidade da bandeira em Salvador, apontou o gerente de marketing da Fantasia Store, Charles Pinho. O gerente ressaltou que Salvador tem três milhões de habitantes e é uma cidade estraté-

gica no Nordeste, já que é um local com grande potencial de crescimento para o setor de brinquedos e presentes. “A região apresenta um crescimento acelerado e esse ponto é fundamental para atingirmos as expectativas de alcançarmos 100 operações até o final de 2015”, afirmou. Cenário negativo Não é à toa que o cenário não está tão ruim para os comerciantes do Norte e Nordeste. Para o presidente da SBVC, Eduardo Terra, a diferença do resultado do fluxo de pessoas entre as regiões está relacionado também à sensação de confiança com relação à economia entre os consumidor. “Para entender o comércio nós temos de observar o tripé: renda, crédito e emprego. Nessas regiões como Norte e Nordeste percebemos que a imagem negativa desses fatores não é ainda tão forte.” Para ele, existe outro fator que também explica a situação atual. “O consumidor nesses locais está com mais confiança e não teme

tanto em perder o emprego”, destacou. Terra comentou ainda que de forma geral o resultado de queda no fluxo de pessoas nos estabelecimentos comerciais no Brasil surpreendeu de forma negativa. “O ideal seria o fluxo estar crescendo. Considerando o resultado negativo esperado para o Produto Interno Bruto [PIB], se ao menos o fluxo tivesse retraindo em 2% ou menos ainda seria aceitável. Mas não é o caso.” O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Altamiro Carvalho, afirmou que a situação este ano está muito ruim para o comércio, apesar de o mês de julho ter registrado no País alta de 1,4% no fluxo ante a junho, conforme a pesquisa da SBVC junto com a Virtual Gate. “Está relacionado a efeitos sazonais. Julho tem um dia a mais e não tem feriado nacional. Fonte: Portal Abras / Jornal DCI

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FEIRA

22ª edição da Frutal

abre com o tema “Otimização do uso da água na produção agrícola”

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22ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria (Frutal) aconteceu com o tema “Otimização do Uso da Água na Produção Agrícola”, com debates acerca das melhores tecnologias para racionalização da água e projetos de convivência com a seca. Euvaldo Bringel, Secretário Adjunto de Agricultura e fundador do Instituto Frutal, falou sobre a importância do evento: “a Frutal acaba sendo um instrumento de auxílio para o Governo do Estado na transferência de tecnologia, além de atrair investimentos para o Ceará, ajudando a desenvolver o Estado”. Este ano, a abertura contou com a presença do Ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que assinou um acordo para a elaboração do Plano Diretor de Irrigação do Estado do Ceará. O evento conta ainda com cursos técnicos, oficinas, palestras, seminários, mesas-redondas e painéis de discussão ministrados por professores e especialistas renomados. Haverá, também, encontros e reuniões com os Secretários Municipais de Agricultura do

Ceará, Secretários Estaduais de Agricultura do Nordeste e Secretários de Agricultura e Meio Ambiente do Ceará. Simultaneamente, na Feira de Negócios, o público presente conferiu os equipamentos de irrigação de alto investimento e o pavilhão com frutas e flores. Além de todas as atividades

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previstas, aconteceu a reunião do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR) e da Rede Internacional de Laboratórios de Irrigação; foram apresentados mais de 700 trabalhos científicos. A grande novidade desta edi-


ção foram os eventos paralelos. Entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, aconteceu o III INOVAGRI International Meeting, que teve a participação de diversos palestrantes nacionais e internacionais, como dos Estados Unidos, Bélgica, Itália e Portugal. Durante os quatro dias do evento, são apresentados 900 pôsteres aos mais de 800 inscritos. O III INOVAGRI International MEETING é uma realização do Instituto INOVAGRI e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI). Outro evento paralelo de destaque é a Global G.A.P Tour 2015, cuja certificação garante padrões de segurança e sustentabilidade na produção agrícola a nível internacional. Foram apresentadas técnicas de gerenciamento de boas práticas e a nova versão do sistema da Global G.A.P.

Com 180 estandes confirmados, a Frutal 2015 movimentou cerca de R$ 12 milhões de reais em negócios e um público de 30.000 visitantes, incluindo pessoas de outros estados e de fora do país.

frutas e o Porto do Mucuripe o terceiro maior exportador. Entre as frutas mais exportadas, destaca-se o melão com mais de 90 milhões de dólares em exportação, além da banana, melancia, manga e mamão.

História

Supermercadistas

A Frutal foi criada em 1994, visando facilitar a vida do pequeno agroinvestidor, trazendo dicas de novas técnicas de plantio e manejo da terra, cursos de capacitação, encontros de negócios e feiras. Desde a sua criação, o Ceará, em especial, tem aumentado suas exportações de frutas de menos de 1 milhão de dólares, em 1994, para 114 milhões de dólares em 2014 e, assim, alcançou o status de terceiro maior exportador de frutas do País. Atualmente, o Porto do Pecém, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza, é o líder nacional na exportação de

A participação efetiva dos empresários do segmento varejista e atacadista amplia a visão de consumo e conhecimento, visto o leque de opções, tecnologias e similaridades que são apresentados durante o evento. Com a venda direta de centrais de negócios do segmento de frutas, as redes de supermercados acompanham as inovações e investimentos na área agrícola por ser um dos maiores compradores de frutas, verduras e legumes.

