SÃO PAULO SP 2021
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO
KARINA COSTA SANTOS;
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
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TUDO POR AUDIÊNCIA NO PROGRAMA DO GUGU: nudez explícita e sensacionalismo
KARINA COSTA SANTOS
Relatório de Fundamentação Teórica e paper apresentada ao Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, como requisito para obtenção do título de bacharel em Jornalismo.
TUDO POR AUDIÊNCIA NO PROGRAMA DO GUGU: nudez explícita e sensacionalismo
Orientador (a): Prof. Antônio Lúcio Rodrigues Assiz PAULO SP 2021
SÃO
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Trabalho
de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 2
1Artigo apresentado como parte do Trabalho de Conclusão de Curso RFTM/Paper, derivado do Núcleo de Estudos emMídia Digital.
2Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: karina.msantos@outlook.com.
Tudo por audiência no programa do Gugu: nudez explícita e sensacionalismo 1
O material tem como objetivo fazer uma análise sobre o uso do sensacionalismo no programa do Gugu, nos anos 90. O Domingo Legal, nome do programa, era exibido todos os domingos, e ficava cerca de 4 horas no ar. Então ficou mais conhecido com os quadros “Banheira do Gugu” e “Gata Molhada”, em ambos os quadros, mulheres eram exibidas de forma totalmente sensual. Foi então líder de audiência na emissora, SBT. Apesar de ter vários quadros “inocentes”, o programa tinha um apelo sexual absurdo. Sendo assim, buscamos analisar com olhar crítico e com cautela os programas que foram ao ar nos dias, 17 de agosto de 1997 e, 13 de junho de 1999.
RESUMO
O principal objetivo da imprensa, mídia, é de informar, ter o comprometimento com a verdade e, sobretudo, compromisso com o público. Porém, sociedade torna se vitima do sensacionalismo em várias ocasiões, seja em telejornais, ou até mesmo, programas de entretenimento.Nesseestudo, vamos focar na análise em programas de entretenimento que até utilizam quadros informativos diluídos em técnicas de entretenimento e exploração exagerada dos corpos, no caso corpos femininos, com o objetivo de expor e usar a sensualidade para o único propósito de atrair a atenção e audiência. O problema é que o veículo televisão é transmitido em sinal aberto a todos os lares e por isso deve respeitar a legislação no que diz respeito ao sensacionalismo e a exploração de imagens sensuais e até do nu em horários restritos como veremos a seguir. Isso ocorre desde os anos 90, sendo, Gugu Liberato, se destacou a trazer para TV aberta o sensacionalismo e o uso da imoralidade demasiada.
INTRODUÇÃO
Karina Costa Santos2 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP
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PALAVRAS CHAVE: sensacionalismo, nudez, audiência, televisão
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O sensacionalismo está no ar, seja ele um telejornal, jornal, ou programa de entretenimento, como o que vamos analisar. Tendo como objetivo capturar o sensacionalismo em quadros que vão ao ar como forma divertida, que muita vezes são utilizados para atingir o subliminar sem que se perceba facilmente questões como intimidade do corpo, respeito e princípios morais da sociedade.
Para obter sucesso na conquista de público, utilizavam linguagem vulgar e exagerada, não economizando em frases de efeito. É comum também a direção exigir vulgaridade, ou seja, fazendo com o que as mulheres e homens, em geral, se vestissem de forma sensual, muitas vezes de peças íntimas. Em alguns casos, como no quadro “Gata Molhada”, as mulheres não usam sutiã, apenas uma camiseta branca, podendo ver seus seios, após serem molhadas por um participante, ou no chuveiro. Os câmeras/cinegrafistas que estavam gravando, focavam nas partes íntimas dos participantes, mais especificamente, nas mulheres, uma clara técnica para conquistar audiência
O apresentador incluiu a obscenidade e assédio sexual, como no quadro “Banheira do Gugu”, em que homens pegavam e passavam a mão nas partes íntimas das participantes, tanto nos seios, nádegas. O programa deveria ser classificação 18 anos e ser exibido após 23h, mas o programa era veiculado aos domingos 14h e classificado como "livre".
(FIGURA 1 Gugu e ator Jean Claude Van Damme dançando junto a cantor Gretchen).
APRESENTAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
Gugu Liberato, no auge dos anos 90, não é novidade que há um alto teor de vulgaridade e imoralidade. Além dos quadros escandalosos, como “Banheira do Gugu” e “Garota Molhada”, ou até mesmo o quadro “Prova da bexiga”, onde a regra da brincadeira, era os participantes estourar uma bexiga sentando (tanto de frente, quanto de costa) no colo um dos outros, caso o convidado se “negasse” a prova não era concluida, e não somaria pontuação. Um dos casos que marcou até o dia de hoje, foi quando o ator americano, Jean Claude Van Damme, ficou excitado, após a cantora Gretchen, dançar em contato direto com seu corpo, no programa que foi ao ar no dia 6 de maio de 2001, as 19h01.
No início dos anos 90, Gugu Liberato, liderava a maior audiência da televisão brasileira, chegando a alcançar em média de 24 pontos das tardes de domingo, ultrapassando seu principal concorrente, a Rede Globo. Sua audiência era resultado de vários quadros e convidados que participam do seu programa, como: Mamonas Assassinas, Tiazinha, Gretchen, entre outros.
(FONTE: Teleguiado, canal do YOUTUBE. Publicado há 8 anos).
Para obter uma visão mais completa sobre o uso do sensacionalismo, imoralidade e a falta de respeito com o público que assistia Gugu Liberato, este estudo analisou dois
Buscamos analisar e focar nas facetas do sensacionalismo, que por sua vez se torna mais presente em programas de auditório, utilizando adjetivos e situações, cenas escandalosas e impactantes para prender o público na frente da TV. A disputa pela audiência é levada a extremos, sem deixar espaço para o respeito pela audiência e pelas pessoas representadas nos programas. Pois tudo é tratado de forma equivocada e sem cuidados éticos, sociais. De fato os anos 90 foi o marco da televisão brasileira.
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Como afirma o Autora LANA (2009, p.21), “Contudo, não apenas esses programas, como também vários outros tipos de emissões televisivas surgem a partir da década de 1990 com esse apelo popular”. Ou seja, o apelo excessivo pelo uso imagem e da intimidade.
REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Entretanto os programas de “entretenimento” sensacionalistas causaram e causa até hoje problemas para sociedade, como o pré-julgamento de modelos e, mulheres comuns que procuravam ser famosas, porém ficaram conhecidas como garotas de programas, pelo fato de aparecer na TV de peças intimas. Muitas das vezes, sofriam assédio sexual, como no caso da atriz Luiza Ambiel, que era uma das participantes do quadro “Banheira do GuGu”, revelou em uma entrevista para a revista HUGO GLOSS, ter sofrido assédio e, por esse motivo se defendia e “saia no soco”.
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Segundo Baudrillard:
Já para o autor DEBORD:
A banalidade da representação do homem vivo tornou se uma breve, e apenas apresentação de seus corpos perfeitos.
No entanto tornam se cobaias do sistema midiático, onde não podem expressas necessidades, sentimentos ou vontade, apenas são modelos prontos para exibir seus corpos sarados e perfeitos, ou seja, a únicas necessidades que podem demonstra é a sexual, porque isso é o que a sociedade busca nesses modelos de programa.
programas do apresentador que foram ao ar nos dias, 17 de agosto de 1997, como também, 13 de junho de 1999, disponível atualmente na plataforma Youtube. Além de levantar informações sobre as leis de classificação, como: Manual da Nova de Classificação Indicativa, e o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente, julho de 1990. Guy Debord junto com outros teóricos críticos discutem o espetáculo causando alienação das pessoas. Enquanto ficam anestesiadas pelo sensacionalismo, as pessoas sufocam sua individualidade e as esperanças de lutar por um mundo melhor ou mudar de vida. As imagens provocam uma frustração, uma opressão e uma repressão, até repressão sexual. Junto com outros autores (Baudrilard) eles dizem que a televisão tem o papel de manter o público em opressão e sem consciência para mudar. Será que a "ousadia" dos programas do Gugu causam mais sofrimento, depressão e repressão sexual das pessoas? Faz com que os indivíduos (homens e mulheres) se sintam infelizes em seus relacionamentos e se auto reprimido?
“No fundo, a cultura revela se neste caso como efeito sumptário anexo da <<beleza>> já que a cultura e a beleza não são propriamente valores autênticos, exercidas por si mesmos, mas antes a evidencia do supérfluo, função social <<alienada>> (exercida por procuração). Diga se mais uma vez, trata se de modelos diferenciais, que importa não confundir com os sexos reais, nem com as categorias sociais. A difusão e a contaminação dá se por toda parte. (BAUDRILLARD, 1995, p 99).
“O objeto, que era prestigioso no espetáculo, torna se vulgar no instante em que entra na casa do consumidor ao mesmo tempo que na casa de todos os outros. Ele revela demasiado tarde a sua pobreza essencial, que retira da miséria da sua produção. Mas é já um outro objeto que traz a justificação do sistema e a exigência de ser reconhecido. (DEBORD, 1994, p.51).
Para levantamento de dados, foram analisados dois programas do apresentador Gugu Liberado e, também foi feita uma pesquisa sobre classificação etária indicativa para esse tipo de conteúdo, realizando uma busca no “Manual da Nova Classificação Indicativa”, como também a “ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, de julho de 1990.
