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DA ABORDAGEM DOS
DIGITAIS SOBRE A LUTA E RESISTÊNCIA DE MULHERES NEGRAS São2021Paulo
MILENA
ANÁLISE MEIOS
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL DE JORNALISMO ALVES BARBOSA
CURSO
2 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
ANÁLISE DA ABORDAGEM DOS MEIOS DIGITAIS SOBRE
Relatório de Fundamentação Teórico Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação da Profa. Dra. Mirian Meliani.
São2021Paulo
CURSO DE JORNALISMO MILENA ALVES BARBOSA
A LUTA E RESISTÊNCIA DE MULHERES NEGRAS
3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................4 2. APRESENTAÇÃO ...................................................................5 3. REFERENCAL TEÓRICO-METODOLÓGICO .................6 4. RESULTADOS.........................................................................9 5. CONSIDERAÇOES FINAIS.................................................12 6. REFERÊNCIAS .....................................................................13 7. APÊNDICE: Projeto Experimental.......................................14 8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO......................................28 9. INVESTIMENTO...................................................................28
2 Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: milenaalves826@gmail.com
RESUMO
Milena Alves BARBOSA2 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP
Neste trabalho analisamos a produção de matérias sobre o autocuidado de mulheres negras, tendo como objeto três matérias do portal Geledés Instituto da Mulher Negra. Buscamos entender como o veículo aborda a luta, resistência e o autocuidado dessas mulheres em seu portal. Para isso, usamos o autor Henry Jenkins e seu conceito de cultura da convergência, Djamila Ribeiro para entender o lugar de fala dessas mulheres e a autora Eni. P Orlandi e o conceito de análise de discurso. O objetivo é identificar a forma com a qual o portal aborda, discute e visibiliza o tema.
INTRODUÇÃO
Análise da Abordagem dos Meios Digitais Sobre a Luta e Resistência de Mulheres Negras 1
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Por isso, este projeto tem o intuito de analisar a forma com a qual os veículos de comunicação divulgam, dialogam e retratam a comunidade negra. Em especial, mulheres negras, analisando a abordagem desses veículos sobre essas pessoas.
O enfrentamento a desigualdades racial, machismo e à violência contra os negros, mortos em sua maioria por serem negros, como o caso de George Floyd, assassinado em 2020, em Minnesota, nos Estados Unidos, por um policial branco, marcam as principais discussões e lutas da comunidade negra pela construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária para todos.
Para isso, no levantamento bibliográfico serão utilizados teóricos como Henry Jenkins (2006), em “Cultura da Convergência”, Djamila Ribeiro (2017), em “O Lugar de Fala”, Angela Davis (1981), em“Mulheres, Raça e Classe”, e Eni. P. Orlandi(2005), em “Análise de Discurso Princípios e Procedimentos” para maior compreensão e desenvolvimento do projeto.
PALAVRAS CHAVE: mulher negra; representatividade; resistência; autocuidado; internet; empoderamento;
1 Artigo apresentado como parte do Trabalho de Conclusão de Curso RFTM/Paper, derivado do Núcleo de Estudos em Mídia Digital.
3 Dados do IBGE: https://www.espacovital.com.br/publicacao 36780 mulheres negras sao as principais vitimas da violencia domestica no brasil
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Tendo por justificativa a pauta sobre mulheres negras e periféricas usarem do autocuidado como forma de resistência, utilizando a como uma possibilidade de vida para além daquilo que o racismo impõe a elas, ressignificando a sua imagem corporal. Já o objetivo do projeto écriar uma revista híbrida, através de uma reportagemextensa, como o intuito derelatar não só a trajetória de dor e luta, como de resistência, autoconhecimento e superação dessas mulheres.Também
Entendendo-se que pessoas negras vivenciam cotidianamente o racismo estrutural, assimcomo avisibilidade, dorelutademulheresnegraseperiféricasécompletamentediferente das mulheres brancas, o projeto visa analisar de que forma os meios digitais abordam essa realidade.
Até um tempo atrás, as negras sequer eram consideradas seres humanos. Os dados de violência doméstica, machismo e desigualdade são parte da herança histórica, que recai sobre elas. Embora sofram violência de gênero, às mulheres brancas é dada uma dimensão de humanidade que é negada às mulheres negras. Por isso, seanalisarmos os dados de violência como estupro, violência doméstica, feminicídio, as negras são as maiores vítimas. (RIBEIRO, Entrevista Oral, Apêndice X, p.1)
faz parte dos objetivos dialogar de forma clara e fácil sobre o tema com mulheres de diversas idades, levando informação consistente e construtiva a lugares que não possuem fácil acesso a esses dados. Dessa forma, temas como representatividade, visibilidade e o autocuidado para benefícios fisiológicos, foram abordados.