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INAUGURAÇÃO

Cometa Supermercados inaugura em Messejana

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empresário Otalibas Rocha, dono da Rede de Supermercados Cometa, é um cearense que deu certo. Sua cadeia de supermercados cresce na mesma velocidade que a economia cearense, acima da média brasileira. Otalibas inaugurou a mais nova loja da rede, localizada no bairro de Messejana, um dos maiores em população. O diferencial não é só a área, mas o formato de atendimento, desde o estilo de exposição dos produtos até a iluminação. É um supermercado que tem ainda tecnologia, acomodação e preço competitivo. A festa contou com muitas promoções que atraíram os clientes que foram conhecer a estrutura do novo empreendimento. Fornecedores e parceiros também participaram da ocasião e puderam conferir um espaço com ambientação moderna e climatizada, com mais de 2000 m² de área de vendas e 20 check-outs, além de uma área destinada a loja de departamentos, com um mix variado de produtos, como artigos para presente e decoração. A dona de casa Ana Paula Marques, 31, disse ter ficado surpresa e satisfeita com a estrutura da nova loja. “Eu moro muito pertinho daqui e fiquei feliz quando soube da inauguração. Esse espaço onde posso encontrar até lembrancinhas para presentear foi uma ideia ótima, pois nem

preciso mais ir ao centro procurar esses artigos”, disse. Para o presidente da rede, Otalibas Rocha, o momento de investimento traz oportunidades e geração de emprego a dezenas de famílias. “Com este novo empreendimento mais 50 famílias são assistidas, além de receberem uma capacitação profissional, para oferecer aos nossos clientes melhor preço e atendimento. Sem modéstia, somos conhecidos pela presteza no atendimento e qualidade de produtos e serviços. Unimos em um amplo espaço padaria, carnes e frios e artigos para presentes”, disse. “Mesmo com uma conjuntura econômica instável, o país passa por uma recessão, mas não podemos nos abater; podemos, sim, diminuir o ritmo, mas não deixar de fazer acontecer. Novos empreendimentos deverão surgir até 2016, aumentando, assim, a bandeira da economia e atendimento do Cometa Supermercados”, completa. Na inauguração da loja, empresários, gestores e promotores de venda estiveram presentes para oferecer mais descontos e ofertas, durante o mês de lançamento da nova loja. Para a empresária Elen Brito da Gosto Mineiro, “é importante estar presente para interagir com demais colegas do segmento, gerar novas prospecções e estar junto ao cliente/consumidor, para ouvir

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sugestões e críticas sobre nossos produtos. Sempre participo e acompanho o desenvolvimento da cadeia supermercadista em nosso Estado”, conclui Elen. Em um dos bairros de maior população, o Cometa Supermercados tem em suas proximidades os vizinhos Center Box e Pinheiro Supermercados. Para o próximo ano, o Grand Shopping Messejana deve abrir suas portas, dando maior visibilidade e movimento no perímetro urbano e dos negócios, valorizando o bairro e futuros investimentos. A Revista Nosso Setor compareceu e registrou alguns momentos do lançamento e da presença vip dos empresários. (matéria de duas páginas – uma de texto e uma foto e a outra somente sessão de fotos)


CULINÁRIA CEARENSE

Receita de escondidinho de macaxeira com carne de sol

A culinária típica cearense é única e conquista o paladar de todos os que por aqui passam. Por isso, para você provar o melhor da legítima comida do Ceará, trouxemos a receita do delicioso escondidinho de macaxeira com carne de sol.

O escondidinho de macaxeira com carne de sol é um dos pratos mais populares do sertão, que ganhou as mesas do Brasil. O nome é explicado pela forma como é montado o prato: a carne de sol bem temperada fica escondida, sob uma camada de

purê de macaxeira. Esta é uma receita que parece complicada, mas não é muito difícil de fazer. O tempo de preparo é um pouco mais longo, cerca de 1h30min. Confira abaixo os ingredientes e o modo de preparo do prato.

Escondidinho de macaxeira com carne de sol Ingredientes

Modo de preparo

• 1kg de macaxeira crua e descascada

Antes de mais nada, faça o purê. Cozinhe a macaxeira na água, com um pouco de sal, por cerca de 40 minutos. As macaxeiras devem ser de boa qualidade, sem rachaduras.

• 700ml de leite • 1 copo de requeijão • 100g de queijo coalho • 500g de carne de sol • 1 cebola • 1 pimentão • Sal • Duas colheres de manteiga da terra

Misture o leite, o requeijão e a macaxeira no liquidificador até obter uma mistura uniforme e reserve. Em seguida, prepare a carne de sol, cozinhando-a na água para retirar o excesso de sal e, depois disso, passe a cozinhá-la no leite. Depois, frite a carne na manteiga da terra, já desfiada em tiras bem finas, com a cebola e o pimentão. Unte uma forma com margarina, coloque uma camada de purê e espalhe o recheio de carne de sol por cima. Depois ponha mais uma camada de purê até cobrir toda a carne. Jogue o queijo coalho ralado por cima e gratine no forno.

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TURISMO

Cachoeiras e Trilhas lhe esperam no Ceará

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nspiradoras, relaxantes, ótimas para acabar com o estresse: não é à toa que as cachoeiras são atrações turísticas em vários destinos. Uma ótima pedida para quem gosta de aventura, curtir a natureza e depois se esbaldar em um delicioso banho de água doce. E aqui no Ceará, existem diversas cascatas espalhadas por todo o Estado, umas grandes, outras pequenas, algumas com águas claras ou mais escuras, cada uma com suas características. Cenários ideais para repor as energias e apreciar paisagens com as quais os cearenses estão pouco familiarizados, dada a preferência às praias. Neste ano, as temperaturas começam a cair por esses lugares e a água também já pode ser vis-

ta em abundância, tornando a experiência bastante agradável. Assim, que tal aproveitar o período para uns dias de descanso ou lazer por esse outro lado turístico do Ceará? Há muito o que ver e fazer. E foi pensando nisso que mostramos aonde se localizam esses verdadeiros oásis pelo Interior do Estado. Próximo a Fortaleza No Maciço de Baturité, a pouco mais de 100 km de Fortaleza, o excesso desce para abastecer os rios e, no caminho, forma belíssimas quedasd’água. Nos municípios de Baturité e Guaramiranga, há opções tanto para quem quer apenas tomar um bom banho e apreciar a vista quanto para quem gosta de curtir a adrenalina em trilhas e esportes