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
RESULTADOS
Após as apresentação, Gugu faz a chamada para o quadro “Banheira do Gugu”, chama seu convidados, sendo um deles, GiGi Monteiro, a então capa da revista SEXY de 1997. O apresentador faz questão de mostrar a capa, onde GiGi está com seus seios a mostra. Logo em seguida, abre a revista e a própria modelo escolhe uma foto para mostrar, mas Gugu
(Figura 2 Gugu no quadro “Entrevista com Gugu”. Convidadas: Ingrid, Bárbara e Laís, no dia 17 de agosto de 1997).
O apresentador questiona a vida pessoal de Ingrid, perguntando qual estado civil da garotinha, se é casada, solteira ou viúva, então perdida, a menina responde, solteira. Mas não para por aí, Gugu também pergunta sobre o estado civil da mãe da garota, qual a profissão de seus pais... Enfim, questiona toda a vida pessoal da Ingrid. Antes de finalizar o quadro, chama outra criança, Bárbara, pergunta também se ela já tem namorado, Bárbara diz que sim, o apresentador pergunta se ela vai casar e quanto filho pretende ter com ele. Por fim, chama outra entrevistada, Laís, e entrega uma boneca para cada uma delas e finaliza o quadro. Em seguida convida o cantor Netinho, Beto Carrero, que faz umas apresentações de mágicas.
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No programa exibido no dia 17 de agosto de 1997: o apresentador Gugu Liberado inicia o programa de forma bem infantil, com um grupo de crianças dançando. Logo em seguida, da inicio ao quadro, “Entrevista com Gugu”, onde chama, Ingrid, de 6 anos de idade.
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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. apresenta para a câmera uma em que a mesma está sem sutiã e o câmera por sua vez foco na foto. Porém, a temperatura da água da piscina estava muito quente, impossibilitando dar continuidade à prova, então o apresentador chama outro quadro, “O táxi do Gugu”, onde o apresentador realiza pegadinhas com anônimos. Depois da exibição do quadro, retorna a “Banheira do Gugu” para enfim dar sequência a prova.
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
(Figura 4 Câmera focando na foto da modelo).
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
(Figura 3 Gugu exibindo foto de GiGi Monteiro sem sutiã na revista SEXY).
de Conclusão de
(Figura 6 Modelo tirando a roupa na frente de convidado).
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No próximo quadro, “Troca de roupa na piscina”, onde homens e mulheres precisam tirar as roupas, um vestir a do outro dentro de uma piscina. O que mais chama a atenção é que
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(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
(Figura 5 foto do quadro “Banheira do Gugu).
Durante todo o programa, há quadros em que mulheres são exibidas apenas de biquíni e, homens apenas de sunga. Então, Gugu apresenta o quadro do “Batimento Cardíaco”, em que uma mulher completamente vestida se posiciona na frente de homens sentados, e um homem se posiciona a frente de mulheres sentadas. Sendo assim ambos precisam se despir, ficando apenas de lingerie dançando, se um dos grupos tiver o batimento acima de 120 por segundo, é eliminado da prova.
em Jornalismo.
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. dentro da água tem uma câmera que foca apenas nas nádegas de todas que participam da prova.
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
Antes de finalizar o programa, Gugu chama o apresentador Otávio Mesquita, que está localizado em uma área externa com duas modelos, vestindo um roupão, porém ambas irão saltar de paraquedas completamente nuas, quem cair dentro do alvo, desenhado no chão, ganha a(Figuraprova.
Por fim, logo após se despedir de Otávio Mesquita, Gugu entrevista mais duas criança, Jéssica Kelly e Jéssica Borges.
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8 Otávio Mesquita com modelos e paraquedista logo após o salto).
(Figura 7 câmera focando nas partes íntimas da participante).
(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano)
(Figura 9 Gugu entrevista Jéssica Kelly e Jéssica Borges).
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(FONTE: Tudo Está Voltando, canal do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
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(Figura 11 Fantoche ED).
O segundo programa analisado foi o que foi ao ar no dia 13 de junho de 1999, às 14 horas e 52 minutos. Em seguida o apresentador chama convidado, sendo o grupo Axé Blond, Karametade e a Tiazinha. Durante todo o inicio os convidados cantam suas músicas e se apresentam. Nesta vez temos a presença de uma assistente de palco mirim e também, um novo personagem, ET, mais conhecido como Ed. Após o sucesso do filme, Alien, equipe resolve trazer fantoche para subir audiência e atrair o público infantil.
(Figura 10 Assistente de palco Mirian).
(FONTE: Canal do RAIUCA, plataforma do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
O apresentador chama o quadro, “Família Pimenta”. Em seguida começa a brincadeira “reconhecimento facial” com seus convidados no palco tinham que tocar nos corpos de homens e mulheres, que ficavam apenas de peças íntimas, para identificar cada um deles corretamente, porém com vendas nos olhos. E por fim, identificar por trás de uma “parede”, um objeto que estavam tocando apenas com as mãos.
(FONTE: Canal do RAIUCA, plataforma do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
(FONTE: Canal do RAIUCA, plataforma do YOUTUBE. Publicado há 1 ano).
(Figura 12 Tiazinha tocando corpos de assistentes de palco, na gincana).
Após a apresentação da banda Karametade, o apresentador chama a matéria sobre o dia dos namorados, mas antes de iniciar a matéria, Gugu faz piada de duplo sentido: “dizem que beijo é igual ferro, liga em cima e esquenta em baixo”, o então cantor VaVá, da banda Karametade, completa: “Com certeza! Já vi vários caras armarem a barraca, só com o beijo”.
Baseando em todo o conteúdo que analisei, fiz outra busca no ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, o “ECA”, que foi criado em 13 de Julho de 1990. Na lei de nº 8.069, 13 de 1990, no capitulo II “Da Prevenção Especial”. Seção I, “Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos”, no Art. 76. “As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
Parágrafo único. “Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição”.
Podemos observar que entre os anos de 1997 e 1999, o programa do Gugu passou por algumas mudanças no tocante a exibição demasiada do corpo feminino, ou seja, nudez explicita. Em 1997, o programa em quase seu todo, era composto por quadros, brincadeiras e provas de alto teor exploração do corpo. Já em 1999, apesar de haver sensualidade por parte dos convidados, assistentes de palcos, e brincadeiras, frases de duplo sentido, ainda sim era mais moderado na questão da nudez.
O que mais chamou atenção foi o horário em que o programa era exibido, nas tardes de Domingo. Além disso, a preocupação da direção em atrair o público infantil, quando claramente não era um programa voltado para o público infanto juvenil. A presença de criança no meio de mulheres seminuas, ou por que não dizer, completamente nuas, com brincadeiras obscenas, indicando um apelo sexual, sendo a questão que provoca maior preocupação. Quando o apresentador coloca crianças nos quadros mostra que está buscando audiências infanto juvenis para programa. Percebe se uma clara tentativa de exibir o conteúdo sensacionalista, sensual e sexual para as crianças.
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“As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo”. Parágrafo único. “As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca”. (ECA, art, 78. 1990).
Para levantar mais dados, foi analisado o “Manual da Nova Classificação Indicativa”, que cita tais informações sobre “Formas de análise e interpretação que podem ELEVAR a
Em outro parágrafo único, um termo trata sobre a proibição comercialização de revistas e fitas que contenham pornografia sem estar com lacre, porém, o que não ocorreu com a capa da revista exibida pelo apresentador Gugu Segundo o Art. 78:
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gradação das tendências”, do título “Conteúdos Sexuais e de Nudez, que relatam sobre conteúdos impróprios para crianças e adolescente. “Há o envolvimento de crianças e adolescentes nas cenas com conteúdo sexual; Apresentação de fundo musical que reforce conteúdo sexual; Apresentação de sonoplastia que reforça o conteúdo sexual; Enquadramento de imagem que valoriza o conteúdo sexual”. (da Nova Classificação Indicativa, 2020, p. 44).
Além disso, ainda segundo o Manual de Classificação Indicativa, não é recomendado para menores de 10 anos, a apresentação de linguagem obscena. Já para menores de 12 anos, não é recomendado, proporção do conteúdo sexual/ou com nudez no material analisado de 10%; quanto a relevância do conteúdo sexual para a trama, o conteúdo sexual veiculado é pouco ou medianamente relevante para a compreensão da trama; apresentar nudez, porém sem a apresentação de nus frontais (pênis, vagina), seios e nádegas, ou seja, uma nudez “opaca” ou velada. E também para menores de 14 anos, não é recomendado, proporção do conteúdo sexual/ou com nudez no material analisado de 10% e 30%; relevância do conteúdo sexual para a trama o conteúdo sexual é imprescindível para a compreensão da trama e apresenta nudez nítida, com seios e nádegas, porém sem nus frontais (pênis e vagina).