APRESENTAÇÃO
Neste projeto analisamos como as plataformas digitais divulgam e retratam a luta de mulheres negras e periféricas no meio social, tendo como objeto de estudo o portal Geledés Instituto daMulher Negra, no qual foramanalisadas três matérias sobre autocuidado. Visto que, no intervalo de um ano, 15 milhões de mulheres negras sofreram violência doméstica no Brasil (IBGE), 3alémde sofreremracismo, machismo e desigualdade social, a militante do movimento feminista negro e consultora para equipe raça e gênero, Flávia Ribeiro, comenta:
REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
A internet possuiumgrande espaço na rotina das pessoas, fazendo comque elas mudem seus hábitos, transformando até mesmo a maneira de lidar com o mundo. Com isso, o portal Geledés tem o intuito de levar informação, representatividade e visibilidade da cultura negra para as demais, unindo todos esses aspectos e distribuindo os através de vários canais na mídia.
Logo,o objetivo final é produzir uma revista digital, que se destina a informar a mulher periférica sobre saúde e contará com edição especial impressa de distribuição gratuita. Tem o propósito de dialogar e representar a menina, mãe e mulher periféricas.
Por isso, o projeto visa analisar e expor as formas com que essas mulheres negras lidam com suas dores, entendendo mais sobre a força que elas carregam dentro de si, unindo a representatividade e coragem de enfrentar todas as barreiras que o machismo e racismo as impõe.
Ao mesmo tempo, novos padrões de propriedade cruzada de meios de comunicação, que surgiram em meados da década de 1980, durante o que agora podemos enxergar como a primeira fase de um longo processo de concentração desses meios, estavam tornando mais desejável às empresas distribuir conteúdo através de vários canais, em vez de uma única plataforma de mídia (JENKINS, 2006, P: 39).
O objetivo é educar e fomentar discussões sobre o tema, usando uma série repleta de animações sobre as diversas formas de discriminação que as jovens negras sofrem, e o impacto que isso traz para a sua vida. O portal reuniu cerca de 21,7 mil visualizações em seu IGTV, plataforma do Instagram, em seu primeiro episódio.
Como afirma Jenkins:
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Analogamente, os conceitos utilizados pelo portal no Instagram, para estaremde acordo com as expectativas dos usuários, estão ligadas às vertentes de transmídia e crossmedia de Jenkinks (2006), ele explica que na transmídia as mensagens podem ser diferentes, mesmo estando no mesmo universo. Sendo assim, elas podem ser compartilhadas em diversas mídias
Em paralelo com o portal, em seu Instagram, o instituto já possui 110 mil seguidores, que interagem e participam de cada pauta publicada. Através disso, o instituto lançou a série “Racismo eBullying: como protegerjovens negros”, como apoio daSaferNet ONG, associação civil que atua na defesa e na promoção dos direitos humanos na internet e no Instagram.
Seguindo,publicado.acultura participativa é o termo usado por Jenkins (2006) para explicar o contexto atual de crescimento da participação e interferência do público nos processos de comunicação de diferentes suportes midiáticos. Segundo ele, os sujeitos hoje conseguem com mais facilidade se apropriar de conteúdo, recriar e distribuir diferentes matérias de forma mais fácil, rápida e barata.
Outro ponto interessante do portal é a oportunidade que ele dá para o público de enviar artigos próprios, ou seja, textos autorais publicados no portal. Através da editoria “post de convidado”, as pessoas podem mandar pautas de seu interesse particular. Para isso, basta preencher uma ficha com todas as informações pessoais, justamente com o que será possivelmente
Ribeiro (2017) também traz o percurso não só intelectual, como de luta, de mulheres negras durante a história, ao citar Sojouner Truth, escritora abolicionista, afro americana e ativista dos direitos da mulher, que em decorrência de suas causas, em 1851, participou da Convenção dos Direitos da Mulher, na cidade de Akron, em Ohio, nos EUA, onde apresentou o seu discurso mais conhecido, denominado “Eu não sou uma mulher?”.
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Seguindo a lógica do portal Geledés de enfatizar funções dentro da realidade de mulheres negras, Ribeiro (2017) traz questões importantes sobre os diversos femininos, em que declara que o primeiro passo é a contextualização do indivíduo como ser universal, em uma sociedade cisheteropatriarcal e eurocentrada. Ou seja, entendendo a particularidade de cada ser, suas orientações, desejos, cultura, conseguiremos identificar as diversas vivências específicas e, assim, diferenciar os discursos de acordo com a posição social de quem fala.
