LIVIA TARGINO DE ALENCAR

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Nome: Lívia Targino de Alencar RGM: 630483603

Relações Públicas 1º semestre

Trabalho interdisciplinar Retratos de Família

Escolha de um personagem

Felipe Guize Castanho 29 de junho de 1999

Primo neto da minha tia avó materna Formando em História

Possui um grande interesse em pesquisas relacionadas ao nossos antepassados

Família Berto

Embora tenha sido seu pai, António Berto, o primeiro integrante da Família Berto a pisar em solo Brasileiro, 1891, foi Giovanni Berto que veio e criou raizes no País, dando origem a toda uma família Italiana Brasileira, isso porque seu pai teve que voltar a Italia em 1893, devido a leis imigratórias, que na época concedia passagens para apenas uma parte da família, e para não deixar o restante dos filhos e esposa na Italia, volta para o País de origem.

Giovanni Berto vem para o Brasil pela primeira vez, acompanhado de sua esposa Fortunatta e sua filha Elisa, em 1894, no estado de Minas Gerais, onde tem mais dois filhos. Porém sua estadia por aqui é curta, e eles retornam a Italia em 1898. Fortunatta e Giovanni engravidam novamente na Italia, tendo mais dois filhos. Com o falecimento de uns de seus filhos, o casal volta ao Brasil, em 1901 e agora para ficar, na cidade de Rio Claro, tem mais 5 filhos, sendo eles António Berto 26/06/1905 (meu bisavô), Bertolina, Linda, Olga, Luis e Rosina.

Infelizmente Fortunatta Varetto vem a óbito pouco tempo depois, no dia 11 de novembro de 1911, deixando seus filhos e o marido.

Giovanni viúvo conhece Vitoria uma também viuva com filhos, em uma cidade vizinha, e os dois se casam em meados de 1914 1915, unindo as famílias e os cuidados. Antonio Berto, herda a profissão de seus pais e avós, e vai trabalhar na agricultura desde muito cedo. É trabalhando em uma fazenda, onde conhece Antonia Montagner, a moça mais linda da região. A família da moça não é a favor da união do casal, mas mesmo assim os dois casam se no dia 20 de maio de 1933, na cidade de Ariranha.

Depois do casamento, Antonia vai viver com a família de Antonio na casa da madrasta do rapaz, Vitória, que não simpatizava com a moça e vivia arrumando motivos para implicar, mesmo assim, o casal seguiu junto, trabalhando na agricultura. Após seis anos de casados, o casal já possuía quatro filhos: Gusto, Noemia, Dora e Odarci, quando decidiram vir para capital de São Paulo, mais precisamente Itaquera, viver com a família de Antônia, embora na época do casamento família da moça não fizesse gosto, eles foram recebidos na fazenda da família Montagner. Lá não trabalhavam mais como agricultores, e sim leiteiros. Foi entre o nascimento de sua quinta filha Nilza e o sexto Luis, que Giovanni Berto, pai de Antonio falece, 1943.

Antonio e Antonia alugam uma casa na região, e concebem mais 6 filhos, Janete 1948, Leonor e Ademar 1949, mesmo ano do falecimento de Vitória, esposa do Giovanni, e Queca 1951.

Finalmente os dois conseguem construir a casa própria no ano de 1953, quando a família aumenta com a chegada de Claudio, e mais tarde, a caçula Sônia.

Os dois, apesar de algumas dores, foram muito felizes e amados, assistiram o casamento de todos filhos, exceto Dora que optou em ficar solteira para cuidar dos pais, acompanhou o nascimento dos netos, e pode conviver até com alguns bisnetos.

Criaram os filhos através de uma mesa com comidas deliciosas e ensinou costumes e tradições que são carregados até os dias de hoje.

Antonia faleceu em 1995, e Antonio em 1999, um ano antes do meu nascimento. Os filhos e netos que puderam conviver com os dois, sempre quando reunidos recordam dos momentos marcantes, como a minha mãe, (filha mais nova da Leonor) que até hoje lembra da canequinha de alumínio do Corinthians da Vó, onde ela bebia coca cola escondido, ou o Vô que sempre conferia se as portas e as janelas estavam fechada, isso entre outras memórias/momentos.

Quanto a mim, sou a neta mais velha da Leonor, que casou com Luiz Gonzaga. Meu vô ja tinha dois filhos, mas com a minha vó teve mais dois, Glauco e Priscila, minha mãe. Depois de mim ainda vem uma penca de filhos, mas história é para um outro momento.