Contudo, conseguimos perceber que tanto o apresentador Gugu Liberato, e a direção do programa, não respeitaram em momento nenhum o direito da criança e do adolescente, nem as leis que lhe cabem, muito pelo contrario, procuravam sempre a aproximação com esse público.No
ano de 2004, o Ministério Público Federal move uma ação contra o programa do Gugu, após o apresentador entrevistar falsos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). O entrevistado no caso fazia ameaças a jornalistas José Luís Datena e Marcelo Rezende, também ao padre Marcelo Rossi e o então vice prefeito Hélio Bicudo. A investigação comprovou uma farsa e que os entrevistados eram autores contratados. O advogado no Gugu, Pedro Luiz Alves de Oliveira disse que ainda não tem conhecimento oficial do teor da nova ação. O Ministério Público Federal pediu uma indenização de 1,5 milhões que já culminou com a suspensão da veiculação de uma edição do "Domingo Legal", em setembro. Segundo a promotoria, apesar do programa ser gratuito, TV aberta, o programa teria que se responsabilizar por “danos aos telespectadores”. Também alegando que na busca por audiência, o apresentador, Gugu Liberato, agia contrariamente interesses dos consumidores, abusando na confiança de quem o assistia.
REFERÊNCIAS
Revista eletrônica, Hugo Gloss , 25 de novembro de 2020.
Efeito dominó do sensacionalismo. Área e formato
Formato
Plano Estratégico
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
Documentário de 27:22s minutos elaborado com o intuito de gerar um alerta para o público sobre o sensacionalismo e suas consequências, no formato informativo e utilizando fotos e vídeos dos casos que mais tiveram repercussão no país e que são associados ao tema em discussão. duração do programa, intervalos, periodicidade e VTs.
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de Consumo. Rio de Janeiro, 1995.
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. (1990). Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Linha editorial
Televisivo
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Manual da Nova Classificação Indicativa. Secretaria Nacional de Justiça Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação.
Revista Eletrônica, FOLHA DE S.PAULO, 18 de junho de 2004.
Documentário:
DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro,1997.
LANA, Lígia. Para além do sensacionalismo: uma análise do telejornal Brasil Urgente. Rio de Janeiro, E papers, 2009.
TítuloAPÊNDICE
Documentario jornalistico, com intuito de levar ao público alvo um alerta do que o sensacionalimo pode causar. Sendo assim, vamos expor as consequencias de casos marcantes da TV brasileira.
busca descobrir os danos causados pela mídia e a forma irresponsável com que ela cobriu esses casos, e busca saber também se ela não só fez as coberturas de forma insensível, mas se ela é também responsável por algumas das tragédias que se sucederam.
Duração
Todos esses crimes, e muitos mais, possuem uma coisa em comum: a cobertura deles realizada pela mídia foi brutal. Todos os dias, se via no jornal menções aos acontecimentos sem uma pausa sequer, e a cobertura incansável da mídia causou, em alguns casos, mais mal do queDesdebem.adestruição
Público a ser atingido
Consideramos nosso público alvo aqueles que consomem jornais que atualmente são conhecidos pelo sensacionalismo. Buscamos gerar o alerta esse público, portanto, conversamos com alguns telespectadores e notamos pontos nas falas dos mesmos que deveriam ser esclarecidos, como qual o impacto que uma fala exagerada pode ter. Para isso, fizemos entrevistas com especialistas, jornalistas experientes e pessoas que já se sentiram afetadas com o sensacionalismo exposto nos jornais.
27 minutos e 22 segundos
Sinopse
da vida dos donos da Escola Base, até a morte de Eloá, a mídia têm sido apontada como responsável por uma mais comuns críticas da cobertura jornalística: o sensacionalismo.Estedocumentário
As mães de duas crianças fazem uma denúncia na Rede Globo, e os donos de uma escola são acusados injustamente. Uma adolescente é mantida em cárcere privado pelo ex namorado, junto de uma amiga com a qual estudava, evento que acaba levando à sua morte. Uma menina de cinco anos de idade morre ao cair do sexto andar de um prédio no estado de São Paulo, e a população se choca quando é revelado que ela foi atirada da janela pelo pai e a madrasta.
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Cronograma de execução
Orçamento Item Quantidade unitárioValor Valor Total Transporte 8 4,80R$ R$ 19,20 Alimentação 3 15,00R$ R$ 45,00 Edição 1 R$ 130,00 R$ 130,00 Equipamentos 3 25,00R$ R$ 75,00 Materiais teóricos 3 45,00R$ 135,00R$ Total 18 R$ R$ 404,00
Com um documentário expositivo, já que vamos mostrar as reais consequências do sensacionalismo, pretendemos trazer um material com uma linguagem mais informal, para abordar um público maior e os que mais consomem os telejornais da TV aberta. Acreditamos que a mídia tem poder de influência, ainda mais a televisão, já que grande parte dos brasileiros se mantém informados através desse veículo. Acreditamos, também, que grande parte dos produtos utilizam do sensacionalismo durante as coberturas, principalmente durante as coberturas de grandes crimes que chocam o país todo. Dessa forma, nossa missão é expor o uso do sensacional e do espetáculo, assim, alertando o público, pois nem tudo o que é visto na televisão deve ser tido como verdadeiro.
Linguagem
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00:57 Emílio Coutinho: Sim, escrevi esse livro aqui no meu trabalho de conclusão de curso
00:00 Luiz Gustavo: Emílio, bem vindo. Obrigado por estar participando da entrevista. Eu sou Luiz Gustavo, como você deve saber. Eu estudo na Universidade Cruzeiro do Sul e nós estamos fazendo o TCC onde estamos estudando como o sensacionalismo afeta as pessoas que produzem e que cobrem o sensacionalismo. Nós estamos estudando o caso da escola base. Estamos estudando também o caso da Eloá, aquela cobertura horrível que foi feita. O caso da Isabela. Você escreveu um livro sobre o caso da Escola Base, não é?
01:0601:05inclusive.Luiz:Foi?Emílio:Sim, foi um livro reportagem sobre o caso Escola Base. Foi o meu trabalho de conclusão de curso e acabou ganhando uma dimensão muito grande, uma repercussão impressionante que acabou se tornando uma referência. Até então só existia um livro sobre esse caso, que é o livro escrito pelo Alex Ribeiro, que na época que publicou o livro também era estudante de jornalismo. O caso Escola Base aconteceu em 94, ele publicou o livro dele em 95, e eu publiquei 20 anos depois, em 2015. Eu escrevi esse livro aqui, atualizando os personagens e o que tinha acontecido com eles depois de duas décadas. E foi o meu TCC.
02:06 Emílio: Eu me formei em jornalismo na FMU. Foi entre 2012 e 2015.
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02:21 Luiz: E o que fez você querer escrever esse livro, o que te interessou nesse caso?
EmílioTranscrição
02:27 Emílio: Logo no primeiro ano da faculdade tinha me interessado pelo caso Escola Base, pois eu estava procurando um tema pro meu TCC. Eu sou um pouquinho ansioso, então já no primeiro ano eu estava procurando um tema para o meu TCC, e o caso Escola Base,
02:03 Luiz: Onde você estudou?
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quando surgiu na faculdade, quando chegou uma professora contando o caso Escola Base, junto com ele vieram várias dúvidas que eu tinha a respeito do caso, que eu tive naquele momento, e perguntando para a professora, ela não sabia responder. Longe de ser uma professora mal preparada, mas porque eram perguntas que realmente ninguém tinha ido atrás das respostas pra elas. E eu queria sobretudo saber se eles tinham a escola, se eles conseguiram se recuperar, se tinha alguma repercussão, alguma consequência ainda, aquele caso na vida dos personagens. E a professora não soube responder. Eu fui na internet atrás de respostas, também não encontrei nada que saciasse essas dúvidas. Encontrei uma matéria aqui, outra ali, e vi que também havia pouco material sobre esse caso, então eu percebi que alguém precisaria ir atrás das respostas pra essas perguntas. E eu disse: "bom, eu estou procurando um tema pro TCC, e eu quero um TCC que não seja apenas algo pra receber um diploma, quero algo que realmente tenha uma repercussão na sociedade, e que eu realmente me sinta fazendo jornalismo já na faculdade, já me sinta fazendo o jornalismo que eu tanto amo, que é o investigativo. Então vou fazer sobre isso." Então já no primeiro ano da faculdade, no segundo semestre na verdade, eu comecei a estudar sobre esse caso, fui atrás de tudo que tinha sido publicado na época, peguei informações nos próprios jornais da época que eu coletei na internet, coletei nos arquivos de bibliotecas públicas, e até mesmo no arquivo do Estado de São Paulo. E a partir daí, depois de alguns anos coletando todo esse material e também me aprofundando sobre ele, lendo, eu fui atrás dos personagens. Então foram anos de preparação,atémesmo chegar o momento de ir atrás dos personagens pra saber como eles estavam.
Decupagem Beatriz depoimento sobre sensacionalismo
Beatriz
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
05:26 Luiz: E eu estava vendo aqui, lendo um pouco do seu livro. Infelizmente eu não consegui achar (o livro), mas eu pesquisei o máximo que eu pude, e você fala
que você foi na rua que aconteceu o caso e que muitas das pessoas lá tinham certeza de que o casal Alvarenga estava envolvido, não é?
Grupo Você costuma consumir jornais que têm conteúdo policial ou que são conhecidos pelo público por serem sensacionalistas?
02’09’’ Beatriz: Quando eu passo a consumir muito esses programas, esses jornais, eu acabo me sentindo um pouco com medo da violência que tem no mundo, porque eu
00’00’’ Beatriz: Eu sou uma pessoa que eu costumo sim consumir esse tipo de conteúdo, até porque o horário que eu ligo a TV são horários que só tem isso, praticamente. Se você colocar nas emissoras, por exemplo, que são mais famosas, o que tem dentro delas é conteúdo sensacionalista ou um conteúdo que envolve mais crime, mais coisa policial, então a gente acaba consumindo. Eu acho que você não tem muito para onde fugir, porque tem um determinado horário que só tem isso na TV e é só isso que você consegue assistir.
