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APÊNDICE

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RESULTADOS

RESULTADOS

1) Produto Experimental

1. Título do produto

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Eu, favelada

APÊNDICE

2. Área e formato

Área: Digital e Impresso Formato: Revista híbrida - digital e impressa sobre a saúde da mulher periférica.

3. Sinopse

Salve minas, mães, avós e mulheres das periferias de São Paulo. Essa revista é para você que sente falta de se ler. Aqui é seu espaço, com linguagem fácil, do dia a dia para entender e conhecer mais sobre sua saúde.

4. Descrição do projeto

Linguagem

A linguagem é acessível para o público de mulheres plurais que estão nas periferias da capital de São Paulo. Esse vocabulário fluirá entre a juventude e a terceira idade para que acolha mulheres de diferentes gerações.

Linha editorial

"Eu, favelada" é uma revista digital que se destina a informar a mulher da periferia sobre saúde e conta com edição especial impressa de distribuição gratuita. Tem o propósito de dialogar e representar a menina, mãe e mulher periférica. Acreditamos na simplicidade e atuamos em favor do bem comum, da pluralidade e da interculturalidade para construir relações de respeito. Temos o objetivo de atingir regiões da periferia da capital de São Paulo e região metropolitana para construir um relacionamento sólido com nosso público-alvo.

Número de páginas/caracteres/duração

Considerando o Regulamento do Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo, da Universidade Cruzeiro do Sul, foi estabelecido que o produto revista eletrônica deve possuir de 20 mil a 30 mil caracteres com espaço. Já a impressa contará com 24 páginas, contendo 80 mil caracteres, com espaço, abrangendo três reportagens extensas.

Tipologia/Identidade Visual/ Identidade sonora/ Outros itens, de acordo com o seu Formato/Modalidade

A tipografia Good Brush foi utilizada para títulos, Coolvetica simples para subtítulos e Barlow Thin para o corpo do texto da revista impressa e para o site, mantivemos quase todas as fontes, exceto para o corpo do texto, que foi a Coolvetica Condensed. Todas foram escolhidas pensando na legibilidade acessível para mulheres de todas as idades. Quanto a identidade visual, para os projetos gráficos da revista impressa e digital foram escolhidas as cores complementares roxo e amarelo, como as principais. A escolha das cores foi definida por transmitirem as sensações de criatividade e otimismo, respectivamente. Entretanto, a identidade visual não se limitou apenas a essas duas, trazendo liberdade artística para cada reportagem.

Função individual

Estive na posição de editora da revista impressa e de repórter. Criamos uma revista com um jornalismo em que mulheres da periferia tenham acesso a um conteúdo de qualidade, de linguagem fácil e que se sintam informadas com reportagens contextualizadas.

Pautas/Roteiros/ Transcrições/ Outras documentações relevantes para a compreensão do produto

PAUTA

Pauta Campus: Liberdade/Noturno Nome do veículo: Revista feminina híbrida - Eu, favelada

Editoria: Saúde Tema: Saúde mental da mulher negra Edição: nº 01

Histórico: A população brasileira é composta por 56,10% de pessoas pretas (IBGE) e só mais recentemente passou a ser discutido sobre os atravessamentos que a população preta passa devido ao racimo estrutural e institucionalizado. Neste contexto, a saúde mental de mulheres pretas, que ainda sofrem com o machismo não esteve pauta como deveria.

Fontes:

Psicológas:

Paloma Izidoro – psicoterapeuta e parceira do Canto Baobá contato@cantobaoba.com.br

Aline Batista – psicoterapeuta e parceira do Canto Baobá contato@cantobaoba.com.br

Jornalistas:

Ana Beatriz Felício – jornalista da Agência Mural de Jornalismo das Periferias anabeatrizfelicio@agenciamural.org.br

Kátia Flora – jornalista da Agência Mural de Jornalismo das Periferias katiaflora@agenciamural.org.br

Personagens (todas periféricas): • Serena Gomes – mulher trans preta – 23 anos 17

• Aline Macedo – mulher cis preta – 23 anos • Antônia Barbosa - mulher cis preta – 59 anos

Alinhamento Editorial - Enfoque/Angulação: Nesta reportagem pretende-se contextualizar como o racismo atinge a saúde mental, ouvindo especialistas e experiência de personagens de diferentes contextos pessoais.

