O Cenário LGBTQIA+ no Funk e no Sertanejo Brasileiro.

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Barbara Sanches de OLIVEIRA2 Profº Vicente Lázaro3 Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP

1 Artigo apresentado como parte do Trabalho de Conclusão de Curso RFTM/Paper, derivado do Núcleo de Estudos em Mídia Digital.

Nesteartigoo leitor contemplaráumadissertação embasadaemdadoseacontecimentos quefirmamdoisdosgênerosmusicais maispopularesno Brasil, funkesertanejo, como cenários musicais homofóbicos, e como isso reflete a mentalidade dos que o ouvem e produzem tais expressões artísticas. Ambos estilos musicais são hostis comseu público e artistas LGBTQIA+.

INTRODUÇÃO

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RESUMO

Pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais e outros), vêm sendo consagrados músicos no cenário brasileiro, durante toda nossa história. Estes cantores e cantoras trilharam um caminho, por muito tempo, dificultoso, pois ainda vivemos em uma sociedade que se mostra muito intolerante. De Cazuza, Cássia Eller, Ney Matogrosso até Ludmilla, Glória Groove e Pabllo Vittar, são os maiores nomes na música nacional, e parece irônico eles terem criado fama em um país que só no ano de 2020, já no século XXI, registrou 237 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+.

Segundo dados do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+, idealizado pelos grupos Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia (GGB), foram em vinte anos, contabilizadas mais de cinco mil mortes de pessoas que se enquadram na sigla, pelo exclusivo motivo de preconceito.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

2 Estudante de Graduação 8º semestre do Curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: babisanchescf@gmail.com

O Cenário LGBTQIA+ no Funk e no Sertanejo Brasileiro1

3 Orientador(a) do trabalho. Professor(a) do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, e mail: llazaro@cruzeirodosul.com.br

PALAVRAS CHAVE LGBTQIA+; música brasileira; homofobia no sertanejo; homofobia no funk.

Nos últimos tempo tivemos diversos casos de homofobia no comportamento e falas de artistas consagrados no meio do gênero musicalsertanejo. Duranteuma live (showonline), algo que se tornou costumeiro na vida dos artistas coma pandemia do coronavírus, a cantora Marília Mendonça fez comentários sobre uma boate na cidade onde um colega havia beijado ‘a mulher mais bonita da cidade’, de forma debochada, semdar muitos detalhes. Aresposta envergonhada do amigo foi o que contextualizou a piada desajeitada, “era mulher mesmo, pô”. O comentário de mau gosto foi visto como transfobia da parte da cantora, que logo assumiu o teclado de sua conta no Twitter para pedir perdão aos ofendidos. Alice Marcone, cantora de sertanejo e transsexual, falou sobre a declaração e demonstrou decepção com a cantora, pois Marília vem sendo uma pioneira do sertanejo com voz feminina, se tornando um dos maiores nomes da música atual e até então inspiração para Alice.

Este artigo contará a história e fará uma análise como o cenário musical brasileiro vem sendo para artistas LGBTQIA+, focados nos dois gêneros mais populares no território brasileiro, mas como provarei neste artigo, têm um ambiente machista: o funk e o sertanejo.

Outros comentários e brincadeiras deselegantes são repetidas diariamente pelos sertanejos, estes com um alcance nacional, que muitas vezes, representam seus fãs e perpetuam tais atitudes. Zé Neto, da dupla Zé Neto & Cristiano, também durante uma live, imitou os trejeitos afeminados e continuou a fazer imitações estereotipadas do que seria um “gay” ao

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

“Foi muito horrível. Ela de fato é um ícone para mim e continua sendo. Ela é um ícone do empoderamento feminino, ainda mais dentro de um universo tão machista quanto o sertanejo. Mas as questões do sertanejo não se resumem só ao machismo, eu me sinto apagada. Meusancestraisnegros quefaziammúsicacaipiraestãosendoapagados. Aomesmo tempo, a gente tem de pensar na estrutura que a cerca”. OLIVEIRA, Fernando. Alice Marcone, sertaneja e trans, sobre Marília: 'Que feminejo é esse? Portal UOL. Publicado em 11 de agosto de 2020. Seção: Splash. Disponível em: <https://www.uol.com.br/splash/colunas/fefito/2020/08/11/alice marcone cantora sertaneja e trans sobre marilia mendonca.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 06 de setembro de 2021, às 18h45.

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O HISTÓRICO DO SERTANEJO

Para entender melhor o tema, é preciso saber que a música é uma manifestação cultural e isso reflete muitos aspectos da sociedade, passando pela história do país e algumas características comunicativas, psicológicas e sociais que o compõem.

Assim,drag.

4 O time paulista, muitas vezes é motivo de chacota dos adversários por ter inúmeros torcedores homossexuais e rumores de que alguns jogadores antigos tinham orientação homossexual.

A maioria dos casos, logo vem acompanhada de pedidos de desculpas e explicações sobre o erro cometido. A dupla do caso ‘Lili’, até regravou a música corrigindo suas atitudes e convidando uma atriz transsexual para estrelar o clipe, mas ao observar o tempo que demora para uma música ser composta, gravada e lançada, nos faz pensar que o erro nunca foi de total inocência, o ambiente onde esse tipo de música é concebido é tão machista que apenas após seu lançamento alguém percebeu o erro.

Emsertaneja.umaentrevista com o podcast “PodPah”, episódio 235, 2021, o cantor sertanejo Lucas Lucco contou sobre o preconceito queenfrentou ao colaborar coma cantora e drag queen Pabllo Vittar, um nome popular da música brasileira atualmente. E por fazer parte do sertanejo, ele contou que, pelo cenário ser muito conservador, ele recebeu muitas críticas de artistas do estilo musical, chegando até ouvir que ele acabou com sua carreira ao colaborar com uma cantora

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Outro caso que se destaca, seria a música “Lili”, de outra dupla sertaneja, Pedro Motta & Henrique, que foi além de piadas ao vivo. A dupla escreveu, produziu e lançou a música que retratava o romance de um homem com uma mulher trans, onde em seus versos era dito: “ela não tinha o que mulher tem”, algo que pode até parecer inocente, em mais uma música que trata o homem como enganado, mas afirmar que uma mulher é resumida por sua genitália, gerou desconforto, invalidando uma mulher transexual.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. colocar a camiseta do time São Paulo Futebol Clube 4por perder uma aposta. Novamente, em uma live, o cantor sertanejo Gusttavo Lima invalidou o casamento do humorista, abertamente homossexual, Carlinhos Maia, onde disse “beijão para você, e para o Lucas... que é marido ou esposa?”, sendo que Lucas e Carlinhos já são casados há três anos.

Muitas vezes, estes comentários vistos por quem os profere, podem ser muitas vezes defendidos como inocentes, mas isso vem de um campo de falta de empatia e ignorância, que permite a falta de noção do que é ofensivo ou não, e isso propaga um cenário preconceituoso na música

ao olhar para o passado, mesmo que este passado tenha sido apenas quatro anos atrás, e o presente, ainda não há um lugar seguro para o artista LGBTQIA+ dentro do ritmo de maior sucesso do Brasil, está comunidade é apenas bem vinda como ouvinte que gera lucro, mas nunca com voz ativa. Desta forma, caracteriza se em apenas colocar as pessoas LGBTQIA+ como consumidores, e estes artistas, na tentativa de vender suas músicas para um

Isso apenas mudou quando no começo dos anos 2010, houve uma crescente do “feminejo”, outro subgênero da música sertaneja, no qual quem agora assumia o eu lírico era a voz feminina, um reflexo das ouvintes do gênero, pois a presença em shows e na compra de álbuns desse gênero, veio alcançar significantemente asouvintes femininas. Não só emenredos românticos, mas na nova versão do sertanejo sobre festase bebedeiras. Como searepresentação nos palcos puxasse cada vez mais o público feminino, e vice versa. Porém, o início desse movimento das mulheres, também cresceu apenas por causa do apoio dos artistas masculinos

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021. público, usa essas desculpas para mascarar que na verdade, não são apoiadores da causa, mas apenas querem vender suas canções, principalmente na vertente do sertanejo universitário, que é produto da Indústria Cultural5

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A cultura patriarcal está inserida na sociedade e possui origens seculares e está entranhadanasociedade, comodiz Rodrigues (2016), aonosremeter às origens bíblicas onde a mulher, que teria despertado a virilidade, “provocando o com as ‘tentações da carne’, seria originalmente pecadora. Essa ideia se constitui como um forte elemento presente na cultura do estupro, onde a mulher desperta os instintos masculinos” (MENDES, 2018, pág 2 apud RODRIGUES, pág. 3, 2016).

Na sociedade moderna, a empresa é constantemente forçada a adaptar se e a adequar seàs constantesmudanças ambientais. As decisões eas atividades demarketing, por sua vez, nãoestãolivres dainfluência defatoresambientais, alheios aocontroledofabricante edoconsumidor. Oambientedemarketingéoconjuntodetodasas forças externas quegiram em torno da empresa, sendo usual uma distinção entre macroambiente e microambiente. (PINHO, J.B. 2001, p. 26)

5 A expressão Indústria Cultural foi criada pelos filósofos da Escola da Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer em 1947 na obra “Dialética do Esclarecimento”. Para os autores o termo serviria para explicar a arte consumida pelas massas, transformada numa mercadoria, pertencente a uma grande ―indústria‖, perdeu sua espontaneidade, originalidade.

No artigo “A Representação da mulher em músicas femininas de sertanejo universitário: Podemos falar de estereótipos machistas?” dos autores Ana Letícia StoriMendes, Dayane Priscila Paulis e Rafael Egidio Leal e Silva, eles defendem que é na cultura o melhor lugar para aprender como a sociedade observa a si mesma, apontando que no sertanejo a figura feminina é muitas vezes malvista e tratada como a vilã da história.

O sertanejo nasceu como expressão dos então chamado de “caipiras’, dado os avanços nas metrópoles nos anos 60, muitos interioranos mudaram se para as capitais do sudeste, e com eles, trouxeram a música sertaneja. Acompanhadas de violas e violões, os temas das músicas traziam a vida no sertão perto da natureza, e depois, tornaram se mais românticas. Porém, observa se que muitas delas também trazem a figura da mulher como musa, mas sempre centrada na narrativa onde o homem é sofredor e o único eu lírico válido na história.

No ano passado, o cantor gayGabeu, filho de um dos membros da dupla consagrada do sertanejo mais antigo, Rio Negro & Solimões, intrigou o cenário da música brasileira ao lançar a primeira música de sertanejo raiz com uma narrativa propriamente gay. As que existiam até então eram músicas de chacota, como as da dupla Rosa & Rosinha, que era formada por dois homens héteros que apresentavam personagens de dois homens homossexuais, o eu lírico de suas canções não era baseada em experiências reais e muito menos com mensagens artísticas e poéticas, eram piadas, que ridicularizavam o comportamento homossexual para entretenimento de heterossexuais.Entretanto, comuma representatividade propriamente séria, Gabeu começou o que seria chamado de “Queernejo”. Queer é a palavra de origem da língua inglesa que surgiu como ofensa nos anos 80, mas hoje é usada por pessoas que não se encaixam nos padrões de gênero,

Entende se que a mudança no cenário conservador só parece ganhar força, quando o homem já bem sucedido apoia tal situação. Então, quando há resistência e os episódios descritos anteriormente de homofobia continuam acontecendo, essa mudança não parece ser possível.Estes artistas com ideais enraizados no conservadorismo e machismo agem como ignorantes, impedindo o desenvolvimento de talentos da música pelo fato deles serem gays. De acordo com o sociólogo francês, Pierre Bourdieu, a sexualidade é ligada ao poder, a maior humilhação de um homem é ser comparado à uma mulher, pois ela é a figura submissa e fraca, analise:

SERTANEJO QUEER

Logo, entende se que o homem sertanejo, figura do “macho” e “casca grossa”, repudia a figura do homem “afeminado” por ele ser mais fraco, e ser associado a tal, inibe a ideia de que ele é um homem másculo e pode ser fraco e submisso, como ele enxerga a mulher.