Um exemplo claro disso é quando reality shows utilizam de plataformas digitais de votação para que os espectadores sintam que fazem parte da decisão dos jogadores. Jenkins (2006) ainda esclarece que o é nesse momento em que o público está centrado e atento o suficiente para que obtenham o entendimento de como a cultura opera. Para isso, a tecnologia ajuda facilitando aos consumidores a recirculação e apropriação dos conteúdos midiáticos. Para ele, “a cultura participativa é tudo, menos de margem ou underground nos dias de hoje” (JENKINS, 2006, p.2).
Mulheres negras, dores e lutas
como forma de completar os conteúdos originais. Já na crossmedia, o mesmo conteúdo é exibido em diversos meios, mas sem sofrer modificações do que está sendo exposto.
Da mesma forma, as vozes silenciadas foramretratadas pela revista AzMina, utilizando os dados do levantamento feito com base na média dos últimos quatro trimestres da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pelo economista Cosmo Donato, da LCA Consultores. Segundo ele, mulheres negras são as maiores vítimas de violência, as que mais denunciam agressões e as maiores vítimas de homicídio e feminicídio.
Truth apud Ribeiro (1851, p:14) contínua:
O feminismo esteve, também, por longo tempo, prisioneiro da visão eurocêntrica e universalizante das mulheres. A consequência disso foi a incapacidade de reconhecer as diferenças e desigualdades presentes no universo feminino, a despeito da identidade biológica. Dessa forma, as vozes silenciadas e os corpos estigmatizados de mulheres vítimas de outras formas de opressão, além do sexismo, continuaram no silêncio e na invisibilidade (CARNEIRO, 2003, p. 118)
Com isso, compreende se a quão subestimada é, não só a luta, como a força das mulheres negras. Esse discurso de Truth, ainda no século XIX, já retrata o grande dilema que mulheres negras enfrentam: a anulação de suas dores. Alguns movimentos sociais ignoraram durante um tempo o negro como “sujeito”, no caso, a mulher negra sendo ignorada ou menosprezada, deixando clara a divisão de pensamento eurocêntrico e branco que persistiu ao decorrerdecertapartedo movimento como passar dosanos, algo quefoianalisado pela filósofa Sueli Carneiro, que afirma:
Além disso, seguindo os dados estatísticos mostrados pela revista, a situação da mulher negra no mercado de trabalho é parte do cenário que perpetua o ciclo de pobreza e violência. A taxa atualde desemprego entre mulheres negras é de 17%, maior do que entre mulheres brancas (11%) e o dobro da verificada entre homens brancos (8%).
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Truth apud Ribeiro (1851) explica que os homens dizem que é necessário ajudar mulheres a subir em uma carruagem, que elas devem sempre ocupar os melhores lugares, mas com ela nunca houve isso. Nunca ninguém ajudou a subir em uma carruagem, a passar pela lama e ofereceram o melhor lugar. Ainda assim, ela não é uma mulher na visão deles?
Olhem para mim! Olhem para meu braço! Eu capinei, eu plantei, juntei palha nos celeiros e homem nenhum conseguiu me superar! E não sou uma mulher? Eu consegui trabalhar e comer tanto quando um homem, quando tinha o que comer, etambémaguenteias chicotadas!E eu nãosou uma mulher? Pari cinco filhos e a maioria deles foi vendida como escravos. Quando manifestei minha dor de mãe, ninguém, a não ser Jesus, me ouviu! E eu não sou uma mulher?
Ribeirobrancas.(2017)
RESULTADOS
ainda que há grande necessidade de começar a se pensar em políticas públicas para essas mulheres, pois ainda ouve se que políticas são para todos, mas no caso, quantos caberiam dentro desses “todos”? Quantas mulheres estariam dentro dele?
Em primeira instância, observa se que a análise do discurso de Eni P. Orlandi (2005) não trabalha com a língua como algo abstrato, mas sim, com a língua no mundo, os diversos significados que ela possui, a forma com a qual os homens falam. Considerando a produção de sentido que cada um produz em determinados momentos de suas vidas, seja enquanto sujeito, seja enquanto membro de uma sociedade.
Davis (2016, p.23,24) explica que algumas, sem dúvida, ficaram abaladas e destruídas, embora a maioria tenha sobrevivido e, nesse processo, adquirido características tabus pela ideologia da feminilidade do século XIX.
que a violência contra as mulheres negras fazia parte da dinâmica econômica e da estrutura social, na qualessas mulheres eramobrigadas pelos senhores escravos a trabalhar de modo tão masculino, quanto seus companheiros, o que, possivelmente, deixou as profundamente afetadas pelas vivências durante a escravidão.