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radicais, como o rapel na cachoeira. Mas o ideal é que os aventureiros de plantão procurem a orientação de um guia local para não haver qualquer risco. Chegando em Guaramiranga, por exemplo, não é difícil encontrar empresas especializadas em proporcionar esse tipo de emoção, com toda segurança. As mais famosas são as cachoeiras do Cipó, Poço das Veadas, Talita, do Perigo e a de São Paulo. Porém, quem vai com a família e deseja chegar às quedasd’água sem muito esforço, uma boa opção são as que ficam dentro de hotéis e áreas de camping, como a Pousada Recanto das Cachoeiras e o Parque das Cachoeiras.


Na Serra Grande Já na região da Ibiapaba, a cidade de Ubajara, a 298 km da Capital, revela um roteiro surpreendente, que inclui o seu Parque Nacional. A três quilômetros do centro do município, com 563 hectares, abriga grutas, trilhas, cachoeiras e o famoso bondinho que transporta os visitantes a belezas subterrâneas. Para relaxar vale um banho nas cachoeiras do Cafundó, Gavião ou Murimbeca, com quedas de mais de 70 metros de altura. Tem ainda as cachoeiras do Frade e também do Boi Morto. Também por aqueles lados, bem no pé da Serra da Ibiapaba, a 295 km de Fortaleza, está a Bica do Ipu, eternizada pelo escritor José de Alencar. Em tupi, Ipu significa água que cai do alto. A

quedad’água de 130 metros de altura é um dos locais mais privilegiados para a prática de rapel. Pelo Cariri Descendo para o Sul do Ceará, na região do Cariri, outro espetáculo da natureza espera o visitante. A Cachoeira de Missão Velha, cidade a cerca de 527 Km de Fortaleza, está com um grande volume de água, transformando o cenário que durante boa parte do ano permanece praticamente seco. Nos fins de semana, o local vira um grande balneário público, recebendo moradores e turistas. A quedad’água tem cerca de 12 metros. Formada pelo Rio Salgado, a cachoeira fica a três quilômetros do município, integrando o Geopark Araripe.

Já em Barbalha, município vizinho, embora não apresente cascatas, a estância hidromineral do Balneário do Caldas é também destino de milhares de turistas por ano. Além de fontes e piscinas naturais de água mineral, um hotel de serra (Hotel das Fontes) compõe o complexo turístico Termas do Caldas. A estrutura conta com duas fontes naturais, os buracos (Bom Jesus e João Coelho), bastante recomendadas para a prática da balneoterapia.

Com informações Diário do Nordeste

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PARAÍBA

PALAVRA DO PRESIDENTE ASPB

Conjuntura Econômica e a turbulência Um país de turbulências na economia e na conjuntura econômica. Um país de incertezas e de gente otimista e promissora. Afinal, para quem existe a crise? Como considerar uma crise nos seus negócios? Será se conseguimos passar esta fase quando tem juntas: recessão e inflação? Os supermercadistas já percebem a diferença na escolha dos produtos pelos consumidores e o que estão levando até suas mesas. Com o aumento e a incerteza, a troca de alimentos, diminuição na qualidade de vida e a queda no consumo de produtos, viraram rotina em todas as classes sociais, sem restrição de gênero, raça ou cor. De fato, os dados não são animadores. A atividade industrial é uma das que já sentem os efeitos da desaceleração da economia. A produção no setor segue em queda e preocupa os arrimos de família, que já pensam em novos caminhos como o informal para subsidiar o alimento até a mesa de sua família. Para alguns a crise pode não ter afetado, mas os fatores estão a mostra da população que sofre

com os constantes aumentos como energia, combustíveis, os vilões como alimentos, frutas e verduras, e com tudo isso em uma inflação devido a erros grosseiros de uma política econômica dos últimos anos. Em setores como o alimentício, que depende mais do mercado interno, de energia elétrica e educação, dentre outros, as ações estão estáveis. Algumas empresas ainda devem apresentar bom desempenho, mas só é recomendável para quem tem bastante apetite ao risco. Acredito na força do empresariado e sou otimista em continuar atingindo as metas. Não podemos perder o controle e nem a remarcação de preços constantes como aconteceu há mais de 20 anos. É necessário o fortalecimento e a concretização de uma conjuntura econômica entre os segmentos. Na economia brasileira, é muito raro uma sequência de dois anos de recuo. Isso aconteceu nos anos 1980 e no período Collor, o PIB caía em um ano e subia no período seguinte. A situação, atualmente, está indefinida. O

país está no meio de uma crise e a maneira como ela evolui deixa o empresário menos confiante. O desemprego cresce e o investimento está em queda. Quando isso acontece, a crise se prolonga. Não existe um “número mágico” para a inflação. O que se sabe é que uma inflação muito alta ou muito baixa prejudica o funcionamento da economia. O que se sabe, que continuemos nossos investimentos, olhando para uma visão de futuro com melhorias e buscando mecanismos para manter a estabilidade.