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já com carreiras consolidadas, como aconteceu com a artista feminina mais bem sucedida na indústria musical sertaneja, Marília Mendonça, qual seu primeiro sucesso foi uma parceria com a dupla Henrique & Juliano. Este tipo de apoio não parece acontecer com artistas LGBTQIA+.

Se a relação sexual se mostra como uma relação social de dominação, é porque ela está construída através do princípio de divisão fundamental entre o masculino, ativo, e o feminino, passivo, eporqueesteprincípiocria, organiza, expressa edirigeodesejo odesejo masculino como desejo de posse, como dominação erotizada, e o desejo feminino como desejo da dominação masculina, como subordinação erotizada (BOURDIEU, 2019, p. 31).

popularizada pela teórica Judith Butler, no seu livro “Problemas de Gênero”, publicado no ano de1990, ondeo pensamento delibertação interrogavao que fazo homem ser homemea mulher ser uma

Como aconteceu e acontece em outros gêneros musicais (e diversas outras áreas da sociedade), há a pressão de silenciar as vozes das minorias. Mantendo se no tema musical brasileiro, cito caso também da bossa nova, dada como patrimônio nacional, foi criado por um homem negro e gayda periferia carioca, chamado Johnny Alf, qual teve seu nome apagado por muito tempo na história da criação da bossa nova.

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Nestemulhermais novo subgênero do sertanejo, as principais vozes vêm de minorias sexuais, como não binários e transgêneros. Um espaço seguro para trazerem à tona suas experiências pessoaisatravésda música, como diz Foucault nasua obra“HistóriadaSexualidade: AVontade de Saber”: onde há poder, há resistência. E o queernejo apresenta se como resistência a heteronormatividade imposta no sertanejo desde sua criação e popularização há décadas no passado.O sertanejo é muito popular e seus cantores são, geralmente, nascidos em áreas rurais do país, e membros LGBTQIA+ vêmouvindo sertanejo e vivendo experiências corriqueiras das narrativas ditas nas canções, como me disse em uma entrevista, GaliGaló, não binário e artista: héteros ou não, todo mundo sofre por amor, bebem, gostam da vida no sertão, então podem muito bem fazer parte do sertanejo, sem necessidade de divisão ou estranheza.

Pelas palavrasdojornalistaRuyCastroparaaFolhadeS. Pauloem 2016:"OJohnny Alf, sem dúvida, foi um grandeprecursor da bossa nova, na década de50. É um processo que já vinha desde os anos 40, pelo menos, a bossa nova era apenas uma inovação em cima de uma bossa brasileira que já existia, a conclusão de um processo evolutivo. E o Johnny Alf, assim como o João Donato, já era bastante evoluído dentro desse processo todo, ou seja, ele já era uma bossa nova dez anos antes da bossa nova". BERTH, Joice. A BOSSA NOVA E O MEDO BRANCO, Revista ELLE, São Paulo. Publicado em 22 de agosto de 2020. Seção: Colunistas. Disponível em: <https://elle.com.br/colunistas/a bossa nova e o medo branco> Acesso em 25 de setembro de 2021 às 16:20.

FUNK

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O funk carioca é muito distante do que foi o funk criado nos Estados Unidos nos anos 60 com grandes nomes envolvidos como Horance Silver e James Brown. Com suas origens puxadas do rhythm & blues, jazz e soul, uma coisa ainda é muito presente no funk que toca nos alto falantes aqui no Brasil, o ritmo acelerado e a animação.

Linn da Quebrada, em entrevista com o site BBC, contou sobre como entrou no funk e como enxerga seu sucesso atualno cenário do funk e aceitação desua vozpelas novas gerações.

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"Apesar da facilidade maior de produzir, não é fácil entrar em alguns espaços. Para algumas pessoas como eu, às vezes não é fácil nem sair de casa, é um ato de coragem tomar o próprio corpo. Então eu espero que minha música consiga ser ouvida e com isso, outras pessoas possam ter a coragem de ser, de existir, e a gente possa estabelecer esses vínculos para sobreviver. Eu não sou a rainha do empoderamento, uma diva, nada disso. Eu sou só

E o ritmo do funk evoluiu nas favelas brasileiras e deu voz para os mais marginalizados na sociedade problemática e desigual no maior país da América do Sul. Diferente do sertanejo, o funk convive com uma doença no país, o racismo. De acordo com as pesquisas do IBGE, a população negra tem 2,7 mais chances de serem assassinadas no Brasil, números que fazem parte do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública emparceria como Ministério da Justiça. Somando com as mortes de pessoas LGBTQIA+ e de mulheres, a vida da jovem lésbica, bi ou trans, negra é a mais vulnerável.MCDricka, MC Rebecca, Ludmilla, Urias são cantoras negras LGBTQIA+ de grande fama, que atualmente acumulam sucessos nas paradas musicais, são as mesmas que poderiam ter sido vítimas da ignorância que ainda prevalece no nosso solo brasileiro. O respeito não é apenas uma palavra bonita, é algo que poderia salvar vidas e polarizar talentos.

No documentário “Favela Gay” (FELHA, 2014), uma das personagens da narrativa que trata como é ser um gay assumido nas favelas mais populosas do Rio de Janeiro, a travesti Márcia Laura conta que o preconceito vem até das facções que comandam as regiões Em sua juventude, quando era uma jovem de 17 anos, sofreu muitas agressões ao andar na rua, humilhada e machucada. Contudo, agora já se encontra na casa dos 30 anos, e compartilha que com as novas gerações, as coisas estão mais otimistas pela renovação dos comandantes e a maior convivência entre os grupos gays e héteros.

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Tomaz Tadeu da Silva (2011) considera que a identidade está vinculada a condições sociais e materiais, e se um grupo é simbolicamente marcado como inimigo ou como tabu, isso terá efeitos reais porque esse grupo se tornou socialmente excluído e passa a ter desvantagens materiais. No caso dessadiscussão,o grupo queésimbolicamentetido como inimigo éo LGBT, que não se enquadra dentro de um modelo heteronormativo. Tal ideia faz com que quem se identifica como LGBTQIA+ nas comunidades possa se esconder por não terem semelhantes, onde se sentiria mais seguro, por isso a representação nos palcos, mais uma vez, atua como fator importante para criar coragem naqueles que ainda se escondem por medo.

A renovação das gerações e o culto do funk de dar voz aos mais marginalizados ajuda uma nova cultura ser criada na favela, não que isso seja mais fácil, mas a masculinidade esperada de um homem da periferia é maior ainda. O autor Joílson Santana (2011) explica que há a construção da imagem da mulher e do homem negro hiper sexualizada, e que principalmente do homem negro, espera se um certo comportamento extremamente viril, e que isso seria algo positivo, e que no imaginário popular os negros devem ter um comportamento sexual quase animalesco, e isso é a maior qualidade que podem apresentar, e presos neste estereótipo, a identidade do negro gay é reprimida e apagada.

Ofunk veio paradar vozàquelesque lutamcontratodososproblemasquevemde berço Com isso, viver às margens da sociedade também exige uma certa postura não muito diferentes das já citadas até aqui. Baseada nas teorias de Foucault, o sexo e a sexualidade estão ligados à regras de Estado e Instituições que acabam como indivíduo, que está preso à regras e age como foi lhe dito que é o certo, mas as proibições não são, de fato, demonstrações de poder, apenas expressão de frustração com a liberdade do cidadão: “as proibições não são formas essenciais do poder, são apenas seus limites, as formas frustradas” (FOUCALT, 1984).

Dado este contexto, a pessoa que se identifica fora dos padrões heteronormativos, encontra se pouco aceita pelo funk, apenas com a quebra de padrões e a evolução das normas pré estabelecidas, que já não cabem na sociedade moderna e evoluída que o Brasil pode se tornar, isso poderá mudar. O funk foi muito marginalizado no seu começo pela sua relação com as favelas, mas hoje, não há um lugar onde o funk não toca, o gênero já leva a cultura brasileira para todos os continentes, sendo tocado até em rádios da Europa.

uma bichinha da favela, mais uma, como qualquer outra e qualquer outra também pode produzir." PEREIRA, Nélli. De testemunha de Jeová a voz do funk LGBT, MC Linn da Quebrada se diz 'terrorista de gênero'. PEREIRA, Néli. “De testemunha de Jeová a voz do funk LGBT, MC Linn da Quebrada se diz 'terrorista de gênero”, BBC Brasil. São Paulo, publicado em 12 de setembro de 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/09/de testemunha de jeova voz do funk lgbt mc linn da quebrada se diz terrorista de genero.html>. Acesso em 24 de setembro de 2021 às 19:03.

Dos pobres do Brasil, 55,5% são negros e moram em favelas (IBGE, 2019), e o funk nasceu dessas vozes. No começo de seu sucesso nos anos 2000, os maiores nomes eram a dupla Serginho & Lacraia, sendo que Lacraia era gay e afeminada As suas músicas fizeram muito sucesso, mas isso não foi suficiente para que ela fosse respeitada entre seus companheiros na música e até por quem ouvia seus hits. Chamar alguém de “lacraia” virou um tipo de xingamento contra homens gays.

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Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

BERTH, Joice. A Bossa nova eo medo branco, Revista ELLE, São Paulo. Publicado em 22 de agosto de 2020. Seção: Colunistas. Disponível em: <https://elle.com.br/colunistas/a bossa nova e o medo branco>. Acesso em 25 de setembro de 2021 às 16:20.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Ed. 16º, Bertrand Brasil São Paulo SP. 2019.

O artista brasileiro necessita de apoio para poder evoluir de alguma forma, pois esta violência gerada pelo preconceito ceifa jovens talentos prematuramente e injustamente, atravancando o enriquecimento do cenário cultural brasileiro e a livre expressão

A música vem sendo instrumento de resistência há anos, desde o movimento de contracultura até músicas de protesto durante a Ditadura militar nos anos 80. A voz de pessoas LGBTQIA+ necessita ter o mesmo valor que qualquer outra, e a música criada por elas continuará sendo a imortalização desta luta.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao contrário do que alguns apontam, não existe uma “agenda homossexual”, termo criado pelas extremas direitas estadunidense, não existe doutrinação gay transmitida pelas músicas de tais artistas LGBTQIA+ de nenhum gênero musical, de nenhuma forma, o que realmente existe é a repulsa de héteros cisgêneros que evitam misturar se com pessoas LGBTQIA+ por ignorância coletiva.

Essa renovação é refletida na expansão na representatividade em cima dos palcos, o funk agora já ganha representantes em MCs e DJs da comunidade LGBTQIA+, e expande se para a criação de bailes totalmente direcionados para esta comunidade que necessita de um lugar seguro para se expressar, para que assim a cultura brasileira fique apenas mais diversificada do que já é.

Indivíduos estejam socialmente organizados, que formem um grupo (uma unidade social): só assim um sistema de signos pode constituir se. A consciência individual não só nada pode explicar, mas, ao contrário, deve ela própria ser explicada a partir do meio ideológico e social (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2014, p. 37).

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. (VOLOCHÍNOV). Marxismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentaisdo método sociológico naciênciada linguagem. Trad. MichelLahudeYara Frateschi Vieira. 13 ed. São Paulo: Hucitec, 2009 [1929].

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Ano 2021.

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MENDES STORI, Letícia; PAULIS, Priscila; LEAL E SILVE, Egídio. A Representação da Mulher em Músicas Femininas de Sertanejo Universitário: Podemos Falar de Estereótipos Machistas? Colloquium Socialis. ISSN: 2526 7035, [S. l.], v. 2, n. 4, 2018. Disponível em: https://journal.unoeste.br/index.php/cs/article/view/2594. Acesso em: 3 out.

GAY BAHIA, Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil. 8º ed. Bahia, GGB, 2020, 10 p.

GRUPO GAY BAHIA, Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil. 7º ed. Bahia, GGB, 2019,

GRUPO122p.