Ao que Eni. P Orlandi (2005, p. 62) acrescenta que “todo discurso se estabelece na relação com um discurso anterior e aponta para outro”. Dessa forma, para a reavaliação do trabalho de análise discursiva é necessário dar atenção às estratégias usadas pelo enunciador.
Inicialmente é importante analisar o uso de determinados termos e dados utilizados pelo portal para enfatizar o que está sendo dito. Sendo assim, o primeiro termo utilizado na primeira matéria pelo enunciador é “trauma coletivo”, (Fig 1). Palavra que denota um mesmo evento, ou série de eventos, que traumatizam um grande número de pessoas em um intervalo de tempo.
Sendo assim, esses fatores mostram a grande falta de olhar étnico racial no momento em que deveriam começar a pensar em políticas rígidas de enfrentamento à violência contra as mulheres negras, já que as políticas existentes não estão alcançando as e sim majoritariamente, mulheres
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Em contrapartida, negras são triplamente exploradas em sua condição de mulher, negra e trabalhadora desde a escravidão, quando “Aos olhos de sesu propriétarios, não eram mães, eram apenas instrumentos que garantiam a ampliação da força de trabalho escravo” (Davis, 2016, p.19).Demonstrando
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Outra palavra digna de atenção é: cuidado (Fig 3). Termo utilizado para relembrar a ideia distorcida de que a palavra se refere ao cuidado com o outro, ou a algo que mulheres são intituladas desde pequenas a pregar: o cuidado com a casa, filhos, marido e animais domésticos. Cuidado esse que perpassa a realidade de muitas desde muito cedo, pois desde pequenas, mulheres são ensinadas a cuidar de tudo e esquecer do cuidado mais importante, o próprio.
Dessa forma, o portal afirma a necessidade do autocuidado (Fig 4), para fortalecer não só a luta dessas mulheres, como, também, o patriarcado e os corpos negros, em específico, de mulheres negras.
Figura 1
Figura 2 Figura 3
Desse modo, o termo é utilizado pelo enunciador para enfatizar as constantes ameaças que pessoas negras enfrentam cotidianamente, resultando em uma “lamentação coletiva”, pela falta de segurança em casa, nas ruas e o estresse que a comunidade negra carrega constantemente pelos efeitos do sofrimento intergeracional.
Em segunda instância, encontram se dados frisados pelo portal sobre a população negra (Fig 2), alegando que a comunidade negra possui maiores chances de morrer de Covid 19 do que as pessoas brancas. Algo que ocorre, muitas vezes, por conta da desigualdade racial e de gênero, o que acaba contribuindo para maiores riscos de contaminação dessa população. Resultando em estresse e até um certo luto entre a população negra, além de sintomas depressivos durante o isolamento social.
Figura 4
A principal pauta das matérias analisadas, entre outras publicadas pelo portal, são de que todas retratam a comunidade negra.
A língua não é só um código entre outros, não há essa separação entre emissor e receptor, nem tampouco eles atuam numa sequência em que primeiro um fala e depois o outro decodifica. Eles estão realizando ao mesmo tempo processodesignificaçãoenão estão separados deforma estanque. Alémdisso, ao invés de mensagem, o que propomos é justamente pensar no discurso.
Isso traz de certa forma uma propriedade para o discurso empregado, pois, o enunciador e o interlocutor possuem vivências dentro da pauta da comunidade negra, conversando entre si. Em contrapartida, outro ponto a ser observado é que o enunciador utiliza de um discurso lúdico Orlandi (2005), ou seja, que possui polissemia aberta, onde o referente está presente como tal, deixando que os interlocutores exponham aos efeitos dessa presença internamente, não regulando sua relação com os sentidos.
Eni. P Orlandi (2005, p 37) afirma que:
Na sequência, outro ponto a ser observado nas matérias analisadas são que o enunciador é formado por pessoas negras, em específico, mulheres negras (Fig 3). Orlandi (2005, p. 13) afirma que a Análise de discurso concebe a linguagem como mediação necessária entre o homem e a realidade natural e social.
As condições de produção, que constituem os discursos, funcionam de acordo com certos fatores. Um deles é o que chamamos relação de sentidos. Segundo essa noção, não há discurso que não se relacione com os outros. Em outras palavras, os sentidos resultam em relações: um discurso aponta para outros que sustentam, assim como para dizeres futuros. Todo discurso é visto como um estado de processo discursivo mais amplo, contínuo. Não há, desse modo, começo absoluto, nem ponto final para um discurso. Um dizer tem relação com outros dizeres realizados, imaginados ou possíveis.