José Willame de Araújo

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CONVENÇÃO

Empresários do Nordeste se encontram

na Paraíba para discutir Varejo

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Estado da Paraíba mais uma vez se prepara para receber a XI Convenção Paraibana de Supermercados (CONSUPER 2015), que reúne empresários dos setores supermercadistas e atacadistas e autoridades políticas do estado nos dias 20 a 22 de outubro, no Centro de Convenções Cabo Branco Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa. Com o tema “Operação de Loja – Planejar e Executar”. A convenção está entre as mais importantes do segmento do Norte/Nordeste. Por estar no centro das capitais do Nordeste, a representação é significativa para os novos negócios que são gerados durante o evento. O crescimento e modernização do setor no estado. O poder de consumo do Nordeste é muito forte, a região é foco de todas as grandes empresas nacionais. Novos modelos estão se insta-

lando no estado, e essa concorrência exige investimento por parte dos setores já tradicionais. A Paraíba tem se comportado e acompanhado os investimentos na área de automação no varejo e atacado, como recebido grandes bandeiras do segmento do país. O presidente da ASPB, José William Araújo, destaca que o principal foco da Consuper tem sido a importância com a tecnologia, inovação e a construção de excelências no varejo. “Nesta edição, focamos na capacitação e qualificação do perfil dos novos colaboradores. Eles precisam acompanhar o ritmo dos negócios, como também, estar antenado as transformações e mudanças do segmento”, disse. A expectativa dos organizadores é receber cerca de 10 mil empresários, de pequenas, médias e grandes empresas durante os três dias de evento, e com isso gerar negócios em mais de R$

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50 milhões, durante e pós-evento. A Convenção traz várias palestras sobre importantes temas do setor, já a feira de produtos e serviços deste ano reúne em uma área de 5,5 mil metros quadrados mais de 70 expositores entre as principais distribuidoras, redes varejistas, supermercados e mercadinhos da Paraíba e estados vizinhos. Ao todo serão mais de 200 marcas apresentadas durante o evento. “A cada ano, os expositores aprimoram seus estandes e a forma de relacionamento com os visitantes, apresentando lançamentos da indústria, novidades em serviços e tecnologia e as tendências do varejo no Brasil e no mundo”, explica William. O encontro anual da Consuper é uma maneira de fortalecer os laços entre os empresários do setor, conhecer as novidades e ainda participar de rodadas de negócio com vantagens diferenciadas para os participantes.


SEBRAE

João Pessoa será a capital mundial da internet em novembro

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órum Mundial será realizado na cidade e contará com o apoio do Sebrae Paraíba

O Sebrae Paraíba será uma das instituições parceiras para a realização do 10o Fórum Mundial de Internet (Internet Governance Forum – IGF) da Organização das Nações Unidas (ONU), em João Pessoa. O evento irá acontecer entre os dias 9 e 13 de novembro, no Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima e irá transformar João Pessoa na “capital mundial da internet”. São esperadas cerca de duas mil pessoas de 130 países em mais de 100 workshops, no evento que terá como tema “Evolução da Internet – Enriquecendo um desenvolvimento sustentável”. Na última terça-feira (11), o secretário executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), Hartmut Richard Glaser, o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid) e conselheiro do CGI, Percival Henriques, e o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), Cláudio Furtado, estiveram no Sebrae, em João Pessoa, para apresentar o projeto do evento e foram recebidos pelo superintendente Walter Aguiar, o diretor administrativo e financeiro Neto Franca e o diretor técnico Luiz Alberto Amorim.

“O Sebrae tem interesse em ser parceiro desse grande evento. Este é um setor que investimos muito e acreditamos que é preciso discutir a governança na internet. Além disso, o evento dará uma grande visibilidade a João Pessoa e à Paraíba”, ressaltou o superintendente do Sebrae, Walter Aguiar. Este é o décimo ano do Fórum e é a segunda vez que será realizado no Brasil. Em 2007, o Rio de Janeiro foi a cidade sede e, no ano passado, aconteceu em Istambul, na Turquia. “O Centro de Convenções de João Pessoa é sensacional e o Brasil tem grandes lideranças neste tema. A capital paraibana será sede de decisões mundiais e que determinarão os próximos passos da internet. O conhecimento e novas políticas tiradas a partir das discussões feitas aqui em João Pessoa serão disseminadas em todo o mundo”, afirmou Hartmut Richard Glaser. Para o presidente da Anid, Percival Henriques, o Fórum será de extrema importância para o futuro da internet em todo o mundo. “Discutir pontos como a governança da internet global aqui em João Pessoa será uma grande honra. Receberemos grandes autoridades no assunto e daqui sairão importantes decisões”, disse Percival.

Cláudio Furtado, da Fapesq, destacou que o evento será importante também para as micro e pequenas empresas do trade turístico de João Pessoa, além das empresas de Tecnologia da Informação (TI). O diretor técnico do Sebrae Paraíba ainda destacou que o Fórum deixará um grande legado para a cidade. Fórum Mundial de Internet – espaço democrático e transparente O Fórum foi criado pela Organização das Nações Unidas no ano de 2006, pelo então secretário-geral, Kofi Annan, e é realizado anualmente em vários países. O objetivo é criar um espaço de debate democrático e transparente sobre governança da internet, do qual fazem parte governos, sociedade civil organizada, comunidade técnica, setor privado e academia. O Fórum se reúne anualmente para discutir e aprofundar alguns temas de interesse. O tema que norteará o fórum deste ano de 2015 será “Evolução da Internet – Enriquecendo um desenvolvimento sustentável”. Serão mais de 100 workshops com temas como: Inclusão e Diversidade; Economia na Internet; cybersegurança; Neutralidade; desenvolvimento da cooperação multisetorial; a Internet e os direitos humanos, entre outros.