FOUCAULT, Michel. A História da Sexualidade: O Uso dos Prazeres Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

Fernando. Alice Marcone, sertaneja e trans, sobre Marília: 'Que feminejo é esse? Portal UOL. Publicado em 11 de agosto de 2020. Seção: Splash. Disponível em: <https://www.uol.com.br/splash/colunas/fefito/2020/08/11/alice marcone cantora sertaneja e trans sobre marilia mendonca.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 06 de setembro de 2021, às 18h45.

PEREIRA, Néli. “De testemunha de Jeová a voz do funk LGBT, MC Linn da Quebrada se diz 'terrorista de gênero”, BBC Brasil. São Paulo, publicado em 12 de setembro de 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/09/de testemunha de jeova voz do funk lgbt mc linn da quebrada se diz terrorista de genero.html>. Acesso em 24 de setembro de 2021 às 19:03.

OLIVEIRA,2021.

PINHO, J.B. Comunicação em Marketing: Princípios da comunicação mercadológicas. Campinas SP, Ed. Rev. E atual Campinas, SP: Papirus, 2001.

SAN MARTIN, Patrícia. Hipertexto: Seis propuestas para este Milenio. Buenos Aires: La Crujía, 2003.

MARCHA:ProjetoGráficoeEditorialderevistaimpressa

UNIVERSIDADECRUZEIRODOSUL BarbaraSanchesdeOliveira

São2021Paulo

MARCHA:ProjetoGráficoeEditorial TrabalhoConclusãodoCursodeGraduaçãoem ComunicaçãoSocial Jornalismo,daUniversidade CruzeirodoSul,comorequisitoparaaobtençãodotítulo deBacharelemJornalismo Orientador:Prof Me LuizVicentedeLimaLazaro

RGM:1878440-2

São2021Paulo

BarbaraSanchesdeOliveira

PROJETOGRÁFICO 31

a) Música Jocy 9

b) Esporte: 32

2 Transcriçõesdasentrevistas: 13

c) Moda Zuzu 11

6

OBJETIVOSGERAIS

b)Esporte Marta 11

OBJETIVOSESPECÍFICOS 7

6

d) Saúde Rita 12

Vejadetalhamentosdaseditoriasfixas: 32

d) Rita(Saúde) 30

b)EspelhodaversãofinaldarevistaMARCHA 25

a)YuriGabe: 13

c) Saúde: 33

b)IasminTurbininha 15

JUSTIFICATIVA

Sumário

INTRODUÇÃO

2 Design 27

a) EspelhoinicialdarevistaMARCHA: 23

3 Espelho 23

d) Moda: 34 e) Alô,Marcha: 35

1. Redação 25

DIÁRIODECAMPO 25

APÊNDICES: 9

7

1 Pautas: 9

CRONOGRAMA 8

a) Zuzu(Moda) 28 b) Alô,Marcha! 28

c)GaliGaló 20

ORÇAMENTO 9

c) Jocy(Música) 29

f) CrônicaseContos: 35

RevistaBalaclava: 36

PÚBLICO ALVO 38

CoreseTipografia 45 Diagramação 46

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS 47

PESQUISAEDITORIAL 35

RevistaELLE: 37

g) Notasrápidas: 35

Personas: 38 Persona1: 38 Persona2: 39 Persona3: 39 20Pesquisadepúblico alvoepersonas 40

INFORMAÇÕESGERAIS 40

InformaçõesTécnicas 41

Estilotipográfico 41 CódigoCromático: 41 Logotipo 42 Grid 45

CONCLUSÃO 46

INTRODUÇÃO

Com este projeto de revista, a ideia é trazer ao leitor uma nova experiência informativa, trazendo um equilíbrio entre o visual e o conteúdo. Mesmo usando cores mais vivas e uma linguagem mais inclinadaparacoloquial,aindaabordaremosassuntosrelevantes e consideramos formais demais para seremtratadasemumarevistadocotidianovoltadapara opúblicofeminino.Aoreconhecer

Assim, como o esporte feminino também sofre grandepreconceito,enãoconsegue nem metade dos investimentos que esportes masculinos recebem, e isso, refletenacobertura midiática.A

JUSTIFICATIVA

Comumaredaçãofemininadiversificada,traremosmaisdoqueumavisãolimitada, todas moradoras da Zona Leste, nossos olhares e nossas vozes refletem nas nossas leitoras, acompanhando a globalização e a enxurrada de informações que enfrentam todos os dias, a MARCHA oferece uma espécie de curadoria para a mulher moderna e mantém uma relação próximacomquemfolheiaaspáginasdaedição.

Mesmo tendo suas divergências, as editorias e o alinhamento são ligados a atualidades,sempreligadaaosacontecimentosdomundo.

MARCHA tem emseusprincípiosdarespaçoparaestasproblemáticas,edarvoz eespaçoparaquemprecisa,poisémuitofácilteravozsilenciadaporgrandescheques.

Saindo da curva, MARCHA pretende não ser elitizada, ao falar demoda,mantendo a atenção voltada para a moda mais acessível e consciente, levando ao leitor informações relevantes do meio de uma forma que não exclua a leitora que não temcondiçõesfinanceira de comprar bolsas da Gucci de R$13.000, pois está moda. Isso não reflete a realidade brasileira, onde apenas 1% dapopulaçãoconcentra 50% dariquezanacional,deacordocom orelatóriodeRiquezaGlobal,publicadopelobanco Credit Suisse

a pluralidade da mulher atual, as editorias poderão transitar entre tópicos de diversas áreas, pois é possível uma mulher ser interessada por música do mainstream eaindadesejarsabersobreesporte,finalizando comumamatériasobremoda.

A proposta deste projeto de pesquisa partiu da percepção empírica, de que os veículos jornalísticos têm pouca cobertura acerca de artistas musicais brasileiras, principalmente mulheres da comunidade LGBTQIA+, e mulheres profissionais dentro do futebol. Os veículos jornalísticos e revistas paramulherestratam,quasesempre,dosmesmos assuntosvoltadosaestéticaebeleza,quasenuncaincluindooutrosassuntosquepodemserde interessedeleitoras,comoesportes.

Ao longo do tempo, as influências para a produção das editorias de imprensa, vem atendendo formatos e linguagens novas para públicos específicos. Como afirma BAHIA, (1990):

"Notícias para públicos específicos ou selecionados, que se situam numa classificação de especializadas, encontram o seu melhorformatonarevista.Foradomercado de assuntos gerais, publicações técnicas, dirigidas, house organ etc. dedicados aos mais variadostemas,serealizamnopadrãoStandarddarevista"(BAHIA,1990,p.401).

"Os leitores costumam manter uma relação quase passional com suas revistas favoritas.Nãoéàtoaquegostamdeandarcomelasdebaixodo braço, como se fossem uma espécie de emblema ou sinal de identificação Muito do fascínio desse tipo ou publicação vem justamente da capacidade que ele tem de construir fortes laços de empatia com seu público " (SCALZO,2004,contracapa)

OBJETIVOSGERAIS

A revista experimental que compõe o projeto gráfico tem, sobretudo, o objetivo de levar asquestõespolíticas-sociaisaopúblico,trazendoassuntosquepodemlevara debatese questionamentos relevantes aos dias atuais. Os leitores constroem uma relação fiel comsuas revistaspreferidas,porisso,éimportantequeasessesmeiosdecomunicaçãotragamassuntos sócio-políticosemsuaspáginas.DeacordocomSCALZO,(2004):

O projeto tem como objetivo exaltar osartistasnacionaisqueprocuraminovarsuas artes,tentandoterespaçonocenáriobrasileiro.

Ressaltar a importância da comunicação midiática, trazendo ao público novas percepções sobre cada cultura da revista, engajando em pautas políticas- sociais, consumidoresdemúsica,moda,esporteesaúde.

Aprincípioocronogramafoidesenhadocontandocomumaeficiênciaecooperação de todos os membros do grupo, tentando calcular que mesmo com atrasos, teríamos todo o material entregue antes do final de novembro. No mês de junho/2021 este foi o cronograma

diagramação revista, passei colegas para ummelhorplanejamentoecriaçãodepeças.Mas,recebiostextosprincipaisdas

OBJETIVOSESPECÍFICOS

• Comprometimento com a verdade e responsabilidade com a comunicação impressadeformaclara;

• Informar de forma irreverente e clara aos leitores sobre questões sociais e trazerconteúdodequalidadeparamentesengajadasefamintasporconhecimento.

CRONOGRAMA

pordesenvolvida.desenvolviYdedesenhado:NajulhoforamuriGabe,DJInfelizmente,todaapartedesign

•Criarumarevistaparadarvozàquelesqueestãoàmargemdasociedade.

PAUTA REVISTA EDITORIA Música(Jocy) TEMA/ASSUNTO Cantores LGBTQIA+ no funkenosertanejo Dez.EDIÇÃO2021 HISTÓRICO

editorias Rita (saúde) e Zuzu (moda) no início de novembro, juntamente dos textos que formariam suasnotas.Afaltadecomprometimentoepontualidade,juntamentecomafaltade sensoderesponsabilidadeprejudicaramocronogramatraçado.

Repórterese Pauteira: BarbaraSanches

Os gêneros musicais, sertanejo e funk, podem muitas vezes serem ambientes machistas, onde o público LGBTQIA+ não tem muito espaço para desenvolvimento ou aceitação. Porém isso vem mudando com o tempo, juntamente com o aumento da representação no meio musical, ampliando as possibilidades e melhorando a diversidade, tantoemcimadospalcos,quantonaaudiência.

● Organização Fivela Fest (festival de música sertaneja focada totalmenteemmostrararepresentatividadedoLGBTQIA+dentrodogênero)

Mostrar ao leitor como é o cenário LGBTQIA+ nesses dois gêneros musicais brasileiros, que apesar de muito populares, tem pouquíssima representação gay. Dado seu histórico machista, irei conversar com os artistas para entender como lidam o preconceito nocenário.OBSERVAÇÃO

● Alice Marcone (cantora de sertanejo, compositora e roteirista transsexual)ALINHAMENTO

● Gali Galó (artistanãobinária,atuantenosertanejoeumadasmentes portrásdonome“queernejo”)

EDITORIAL-ENFOQUE/ANGULAÇÃO

FONTES:

● YuriGabe(MCdefunkeinfluencergay)

● Iasmin Turbininha (DJ carioca do gênero, lésbica e uma das percursorasdofunk150bpm)

REPORTEREPAUTEIRA: –

Zuzu PAUTA REVISTA EDITORIA Zuzu TEMA/ASSUNTO:Invisibilizandoquemtefazvisível:O desprezodasmarcasdemodadeluxocomdiversosgrupossociais EDIÇÃO

HISTÓRICO

b)Esporte-Marta

FONTES: SEMFONTESAINDA

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

Mostraraimportânciadofutebolfemininoecomofoioimpactoduranteoperíododepandemia

IngridyRodrigues c) Moda

Omarcodofutebolfemininofoiapartirdoanode1920,aspartidasdefuteboleramaindatímidas, aténospequenosjornais.Aodecorrerdosanoscompequenasmudanças,sófoinosanos40que aconteceuumapequenaaparição,nãosepodiafalarqueeradegrandesclubesnaquelemomento.

PAUTA Jornalismo noturno São Miguel REVISTA EDITORIA Marta (Esportes) TEMA/ASSUNTO Ofutebolfeminino eseusdesafios durantea pandemia EDIÇÃO DEZ.2021

Dez.2021

CriadoemSãoPaulo,nasceuem2009ofunkostentaçãocomoprecursordoritmo,MCBioG3.A propostaeracantarsobresuasprópriasvivências,geralmenteessasqueretratavamavidade cantoresquevieramdeclassesinferiores,masqueconquistaramaltopoderaquisitivo,permitindo umanovavida,aoconsumirpeçasgrifes,carrosmilionáriosejoias

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

Nãodefinido

Quandolevamosemconsideraçãooposicionamentodemarcasdeluxonacionais,podemos analisarqueexisteumrecortesocialextenso,porém,elitistaeracista Colocandopretose não moradoresdebairrosdaelitebrasileiranoespaçodenãoseremconsumidoresempotencial, tornandoassiminvisívelopúblicoquefazemdemarcasluxuosasvisíveisnosbairrosperiféricos. Mesmoconsumindoepropagandoodesejodepertencerematmosferas,comoadofunk ostentação,cantoreseconsumidoresseguemsendodesprezadosporgrandesnomesdamoda. Saúde–Rita

d)

Ouseja,poderíamosfacilmenteacreditarqueporcontadecantoresestaremrealizandoumaforma dedivulgaçãoreferenteaestesnomesrenomados,asmarcaseestilistasapoiaramessegrupo,mas nãoéoquevemacontecendo

Oquepodemosrelacionardeformapositivaaocriarodesejodeconsumodemarcasdemoda entrejovens,emsuamaioriaresidentesdelocaissemelhantesàquelesemqueos MC 's vieram Ao incentivarestilodevidapregado,ogêneromusicalporidentificaçãodosjovensfuncionacomoem umapropaganda,fazendocomqueparaoconsumidorsesentirpertencenteatodoomovimento.