Pauteira/ Revisor: Estela/Gabriela Cuerba e Giovana Duarte Fotografia: Banco de Imagens

Repórter: Estela

Transcrições da Reportagem Aline Macedo, jovem de 23 anos

1. Na sua opinião quais efeitos o racismo teve na sua saúde mental?

“Só que o fato de eu não ter tido diálogos sobre esse tema dentro de casa e nem na escola, dificultou para que eu pudesse criar defesas e pudesse entender de fato o que que era o racismo. Então crescer numa escola onde eu era taxada de abajur, taxada de árvore. ‘Ah, Aline, quando você for tirar foto você tem que ir paratrás, porque senão ninguém aparece. Ah, Aline, está muito calor. Será que você pode ficar na minha frente para fazer sombra? Sabe? São brincadeiras ridículas como eu sempre escutei.’” “(...) Reconhecer o meu cabelo como eu reconheço hoje foi muito difícil, quantas e quantas vezes eu queria que o meu cabelo fosse longo, eu queria que o meu cabelo fosse liso.”

2. Você em algum momento já buscou terapia na rede pública ou privada? (conte aqui seu processo terapêutico, o porquê buscou, como está sendo desenvolvido, e o que já mudou na sua vida).

“Conheci o Canto Baobá, e me fez sentir um ponto de identificação com aquele ambiente. Eu me senti muito acolhida no Canto Baobá. Foi quando eu decidi fazer a terapia.”

Serena Gomes, jovem de 23 anos 1. Na sua opinião quais efeitos o racismo teve na sua saúde mental?

“Enfrentar o racismo diretamente e indiretamente me trouxe muitas inseguranças, medo e ansiedade, pois depois de um tempo eu não tinha medo só de debater, eu tinha medo de apanhar como já vi em outras situações, como se eu não estivesse certa em defender os meus.” “Eu tento ocupar meu tempo com coisas que me puxem da realidade caótica, dos problemas em geral, às vezes medito, cuido de mim esteticamente, costumo procuro evitar lugares que não me sinto bem, que tirem “minha paz”, lugares que posso pensar nas minhas escolhas da vida pessoal, que eu posso refletir.”

Paloma Izidoro, psicoterapeuta 1. Os efeitos do racismo na saúde mental de mulheres negras podem ser reversíveis?

“Nós crescemos com o racismo, muitas de nós demoram anos para se reconhecerem como mulheres pretas, e o impacto do racismo não é reversível.”

2. Dentre as mulheres pretas, poder aquisitivo maior, uma escolaridade de nível superior faz com que essa mulher preta sofra menos com os efeitos do racismo na saúde mental?

“Muitas mulheres pretas demoram anos para se entenderem como mulheres pretas, e reconhecer e identificar o racismo também tem seus processos. Se você não se identifica, você não sabe o que é aquela violência que você está sofrendo.”

3. O racismo em suas diferentes formas pode desencadear quais tipos de doenças e transtornos?

“Depressão, ansiedade, mas não só isso. Eu vejo que em mulheres pretas que não são retintas, possuem uma dificuldade de se verem como mulheres pretas e possuem mais dificuldades ao quererem se encaixar em determinado grupo.”

Anna Beatriz Felício, jornalista 1. Na sua opinião quais efeitos o racismo teve na sua saúde mental?

“Eu acho que no meu caso, assim, como uma mulher negra de pele clara o racismo se dá a partir do momento que que eu sou ali criança, adolescente e eu não me entendo como a mulher negra né? Você não se entende como uma pessoa branca, você não se entende como uma pessoa negra e no momento da adolescência que você está buscando quem é você fica com esse assim de não entender o seu lugar no mundo. Então eu acho que essa questão colorismo ela afeta as pessoas negras de pele clara, afeta a nossa a nossa saúde mental nesse sentido de não entendimento e desse não pertencimento. E é claro que a gente sabe que o racismo no Brasil é muito mais forte por pessoas que têm a pele mais escura, né?”