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COMÉRCIO

IBGE: 110,6 mil pessoas trabalham no comércio da Paraíba

A

atividade comercial ocupou 110.634 pessoas na Paraíba no ano de 2013, conforme revela a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2013, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 363 pessoas ocupadas a mais que em 2012. Estas pessoas ocupadas em 2013 receberam R$ 1,34 bilhão em salários, retiradas e

outras remunerações e obtiveram uma margem de comercialização (receita líquida de revenda menos o custo de mercadorias vendidas) de R$ 5,80 bilhões. Os números também foram maiores que 2012, de R$ 1,22 bilhão e R$ 5,02 bilhões, respectivamente. Ao mesmo tempo, o número de unidades locais com receita de revenda (lojas, filiais, locais de venda, etc) caiu de 24.824 em 2012 para 22.183 em 2013.

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Varejo A PAC 2013 analisou os comércios varejista, por atacado e de veículos, peças e motocicletas. Destes, o varejista é o que mais se destaca na Paraíba com 84,9% das unidades locais com receita de revenda, 73% do pessoal ocupado e 61,8% da margem de comercialização.


ECONOMIA CRIATIVA

Paraíba reúne maior número de

atividades criativas com foco na produção associada ao turismo

A

Paraíba é o estado com o maior número de atividades criativas com foco na produção associada ao turismo do país de acordo com levantamento feito pela Associação de Cultura Gerais (ACG), de Minas Gerais, e do Sebrae Paraíba. Até o final do ano, 18 cidades paraibanas irão reunir cerca de 200 produtos turísticos estruturados no segmento da economia criativa nas regiões do Litoral, Brejo e Cariri. Atualmente os turistas já podem conhecer quase 140 produtos neste segmento, em 11 cidades paraibanas.

Desde 2012, o Sebrae Paraíba e a ACG iniciaram a formatação e estruturação das atividades criativas nos municípios de Areia, Bananeiras, Conde, Pitimbu, Lucena, Cabedelo, Pilões, Alagoa Grande, Boqueirão, Cabaceiras e Ingá. Até o final do ano, também serão Monteiro, Zabelê, Guarabira, Remígio, Solânea, João Pessoa Criativa e Campina Grande. Neste período, foram estruturadas, em média, 13 atividades em cada cidade. De acordo com a gestora de turismo do Sebrae Paraíba, Regina Amorim, a produção associada ao turismo é um dos braços da economia criativa, que tem

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como proposta agregar a vocação de empreendedores à criatividade para geração de renda, emprego e desenvolvimento de uma empresa ou região em diversas áreas, como a música, gastronomia, design, moda, artesanato e turismo. “Na economia criativa é fundamental valorizar o talento e a vocação local. É essa vivência que o turista quer experimentar”, destacou Regina Amorim. Um dos exemplos bem-sucedidos de produção associada ao turismo na Paraíba é a Comunidade Chã de Jardim, localizada na zona rural do município de Areia. Os moradores


tabilidade em Maceió (AL) e o Troféu Waldemar Duarte da Associação Brasileira de Jornalistas do Turismo na Paraíba (Abrajet-PB) dedicado aos melhores do ano no turismo da Paraíba.

da localidade,há pouco mais de três anos, produziam apenas polpa de fruta, artesanato e acompanhavam turistas nas trilhas ecológicas. Hoje a comunidade tem o Restaurante Rural Vó Maria, oferece piquenique na mata, oficinas de artesanato, o pôr do sol de Maria com música, e espera inaugurar, em 2016, uma hospedagem rural para os turistas.

e da ACG. Fizemos do material deles nossa Bíblia, escutamos e aplicamos as sugestões de melhoria. Entendemos a importância de antecipar os desejos dos nossos visitantes, de encantá-los. Quando aplicamos isso, começamos a oferecer novas atividades e a vender mais, gerando renda e transformando a nossa comunidade”, destacou Luciana Balbino.

As ações de estruturação das atividades criativas na Comunidade Chã de Jardim começaram em 2012 com a adesão da Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade da Chã de Jardim (Adesco), liderada por Luciana Balbino, ao projeto de Economia Criativa com foco na produção associada ao turismo do Sebrae Paraíba.

A Comunidade Chã do Jardim recebe diariamente turistas de várias regiões do país e já recebeu os prêmios de 2º lugar do 3º Prêmio Braztoa de Susten-

Caminhos do Frio - A Comunidade Chã do Jardim participou da Rota Cultural Caminhos do Frio. Ao longo de uma semana, segundo Luciana Balbino, o restaurante registrou uma intensa movimentação. “O Caminhos do Frio em Areia foi resultado de um trabalho em conjunto da comunidade e empresários, que entenderam a importância do evento para o município. Esta edição foi uma das melhores em público e vendas”, destacou a líder da comunidade. Nesta semana, durante o Caminhos do Frio, o Sebrae Paraíba promoveu fampress com jornalistas do Estado para a cidade de Areia e mostrou a nova oferta turística de vivências e experiências do município com foco na economia criativa. Esta semana a Rota Cultural acontece na cidade de Pilões e irá se estender por mais cinco municípios até o dia 31 de agosto. Fonte: Sebrae Paraíba

“Em 2006, um grupo de jovens decidiu buscar capacitações e o resultado foi a fábrica de polpas de frutas. Poucos acreditavam no nosso projeto, nos chamavam de loucos. Há três anos, conhecemos a proposta do Sebrae SETEMBRO/OUTUBRO 2015 « www.portalredebrasil.com.br | 115


