2 Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: Regiane.s123@hotmail.com
PALAVRAS-CHAVE: transtornos mentais; saúde; Folha de São Paulo.
Regiane Gomes Santana de Azevedo2
RESUMO
A Apresentação dos Transtornos Mentais no Folha de São Paulo1
Como o Folha de São Paulo é um grande jornal, vendendo 65 mil exemplares impresos no final de 2020 e com mais de 278 mil assinaturas digitais, eu usei como teoria de atuação o Newsmaking , que parte do pressuposto que as notícias constroem o a realidade ao escrever aquilo que a sociedade acharia interessante e importante, mas não aquilo que ela realmente necessita saber. Basicamente funcionando igual uma indústria, onde até mesmo a rotina os faz pensar menos na hora de escrever, os fazendo se apegar ao básico, principalmente para cumprirem seu deadline
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
1 Artigo apresentado como parte do Trabalho de Conclusão de Curso RFTM/Paper, derivado do Núcleo de Estudos em Mídia Digital.
Prof° Luiz Vicente Lázaro3 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP
Pessoas com transtornos mentais fazem parte da sociedade, mas são bem poucas as que são amplamente abordadas pela mídia, como a depressão e a bulimia. Como os meios de comunicação fazem um papel crucial no compartilhamento de informação, eles têm o papel de veicular notícias também sobre esses temas Isso considerado, este artigo analisa o caderno de saúde do jornal Folha de São Paulo, de março de 2012 e de março de 2020, para ver possíveis diferenças entre as matérias veiculadas com esses temas nesse período.
INTRODUÇÃO
3 Orientador(a) do trabalho. Professor(a) do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: Luiz.lazaro@cruzeirodosul.edu.br
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Nesse projeto trabalharemos com a veiculação de notícias sobre transtornos mentais no jornal Folha de São Paulo, o mês de março foi selecionado como referencial, nos anos de 2012 e 2021. Isso foi feito com o intuito de verificar se houve alguma mudança na quantidade de notícias veiculadas, partindo da hipótese de que, provavelmente o número de notícias com esses temas fosse mais elevado, principalmente levando em conta a Covid 19 e as consequências que ela trouxe à convivência social, entre outros inconvenientes que ocorreram nessa época.
É um fato que o modo como tratamos as pessoas com transtornos mentais mudou muito com o passar do tempo, a partir do ponto de serem pessoas excluídas da sociedade, presas em manicômios sem a possibilidade de sair. Até o dia de hoje onde elas andam livremente entre nós sem qualquer problema. “No Brasil Colônia, o louco se junta a uma grande massa de inadaptados, desempregados, pretos alforriados, mulatos e criminosos, que era confinada nos porões das Santas Casas” (MACHADO, 2004, p. 484), comparado com isso o modo como os tratamos é bem melhor. Entretanto mesmo assim ainda temos dificuldade de os entender realmente, apesar de no nosso país 86% dos brasileiros sofrerem com algum transtorno mental de acordo com o OMS (Organização Mundial de Saúde).
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APRESENTAÇÃO
Alguns dos problemas apresentados nesse trabalho no caderno de saúde é que ele não conta muito como um , quer no acervo da folha ou no próprio site, o que demandou que eu o procurasse todas as páginas até o encontrar. E apesar de não ser considerado como um, ele ainda está presente em cada jornal, mesmo tendo um espaço bem pequeno, apesar de ter aumentado durante a quarentena. Por conta da pandemia da Covid 19 em 2020, foi priorizado a busca por conteúdo online, o que se provou um pequeno desafio, pois não são muitos os livros acadêmicos ou especializados que se encontram disponíveis online. Assim sendo, para que esse trabalho não se encontrasse muito raso, foi se usado como fonte trabalhos de fim de curso de fácil acesso na rede.
Uma prova que de que nossos problemas com transtornos mentais não foram realmente resolvidos é que mesmo eles não sendo internados, eles não chegam a ser entendidos, não são poucas as pessoas com transtorno que já tiveram seus sofrimentos diminuídos, sejam por familiares ou amigos. Como modo de amenizar esse tipo de coisa, contamos com os meios de comunicação, e nesse caso em particular, os jornais. O esperado é que eles diminuam um pouco o preconceito que existe em relação aos transtornos mentais, fornecendo explicações e esclarecimento, fazendo o seu papel como veículo de comunicação, entretanto não é bem isso que vemIssoacontecendo.ocorre,pois, notícias sobre transtornos mentais só aparecem quando são realmente relevantes, como um novo remédio que ajuda em tal transtorno, por exemplo. E no restante do
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O aspecto metodológico escolhido foi o etnográfico, com ele iremos analisar as notícias que saíram de transtornos mentais, e se necessário iremos apontar onde eles podem melhor, em prol de um fazer jornalístico mais apurado e uma divulgação de informações mais rica.
Para termos uma noção da melhora ocorrida quanto a temática dos transtornos mentais, usamos um espaço de quase 10 anos, de 2012 para 2020, com a esperança de ver alguma melhora, se a mesma fosse necessária. Já que se espera que com o passar do tempo a quantidade de matéria aumente conforme a sociedade se dê conta da importância desse assunto, já que pessoas com transtornos mentais estão sujeitas a diversos riscos, seja esses criminais, assassinato, roubo, automutilação e até mesmo suicídio.
Como já dito, meu maior obstáculo na produção desse trabalho, foi a pandemia, que deixou muita gente isolada dentro de casa, de forma que só pude contar com materiais disponíveis na internet. E como existe restrições de direitos autorais, entre outras coisas jurídicas, foi bem complicado encontrar livros para usar como base teórica, o que me levou ao campo do TCC, os quais se mostraram muito frutíferos, e me possibilitaram terminar esse projeto.Minha hipótese é que a maneira errônea e/ou ausência de muitas matérias tratando sobre o tema se deve ao modo de fazer jornalismo, que se baseia naquilo que as pessoas querem ler, e não no que elas precisam ler. Uma vez que o jornal é um produto que deve ser vendido, o espaço para publicações com cunhos sociais e informativos, mas para os quais o público não tem interesse, não chega a ser publicado, quem dirá escrito.