FONTES

O boom queocorreuentreosanos2013,2014e2015emrelaçãoaofunkostentaçãonãofoi totalmenteporacaso,emcadaesquinadosbairrosdoBrasilnóspodíamosescutarasmelodias clássicasdogênero funk cariocacomumtoquediferenteemsuasmúsicas,destavezasletras cantadaspor MC’s nãoenvolviammaisrelacionamentosamorosos,oassuntoeraoutro:opoderde adquirirmarcascaraseum lifestyle extremamenteluxuoso

Recentemente,amarcaLacosteseenvolveuemumapolêmicareferenteasuacampanhaque aconteceunoúltimomêsdeagosto,comfoconadiversidadenacional.Amarca,muitocitadaem músicasde funk etambémno rap,visavaabordaracoletividadedamarcaenãotevenenhum artistadacenado Rap, Funk oudequalquergêneroculturalurbanocomoestrela Semcontar tambémcomaausênciadeumelencodiverso,aoescolherum casting emsuaenormemaioria branco

REVISTA

HISTÓRICO

PAUTA

EDITORIA Rita(saúde) DoençasMentaisnaMídia Dez.2021

Conformeotempofoipassandoaformacomoaspessoascomtranstornosmentaiseramtratadas mudou,eatualmenteelessãovistoscomoloucosouestranhospelaspessoasquenãoentendem comoelessesentem.Porcausadissoasociedadeostratamal,etemváriospreconceitoscontra essaspessoas,eamídiatambémcontribuiumpoucocomessespreconceitos.

Domênica(sofredesíndromedopânicoedepressão) 1196434 2617

ALINHAMENTOEDITORIAL ENFOQUE/ANGULAÇÃO

PsicólogaMarita (11)99127 0044

Lidiane(parentedealguémcomtranstornomental) 1198176 1257

RegianePereira 2-Transcriçõesdasentrevistas: a)YuriGabe: Pergunta

EDIÇÃO

HISTÓRICO

FONTES

AHistóriadaLoucuradeMichelFoucault

Amatériavisamostraromodocomoaspessoascomtranstornosmentaissesentemaolerouver matériassobreelesnasmídias,eoquantoissoajudaelesouosatrapalhanotratamentodeseus transtornosedoenças

erafã?

REPÓRTEREPAUTEIRA: - O que te fez se interessar em performar músicas nesse gênero em específico?Vocêjá

TEMA/ASSUNTO

Pergunta - Ao ver a reação positiva dos seus fãs às suas músicas e videoclipes, você acha que isso incentiva mais pessoas gays ou lésbicas a se arriscarem mais nesse estilodemúsica?

Resposta: Claro, com toda certeza! Eu mesmo levei e levo muitos artistas LGBTQIA+ como inspiração, cada vez aumentando o número de artistas do meio, muitas outrasirãoseinspirarportercomoinfluência.

Pergunta Você já tinha muitos seguidores pelo seu trabalho na internet, mas para iniciar um novo trabalho, imagino quedevecausarumpoucodenervosismo.Você temeuumamárecepçãonocenáriodofunkporsuaorientaçãosexual?

Pergunta - Na sua visão, você acha que o público LGBTQIA+ pode ter uma resistênciaemouviroestilodefunkmaisdistantedo 'funk melody' oupop?

Resposta: Temi sim, mas foi ao contrário, nomeucasofoimuitodonada,euganhei uma música de um amigo Dj que é o Thalles Yan, para postardançandonomeuInstagrame aí o meu público pediu pra eu colocar no YouTube, depois de 1 mês começou a viralizar, e não tem nenhuma voz minha na música, viralizou por si só, quando o pessoal foi realmente saber quem era o Yuri Gabe citado, aí começaram a me cobrar música com eu cantando, eu arrisquei, lancei a música “O Novinho até Suou” eganheimuitoapoiodopúblicohéteroque curteofunk.

Pergunta Vejo que você éclarosobresergaynasletrasdesuasmúsicas,oque eu, pessoalmente, acho muito legal e admirável! Qual a importância de manter essa honestidadeemseutrabalhoparavocê?

Resposta: Com os aplicativos de vídeos curtos, isso mudou muito, podemos levar em consideração a Mc Dricka que é um funk distante do melody e pop, mas o público LGBTQIA+curtemuitoedámuito stream.

Resposta: Eu morei bastante tempo da minhavidanaCidadeTiradentes,queéuma comunidade no extremo leste de São Paulo, então sempre escutei muito de dançar e principalmenteasbatidasquefazemeuterumamoreterno.

Quando comecei a soltar as músicas, para ajudar, e começou a ter compartilhamento. Eu trabalhava em uma lan house, e sempre tiveuma vibe na lan house E aí eufizamizadecomumDJ,eaprimeiravezqueviumfunksendoproduzido,foiporele.E foi muito foda, porque foi isso que me motivou a ser DJ, e na época eu não tinhacondições

Pergunta - E por último, estamos em um tempo complicado pela pandemia, masvocêjátemalgumpróximolançamentoemmente?

Resposta: Sim, meu próximo será um feat com uma artista indicado na pergunta acima,aindanãotemosdatas,masprovavelmentesairáemnovembro.

Pergunta - Ainda falta um pouco de representatividade no funk,mesmoassim, háalgunsMCsoucantoresdeoutrosgênerosqueteinspiramemsuacarreira?

b)IasminTurbininha

Resposta: Então, na verdade, e o que eu falo para todo mundo, eu sou cria da Mangueira. Cresci e nasci. E a comunidade é cercada por culturas, tem pagode, rodas de samba, baile de favela. E, eu amo esses tipos de música, ouço todo dia. Então,eucomeceia frequentar baile com 8 anos de idade. Tipo, o baile ficava na rua de casa então a gente marcava com osamigosdaescola.Todasexta-feira,começaemumhorárioqueagenteainda estava brincando na rua. Eu cresci ouvindo funk, e com o preconceito, a gente só ouvia na comunidade. Eu fui crescendo, e em 2011. Criei um canal no YouTube, bem aleatório, e em 2013, comecei a postar músicas de alguns DJs amigosmeus.Eaospoucos,aspessoasforam chegando e perguntando. Porque, na comunidade, antes do baile, as músicas que tocavam você só ouvia se comprasse o CD diretocomosDJs,entãovocêsóouvianobaile.Nãotinha internetparaouviremcasa,sóemCD.

Resposta: Diz muito o que eu sou, transparente, não tenho medo dasopiniõeseque outraspessoaspossamentenderqueelasnãoprecisamseesconderpraagradarasoutras.

Resposta: Lia Clark, Pocah, Mateus Carrilho, Glória Groove, Kaya Conky, Pabllo Vittar,entreoutrosqueeuamo.

Pergunta - O que te fez se interessar em performar músicas nesse gênero em específico?Jáeraalgoqueterodeava,vocêjáerafãdofunk?

decomprarummicrofoneeaparelhagens,eeletambémsótinhaumcomputadorzinho.Eteve uma vez, ele precisava de uma voz, ele já tinha a letra, e o DJ sabe como é que faz uma música. A maioria das músicas do funk, são baseadas em fatos reais, a história dele, ou do amigo, algo que aconteceu no baile. EelequeriaumMC,masnóstínhamosmuitoscontatos, fazíamos com o que a gentetem,comoqueagentetinha.Arranjamosumamigo,quecantou do jeito que ele pediu, gravou pelo telefone. E do gravador, foi celular Samsung, não tinha qualidade,nãotinhaamesmaqualidadequetemhoje.Editouavozpelocomputador.Agente fazia com o que tinha, só tinha a ideia na mente, se desse para executar, boa. E eu ficava vendo isso, ele editando, e produziu a música e começou a tocar no baile, e as pessoas dançando, e eu pensei que eu vi aquela música nascendo. E foi aí que eumeapaixonei,quis produzirfunktambém,emeenvolver

Foi aí que eu entrei de cabeça, nesse período eu perdi minha mãe, com 11 anos de idade. A gente cresce na comunidade, a gente passa por muita coisa, e agradeço a Deus por ter a cabeça no lugar. Porque é difícil crescer com esperança. O funk salvou a minha vida, algumas pessoas não vão entender, mas o funk é uma cultura que salva vidas. Para as crianças,conseguemteresperançanavidacomessacultura.

Quando parei para aprender, antes disso, eu fui muitas coisas que eu não tinha cabeça, meu pai não era presente, fui morar com a minha avó, e investi em influências erradas. Mas quando entrei decabeçanofunk,aprendicoisasquenuncaimaginariaaprender. Com o funk, eu tinha um sonho. Nãopensavaqueiriamesustentar,nãoeraparaninguém.O DJ ganhava 30 reais para tocar no baile, na época era até muito, mas não via o DJ sair da comunidade, oMC,conseguiaàsvezes,quandoestouravaamúsica,naépocatinhaaFuracão 2000, lançava DVD. E isso eramaisfocadoemMC.Elecantava,dançava,tinhalançamento. Mas o DJ em si, nunca aparecia. Porque se tem a música tem a produção, e eu não pensava queiriaconseguirsobreviverdofunk.

Em 2018, comecei a fazer shows, mas não era tanto, porém melhorou, e foi muito importante. Meu primeiro show, fuidetrem,algunsconheciammeutrabalhodainternet,mas não das ruas. Peguei ometrôparaomaracanã,eumaamiga,nãotinhaprodução,eraeueela, só. Ia tocar a 1damanhã,saíàs22h.equandomeanunciaram,meucoraçãoaceleroudeuma forma inédita, e eu pegueiomicrofone,supernervosaedeiboanoite,eeramuitagente,efoi algo sinistro,algoqueeunãoesperava,eeucomeceiaquereraquelasensaçãosempre,queria estaremtodososlugares.

Quando dos lugares que eu ia, nem imaginava que as pessoas me reconheceram, e agora minhas me trombam e falam que eu sou inspiração, e fico muito feliz, ver várias mulheres. E o funk, em si, é uma cultura de todos. E eu já estava muito descriminalizado, queriam acabar com o funk. E ele está sendo internacional, entrando em lugares onde antes era criticado. Agora, eu toco na rádio MTS, lá em Londres, e recebo mensagens de gringos elogiandoossets,eessarádioestálevandomeutrabalholonge.Eissomemotivamaisainda.

Perguntas - Você temeu uma má recepção tanto do público quanto dos outros MCseDJsnocenáriodofunkporsuaorientaçãosexual?Oufoialgoirrelevante?