3. Você consome revistas femininas? Se sim, em algum momento leu matérias sobre saúde mental da mulher negra?

"Quando eu era adolescente, era que eu acho que essas revistas na verdade ajudavam a gravar, né? A nossa, se não a nossa saúde mental, pelo menos a nossa autoestima, porque o que a gente via nas revistas era o oposto, né?!”

4. Você, como mulher preta e jornalista, pautou matérias sobre a questão racial pensando em mulheres pretas que sofrem diariamente com o racismo?

“Eu como uma mulher preta jornalista já pautei matérias sobre a questão racial pensando em mulheres pretas que sofrem diariamente com o racismo. E sempre que eu vou fazer uma matéria de qualquer coisa eu tento também incluir a questão da população preta, da população periférica porque é aquele conceito da interseccionalidade, né?”

Diário de campo

18/08

• O projeto do TCC começou no início deste ano letivo e meu tema é “Análise da

Abordagem da Saúde Mental de Mulheres Negras em Revistas Femininas”.

• Foi apresentado para sala no primeiro seminário e simultaneamente, o tema foi incluído no projeto experimental da Revista multimídia “Eu, favelada”. • Neste momento, iniciamos o segundo semestre com: - Fichamento em andamento - Livro Pensamento Feminista Negro - Duas entrevistas feitas (personagens). - Cronograma individual montado. • Nessa altura do campeonato, eu tô criando forças para manter o ritmo, mas não está sendo fácil. A vontade é desistir de tudo, trancar a faculdade e ir para praia.

25/08

• Na última semana foi montado o rascunho do formulário para ser usado no Paper. • A Profª Miriam (orientadora) olhou as perguntas e o formulário, fez apontamentos necessários. • Permaneço no fichamento do livro - Pensamento Feminista Negro. • Essa semana entrarei em contato com o restante das fontes. • O grupo está prestes a decidir o logo oficial da revista (projeto experimental). • Estamos pensando em conteúdos para redes sociais. • O ritmo está lento, mas está caminhando. Já me questionei por que escolhi fazer

Jornalismo, mas não me vejo em outra profissão. Eu fui escolhida, porque dá ponte pra cá, o acesso à informação é um meio de sair do mundo violento.

01/09

• Na sexta passada, eu e as meninas batemos o martelo sobre o logo, cores da nossa identidade visual. • No final de semana, eu reavaliei todo o meu formulário para saber se precisava de algum ajuste. Fiz os ajustes. • Mandei perguntas para mais uma fonte. • Na segunda eu disparei o formulário Google para saber informações necessárias de sustentação do meu paper. Coloquei como meta 100 respostas e até ontem, consegui 79 respostas. Espero atingir as respostas até sexta-feira (03/09). • Ontem (31/08) cobrei as psicólogas que eu mandei o e-mail na quinta-feira passada e espero que elas me respondam até hoje, se não, procurarei outras psicólogas. • Comecei o fichamento de uns livros que falam sobre Análise de Discurso (emoji do palhaço).

08/09

• Consegui atingir as 100 respostas do formulário e foi uma alegria. Entretanto, como a felicidade de pobre dura pouco, me dei conta que que a pesquisa não tinha perguntas mais aprofundadas sobre as três matérias que compõem meu objeto de estudo. • Chorei muito, domingo só sabia chorar e ficar com raiva. Muita raiva. Mas não me abati, incluí as perguntas que precisava e começou a corrida contra o tempo para disparar o segundo formulário mais completo. Até o momento tenho 74 respostas. • No feriado, motivado pela raiva, iniciei o paper e consegui fechar o resumo, a introdução e a apresentação.

• Consegui uma entrevista com uma psicóloga de um centro de saúde voltado para pessoas negras, e espero que isso aconteça. • Eu e as meninas tivemos problemas com a funcionalidade do WordPress, aparentemente o plano que escolhemos é um pouco mais limitado e teremos que trocar ou fazer um investimento melhor.