Com isso dito o meu objetivo é mostrar onde o Folha pode melhorar, para que no futuro suas matérias de transtornos mentais tenham mais relevância, pois mesmo que não tenha nada de importante sobre esse tema há se falar, ainda há muita coisa que se pode falar sobre o mesmo. O imediatismo é importante, mas não é só no presente que se existe boas e importantes histórias
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E a Folha de São Paulo tem um grande papel nisso, como um dos maiores jornais de Sâo Paulo e com a maior tiragem, se esperava que grandes coisas dele no quesito causas sociais e informação para a população, por essa razão ele foi escolhido como objeto de estudo. Não era esperado grande coisa nos primeiros anos após a reforma psiquiátrica, de forma que pegamos um bom tempo depois que mesma ocorreu, 2012.
Minha mãe também foi a minha grande inspiração para esse projeto, sem ela nada disso seria possível, ela é uma das razões a outra era que eu já queria fazer algo envolvendo transtornos mentais, mesmo assim ela me deu um norte, o qual eu agradeço.
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tempo é como se não existisse, no caderno de saúde esse tema mal existe. Não estou dizendo que publicar esse tipo de matéria seja inútil ou ruim, pois é útil e importante, entretanto elas não ajudam em nada no quadro geral, pois a sociedade ainda padece de escassez de informação sobre transtornos e com os preconceitos.
Como estamos usando o Folha de São Paulo como objeto veremos os critérios de noticiabilidade deles. “Os critérios para a escolha das notícias seriam o ineditismo, a improbabilidade,ointeresse,o apelo e aempatia.”(MOREIRA,2006,p.70),com essescritérios
“(…) a notícia deixa de ser fiel a realidade se torna um instrumento de construção social. Dessa forma, a produção noticiosa passa a ser enxergada de forma industrial a partir da influência de diversos fatores que envolvem esse processo.” (SANTOS; ROCHA, 2018, p 43), ou seja, as notícias não estão mostrando a realidade do momento, mas sim montando uma realidade, aquela que, no nosso caso o Folha, o jornal quer que sejam mostradas, partindo do pressupostoqueessasnotíciasvenderammaise serão maisinteressantespara oleitor. Sem levar em conta muitas coisas que as pessoas precisam ler para deixar de lado certos preconceitos, racismos entre Entretantooutros.pedir que eles sejam menos estritos na hora de fazer noticias é inviável, é como dizem Ytalo e Sofia:
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Sem uma certa rotina de que podem servir se para fazer frente aos fatos imprevistos, as organizações jornalísticas, como empresas racionais falhariam”. (Tuchman, 1973, p 160 apud WOLF, 2002, p. 190) Nesse contexto, a noticiabilidade exige certos requisitos dos acontecimentos para estruturar os trabalhos, pois está estreitamente relacionada com os processos de produção de notícia que busca controlar um número indefinido de fatos para uma quantidade finita e estável com o intuito de introduzir práticas produtivas invariáveis. (CANTANHEDE; ZANFORLIN, 2020, p. 5)
a serem contadas, elas se encontram em toda parte, faltando apenas alguém capaz de as ver e escrever sobre.
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REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO
Utilizando o conceito de newsmaking, quero enfatizar que as notícias são do modo que são, pois, a indústria jornalística atualmente se volta mais a vender do que a noticiar, para comprovar isso vou usar três estudos dois falam sobre newsmaking e um sobre valor notícia, que foram feitos por Fabiane Barbosa Moreira, Ytalo Silva Cantanhede, Sofia Cavalcanti Zanforlin, Abinoan Santiado dos Santos e Paula Melani Rocha.
Com visto são necessários critérios ao fazer noticia, caso contrário não teriam como manter um jornal, já que teria um afluente de informações que chegariam, onde nem todas seriamuteisoumesmo importante.Assimsendoesses critériossãonecessários,entretantoainda se deve abrir um espaço para que noticias um pouco fora disso apareçam.
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gigante.Figura 1: Matéria 1
em mente está obvio que o jornal não se repete, e só fala sobre coisas que dificilmente acontecem, o que não é o caso dos transtornos mentais. Os mesmos estão muito presentes na sociedade, milhares de brasileiros sofrem disso, entretanto isso não anula a relevância desse tema, justamente pela quantidade de pessoas que sofrem disso.
No tempo delimitado para a nossa pesquisa foram encontradas somente duas notícias sobre transtornos mentais, todos no ano de 2012. Levando em conta que nesse período o cadernodesaúde sótinhaumapáginaaumae meianomáximo,podemosconsiderar issomuito.
O título da notícia é “Pesquisa testa antibiótico para tratar esquizofrenia”, a matéria fala sobre como esse medicamento pode fazer com que esquizofrênicos voltem socializar com outras pessoas. Foi muito bem escrito, tem como fonte um doutor, falam sobre como isso é bom para essas pessoas e etc, e eles também explicam mais sobre o transtorno. Apesar de parecer uma notícia bem feita, o que não quer dizer que seja ruim, eles não chegam a falar com alguém que sofre de esquizofrenia para saber a opinião da mesma, quer sejam as que estão dentro do grupo de teste ou fora dele, e tão pouco chegam a explicar o porquê disso, mas eu posso supor ser pela obvia falta de espaço, uma vez que a matéria compartilha pagina com uma propaganda
Esclarecido isso, podemos ver que uma razão pela qual as notícias do Folha não falarem sobre transtornos mentais tem uma causa, que é a forma como eles fazem notícia, com isso claro iniciaremos a analise do resultado disso.
RESULTADOS
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A segunda noticia analisada foi a do dia 31, com o título de “Industria influencia manual de psiquiatria”, apesar de que essa matéria não fala diretamente sobre as pessoas com transtornos mentais, ela ainda impacta na vida deles, de forma que a contaremos nesse trabalho. Como dito na manchete a indústria farmacêutica quer influenciar o manual de psiquiatria, o objetivo é obviamente maior lucro. A fonte usada foi um estudo e o presidente da associação que faz o manual, não se foi falado com nenhuma pessoa a qual a mudança ia lhe impactar diretamente, principalmente em contato com as indústrias.
Fonte: Acervo Folha de São Paulo
Quanto a explicarem sobre o que é esquizofrenia, eles fizeram um ótimo trabalho, está fácil devere entender. Deformaque tirandoo problemade elesnão terem colocadoumapessoa com o transtorno citado para falar, a matéria ficou muito boa. Usando o newsmaking como base, está obvio que eles estão usando uma formula ao fazer essas reportagens, pois ao ver outras notícias mais grandes, eles fornecem um gráfico explicando melhor as doenças, síndromes, remédios ou qualquer coisa que esteja em foco na matéria. O que nesse caso é usado de uma boa maneira, veremos mais sobre isso na segunda noticia analisada.