Grupo Qual o seu sentimento ao assistir esses programas? O que os conteúdos desses jornais despertavam em você?
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Grupo Qual sua opinião sobre esses programas ou jornais? Você concorda que eles têm uma abordagem/linguagem diferente, se comparados com outros?
00’37’’ Beatriz: Quando eu assisto esse tipo de conteúdo, quando eu ligo a TV e eu começo a ver esse tipo de conteúdo, eu vejo que a linguagem deles é realmente diferente daquilo que você assiste, da mesma forma, por exemplo, só que em outro jornal. Quando eu vejo um conteúdo que é mais sensacionalista, eu me sinto obrigada a entender aquilo do jeito que aquele jornalista, do jeito que aquela matéria, está me passando. Então eu não sinto a liberdade de entender aquilo como eu quiser e fazer meu raciocínio, tudo mais, e ver o que está certo e o que está errado. Eu acho que eles já deixam ali bem claro o que eles querem que estejam certo e o que eles querem que esteja errado. Então eu acho que a linguagem dentro desses programas, desses jornais, influenciam muito, ainda mais para uma pessoa mais leiga, por exemplo, que não está entendendo muito sobre o assunto, que não está muito em volta do assunto, envolvida naquilo, então ela vai entender aquilo que está lá, que estão passando para ela, ela não vai procurar depois saber mais e entender sobre o assunto. Aquilo lá é o que ela está vendo, é o que ela vai entender sobre aquilo, e está tudo bem para ela. Então eu acho que a linguagem é muito importante nessa hora, porque é aquilo que vai definir para a pessoa o que é certo e o que é errado. E se ela está vendo um jornal totalmente sensacionalista, ela vai entender que tal coisa é certa ou é errada, mas em função só daquilo que ela está vendo.
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entendo que em qualquer lugar você pode ser assaltada, em qualquer lugar pode acontecer alguma coisa, não só comigo, mas com qualquer outra pessoa. A gente nunca pensa que isso vai acontecer com a gente, mas quando eu consumo muito disso, quando eu fico ‘meu Deus, é isso que eu estou vendo, é isso que está acontecendo no mundo’, quando eu saio de casa acho que é um dos primeiros pensamentos, principalmente quando está mais tarde. E por eu ser mulher, eu penso: ‘nossa, posso ser assaltada. Nossa, vem um cara e vai mexer comigo, vai me machucar, vai fazer alguma coisa e eu não vou ter para onde correr. Vai acontecer tudo que eu já vi, o que eu já pensei que pode acontecer comigo’. Então assistir isso me gera muitos gatilhos. São coisas que eu fico pensando, e, às vezes eu paro e penso: ‘não vou consumir esse tipo de conteúdo, porque vai me deixar com paranoia, eu não vou conseguir fazer o que eu tenho que fazer, na hora que eu tenho que fazer, porque vou ficar pensando nisso’. É uma coisa que mexe um pouco com meu psicológico assistir esse tipo de coisa, consumir muito esse tipo de coisa.
Grupo Se sente alguma coisa em relação à isso, qual é a raiz desse “trauma” e como você acha que ele surgiu?
03’37’’ Beatriz: Eu acho que um bom exemplo disso é quando eu trabalhava dentro de uma emissora. Então eu trabalhava com conteúdos de crime e feminicídio o dia todo. Eu não poderia escolher, ‘ah, eu quero só ver isso hoje, quero só ver coisas fofas hoje no jornal’, não, não é assim que funciona, e a gente sabe muito bem disso. Então eu acredito que isso me gerou muitos traumas, porque é uma coisa absurda, de eu sair na rua, já escuro, e eu pensar: ‘nossa, eu vi isso, isso e isso, tinha uma moça, ela estava sozinha, ela foi assaltada, isso pode acontecer comigo’. Então era uma coisa bem difícil de lidar, porque era todo o dia o mesmo medo, o mesmo pensamento. Foram coisas que eu fiquei um pouco assustada. Por trabalhar dentro da TV, eu me acostumei, me acostumei com aquilo, e uma hora ficou tudo bem, é coisa da minha cabeça. Mas eu imagino para quem vê isso. Às vezes, por exemplo, está assistindo o seu jornal e você vê aquilo, como essa pessoa reage, como essa pessoa consegue para de pensar naquilo depois de um certo tempo, porque eu sei que é difícil. Eu sei que controlar seus pensamentos em relação à essas coisas ruins do mundo é bem difícil. Então quando você assiste um conteúdo desse tipo, para você deixar de pensar naquilo deve ser muito, muito difícil, ainda mais quando não é do seu costume ver aquilo. Você vê aquilo do nada e aquilo
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3º vídeo Jacob Goldberg
1º vídeo Jacob Goldberg
fica na sua cabeça, você fica pensando naquilo. Eu acho que isso pode gerar coisas bem piores, que podem causar coisas bem difíceis de serem curadas mais para frente.
00:04: Eu não sei se especificamente aconteceu isso no caso do programa do Gugu, mas em abstrato na teoria (foi interrompido).
00:02: A relação entre desenvolver gatilhos emocionais, aquilo que a gente pode chamar de pavio curto, instantaneidade, simultaneidade, é uma decorrência da insensibilidade noticiosa, daí uma responsabilidade moral muito grande naquele que usa elementos de sedução de audiência, para conquistar modificações nas atitudes da união pública.
00:01: A televisão, e eu já comentei isso em um dos meus últimos livros, que era sobre magética, ela tem um impacto de todos os movimentos, quer dizer, o telespectador quando assiste o programa, ele tende a diminuir a suas reservas criticas, é diferente da leitura, por exemplo de um livro, que normalmente demanda uma reflexão. Na televisão a mensagem é direta, por tanto a persuasão é muito mais significativa. É um processo parecido com o que aconteceu nos inícios da inserção do rádio no meio midiático.
01:00:violência:Sem dúvida nenhuma! Uma grande parte da problemática da violência urbana contemporânea é resultado da exploração sensacionalista, daquilo que já se chamava tradicionalmente, de imprensa marrom, aos instintos mais cruéis, bárbaros e selvagens da contingência humana. É necessário (interrompido).
2º vídeo Jacob Goldberg
Grupo: Existe algum risco ou conseqüência para as pessoas que consomem conteúdo com muita
Jacob Goldberg
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00:20 Lais: No meu ponto de vista, assistir os telejornais está longe de ser o problema, o problema causador. O problema está no tempo que a gente absorve, na quantidade de tempo que a gente absorve essa informação, e na gestão de qualidade dessa informação. Ou seja, a gente precisa determinar quanto tempo do meu dia eu devo assistir o telejornal para me manter informada do que está acontecendo no mundo, mas tendo essa visão, tendo essa seletividade, olhando um pouquinho do que aquilo pode me trazer, o que aquilo pode me acrescentar. Eu falo isso porque o nosso cérebro capta todas as informações do dia a dia. Então quanto mais eu recebo aquela informação, mais ele fica na minha memória, me trazendo a preocupação elevada, me deixando então, mais ansioso, me deixando mais preocupado. Então quanto mais eu receber, quanto mais tempo do meu dia eu ficar recebendo noticias ruins, meu cérebro não consegue gerenciar, ele não consegue filtrar, trazendo então esses problemas maiores, se pudemos dizer assim. Então se você ficar vendo de forma continua coisas ruins, por exemplo: a morte, né?! Como aconteceu ai nesse caso da pandemia, não tem como a gente se sentir tranqüilo e seguro. Eu posso estar dentro de casa, banhada de álcool gel, com a máxima segurança, ainda sim o meu cérebro entende que eu estou em um momento ali perigoso, que eu estou correndo risco, não me deixando tranqüila, deixando essa preocupação excessiva. Porque tudo isso traz emoções negativas para a gente o que acaba elevando, trazendo esses transtornos. Então, transtorno de ansiedade, o pânico da pessoa não querer sair de casa, a depressão, porque a pessoa acha que não vai conseguir manter vivo nessa situação. Então de certa forma, esse sensacionalismo, essa informação em excesso traz sim muito prejuízo para o nosso psicológico e, por isso, sabendo disso, nós que
4º vídeo Jacob Goldberg
Lais
00:00: Durante de muitos anos, inclusive eu dei um depoimento para a comissão parlamentar de inquérito sobre a violência urbana, no senado, falando sobre isso. É muito grave quando a televisão, ou qualquer órgão de comunicação transforma o bandido em uma espécie de herói, uma espécie de Robin Hood. Não tem Robin Hood! Bandido é bandido e herói é herói. Quando você romantiza esse personagem, você pode estar educando no sentido do crime, ensinando o individuo, e mais do que isto, aplaudindo essa ordem de comportamento que é criminosa.
