INSTAGRAM E SAÚDE MENTAL

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE JORNALISMO

VITÓRIA SANTOSDO NASCIMENTO

INSTAGRAM E SAÚDE MENTAL: uma análise de conteúdo da atuação de dois portais jornalísticos, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma Paulo

São

VITÓRIA SANTOSDO NASCIMENTO

INSTAGRAM E SAÚDE MENTAL: uma análise de conteúdo da atuação de dois portais jornalísticos, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma

UNIVERSIDADE2021CRUZEIRO DO SUL

Relatório de Fundamentação Teórico Metodológica (RFTM)/Paper, acompanhado de Produto Experimental, desenvolvido como etapa final de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação da Profa. Dra. Mirian Meliani.

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CURSO DE JORNALISMO

São2021Paulo

Aos colegas de curso, de trajetória, por compartilharmos tantas dúvidas, sonhos, incertezas, angústias, receios, conquistas, e por construirmos, nesses anos juntos, uma parceria de muita cumplicidade e suporte mútuo;

AGRADECIMENTOS

Ao corpo docente do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, por todo o conhecimento compartilhado e construído junto com cada aluno em uma relação de confiança, dedicação e inspiração, que nos fez aprender e crescer tanto em tão curto período.

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Agradeço à minha família, por todo o apoio, incentivo, encorajamento, e por acreditar tanto em mim, que não me restou outra escolha senão compartilhar dessa mesma crença;

4 SUMÁRIO1.INTRODUÇÃO........................................................................5 2. JUSTIFICATIVA......................................................................6 3. OBJETIVOS.............................................................................7 3.1 Objetivo geral 7 3.2 Objetivos específicos 7 4. PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESE.................................7 4.1 Problema de pesquisa..................................................................................... 7 4.2 Hipótese.......................................................................................................... 8 5. ASPECTOS TEÓRICOS.........................................................8 5.1 Jornalismo e sociedade 8 5.2 A influência do Instagram na vida das pessoas .............................................. 9 5.3 Portais jornalísticos e a saúde mental dos usuários do Instagram................11 6. ASPECTOS METODOLÓGICOS........................................12 7. RESULTADOS........................................................................12 7.1 Considerações finais ......................................................................................17 8. REFERÊNCIAS......................................................................18 9. APÊNDICE: Projeto Experimental ......................................19 9.1 Diário de campo.............................................................................................34 10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.....................................36 11. ORÇAMENTO.......................................................................37 12. PRODUTO...............................................................................38 13. ANEXOS...................................................................................45

Como referência inicial para a construção deste trabalho, figura o autor Henry Jenkins, a partir de sua teoria da convergência abordada no livro “Cultura da Convergência” (2015). O livro traz a importância dos portais jornalísticos se adaptarem às novas tecnologias e à distribuição das informações aos seus consumidores, por meio das redes sociais. Para um maior aprofundamento na temática deste estudo, foram utilizados autores como Pinto, Antunes e Almeida (2020), que realizam um estudo sobre vários artigos realizados sobre este assunto no artigo “O Instagram enquanto ferramenta de comunicação em saúde pública: uma revisão sistemática”.

INSTAGRAM E SAÚDE MENTAL: uma análise de conteúdo da atuação de dois portais jornalísticos, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma

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Vitória Santos do NASCIMENTO Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP RESUMO

Atualmente, percebe se a relevância de entender como os portais jornalísticos se posicionam no Instagram e a importância de levar conteúdos revisados e de fontes qualificadas para a população. O principal objetivo desse estudo é compreender de que forma dois portais jornalísticos dedicados à saúde, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma, de março a dezembro de 2020, vem atuando no Instagram com temas voltados a saúde mental. A metodologia de pesquisa é qualitativa, exploratória e descritiva. Paraos procedimentos técnicos serão utilizadas a pesquisa bibliográfica, documental e um estudo de caso.

Palavras chave: Portais jornalísticos; redes sociais; Instagram; saúde mental; população.

INTRODUÇÃO

Portais jornalísticos profissionais são de grande importância para a elaboração e distribuição de conteúdo de qualidade, com fontes confiáveis, gerando assim conteúdos relevantes para o seu consumidor final. Neste trabalho foram analisados o perfil do Instagram de dois portais jornalísticos dedicados a saúde: UOL Viva Bem (@vivabem_uol) e Revista Boa Forma (@boaforma). Ambos são perfis verificados na rede social, e têm como intuito postar conteúdos relacionados à saúde.

Com o grande alcance das redes sociais e o surgimento de muitos perfis não profissionais que geram e distribuem conteúdos no Instagram, analisamos a importância que estes dois perfis têm ao levar conteúdos revisados e de fontes qualificadas para o seu consumidor final, e a forma como abordam assuntos voltados à saúde mental da população.

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O Instagram, uma mídia social lançada em 2010, tinha como intuito ser uma rede de compartilhamento de fotos com aplicação de filtros e legenda. Com o passar do tempo mais funções foram sendo adicionadas ao aplicativo, como os stories (fotos exibidas por um curto período de tempo), transmissões ao vivo (as chamadas lives) e bate papo por vídeo. Logo, portais jornalísticos que já veiculavam em outras mídias, a exemplo de revistas e canais de

Este estudo buscou entender a relevância que os portais jornalísticos e suas informações com fontes confiáveis têm para a sociedade e analisar a influência das redes sociais, principalmente o Instagram, tem na vida das pessoas e assim, gerou como resultado de pesquisa e produto final prático uma reportagem extensa digital que abordou os impactos da rede social na saúde mental, fazendo um paralelo com o relatório interno do Facebook (que agora se chama Meta), que mostra efeitos negativos do Instagram na sanidade dos usuários num escândalo que vem sendo chamado de #FacebookPapers, e que procurou mostrar a importância dos veículos jornalísticos estarem inseridos nas redes sociais para contribuir com informações qualificadas e de relevância.

Com um aumento exponencial de notícias falsas, incompletas ou interpretadas de maneira tendenciosa, portais jornalísticos que trabalham de forma legítima e qualificada têm destacado ainda mais a sua importância dentro da sociedade, uma vez que estes buscam informações de fontes confiáveis, revisam informações e repassam a população de forma imparcial e Atualmente,profissional.com

o surgimento e alcance massivo das redes sociais, o jornalismo profissional vem enfrentando problemas. Isso porquequalquer pessoa quetenha acesso às redes sociais pode criar e distribuir informações, mesmo sem a devida qualificação e sem respeitar os critérios utilizados pelos jornalistas profissionais ao repassar as informações ao consumidor final.

O jornalismo profissional é uma importante e qualificada fonte de informações, transmitindo notícias, entretenimento e conhecimento para a população. O jornalismo profissional e qualificado garante que toda a informação transmitida seja devidamente apurada e revisada antes de chegar ao consumidor final.

JUSTIFICATIVA

3.2 Objetivos específicos

4.1 Problema de pesquisa

Compreender de que forma dois portais jornalísticos dedicados à saúde, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma, de março a dezembro de 2020, vêm atuando no Instagram com temas voltados a saúde mental.

PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESE

De que forma dois portais jornalísticos dedicados à saúde, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma, de março a dezembro de 2020, vêm atuando no Instagram com temas voltados à saúde mental?

Diante disso, este estudo buscou compreender de que forma dois portais jornalísticos dedicados a saúde, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma, vêm utilizando as redes sociais como forma de comunicação e contato com o seu público, e de que forma estes vem abordando temas relacionados a saúde mental da população. Considerando que atualmente muitas informações são geradas e repassadas de forma rápida e sem uma pesquisa aprofundada sobre o assunto, este trabalho também buscou entender a importância de informações coerentes e precisas por parte destes dois portais jornalísticos.

OBJETIVOS

7 televisão, passaram a fazer parte também desta rede social, usando dos recursos deste aplicativo como forma de distribuir seus conteúdos para a população (DA SILVA, 2019).

Compreender a importância dos portais jornalísticos para a população; Analisar a influência do Instagram na vida das pessoas; Apontar possíveis medidas que os portais jornalísticos podem fazer para contribuir com a saúde mental dos usuários do Instagram.

5.1 Jornalismo e sociedade

A hipotése é que os perfis do Instagram de dois portais jornalísticos, UOL Viva Bem (@vivabem_uol) e Revista Boa Forma (@boaforma), têm relevância no tema saúde mental, trazendo conteúdos expressivos sobre o tema, expondo os assuntos de forma clara e objetiva e de fácil compreensão aos seguidores de seus perfis.