Resposta: No começo, recebi muitas críticas, até de MCS e DJs que eu admirava. Em relação ao público, em alguns lugares, as pessoas falavam coisas que me machucavam, mas eu sabia que não valia perder o tempo com isso. Mas, tem limite, respeita para ser respeitado, quando a gente respeita opróximo,avidaficabemmaistranquila,mastemgente que gosta de infernizar a vida do outro. Procuro manter a tranquilidade, e quando veem que nós não estamos ligados, porque fazem isso para chamar a atenção, para te irritar Mas,quer chamar minha atenção? Me trata com educação, com respeito. Quandoqueremserlegais,ou falar da minha sexualidade, eu acho que isso não é da conta de ninguém, só importa para quem se deita na cama com você. Só porque eu gosto de mulher, o cara quer me falaroque ele acha o que é certo ou errado. As pessoas precisam entender isso, o que ela me falar,não

Mas, eu só via homem na cena, e eu sofri muita crítica por isso. Eu postava uma música, e tinha críticas, “vai procurar o que fazer”, “vai lavar calcinha”, “Tá estragando o funk”, e eu não sabia lidar e suportar porque falavam isso para mim, e eram todos homens falando isso, e eu ficava triste. Eatépelaminhasexualidade,porqueeusoulésbica,semcaô, e defendo a bandeira sempre, e aspessoasdebocharam,efaziambrincadeiras,masnuncame importei muito, queria fazer o que eu queria. Botei na mente que nãomeimportaria,eoque tivesse de ser, seria. Era algo que eu gostava e salvou minha vida. Deus foi tão fiel e me abençoou, e toco em lugares que nuncaimaginei.UmaDJmulhertocounafavela,sendoque crescivendoapenashomens.Atéumamigomedisse,ummaisvelhoqueeu,fala“uau,nunca vi algo assim, uma mulher tocar,evocêfezacontecer.”Eagora,vejováriasminastocando,e quando cresci, não via isso, ninguém para me espelhar E isso me motiva. Também, não era algoqueeupensava,sófaziadecoração.

Pergunta Na sua visão, você acha que o público LGBTQIA+ pode ter uma resistênciaemouviroestilodefunkmaisdistantedo 'funk melody' oupop?

e isso, não tem gênero, é uma cultura. Fui muito feliz, quando chegam em mim e falam “Você mudou muito a minha mente”, amigos. As pessoas precisam aprender o que é amor de verdade, quando souberem disso, irão saber o que é respeitar as pessoas de verdade.

vai mudar nada na minha vida. Se a gente não dá tanta importância, eles vão ter que aceitar queestamoschegandolonge.

Omais.funk

Pergunta - Ao ver a reação positiva dos seusfãsàssuasmúsicas,vocêachaque issoincentivamaispessoasgaysoulésbicasasearriscaremmaisnesseestilodemúsica?

Resposta: O público LGBT, na minha visão, ele é muito de não ter gênero musical, escuta de tudo, de pop e funk. Vejo issonasfestasdomovimento,vejoqueháumadiferença muito grande. Quando segmento é mais hétero, vamos dizer Para os LGBT específicos, a energia é muito grande, me sinto em casa e acolhida. A gentepassapormuitacoisatodosos dias, mas estamos lá, brincando, dançando, sedivertindo.Eétotalmentediferente,doevento mais hétero. Eu sou a mesma, o mesmo estilo, mas vejo o público diferente. O Baile dos Leões, No Brilho, festas LGBT, tem vários, esses são onde as pessoas ficam a vontade de dançar, todos os estilos. O público ajuda bastante o artista, quando estamos fechados, eles apoiam a música, eu acho muito da hora.Detodososfunks,elesapreciamsim.Eufaçofunk putaria,etemDJrave,DJ melody.Temamúsicae eledança.

No funk, eu sofri bastante, até com gente mais próximas de mim, eusempresoube que eu era lésbica, então, coisas que não vão mudar com o que as pessoas me dizem. Crescendo, sempre sofri, chamada de “mulher-macho”. Mas agora, aspessoasmerespeitam, já me pediram desculpas. Antigamente, era muito mais difícil, agora as pessoas jáentendem umpouco

Resposta: Nos eventos, com público, LGBTQ, acabam virando DJ. Hoje em dia, todo funk toca funk, de eletrônico,rap.Nãotemcomoiremumafestaenãotocarofunk.Os públicos LGBT, pedem ajuda para lançar música. Eu tenho essa ideia faz muito tempo, com pessoas só do movimento. Não só famosas, quero dar oportunidade para quem quer mesmo, tenho três músicas já, uma com a Pepita, agora com a Maria, que é trans, e é a primeira

Pergunta - Ainda falta um pouco de representatividade no funk,mesmoassim, háalgunsMCsoucantoresdeoutrosgênerosqueteinspiramemsuacarreira?

Se eu gostar da voz, da vibe, de bomcoração,écomelasqueeugostodetrabalhar, a música é eterna. Tem música que agentequerestourar,masvamosdizer,temmúsicaquea gente faz e faz sucesso depois de uns anos. Música não tem prazo de validade. Eu lanço porque eu gosto, e espero que os outros gostam,seidentifiquemedancem.Euficofelizcom as mensagens do movimento falando da minha importância, porque eu sou assumida e cheguei aqui. O segredo do sucesso é isso, saber entrar e sair dos lugares, respeitar todos os artistas. E a gente segue essa risca, agradeço muito a todos que me ajudaram até aqui. Cheguei em lugares por causa do meu público. Já toquei em um lugar que me falaram “Te contratei só porque o público estava pedindo muito”, já toquei no centro, para uma classe alta, e o organizador me disse isso, que me pediram. É o público que me levou em lugares que não me colocariam, quero agradá-los, ouvir o que acham,asopiniõesconstrutivasdeles. Astemgentequequerterebaixar,masaconstrutiva,eulevo,eupensonaquilo.

música dela. Ela está feliz, eu gosto disso, ajudar gente do movimento com o pouco que eu tenho.

Resposta: As pessoas se arriscam mais no cenário, conheço DJs trans, que se arriscaram. E isso é muito legal, de todas as sexualidades, algo que nunca teve. Ainda mais no funk mesmo, e estão levantando a bandeira ali onde tocam. É muito difícil levantar a bandeira no baile de favela, hoje em dia, eu vi acontecer. Mas antigamente, isso nunca aconteceria. O funk sempre foi machista, muito machista. Agora, já tem outros gêneros e vibes Tem que ter o estilo, muitas pessoas do movimento vira MC e cantores, e issoinspira sempre mais. A gente sabe que é difícil, mas se é algo que queremos mesmo, vale a pena fazeracontecer.Deussempre honraatuafé,eujátrabalheiemtrêsempregos,assineiminhacarteira aos 16anos,faziaparabancarmeusonhoparaserfunkeira.Algototalmentediferente,eunão tinha nada, fazia na lan house onde trabalhava. Apagava muitas coisas que eu fazia, porque não tinha como deixar salvo. E eu fui dando continuidade,enuncapenseiqueiriaacontecer, agora está acontecendo. Falar que eu sou uma inspiração de algum jeito, isso me ajuda a continuar.Játivevontadededesistir,masolhoparatrásepenso“jápasseiportantacoisa,pra quêdesistir?”.

O funk está chegandoemlugaresqueduvidaram,falamquefunkeralixo,quemera funkeira tinha que morrer, muito pesado. Mas eu sempre gosto, funk é dança, e ver sendo internacional, gringos ouvindo funk, as pessoas querendo fazer mais funk. Ele ainda vai ser muito respeitado, isso já aconteceu comosamba.Omorrofoifeitodefunk,defunkparanós dançarmos.Eu

quero representar a Mangueira, onde tudo começou,levaromeusobrenomeeo nome da minha comunidade, e eu sou lésbica, preta, favelada, e eu vou chegar aonde eu quiserchegar.EondeDeusmepermitir.Ninguémvaiimpedirisso. Antigamente, as crianças sóqueriamserjogadoresdefutebol,eraaúnicaprofissão. E agora,elasdizemDJ,MC,elesseinspiramnasoutraspessoasdacomunidade.Elesquerem ser iguais a nós, são favelados que saíram de uma vida humilde. Nóspassamosportudoque passamos, e vamos chegar aonde quisermos, é isso que mostramos para eles. Mostrar que vida fácil, não está com nada. Perdi muitos amigos para a bandidagem, morreram baleados, uma vida errada. Alguns, eu consegui conversar, trazer para trabalhar comigo. E o funk me proporcionou isso. E ver as crianças, saírem dessa vida para virar MC, contar sua história e ser ouvidas, isso me deixa feliz. Inspirar os outros a teremumavidacerta,esempreajudaro próximo. Quando faço, faço de coração, para ela entender que o que de bom aconteceu de bomcomela,ajudaraproporcionarissonavidadosoutros.Degeraçãoemgeração.

Tenho inspirações na vida, mas não um pessoas, não na carreira, porque teve uns que eu gostava, e me trataram mal. Minha inspiração são os meus amigos, é a minha vida, minhas irmãs, minha mãe. Até com pessoas que se inspiram em mim, naminhacarreira,em si, foi o atodequererfazer Algunsamigos,agentevaicrescendo,subirumdegraunavida,e cinco na humildade, na comunidade, quem não entende, ver você ir longe, e te julgam por querer ter uma vida melhor. Isso eu não entendo, se elas quisessem, podiam também chegar aondeestou.

Pergunta - Eu li em uma entrevista sua que você fala que notou uma maior participação de gays nos shows de funk, qual a sua reação a essa algo tão positivo assim?

Respostas: Minha reação é boa demais. Quando cresci, minha mãe e eu tínhamos amigos que eram assumidos, e pessoal falava “ah, tá dando pinta”, cresci ouvindo essas coisas. Quando eufalo,quecrescivendo,verassumidosquenãodançavam,pessoalchamava

Tinha situações chatas, mas eu só queria chegar à minha vida, falava que eu não gostava, que era para parar E mesmo quando quiseram brigar, eu nunca entrei nessa, tentar evitar coisas desnecessárias, eu parava, falava o meu ponto de vista e saía. Só não pode encostar,senãoo“baguio”ficadoido.

Pergunta Bem, primeiramente, o que fez você se interessar pelo gênero sertanejo, já que é um gênero musicalpoucoexploradopelaspessoasqueseidentificam comoLGBTQIA+?

de viado, e até metia a porrada. O modo que a eles falam é isso“óoviadinho”,emrodasde amigos,euviamigosapanharempordançar.

Hoje em dia, eles podem dançar, um público maior. Eles reconhecem, veem até mim. No primeiro baile LGBT que toquei, ouvi coisas absurdas, falando que fazíamos baile de viado. Mas isso foi melhorando, e um baile de favela, osegmentopróprioparaopúblico, para mim, foi histórico, e participar, mais incrível. A recepção maravilhosa, pessoas soltas. Estando chegando em lugares que tínhamos medo de ir. Muitas vezes, eu mesma tive. Mas sempre,graçasaDeus,semprechegueiemcasabem.

Pergunta Quando e como surgiu a ideia de montar um festival sertanejo totalmenteformadoporatraçõesLGBTQIA+?

Resposta: Eu não diria que é pouco explorado, são as narrativas que nunca nos representaram. No início, quando eu morava em RibeirãoRibeirão PPreto, eu sabia que eu queria estar com as pessoas LGBT, e elas não estavam por lá. Elas ficam mais escondidas. Em baladas pop, mas eu preferia estar lá, do que em ambientes heteronormativos.heteronormativos. Eessarepresentatividade,esuafalta,LGBTnãocantava sertanejo. Mas não porque não gostava, mas porque não tinha esse espaço, era tudo sobre homembranco,fazendeiro,quefaziacoisaerradacomamulher,aísearrependia,issosobreo queeramashistórias.Então,oburacoémaisembaixo.

Tem pessoas que caem na consciência e respeito, mas tem algumas, muito ignorantes,masessasopiniões,euignoro.Emtudonavida,tentoserpositivaefazeromeu.

c)GaliGaló

Resposta: A proposta é justamente mostrar a representatividade das pessoas LGBTQIA+ no sertanejo. Na primeira edição, trouxemos drag queens, e revelamos a primeira dupla queer, Mary e Caleb, toda uma galera que a gente conhecia. Promovemos também discussões do sertanejo, como a negritude, a participação da mulher nos bastidores. Então, levantamos essa questão do mercado sertanejo para as pessoas LGBT,porqueagente tem essa ideia de quenãosemisturamaprincípio,masqueremosmostraressamistura.Fazer umsertanejodonossojeito,comnossasquestõesehistórias,quenosabraçanossojeito.

Pergunta - O queernejo vem crescendonosúltimostempos,emsuaexperiência, vocêachaqueháchancesdeleumdiasetornar mainstream?