Entrevista

1. Em que ano chegou a primeira pessoa da nossa famílias no Brasil?

F: O primeiro antepassado nosso que imigrou ao Brasil foi Antonio Berto (1843 1910), que desembarcou em Santos no dia 25 de junho de 1891, acompanhado pelos filhos Cristiano e Elvira. O Antonio era pai de nosso trisavô Giovanni e avô do nosso bisavô.

2. Nossa família tem mais uma nacionalidade além de italiana e brasileira?

F: Sim, apesar de longevo, temos um ramo de antepassados eslovenos, sendo Maria Fonn a última desta linhagem, a mesma nasceu em Volče no ano de 1684, tendo falecido na Itália em 1759.

3. De qual parte da Itália veio?

F: Vieram nossos antepassados no norte da Itália, os que imigraram para o Brasil vieram das províncias de Padova, Treviso e Udine.

4. O que motivou a vinda ao Brasil?

F: A motivação está muito ligada ao que eles passavam na Itália, que estava numa crise, foi buscando melhores condições de vida que vieram para o Brasil.

5. Temos algum parentesco com alguma monarquia?

F: Apesar de termos alguns membros de nossa família que compunham a elite local dos lugares onde residiam, nunca tive a possibilidade de encontrar algum membro de alguma monarquia entre nossos antepassados, o mais próximo disso foi um antepassado nosso, chamado Pietro Michelone, que foi um nobre proprietário de terras que, ao morrer ainda no século XV, foi sepultado na Abbazia di Rosazzo (UD), sendo a única tumba presente no lugar.

6.

Tem mais gente da família no Brasil além de nos?

F: Sim, muitos de nós, a nossa família encontra se espalhada em diversos países, principalmente na Europa e na América, mas também temos inclusive parentes na Oceânia, fruto das imigrações do fim do século XIX e começo do XX.

7. O bisavô e a bisavó tinham irmãos?

F: Tinham sim, o bisavô Antonio teve 10 irmãos (Elisa, Pedro, Maria, Riccardo, Giuseppe, Bertolina, Linda, Olga, Luis e Rosina), já a bisavó Antonia teve 6 irmãos (Thereza, José, Maria Angelo, Luis e Antonio).

8. Quanto tempo demorou para que pudesse juntar essas informações?

F: Foram alguns anos (cerca de 5 ou 6) de pesquisa e ela até hoje ainda acontece, embora que em um ritmo mais desacelerado, mas novas informações sempre acabam surgindo.

9. Temos algum brasão?

F: Durante minhas pesquisas fui capaz de encontrar diversos brasões que podem ou não fazer parte de nossas linhagens, é difícil defini los por conta da grande difusão dos sobrenomes, o mais certo que encontrei foi o da família Cernotta, originária da região de Cosizza (UD) Itália.

10. Temos alguém da nossa família que participou de alguma guerra?

F: Temos uma pequena lista, nenhum foi antepassado direto nosso, mas às vezes eram primos próximos, te darei um exemplo: o pai do vô Antonio teve um primo que

morreu em combate na primeira guerra, e a vó Antonia teve uma prima (mias distante) que teve os alemães ocupando a casa dela, inclusive essa prima imigrou ao Brasil e até deu uma entrevista sobre isso uma vez

Alguns Fatos

Apesar de Antonio Berto (1843 1910) ter sido o primeiro imigrante a pisar em solo brasileiro, ele regressou à Itália antes de junho de 1893. Já o imigrante mais antigo de nossa família foi Antonio Causero (1817 ?), ele imigrou ao Brasil em 1893, sendo avô de nossa trisavó Luigia.

A família contou com a vinda de muitos membros colaterais, como a nossa tia trisavó Elvira, que era tia do bisavô Antonio e que foi morar na Argentina em 1904.

Dentro da Itália a nossa a nossa família se concentrou sempre ao norte, mas houve mudanças de províncias com o tempo.

Um dos pratos mais típicos de nossa família era o macarrão com salame, que era preparado pela bisavó Antonia aos finais de semana.

Um “ditado” muito comum na fala de nossa família era “Quem dorme não pia peixe”. O “pia”, em dialeto veneziano significa pescar, fruto da influência de nossos antepassados no linguajar de seus netos.

Acervo Família Berto

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