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Ainda de acordo com Fonseca e Ravache (2021), com o grande avanço da tecnologia e da popularização de computadores e principalmente dos smartphones, as redes sociais ganharam muito espaço e passaram a ser utilizadas por uma parcela significativa da população. Elas se tornaram também uma forma fácil de comunicação, ganhando o poder de propagar notícias e conteúdos de forma muito rápida. As redes sociais também contribuíram com a proliferação das Fake News, sendo que qualquer usuário tem a possibilidade de criar e repassar conteúdos, e estes muitas vezes não estão preparados para determinar a veracidade dos conteúdos compartilhados pelas redes sociais. Outro fator que contribuí com a proliferação das

4.2 Hipótese

ASPECTOS TEÓRICOS

O jornalismo está presente diariamente na vida das pessoas e afeta o modo com que elas pensam e veem o mundo. Então, levar informações relevantes e verídicas para o público requer muita ética e profissionalismo por parte dos portais jornalísticos. O conteúdo apresentado pelos profissionais do jornalismo pode exercer influência a quem o assiste. Portanto, todo o conteúdo apresentado precisa ser revisado e prover de fontes confiáveis.

Ao longo do tempo o jornalismo tem sido de fundamental importância para a sociedade como forma de difundir conteúdos e conhecimentos, transmitindo notícias, informações, conteúdos literários, de forma impressa ou digital. Os portais jornalísticos estão fortemente inseridos no cotidianodapopulação e acabam afetando o dia adia devárias pessoas, setornando um veículo de comunicação e informação importante dentro da sociedade.

De acordo com Fonseca e Ravache (2021), o jornalismo qualificado tem mostrado seu valor para a sociedade, devido ao fato de que cada vez mais outros veículos de informação estão circulando notícias falsas, incompletas ou tendenciosas, conhecidas popularmente como “Fake News”. Notícias de caráter tendencioso ou falso, com o intuito de enganar o receptor e influenciar o seu comportamento, podem trazer diversos prejuízos a quem a recebe.

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estes avanços, os portais jornalísticos também passaram a integrar os meios digitais, perfis oficiais de muitos veículos de comunicação já se fazendo presentes nas redes sociais, levando informações aos usuários de Instagram e Facebook, por exemplo. Essa necessidade de adaptação às novas tecnologias é conhecida como cultura da convergência. Para Henry Jenkins, convergência se define como mudanças tecnológicas, industriais, culturais e sociais na maneira em que mídias circulam em nossa sociedade (JENKINS, 2015).

notícias falsas é que muitos blogs e portais que criam conteúdo tendencioso e sensacionalista alcançam um número maior de acessos se comparado a muitos portais que trabalham de forma ética e profissional.Tendoemvista

O cidadão dificilmente conseguiria se relacionar diretamente com os setores políticos sem o intermédio da imprensa e dos portais jornalísticos. Trazer visibilidade política, prestação de contas e contribuir com a participação eleitoral no cenário político é a forma com a qual os portais jornalísticos contribuem com a democracia (MORAES; ADGHIRNI, 2011).

5.2 A influência do Instagram na vida das pessoas

O jornalismo também é uma importante ferramenta na democracia. Neste sentido, os cientistas políticos Miguel e Biroli (2010, p. 9, 17) consideram que “[...] a mídia se tornou o principal instrumento de contato entre a elite política e os cidadãos comuns [...] a interação da imprensa com as instituições políticas democráticas pode ser considerada um dos aspectos centrais da atividade do jornalismo”.

Para Gentilli (2002, p. 50), o direito à informação é “[...] o direito àquelas informações necessárias e imprescindíveis para a vida numa sociedade de massas, aí incluindo o exercício pleno do conjunto de direitos civis, políticos e sociais”. Deste modo, pode se destacar a relevância dos portais jornalísticos em meio à sociedade, sendo que estes são os responsáveis por repassar as informações à população.

O Instagram surgiu ao público em 2010, sendo um aplicativo de smartphones cuja função principal era ser uma rede de compartilhamento de fotos com aplicação de filtros e

Seja por meio de revistas, televisão, rádio ou mesmo fazendo o uso das redes sociais, os portais jornalísticos têm significativafunção dentro dasociedade. Repassar notícias atualizadas, trazer informações relevantes ao público, prestar esclarecimentos sobre assuntos voltados a democracia são funções que colaboram para a construção da sociedade.

Nos dias atuais, o avanço da tecnologia também tem gerado mudanças na forma de comunicação. Na era digital, computadores e smartphones estão cada vez mais presentes dentro da sociedade. O uso exclusivo de jornais, rádios e aparelhos de televisão como forma de entretenimento e informação já não é mais uma realidade. A praticidade que estes novos dispositivos eletrônicos, como os smartphones, proporcionam fez com que muitas pessoas mudassem a forma de consumir conteúdos (JENKINS, 2015).

Segundo Jenkins (2015), uma das grandes mudanças na distribuição do conteúdo por meios digitais é de que atualmente as pessoas têm muito mais autonomia para escolher os conteúdos ao qual elas vão consumir, não ficando mais presas ao conteúdo preestabelecido pelos jornais ou emissoras de televisão. Essa possibilidade de poder decidir o conteúdo e quando consumi lo é citada no livro Cultura da convergência do presente autor como cultura participativa, onde o consumidor tem o poder de tomar a decisão e também de participar mais ativamente na construção de novos conteúdos.

A sociedade atual se configura por uma cultura narcísica, na qual o culto a própria imagem é tido como uma busca incessante por uma beleza perfeita. Uma ilusão a realidade, que leva o indivíduo a um espetáculo de máscaras e aparências. A mídia tem atuado como um instrumento poderoso nas especulações de aparência, e desempenhado um forte papel nesse espetáculo midiático.

10 legenda. Ao passar dos anos novas funções foram sendo implementadas ao aplicativo, como os stories, transmissões ao vivo e chamadas de vídeo. Segundo da Silva et. al (2019):

A expressividade de recursos proporcionados pela internet, o advento das mídias sociais, ganharam ainda mais espaço nos últimos anos através dos dispositivos móveis. Usuários de diversos lugares do mundo, quer sejam famosos, profissionais diversos, quer sejam pessoas sem ar de publicidade (anônimos), utilizam frequentemente a rede para mostra o que tem a oferecer a um público na realidade virtual. Boa parte destes usuários, fazem o que podemos chamar de uma distorção da realidade, para se encaixarem nos padrões em evidência. (DA SILVA et. Al, 2019,p.2)

Em meio aos benefícios e facilidades de comunicação e entretenimento que as redes sociais proporcionam, elas também podem trazer prejuízos quando utilizadas de forma incorreta. Conforme aponta uma pesquisa realizada em 2017 no Reino Unido e divulgada pela BBC News, o Instagram é a rede social que traz mais malefícios a saúde mental dos jovens (DA SILVA et. al, Conforme2019).citado por Da Silva et. al (2019 p. 6):

Segundo Pinto, Antunes, Almeida (2020), os estudos já vêm mostrando o uso informativo e motivacional que o Instagram tem. A influência de portais jornalísticos e instituições de saúde pode ajudar pessoas a encontrarem comunidades de suporte, incentivar práticas saudáveis e entregar dicas de relevância. Por outro lado, estudos também destacam o uso do Instagram para temas negativos para a saúde mental, como o consumo de álcool, alimentação não saudável e frases de cunho negativo. Também é habitual que se encontrem na rede informações falsas ou sem fontes de relevância, repassadas por pessoas que não tem a devida qualificação para tratar de determinado assunto.

5.3 Portais jornalísticos e a saúde mental dos usuários do Instagram

Segundo o que é relatado por Blasco (2020), a positividade tóxica traz prejuízos para a saúde mental dos indivíduos, pois quando se reprime sentimentos ou emoções, elas encontram alternativas para se expressar, muitas vezes em forma de doenças, ou esgotamento mental. Sendo assim, a positividade tóxica pode desencadear consequências psicológicas.

Outro fator que pode trazer alterações a saúde mental dos usuários da rede é o excesso de positividade e felicidade pregado por muitos veículos de comunicação que fazem o uso do Instagram. Reprimir sentimentos negativos e tentar mascará los ou ignorá los, buscando o excesso depositividade queé comumente mostrado nas redes podesermuito prejudicial àsaúde mental de qualquer indivíduo. Este conceito é conhecido como positividade tóxica (BLASCO, 2020).

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A busca pela imagem perfeita faz com que os indivíduos tenham uma visão distorcida da própria vida e de si mesmos. O Instagram pode trazer prejuízos à saúde mental de seus usuários justamente por trazer uma visão utópica da realidade, onde usuários mais influentes demonstram ter uma vida perfeita e fazem entender queseus seguidores também devam almejar tal padrão de vida. “O aplicativo é um mundo fictício, que mexe com a saúde mental do usuário, propiciando um tempo ausente no mundo tangível e horas conectado” (DA SILVA et. al, 2019, p. 6).