15/09

• Com a reaplicação do formulário atingi as 100 respostas na segunda-feira (13/09). • Mandei o resumo, introdução e apresentação para prof, e foi só elogios (emoticon de coração). • Tenho uma entrevista com uma psicóloga e terei mais uma na próxima semana. • Montei minha apresentação do paper no sábado e vou fazer ajustes nele amanhã (16/09). • A Priscila tem sido o maior suporte do grupo, ela é incrível. • Amanhã faremos apresentações prévias do grupo, para todas nós nos sentirmos seguras com a apresentação no dia 17/09. O grupo tem caminhado muito bem e tenho muito orgulho do que estamos construindo. • Em relação ao Wordpress, saímos de lá. Era muito limitado. Fomos para o Wix que é muito mais tranquilo. • Vou acrescentar mais um livro no meu fichamento, que vai dar maior profundidade quanto a parte do racismo estrutural.

22/09

• A apresentação do paper foi incrível, não só a minha, mas das meninas também.

Estamos nos saindo bem e sei que o resultado final vai ser incrível. • Tenho tentado seguir o MEU RITMO sem olhar muito o ritmo do outro. • Fiz fichamento do livro Silvio de Almeida - Racismo Estrutural na última semana. • As entrevistas das psicólogas estão ok, e de mais um personagem também, só falta mais uma entrevista que ficará para sexta-feira da próxima semana. • Estou caminhando com o referencial metodológico. Eu tinha zero dele na semana passada e estou quase acabando, sei que falta pouco.

29/09

• Terminei o referencial metodológico (OUÇO UM AMÉM? AMÉM). • Joguei as entrevistas para a pasta do drive. Tem uma que ainda preciso decupar, vou ver se faço isso hoje. • Ainda essa semana, até domingo quero ter as análises de discurso das matérias selecionadas e avaliar minha pesquisa - porque desta forma, terei os meus resultados. • Após o dia 06/10 quero ter somente as considerações finais para escrever. Fé que vou conseguir. • E aí na próxima semana me concentro somente em escrever a reportagem.

06/10

• Não avancei muito. Finalizei duas análises, ainda falta uma. • Tá f****. Não devo ser inteligente o suficiente para desempenhar isso daqui.

Emicida me mantém de pé, hoje depois de tanto coisa ruim que aconteceu, só essa pra ouvir no repet.

Direto vejo pai brincando com filho no parque Sinto inveja, fico me perguntando: Tio, o que que a vida fez comigo? Sorrio pelos pivetes, acho da hora Olho pra baixo, tenho mó vontade de chorar, mas não consigo Em segundos me vem vinte e poucos dia dos pais Guardo o presente fi, ele já não volta mais Arrasta a cartolina com papel crepom Amassa, joga no lixo: Porra, pior que esse aqui tava bom Hoje fico olhando na espreita Vendo os muleques aí, com pai mãe do lado e nem respeita Deviam ser por um dia o que eu sou a trinta anos Pra ve se cêis ia tá na de trocar os coroa pelos manos Não sei se dá tristeza ou ódio Não conseguir lembrar de você sóbrio Não vi as vadia nem seus aliado Com o doutor no corredor implorando pelo o que há de mais sagrado

Eu já passei fome, já apanhei calado Já me senti sozinho, já perdi uns aliado Eu já dormi na rua, fui desacreditado Já vi a morte perto, um cano engatilhado Eu já fugi dos homem, bati nos arrombado Quase morri de frio, eu já roubei mercado Já invejei quem tem pai, já perdi um bocado Eu sofri por amor, eu já vi quase tudo chegado!