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O ponto de maior relevância da matéria foi o gráfico explicando um pouco de como seriam as mudanças, é informativo para saber por cima sobre alguns transtornos mentais.
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 7 Figura 2: Matéria 2
Fonte: Acervo Folha de São Paulo
Esse diferente da notícia anterior divide pagina com mais uma matéria, mas também com um anuncio. Acredito que se excluíssemos o anuncio daria para aprofundar bem mais a matéria,adirigindoparaapopulação enãosóoestudoeopresidentedaAssociaçãoPsiquiátrica Americana. E não vamos entrar na discussão sobre o fato de grande parte das pesquisas usadas como fonte são americanas, pois não vem ao caso para essa análise.
O segundo período analisado foi o de março de 2020, onde não houve nem uma única notícia sobre transtorno mental. Levando em conta que na metade desse mês foi quando a quarentena começou, devia haver ao menos uma falando sobre como o isolamento podia piorar ou melhorar transtornos mentais. Ao invés disso no caderno de saúde, cuja as páginas aumentaram de uma para dez e meia no máximo, com isso a quantidade de matérias aumentou. Se em março de 2012 havia no mínimo uma e no máximo quatro, em 2020 esse número aumentou de no mínimo uma para no máximo vinte e quatro.
Com esse espaço enorme para se escrever todo o tipo de notícia sobre não só a covid, massobreos impactosda mesmasobre pessoascomtranstornosoucomoutrasdoenças,o Folha só escreveu sobre a covid e o seu impacto na população e na cidade, a criação da vacina, o modo como a pandemia se encontrava em outros países etc. Nunca se focando em transtornos mentais.Sesomarmostudo, em2012houveumtotalde66 notícias,comduasdelasfalandosobre transtorno direta ou indiretamente. Já em março de 2020, houve um total de 355 notícias, com
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Muitas coisas foram esclarecidas e descobertas no decorrer desse trabalho. O fato é que com o tempo os meios de comunicação se renderam a falta de dinheiro, o que causou diversas mudanças no modo de se fazer noticia, causando o que vimos sobre materias padronizadas, falta de alguns assuntos entre outras coisas. Infelizmente o único modo de mudar isso seria os jornais se mudarem para o ambito digital, entretanto como ainda seria um serviço que exigiria dinheiro, e na internet dificilmente alguém estaria disposto a pagar por algo. Não existindo uma versão gratuita, por mais mentirosa e manipuladora que possa ser.
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nenhuma delas falando de transtornos mentais direta ou indiretamente, apesar de existir uma possibilidade de nos restantes dos meses eles terem abordado esse tema, após o começo da pandemia, era importante levantar esse assunto logo de início, principalmente para as pessoas que sofrem de síndrome do pânico e de ansiedade, pois assim elas poderiam ter um período mais tranquilo durante a pandemia, sem nenhum incidente por conta de seus transtornos.
Levando isso em conta o modo atual ainda serve, mas deveria ser atualizado para abranger mais temas fora daquilo estipulado por eles como importante, talvez um novo caderno pudesse resolver esse problema, podemos serialmente considerar isso em um futuro projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o meu Projeto Experimental, a revista Marcha, me foquei em ver o quanto notícias sobre transtornos são importantes para as pessoas que sofrem com elas, tirando o fato de que hoje em dia nem todo mundo lê jornais, o fato é que essas notícias ajudam muito. Tanto para familiares quanto para a pessoa em questão, como as entrevistadas mesmas disseram, em particular uma, seria crucial para a descoberta de um transtorno desde cedo, e não bem mais tarde na vida. De novo deixaremos de lado, o fato de que alguns familiares podem não levar o transtorno a sério, pelos mais diversos motivos, pois isso não vem ao caso.
Essa descoberta no Projeto Experimental, serve para vermos o quanto isso é importante e precisa ser levado mais a sério, para a saúde não só das mulheres, que sofrem mais com transtornos, como dos homens também. Uma mudança é necessária.
No meu projeto experimental fizemos uma revista chamada Marcha, no caso dela seria bom ter uma coluna falando 100% sobre saúde mental, falando com especialistas para ajudar não só os leitores a descobrirem possiveis transtonos que não tem noção, mas aconselhando os que já tem, mas ainda encontram dificuldades, a como lidar com isso. E partindo do presuposto de que todos tem uma historia para contar, uma página ou coluna para falar sobre outras causas sociais, como os negros e os LGBTIA+, entre outros. Também seria interessante dar um espaço
para que os leitores mandassem sua propria historia para ser publicada na revista, no caso uma de vida, pois crônicas, já temos.
REFERÊNCIAS
RELATÓRIO DO PRODUTO
Continuando o pensamento acima, eu acredito que os jornais, na parcela do possivel, principalmente a Folha, poderia dar um espaço maior para os seus leitores falarem, não numa coluna, como numa revista, mas como fonte mesmo. Pois todos temos uma historia, e alguns delas podem ter o potencial para mudar ou transformar a vida de alguém.
MACHADO, Ana Lúcia. Reforma psiquiátrica e mídia: representações sociais na Folha de São Paulo. Revista Ciência &SaúdeColetiva. Rio de Janeira. V.9, n. 2, p. 485 491, abril 2004.
CANTANHEDE, Ytalo Silva e ZANFORLIN, Sofia Cavalcanti. As definições do newsmaking: um estudo bibliográfico sobre as perspectivas do conceito. RevistaAnagramas. São Paulo. V. 1, p. 1 16, jan/jun 2020.
DOS SANTOS, Abinoan Santiago e ROCHA, Paula Melani. O newsmaking em estudos de rotina de produção: interfaces conceituais e metodológicas para pesquisas em Jornalismo. Revista Temática. Paraná: Ponta Grossa. V. 14, n. 7, julho 2018.
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INTRODUÇÃO
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MOREIRA, Fabiane Barbosa. Os Valores Notícia no Jornalismo Impresso: Analise das ‘Características Substantivas’ das notícias nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e o Globo. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Junho, 2006.