O modo mais adequado para não cair na positividade tóxica é aceitar todas as emoções e não suprimir as aparentemente negativas. Ser positivo é importante, mas é preciso reconhecer com mais autenticidade os sentimentos ligados à tristeza, ansiedade ou depressão, evitando assim que estes se manifestem de maneiras mais agressivas à saúde emocional (BLASCO, 2020). É nesse sentido que o presente estudo buscará entender como dois portais jornalísticos

Para formular os resultados desta pesquisa foram avaliados os perfis do Instagram de portais jornalísticos UOL Viva Bem (@vivabem_uol) e Revista Boa Forma (@boaforma) e suas publicações de março de 2020 a dezembro de 2020 que remetem ao tema saúde mental. No portal jornalístico UOL Viva Bem (@vivabem_uol) foram identificados diversos posts relacionados ao assunto. Os posts tratavam de temas diversos dentro da saúde mental, como maturidade, técnicas de relaxamento, cansaço mental, estresse, mau humor na terceira idade, dicas para tentar acalmar a ansiedade e o estresse causado devido ao isolamento social.

Destacou se também a semana da saúde mental, onde o portal UOL Viva Bem, como forma de atentar ao dia da saúde mental (10 de outubro), realizou entre as datas 13 de outubro

12 dedicados à saúde, UOL Viva Bem e Revista Boa Forma, se posicionam no Instagram frente a esse assunto tão importante para a sociedade que é a saúde mental.

A metodologia de pesquisa deste estudo é qualitativa. De acordo com Gil (2008) essa abordagem envolve uma análise subjetiva e não mensurável dos escritos e pesquisas existentes nessa temática voltada ao jornalismo e sobre a delimitação do presente estudo. Quanto aos objetivos, essa pesquisa é exploratória, que proporciona um maior entendimento do problema buscando explicitá lo. Também será utilizada da pesquisa descritiva, que descreve os atributos dedeterminadas grupos populacionais ou fenômenos. Um deseus diferenciais estánautilização de métodos padronizados de coleta de informações.

RESULTADOS

ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para os procedimentos técnicos será utilizada a pesquisa bibliográfica, que é realizada com base em materiais já elaborados, sendo estes livros e artigos científicos. A pesquisa bibliográfica é o ponto departida para toda a pesquisa cientifica. Também será empregada neste trabalho a pesquisa documental, pois serão utilizados como referências de pesquisa portais jornalísticos e seus perfis no Instagram. A pesquisa documental é um estudo de materiais que não passaram ainda um processo analítico ou aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações. Esse escrito também envolverá um estudo de caso, que consiste no estudo avançado de um ou poucos objetos, de forma que permita seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2002).

Figura1 Post sobre preocupação, ansiedade e estresse

Como base para análise das publicações do perfil do portal UOL Viva Bem, serão utilizados dois posts que tem como temática como lidar com preocupação, estresse e ansiedade e como parar com as crises de estresse, ambas as postagens realizadas entre o período de março a dezembro de 2020.

Fonte:Publicação do Instagram @vivabem_uol (2020

A primeira publicação analisada (Fig.1), realizada no dia 8 de setembro de 2020, traz como título “Preocupação, estresse, ansiedade: qual a diferença? Como lidar?”, Esse escrito fala sobre a importância de diferenciar preocupação, estresse e ansiedade para ajudar no combate do mesmo, pois as sensações são parecidas e, com efeito, acabam sendo confundidas. Conforme a publicação, “saber reconhecer cada uma dessas condições é importante, pois em excesso elas podem prejudicar a saúde física e mental. ‘Identificar cada uma é importante para perceber se as suas reações são normais ou excessivas’’.

13 de 2020 e 16 de outubro de 2020 uma série de painéis e entrevistas para tratar do assunto, o que reforça a importância que o portal dá ao tema.

Para Castillo (2000) a ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de algo desconhecido ou estranho. Ansiedade,preocupação eestressesão manifestações naturais doser

Figura 2 Post sobre estresse

humano. A questão são os excessos, já que podem se transformar em algo mais grave com a síndrome do pânico.

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Segundo Bauer (2002 p. 22) “o estresse afeta mais de 90% da população mundial. É em virtude disso que o estresse é percebido como uma epidemia global que não mostra sua verdadeira fisionomia”. Vários estudos têm apontado a relação do estresse com o enfraquecimento do sistema imunológico do organismo, podendo levar ao desenvolvimento de

A segunda publicação analisada (Fig.2), feita na data de 16 de dezembro de 2020, tem como título “Estreso me por qualquer coisa, quero quebrar tudo; como parar com isso?” Esta publicação fala sobre como parar com as crises de estresse: Conforme o escrito, “O primeiro ponto é identificar o que causa esse estresse e buscar maneiras para evitar que a situação leve ao nervosismo”. Além disso, como veículo jornalístico, essa publicação também visa alertar a população sobre uma questão importante, que é a necessidade de buscar um psicólogo ou psiquiatra ou os dois juntos. Segundo o artigo, esses “podem ajudá lo nesse processo de identificar os momentos e ações do dia a dia que desencadeiam o estresse. Então, marque uma consulta o mais breve possível”.

.Fonte: Publicação do Instagram @vivabem_uol (2020).

várias outras doenças. É nesse sentido que o jornalismo precisa atuar: falar sobre o assunto para que cada vez mais pessoas tenham uma maior consciência desse problema e como trata lo.

Como base para análise das publicações do perfil do portal Boa Forma serão utilizados duas publicações, uma delas tendo como tema relações tóxicas e a outra falando sobre o uso da meditação para melhoria da saúde mental. As publicações foram realizadas entre o período de março a dezembro de 2020.

Figura3 Post sobre relações tóxicas

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Já o portal jornalístico Boa Forma (@boaforma) apresenta mais publicações relacionadas à saúde física e a beleza. Ainda assim é possível identificar publicações relacionadas à saúde mental, tratando de assuntos como equilíbrio mental, relações tóxicas, dismorfiado Snapchat, Ghosting e responsabilidadeafetiva, dicas para melhorar o humor,dicas de meditação, técnicas para lidar melhor com os sentimentos e dicas para lidar melhor com a ansiedade e o estresse.

.Fonte: Publicação do Instagram@boaforma (2020).

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A primeira publicação analisada (Fig.3), feita no dia 12 de dezembro de 2020, tem como título “Desligue se de relações tóxicas: o afastamento de pessoas este ano não foi de todo o ruim. Veja como se manter longe de pessoa tóxicas”. Esse escrito refere se sobre a importância de se desvincular de relações abusivas e que elas vão muito além de relacionamentos amorosos. Conforme descrito na publicação, as reações tóxicas “podem acontecer no trabalho, em amizades e até na família. Se já é difícil identificar quando uma relação não está fazendo bem para você, se libertar dela, então, se torna ainda mais complicado”. Ou seja, qualquer pessoa pode estar em uma relação tóxica sem perceber e entender isso é o primeiro passo para se libertar.

.Fonte: Publicação do Instagram@boaforma (2020).

A segunda publicação analisada traz o tema meditação (Fig.4). Com data de 1 de maio de 2020, ela reforça o crescente número de estudos em cima do tema: “só nos últimos dez anos, o número de estudos relacionados à meditação no mundo subiu de 500 para mais de 5000 artigos, comprovando os benefícios da prática”. O texto escrito por Esthela Oliveira, médica nutróloga especializada em medicina integrativa e conexão mente e corpo, indica a meditação guiada, através de aplicativos como o Sattva, o Headspace ou o Calm. Ou seja, além de falar

Figura 4 Meditação

que a meditação pode ser uma ótima aliada à saúde mental, o post também indica algumas possibilidades práticas para fazer a meditação em casa através de aplicativos que podem ser baixados no Assim,celular.todos

A partir desse estudo percebeu se que esses dois portais jornalísticos vem atuando no Instagram com temas voltados a saúde mental de uma forma ética. Os posts são bem fundamentados, com dicas e conteúdos muitas vezes escritos por profissionais das respectivas áreas. Acredita se que ambos vêm auxiliando a população a entender sobre a necessidade de aceitar todas as emoções e sentimentos, bem como, de não esconder quando não se está bem. Além disso, vários dos escritos salientam a importância de buscar a ajuda de um psicólogo e um psiquiatra se estiver vivenciando algum transtorno que esteja prejudicando a saúde mental. Utilizar o jornalismo para alertar que nem sempre as pessoas vão estar bem e, quando necessário, procurar profissionais especializados para realizar um tratamento torna se essencial nos dias de hoje.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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os posts voltados à saúde mental de ambos os portais jornalísticos no Instagram buscam uma coisa: disseminar conteúdos sobre saúde para a população. Pinto, Antunes, Almeida (2020) entende que a utilização de redes sociais para a disseminação de conteúdos e informações tão necessárias, a exemplo da saúde mental, por parte de portais jornalísticos tem se tornado cada vez mais uma prática comum, tendo em vista o número crescente de pessoas que estão tendo acesso a esse tipo de mídia. O Instagram, como sendo uma das mais utilizadas pela população brasileira, também tem atraído cada vez mais os portais jornalísticos, que usam a plataforma como uma ferramenta estratégica para entregar o seu conteúdo ao Comopúblico.última análise, percebeu se que várias das publicações de ambos os perfis são escritos por profissionais na área. Ou seja, o jornalismo e a forma com que esses dois veículos se posicionam no Instagram é a partir de um lugar implicado em produzir conteúdos que agregam benefícios na vida das pessoas através de informações fundamentadas por profissionais da área. Isso é fundamental para que a população cada vez mais entenda que ninguémestábem otempo inteiroequeapositividade eaplenitudequemuitasvezes sepercebe nas redes sociais, no fundo, não existem.