13/10

• Eu pensei que não passaria dos 25 anos. Eu pensei que o sistema iria me pôr no chão, que a bala da polícia um dia encontraria um corpo como eu. Aos meus 17 anos, entrar no ensino superior era um sonho distante, era um sonho quase não palpável, mas estive aqui e não só por mim, mas por outras pessoas que estiveram antes de mim, por um MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO que lutou até o fim pelo sistema de cotas. Eu estou no fim da graduação e toda vez penso na minha trajetória, daqueles que estiveram comigo, dos amigos que fiz, do quanto eu curti cada momento, cada matéria, cada espaço da universidade, choro. É um choro de um misto de sentimentos, de tanta coisa que não dá nem para descrever. • Eu era um corpo desacreditado, que já viu um assassinato, que já viu uma arma no alcance da mão, que já perdeu amigos e parentes para violência policial, eu poderia ser a próxima, eu poderia ser a próxima estatística e estou aqui, estou prestes a vencer essa batalha. Para mim é quase inacreditável, eu estou prestes a concluir um sonho. Alguém me belisca. Estou chorosa, mas é um choro bom e não ruim. • Consegui finalizar as análises e mandei pra prof, agora só faltam as considerações finais. Já comecei a fazer reportagem, acredito que termine até sábado.

20/10

• A reportagem está quase pronta. Deu até esse momento 6 páginas. • Pedi algumas informações adicionais para as fontes. • Mandei novamente para a Profª o arquivo já com as considerações finais.

27/10

• Acrescentei as informações que recebi das fontes. • Começamos a resolver as questões do Projeto Experimental. • Fiquei responsável por montar a apresentação do seminário do Projeto

Experimental. • Fizemos homepage do nosso site. • Fiquei responsável por montar o Manual de Redação Imprensa.

03/11

• A apresentação do seminário está quase pronta. • Já fiz os conteúdos que ficarão junto com a Revista Imprensa. • Fiz boa parte do Manual de Redação da Imprensa e On-line. A outra metade ficou com a Priscila e com a Gabi. • Ainda aguardo o retorno da prof.

10/11

• Apresentamos o seminário do Projeto Experimental e foi só sucesso. • Recebi o retorno da Miriam quanto ao meu paper. • Enviei para ela a minha reportagem. • Começamos a capa da revista impressa e ela ficou linda.

17/11

• A prof deu retorno da reportagem e do paper, mas vai dar uma revisada final. • Ainda não concluímos a capa da Revista, mas falta pouco. Editei a reportagem da Milena. • Montei o layout da minha apresentação da BANCA. • Estou ansiosa por esse processo, mas vai dar certo.

24/11

• Semana passada eu joguei o paper para o arquivo oficial da faculdade. Fiz duas revisões e falta a final. • As reportagens estão já no site e na revista impressa e na sexta-feira apresentaremos para a prof.

2) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ETAPAS JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Levantamento de fontes

Pré-pauta

Pauta

Realização de entrevistas

Apuração

Redação das reportagens

Criação da identidade visual

Criação de conteúdo para as redes sociais

X X

X

X X

X X

X X X

X

X X

X X X

Espelho da revista impressa

Montagem do site

Diagramação da revista impressa

Revisão

Impressão da revista impressa

Entrega do produto final

X

X X X X

X

X

X X

X

3) INVESTIMENTO

Item Quantidade Valor unitário Valor Total

Hospedagem do site 1

Impressão do livro

10

R$ 66,80 R$ 534,40

R$ 50,00 R$ 500,00

Total R$ 116,80 R$ 1034,40

4) OUTROS PRODUTOS DA SUA PESQUISA

Para maior aprofundamento da pesquisa foi aplicada um formulário do Google Forms voltada exclusivamente para mulheres negras de São Paulo. Intitulada de Matérias sobre Saúde Mental de Mulheres Negras. Atingimos o número de 100 respostas ao decorrer de uma semana.

Quanto ao projeto experimental – a Revista Multimídia Eu, favelada, realizamos também um Manual de Redação para nortear todas as reportagens e criamos redes sociais para a Revista, sendo o carro-chefe, o Instagram;

Abaixo, o manual; e na sequência, o print do Instagram;

Manual de redação — Eu, Favelada: impressa

As regras expressas neste manual consideram um jornalismo democrático e que acredita na disseminação da informação de forma ampla, direta e com linguagem simples. O que está estabelecido aqui foi aprovado por todo corpo que integra a Redação da Eu, favelada.