Falar de diversidade gera a importância da inovação e produtividade, e sendo vista pela sociedade e como são enquadradas, mostrando o crescimento de cada gênero. A existência de gêneros é a manifestação de uma desigualdade distribuída de responsabilidade na produção de política- social. Chamamos a atenção, para a análise na questão da mulher, de toda a comunidade LGBTQI+
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JUSTIFICATIVA
Ressaltar o futebol feminino, que além da falta de investimento e com menos divulgação de imagem da mulher dentro de campo, dessa forma relatar que diante das dificuldades, principalmente no ano pandêmico, podendo conquistar seu ápice, da igualdade dos homens, mostrando a sua produção e sempre valorizando a mulher.
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A revista Marcha, tem o principal objetivo de discutir e mostrar a diversidade do jornalismo, buscando e compreendendo o crescimento da popularidade dos artistas, das mulheres no esporte, na moda relatando a essência e na saúde a principal importância.
A importância da diversidade esta intrínseca em nosso dia a dia. É na multiplicidade que encontramos oportunidades de aprendizagem e da prática de habilidades.
em relação quando se fala do olhar da sociedade. Trazer isso para a cobertura jornalística, é relatar com a diversidade é representada nas revistas atualmente.
A proposta deste projeto de pesquisa partiu da percepção empírica, de que os veículos jornalísticos têm pouca cobertura acerca de artistas musicais brasileira, mulheres profissionais dentro do futebol, de homens e diversidade nos desafios da saúde mental a importância da moda. Viabilizar e exaltar os artistas nacionais que procuram inovar suas artes, tentando ter espaço no cenário brasileiro e na inclusão de gênero.
Representar uma editoria de mulher forte a moda, vem com seu potencial no contexto revolucionário indo além do simples, mais sim é possível apresentar a moda como outra o patamar durante o período atual, relatando um jovem da comunidade e a insere em um contexto de empreendedorismo, é por ela que jovens se identificam e almejam conquistar seus sonhos e trazer oportunidades para a sua família.
"Os leitores costumam manter uma relação quase passional com suas revistas favoritas. Não é à toa que gostam de andar com elas debaixo do braço, como se fossem uma espécie de emblema ou sinal de identificação. Muito do fascínio desse tipo ou publicação vem justamente da capacidade que ele tem de construir fortes laços de empatia com seu público " (SCALZA, 2004, contracapa).
OBJETIVOS GERAIS
Ao longo do tempo, as influencias para a produção das editorias de imprensa, vem atendendo formatos e linguagens novas para públicos específicos
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A revista experimental que compõe o projeto gráfico, tem sim, o objetivo de levar as questões políticas sociais de temas diversos, que não são tão explorados, além de trazer assuntos de debates e questionamentos nos dias atuais.
Ressaltar a importância da comunicação midiática, trazendo ao público novas percepções sobre cada cultura da revista, engajando em pautas políticas sociais, consumidores de música, moda, esporte e saúde.
• Encontrar um meio novo de atingir os leitores com conteúdo que não estão voltados para os holofotes, e dar voz àqueles que estão à margem da sociedade;
• Comprometimento com a verdade e responsabilidade com a comunicação impressa de forma clara;
Não podemos esquecer da força da mulher que mudou caminhos na área da saúde, principalmente na área de emoções humanas, trazendo para a revista um olhar honrado e empático.
"Noticias para públicos específicos ou selecionados, que se situam numa classificação de especializadas, encontram o seu melhor formato na revista. Fora do mercado de assuntos gerais, publicações técnicas, dirigidas, house organ etc. dedicados aos mais variados temas, se realizam no padrão Standard da revista" (BAHIA, 1990, p. 401).
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Idealizando a reflexão sobre a Era do propósito, foi pensado também na elaboração de uma seção da revista voltado para que nossas leitoras soltasse sua criatividade e satisfaça a necessidade de se abrir para o outro, ao compartilhar reflexões sobre suas próprias vidas ou sobre o outro perante o próprio olhar escrevendo crônicas.
Ao decidirmos o nome Marcha, a contextualização ao representar a publicação Marcha é de uma marcha das pessoas menos vista na nossa sociedade em busca de mais visibilidade e direitos, posteriormente, após análises, pesquisas e mapeamentos históricos, a inclinação da publicação foi mudando, para o público exclusivo feminino. Na alteração do enfoque, foi preciso atentar se à maneira como as pessoas responsáveis pela publicação conduziam a revista pois a partir do momento em que o público feminino torna-se uma prioridade de público alvo, houve maior cautela na elaboração dos conteúdos, seja por pautas, fontes e produções textuais.
Aqui seguem as etapas que passamos para chegarmos na revista.
em
3.1 Etapas
DESENVOLVIMENTO
Ao se tornar uma revista feminina, além da cautela citada anteriormente, não foram realizadas grandes mudanças, o nome e a identidade visual elaborada anteriormente não possuiu alteração. A idade do público alvo também se manteve, pois desde a elaboração inicial do projeto, os números eram referentes a jovens de 18anos atéjovens adultos de25 anos. Ao delimitar essa faixa etária, foi pensado nas possíveis inspirações e questionamentos que as produções textuais realizadas durante as páginas da publicação Marcha, além claro de uma necessidade de anseio. Segundo estudos, os jovens atuais estão engajados na terceira onda da revolução mercadológica da modernidade, sendo ela a Era do Propósito, este período atual é representado por uma necessidade mais consciente entre os consumidores de marcas, tornando os mais mais críticos referente as suas escolhas, desejando marcas que conversem com suas questões filosóficas e não apenas por meras publicações.
de
• Informar de forma irreverente e clara aos leitores sobre questões sociais e trazer conteúdo de qualidade para mentes engajadas e famintas por conhecimento.
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de
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Ao início da idealização da proposta de elaboração da revista, o planejamento para a realização do conteúdo foi baseado em revistas tradicionais voltadas para o público jovem feminino. Ainda com as produções jornalísticas no formato impresso tradicional em queda, “Revistas sofrem grande queda de circulação impressa e digital em 2020, o impresso perdeu 38,9% no período” (Poder 360) acredita se que ainda existe um número considerável de consumidores que ainda preferem a comunicação impressa, mas também será disponibilizado uma versão online a fim de ampliar o alcance do público.
A revista foi idealizada pelo anseio de uma produção de projeto que mantém a identidade de produto jornalístico conhecimento adquirido ao decorrer da graduação mas que apresenta assuntos sociais, políticos e culturais, sendo o pensamento semelhante ao Piza (2003), ao dizer que a cultura é um meio de expandir seus horizontes.