BOA FORMA. Mar. a dez.2020. Instagram: @boaforma. Disponível em BLASCO,https://www.instagram.com/boaformaLúcia.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

UOL VIVA BEM. Mar. a dez.2020. Instagram: @vivabem_uol Disponível em https://www.instagram.com/vivabem_uol.

REFERÊNCIAS

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FONSECA, Rafaela Pereira; RAVACHE, Rosana Lia. O problema da “fakenews” na era da informação. CONNECTION LINE REVISTA ELETRÔNICA DO UNIVAG, n. 24, 2021.

GENTILLI, Vitor. O conceito de cidadania, origens históricas e bases conceituais: os vínculos com a Comunicação. Revista Famecos. Porto Alegre, n. 19, dez. 2002.

MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Comunicação e política: um campo em estudos e seus desdobramentos no Brasil. In: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia (Org.). Mídia, representação e democracia. São Paulo: HUCITEC, 2010. p.7 24.

PINTO, Pâmela A.; ANTUNES, Maria João L.; ALMEIDA, Ana Margarida P.O Instagram enquanto ferramenta de comunicação em saúde pública: uma revisão sistemática. DigiMedia. Departamento de Comunicação e Arte Universidade de Aveiro, Portugal, 2020.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. Aleph, 2015.

Ana Regina GL et al. Transtornos de ansiedade. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 22, p. 20 23, 2000.

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O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental. Época negócios, CASTILLO,2020.

DA SILVA, Alana Vieira et al. A Influência do Instagram no cotidiano: Possíveis Impactos do Aplicativo em seus usuários. 2019.

MORAES, Francilaine Munhoz; ADGHIRNI, Zélia. Jornalismo e democracia: o papel do mediador. In: E Compós. 2011.

As reportagens vão acompanhar como e por que os canais de informação têm migrado para as redes sociais em ascensão. De que forma as assessorias de imprensa têm lidado com a cultura do cancelamento diante de polêmicas criada nas redes em um mundo que se cobra cada vez mais posicionamento, a nova função do jornalista nas redes sociais, o limite da ética na internet e de que maneira os perfils dedicados à informação em saúde no Brasil vem abordando temas de saúde mental, dentro do Instagram.

Área: Formato:DigitalReportagem Extensa

Desde sua fundação, o Instante tem como principal motivação produzir conteúdos jornalísticos que contribuam para um debate público qualificado e plural sobre as mudanças

3. Sinopse

A) Produto Experimental

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4. Descrição do projeto Linguagem

Linha editorial

1. Título do produto Instante Seguindo o momento e a metamorfose do jornalismo no mundo dos cliques

2. Área e formato

O Instante tem texto objetivo, padrão, descomplicado, acessível, informal e adequado para o público jovem e adulto e aborda temas relacionados à jornalismo digital e o fazer jornalismo nas redes sociais. Os textos, gráficos, áudios, vídeos e materiais interativos das reportagens extensas priorizam a transparência, o equilíbrio e a clareza da apuração.

O Instante é um site jornalístico, criado com o objetivo de investigar as transformações dasociedade e analisar os impactos provocados pelaintrodução das redes sociais no jornalismo. Sempre de maneira inovadora e a partir de reportagens extensas e instigantes, sua produção editorial privilegia o rigor e a qualidade da informação.

APÊNDICE

Por meio da ética e imparcialidade, o site busca ser uma fonte de informações com credibilidade, capaz de dialogar com as mais diversas perspectivas e grupos sociais.

FunçãoFormato/Modalidadeindividual

que a internet causou na disseminação de notícias e como o jornalismo tem se adaptado para distribuir informações no momento em que elas acontecem através também das redes sociais.

Número de páginas/caracteres/duração

O papel que desenvolvi na produção em equipe foi de editora chefe, sendo responsável pela elaboração de cronogramas de produção e pela leitura final e avaliação editorial dos conteúdos, além de coordenar e alinhar os temas e os encaixes entre uma reportagem e outra. Também fui repórter e redatora da reportagem extensa que abordou os impactos do Instagram na saúde mental dos usuários e que fez um paralelo com o relatório interno do Facebook (que agora se chama Meta), que mostra efeitos negativos do Instagram na sanidade dos usuários num escândalo que vem sendo chamado de #FacebookPapers, em que investiguei também sobre comoficaasaúdemental dos influenciadores digitais, figuras importantes neste cenário e como, através do jornalismo profissional e ético é possível alertar e conscientizar a respeito do tema.

Contará com cerca de 40 mil caracteres em um site jornalístico para integrar quatro grandes reportagens completas.

Tipologia/Identidade Visual/ Identidade sonora/ Outros itens, de acordo com o seu

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Diante desse cenário, um considerável número de brasileiros sofre o impacto do Instagram constantemente, e desde o ano passado a rede social tem sido tema de reportagensinvestigativascombasenumvazamentodedocumentosqueganhouonome de Facebook Papers. De acordo com as publicações, a empresa Facebook (agora com o nome de Meta) ignorou problemas como desinformação, impactos negativos na saúde mentaldejovensedisseminaçãodediscursosdeódio.

DigitalEDITORIA JORNALISMOTEMA/ASSUNTOESAÚDEMENTALNO INSTAGRAM 2021EDIÇÃO

Pautas/Roteiros/ Transcrições/ Outras documentações relevantes para a compreensão do produto PAUTA NOMEDOVEÍCULO

CesarFONTESCandido

AmandaVentorin RepórterdaRevistaBoaForma;

EditordoUOLVivaBem;

LuíseGatelli Psicóloga,especialistaCognitivo comportamentalecriadoradeconteúdo no CamillaInstagram;Viana PsicólogaemestraemOrientaçãoeMediaçãoFamiliar,ecriadorade conteúdonoInstagram;

IssaafKarhwai DoutoraemestreemCiênciasdaComunicaçãopelaECA-USP. Professoranapós graduaçãoemMídia,InformaçãoeCulturadoCELAC(ECA USP);

AmandaDjehdian Vice-campeãdoBBB15,empresáriaecriadoradeconteúdocom1,5 milhõesdeseguidoresnoInstagram.

OHISTÓRICOInstagraméaterceiraredesocialmaisutilizadanoBrasil,commaisde95milhõesde usuários, e a segunda em que os usuários gastam mais tempo, de acordo com pesquisa realizada pela We are Social (2021). Logo, portais jornalísticos que já veiculavam em outrasmídias,aexemploderevistasecanaisdetelevisão,passaramafazerpartetambém desta rede social, usando dos recursos deste aplicativo como forma de distribuir seus conteúdosparaapopulação(DASILVA,2019).

Abordou também sobre a “Vida de Instagram” pregada na rede e os impactos para os criadoresdeconteúdoeaindadequeformaosportaisjornalísticosdentrodoInstagram temveiculadotemasdesaúdemental.

As psicólogas ajudaram a compreender de que maneira esta rede social pode ser prejudicialoubenéficaàsaúdementaldeseususuários.

Jáainfluenciadoranosajudouacompreenderaimportânciadocriadordeconteúdonas redes e os impactos que a mesma causa também na saúde mental deles. A doutora em CiênciasdaComunicaçãoentrouemaçãoparacontextualizaraimportânciadojornalismo estarinseridonasredesociais.

Dessa forma, as entrevistas com os colaboradores da UOL Viva Bem e da Revista Boa formasefeznecessáriaparacompreendercomosãoescolhidasepautadasasnotíciasque sãoveiculadasnoInstagramdosdoisportais.

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

daCovid 19,todasasentrevistasforamfeitasviaaplicativosda internet,facilitandoagravaçãodasconversasetambémevitandoproblemasdesaúde.