A Revista Eu, favelada é uma revista digital e impressa que faz parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) das formandas Estela Aguiar, Gabriela Cuerba, Giovana Duarte, Larissa Lourenço, Milena Alves e Priscila Ferreira do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul.

O carro chefe é tratar especialmente da saúde das mulheres plurais que residem nas periferias de São Paulo e que por muitas vezes foram invisibilizadas por Revistas Femininas que circulam atualmente no país.

MISSÃO

Temos orgulho de nossas origens e de sermos mulheres periféricas, nossa missão é pautada em apresentar informações que possam melhorar a vida das mulheres que vivem nessas condições, para que possam reivindicar seus direitos relacionados à saúde feminina.

VALORES

• Acreditamos em um jornalismo feminista interseccional, sobretudo com relação à classe social, que é capaz de emancipar por meio da informação; • Não compactuamos com nenhuma forma de preconceito, tais como, racismo, transfobia, homofobia, lesbofobia, gordofobia, bifobia, etarismo, xenofobia, entre outros; • Entendemos como questão central o aprofundamento no viés da classe social C e D, por ser um público que, muitas vezes, é invisibilizado pela grande mídia.

PAUTA

Tratando-se de uma revista feminina imprensa e on-line segmentada, as pautas são destinadas à temática de saúde e bem-estar social de mulheres residentes nas periferias de São Paulo.

DISCUSSÃO EM EQUIPE

De maneira coletiva, trocamos sugestões, abordagens, indicações de fontes, ideias para que o conteúdo jornalístico da Revista tenha a identidade de todas as integrantes da equipe.

REPORTAGENS

As reportagens tocam na temática de saúde e bem-estar social das mulheres das periferias sempre com o objetivo de informar e instruir. Os diálogos devem ser de fácil entendimento, oferecer opções dentro da realidade do público mencionado e apresentar seus direitos fundamentais com base na legislação do país.

FONTES

As nossas fontes são mulheres residentes das periferias de diferentes perfis. Além delas, ouvimos coletivos, especialistas e fontes oficiais, sempre ambientadas na realidade da mulher periférica.

ÍNDICE DE TERMOS USADOS E NÃO USADOS Usados:

- Pessoas que menstruam; - Pessoas que dão à luz (homens trans); - Pessoas que fazem uso de anticoncepcional; - Pessoas idosas/terceira idade, maduras, +60;

Não usados:

- Não referir menstruação, gestação, uso de contraceptivos de modo que exclua pessoas trans, não-binário, etc.; - Não usar a palavra denegrir (buscar sinônimos); - Não usar diminutivos para se referir das mulheres; - Pessoa louca, maníaca, insana - Raivosa, brava ou ameaçadora

REGRAS GERAIS

• Colocar datas entre vírgulas e mês por extenso, ex.: Ononono, 4 de novembro, ononono; • Colocar idade quando necessário entre vírgulas; • Escrever por extenso o nome da Instituição e entre parênteses a sigla — ex: Organização Mundial da Saúde (OMS); • Tipo de escrita acessível, de fácil entendimento para o público-alvo; • Evitar termos formais e científicos —caso não dê para “traduzir” o termo abordado, apresentar uma breve explicação ou box a parte do texto com a explicação (ex:

AZMINA) / * em cima da palavra, etc.; • Quando for apresentar as fontes (físicas), além do nome, dizer de qual periferia ela é ex: Gabriela Cueba, moradora da região periférica da Zona Leste de São Paulo;

• Padronizar as aspas das fontes até cinco (5) linhas entre aspas — em outros casos, contar a história da pessoa (citação indireta). • Citar leis que se encaixam dentro de cada reportagem (visar lado das políticas públicas). Ex: Lei Plano de Parto — garante as gestantes a companheiros, etc.; • Não alterar fala das fontes, manter gírias, apenas arrumar erros de concordância e vícios de linguagem.

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