Sendo assim, entende se que o portal, além de visibilizar pautas sobre a comunidade negra, possibilita uma grande abertura para que o enunciador que muitas vezes, são pessoas negras retrate a luta de sua comunidade. Pois, a população negra compartilha, muitas vezes, das mesmas dores e angústias pelo simples fato de vivenciarem o racismo estrutural.
Eni. P Orlandi (2005, p 19) ainda afirma que:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim, analisa se que o portal usa desde pautas difíceis como: racismo, sexismo, machismo, violência, solidão daspessoasnegras, emespecial, de mulheres negras. Aconquistas dessa população, como: pessoas negras conquistando, cada dia mais, o mercado musical, político e universidades públicas.
Com isso, conclui se que veículos de comunicação como o portal Geledés Instituto da Mulher Negra, é de extrema importância para a população, principalmente a negra. Pois, ele traz visibilidade e voz para a comunidade negra, retratando desde as lutas e dores, que se perpetua desde o período escravocrata, até o momento atual, onde vemos mulheres negras dominando, cada vez mais, diversos ambientes acadêmicos, midiáticos e sociais, como um ato de resistência.Atoesse que vem passando de geração em geração, pois as mulheres do período escravocrata, encontraram caminhos para a resistência, através da aprendizagem de leitura e escrita, mesmo que de forma clandestina. Davis (2016) menciona que muitas arriscaram a própria vida para que meninas negras pudessem estudar, mesmo com os limites apresentados, a resistência foi construída. Negando assim a tese de da inferioridade biológica da população negra em relação à branca.
Segunda consideração é a importante abertura que o portal possibilita para os interlocutores contarem suas histórias e vivências através da editoria “post de convidado.”
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Essas pautas são utilizadas para relatar e visibilizar, não só a luta dessa população que vivencia a dor e violência, desde o século XV, com o tráfico africano, mas, também, visibilizar as conquistas e progresso dos mesmos. Afirmando que, mesmo com o racismo estrutural que perpetua na sociedade, trazendo dor e empecilhos no meio do caminho, a comunidade negra tem conquistado, cada dia mais, lugares onde, antigamente, só haviam pessoas brancas.
É sabido que as mulheres são a maior parcela da população, uma vez em que vivemos em um país no qual a maioria são negros e mulheres, as mulheres negras seguem sendo o grupo mais explorado e negligenciado socialmente, visto que a luta pelos direitos da população negra é antiga e que os avanços foram lentos, pois o Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão em 1888.
MIRANDA, Camila. Quarentena com outros olhos: maternidade, autocuidado, resgate da ancestralidade e o valor do tempo. Portal Geledés, 2020. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quarentena com outros olhos maternidade autocuidado resgate da ancestralidade e o valor do tempo/. Acesso em: 04/10/2021.
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FIGADO, Sueli. Comunicação eAnálisedeDiscurso. São Paulo: Editora Contexto, 2021, 144 p.
MELO, Manuela. Feminismo, Militância e Autocuidado. Portal Geledés, 2014. Disponível em: https://www.geledes.org.br/feminismo militancia e autocuidado/. Acesso em: 02/10/2021.
Oliveira, Caio; CUEVAS, Clara Eliana. O grito tem que ser potente: Karol Conka e o empoderamento nas composições de RAP Feminino Paranaense. Revista Tuiuti: Ciência e Cultura, edição especial, c.5. Curitiba, Pr 2018
RIBEIRO, DJAMILA: O Que éLugardeFala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. 112, p Racismo e Bullyng: Como Proteger Jovens e Negros. Disponível em: https:// www.instagram.com/tv/COTnZQBhx2z /?utm_medium=copy_link> Acesso em: 30/05/2021
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REFERÊNCIAS
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SILVA, Ariane; MARTINELLI, Flávia; CARDOSO, Monise. Mulheres negras são as maiores vítimas de violência. Revista Azmina, 2020. Disponível em: https://azmina.com.br/reportagens/entre machismo e racismo mulheres negras são as maiores vítimas de violência/. Acesso em: 24/05/2021
Percebe se que, cada dia mais mulheres negras e periféricas encontram no autocuidado um consolo para si mesmas, utilizando o como forma para manter as esperanças, vontade de viver e de mudar, enquanto o mundo, todos os dias, a reprimem e machucam.
JENKINS, Henry: CulturadaConvergência. São Paulo: Aleph, 2008. (trad. Susana Alexandria).
Através dela, o portal mantémuma maior aproximação comcada leitor, entendendo, analisando e visibilizando cada vez mais a história da comunidade negra, seja de forma individual, com matérias em primeira pessoa, seja com pautas abordando a comunidade no geral.