Pergunta - Gostaria que explicasseaoleitorcomsuaspalavras,qualaproposta doFivelaFest?

Pergunta Na sua visão, você acha que o público LGBTQIA+ pode ter uma certaresistênciaemouvirsertanejo?

Resposta: Há chance, já tive mais certeza absoluta, porque é uma pauta muito incrível, tem militância, política, tem figurino, entretenimento, muita coisa no “queernejo”. Mas sentimos uma resistência, que pensava que o “queernejo” e a pauta conseguiriam engolir, a resistência do sertanejo heteronormativo, das casas de show, do mercado, e penso “como não previ isso?”, o mundo ainda é o mundo, em pleno 2021, ainda tem muita

Resposta: Justamente por falta de representatividade no passado, não ter lugar, sempre a mesma coisa. Desde o “feminejo”, já são mais mulheres,tantocomocantoras,mas o público também se ampliou. E com o público LGBT, é a mesma coisa, mostrar que podemos serrepresentadosnosertanejo,tambémamamos,sofremos,bebemos.Agora,vamos mudarissocomoFivelaFest.

Resposta: Foi quando conheci o Gabeu,umartistaquemechamouaatençãocomo “amor rural” e era outra pessoa que queria fazer a mesma coisa que eu. Então, em2019,me encontrei com ele em São Paulo. Já cheguei nele com o adesivo do Fivela Fest, porque ele tinha mais força, é um homem inteligente e queria ele como sócio. Convidamos a Alice Marcone, a primeira mulher trans a fazer sertanejo eumapessoamuitointeligenteincrível,e nóstrêsfizemosesseeventoonline,porcausadapandemia.

Resposta: O público jovem está mais aberto,temmaisinformação,paraassimilaro universo queer, os signos, as semânticas, as letras, as melodias, e a mistura de tudo. A modernização, o “queernejo” não é sósertanejo,misturamostudocomindie,pop.Háartistas que misturam, mas as mais velhas, querempreservarotradicional,preservarosertanejoraiz, mas não existe só sertanejoraiz,ésóumavertente,dasmuitas.Háumaárvoregenealógica,e o “queernejo” é um ramo dessa árvore. A sociedade setransforma,amúsicasetransforma,e osmovimentostambém.

A Gali Galó, tem uma carreira que se iniciou no rock nacional, mas não me vi representada no sertanejo, então entrei no indie rock. Mas quis mudar, surgiu o Gali Galó, comecei a tocar viola caipira, refiz composições.Omeusingleprimeiro,foiofluxo,quefala sobre identidade degenero, e “Caminhoneira”, fala sobre a sapatão não-binária procurando seulugarnomundo.

homofobia, ainda há muita transfobia, e na música, no sertanejo, não está sendo diferente. Masestamostentando,chegoaduvidardopreconceito,mastento.

Perguntas - E por fim, o Fivela Fest irá acontecer este anonovamente?Sesim, oquepodemosesperardessanovaedição?

Pergunta - Você acha que essa crescente no movimento,iráinspiraroutrosase tornaremcantoresdo“queernejo”?

Resposta: Somos muitos unidos no grupo, com todos que já participaram, e pensamos em fazer novamente. E é muito legal trocar ideias e pensar em pensar em futuros planos. Só precisamos de patrocínio, não preciso justificar isso, né? É isso que esperamos, parafazeracontecer,estamosbatalhandoparafazeralgomelhor.Paraagregarcadavezmais.

Pergunta - Pessoalmente, eu acho que uma representação queer atrai mais o público que se identifica, isso já vem acontecendo comigo mesmo. É algo que você vem notandoemseupúblicoouvinte?

Resposta: Com certeza! Cantores e cantoras do sertanejo, O Fivela foi feito para isso, para trazer mais artistas se identificaram como “queernejo”, e estamos esperando por eles.

EspelhoInicialmente

3–

a revista previa, além das editorias presentes, a adição de uma seção para “Comportamento”, mas esta matéria foi editada fora dessa primeira edição. Isso colaborou para a nossa ideia de termos editorias “móveis”, que não apareceriamemtodasas edições. E as s presentes (Saúde, Música, Moda e Esporte), seriam fixas. Assim como as seções de “Alô, Marcha” e “Contos & Crônicas”. Além disso, também foi elaborado um determinado espaço para marketing, com a possibilidade de conter anúncios, mas essa possibilidadetambémfoidescartada.

Aseguir,confiraaversãoinicialeafinaldoespelho:

a) EspelhoinicialdarevistaMARCHA:

b)EspelhodaversãofinaldarevistaMARCHA

DIÁRIODECAMPO

1. RedaçãoOnosso

A busca por fontes foi a parte mais empolgante, pois quis trazer personalidades relevantes que conseguiam observar essa questão deformaempírica,aDJIasminTurbininha tornou-se um destaque e foi a primeira a ser contactada, por ter seu nome jácorrelatocoma questão feminista no cenário do funk carioca, tornou-se uma pioneira para as DJs de funk mulheres. Nossa entrevista aconteceu rapidamente,elasemostroumuitodispostae,pormeio de whatsapp, ela respondeu todas as perguntas, dividiu muito de sua vivência, desde o começodesuacarreiraatéomomentoatualdesuacarreira,quecontinuaaexpandir-se.

Dentrodaminhamatéria,sempresentiqueamúsicaéumassuntoquefacilmentese torna mais do que entretenimento, elasetornaaexpressãodediversaspessoas,trazendopara o mundo uma reflexão. Por isso, há músicas em religiões, rituais, comemorações, protestos, sempre se entoa uma canção, o que alguns definem como a língua universal. Como diz o filósofo, NietzschenasuaobramaisfamosaOCrepúsculodosÍdolos(1888):“Semamúsica, avidaseriaumerro”.

Yuri Gabe também respondeu meu e-mail de uma forma muito rápida, e a nossa entrevista aconteceu por e-mail, ele quem escolheu o formato. Por se tratar de pessoas com agendasapertadas,eracompreensívelaindisponibilidade.

Nas páginas da revista afônicas, trazer uma questão que além de musical, também tinha sua importância política, foi o que me inspirou a buscar a questão LGBTQIA+ dentro dosritmosmaisfamososnopaísatualmente,ofunkeosertanejo.

primeiro passo foi entender aonde queríamos chegar com a revista, o objetivo e a voz que definiria como a MARCHA iria se comunicar com a leitora.Aideiade focar no público feminino veio daidentificaçãodaredação,poissomosquatromulheres,eas pautas que trazíamospoderiainteressarmaiormenteàsmulheres.Porém,aindafoiimportante entender que os jovens atualmente são mais engajados com problemas sociais e são mais interessados nestas questões. Por isso, a diversidade sempre se mostrou algo extremamente importanteparatodasnós.

Por fim, Gali Galó não foi minha primeira opção como fonte, meu desejo era entrevistar Alice Marcone, quem eu já acompanhava o trabalho antesdecomeçaratrabalhar

da revista era quase tão importantequantooconteúdodasmatérias,poisa MARCHA se propusera a oferecer uma experiência sensorial à leitora. Além de adquirir informação,oferecerpáginasquepoderiamfacilmentesetornardecoraçãoouatéartevisual.

Após enviar e-mail para seu endereço pessoal e do Festival Fivela, focado no “queernejo”, esperei a resposta por alguns dias e depois reforcei o convite, e ele entrou em contato. Por ser não-binário e artista do cenário com uma vontade imensa de defender sua causa, ele se tornou uma fonte valiosa, e após combinarmos adata,entrevisteiGaliGalópor videochamada.Poroutro lado, apesar de ter tido resposta da Alice Marcone, e termos trocado alguns e-mails, sua agenda extremamenteocupada,acabouimpedindonossaentrevista,ainda maisporquemecomprometimuitocomoprazotraçadonoiníciodosemestre.

Após realizar as entrevistas e realizar a transcrição, desenvolvi a diagramação das páginas que alojaram minha matéria. A ideia de usaraimagemdedivulgaçãodosartistasfoi a escolha mais prática em tempos de pandemia, o desenho de arco-íris que usei nas personalidades, mesmo me parecendo clichê no começo, pareceu ideal, porqueestaspessoas tinham tanta paixão pela arte que produziam e pela bandeira que representam,identificou-se comaenergiaqueemanam,eseguicomessaideia.

O texto foi revisado e editado, os caracteres tinham ficado extensos demais e ocupariam mais páginas ainda, mas para a diferença entre as outrasproduzidaspelasminhas colegas,eurecorteiotextoedeixeimaisdireto.

Assim, escrevi as notas que estavam ligadas com o tema música, aproveitando o retorno dos dois maiores festivais de músicas do país, Rock In Rio e Lollapalooza. A nota curta também sobre os “samples”, foi um ponto para deixaroconteúdodarevistamodernoe relevante,aproveitandoatendêncianaindústria.Assim,acreditoquenofinalaminhamatéria traziamuitodaminhaprópriapersonalidade.

nesse ponto, e coincidentemente, amiga de Vitor Marsúla, quem já entrevistei para o documentário sobre synthpop idealizado no ano de 2020. Porém, ao investigar mais sobre o cenário, Gali Galó sempreapareceucomoumadasmentesqueidealizouo“queernejo”,esua visãosetornouincrivelmenteimportante.

2. DesignOvisual

ZuzuForam(Moda)propostas

artesdiferentesparaasfinaisqueestãonaspáginasdestaedição,na seção de moda (Zuzu), a original trazia um personagem a mais, e uma questão levada ao dinheiro, pois a matéria retrataretrata o valor de marca das grifes.Observeabaixoaprimeira versãoea

Mesmofinal:

Mesmo não tendo grandes habilidades em ferramentasdemanipulaçãodeimagens, em cada matéria, como editora-chefe e diretora do planejamento visual, me comprometi em seguir um conceito diferente para cada matéria, ainda seguindo um conceito maior que abrangessetodaarevistaemsi.Aapostaemcoresdiferentesnaspáginastrariaalgoamais.

Assim, a leitoraquepegassenaspáginasdaMARCHApoderiasedepararcomalgo não apenas funcional, mas também que poderia preencher os olhos. Como diz a citação do artista plástico Andy Warhol: “Um artista é alguém que produz coisas dequeaspessoasnão têm necessidade, mas que ele por qualquer razão pensa que seria uma boa ideia dá-las a elas.”a)

minha preferência recaindo pela versão original, a arte foi mudada por respeito à opinião e gosto pessoal das minhas demais colegas, sua visão mais minimalista tinhaporintençãotrazerumdramaamaisparaaspáginasdesuamatéria.

Estas foram as seções que mais sofreram mudanças ao decorrer do projeto, saber harmonizar cada matéria com um estilo de design que seja coerente e se comunique com o restantefoiumatarefaqueexigiuumaanáliseminuciosadoselementos.

c) JocySeguindo,(Música)nas

b) Alô,Marcha!

Na seção “Alô Marcha!”, ovisualfinalémuitodiferentedainicial,poisminhaideia seria recuperar o visual antigo das revistas femininas, como “O Cruzeiro”, e trazer um aspecto mais de páginas velhas, porém esta ideia não seencaixoucomovisualmodernoque se construía até ali, e sua página pois modificada com um aspecto mais jovial e colorido. Além disso, ela apresentaria uma ilustração, também inspirada nos quadrinhos antigos da mesmaépoca,quetambémfoicortada.

páginas da seção demúsica,porserumassuntomaislevee,portanto, com mais liberdade, as páginas das notas sobre o assunto, permitiram um maiorespaçopara maior criatividade na hora de criarasartes.Inspirei-menosantigosfanzines,ondeacolagem era predominante, por se tratar de uma publicação mais amadora, a importância dos tais

Confiraamudança:

d) RitaNa(Saúde)editoria

Ainda que muito distante das artes produzidas por estes artistas, a página inicial focanosurrealismomoderno.

fanzines foi enorme da época do surgimento do punk na Inglaterra, com bandas do cenário, como The Clash, Siouxie andtheBansheesetc.Sendoassim,tenteitrabalharcomacolagem, mesmonãomeprendendoaopretoebranco,tonsqueerammaiscomunsnaépoca.