VÍDEO ÁUDIO COBERTURA CASO SOBE ÁUDIO DO VÍDEO
04:43 Lais: Ao meu ponto de vista, se houver essa informação em excesso, sim, pode sim causar prejuízos psicológicos. Voltando ali naquela mesma situação, se para um adulto é difícil receber tanta informação e ainda sim gerenciar, imagina para uma criança, imagina para um adolescente. Porém, essa informação é de extrema importância para a evolução da criança. Então por isso é importante que os responsáveis façam bem essa gestão, saiba bem qual é o telejornal de qualidade, e quanto tempo que a criança vai se expor aquela realidade para que ela consiga saber como e porquê as coisas acontece, porque faz parte da formação, eles estão ali, conhecendo o mundo e eles precisam conhecer mais, além do que é se vivido dentro de casa. Mas isso de forma gradativa, e não olhando isso 24 horas, vendo todos os telejornais que passam na TV, porque ai sim pode causar uma influência tanto negativa, de forma da violência, ou eu posso causar ali um transtorno de ansiedade, talvez aquela depressão, aquele medo de sair na rua. Então deste momento ainda em formação, é importante a informação, mas é importante a informação de qualidade e a gestão do tempo sobre essas questões, para que a criança seja também cuidada nesse aspecto.
Grupo: A faixa etária correta pra uma criança/adolescente assistir aos telejornais é de 10 anos. Você acha que esses conteúdos têm mais chances de desenvolverem traumas, ou influenciá los de alguma forma?
Roteiro
Lais: Ai eu entendo que sim, quando ela vem em excesso. Então a influencia vai acontecer quando eu assisto muito, quando eu vejo muito e quando não estou com a minha saúde mental muito boa, quando eu não estou com a saúde mental bem cuidada, em dia, então ela pode sim causar essa influencia, quando em excesso. Por isso a importância de uma gestão, de saber o que você assiste, de saber o que você vai fazer ai, gerenciando o seu tempo.
Grupo: Expor a violência também influencia o telespectador em geral de alguma forma?03:37
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temos que cuidar e fazer a gestão e saber qual jornal é o melhor, mais informativo e menos bombástico, trazendo menos prejuízo para a nossa saúde.
ABERTURA:
VÍDEO COBERTURA CASOS ISABELLA, ELOÁ E ESCOLA BASE
NÃO SOMENTE A HISTÓRIA POR TRÁS DESSES CASOS FAZ COM QUE ELES SEJAM LEMBRADOS ATÉ HOJE. O DURANTESENSACIONALISMOACOBERTURADOS MESMOS TAMBÉM FAZ.”
MARCELA NO CIDADE ALERTA (DURANTE COBERTURA AO VIVO, A MÃE DE MARCELA É INFORMADA SOBRE A MORTE DA FILHA E PASSA MAL)
VINHETA ABERTURA ÁUDIO VINHETA IMAGEM CASO ISABELLA NARDONI OFF: “CASO ISABELLA...” IMAGEM CASO ELOÁ
OFF: “O SENSACIONALISMO PODE SER DEFINIDO COMO UMA LINHA EDITORIAL DA MÍDIA ONDE SE BUSCAM TEMAS OU FORMAS DE CAUSAR UM IMPACTO NO PÚBLICO, E, DESSA FORMA, GERAR MAIOR AUDIÊNCIA.”
SONORA: “EXISTEM VÁRIOS ESTUDOS A RESPEITO DO QUE ATRAI AS PESSOAS BASICAMENTESENSACIONALISMO,NOMASOSERHUMANO É
ATRAÍDO PELO SENSACIONALISMO, ATÉ MESMO PELA PARTE MAIS BAIXA NÉ, DO SER HUMANO, A PARTE MAIS ANIMAL, QUE É O SANGUE, É O... O PRÓPRIO NOME DIZ, SÃO AS SENSAÇÕES NÉ. ENTÃO AS PESSOAS QUEREM SABER A RESPEITO DE TUDO QUE ENVOLVE VIOLÊNCIA, MORTE, SANGUE. ISSO ATRAI AS PESSOAS, NÉ?”
ENTREVISTA COUTINHO
OFF: “TODOS ESSES CASOS MARCARAM A HISTÓRIA DO TELEJORNALISMO BRASILEIRO. MAS, VOCÊ SABE O QUE ESSES TRÊS CASOS TÊM EM COMUM?
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OFF: “CASO ELOÁ...” IMAGEM CASO ESCOLA BASE OFF: “CASO ESCOLA BASE...” VÍDEO COBERTURA CASOS ISABELLA, ELOÁ E ESCOLA BASE
ENTREVISTA GOTTINO
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OFF: “ALGUNS MÉTODOS JÁ SÃO CONHECIDOS POR FAZEREM PARTE DE UMA ABORDAGEM SENSACIONALISTA. SÃO ELES...”
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SONORA: “A MINHA OPINIÃO É, SE VOCÊ NÃO ESTÁ GOSTANDO DA COBERTURA, VOCÊ MUDA DE CANAL. ESSA HISTÓRIA DE SENSACIONALISMO CRIARAM PARA DIFERENCIAR UMA EMISSORA DAS DEMAIS EMISSORAS. UMA EMISSORA NÃO É SENSACIONALISTA, TODAS AS OUTRAS SÃO. ISSO É RIDÍCULO. ALGUMAS EMISSORAS FAZEM UM JORNALISMO MAIS POPULAR, MAIS LIGADO À POPULAÇÃO, AO POVO. VOU PEGAR UM OUTRO EXEMPLO AQUI, O CASO LÁZARO. QUEM DETERMINA SE O CASO VAI SER UMA GRANDE COBERTURA OU NÃO, NÃO É O JORNALISTA, NÃO É A EMISSORA, É TELESPECTADOR.O
SE EU COLOCO NO AR E O TELESPECTADOR NÃO TEM INTERESSE... ENTÃO, O INTERESSE DO TELESPECTADOR É O QUE AUMENTA O TEMPO DE COBERTURA. A GENTE TEM QUE FALAR A REAL, A REAL É ESSA. A GENTE COLOCA UM ASSUNTO NO AR, AS PESSOAS PASSAM A TER INTERESSE POR AQUELE TEMA, AS PESSOAS PASSAM A QUERER ASSISTIR AQUILO, E AÍ, ALGUÉM PEGA E FALA: “O JORNALISMO QUE ELES FAZEM É SENSACIONALISTA”, SENSACIONALISTA NADA. É GRANDE COBERTURA, COM ESTRUTURA, COM REPÓRTERES QUE SABEM FAZER AO VIVO, E POUCOS SABEM FAZER DESSA MANEIRA. MAS SE CRIA ESSA HISTÓRIA DE QUE UM É SENSACIONALISTA E O OUTRO NÃO É, ISSO É UMA TREMENDA BESTEIRA.”
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VÍDEO SIKERA JUNIOR SE IRRITA
OFF: “ABORDAGENS INSENSÍVEIS,”
VÍDEO COBERTURA ESCOLA SUZANO NO SBT
SONORA: “SIM, VOCÊ TEM QUE ENTENDER O QUE O SEU TELESPECTADOR QUER ASSISTIR TAMBÉM. O SEU TELESPECTADOR QUER VER O QUE? TEM UMA EMISSORA QUE FEZ UMA COBERTURA AGORA SOBRE COVID, QUE ELA PRIORIZOUSIMPLESMENTEACOBERTURA DE COVID. EU PODERIA PEGAR E FALAR ASSIM: “OLHA, EU ACHO QUE ISSO É SENSACIONALISMO”. PODERIA, MAS NÃO FAÇO, PORQUE EU RESPEITO A LINHA EDITORIAL. CADA UM ESCOLHE A FORMA COMO QUER TRABALHAR E AONDE QUER CHEGAR.”
OFF: “E INTENCIONALMENTE.TENDENCIOSAAPRESENTAÇÃOFEITA ”
SOBE SOM VÍDEO
ENTREVISTA BEATRIZ
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
COM ENTREVISTA DE BANDIDO
VÍDEO BACCI ACUSA HOMEM SEM PROVAS E DESPERA FILHA
SOBE SOM VÍDEO
SOBE SOM VÍDEO
OFF: “CRIAÇÃO DE POLÊMICAS DIANTE DOS FATOS,”
ENTREVISTA GOTTINO
SONORA: “EU ACHO QUE UM BOM EXEMPLO DISSO É QUANDO EU TRABALHAVA DENTRO DE UMA EMISSORA. ENTÃO EU TRABALHAVA COM CONTEÚDOS DE CRIME E FEMINICÍDIO O DIA TODO. EU NÃO PODERIA ESCOLHER, ‘AH, EU QUERO SÓ VER ISSO HOJE, QUERO SÓ VER COISAS FOFAS HOJE NO JORNAL’, NÃO, NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA, E A GENTE SABE MUITO BEM DISSO. ENTÃO EU ACREDITO QUE ISSO ME GEROU MUITOS TRAUMAS, PORQUE É UMA COISA ABSURDA, DE EU SAIR NA RUA, JÁ ESCURO, E EU PENSAR: ‘NOSSA, EU VI ISSO, ISSO E ISSO, TINHA UMA MOÇA, ELA ESTAVA SOZINHA, ELA FOI ASSALTADA, ISSO PODE ACONTECER COMIGO’.
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OFF: “ANALISANDO CASOS QUE JÁ SÃO CONHECIDOS E BUSCANDO DEPOIMENTOS DE QUEM CONSOME ESSE TIPO DE CONTEÚDO, CONSEQUÊNCIASSENSACIONALISMORESPONDERBUSCAMOSSEOTEMREAIS.