INAUGURAÇÃO

Itabaiana inaugura Casa do

Empreendedor

A

cidade de Itabaiana terá um instrumento a mais para promover o desenvolvimento de seus pequenos negócios e gerar crescimento econômico e social local. Nesta sexta-feira (24), a partir das 17h, será inaugurada a Casa do Empreendedor da cidade, onde serão disponibilizadas informações, orientações e serviços de forma simplificada e integrada aos micro e pequenos empresários, microempreendedores individuais e potenciais empreendedores. Na sexta-feira também será encerrada a Oficina Sebrae de Empreendedorismo (OSE), que teve início na segunda-feira (20) e está capacitando cerca de 400 pessoas em planejamento empresarial, gestão, marketing e finanças. Itabaiana, localizada a 75 km de João Pessoa, possui cerca de 800 pequenos negócios forma-

lizados, sendo em torno de 500 microempreendedores individuais (MEI). Esse público, além dos potenciais empreendedores e os informais terão oportunidade de ser atendidos na Casa do Empreendedor. “Olhando para o presente, nesse momento delicado que a economia está passando, e também para o futuro, o empreendedor precisa estar mais preparado para superar as dificuldades que vão surgindo. A Casa é um importante instrumento de apoio e o Sebrae capacita agentes de atendimento, auxiliando a prefeitura para dar um suporte inicial dentro do próprio município”, esclarece o superintendente do Sebrae Paraíba, Walter Aguiar, que ressaltou ainda a importância a cidade por ser pólo da região do Vale do Paraíba e será beneficiada com a transposição do Rio São Francisco. Na Casa, são disponibilizadas

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informações e orientações sobre os procedimentos necessários à abertura e formalização de empresas. O prefeito de Itabaiana, Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior, ressaltou a importância da Casa do Empreendedor para a formalização de novos negócios no município e na região. “Com o polo automotivo na região de Goiana (PE), muitas empresas novas vão surgir. É preciso estarmos formalizados e capacitados para atender estas demandas. Acredito que com a Casa e a parceria com o Sebrae teremos o suporte necessário para o desenvolvimento de nossa região”, afirmou o prefeito. O empresário Josinaldo Dias, que possui um mercadinho e um frigorífico em Itabaiana desde 2003, também acredita que a Casa do Empreendedor irá trazer desenvolvimento para sua cidade e municípios vizinhos. “Itabaiana é uma cidade polo.


Já reivindicávamos a Casa do Empreendedor aqui há alguns anos e agora conseguimos. Lá, tanto nós empresários, como nossos funcionários, poderemos ter mais informações e oportunidades para gerirmos melhor nossos negócios”, disse. A criação da Sala do Empreendedor é resultado da regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei 123/2006) na cidade. A lei, também chamada de Estatuto da Microempresa, é um dispositivo de desenvolvimento econômico que cria um ambiente de negócios favorável ao empreendedorismo, por meio de políticas públicas de estímulo à abertura e sustentabilidade da micro e pequena empresa no mercado.

Oficina de Empreendedorismo Durante a oficina de empreendedorismo, os participantes estão vivendo situações reais do dia a dia de uma empresa, de forma simples e direta, com dinâmicas e vivências. “A oficina é uma das iniciativas do Sebrae que oferece condições para o desenvolvimento dos pequenos negócios e o fortalecimento da economia local. A oficina desperta o empreendedorismo na população e melhora a gestão e o planejamento dos que já tem o seu próprio negócio”, completou o gerente do Sebrae em João Pessoa, Edilson Azevedo. A oficina tem a duração de cinco dias, realizada sempre à noite (19h às 22h) e é uma parceria entre o Sebrae Paraíba e a Pre-

feitura Municipal de Itabaiana. Estão participando os interessados em abrir seu próprio negócio ou aqueles que já têm uma pequena empresa e querem melhorar a gestão. Josinaldo, proprietário do mercadinho e frigorífico, é um dos participantes da Oficina. “Essa capacitação é muito interessante e dinâmica. Amplia a nossa visão de trabalho e aprendemos coisas práticas para aplicar em nossas empresas”, disse. Marcos Oliveira, dono de uma loja de ferragens há 18 anos, também está participando. “Todo aprendizado é válido. Ao participarmos da oficina começamos a perceber coisas que não víamos antes e temos novas ideias”, finalizou.

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ECONOMIA

Cesta básica de João Pessoa é a

3ª mais barata do Brasil, diz Dieese

J

oão Pessoa tem a terceira cesta básica mais barata entre as capitais brasileiras, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa, realizada no mês de julho em 18 cidades, a cesta custava R$ 306,53 no período observado. A cidade com o menor custo, segundo a pesquisa, foi Aracaju (R$ 285,44), seguida de Natal (R$ 293,58). A pesquisa revela que houve uma redução de 0,95% em relação a junho, mas nos últimos doze meses o valor acumula um reajuste de 13,28%. O custo representa 42,28% do valor do salário mí-

nimo vigente, exigindo que o trabalhador ‘gaste’ 85h35m do seu tempo do mês para adquirir os itens da cesta básica. Alguns itens apresentaram queda nos valores em João Pessoa, como aponta o Dieese. Três produtos tiveram redução: farinha (-16,67%), óleo (-2,77%) e açúcar (-0,57%). Outros oito produtos registraram aumento nos preços, como a banana (24,12%), e a manteiga (4,61%), além do leite (2,02%), arroz (1,21%), feijão 1,03%, açúcar (0,58%), carne (0,27%) e pão (0,24%). Fonte: G1 Paraíba

Monte um cardápio semanal

Deixe as crianças em casa

Monte um cardápio semanal aproveitando os alimentos que tem no armário. Verifique quais ingredientes faltam e então liste tudo para ir às compras.

As crianças são seres consumistas. Tudo o que veem ou é novidade elas querem, com isso suas compras podem sair do controle e se desviar da lista.

Faça uma lista de compras

Compre apenas o necessário

A lista de compras é um item necessário para levar ao supermercado, ela deve conter os ingredientes para o seu cardápio semanal. Fazer uma lista livra dos excessos e do consumismo.

Comprando apenas aquilo que vai consumir, evite que frutas, legumes, verduras, hortaliças e carnes estraguem em sua casa ou que produtos passem da validade e acabem no lixo.