PAUTEIRO(A)

PorOBSERVAÇÃO:contadapandemia

VitóriaSantosdoNascimento RGM 1960154 9.

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OobjetivodamatériafoiabordarosefeitosdoInstagramnasaúdementaldosusuáriose levantarumdebatesobreocasoFacebookPapers,quedizqueaMetaignorouproblemas, como os impactos negativos na saúde mental de jovens e ainda compactuou com a disseminaçãodediscursosdeódio.

VitóriaREPÓRTERSantosdoNascimento RGM 1960154 9.

DIGITALEDITORIA JORNALISMOTEMA/ASSUNTOESPORTIVOEREDES SOCIAIS

sofreudiversasmudançasduranteahistória.Naeradasredessociaiseda informaçãoemmassa,osprofissionaissertornaramosprincipaisfiltrosdeverificação dosfatos,assumindoafunçãodeGatewatching(BRUNS,2005).Comgrande participaçãodopúbliconaproduçãodanotícia,oscomunicadoresaindabuscam entenderolimitedaéticanainternet.SegundoCoelho(2003),“esseefeitodevastador dainternetbrasileiraaindapoderáterconsequênciasduradourasparaaspróximas geraçõesdejornalistas”.

ComPauloViniciusCoelho,ofocodaentrevistafoiarelaçãohistóriadojornalismo esportivocomanarrativaquecria(oupotencializa)vilõesnofutebol.Comentaristada GloboecolunistadaFolhadeS.Paulo,oPVCaindaajudounumareflexãosobreomaior espaçoparaasopiniõesatravésdasredessociais.

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

23 PAUTA InstanteJornalismo

ColunistadaUOLEsporteeEditor chefedoTorcedores.com PauloViníciusCoelho JornalistadoGrupoGlobo.

AentrevistacomoRodolfoRodriguesteveumfocomaiornapartedeediçãode matérias(cargoqueocupanoTorcedores.com)eainfluênciadopúbliconoprocessode criaçãoecuradoriadepautas,alémdeumaimportanteanálisedeaudiência.

2021EDIÇÃO

PAUTEIRO(A) RAFAELBRAYAN RGM 2026125 0.

RAFAELREPÓRTERBRAYAN RGM 2026125 0.

PorOBSERVAÇÃO:contadapandemiadaCovid 19,todasasentrevistasdeverãoserfeitasvia aplicativosdainternet,facilitandoagravaçãodasconversasetambémevitando problemasdesaúde.

RodolfoFONTESRodrigues

OHISTÓRICOjornalismo

vemanecessidadederestauraraimagemparaopúblicoepara a mídia, e assim entra o trabalho jornalístico feito por assessores de imprensa para gerenciamentodecrisesemediatraining.

DIGITALEDITORIA PósTEMA/ASSUNTOcancelamento

cancelamentoseinicioucomoumaformadecombateaopreconceito,assim deixandodedarvisibilidadeparafiguraspúblicasquecometemalgumatodesrespeitoso. Porém,essapráticasetornouumanovaformadeostracismo,ondequalquererroouaté mesmouma faltadeposicionamentopodelevaruma figurapúblicaao cancelamentoe logoa Dianteexclusão.docancelamento,

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

Escritora,YoutubereJornalistaespecializadaemcidadaniadigital. PabloMiyazawa Jornalista,apresentadorecriadordeconteúdo. MayCardoso DigitalInfluencercom7MilSeguidoresnoInstagram(@amaycardosoo).

2021EDIÇÃO

24 PAUTA

BrendaZaninettideSouza RGM 1992543-3.

AHISTÓRICOculturade

BrendaREPÓRTERZaninettideSouza RGM 1992543 3.

BeatrizFONTESMerched

PAUTEIRO(A)

Jornalista e fundadora da Merched Comunicação, Empresa de Assessoria,ConsultoriaeProduçãodeConteúdo.

Victória Ragazzi Jornalista fundadora e diretora da agência Ragazzi Comunicação focada em assessoria de imprensa para artistas e projetos musicais nacionais e Madeleineinternacionais.Lacsko

Otematemafinalidadedeabordaraculturadecancelamentoporoutraperspectiva:a jornalística.Mostrandoo“pós cancelamento”eoquantodependedotrabalhode gerenciamentodecriseemediatrainingfeitoporassessores.

InstanteJornalismo

Também relatei sobre momento em que ele começou a viralizar, que foi durante o períododepandemiadaCovid 19,eaPsicólogaVanessapodefalaroporquêacontecea viralização,oqueaspessoaspensamarespeitodevídeosemaltaeporquequeremtanto estarvisívelaosoutros,

2021EDIÇÃO

Souza RGM 1939796 8

período de pandemia a rede social TikTok surgiu e se popularizou, com vários vídeos viralizados que vem chamando atenção mundial, e com isso surgiram também perfis de canais de informação e notícias dentroda plataforma. Como ele tem utilizadoessemétododelinguagemparafazerjornalismo

Areportagemextensateveointuitodecontarcomoessesperfistêmdivulgadonotícias nessa rede social, demonstrar qual método e linguagem eles têm utilizado, para qual público eles têm falado. Onde os jornalistas Guilherme e Amanda puderam responder comclareza,comoocorre.

AmandaFONTES

EDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

InstanteJornalismo

DIGITALEDITORIA ATEMA/ASSUNTOviralizaçãodoTikTok

AngelaBarbosaSouza RGM 1939796 8

VanessaRocha Psicólogaclínica,especialistaemcriançasadolescentese ALINHAMENTOpsicopedagoga.

25 PAUTA

DuranteHISTÓRICOesse

GuilhermeGama RepórterdojornaldaUSP,produtordeconteúdodeTiktok

Relateisobreporquedessasmídiasestaremmigrandoparalá,comosetornouumcanal tão promissor e não somente para canais de notícias, mas também para grandes empresasepessoasfamosas.

PAUTEIRO(A)

AngelaREPÓRTERBarbosa

Gomes RepórterdeumafilialdoSBTeprodutoradeconteúdodoTiktok;

Vitória 00:05:28 - Legal que você comentou sobre isso. A internet, as redes sociais tem umpeso muito grande na constituição da alto imagem. E eu queria que você falasse um pouco sobre a positividade tóxica, sobre os efeitos disso dentro do Instagram, e a sua opinião como psicóloga, e como criadora de conteúdo, qual aimportância de trazer esse tipo de conteúdo também dentro do Instagram?

Vitória 00:09:17

Camila 00:01:59 O que eu mais vejo, de impacto na saúde mental, é principalmente de na internet a gente estar envoltos em um mundo. E não é um mundo tão livre assim. É ummundo que vai estar sendo direcionado por um algoritmo, sendo dirigido por uma instituição, que hoje é a instituição Facebook. Qualquer plataforma que a gente utiliza hoje, está seguindo essas diretrizes, então a gente sabe que é um algoritmo, não tão justo,porque é um algoritmo que é feito para vender. Recentemente saiu essa matéria de que a plataforma é ciente, que é um algoritmo que incita a raiva. Então, já fazendo um gancho com a saúde mental, além de todos os outros pontos que a gente vai conversar, já se sabeque é uma plataforma que gera depressão, ansiedade, justamente porque existe uma competitividade injusta, porque é uma plataforma feita pra vender, então as pessoas estãoali para falar somente do melhor. Agora, em relação aos filtros, a gente tem uma disformia corporal, pessoas que já não se reconhecem como elas são, e o filtro meio que se torna um cirurgião plástico. Também tem a questão de distúrbios alimentares, justamente pelos corpos estruturais, pelos aplicativos de edição, então, além de tudo isso que causa um impacto nos jovens, se descobriu agora que é um algoritmo que incita essa raiva. Então, quando você está ali no Facebook, ele quer que você sinta esse desconforto, e isso não é razoável, porque é uma raiva que está sendo normalizada. Daí vem as consequências do “não filtro”, as pessoas já não tem filtro na rede. Se torna um tribunal, você errou e você é cancelado. Ou você não tem filtro e ofende as outras pessoas... Então, o que eu vejo nesse panorama principaldos jovens da geração Z, e também da minha, embora a gente teve no começo da vida uma oportunidade de viver num mundo sem internet. Mas agora estamos todos no mesmo bolo, não tem muita diferença entre a sua e a minha geração.

Camila 00:07:09 A questão da positividade tóxica, com certeza a gente já via isso, socialmente, no sentido de os próprios pais terem isso de, por exemplo, “ Você está sofrendo por besteira”, então, a gente já meio que vivia uma positividade tóxica. E isso foi nomeado agora na internet. E nessas plataformas em que estamos inseridos, tem, especialmente no Instagram, essa coisa de vender felicidade, então você tem que estar feliz o tempo todo. Já o Twitter é meio o contrário, ele vende insatisfação.

