3. Newsmaking

mais acionados a dar suas opiniões. O quarto e último bloco do programa teve comentários realizados por Paula Carvalho a respeito da posse de Joe Biden nos Estados Unidos, entretanto no final do programa foram lidos tweets de destaque dos ouvintes que utilizaram da hastag do dia para comentar sobre diversos assuntos, mas principalmente sobre a vacinação no Brasil. Nesta edição a participação do ouvinte foi aclamada pelo membros da bancada, pois tiveram um grande número de participantes na hastag. Com a adequação das emissoras às redes sociais, podemos dizer que surgiram possibilidades e demandas da internet que tem gerado um novo rádio. A partir das mídias tradicionais na grande rede e no caso do rádio, especificamente, existem os ouvintes tradicionais, que somente escutam o programa em seus aparelhos, e o ouvinte-internauta. Para Lopez, o “ouvinte – agora também ouvinte-internauta – busca outras fontes de informação, cruza, contesta, discute, corrige, atualiza, conversa com o jornalista que está no ar. Mais que nunca, o ouvinte participa.” (Lopez, 2010, p.115). Como exemplo destas novas formas de interação, podemos citar aqui o objeto deste estudo, o “Morning Show” da Rádio Jovem Pan. Durante o programa, foi possível observar no decorrer do período de análise que os ouvintes são motivados a participar, debater e opinar a respeito dos assuntos abordados na edição, principalmente por meio do Twitter. Visto que a produção escolhe uma hastag, a partir do principal tema a ser discutido no dia, o ouvinte tem a possibilidade de emitir aquilo que ele acha e assim tem a oportunidade de ver sua opinião fazer parte das discussões. A participação dos ouvintes do Morning Show pode ser considerada como constante, pois, além da análise do programa, foi possível notar através das redes sociais a presença maciça do público. Inclusive, ocasionalmente, as hastags sugeridas no programa e que são utilizadas pelos ouvintes aparecem entre o assuntos mais comentados do Twitter.

3. Newsmaking

A convergência midiática não só transformou a forma dos ouvintes se relacionarem com os programas de rádio, mas também as produções radiofônicas, como é o caso do Morning Show, que usa de notícias, debates e hastags para atrair o seu público. Visto que o método de procedimento escolhido para desenvolver a presente pesquisa é o estruturalista, buscamos entender o processo de produção do programa, desde a análise do conteúdo, o seu formato e a relação entre apresentadores e os ouvintes em suas