”
IMAGENS CASO ISABELLA NARDONI
OFF: “O CASO ISABELLA NARDONI REFERE SE À MORTE DA MENINA DE CINCO ANOS, JOGADA DO 6º ANDAR DO EDIFÍCIO LONDON, LOCALIZADO NA VILA GUILHERME, ZONA NORTE DE SÃO PAULO. O CASO ACONTECEU NA NOITE DO DIA 29 DE MARÇO DE 2008 E LOGO TOMOU UMA REPERCUSSÃOGRANDEEMTODO O PAÍS, DEVIDO A GRANDE COBERTURA MIDIATICA DIANTE DO CASO.”
OFF: “O CASO ELOÁ REFERE SE AO SEQUESTRO E MORTE DA JOVEM ELOÁ CRISTINA NO DIA 13 DE OUTUBRO DE 2008. ELOÁ FOI MORTA PELO SEU EX-NAMORADO, LINDEMBERG ALVES, QUE INVADIU A CASA DA GAROTA E A FEZ REFÉM POR MAIS DE 100 HORAS. A COBERTURA DO CASO FOI BASTANTE QUESTIONADA E É CRITICADA ATÉ HOJE. MUITOS CONSIDERAM A MÍDIA COMO A PRINCIPAL CULPADA, JÁ QUE AGIU DE FORMA IRRESPONSÁVEL ECRIMINOSA. A JORNALISTA SÔNIA
ENTÃO ERA UMA COISA BEM DIFÍCIL DE LIDAR, PORQUE ERA TODO O DIA O MESMO MEDO, O MESMO PENSAMENTO. FORAM COISAS QUE EU FIQUEI UM POUCO ASSUSTADA.”
VÍDEO CASO ISABELLA NARDONI
IMAGENS CASO ELOÁ
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VÍDEO CASO ISABELLA NARDONI SOBE SOM VÍDEO
VÍDEO CASO ISABELLA NARDONI SOBE SOM VÍDEO
ENTREVISTA GOTTINO
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VÍDEO COBERTURA CASO ELOÁ ÁUDIO REPÓRTER
ABRÃO E A REDE TV FORAM ALVOS DE UMA AÇÃO MOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL POR UMA ENTREVISTA FEITA COM ELOÁ E LINDEMBERG. O ÓRGÃO AFIRMOU QUE AS ENTREVISTAS INTERFERIRAM NA ATIVIDADE POLICIAL E COLOCARAM A VIDA DA ADOLESCENTE E DOS ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO EM RISCO.”
SONORA: “O CASO ELOÁ EU CLASSIFICO COMO UM DOS MAIORES ERROS DA POLÍCIA, NÃO DA IMPRENSA, NÃO DOS JORNALISTAS. UM DOS MAIORES ERROS QUE A POLÍCIA COMETEU. E AÍ EU POSSO DESCREVER PARA VOCÊ ALGUNS DESSES ERROS, E VOCÊS PODEM OPINAR SE FORAM ERROS DA POLÍCIA OU SE FORAM ERROS DA IMPRENSA. VAMOS LÁ... LINDERBERG INVADE O APARTAMENTO E FAZ A EX NAMORADA E A AMIGA REFÉM, ELES ESTÃO TRANCADOS DENTRO DO APARTAMENTO, COMEÇA ALI UMA NEGOCIAÇÃO DA POLÍCIA E A IMPRENSA SE APROXIMA DO LOCAL PARA FAZER A COBERTURA E ELES FICAM ALI POR ALGUMAS HORAS. A IMPRENSA ESTÁ FAZENDO O PAPEL DELA, A POLÍCIA ESTÁ FAZENDO O PAPEL DELA. NEGOCIAÇÃOAQUELECONTINUA, SE ESTENDE, E EM NENHUM MOMENTO ELES CONSEGUEM COLOCAR UM PONTO FINAL NISSO, ATÉ QUE VIRA O PRIMEIRO DIA, E AÍ O CASO COMEÇA A DESDOBRAMENTOS.TERJÁTEM UMA COBERTURA NACIONAL, ELES NÃO CONSEGUEM COLOCAR UM PONTO FINAL NISSO, E AÍ A IMPRENSA COMEÇA A CRESCER A HISTÓRIA. O LINDERBERG, EM UM DETERMINADO MOMENTO, ELE
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SOLTA A AMIGA. A AMIGA NAYARA, SE NÃO ME ENGANO, É LIBERTADA, ELA SAI. VOCÊ TINHA DUAS REFÉNS, VOCÊ SOLTOU UMA, VOCÊ TEM METADE DO SEU PROBLEMA AGORA. VOCÊ TINHA DUAS MENINAS, AGORA VOCÊ TEM SÓ A METADE, 50% DO SEU PROBLEMA JÁ FOI RESOLVIDO. A MENINA FOI LIBERTADA, ESTAVA BEM... ELES FAZEM A MENINA VOLTAR PARA O CATIVEIRO, PARA O APARTAMENTO. QUEM FEZ A MENINA VOLTAR PARA O LOCAL FOI A IMPRENSA OU FOI A POLÍCIA? QUANDO ELA É FEITA REFÉM NOVAMENTE, AÍ O NEGÓCIO CRESCEU PORQUE TODO MUNDO VIU QUE FOI UM GRANDE ERRO. SÓ QUE, O QUE ACONTECE, QUANDO ELA VOLTA E ELE NÃO SOLTA A MENINA, ELE FICA EM SILÊNCIO, NINGUÉM SABIA O QUE TINHA ACONTECIDO, FOI AÍ QUE EU LIGUEI, PEGUEI O TELEFONE NA LISTA TELEFÔNICA, PEGUEI O TELEFONE DA CASA E LIGUEI NO TELEFONE FIXO E ELE ATENDEU. A GENTE QUERIA SABER SE A MENINA ESTAVA VIVA, SE A MENINA ESTAVA BEM. ELE ATENDE E DÁ UMA ENTREVISTA RÁPIDA DIZENDO QUE ESTAVA TUDO BEM. QUEM COMETEU ESSE ERRO FOI A IMPRENSA OU FOI A POLÍCIA QUE DEIXOU A MENINA VOLTAR?”
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POLICIAL ENTREVISTA COUTINHO SONORA: “O SABERGOSTAEUPORQUEJORNALISMO,PRODUZINDODEFENSORES,SEMPRESENSACIONALISTA,JORNALISMOELETERÁOSSEUSTERÁALGUÉMESSETIPODETEMAUDIÊNCIA.COMOFALEI,OSERHUMANO,ELEDISSO;ELEGOSTADEDESSESCASOS,DECASOS
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VÍDEO SOBE SOM FALA
POLICIAL JOÃO FELIX
ENTREVISTA COUTINHO
VÍDEO COBERTURA CASO ESCOLA BASE SOBE SOM VÍDEO
“HOUVE UMA FALHA MUITA GRANDE TAMBÉM DA IMPRENSA AÍ, O NOSSO FOCO, NÓS DA IMPRENSA SEMPRE QUESTIONAMOS ISSO NÉ, NORMALMENTE O JORNALISTA, ELE
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
DE SANGUE. E É MUITO MAIS SIMPLES ACOMPANHARVOCÊNUM CASO COMO ESSE DO QUE VOCÊ SE APROFUNDAR MESMO. CHEGA A SER CANSATIVO ÀS VEZES ATÉ PARA O PÚBLICO SE APROFUNDAR, NÃO FICAR SÓ NA SUPERFICIALIDADE. NÓS VEMOS ATÉ NAS REDES SOCIAIS, MUITA GENTE NOTÍCIASCOMPARTILHAAPENASPELO TÍTULO, APENAS PELA PARTE MAIS SUPERFICIAL DA NOTÍCIA QUE É O TÍTULO, AS COMPARTILHAMPESSOASAQUILO SEM LER O CONTEÚDO DA MATÉRIA.” IMAGENS CASO ESCOLA BASE OFF: “O CASO ESCOLA BASE REFERE SE À ACUSAÇÃO INJUSTA DE ABUSO SEXUAL CONTRA ALUNOS QUE TERIAM SIDO COMETIDOS PROPRIETÁRIOSPELOSDA ESCOLA, O CASAL ICUSHIRO SHIMADA E MARIA APARECIDA SHIMADA, A PROFESSORA PAULA MILHIM ALVARENGA E O SEU ESPOSO E MOTORISTA MAURÍCIO MONTEIRO DE ALVARENGA. O CASO, QUE ACONTECEU EM 1994, É LEMBRADO ATÉ HOJE DEVIDO À COBERTURA PARCIAL DA IMPRENSA. OS ACUSADOS, ALÉM DE SE ISOLAREM E PERDEREM SEUS EMPREGOS, DESENVOLVERAM ESTRESSE E FOBIA, DIANTE DOS DANOS MORAIS QUE SOFRERAM. POR CONTA DA COBERTURA, A REDE GLOBO FOI CONDENADA A PAGAR R$ 1,35 MILHÃO PARA REPARAR OS DANOS CAUSADOS AOS ACUSADOS.”
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TRABALHONÉ,ESSE...OUEXISTIRAMFALTAJORNALÍSTICO?TRABALHOINFELIZMENTEMUITOAAUTOCRÍTICA.ALGUNS,EXISTEMUMOUTROVEÍCULOAÍQUETEMOPRÓPRIOOMBUDSMANÉUMAFORMADEVIGIARODAIMPRENSANÉ. ”
OFF: “OUTRO CASORECENTE E QUE TAMBÉM PODE SER CITADOÉ O CASO LÁZARO, HOMEM QUE FICOU CONHECIDO COMO O ‘SERIAL KILLER DE BRASÍLIA’.”