1.2 Personas
Público-alvo
A publicação impressa distribuída mensalmente, Marcha, tem como sua principal motivação inspirar, informar e incentivar debates ao apresentar para o seu público alvo pautas que são pouco vistas nos meios de comunicação impressos convencionais, principalmente ao analisar aqueles que são segmentados para o públicofeminino.Onome dapublicaçãofoidefinido pensandonocontextodapalavra Marcha, além de ser um substantivo feminino, Marcha segundo o dicionário, é o movimento combinado que uma tropa executa ao se deslocar de um ponto para outro. Sendo esta a prioridade da marca, deslocar holofotes para pautas importantes que não são instauradas em veículos e consequentemente não debatidas, apresentando para leitores para algo inovador
O público alvo da Marcha é por sua massa maioria mulheres localizadas entre as faixas etárias de 16 e 35 anos; com ensino médio em andamento ou completo; inseridas nas classes sociais B e C, com a renda média de dois entre cinco salários mínimos, valores estes descobertos por meio de pesquisas pelo IBGE; sem filhos ou com um filho e que se informam por revistas, internet e redes sociais, além de se interessarem por publicações inclinadas para a ideologia feminista, com enfase aos direitos humanos e de minorias; mulheres que consomem moda, arte, esporte e assuntos de cunho politico sociais.
Sendo o produto a ser veiculado como uma revista impressa com cerca de 28 páginas composta por seções efêmeras que serão nomeadas com o propósito de homenagear mulheres com personalidades e histórias importantes em diversas áreas de nosso campo global. Seções estas que serão alteradas a cada mês, incentivando o debate sociopolítico sobre diferentes pautas, fazendo com que a Marcha seja uma revistamutável,tornandoarotatividadeentreaseditoriasuma identificaçaodamarcas e , consequentemente, o fortalecimento da mesma perante perante mercado editorial.
Perfil1.0Apresentação
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b) Persona 2:
Cristina tem 30 anos, é mulher e heterossexual. Formada em jornalismo, atualmente cursadoutoradoemHistória, emuma instituiçãoprivada.É casada emora com o filho de dois anos e o esposo. Mora em uma casa, se enquadra na classe B. Usa seu tempo livre lendo livros com o filho ou sozinha, saindo para jantar com a família, vendo séries ou filmes, gosta de cozinhar doces. Se interessa por filmes baseados em fatos reais, de suspense, séries de comédia e ação. Sua série favorita é Lupin, gosta de assistir o programa Masterchef. Sua música favorita é Será?, do Legião Urbana.
c) Persona 3:
2.0 Pesquisa de público alvo e personas
Paravalidaçãodepúblico alvo edepersonas,foram realizadas análisesdeoutras revistasqueconversamcomopúblico alvodaMarcha,jácitadasanteriormente,visando suprir a necessidades de seu público, entendendo suas necessidades e anseios, os meios pelos quais se informam, quais veículo lêem e em que frequência. Os conteúdos foram
Jéssica tem 25 anos, é mulher trans, formada em design e com pós em branding e desenvolvimento de produtos, trabalha em uma agência de comunicação na Avenida Paulista. Está em uma união estável com seu marido Elliel. Tem três gatos. Mora em um apartamento e é da classe B2, com renda superior a sete salários mínimos.UsaseutempolivreparapasseardebicicletanoparqueVillaLobos,praticar jardinagem em seu apartamento próximo ao metrô Vila Mariana e também gostaria de assistir filmes e séries pela plataforma Amazon Prime. Gosta de cozinhar e se engajar em assuntos sobre redução de lixo e feminismo e direitos LGTQIA+. Tem uma composteira e uma horta pequena na sacada do apartamento. Sua música favorita é Feeling Good, da Nina Simone, a série favorita é Manhãs de Setembro.
a)Persona 1:
A curto prazo almeja fazer mais exercícios físicos, e a longo prazo gostaria de morar no campo. Em um dia comum brinca com os gatos, pratica yoga, toma café da manhã com o marido e vai para o trabalho. Trabalha oito horas por dia, faz seu próprio almoço e leva para o trabalho. Gostaria de ver mais mulheres trans nos escritórios, acreditando na equidade de gêneros e identidades. Seus interesses são em direitos humanos, culinária, saúde e bem estar, jardinagem. Se informa e lê notícias principalmente por e mail, telefone, redes sociais e internet em geral. Gostaria de ler uma revista representativa.
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Amanda tem 22 anos, mulher lésbica e é formada em Rádio e TV, ela mora na zona leste. Atualmente está em um relacionamento sério. Ainda mora com os pais, têm uma renda média. Ela trabalha em uma escola de idiomas e pretende migrar de emprego em breve. Seus passatempos incluem trilhas e passeios ao ar livre, além de gostar de animais, razão pela qual é adepta ao veganismo. Faz cursos de desenvolvimento pessoal e tem interesse por artes, como música, teatro e artes plásticas. Gosta de filmes franceses e seu filme favorito é "O Retrato da Jovem em Chamas". Tem dois cachorros e pretende fazer MBA em negócios da comunicação.
C. O contexto da música pode ir muito mais além do que sua letra?
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Em meio ao período pandêmico, é difícil falar sobre moda e revistas, influencers e comunicadores desse mercado compartilham o mesmo anseio... Como podemos relatar designers conquistando seu ápice, a cor da nova tendência e a influência da rede social de dancinhas na forma de nos vestirmos quando temos pessoas em leitos de hospitais tendo seu último suspiro? É difícil! Mas também nós sabemos que a moda se coloca em um patamar de transformação, é ela que tira a jovem da comunidade e a insere em um
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B. Quais as vozes que cantam mais do que versos, mas entoam mensagens?
Editoria: Josy
encontrados através de MidiaKit e análises de pesquisas realizadas por estudantes da graduação de jornalismo responsáveis pela produção da revista Marcha. Em relação à pesquisa de personas, utilizou se a técnica da autora Adele Revella (2015) CEO da Buyer Persona Institute, uma organização dedicada a ajudar empresas a conhecer seus clientes. Para a construção de personas, é preciso entender o conteúdo que está sendo produzido, pois a elaboração de uma persona consiste na elaboração de "clientes modelos" do produto, no caso da Marcha, seriam modelos de leitoras. Sendo um meio certeiro de produzir os conteúdos certos para as pessoas certas. (RAVELLA, 2015).
A editora de música, nomeada “Jocy”, por homenagem a pioneira da música eletrônica no solo brasileiro. E ela tem em seu alinhamento a essência da Jocy: a procura de manter-se moderna e ligada no cenário musical vanguardista.