Você produz conteúdos importantes dentro do Instagram, e fala sobre relacionamento, relações, ansiedade... E eu queria entender de você em que momento você sentiu que deveria entrar no Instagram para falar sobre esses assuntos?. E ainda dentro de tudo isso, você é uma pessoa que tem autoridade para falar sobre estes assuntos que você aborda, evocê carrega muitos seguidores dentro do Instagram. E eu queria saber se você tem alguma pressão para a Camila criadora de conteúdos e psicóloga? Você tem muitos haters? E como você lida com isso.

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Folha de decupagem 15/10/2021 Entrevista com psicóloga Camula Viana Vitória 00:01:31 Como as redes sociais podem influenciar a saúde mental das pessoas, em específico os jovens?

Camila 00:10:37 Então... Eu entrei no Instagram muito relutante, porque teve todo um processo pessoal, de autoestima, de me sentir digna mesmo de estar naquele espaço, porque ali é uma espécie de campo minado, não que seja, mas você se sente assim. Então,eu entrei criando um conteúdo com objetivo que todo mundo tem, de expandir a vida profissional porque eu conseguiria atingir mais pessoas do que só no “ boca a boca”. Masteve muito essa questão da insegurança, o que ainda hoje tem. Então quando eu entrei, eu fui com muito medo da plataforma de certa forma me engolir.No decorrer do tempo, eu fui criando um pouco mais de confiança, me amadurecendo profissionalmente, e consegui expor realmente aquilo que eu queria expor. Hoje eu não tenho haters, porque eu acho que consegui colocarcertos limites bem saudáveis pra mim.

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Camila 00:13:32 Sem dúvidas, é exatamente isso. Porque eu sou uma pessoa que corro de briga. Então, um dos objetivos pelos quais eu fiz o Telegram foi justamente porque seeu pego um conteúdo que eu faço no Telegram, que é um conteúdo mais... Batendo, digamos assim, um conteúdo mais viral, que é o que incita a raiva, que dá engajamento,e que o Instagram quer, eu não tenho o devido respeito. Daí eu divido os conteúdos entreas duas plataformas.

Vitória 00:16:41 Você já explicou como se preserva, o que é super importante, mas e para os jovens, na verdade para as pessoas em geral, como preservar a saúde mental dentro dessas redes sociais, principalmente no Instagram?

Vitória 00:13:18 - Você comentou sobre insegurança. Você acha que essa insegurança também parte do ponto que hoje em dia tudo que a gente fala vira motivo de cancelamentodentro da rede social?

Camila 00:17:03 - É dificílimo, porque a gente está em uma engrenagem digamos assim. A internet entrou para fazer parte de uma estrutura de valores. Então a partir do momento que essa estrutura é ter corpo bonito, estar apresentável, toda essa onda... E eu não falo isso de um modo negativo. Acredito sim que isso é uma questão da auto imagem, tipo, aimagem que você quer transmitir define muito a maneira como as pessoas vão ver você. Se você usa um determinado tipo de roupa, as pessoas vão te ver de um determinado jeito.Mas isso, toda essa construção, ela vem em forma de valores, por isso eu acho tão complicado a gente sair da rede social. Hoje mesmo eu li um trecho de um livro, O Falso Espelho, que a autora falava assim...“Nosso potencial social se une a capacidade de chamar a atenção do público, que por suavez se torna indissociável da sobrevivência econômica.” Então, o meu conhecimento, aquilo que eu posso transmitir, socialmente, está totalmenteatrelado a se esse povo quer ver; Então eu tenho que fazer o que esse público quer consumir

Luise 00:04:50: Principalmente na adolescência, a gente tem uma fase em que as pessoasestão começando a constituir a sua identidade, e consequentemente a alto imagem. E muito do que faz com que a gente constitua nossa ideia da gente vem da ideia que os outros tem sobre nós. Então, essa questão de se sentir aprovado, de se sentir validado, de sentir que faz parte de um grupo, é muito importante E é muito comum que as mulheres tenham esta preocupação. É uma demanda que vem muito pra mim nos atendimentos, demulheres que tem essa cobrança pra atingir um corpo padrão, que elas veem nas redes sociais, inclusive dificuldade de estar nas redes por medo das pessoas acharem que não estão atendendo a esses padrões. Então sim, prejudica muito a questão da alto imagem porque, por mais que a gente esteja caminhando em direção a uma diversidade um poucomais saldável, ainda existe muito essa questão E existem muitos perfils nas redes sociais que alimentam essa ideia de que o corpo ideal é aquele que atende determinados requisitos. Então, a gente começa a criar a ideia de que para ser sociamente aceito, precisamos atender esses requisitos. E, muitas vezes, a gente se olhar no espelho, vê que não atende a tudo isso, e começa a achar algum problema, quando na verdade tem muitas outras pessoas na mesma situação, pensando a mesma coisa, só que poucos se expoe. E, isso não é apenas na adolescência, mas em outras fases do nosso desenvolvimento.

Vitória 00:01:00: Você tem mais de 17 mil seguidores, fala sobre assuntos de ansiedade, emoção, sentimento, que são assuntos muito importantes. Eu queria saber de você: como as redes sociais, principalmente o Instagram, pode influenciar na saúde mental das pessoas? principalmente dessa nova geração, que de certa forma já cresceu com a influência das redes Luise 00:01:38: Então, essa é uma pergunta que tem duas respostas, porque as redes sociais é uma questão que, ao mesmo tempo que nos aproxima, e nos traz muitainformação, inclusive conteúdos como o meu, além de outros diversos que fazem com que a pessoa se sinta bem ou se identifique com algum grupo e se sinta como parte de algo, também podem acontecer coisas muito negativas no sentido da saúde mental. Porque é um espaço aberto, onde estamos expostos e vendo o que as outras pessoas estão fazendo, e então começamos a achar que a gente deveria estar fazendo o mesmo. E isso traz uma cobrança muito grande. E nesses últimos anos, com a questão da pandemia, tem muito prejuízo com ansiedade, depressão, principalmente com adolescentes, que é um público que está na fase de transição e que está sendo um pouco afetado, porque é um período um pouco mais delicado, e então fica mais complicado de diferenciar o que é meu e o que é do outro, o que eu tenho ou não que fazer. Então, eu acho que ao mesmo tempo que a rede pode trazer muito benefício e pode ser ótima pra gente, é o nosso principal canal de comunicação hoje em dia, é preciso ter muitocuidado em relação a forma que a gente está consumindo os conteúdos que vemos.

Vitória 00:09:26: Como é pra você, estar no Instagram? Você já sofreu, ou sofre algum tipo de pressão? Como você enxerga sua importância dentro do Instagram.

Luise 00:09:38: Falando mais na questão pessoal, porque o no lado profissional eu tenho a teoria, os estudos, as informações, sei o que estou falando, enfim. É muito delicado a gente se expor... e eu particularmente passei por várias fases, já pensei em desistir umas quinhentas vezes desde que eu comecei. Tem altos e baixos, a gente pensa que não sabe o que está fazendo ali, que não tem nada a agregar. E a gente fica muito refém do retornodas pessoas, do que elas vão dizer. E muitas vezes quando eu pensava em desistir, alguémmandava mensagem agradecendo pelo o que eu estava fazendo, dizendo que adorava meus posts. E é nisso que eu tento focar, porque é muito difícil a gente estar ali, sabendo que tem muita gente te vendo. Porque a maioria gosta, mas tem aquelas pessoas que criticam ou julgam. Mas o que me motiva é saber que esse perfil pode ajudar alguém em algum lugar, nem que eu não saiba disso.

Folha de decupagem 15/10/2021

Vitória: 00:12:26 Na era das redes sociais, como a gente pode fazer para cuidar da nossa saúde mental?

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Vitória 00:04:34: Resumidamente, quais os impactos na alto imagem, que o Instagram pode causar, principalmente nas meninas? que segundo pesquisas, são as mais afetadas.

Entrevista com psicóloga Luise Gatelli

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Luise 00:12:33: Eu acho que uma coisa muito importante é o cuidado pra gente não ficarrefém disso. E tentar também encontrar outras coisas além do mundo online. Claro que agente precisa estar ali, até porque hoje faz parte da nossa vida, mas eu tenho visto que o excesso do consumo de conteúdo e do tempo online vai fazendo com que a gente se afastede experiências que são também importantes no mundo offline. Temos que entender que as coisas que a gente compartilha, e as coisas que as outras pessoas compartilham são apenas pedacinho das rotinas.