OFF: “DE ACORDO COM DADOS DIVULGADOS PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA, O IBOPE, MOSTRAM QUE, DE FATO, O EXAGERO DURANTE A COBERTURA DESSES CASOS GERA MAIOR AUDIÊNCIA.”
SOBE SOM VÍDEO
IMAGENS CASO ISABELLA
VÍDEO CASO LÁZARO
OFF: “O CASO FEZ A RECORD TV TER A MELHOR AUDIÊNCIA DO ANO. AS EDIÇÕES VESPERTINAS DOS JORNAIS ‘CIDADE ALERTA’ E
IMAGEM CASO LÁZARO
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OFF: “DURANTE A COBERTURA DO CASO ISABELLA, O ‘FANTÁSTICO’, EXIBIDO PELA REDE GLOBO, REGISTROU 33 PONTOS DE MÉDIA, COM PICO DE 43, DURANTE A EXIBIÇÃO DA ENTREVISTA COM ANNA CAROLINA OLIVEIRA, MÃE DA MENINA ISABELLA ”
VÍDEO CASO LÁZARO
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GOSTA MUITO DE FAZER CRÍTICA.O NOSSO TRABALHO É UM TRABALHO DE COBRAR O PODER PÚBLICO, COBRAR AS AUTORIDADES, MAS EXISTEM POUCOS JORNALISTAS, NO JORNALISMO EXISTE MUITO POUCO ESSA QUESTÃO DA COBRANÇA, DA AUTO-COBRANÇA. OU SEJA, O JORNALISTA ESTÁ ALI, VIGIANDO TAMBÉM O SEU TRABALHO, VIGIANDO O QUE, SERÁ QUE ESTÁ SENDO BEM FEITO NÉ, ESSE
IMAGENS CASO ISABELLA
‘BALANÇO GERAL’ REGISTRARAM 9,5 PONTOS DE MÉDIA SEMANAL, UMA CRESCIMENTO DE 23% NA COMPARAÇÃO COM AS QUATRO SEMANAS ANTERIORES, SENDO A EDIÇÃO DE SEXTA FEIRA, DIA 18 DE JUNHO, A MAIS VISTA DO ANO, COM 10,5 PONTOS.”
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ENTREVISTA MARIA APARECIDA
SONORA TIAGO ALMEIDA SONORA: “ESSE PRINCIPALMENTEJORNALISMO,DARECORD, O GOTTINO, EU GOSTO MUITO DELE, ELE INFLUENCIA BASTANTE AS PESSOAS A VER A VERDADE, A TRANSPARÊNCIA. NÃO TEM ESSE NEGÓCIO DE MEIA VERDADE, OU É OU NÃO É, ENTENDEU? [...] EU ACHO QUE ASSIM, ÀS VEZES PESA NÉ? ELES QUEREM FAZER UM TRABALHO, NÃO SEI SE É ESSE FURO DE REPORTAGEM RÁPIDO, NÉ? ATRAPALHA A INVESTIGAÇÃO POR ISSO NÉ. [...] SE EU QUISER VER PARAÍSO EU VOU VER PARAÍSO. SE EU QUISER VER, NÉ... TAMBÉM DIZEM QUE O NOSSO PAÍS É UMA TAXA ALTA DE CRIMINALIDADE, NÉ? VOCÊ VÊ AS PESQUISAS DIVULGANDO AÍ, NÉ? E TODA HORA, VOCÊ LIGA NUM JORNAL E NO OUTRO, TODA HORA... MAS O NOSSO BRASIL É GRANDE. [...] ENTÃO, EU ACHO ASSIM: É MUITA NOTÍCIA RUIM, NÃO PRECISAVA DISSO.”
SONORA: “MUITAS PESSOAS ACHAM QUE, NÃO QUEREM ASSISTIR ELE PORQUE ACHAM QUE AS PESSOAS VÃO FICAR COM MAIS MEDO. EU ACHO QUE NÃO, QUE ELE ESTÁ ALERTANDO AS PESSOAS, NÉ, ESTÁ DIVULGANDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO MUNDO, NÉ. [...] PORQUE SE VOCÊ FOR TER MEDO, VOCÊ ENTRA NUMA DEPRESSÃO, NÉ. IGUAL MUITAS PESSOAS ESTÃO, EM DEPRESSÃO, TRANCADA DENTRO DE CASA PORQUE FICA COM MEDO DE TUDO.”
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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
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SONORA: “NÃO SOU EU QUE ESTOU DETERMINANDO QUE ESSE ASSUNTO VÁ GOELA ABAIXO DAS PESSOAS. NÃO, AS PESSOAS QUE ESTÃO FALANDO: “OLHA, NÓS QUEREMOS ASSISTIR ISSO, NÓS QUEREMOS SABER SE ELE VAI SER PEGO OU NÃO”. TEM UMA COMOÇÃO NACIONAL, TODO MUNDO QUERENDO SABER AONDE ELE ESTÁ, ELE ESTÁ ENGANANDO A POLÍCIA, ELE ESTÁ FAZENDO REFÉNS, COMO QUE ESTÁ A SITUAÇÃO, A NOITE ELE FOI VISTO... ENTÃO, É UMA HIPOCRISIA MUITO GRANDE QUANDO AS PESSOAS CLASSIFICAM DESSA MANEIRA, PRINCIPALMENTE SITES NOTICIOSOS, QUE PUBLICAM ISSO, MAS AO MESMO TEMPO, COLOCAM LÁ EM DESTAQUE NA PRIMEIRA CAPA, NA PRIMEIRA PÁGINA, NA CAPA DE SEUS SITES, AS MESMAS NOTÍCIAS QUE ELES RECLAMAM QUE, NA TELEVISÃO, SÃO SENSACIONALISTAS, PORQUE É A NOTÍCIA QUE VAI DAR CLIQUE.”
ENTREVISTA GOTTINO
ENTREVISTA GOLDENBERGJACOB SONORA: “A TELEVISÃO, E EU JÁ COMENTEI ISSO EM UM DOS MEUS ÚLTIMOS LIVROS, QUE ERA SOBRE MAGÉTICA, ELA TEM UM IMPACTO DE TODOS OS MOVIMENTOS, QUER DIZER, O TELESPECTADOR QUANDO ASSISTE O PROGRAMA, ELE TENDE A DIMINUIR A SUAS RESERVAS CRITICAS, É DIFERENTE DA LEITURA, POR EXEMPLO DE UM LIVRO, QUE NORMALMENTE DEMANDA UMA REFLEXÃO. NA TELEVISÃO A MENSAGEM É DIRETA, POR TANTO A PERSUASÃO É MUITO MAIS SIGNIFICATIVA. É UM PROCESSO PARECIDO COM O QUE ACONTECEU NOS INÍCIOS DA INSERÇÃO DO RÁDIO NO MEIO MIDIÁTICO. [...] SEM DÚVIDA NENHUMA! UMA GRANDE PARTE DA PROBLEMÁTICA DA VIOLÊNCIA URBANA CONTEMPORÂNEA É RESULTADO DA EXPLORAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
ENTREVISTA LAIS
CRIMINOSA.”
SENSACIONALISTA, DAQUILO QUE JÁ SE TRADICIONALMENTE,CHAMAVA DE IMPRENSA MARROM, AOS INSTINTOS MAIS CRUÉIS, BÁRBAROS E SELVAGENS DA CONTINGÊNCIA HUMANA. [...] É MUITO GRAVE QUANDO A TELEVISÃO, OU QUALQUER ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO TRANSFORMA O BANDIDO EM UMA ESPÉCIE DE HERÓI, UMA ESPÉCIE DE ROBIN HOOD. NÃO TEM ROBIN HOOD! BANDIDO É BANDIDO E HERÓI É HERÓI. QUANDO VOCÊ ROMANTIZA ESSE PERSONAGEM, VOCÊ PODE ESTAR EDUCANDO NO SENTIDO DO CRIME, ENSINANDO O INDIVIDUO, E MAIS DO QUE ISTO, APLAUDINDO ESSA ORDEM COMPORTAMENTODE QUE É
SONORA: “SE HOUVER ESSA INFORMAÇÃO EM EXCESSO, SIM, PODE SIM CAUSAR PREJUÍZOS PSICOLÓGICOS. VOLTANDO ALI NAQUELA MESMA SITUAÇÃO, SE PARA UM ADULTO É DIFÍCIL RECEBER TANTA INFORMAÇÃO E AINDA SIM GERENCIAR, IMAGINA PARA UMA CRIANÇA, IMAGINA PARA UM ADOLESCENTE. PORÉM, ESSA INFORMAÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA A EVOLUÇÃO DA CRIANÇA. ENTÃO POR ISSO É IMPORTANTE QUE OS RESPONSÁVEIS FAÇAM BEM ESSA GESTÃO, SAIBA BEM QUAL É O TELEJORNAL DE QUALIDADE, E QUANTO TEMPO QUE A CRIANÇA VAI SE EXPOR AQUELA REALIDADE PARA QUE ELA CONSIGA SABER COMO E PORQUÊ AS COISAS ACONTECE, PORQUE FAZ PARTE DA FORMAÇÃO, ELES ESTÃO ALI, CONHECENDO O MUNDO E ELES PRECISAM CONHECER MAIS, ALÉM
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VÍDEO COBERTURA CASO ELOÁPROGRAMA SONIA ABRÃO SOBE SOM VÍDEO
ENTREVISTA COUTINHO
SONORA: “ESSE TIPO DE JORNAL CAUSA FORTES EMOÇÕES PARA PRENDER A ATENÇÃO DO PÚBLICO. EU, POR EXEMPLO, ME SINTO FRUSTRADA, COMO ACONTECEU NO CASO DO LÁZARO, DA COBERTURA, EM QUE HOUVERAM JORNAIS SENSACIONALISTAS,MUITO QUE UTILIZAVAM EXAGERADASEXPRESSÕESPARAINDICAR QUE
ENTREVISTA VANESSA
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
O SUJEITO HAVIA SIGO PEGO, INDICAR TODA A TORTURA QUE AS VÍTIMAS PASSAVAM. ME SENTI COM MEDO, MUITO ASSUSTADA, E FRUSTRADA. MAS AO MESMO TEMPO, É CONHECERMOSIMPORTANTEALINGUAGEM E
AS ESTRATÉGIAS QUE ESSE TIPO DE JORNAL ABORDA, PARA TOMARMOS CUIDADO E NOS PREVENIR, PRINCIPALMENTE CONTRA AS FAKE NEWS.”