Linha editorial
4 Conteúdo disponível em: https://bit.ly/3FUALHE. Acesso em: 29 de novembro de 2021
2. Área e formato Área: Formato:impressa.revista
Salve minas, mães, avós e mulheres das periferias de São Paulo. Essa revista é para você que sente falta de se ler. Aqui é seu espaço, com linguagem fácil, do dia a dia para entender e conhecer mais sobre sua saúde.
1. Título do produto Eu, favelada.
4. Descrição do projeto Linguagem
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Produto Experimental
APÊNDICE
híbrida digital e impressa sobre a saúde da mulher periférica.
3. Sinopse
A linguagem deverá ser acessível para o público de mulheres plurais que estão nas periferias da capital de São Paulo. Esse vocabulário fluirá entre a juventude e a terceira idade para que acolha mulheres de diferentes gerações.
autocuidado nao e apenas uma palavra da moda e um ato de resistencia radical/. Acesso em: 30/09/2021
“Eu, favelada” é uma revista digital que se destina a informar a mulher da periferia sobre saúde e contará com edição especial impressa de distribuição gratuita. Tem o propósito de dialogar e representar a menina, mãe e mulher periféricas. Acreditamos na simplicidade e atuamos em favor do bemcomum, da pluralidade e da interculturalidade, para construir relações de respeito. Temos o objetivo de atingir regiões da periferia da capital de São Paulo e região metropolitana para construir um relacionamento sólido com nosso público alvo. Considerando que nosso projeto é amplo e abraço diversas pautas e idades, construímos manuais de redação4, tanto para
A tipografia Good Brush será utilizada para títulos, Coolvetica simples para subtítulos e Coolvetica Condensed para o corpo do texto da revista impressa e site. Todas foram escolhidas pensando na legibilidade acessível para mulheres de todas as idades. Para a Identidade visual dos projetos gráficos de revista impressa e digital foram selecionadas as cores complementares roxo e amarelo, como as principais do projeto. A escolha dessa paleta foi definida por transmitiremas sensações de criatividade e otimismo, respectivamente. Entretanto, a identidade visual não se limita exclusivamente a essas duas, contemplaremos cada reportagem com liberdade artística. Esse material foi acordado e planejado através do nosso manual de identidade visual6 do projeto Eu, favelada.
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Número de páginas/caracteres:
Para o projeto experimental, a equipe se dividiu em alguns “setores” para o gerenciamento da revista. Estou responsável como Social Media, visto que a revista conta com uma página no Instagram7 e no Facebook (@eufavelada)8 como plano estratégico de divulgação da marca para manter um contato próximo com as leitoras da revista. A estratégia contará com a identidade visual, pequenos trechos das reportagens em modelo de post e stories, algumas curiosidades relacionadas a saúde da mulher e interação com os internautas, fornecendo conteúdos complementares das reportagens e divulgação até o lançamento da revista no modelo
5 Conteúdo disponível em: https://bit.ly/3rc9LiU. Acesso em: 29 de novembro de 2021.
o modelo online da revista quanto para a edição especial impressa5, nele todas as regras de padronização de texto, palavras e termos vetados que discriminam grupos, além de missão e valores da marca.
Função individual
8 Conteúdo disponível em: https://bit.ly/3D6DFqV. Acesso em: 29 de novembro de 2021.
6 Conteúdo disponível em: https://bit.ly/3o0uK64. Acesso em: 29 de novembro de 2021.
Considerando o Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo, pela Universidade Cruzeiro do Sul, foi estabelecido queo produto revista eletrônica deve possuir de 20 a 30 mil caracteres com espaço. Já a revista impressa contará com 24 páginas, contento 80 mil caracteres, com espaço, abrangendo três reportagens extensas.
Tipologia/Identidade Visual:
7 Conteúdo disponível em: https://www.instagram.com/eufavelada. Acesso em: 29 de novembro de 2021.
EDITORIA: Saúde
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ALINHAMENTO EDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO:
online/impresso. Lembrando que somos todas repórteres em primeiro momento, a reportagem extensa sobre ‘Autocuidado como ato de resistência’ é da pesquisadora desse projeto.