Com esta editoria, sempre tive claro em minha mente o resultado, tanto na matéria principalquantonasnotasquecomplementamaeditoria.

Fonte:inspirações:Postersdas

bandas“SonicYouth”e“SexPistols”.

Observealgumas

A junção do clássico fanzine com a tecnologia que nos é oferecida hoje, foi o que inspirouaspáginasdaseção.

A arte digital e moderna, que escancara o irrealismo e relação direta dos seres humanos e a tecnologia. A inovação de uma imagem totalmente criada com tecnologia. As inspirações vieram de artistas como @davanshatry e @idonea_design, que são artistas que temcomopincéisomouse.

da saúde, porfalardemídiatelevisivas,jásemostravaumassuntomais atual e até correlato comatecnologiadeumatelevisão,assim,minhainspiraçãofoialgobem diferentedasjátratadasatéaqui.

EdiçãofeitaporBarbaraSanchesparaaRevistaMARCHA

Vejaexemploseodesignfinal:

Além de tentar exaltar os artistas nacionais que procuram inovar em sua arte, em sua totalidade e usar a música como algo além de um produto, tentando sempre, dar espaço para a produção musical brasileira e valorizá-la ao máximo, realizando análises e até, em ocasiões especiais, recomendar novos artistas e movimentos para o leitor interessado,

PROJETOGRÁFICO

A revista MARCHA terá ao total 31 páginas, e será separada em 7 seções principais que estarão sempre presentes, mas também poderá contar com editorias rotativas, quenãoestarãopresentesemtodasasedições.

A editora de música, nomeada “Jocy”, por homenagem à pioneira da música eletrônica no solo brasileiro. E ela tem em seu alinhamento a essência da Jocy: aprocurade manter-semodernaeligadanocenáriomusicalvanguardista.

Também serãonomeadascompersonalidadesfemininasrelevantesparacadaárea,a justificativa com a história destacando porque aquela personalidade foi escolhida virá na primeira seção da revista, nomeada de “Conheça as editorias”, e contará com uma breve explicação do significado do trabalho e conquistas das mulheres escolhidas, assim trará às leitoras a oportunidade de aprender e achar inspirações para diversas áreas da vida. Atentando-se apenas para o primeiro nome da personalidade, assim criando a ideia de proximidadedaleitoradestasfigurashistóricas.

Assim, o restante da revista foi decidido seguir uma estrutura mais minimalista e limpa, com espaços em branco, deixando o restante das páginas respirarem. A página de notas de saúde, sofreram uma pequena mudança, a primeira proposta era o uso das cores laranja e preto, referência ao filme “Laranja Mecânica” (KUBRICK, 1971) que retrata problemas psicológicos (também tema da matéria), mas por sugestão da redatora, a cor foi substituídapeloverdeclaro,corquerepresentaasaúdemental.

Vejadetalhamentosdaseditoriasfixas:

a) Música: Editoria:Jocy

● Amúsicapoderepresentarquantascoisasdiferentes?

Perguntasnorteadoras:

● Quaisasmensagensqueamúsicapodepassaraoseuouvinte?

coisas.c)

b) Esporte:Editoria: Marta

● ComoconheceronovosomdoBrasil?

podendo servir de curadoria dos lançamentos nacionais. A inclusão de gêneros regionais tambémseráumguia.

Saúde:Editoria: Rita

O empoderamento de uma mulher que é a representação de algo muito importante, Marta Vieira, uma mulher guerreira que lutou sem cansar parachegaraondechegouhojeem dia. Considerada a maior artilheira feminina pela FIFA, e melhor jogadora do mundo. O esporte nacional muitas vezes sofre por falta de investimento, mesmo em esportes mais populares comoofuteboleovôlei,aindahádesigualdadenacoberturanasmídiasbrasileiras. A área dedicada ao esporte na revista MARCHA prevê pautas que tentam analisar o esporte além de resultados de placares, mas tratar também problemas sociais e políticos que estão ofuscadospelosgrandescampeõesquedominamostabloides.

Desde sempre foi difícil para as mulheres conseguirem o seu espaço na sociedade, sempre havia homens para barrar o nossocaminho.Eninguémmelhorparamostraroquanto

● Quaisasvozesquecantammaisdoqueversos,masentoammensagens?

Seformospegarocomecinhodessahistóriaséculosatrásquecontavacomepisódios de até proibições, que era imposto, vemos que o esporte feminino vem atéhojelutandopara quebrar preconceitos que são impostos pela sociedade. Mas não podemos esquecer que ela vem quebrando muitas barreiras principalmente como elaencarouapandemiaenessaedição a editoria Marta, vem mostrar a grande luta dessas mulheres diante dos acontecimentos durantes estes anos de pandemia e sua longa jornada de vencer obstáculos. Provando que muitas vezes, o esporte não é apenas esporte, e sim, educação, empatia, e muitas outras

● Ocontextodamúsicapodeirmuitomaisalémdoquesualetra?

Perguntasnorteadoras:

● O quanto é possível observar sobre a forma que a mídia influencianomodo deveraspessoascomtranstornosmentais?

● Amídiadificultaotratamentodostranstornosmentais?

Mesmo que ela não tenha muito a ver com saúde mental, sua conquista na área da medicina é importante, pois abriu caminho para que mais mulheres se tornassem médicas e posteriormente pudessem ser psiquiatras e psicólogas. Graças a isso uma mulher foi responsável por tornar a vida de pessoas com transtornos mentais melhores, numa épocaem que eles eram simplesmente largados em hospitais de reclusão para morrerem por maus tratos. Foi uma mulher que fez com que eles fossem tratados como seres humanos,eajudou para que posteriormente esses lugares fossem fechados ou transformados em centros de cuidadoparapessoascomtranstornosmentais.

● O público está levando a sério as preocupações e emoções dos seus familiares/amigos?

isso era complicado no passado do que Rita Lobato que foi a primeira mulher a se formar e exercer a medicina no Brasil, e foi a segunda mulher a exercer essa profissão na américa latina.

Em minha reportagem falarei do quanto a mídia ajuda e atrapalha as pessoas com transtornos mentais em busca de tratamento, e de como eles podem até mesmo piorar as coisas.

d) Moda:Editoria:Zuzu

Ao representar uma mulher forte como Zuzu Angel, estilista que lutou embuscade respostas referente ao seu filho Stuart que foi capturado, torturado e morto na época da

Graças a isso pessoas comtranstornosmentaisdequalquertiponãosãoafastadasda comunidade, a não ser emcasosgravesondeapessoarepresentaumperigoparaelamesmae as pessoas próximas. Essa mudança mudou o modo como a sociedade via as pessoas com transtornos mentais, mas não melhorou as coisas em100%.Pessoascomtranstornosmentais ainda sofremdemuitopreconceitoefaltadeempatia,easmídiastãopoucoajudamcomisso, mostrandorealidadesfantasiosasdesuasdoenças.

Em meio ao período pandêmico, é difícil falar sobre moda e revistas, influencerse comunicadores desse mercado compartilham o mesmo anseio. Como podemos relatar designers conquistando seu ápice, a cor da nova tendência e a influência da rede social de dancinhas na forma de nos vestirmos quando temos pessoas em leitos dehospitaistendoseu último suspiro? É difícil! Mas tambémnóssabemosqueamodasecolocaemumpatamarde transformação, é ela que tira a jovem da comunidade e a insere em um contexto de empreendedorismo, é por ela que jovens se identificam e almejam conquistar seus sonhos e trazer oportunidades para a sua família.Hojeamodaémuitomaisdoquetecidoseaeditoria Zuzudesdemêsretrataumapequenapartedessaimensidão.

● Amodaconsegueimpulsionarosocialemoutrasclasses?

● Qualéorealpesodamodanavidadaspessoas?

ditadura militar. A editoria de moda vai ao encontro dos ideais da mesma, apresentando a moda como potência, contexto revolucionário e identidade, indo além de simples tecidos e recortes.

Através das redes sociais, a leitora ganhará espaço para mandar sugestões de pautas e comentários sobre as entrevistas. Mas também, poderá mandar fotos e dicas sobre o tema quinzenal que será passado a elas pelo Instagram da revista. Essa editoria visa dar voz às leitorasepermitirumsentimentodepertencimentoecomunidade.

Perguntasnorteadoras:

● Porqueamodabrasileiraprecisalutarespaçono mainstream?

e) Alô,Marcha:

f) CrônicaseContos:

AlgoquefazpartedaessênciadaMARCHAédarvozàquelesquetêmdificuldades para se expressar diante da sociedade,assim,estapartedaráespaçoparaescritoresaspirantes dividirem conosco seus textos que serão devidamente creditados, além da possibilidade de reconhecimento. Os textos com no máximo 2.000 caracteres,serãoenviadospor e-mail,com temática livre, ficcional ou não, e com conteúdo permitido para maiores de 16 anos. Nesta

primeira edição, foi usado um texto de Clarice Lispector, que retrata a busca por alguém e depois,napáginaseguinte,éinformadoaoleitor(a)apossibilidadedeenviaroseutexto.

Nesta parte, serão tratadas publicações atuais que podem ser consideradas semelhantes ao projeto, sendo inspiração para o desenvolvimento da MARCHA, e na visão do mercado também poderão se tornar concorrentes diretas pelo público-alvo previsto neste projeto. As escolhidas foram a Revista Balaclava e a ELLE, umaéligadaàumagravadorae tem a participação de novosartistasdocenáriobrasileiromusicaleasegundatememsi,uma marcamuitoforteepromoveumarenovaçãodamoda,comumavisãomenoselitista.

será apresentado notas rápidas sobreosacontecimentosdomundo,de forma breve e impessoal, podendo incluir temas que possam interessar às leitoras, como política,tecnologiaeentretenimento

PESQUISAEDITORIAL

RevistaBalaclava:Setratade

g) NotasNesterápidas:espaço,

A Revista Balaclava é uma publicação independentesobremúsicaeculturadoselo e produtora Balaclava Records, fundada em 2017, funciona por unicamente no formato de assinatura, e lançamento semestral. A primeira edição da Revista Balaclava foi lançada em comemoração dos cinco anos da Balaclava Records, em novembro de 2017. Trazendo foco exclusivo na música já entrevistou artistas como: Marcelo D2, BK', Tuyo, Maria Beraldo, Jaloo,TernoRei,RaçaeBRVNKS

uma publicação que tem ligação com o cenário musical brasileiro e o design mais conceitual e moderno, atraindo olhares dos jovens pelas suas pautas e visual vanguardista, sendo uma ligação direta com uma gravadora de música, e por isso tem o envolvimentodiretocomopúblicoouvintedemúsicaindependentebrasileira.

Fonte:Capadaedição#6,lançadoem2021.TraznacapaacantoraJupdoBairro.

Fonte: Interior da revista Balaclava, edição de número 4, publicada em 2019. Com direçãodeartedeAnaLuizaDavid.

Revista

de uma publicação mundial voltada para o público feminino, tem emsuas editorias temas semelhantes da MARCHA, como moda,entretenimentoesaúde.Foifundada em 1945 por Heléne Gordon-Lazareff, e se tornou uma marca de extrema relevância no cenário de publicações femininas. Com o tempo, modernizou suas pautas trazendo ideias de moda sustentável e bem-estarfeminino,mastevesuapublicaçãoencerradaemsolobrasileiro em 2018. Em 2020, teve seu retorno em uma versão tecnológica, dando ênfase para a produçãodepodcastserevistasdigitais,abrindoumalacunanomercadoeditorialdasrevistas físicas.

Fonte:DuasdasúltimascapasdapublicaçãofísicadaELLEpeloGrupoAbril. Em2018,comumavisãomaisfeministaeconscienteemsuaspáginas.