DO QUE É SE VIVIDO DENTRO DE CASA.”
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SONORA: “UM APRESENTADOR. ELA NÃO FALOU QUEM QUE ERA O APRESENTADOR NEM QUAL ERA A EMISSORA, MAS NAQUELA ÉPOCA PRATICAMENTE TODAS AS EMISSORAS ESTAVAM DANDO ESSA NOTÍCIA, E O JORNALISTA FALOU QUE ERAM CULPADOS, E ELA ACREDITA PORQUE ELA VIU NA TELEVISÃO, ENTÃO AÍ QUE A GENTE VÊ A FORÇA, POR ISSO QUE NOS SOMOS CHAMADOS "O QUARTO PODER", A FORÇA QUE NOS TEMOS, NÓS DA IMPRENSA, DE ESPALHAR INCLUSIVE UMA NOTÍCIA FALSA. E MESMO DEPOIS, OS DONOS DA ESCOLA SENDO ABSOLVIDOS, E A PESSOA FICA COM AQUELA PEDÓFILOSOSINFORMAÇÃO:PRIMEIRADEQUEDONOSDAESCOLAERAM ”
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ENTREVISTA LAIS
SONORA: “O PROBLEMA ESTÁ NO TEMPO QUE A GENTE ABSORVE, NA QUANTIDADE DE TEMPO QUE A GENTE ABSORVE ESSA INFORMAÇÃO, E NA GESTÃO DE QUALIDADE DESSA INFORMAÇÃO. OU SEJA, A GENTE PRECISA DETERMINAR QUANTO TEMPO DO MEU DIA EU DEVO ASSISTIR O TELEJORNAL PARA ME MANTER INFORMADA DO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO MUNDO, MAS TENDO ESSA VISÃO, TENDO ESSA SELETIVIDADE, OLHANDO UM POUQUINHO DO QUE AQUILO PODE ME TRAZER, O QUE AQUILO PODE ME ACRESCENTAR.”
ENTREVISTA GOTTINO SONORA: “DEPOIS DE UM TEMPO QUE VOCÊ ESTÁ TRABALHANDO NESSA ÁREA VOCÊ CONSEGUE SEPARAR MELHOR ISSO. NO COMEÇO A GENTE SENTE MUITO, A GENTE SE ABALA COM AS NOTÍCIAS. DEPOIS, VOCÊ CONSEGUE DIVIDIR MELHOR. NÃO QUER DIZER QUE VOCÊ SE TORNOU UMA PESSOA DE PEDRA, UMA PESSOA FRIA, NÃO É ISSO... MAS, O QUE ENVOLVE A COBERTURA JORNALÍSTICA, ELA FAZ COM QUE VOCÊ NÃO SE ENVOLVA TANTO, EMBORA EU TENHA UM PROBLEMA DE ME ENVOLVER. EU ME EMOCIONO, EU ENTRO NAS HISTÓRIAS, MAS É LEGAL A SUA PERGUNTA PORQUE DÁ PRA EXPLICAR UM POUCO DO CENÁRIO QUE ENVOLVE A COBERTURA, QUE ASSIM, EU ESTOU CONVERSANDO COM O TELESPECTADOR, ESTAMOS AQUI, SÓ QUE TEM PESSOAS DO MEU LADO, TEM UMA CÂMERA, TEM LUZ, TEM GENTE, TEM PESSOAS FALANDO NO MEU OUVIDO: “OLHA, TEM INTERVALO AGORA, TEM QUE FAZER INTERVALO...”, ISSO VAI CORTANDO O SEU EMOCIONAL, PORQUE VOCÊ TEM ALI UMA ESTRUTURA, E O CARA FALA:
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
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“CHAMA O REPÓRTER, SURGIU AGORA, TAL”, ENTÃO, VOCÊ NÃO ESTÁ EMOCIONALMENTECOMPENETRADONESSE CASO. VOCÊ ESTÁ FALANDO PENSANDO NO QUE VAI FALAR NA SEQUÊNCIA, ESTÁ OUVINDO UMA ORIENTAÇÃO DO QUE VOCÊ DEVE FAZER, TEM GENTE SINALIZANDO AQUI, O TP, O REPÓRTER, O HELICÓPTERO, QUATRO IMAGENS NO AR... ENTÃO, O SEU ENVOLVIMENTO ELE NÃO É TOTAL, PORQUE VOCÊ ESTÁ COM A SUA CABEÇA A MIL E VOCÊ VAI COMPONDO ISSO PARA VOCÊ FAZER UMA GRANDE COBERTURA. ENTÃO, ISSO TE DISTANCIA UM POUCO... PODE SER BOM, PODE SER RUIM. EU, QUANDO ME PEGO, EU ESTOU DENTRO DA HISTÓRIA, MAS DEPOIS QUE EU SAIO DO TRABALHO, EU TENTO DEIXAR ELE DE LADO PORQUE EU TENHO UMA FAMÍLIA, TENHO FILHOS, TENHO ESPOSA, TENHO QUE CHEGAR AQUI E HONRAR OS MEUS COMPROMISSOS COMO PAI, COMO MARIDO, E EU NÃO POSSO CHEGAR AQUI E FICAR EM UMA SITUAÇÃO QUE A MINHA FAMÍLIA NÃO CONSEGUE TER CONTATO COMIGO PORQUE EU FIQUEI MUITO MAL. ENTÃO ASSIM, A GENTE SENTE OBVIAMENTE, A GENTE SOFRE, MAS A GENTE TEM QUE SABER SEPARAR BEM, E ESSE AMBIENTE DA COBERTURA JORNALÍSTICA TAMBÉM TE AJUDA A TE DISTANCIAR.
”
IMAGENS VÍDEO COBERTURA CASOS ISABELLA, ELOÁ E ESCOLA BASE
OFF: “O OBJETIVO DESSE DOCUMENTÁRIO ERA MOSTRAR QUALIMPACTO QUE O SENSACIONALISMO TEM NA VIDA DAS PESSOAS. SEM PERCEBER, NÓS NOS SENTIMOS COM INFLUENCIADOSMEDO,PORCOISAS QUE VEMOS NA TELEVISÃO. TAMBÉM É MUITO DISCUTIDO SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL DO
(FotosANEXO
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Função individual
1 Capa do documentário: Efeito Dominó do Sensacionalismo).
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.
ENTREVISTA COUTINHO SONORA: “NÓS JORNALISTAS NÃO PODEMOS APONTAR DEDO, PORQUE NÓS TEMOS ALGUMAS VERSÕES DE UMA HISTÓRIA, MAS NÓS NÃO TEMOS O PODER DE FAZER UMA INVESTIGAÇÃO TÃO APROFUNDADA QUANTO A POLÍCIA. NA VERDADE ATÉ PODEMOS, NÉ. POR UM CERTO ASPECTO, PODEMOS. MAS NÓS NÃO JULGAR,PODEMOSREALMENTE NÉ. NÓS TEMOS QUE APRESENTAR OS APRESENTARDADOS, OS FATOS, MAS QUEM VAI CONDENAR A PESSOA OU NÃO, QUEM VAI DIZER SE AQUELA PESSOA ESTÁ ERRADA OU NÃO; REALMENTE É A JUSTIÇA. É A JUSTIÇA CONDENANDO OU ABSOLVENDO AQUELA PESSOA.”
JORNALISTA QUANDO ESSE TEMA É ABORDADO.ATÉ ONDE VAI A BUSCA POR AUDIÊNCIA? DEVEMOS MESMO ABUSAR E APELAR PARA O EMOTIVO, MESMO SABENDO QUE ISSO PODE TER CONSEQUÊNCIAS?”
Fui responsável por entrar em contato com a psicóloga Laís Regina. Repórter na entrevista com o jornalismo Reinado Gottino. Juntos com meus colegas auxiliei no desenvolvimento da pauta, das entrevista e perguntas.
Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. 40 (ANEXO 2 Contra Capa do documentário: Efeito Dominó do Sensacionalismo).
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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.