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3.2 SINOPSE
from Florescer
by Rede Código
3.2 SINOPSE LONGA
Flora vive todos os dias como se fosse o mesmo, ela acorda cedo e faz o café da manhã de seu marido, se despede dele e o observa sair de casa para o trabalho através da janela da cozinha. Em sua rotina Flora se perde em seus devaneios e a noção do tempo se torna inexistente. Com isso as estações do ano passam e é como se tudo permanecesse o mesmo.
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Durante o outono e o inverno do último ano, Flora passa os dias pintando e presa em uma fixação com o que ela era no passado. Flora passa suas tardes lendo seus antigos diários e pesquisando sobre reminiscência, juventude e as diferentes fases da vida de um indivíduo, sua essência e também gravando uma espécie de diário áudio em seu celular. O diário é baseado em um gravador antigo que ela usava em sua juventude para registrar seus dias. Muitas vezes ao se aproximar da chegada de seu marido do trabalho, Flora percebe que ficou absorvida em seu ateliê e no imaginário que criou. E com isso ela desperta e vai executar as atividades do dia que deixou passar.
Ao chegar à estação da primavera e depois de todo esse processo lento do despertar ela decide que precisa ir atrás de todos os seus fragmentos esquecidos durante os últimos anos de existência. Diante disso em uma manhã de setembro onde parecia um dia comum, Flora já havia se decidido. Na tarde anterior deixou premeditadamente arrumado tudo que precisaria para sua partida.
Flora partiu dez minutos depois de Antônio sair para o trabalho, ela pegou todos seus pertences, deixou o poema que havia escrito para seu marido na mesinha de canto da sala e partiu de sua casa.
Em sua viagem Flora passa primeiramente pelas ruas de seu bairro e ao sair da cidade vemos as paisagens da estrada. Ao começar a viagem ela fica cada vez mais nostálgica e enquanto viaja se recorda dos dias de juventude. Flora se lembra de estar no banco passageiro do carro enquanto seu marido dirige para a cidade onde foram morar quando se mudaram. Agora voltando de sua lembrança Flora para o carro em um trecho da estrada e começa a gravar para seu diário áudio. Em reflexões sobre si mesma e o que está vivendo ela relata tudo o que está sentindo. Flora se perde em mais uma lembrança onde encontra um gravador antigo, ela escuta a gravação e ouve sua voz mais nova contando sobre uma briga que teve com Antônio. Depois de registar esse episódio ela inicia uma nova gravação e volta para a estrada, ela dirige enquanto tem uma conversa consigo.
Flora para na Floricultura que antes pertencia a sua família, embora o nome continue o mesmo, já pertence a outras pessoas, o comércio é intitulado “Flora” em homenagem a ela. Flora entra na floricultura e aprecia todos os detalhes, enquanto isso ela lembra das tardes onde ficava por lá. Logo após esse reencontro com o passado ela volta para o estacionamento, entra em seu carro, começa a gravar novamente em seu diário e sai em direção a estrada.
Já está de tarde e vemos Antônio chega em casa, entra na sala e senta-se na poltrona. Apenas depois de tirar o seu calçado, olha a sua volta e chama pela esposa, ele vai de cômodo em cômodo a sua procura. Antônio começa a demonstrar certa preocupação, até que percebe uma folha de papel deixada na mesinha de canto da sala. Rapidamente Antônio vai em direção e pega a folha e lê o poema deixado pela sua esposa. Agora ele compreende tudo, Antônio pega seu celular e começa a ligar várias vezes para sua esposa, porém ela não atende.
De volta para Flora em seu carro, ela escuta seu celular tocar e não atende. Em seguida ela se recorda sobre um dia que passou na praia em sua juventude, onde escreveu um poema sobre paradoxos, o tempo e esquecimentos.
Quando Flora volta à sua realidade, vemos que ela já está próxima a sua cidade natal e que o mar está próximo, ela faz mais observações para seu diário. Depois da nostalgia de sua lembrança das tardes que costumava passar na praia e do poema, ela finalmente chega a tão esperada praia. Flora estaciona o carro na calçada e corre de forma eufórica em direção ao mar, vemos cenas da paisagem da praia e dela e assim ela floresce em si.