As pessoas não são daquele jeito o tempo todo. Não fazemuma determinada coisa o tempo Umatodo.dica que eu sempre dou, e que me ajudou muito é desativar as notificações, pra gentenão ficar o tempo todo querendo olhar. E claro, selecionar o tipo de conteúdo que a gente vai consumir

Cesar 00:16:11 Eu acho que na pandemia, não só os jornalistas, como todo mundo sofreu muito, tiveram impactos na saúde mental ou no stress, por conta do isolamento, da mudança, do home office. Foi um corte abrupto... a gente estava um dia na redação, e simplesmente tivemos que começar a trabalhar de casa. Assim, além de ter o medo da doença, tinha também o fato de não estar preparado pra trabalhar de casa. A gente se viu sem ferramentas pra trabalhar, em um momento em que tinha muito trabalho a se fazer, principalmente a gente que é da área da saúde.

Vitória 00:15:29 Em um acontecimento com as proporções da pandemia, o jornalista, além de ter que dar a matéria, a notícia, ele também sofre com tudo isso. Gostaria saber de você, tanto como pessoa quanto como jornalista, como foi lidarcom tudo isso, coordenar todos os conteúdos, e ainda ter que enfrentar o isolamento?

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Sim, com certeza. Aí, quando a gente vê que está rolando uma coisa queé fake News, nós fazemos uma matéria falando que não é bem assim ou se é verdade. A gente checa essa matéria, porque a melhor forma de se combater uma fake News é informando, é tendo uma fonte confiável que mostre o que é verdade e o que não é.

Cesar 00:12:53 Tivemos. Porque, apesar das nossas reportagens serem “frias”, com dicas e serviços que não necessariamente estão acontecendo agora, a gente tem sempre esse olhar de produzir conteúdos de assuntos que estão muito em alta. Então, depressão, ansiedade, stress... A gente vem fazendo durante a pandemia conteúdos o tempo inteiro sobre isso. Fizemos um grande especial, quando o Brasil teve quatrocentas mil mortes por covid, só sobre saúde mental na pandemia, e nós também publicamos todos os dias, uma matéria por dia, as vezes duas, sobre saúde mental.

Vitória 00:18:57 - Qual o impacto de divulgar conteúdos relevantes de saúde mental,

Vitória 00:12:25 Alguns estudos comprovaram que o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo. E na pandemia, todo mundo sofreu muito com ansiedade, e crescerammuito os casos de depressão e ansiedade durante o isolamento social. Vocês tiveram um cuidado maior de trazer mais conteúdos, tanto pro site quanto para as redes sociais sobreisso?

Vitória 00:06:31 Pra você, como editor de um dos maiores veículos do Brasil, como é trazer esses conteúdos também para as redes sociais, principalmente o Instagram, que as pessoas estão utilizando muito atualmente?

César 00:07:05 - A produção de todo nosso conteúdo para as redes sociais começa com a produção dos conteúdos para o site. Temos alguns conteúdos exclusivos para as redes sociais, mas sempre estão ligados com as matérias que fazemos no site. Em todas as matérias que a gente faz, temos o cuidado de ouvir sempre, pelo menos três especialistas do assunto. Às vezes dois, dependendo do assunto, mas se for preciso, ouvimos dez. A gente não se limita a um máximo. Temos um mínimo, três especialistas, e sempre orientamos nossos repórteres, tanto os da redação quanto os freelancers a sempre buscarem os melhores especialistas da área, que são referências no assunto. Professores de universidades, grandes pesquisadores da área, então o cuidado começa aí. E acho queesse é o primeiro passo pra evitar as fake News, porque a gente está buscando as pessoasque realmente estudam e se atualizam sobre o assunto. E depois quando vai para as redes sociais, tem esse cuidado de manter a qualidade do conteúdo. Então, aqui a gente tem uma equipe que cuida só de redes sociais, é um núcleo separado. As pessoas tem esse cuidado de pegar as informações da matéria e traduzir pra linguagem das redes sociais, mas mantendo todo o padrão das fontes, das informações, porque hoje em dia é isso, qualquer pessoa pode ser um produtor de conteúdo. Então o Viva Bem tem a responsabilidade de ser um produtor de conteúdo confiável sobre saúde física e mental. A gente também tem um trabalho de, se tem alguma coisa duvidosa rolando a gente faz uma matéria falando que não é bem assim, e explicando, embora na saúde mental é umaárea que não tem tantos mitos e fake News, a saúde e alimentação tem mais.

Vitória 00:10:14 Mas, ainda tem muita gente dentro do Instagram que as vezes nem é qualificado e está produzindo conteúdos de saúde mental né... O que também é um pouco Césarpreocupante.00:10:24

Folha de decupagem 22/10/2021 entrevista com César Santos, editor chefe do UOL Viva Bem

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César 00:20:48 Acho que o Viva Bem tem um cuidado de ser uma plataforma de serviço e orientar, dar dicas, de mostrar o que é verdade. E é muito importante esse trabalho, porque nem todo mundo fala disso. As vezes a pessoa está no Instagram e tem 500 mil seguidores, mas ela não está preocupada que o post que ela vai fazer vai atingir, abalar outra pessoa. E a gente tem esse cuidado, de ser o antídoto, de mostrar o que a pessoa pode fazer pra cuidar da saúde mental. A gente não julga o outro, não ficamos criticando os posts de ninguém, mas a gente mostra os caminhos para a pessoa cuidar da própria saúde mental.

especialmente dentro do Instagram?

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Vitória 00:04:41 É importante também estar dentro do Instagram para sobreviver. Porquea gente sabe que hoje em dia todo mundo pode ser jornalista, todo mundo pode sair levando informações, verdadeiras ou não. Estar no Instagram é uma maneira de tentar sobreviver no meio de um monte de veículos que surgem assim, do nada.

Amanda 00:02:53 Eu acredito que a importância de levar esse tipo de conteúdopara as redes sociais, é principalmente o tráfego, porque, hoje em dia, as pessoas consomem informação no Instagram. Tem o site, que você entra e tem um conteúdo maiscompleto, mas vivemos em uma sociedade atualmente que é muito rápida. Então a gente tenta focar justamente nisso. Em conteúdos específicos para as redes sociais, ou dando um resumo de uma matéria que já está no site, para que a pessoa busque ter um conhecimento mais vasto sobre o assunto. A questão é a praticidade, para alcançarmos mais pessoas. Estamos discutindo outras maneiras para dentro da plataforma,interagirmos mais com o público.

Vitória 00:06:00 Na pandemia surgiram muitos casos de ansiedade. O Brasil já é considerado um dos países com maior incidência de casos de ansiedade no mundo, mas, por conta da pandemia esses casos triplicaram. E eu queria saber de que forma a Boa forma tratou destes assuntos, tanto no site, quanto no Instagram. Vocês perceberam este aumento? Trouxeram mais conteúdos sobre o tema, para conscientizar as pessoas?

Vitória 00:02:06 A Boa Forma é um canal de saúde e bem estar, que conta com informações confiáveis, e no Instagram o perfil possui mais de 620 mil seguidores. Para o veículo, qual a importância de trazer este tipo de conteúdo, alémdo site, também para o Instagram?

Amanda 00:06:33 Acredito que sim, a gente tenha falado muito sobre isso. Eu entrei narevista em setembro do ano passado, o pior da pandemia não tinha passado, mas não estava tão ruim quanto nos meses anteriores. Mas até a gente, que trabalha com isso ficamos bastante ansiosos também, sentimos o impacto da pandemia. Então, nada mais justo do que a gente tratar bastante desse assunto. Nós fizemos alguns especiais, sobre saúde mental, sono, alimentação, exercícios etc.

Amanda 00:05:10 Sim. E não é você tentar sobreviver, estar lá, como também passar informação com credibilidade. Na Boa Forma a gente não escreve nenhuma matéria semantes conversar com algum especialista, com doutores, com médicos. E não é um, são dois, três, quantos forem necessários. Além do conteúdo, pode se dizer que a gente presta serviços públicos também.

Folha de decupagem 14/10/2021 entrevista com Amanda Ventorin, repórter da Boa Forma

Vitória 00:08:47 Num acontecimento com as proporções da pandemia, o jornalista fala sobre os fatos e ao mesmo tempo vive os fatos também. E pra você, como foi lidar com todo este desafio do isolamento, trabalhar à distância, e você sendo jornalista e estudantetambém?

Amanda 00:09:29 A pandemia foi bem difícil. Eu comecei na revista já com o trabalho online, ainda estamos desse modo, e é complicado... Porque eu gosto de gente, gosto de estar num aglomeradinho, então é bem difícil trabalhar em casa sozinha, na frente de umcomputador. E até foi bom esse trabalho todo com saúde mental, porque eu e meus pais pegamos covid, meus pais foram hospitalizados e o trabalho foi meio que uma maneira de me manter sã. E eu e meus colegas conversamos muito em reuniões de pauta, então quando alguém ta sentindo alguma coisa, a gente sempre pesquisa, porque um leitor pode estar passando pela mesma coisa.