HISTÓRICO: Lutar por uma sociedade mais justa, democrática e igualitária exige muita energia e firmeza. E enquanto debates e discussões sobre questões sociais urgentes não podem parar, pessoas envolvidas em diferentes movimentos correm o risco de não priorizarem suas próprias dores, medos e necessidades individuais. O cuidado coletivo faz parte da estratégia de proteção que gera um bem estar mútuo para o corpo. Assumindo que o pessoal é político, partimos do princípio de que o modo que lidamos com os outros é o mesmo modo que gostaríamos de lidar com nós Essemesmos.pensamento
Campus: Liberdade/ Noturno 8ºF
ReportagemEDIÇÃO extensa para a edição especial de Saúde Mental da “Eu, favelada”
TEMA/ASSUNTO: Autocuidado Como
propõe meditar acerca da importância de nos vermos como sujeitos políticos que praticam para si o que desejam para outras pessoas. Mulheres negras e periféricas já acumulam diversas sobrecargas ao longo de suas vidas. Para não adoecerem por conta do machismo, racismo estruturado e estereótipos naturalizados, como “mulheres negras são fortes”, elas mulheres compreendem a necessidade de reservar tempo para o seu cuidado emocional, físico e mental, no intuito de continuar a luta à frente da militância e contra o patriarcado.
FONTES: Daiana dos Santos, psicóloga clínica e terapeuta sexual; Anna Laura Moura, jornalista; Tati Cassiano, Instrutora de yoga; Bruna Black, cantora; Elen Otoni, nutricionista.
NOME: Milena Alves VEÍCULO:Barbosa Eu, favelada
Ato de Resistência de Mulheres Negras e Periféricas (Saúde da Mulher Periférica)
Pauta PAUTA
OBSERVAÇÃO: As fontes estão sujeitas a alteração, conforme disponibilidade e acréscimo de fontes
“Eu, favelada” é uma revista digital, que se destina a informar a mulher da periferia sobre saúde e contará com edição especial impressa de distribuição gratuita. Tem o propósito de dialogar e representar a menina, mãe e mulher periféricas, com reportagens históricas e atuais como parto humanizado pelo SUS.
Revista impressa/edição especial
EQUIPAMENTOS:
Computador, softwares de edição de foto e diagramação, tripé, luzes artificiais.
REPÓRTER:PAUTEIRA/ Milena Barbosa
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page: Revista digital
Home
1. O que é a dança para você?
Transcrições/ Decupagens:
A dança pra mim é uma um uma expressão de quem eu sou, é no nível mais subjetivo, é onde eu consigo me conectar com as minhas emoções, com os meus sentimentos e poder manifestar isso através do meu corpo. É também transmutar muitos bloqueios e até mesmo sentimentos mais densos assim.
9 Conteúdo disponível em: https://www.eufavelada.com.br/ Acesso em: 29 de novembro de 2021
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Tati Cassiano, 29 anos, reside em São Paulo.
A quarentena me afetou de diversas formas, porém quando começou a pandemia a primeira coisa que eu pensei foi “O que é que eu vou fazer” então trouxe um olhar, não me ajudou em nada, mas a questão da a pressão é não vou romantizar a quarentena, apesar de ter feito algumas coisas, pois eu dei um salto quântico dentro da pandemia, porque eu decidi mesmo viver isso da forma que estava, buscar meios de me manter equilibrada e passar por isso da melhor forma possível.
Depois de mais um menos um ano eu dancei com o Carlinhos e foi quando eu tirei o meu mega hair e assumi o meu cabelo black natural, já tinha sumido já um pouco antes desse período, mas foi ali, mais ou menos, que eu comecei a usar meu cabelo black mesmo.
2- O quanto a quarentena te afetou e o que você fez para se manter?
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Então, a dança pra mim é uma manifestação mesmo da vida, de quem eu sou, da minha autenticidade, dos meus desejos, das minhas inseguranças, de tudo que me atravessa assim como mulher.
1 Você passou pela transição capilar? Se sim, o quanto isso te afetou?
3 Você pratica yoga a quanto tempo?
Elen Otoni, 25 anos, reside em São Bernardo do Campo
4 Como foi a transição capilar para você?
É difícil dizer, eu pratico há três anos. Porém, antes de me conectar com o yoga da forma que eu me conectei em 2019. Na minha experiência de vida teve coisas que na medida que eu fui me relacionando com outras mulheres negras eu fui falando as minhas questões e vendo que não era só eu que passava por isso. Com isso, comecei a perceber que a culpa não era minha e sim que eu fui colocada naquele lugar.
Meu cabelo começou a crescer e é engraçado que, nesse processo, eu estava dentro de um processo pessoal também de reconhecimento e de resgate de mim mesma. Após passar por um relacionamento abusivo, eu decidi que queria ficar sozinha, para me entender, me curar quero, me restaurar.
Pratico um esporte que gosto muito (Muay Thai) e que tem me ajudado porque tenho ansiedade e faço terapia já a algum tempo, sempre indico pra todos que conheço, porque ajuda muito a se encontrar e se compreender.