Evite as compras mensais É mais cômodo e economiza tempo, mas as compras mensais podem gerar mais desperdícios.

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ANO 8. Nº 35 - SETEMBRO/OUTUBRO 2015 - www.portalredebrasil.com.br

PIAUÍ

PALAVRA DO PRESIDENTE ASPB

22ª edição da Convenção Lojista do Piauí

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Piauí promove, em 2015, a 22ª edição da CONVENÇÃO LOJISTA DO PIAUÍ, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro, no auditório da Uninovafapi. O sucesso das edições anteriores confirma a importância desse grande evento para o desenvolvimento econômico, empresarial e competitivo das empresas do Piauí. Desde a sua primeira edição, em 1992, até o ano de 2013, já participaram da Convenção Lojista mais de 25 mil pessoas, entre empresários, estudantes e empreendedores, em busca de mais conhecimento e oportunidades de negócios. O interesse crescente dos participantes mostra que a Convenção Lojista se consolida, a cada edição, como um dos mais importantes eventos do Piauí que objetiva promover uma maior integração e troca de conheci-

mentos, visando o fortalecimento e desenvolvimento do movimento lojista piauiense. Esse sucesso é devido principalmente à relevância de temas importantes relacionados ao meio empresarial piauiense, bem como pela participação de grandes personalidades, reconhecidos pela qualidade de suas palestras, o que ajudou a tornar este Evento uma referência no cenário no movimento lojista brasileiro.

A Convenção será um importante momento de discussão de temas que podem colaborar para enfrentar os desafios atuais. No evento será discutido o cenário local e nacional e ideias para superar as dificuldades. Qualquer lojista ou empreendedor de uma forma geral, pode se beneficiar.

Esse ano a Convenção Lojista oportunizará aos participantes uma importante discussão sobre o direcionamento dos seus negócios de acordo com as novas tendências de mercado ou até a possibilidade da abertura de novos negócios. Dessa forma, convidamos a todos para junto conosco ampliar os conhecimentos e mergulhar no tema “Integração, Conhecimento e Superação”.

Sávio Normando, Presidente da FCDL/PI

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VISITA TÉCNICA

Empresários piauienses participam

de missão técnica em Fortaleza

Q

uinze empresários do segmento de mini mercados e mercearias participam de missão técnica à 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor – ABAD, que acontece até quinta-feira (06), em Fortaleza. A participação dos empresários foi viabilizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, atendendo a uma demanda da Associação dos Merceeiros e Proprietários de Mercadinhos de Teresina, AMPM. Segundo o analista do Sebrae no Piauí, Diogo Chaves, a expectativa é que os empresários conheçam as tendências e os principais lançamentos do

segmento de varejo alimentar, além de soluções tecnológicas voltadas para o setor. “Nesse momento de crise, é preciso se diferenciar e apostar na inovação, seja através de melhoria dos processos e/ou apostando em uma maior variedade de mix de produtos”, afirma Chaves. A Convenção Anual do Atacadista Distribuidor é o maior encontro de negócios do segmento na América Latina, sendo um evento onde profissionais da cadeia de abastecimento encontram produtos, equipamentos e serviços que geram grandes oportunidades de negócios. Este tradicional evento, com quatro dias de duração, é o

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local ideal para conhecer lançamentos e novas tendências. É também a melhor oportunidade para estreitar relacionamentos e fechar parcerias com integrantes da cadeia de abastecimento nacional, incluindo agentes de distribuição, palestrantes, fornecedores do setor e indústria, com destaques para fabricantes de alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal, limpeza, artigos de bazar, entre outros. A convenção se destaca também no aspecto da capacitação. Visitantes e expositores podem participar das palestras técnicas de alto nível oferecidas pela ABAD. Essas palestras, ministradas por especialistas, visam promover o conhecimento e divulgar novas tecnologias


JUSTIÇA

Lojistas acionarão a Justiça

contra multas geradas pelo CPF na nota

U

m dos temas mais discutidos nos últimos meses também foi pauta de reunião entre lojistas, o CPF na nota fiscal. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Piauí (Sindilojas/PI), em Teresina, e foi um momento de debate sobre as principais dificuldades da classe empresarial no cumprimento das obrigações acessórias impostas pelo decreto do Governo do Estado do Piauí, de Nº 16.091. O decreto regulamenta a Lei n° 6.661, de 10 de junho de 2015, que dispõe sobre a criação do Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado do Piauí, cujo objetivo é conscientizar e estimular os adquirentes de mercadorias e bens a exigirem dos respectivos fornecedores a entrega de documento fiscal correspondente. A reclamação mais recorrente da reunião foi a inviabilidade do cumprimento das obrigações acessórias, uma vez que o lojista não fica dispensado de outras obrigações e as multas impostas nesses casos são muito elevadas, ou seja, multas pesadas, segundo os empresários. O PAF-ECF, uma sigla usada para designar o Programa Aplicativo Fiscal do Emissor de Cupom Fiscal, também foi citado pelos lojistas como impedimento nesse processo. Isso

porque, várias versões foram implementadas pela Secretaria de Fazenda do Estado e muitas empresas de softwares não fizeram as devidas atualizações. Cada nova versão que surge, exige a obrigatoriedade de atualização, sujeita a multa caso não cumprida. O reflexo disso é que muitas empresas não conseguirão gerar corretamente os arquivos digitais exigidos pelo Fisco Estadual nos prazos estabelecidos, ficando assim sujeitas as penalidades imposta pelo referido decreto. Para o advogado tributarista e assessor jurídico do Sindilojas/ PI, Sebastião Rodrigues Jr., da forma que está sendo feito, qualquer tipo de educação fiscal será frustrada. “O sistema que está em vigência por parte da Sefaz é incompatível com os programas atuais e regulares que os contribuintes já dispõem para prestar as informações. Hoje, para o cumprimento des-