D. A música pode representar quantas coisas diferentes?
E. Como conhecer o novo som do Brasil?
a) Seção 1 Música
3.1.4 Pautas
b) Seção 2 Moda Editoria: Zuzu
Ao representar uma mulher forte como Zuzu Angel, estilista que lutou em busca derespostasreferente aoseufilhoStuartquefoicapturado,torturado emortona época da ditadura militar. A editoria de moda vai encontro aos ideais da mesma, apresentando a moda como potência, contexto revolucionário e identidade, indo além de simples tecidos e recortes.
Além de tentar exaltar os artistas nacionais que procuram inovar em sua arte, em sua totalidade e usar a música como algo além de um produto, tentando sempre, dar espaço para a produção musical brasileira e valorizá la ao máximo, realizando análises e até, em ocasiões especiais, recomendar novos artistas e movimentos para o leitor interessado, podendo servir de curadoria dos lançamentos nacionais. A inclusão de gêneros regionais também será uma Perguntasguia.norteadoras:
A. Quais as mensagens que a música pode passar ao seu ouvinte?
Perguntas norteadoras:
que ela não tenha muito a ver com saúde mental, sua conquista na área da medicina é importante, pois abriu caminho para que mais mulheres se tornassem médicas e posteriormente pudessem ser psiquiatras e psicólogas. Graças a isso uma mulher foi
Oempoderamento de uma mulherque éa representaçãodealgo muitoimportante, Marta Vieira, uma mulher guerreira que lutou sem cansar para chegar aonde chegou hoje em dia. Considerada a maior artilheira feminina pela FIFA, e melhor jogadora do mundo.O esporte nacional muitas vezes sofre por falta de investimento, mesmo em esportes mais populares como o futebol e o vôlei, ainda há desigualdade na cobertura nas mídias brasileiras. A área dedicada ao esporte na revista MARCHA prevê pautas que tentam analisar o esporte além de resultados de placares, mas tratar também problemas sociais e políticos que estão ofuscados pelos grandes campeões que dominam os Setablóides.formos
foi difícil para as mulheres conseguirem o seu espaço na sociedade, sempre havia homens para barrar o nosso caminho. E ninguém melhor para mostrar o quanto isso era complicado no passado do que Rita Lobato que foi a primeira mulher a se formar e exercer a medicina no Brasil, e foi a segunda mulher a exercer essa profissão na américa
Mesmolatina.
Perguntas norteadoras:
d) Seção 4 Saúde Editoria:
A. Por que a moda brasileira precisa lutar espaço no mainstream?
DesdeRitasempre
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
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contexto de empreendedorismo, é por ela que jovens se identificam e almejam conquistar seus sonhos e trazer oportunidades para a sua família. Hoje a moda é muito mais do que tecidos e a editoria Zuzu desde mês retrata uma pequena parte desta imensidão.
c) Seção 3 Esporte
B. Qual é o real peso da moda na vida das pessoas?
Editoria: Marta
C. A moda consegue impulsionar o social em outras classes?
pegar o comecinho dessa história séculos atrás que contava com episódios de até proibições, que era imposto, vemos que o esporte feminino vem até hoje lutando para quebrar preconceitos que são impostos pela sociedade. Mas não podemos esquecer que ela vem quebrando muitas barreiras principalmente como ela encarou a pandemia e nessa edição a editoria Marta, vem mostrar a grande luta dessas mulheres diante dos acontecimentos durantes estes anos de pandemia e sua longa jornada de vencer obstáculos. Provando que muitas vezes, o esporte não é apenas esporte, e sim, educação, empatia, e muitas outras coisas.
responsável por tornar a vida de pessoas com transtornos mentais melhores, numa época em que eles eram simplesmente largados em hospitais de reclusão para morrerem por maus tratos. Foi uma mulher que fez com que eles fossem tratados como seres humanos, e ajudou para que posteriormente esses lugares fossem fechados ou transformados em centros de cuidado para pessoas com transtornos mentais.
Também serão nomeadas com personalidades femininas relevantes para cada área, a justificativa com a história destacando porque aquela personalidade foi escolhida virá na primeira seção da revista, nomeada de “Conheça as editorias”, e contará com uma breve explicação do significado do trabalho e conquistas das mulheres escolhidas, assim trará às leitoras a oportunidade de aprender e achar inspirações para diversas áreas da vida. Atentando se apenas para o primeiro nome da personalidade, assim criando a ideia de proximidade da leitora destas figuras históricas.
quanto é possível observar sobre a forma que a mídia influencia no modo de ver as pessoas com transtornos mentais?
A revista MARCHA terá ao total de 28 páginas, e será separada em 4 seções principais que estarão sempre presentes, mas também poderá contar com editorias rotativas, que não estarão presentes em todas as edições.
A editoria de música homenageia a pioneira da música eletrônica no solo brasileiro, Jocy de Oliveira. E ela tem em seu alinhamento a essência da Jocy: a procura de manter se moderna e ligada no cenário musical vanguardista.
PROJETO GRÁFICO
A. O público está levando a sério as preocupações e emoções dos seus familiares/ B.amigos?O
Graças a isso pessoas com transtornos mentais de qualquer tipo não são afastadas da comunidade, a não ser em casos graves onde a pessoa representa um perigo para ela mesma e as pessoas próximas. Essa mudança mudou o modo como a sociedade via as pessoas com transtornos mentais, mas não melhorou as coisas em 100%. Pessoas com transtornos mentais ainda sofrem de muito preconceito e falta de empatia, e as mídias tão pouco ajudam com isso, mostrando realidades fantasiosas de suas doenças.
C. A mídia dificulta o tratamento dos transtornos mentais?
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Em minha reportagem falarei do quanto a mídia ajuda e atrapalha as pessoas com transtornos mentais em busca de tratamento, e de como eles podem até mesmo piorar as coisas.
Veja detalhamentos das editorias fixas:
Perguntas norteadoras:
a) Jocy:
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Rita:Rita
b)
Ao iniciar pelo começo desta narrativa pode se notar que séculos, o período contava com episódios de proibições, impondo situações, delimitando representatividade no campo esportivo. Até em seus dias atuais, é possível observar que o esporte, segue lutando para quebrar preconceitos que são impostos pela sociedade machista e patriarcal.