Diário de campo
4 O que você faz para manter seu corpo, mente e espirito em sintonia?
Sim e acho importante falar sobre autocuidado para além de skincare, porque nós mulheres negras lidamos com muitos pesos e dificuldades no dia a dia e com a rotina de trabalho, estudo e algum lazer, acabamos entrando no modo automático esquecendo de olhar pra dentro e cuidar de nós. Muitas vezes, eu estava preocupada e cuidando de todos, mas me esquecendo de mim. Devemos estar bem psicologicamente e fisicamente pra poder cuidar dos nossos.
Você acredita que o autocuidado possa ser a próxima fronteira do feminismo?
2 O quanto a quarentena te afetou e o que você fez para se manter firme mentalmente?
Agosto (Do dia 09 ao 27)
Passei pela transição em 2010, quando um namorado na época me perguntou: “por que você não deixa seu cabelo natural?” Foi difícil porque não tinha a variedade de cosméticos para cabelo crespo/cacheado como tem hoje, mas com paciência, procurando referências de blogueiras com o mesmo tipo de cabelo, aprendi a gostar e cuidar dele de forma natural. Hoje em dia quando revejo fotos minhas com cabelo alisado/chapado penso que aquilo sim era um sofrimento diário para tentar caber num padrão branco onde nunca me caberia.
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● Analisei o que escrevi no projeto de pesquisa
Me afetou muito no começo do ano passado, por ter que ter parado tudo de uma vez: emprego, aulas presenciais na faculdade, dança, academia e terapia. Por eu ser sempre muito ativa, os primeiros meses de quarentena foram os piores pra mim, eu fiquei muito triste, com medo do que podia acontecer, se eu ou alguém da família se contaminasse. Voltei a ler bastante, fazia exercício em casa, acendia um incenso e fazia exercícios de respiração.3
● Surtei, tive crises de ansiedade por problemas pessoais.
● Mandei meu paper para a professora Mirian
● Comecei a escrever a reportagem
● Entrevistei Elen Otoni (Nutricionista) para minha reportagem.
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental.
● Entrevistei Anna Laura Moura (Jornalista) para a minha reportagem.
● Comecei a ler “Quem tem medo do feminismo Negro” de Djamila Ribeiro para complementar o projeto.
● Separei as matérias que iria analisar (para o paper).
● Dei início às análises das matérias.
● Fizemos a capa da revista impressa
● Entrevistei a cantora Bruna Black para minha reportagem
● Começamos a criar os posts para o instagram da revista
11 até o dia 29 de outubro
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental.
22 de novembro até o dia 03 de dezembro
● Fiz mais uma reunião com o grupo da revista
● Finalizei as análises e comecei a escrevê los.
● Montei minha apresentação para a banca
● Terminei de ler o Livro da Djamila Ribeiro.
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental.
● Entrevistei Tati Cassiano (instrutora de yoga) para minha reportagem.
● Comecei a decupar as entrevistas.
● Finalizei meu paper
● Surtei porque meu estágio supervisionado não foi aceito
20 de setembro até o 8 de outubro
● Professora Mirian devolveu meu paper só com elogios e me emocionei
● Entrevistei Daniela dos Santos (Psicóloga) para a reportagem.
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental.
29 de outubro a 19 de novembro
● finalizei a escrita das análises.
● Comecei a procurar mais fontes para a reportagem
● Começamos a criar o site para a revista
● Finalizei minha reportagem
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● Publiquei alguns posts no instagram da revista
● Mandei minha reportagem para a revisão
● Chorei porque o trabalho está chegando ao fim
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental
Setembro (Do dia 30 ao 17)
● Fiz reunião com meu grupo do projeto experimental.
● Mostramos o site finalizado para a professora Mirian
Pauta X X
B) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Criação de conteúdo para as redes sociais X X X
ETAPAS
Montagem do site X X X
Realização de entrevistas X X
Levantamento de fontes X X
Apuração X X X
Espelho da revista impressa X
Diagramação da revista impressa X
Revisão X
Transporte 2 R$ 11,25 R$ 22,50
Entrega do produto final X
Hospedagem site 1 R$ 228,00 R$ 228,00
Impressão da revista 10 R$ 50,00 R$ 500,00
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Impressão da revista impressa X X
Total 16 R$ 351,75 R$ 825,50
Criação da identidade visual X X
Quantidade Valor unitário Valor Total
C) INVESTIMENTOItem
Revisão profissional 1 R$ 50,00 R$ 50,00
Impressão relatórios 2 R$ 12,50 R$ 25,00
Redação das reportagens X X
Pauta X
JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