O público-alvo da Marcha é definido por sua massa maioria mulheres que estão localizadas entre as faixas etárias de 16 e 35 anos; com ensino médio em andamento ou completo; inseridas nas classes sociais B e C, comarendamédiadedoisentrecincosalários

PÚBLICO ALVO

ELLE:Trata-se

Persona2:

mínimos, valores estes descobertos por meio de pesquisaspeloIBGE;semfilhosoucomum filho e que se informam por revistas, internet e redes sociais, além de se interessarem por publicações inclinadas para a ideologia feminista, com ênfase aos direitos humanos e de minorias;mulheresqueconsomemmoda,arte,esporteeassuntosdecunhopolítico-sociais.

Personas: Persona1:

Amanda tem 22 anos, mulher lésbica e é formada em RádioeTV,elamoranazona leste. Atualmente está em um relacionamento sério. Ainda moracomospais,têmumarenda média. Ela trabalha em uma escola de idiomasepretendemigrardeempregoembreve.Seus passatempos incluem trilhas e passeios aoarlivre,alémdegostardeanimais,razãopelaqual é adepta ao veganismo. Faz cursos de desenvolvimento pessoal e tem interesse por artes, como música, teatro e artes plásticas. Gosta de filmes franceses e seu filme favorito é "O Retrato da Jovem em Chamas". Tem dois cachorros e pretende fazer MBA em negócios da comunicação.

Jéssica tem 25 anos, é mulher trans, formada em design e com pós em branding e desenvolvimento de produtos, trabalhaemumaagênciadecomunicaçãonaAvenidaPaulista. EstáemumauniãoestávelcomseumaridoElliel.Temtrêsgatos.Moraemumapartamentoe é da classe B2, com renda superiorasetesalários-mínimos.Usaseutempolivreparapassear de bicicleta no parque Villa Lobos, praticar jardinagem em seu apartamento próximo ao metrô Vila Mariana e gostaria de assistir filmes e séries pela plataforma Amazon Prime. Gosta de cozinhar e se engajar em assuntos sobre redução de lixo e feminismo e direitos LGTQIA+. Tem uma composteira e uma horta pequena na sacada do apartamento. Sua músicafavoritaéFeelingGood,daNinaSimone,asériefavoritaéManhãsdeSetembro.

A curto prazo almejafazermaisexercíciosfísicos,ealongoprazogostariademorar no campo. Em um dia comum brinca com os gatos, praticayoga,tomacafédamanhãcomo maridoevaiparaotrabalho.Trabalhaoitohoraspordia,fazseupróprioalmoçoelevaparao trabalho. Gostaria de ver mais mulheres trans nos escritórios, acreditando na equidade de gêneros e identidades. Seus interesses são emdireitoshumanos,culinária,saúdeebem-estar,

jardinagem. Se informa e lê notícias principalmente por e-mail, telefone, redes sociais e internetemgeral.Gostariadelerumarevistarepresentativa.

Para validação de público-alvo e de personas, foram realizadas análises de outras revistas que conversam com o público-alvo da Marcha, já citadas anteriormente, visando suprir a necessidades de seu público,entendendosuasnecessidadeseanseios,osmeiospelos quais se informam, quais veículoleemeemquefrequência.Osconteúdosforamencontrados através de MidiaKit e análises de pesquisas realizadas por estudantes da graduação de jornalismo responsáveis pela produção da revista MARCHA Em relação à pesquisa de personas, utilizou-se a técnica da autora Adele Revella (2015) CEO da Buyer Persona Institute, uma organização dedicada a ajudar empresas a conhecer seus clientes. Para a construção de personas, é preciso entender o conteúdo que está sendo produzido, pois a elaboração de uma persona consiste na elaboraçãode"clientesmodelos"doproduto,nocaso da Marcha, seriam modelos de leitoras. Sendo um meio certeiro de produzir os conteúdos certosparaaspessoascertas.(RAVELLA,2015).

Cristina tem 30 anos, é mulher e heterossexual.Formadaemjornalismo,atualmente cursa doutorado em História, em uma instituição privada. É casada e mora com o filho de dois anos e o esposo. Mora emumacasa,seenquadranaclasseB.Usaseutempolivrelendo livros com o filho ou sozinha, saindo parajantarcomafamília,vendosériesoufilmes,gosta de cozinhar doces. Se interessa por filmes baseados em fatos reais, de suspense, séries de comédia e ação. Sua série favorita é Lupin, gosta de assistir o programa Masterchef. Sua músicafavoritaéSerá?,doLegião Urbana.

INFORMAÇÕESGERAIS

Persona3:

2.0Pesquisadepúblico-alvoepersonas

Com diz o fundador da escola de artes Bauhaus, Walter Gropius: “O estímulo é a melhor coisa que a educação pode oferecer, pois conduz o estudante à iniciativa própria”, desta forma, a pretensão de elaboradores da revista é estimular a leitora a se informar e consumir o conteúdo da revista com um conteúdo relevante combinada com uma editoração equivalente.ArevistaMARCHAquerinstruir,eiralémdeapenaspalavras.

LOGOTIPO:Lucida/Demibold/20px.

Assim, em basedeanálisesdestasediçõesderevistassemelhantes,foi-sedefinidoo direcionamento editorial que compõe a revista MARCHA Seu visual deve refletir seu conteúdoengajadoeconceitualquedesejatornar-setambémumaexperiênciasensorial,enão apenaslimitando-seàleituradepalavras,mastambémartístico.

Periodicidade:Formato:TécnicasA4quinzenal

Veiculação:Publicaçãoimpressaeonline,paraassinantes.

EstilotipográficoAtipografia é o tijolo de base de qualquer página impressa. Muitas vezes irresistivelmente instigante[..] Dentro dessa dinâmica na página (ou na vida), uma relação é estabelecidaeelaéconcordante,conflitanteoucontrastante.(WILLIAMS,2008).

Informações

Desde a mais tenra idade,somosensinadosaapreciaraforçadas imagens e das palavras. Somos levados a museuseinformadossolenemente de que quadros de pintoreshámuitotempomortospodemtransformarnossa perspectiva Somos apresentados a poemas e histórias capazes de mudar nossavida.

E no entanto, é raro tentarem nos instruir sobre as palavras e imagens que sempre ouvimos nos noticiários BOTTON, Alain de “Notícias: O manual do usuário” Tradução de Clóvis Marques Editora Intrínseca,RiodeJaneiro,2015

CORPODOTEXTO:Candara/regular/10px.

CRÉDITODEREPORTAGEM:Candara/regular/12px.

OLHO:Candara/bold/13px.

CAPITULAR:Candara/bold/12px.

CARTOLA:Lucida/Bold/12px.

LEGENDA:Candara/itálico/10px.

233;221;207. Azul-marinho

CMYK:Mostarda:0%;42%;82%;0%.

CódigoCromático:Paraomiolodarevista,escolhemoscoressóbriasparaditaremascoresdosdetalhes darevista,comocordacartoladecadaeditoriaseoutrasartesnecessárias.Sãoelas:

255;168;55. Cinza CMYK:Claro:10%;13%;20%;0%.

TÍTULOS:Minímode14px,máximode26px.Estilolivre.

RGB:

ESPAÇAMENTO:12,5

RGB:

LINHAFINA:Candara/regular/10px.

CRÉDITOIMAGENS:Candara/itálico/8px.

CMYK:Vermelho25%;

Logotipo poderá sofrer variações em suas cores de acordo com a imagem que poderácomporacapadaedição.Vejaexemplos:

Exemplo1: Exemplo2: Exemplo3:

RGB:40;40;48. 84%;52%;20%.

RGB:164;61;78.

CMYK:96%;89%;37%;38%

LogotipoO

Nota-se que as capas seguem elementos padrões: o logotipo e três faixaspretasque podem mudar de posição, mas sempre há duas faixas paralelas na parte inferior.Afrase“Os ventos trazem boas notícias” foinossoslogan,mascomainclusãodaschamadas,aretiramos paraevitarpoluiçãovisual.

Vejacomoficaemrelaçãoàimagens:

Fonte:Fotosretiradasdobancodefotosgratuito:PixaBay

CoreseTipografiaParaestes

O grind escolhido para a revista, será o tradicional duas laudas por página, onde o texto se distribuirá seguindo este padrão, havendo quebra dele, apenas para a inserção de imagensquecomplementarãooconteúdo.

Grid

Acredite, o visual de todo o informativo será mais forte e profissionalsemantiver uma margem forte à esquerda. [...] Se todos os elementos estiverem bem alinhados, você poderáfugirdoalinhamentocomprazerquandofornecessário.(WILLIAMS,2008)

elementos, definiu-se acandaraparacomporostextos,porsersemserifa e facilitar a leitura, ela tem um designer polido e permite uma leitura fluida de textos mais tensos. Ao disponibilizar o conteúdo de título e cores base mais sóbrias, epermitindo,assim uma maior abertura para a produção editorial com imagens e outros elementos visuais que podecomporasmatérias.

Comoopúblico-alvoéprincipalmentefeminino,foianalisadaanecessidadedeuma tipografiasofisticadaeleve,paraaexperiênciavisualnãosetornarumapoluiçãovisual.

Semelhanteaestemodelo:

Uma das principais finalidades do presente trabalho de conclusão de curso está relacionada com nossa formação profissional enquanto bacharel em jornalismo. Todo o processo de criação eredação,etantosoutrosdetalhesqueenfrentamosnocaminho,tornoua experiência engrandecedora. Dessa forma, exercemos diversas práticas jornalísticas, como: planejamento editorial, apuração, redação e edição de textos e reportagens, planejamento gráfico,entremuitasoutras.

CONCLUSÃO

Além disso, a capa final também sofreu muitas mudanças com a adequação do público-alvo, ao transmitir na capa da primeira edição da revista a atitude MARCHA e impactaroprimeiroleitordesdeoinícioatéofinal.

Ao final, este produto representa nossa ideia ao iniciar o curso em primeiro lugar: nos tornar profissionais da comunicação,todasashabilidadesensinadaspelosnossosmestres durante estes anos letivos, vieram a prova e proporcionaram uma vivência real. Conversar e conhecer realidades diferentesetratarpersonagenstãoimportantesquantoestasmencionadas nas narrativas trazidas por cada uma tem uma função muito além de apenas aprendizado pessoal, mas deu espaço para problemas sociais e expôs problemáticas em diversas áreas da vida.Retratandopessoasecontandohistóriasdamaneiramaishonestaeverídicapossível.

a editoração e diagramação da revista foi feita pelo Adobe InDesign, e os elementos gráficos como figuras e imagens foram tratadas pelo Photoshop. Estas duas ferramentasforamessenciaisparaalcançaroresultadodesejadonaaparênciadarevista.

A comunicação é um aspecto importante da nossa vida, e a imprensa vem sendo posta à prova, e nesta nova geração de jornalistas que se inicia agora, pretenderepresentaro melhorjornalismopossíveldentrodocenárioquevivemoshojeemdia.

DiagramaçãoToda

O processo de diagramação começou desdeoiníciodoprojeto,nomêsdeagostojá foi elaborado o primeiro desenho, juntamente do espelho. Porém, muitas coisasmudaramao longo do desenvolvimento das matérias. Na seção de leitorasenotas,aideiadaproduçãoéa possibilidade de refletir bem a cara das leitoras, e esta foi a que mais mudou durante todo o processodedesenvolverafacequeseenquadraria.

SCALZO,Marília.JornalismodeRevista.EditoraContexto,SãoPaulo.2003.

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

WILLIAMS.Robin.Designparaquemnãoédesigner.EditoraCallis,BragançaPaulista,4ª Edição.2013.

BOTTON,Alainde. “Notícias:Omanualdousuário”.TraduçãodeClóvisMarques. EditoraIntrínseca,RiodeJaneiro,2015.

BAHIA,Juanez.“Jornal,HistóriaeTécnica”.Ed.Ática,SãoPaulo,1990.

PIZA,Daniel.JornalismoCultural.EditoraContexto,SãoPaulo,2003.

RAVELLA,Adele. BuyerPersonas:Howtogaininsight intoyourCustomer’s Expectations,AlignyourMarketingStrategies,andWinMoreBusiness.NewJersey: JohnWiley&Sons,Inc.,2017.

Mock-Ups Revista MARCHA

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