A área dedicada ao esporte na revista MARCHA prevê pautas que possuem o propósito de analisar o esporte além de resultados dos placares, mas tratar também problemas sociais e políticos que estão ofuscados pelos grandes campeões que dominam os tabloides.
Marta:Considerada
Lobato foi a primeira mulher a se formar e exercer a medicina no Brasil, e foi a segunda mulher a exercer essa profissão na américa latina, foi a escolhida para nomear a editoria de “saúde”. Sua conquista na área da medicina é importante, pois abriu caminho para que mais mulheres se tornassem médicas e posteriormente pudessem ser psiquiatras e psicólogas. Foi uma mulher que
Além de tentar exaltar os artistas nacionais que procuram inovar em sua arte, em sua totalidade e usar a música como algo além de um produto, tentando sempre, dar espaço para a produção musical brasileira e valorizá la ao máximo, realizando análises e até, em ocasiões especiais, recomendar novos artistas e movimentos para o leitor interessado, podendo servir de curadoria dos lançamentos nacionais. A inclusão de gêneros regionais também será um guia.
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
A publicação direcionada ao esporte, não permite esquecer as barreiras que meninas e mulheres esportivas seguem superando, principalmente em meio ao período pandêmico. Nesta edição, a editoria Marta, vem mostrar a grande luta dessas mulheres diante dos acontecimentos durantes estes anos de pandemia e sua longa jornada de vencer obstáculos. Provando que muitas vezes, o esporte não é apenas esporte, e sim, educação, empatia, e muitas outras coisas.
c)
a maior artilheira feminina pela FIFA, e melhor jogadora do mundo, Marta Vieira. O esporte nacional muitas vezes sofre por falta de investimento, mesmo em esportes mais populares como o futebol e o vôlei, ainda há desigualdade na cobertura nas mídias brasileiras.
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Através das redes sociais, a leitora ganhará espaço para mandar sugestões de pautas e comentários sobre as entrevistas. Mas também, poderá mandar fotos e dicas sobre o tema quinzenal que será passado a elas pelo Instagram da revista. Essa editoria visa permitir dar voz às leitoras e permitir um sentimento de pertencimento e comunidade.
f) Crônicas e Contos:
Ainda assim, é possível apresentar a moda como outro patamar, sendo a mesma que tira a jovem da comunidade e a insere em um contexto de empreendedorismo, é por ela que jovens se identificam e almejam conquistar seus sonhos e trazer oportunidades para a sua família. Hoje a moda é muito mais do que tecidos e a editoria Zuzu desde mês retrata uma pequena parte dessa imensidão.
e) Alô, Marcha:
Algo que faz parte da essência da MARCHA é dar voz àqueles que têm dificuldades para se expressar diante da sociedade, assim, esta parte dará espaço para escritores aspirantes dividirem conosco seus textos que serão
Em meio ao período pandêmico, é difícil falar sobre moda e revistas, influencers e comunicadores desse mercado compartilham o mesmo anseio. Como relatar sobre designers conquistando seu ápice, a cor da nova tendência e a influência da rede social na forma de nos vestirmos, quando temos pessoas em leitos de hospitais tendo seu último suspiro?
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fez com que indivíduos que possuem problemaspsíquicos fossem tratados como seres humanos normais perante a sociedade, e ajudou para que posteriormente, até mesmo em questão de infraestrutura local, reformando estabelecimentos que estivessem fechados, foram transformados em centros de acolho para pessoas com transtornos mentais. Assim, a editoria apresenta o olhar humano e empático sobre a área de saúde, tanto mental, quanto para outras possibilidades, tratando a questão do ser humano por trás de sua condição como “doente” ou "louco".
d) Zuzu:Aorepresentar
uma mulher forte como Zuzu Angel, estilista que lutou em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu filho Stuart, jovem que foi capturado, torturado e morto na época da ditadura militar. A editoria de moda vai encontro aos ideais dela, apresentando a moda como potência, contexto revolucionário e identidade, indo além de simples tecidos e recortes.
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PESQUISA EDITORIAL
devidamente creditados, além da possibilidade de reconhecimento. Os textos com no máximo 2.100 caracteres, serão disponibilizados por e mail, com tema livre, ficcional ou não, e com conteúdo permitido para maiores de 16 anos.
Se trata de uma publicação que tem ligação com o cenário musical brasileiro e o design mais conceitual e moderno, atraindo olhares dos jovens pelas suas pautas e visual vanguardista, sendo uma ligação direta com uma gravadora de música, e por isso tem o envolvimento direto com o público ouvinte de música independente brasileira.
será apresentado notas rápidas sobre os acontecimentos do mundo, de forma breve e impessoal, podendo incluir temas que possam interessar às leitoras, como política, tecnologia e entretenimento
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Nesta parte, serão tratadas publicações atuais que podem ser consideradas semelhantes ao projeto, sendo inspiração para o desenvolvimento da MARCHA, e na visão do mercado também poderão se tornar concorrentes diretas pelo público alvo previsto neste projeto. As escolhidas foram a Revista Balaclava e a ELLE, uma é ligada à uma gravadora e tem a participação de novos artistas do cenário brasileiro musical e a segunda tem em si, uma marca muito forte e promove uma renovação da moda, com uma visão menos elitista.
Revista Balaclava:
A Revista Balaclava é uma publicação independente sobre música e cultura do selo e produtora Balaclava Records, fundada em 2017, funciona por unicamente no formato de assinatura, e lançamento semestral. A primeira edição da Revista Balaclava foi lançada em comemoração dos cinco anos da Balaclava Records, em novembro de 2017. Trazendo foco exclusivo na música já entrevistou artistas como: Marcelo D2, BK', Tuyo, Maria Beraldo, Jaloo, Terno Rei, Raça e BRVNKS
g) Notas Nesterápidas:espaço,
Trata se de uma publicação mundial voltada para o público feminino, tem em suas editorias temas semelhantes da MARCHA, como moda, entretenimento e saúde. Foi fundada em 1945 por Heléne Gordon Lazareff, e se tornou uma marca de extrema relevância no cenário de publicações femininas. Com o tempo, modernizou suas pautas trazendo ideias de moda sustentável e bem estar feminino, mas teve sua publicação encerrada em solo brasileiro em 2018. Em 2020, teve seu retorno em uma versão tecnológica, dando ênfase para a produção de podcasts e revistas digitais, abrindo uma lacuna no mercado editorial das revistas físicas.
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Revista ELLE:
Capa da edição #6, lançado em 2021. Traz na capa a cantora Jup do Bairro.