sa política de educação fiscal por parte do consumidor, o contribuinte está onerado por ter uma sanção considerável de multa de algo que ele não poderá cumprir, por vontade alheia dele, e em razão de obrigação nova, em que o Fisco não disponibiliza meios para que o lojista possa cumprir”, esclareceu o advogado. Com a reunião, ficou deliberada a convocação de quórum para aprovação de uma medida judicial do Sindilojas/PI para afastar a cobrança de multas decorrentes da política de conscientização fiscal, em razão do próprio Fisco não oportunizar meios ou mesmo mais informações para que os lojistas possam cumprir com mais esta exigência fiscal. “Precisamos nos mobilizar para garantir que as condições de cumprimento legal do decreto sejam dadas aos lojistas”, pontuou Luiz Antônio Veloso, presidente do Sindilojas/PI.

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CAPACITAÇÃO

Sebrae realizará capacitações

para fortalecer as micro e pequenas empresas planejamento, atendimento ao cliente serão assuntos abordados nas palestras e oficinas do dia 23. Já no período de 24 a 26 de setembro acontecerão outras palestras e oficinas tratando também dos temas acima citados. Em diversos municípios do Estado, também ocorrerão capacitações para donos de pequenos negócios, a exemplo de Parnaíba, São Raimundo Nonato, Piripiri, Bom Jesus, Floriano e Picos.

O

Movimento Compre do Pequeno Negócio já está na rua. Essa ação, capitaneada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, visa fortalecer as micro e pequenas empresas e também a economia brasileira. Para preparar os empresários para o ponto alto desse movimento, que será no dia 05 de outubro, o Sebrae no Piauí realizará, no período de 21 a 26 de setembro, uma Semana de Capacitação, com diversas atividades ocorrendo simultaneamente em várias cidades do Es-

tado. Em Teresina, acontecerão palestras, oficinas e cursos no centro da cidade, e nos bairros Dirceu Arcoverde e Parque Piauí. Essas capacitações abordarão temas relacionados ao mundo dos negócios. No dia 21 de setembro, serão ofertadas oficinas sobre atendimento ao cliente, técnicas de vendas, formação de preços, redução de desperdícios, inovação e criação de uma loja virtual. Já no dia 22, ocorrerão oficinas sobre marketing e controles financeiros. Também acontecerão palestras sobre planejamento e preços de venda. Relações interpessoais,

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“É fundamental que os empresários se capacitem e possam oferecer serviços e produtos que atendam às expectativas dos clientes. Além disso, por meio dos treinamentos que o Sebrae oferta, o empreendedor adquire conhecimentos sobre a melhor forma de gerir sua empresa”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. O Movimento Compre do Pequeno Negócio é uma ação inédita que visa estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por micro e pequenas empresas. A iniciativa pretende usar a força dos pequenos negócios, que correspondem a mais de 10 milhões de empresas no Brasil, para fortalecer a economia. “Comprar do pequeno é uma forma de contribuir para o crescimento da cidade, ajudando a


economia local e nacional. As micro e pequenas empresas são mais de 95% do total dos empreendimentos brasileiros, respondem por 27% do Produto Interno Bruto e por 52% do total de empregos com carteira assinada”, destaca Mário Lacerda.

compredopequeno.com.br. A ideia é que o público possa pesquisar, de maneira fácil e rápida, os produtos e serviços que estão perto de suas casas ou de seus trabalhos e que podem atender às demandas de consumo imediato.

As ações do Compre do Pequeno Negócio tiveram início este mês e seguirão por todo o mês de setembro, culminando na grande onda em favor da micro e pequena empresa no dia 05 de outubro.

Para incentivar a participação no Movimento Compre do Pequeno Negócio, o Sebrae desenvolverá uma intensa campanha de divulgação e mobilização de parceiros e da sociedade. Vídeos e postagens já estão na mídia e nas redes sociais tratando da adesão a esse grande ato. Os empreendedores e empresários que quiserem se unir ao Sebrae nesse movimento devem se cadastrar no site www.

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CAPACITAÇÃO

Empresários aprendem sobre plano de

negócio na prática

O

ficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel é o novo módulo do Programa Próprio

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, ofertará um novo módulo do Programa de Orientação ao Candidato a Empresário, Próprio. Trata-se da oficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel. De acordo com a analista do Sebrae no Piauí, Valclêdes Moura, esse módulo contribuirá para a efetiva implementação do plano de negócio. “Essa oficina é baseada numa plata-

forma de modelagem de negócios, denominada Canvas. Essa ferramenta funciona como um ponto de partida e de planejamento para que o potencial empresário possa concretizar seu objetivo de montar um empreendimento”, destaca. O Programa Próprio tem como objetivo propiciar assessoria completa para abertura de uma empresa, desde a análise do perfil empresarial e conhecimentos para planejar o negócio, até a consultoria de viabilidade. Inicialmente há uma sensibilização, com a palestra Portas Abertas. Em seguida, são

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aplicados outros três módulos – Despertando o Empresário, Coletando Informações, Conhecendo Seu Negócio – que se constituem numa completa consultoria empresarial. Depois é ministrada a oficina Praticando: Tire Sua Empresa do Papel. Ao final, é feita uma análise de viabilidade econômica do empreendimento na etapa de Consultoria de Viabilidade. Em 2014, o Próprio capacitou quase duas mil pessoas. Maiores informações no Setor de Treinamentos do Sebrae em Teresina, na Av. Campos Sales, nº 1046 – Centro; ou através da Central de Relacionamento Sebrae, no 0800 570 0800.


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