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Vitória: Ainda no âmbito das redes, o jornalismo precisou se adequar rapidamente por estar inserido nesse grupo. Como jornalista, gostaria que você comentasse um pouco como é que o jornalismo tradicional se insere nesse contesto, e em que medida há o antagonismo de interesses entre jornalismos e redes sociais, e como eles podem dialogar.

Vitória: Sabemos que hoje, a presença social não é mais um robe, todo jornalista precisaestar nas redes, por isso gostaria de saber, se é possível se manter seguro e são online?

Folha de decupagem – 25/10/2021 – entrevista com doutora em comunicação da USP, Issaaf Karhwai

E nesse momento, a gente tem visto iniciativas muito interessantes do jornalismo tradicional de entrar nesse mundo virtual. E é claro que sempre vai existir esse antagonismo de interesses. Disso não há dúvidas, até porque, o primeiro interessedas plataformas é a lucratividade, com base na venda de espaço publicitário. E o interesse majoritário do jornalismo é a concessão da opinião pública, a manutenção das democracias, a preservação dos interesses dos cidadãos. Então são objetivos totalmente distintos.

No entanto hoje, não da pra gente negar que o jornalismo entendeu que estar nas redes éimperativo, que o diálogo com as audiências com os leitores, com os cidadãos sedá, também no digital, e que o digital também é um espaço de formação,construção da opinião pública. Por tanto não pode ser um espaço deixado de lado.

Issaaf: Eu acho que há muitas perspectivas a se pensar, como segurança digital. A gente tem desde discussões relacionadas a produção de dados, que tem a ver com como nossos dados relacionadas a produção de dados, que tem a ver com como nossos dados são extraídos e gerenciados por grandes plataformas, outro aspecto é pensar na violência digital, porque a final de contas a gente também tem feito discussões sobre discurso de ódio, de cancelamento, de Cyberbullying... Então, há muitas violências digitais, estas que acontecem nas redes sociais de pessoas comuns, por seguidores, usuários das redes. Ao mesmo tempo, há diversas iniciativas para tentar contornar e controlar essas violências. Outro ponto é que quando você fala em segurança digital eu penso também nos crimes digitais, nos crimes de racismo, de pornografia infantil, homofobia, até aliciamento online. Também da pra pensar em criptografia, segurança de senhas, também em violência contra a liberdade de expressão, todas tem um certo impacto na saúde mental.

Issaaf:É difícil essa questão, porque ela tem muitas camadas. Mas vou tentar responder. O jornalismo tradicional demorou muito para se apropriar das redes sociais. Justamente por ter estabelecido um certo embate com as plataformas, ou por ter questionado a importância de estar nas redes, o jornalismo acabou chegando um pouco tarde. E nesse meio tempo, os próprios usuários que já estavam nas redes sociais começaram a preencher essas lacunas deixadas pela mídia tradicional, lacunas deinformação, de notícias, de opinião fundamentada. Eu tento acreditar e defendo como hipótese, é que essas lacunas deixadas nos trouxeram para este momento atual,de completa descrença na importância da mídia, uma desconfiança em relação aopapel da mídia e até um completo desentendimento do que é notícia, do que é o papel do jornalista. Então eu acho que tudo isso está de certa forma interligado.

Não foi uma tarefa tão fácil, precisei contatar ao menos quatro repórteres para uma delas me passar o contato de César, que me respondeu rapidamente e assim marcamos e realizamos nossa entrevista que foi muito enriquecedora. No final, até recebi um convite para virar freelancer no portal. Também conversei com uma colega minha, repórter da Revista Boa Forma da qual eu mantinha um contato diário por ser assessora de imprensa. Foi muito bacana conseguir falar com representantes desses dois portais que acompanho desde muito tempo.

Eu queria muito falar com psicólogos que também atuassem como criadores de conteúdo na plataforma, para ter um parâmetro mais geral do assunto. Fui muito ignorada, mas persisti e no final consegui falar com duas psicólogas muito bacanas, que inclusive produzem conteúdos muito necessários e potente nas redes. Ganharam uma seguidora.

Ainda durante minhas inúmeras pesquisas sobre saúde mental e Instagram encontrei a Issaaf Karhwai, doutora em comunicação da USP e uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o assunto é pesquisa cientifica sobre redes sociais e principalmente influenciadores no Brasil. Mandei um direct no Instagram, já pronta para ser ignorada e aconteceu exatamente o

Foi assim que diariamente passei a entrar nos perfis do Instagram do UOL Viva Bem e da Boa Forma. Com isso, decidi que meu paper seria um estudo de caso sobre esses dois portais e que minha reportagem extensa seria sobre saúde mental e Instagram e, como o jornalismo está inserido dentro dessa plataforma disputando espaço com os influenciadores para levar conteúdos importantes sobre saúde mental. Dessa forma, comecei a pesquisar afundo essesdoisperfis e os assuntos que eles tratam dentro do Instagram e foi assim que achei mais do que necessário bater um papo com o editor do UOL Viva Bem para entender melhor como é feita aescolha de temas que vão tanto para o site quanto para a rede.

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Diário de campo

Eu sempre me identifiquei muito com jornalismo de saúde e durante a pandemia minha saúde mental foi extremamente afetada, assim como a de todo o mundo. Tive crises de ansiedade, compulsão alimentar, crises de autoimagem e a minha maior válvula de escape foi o Instagram, plataforma queeu percebi que apesar de sermuito boa paraconectar uns aos outros também possui um lado obscuro. Na época, eu trabalhava em uma assessoria de imprensa que tinha alguns clientes de saúde e bem estar, então, foi automático começar a consumir esse tipo de conteúdo nas redes sociais para estar por dentro dos assuntos e assim pensar em pautas estratégicas para os meus clientes, além de me manter informada.

35 contrário. Em dois dias Issaaf já tinha me mandado um áudio respondendo todas as minhas dúvidas com muita paciência.

Quando comecei a escrever, não imaginava que minha reportagem iria seguir por onde acabou caminhando. Queria falar sobre saúde mental no Instagram sim, mas com a polêmica do Facebook Papers não dava para simplesmente ignorar esse fato tão quente e tão necessário de ser exposto. Por isso, minha matéria acabou seguindo nessa direção. Passei dias com dificuldades para escrever, com medo também, pois esta é a reportagem mais importante da minha vida no momento, mas quando me sentei para escrever acabei indo além do que eu

site também foi um projeto muito trabalhoso. Desenvolvemos ele do zero, com ajuda de webdesigners. Porém, toda a parte de pensar em como criar veio da cabeça do grupo, desde a tipografia, uso de cores, até como essas reportagens se ligariam. Foram inumeras reuniões de horas com webdesigners, ilustradores e entre a equipe para fazer tudo do jeitinho que haviamos colocado no papel. Teve choro, teve risada, teve vitórias e, apesar das dificuldades estou feliz com este trabalho e ansiosa para defendê lo.

imaginava.O

O maior desafio foi falar com influenciadores digitais. Mesmo sendo assessora de imprensa e trabalhando com grandes artistas não tive autorização para entrevistá los, então precisei dar um jeito. Enviei mensagens e e mails para mais de vinte artistas e fui ignorada por todos. Até que lembrei que no passado uma cliente minha já tinha feito uma live com uma ex bbb famosa, que é uma querida e eu tinha o contato dela. Conversei, expliquei minha reportagem e depois de uma semana ela me encaminhou todas as respostas por WhatsApp, ela foi uma figura muito importante na matéria.

B) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Fase estudodo fev/21 mar/21 Abr/21 mai/21 jun/21 jul/21 ago/21 set/21 out/21 nov/21 dez/21 Leitura

36

EntregaRevisãositeFinalizaçãoreportagemEdiçãomatériasProduçãofontesEntrevidoIdealizarrecursosPlaeColpautasElaboraçãocampoPesquisaequipeFormaçãoreferênciasdedadedeetadedadosinformaçõesnejamentoedesignportalstascomdasdado

Designerpara criação do site 1 1.800,00R$ 1.800,00R$

37 C)

Vídeo da página inicial 1 150,00R$ 150,00R$ Livros 2 55,0017,90 72,90R$ Total 20 R$ 3.067,05 R$ 3.742,90

Identidade visual 1 295,00R$ 295,00R$

Revisão profissional 1 300,00R$ 300,00R$

Gifs 5 150,00R$75,00 375,00R$

Infográfico 1 150,00R$ 150,00R$

Ilustrações 8 75,00R$ 600,00R$

INVESTIMENTOItem

Quantidade Valor unitário Valor Total

38 D) PRODUTO

39

40

41

42

43

44

45 E) ANEXOS

46

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