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Interior da revista Balaclava, edição de número 4, publicada em 2019. Com direção de arte de Ana Luiza David.
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Duas das últimas capas da publicação física da ELLE pelo Grupo Abril em 2018, com uma visão mais feminista e consciente em suas páginas.
Projeto Gráfico 2.1
Assim, em base de análises destas edições de revistas semelhantes, foi se definido o direcionamento editorial que compõe a revista MARCHA. Seu visual deve refletir seu conteúdo engajado e conceitual que deseja tornar se também uma experiência sensorial, e não apenas limitando se à leitura de palavras, mas também artístico.
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
Com diz o fundador da escola de artes Bauhaus, Walter Gropius: “O estímulo é a melhor coisa que a educação pode oferecer, pois conduz o estudante à iniciativa própria”, desta forma, a pretensão de elaboradores da revista é estimular a leitora a se informar e consumir o conteúdo da revista com um conteúdo relevante combinada com uma editoração equivalente. A revista MARCHA quer instruir, e ir além de apenas palavras.
Desde a mais tenra idade, somos ensinados a apreciar a força das imagens e das palavras. Somos levados a museus e informados solenemente de que quadros de pintores há muito tempo mortos podem transformar nossa perspectiva. Somos apresentados a poemas e histórias capazes de mudar nossa vida.
TÍTULOS: Minímo de 14px, máximo de 26px. Estilo livre.
LOGOTIPO: Lucida/ Demibold / 20px.
CRÉDITO IMAGENS: Candara/ itálico/ 8px
ESPAÇAMENTO: 12,5
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CORPO DO TEXTO: Candara/ regular/ 10px.
CARTOLA: Lucida/ Bold/ 12px.
E no entanto, é raro tentarem nos instruir sobre as palavras e imagens que sempre ouvimos nos noticiários. BOTTON, Alain de. “Notícias: O manual do usuário”. Tradução de Clóvis Marques. Editora Intrínseca, Rio de Janeiro, 2015.
Formato: Periodicidade:A4 quinzenal
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Veiculação: Publicação impressa e online, para assinantes.
Informações Gerais
A tipografia é o tijolo de base de qualquer página impressa. Muitas vezes irresistivelmente instigante[..] Dentro dessa dinâmica na página (ou na vida), uma relação é estabelecida e ela é concordante, conflitante ou contrastante. (WILLIAMS, 2008).
Estilo tipográfico
CAPITULAR: Candara/ bold/ 12px.
OLHO: Candara/ bold/ 13px.
LINHA FINA: Candara/ regular/ 10px.
CRÉDITO DE REPORTAGEM: Candara/ regular/ 12px.
LEGENDA: Candara/ itálico/ 10px.
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RGB: 255; 168; 55.
Para o mioloda revista, escolhemos cores sóbrias para ditarem as cores dos detalhes da revista, como cor da cartola de cada editorias e outras artes necessárias. São
Vermelho
em Jornalismo.
de
Código Cromático:
RGB: 40; 40; 48.
Cinza
Azul
CMYK:Claro:10%; 13%; 20%; 0%.
de
Trabalho Conclusão Curso Ano 2021.
CMYK:marinho:96%;89%; 37%; 38%
CMYK:Mostarda:elas:0%;42%; 82%; 0%.
RGB: 233; 221; 207.
CMYK: 25%; 84%; 52%; 20%.
Logotipo
RGB: 164; 61; 78.
O Logotipo poderá sofrer variações em suas cores de acordo com a(s) imagem(ns) que poderão compor a capa da edição. Veja exemplos:
Exemplo 1: Exemplo 2: Exemplo 3:
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Acredite, o visual de todo o informativo será mais forte e profissional se mantiver uma margem forte à esquerda. [...] Se todos os elementos estiverem bem alinhados, você poderá fugir do alinhamento com prazer quando for necessário. (WILLIAMS, 2008)
Como o público alvo é principalmente feminino, foi analisado a necessidade de uma tipografia sofisticada e leve, para a experiência visual não se tornar uma poluição visual.
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O grind escolhido para a revista, será o tradicional duas laudas por página, onde o texto se distribuirá seguindo este padrão, havendo quebra dele, apenas para a inserção de imagens que complementarão o conteúdo.
Nota se que as capas seguem elementos padrões: o logotipo, o slogan e três faixas pretas que podem mudar de posição, mas sempre há duas faixas paralelas na parte inferior com a frase “Os ventos trazem boas notícias” entre elas.
Cores e Tipografia
Para estes elementos, definiu-se a Candara para compor os textos, por ser sem serifa e facilitar a leitura, ela tem um designer polido e permite uma leitura fluida de textos mais tensos. Ao disponibilizar o conteúdo de título e cores base mais sóbrias, e permitindo, assim uma maior abertura para a produção editorial com imagens e outros elementos visuais que pode compor as matérias.
Grid
Toda a editoração e diagramação da revista foi feita pelo Adobe InDesign, e os elementos gráficos como figuras e imagens foram tratadas pelo Photoshop. Estas duas ferramentas foram essenciais para alcançar o resultado desejado na aparência da revista.
O processo de diagramação começou desde o início do projeto, no mês de agosto já foi elaborado o primeiro desenho, juntamente do espelho. Porém, muitas coisas mudaram ao longo do desenvolvimento das matérias. Na seção de leitoras e notas, a ideia da produção é a possibilidade de refletir bem a cara das leitoras, e esta foi a que mais mudou durantetodo o processo de desenvolver a face que se Alémenquadraria.disso,acapa
final também sofreu muitas mudanças com a adequação do público alvo, ao transmitir na capa da primeira edição da revista a atitude MARCHA e impactar o primeiro leitor desde o início até o final.
TAREFASCRONOGRAMAORÇAMENTOINDIVIDUAIS
Diagramação
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Durante a montagem da revista cada uma de nós tínhamos suas tarefas fixas, cujas quais eu perdi os dados e não me lembro mais quais eram, isso ocorreu
porque grande parte do tempo nos ajudamos entre si, decidindo tudo juntas. Menos quando o assunto era mais específico e difícil de fazermos juntos, como foi o caso da diagramação da revista e a revisão de tudo que foi produzido, nesses momentos o trabalho ficou só com a Bárbara e a Isabella. Sinceramente gostaria de ter ajudado mais, mesmo assim acredito que no limite do que me foi proposto eu ajudei o máximo que pude.
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