SHOPIA MUNIZ - ESCRITO

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Universidade Cruzeiro do Sul

RGM: 30435901

Interdisciplinar: Retratos de família

SãoPaulo 2022

Para este trabalho escolhi contar sobre a família da minha avó materna, Roseli Edith dos Santos Muniz, nascida em 02 de agosto de 1952, em São Paulo capital, que tem por sua filiação o pai Roberto José dos Santos e a mãe Edith Tatani dos Santos. Sua família tem descendência portuguesa e italiana. Seus avós paternos são Arthur Roberto e Anna Joaquina, que nasceram em Portugal e seus avós maternos são Felippe e Benedicta.

Dona Roseli, minha avó, teve uma vida difícil. Comia muita das vezes a casca da maça para dar o “miolo” para sua irmã que era bebê, pois seus pais não tinham condição de comprar mais frutas. Teve 7 filhos e 11 netos. Sua paixão é o tricô, que aprendeu quando era bem pequena, com sua avó Anna Joaquina. Se tornou seu passatempo e pelo menos todos os filhos e netos possuíram no mínimo três peças feitas por ela. A mais de 5 anos ela faz roupinhas de bebês e doa para pessoas necessitadas da igreja.

Sua mãe era a Edith, que ela a descreve como uma mulher elegante, de cabelos lisos. Adorava uma boa leitura e tinha uma certa biblioteca em seu apartamento. Sentia que não recebia todo o amor que seus irmãos recebiam. O que ainda deixam marcas e dores. E isso nunca a impediu de cuidar de sua mãe quando ela ficou doente e precisava da ajuda de seus filhos.

Seu pai era o Roberto, que ela o descreve como o mais amoroso e cuidava muito mais dela. Era bem alto e tinha cabelos escuros até chegar à fase idosa. Era o único que deu amor a ela. Lhe dava o carinho que uma criança gostava e precisava. Ela sempre irá se lembrar de que ele era seu ombro amigo. Sentia que era amada por ele. Sentiu muito sua falta após a partida dele.

Seus tios Edgard e Paulo cuidavam mais dela. Edgard levava ela para a escola, mas só cursouatéoatual4°ano doensinofundamental.Paulocompravacoisasqueelaprecisava, como sapato e roupas.

Abaixo está uma foto de seus pais, Edith e Roberto, seguida da certidão de casamento deles:

Da esquerda para a direita, podemos ver uma foto da minha tataravó Anna, meu avô Raimundo, minha tataravó Benedicta e minha avó Roseli em seu noivado com meu avô e em seguida a certidão de casamento deles:

Dona Roseli se lembra de sua avó Anna como uma pessoa de baixa estatura, com brincos de argolas com pedrinhas, gordinha, os pelos do buço mais aparentes e cabelos bem lisos, que são coisas bem características de pessoas portuguesas. Era muito legal, divertida e a ensinou a tricotar. Coisa que ela aprendeu quando criança e faz até hoje. Tem estoques de lãs e agulhas.

Anna Joaquina era casada com Arthur Roberto. Ele era magro, alto, tinha bigode e chamava atenção pela sua beleza. Conhecido como um famoso “tipão” da época. Fumava cigarro e sempre estava junto de seus amigos.

Seu avô materno, Felippe, era uma pessoa mais fechada, mas era bonzinho. Não possui muitas lembranças dele.

Sua avó materna, Benedicta, era mais caipira e seca. Se lembra até hoje de seus únicos dois presentes ganhados por ela. Uma mochila para ir à escola e um guarda chuva. Era legal, mas não recebia o amor dela e sentia falta disso.

Infelizmente não encontrei fotos deles. Atualmente, dona Roseli está com 70 anos. Mesmo após a perda de uma filha, um marido e dores do passado, permanece firme, forte e teimosa. Cercada de uma família bem grande e cheia de amor para dar, amor que ela não recebeu na sua infância. Amor que ela recebe de seus filhos e netos. Amor e união que eu tenho como inspiração e força.

Nessa foto estão 8 de seus 11 netos

Para finalizar este trabalho, deixo meu beijo, meu abraço e meu agradecimento a minha avó. Eu te amo!

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