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MÔNICA
from Mal-Dito
by Rede Código
43 Laços61 (2019) e Turma da Mônica – Lições62 (2022), que, segundo o site O Globo, levou mais de 500 mil pessoas aos cinemas63 .
FIGURA 15 E 16 – POSTERS DOS FILMES LIVE ACTIONS DE TURMA DA MÔNICA.
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À esquerda TURMA DA MÔNICA: LAÇOS (2019), à direita TURMA DA MÔNICA: LIÇÕES (2021). Dirigidos por Daniel Rezende.
Já nos EUA, podemos ver adaptações de comics nas telas desde 1940 como seriados e filmes e que, hoje, se tornou um dos maiores mercados em questão de bilheteria levando bilhões de pessoas a salas de cinema com adaptações das comic, além de séries em streamings. HQs foram, e são, de muita importância para a indústria audiovisual, estabelecendo marcas e gerando uma nova forma de se fazer filmes e despertar interesse do público em ver suas amadas obras adaptadas em mais de uma forma. No artigo Histórias em Quadrinhos e Cinema: Um caso de tradução intersemiótica, o Mestre em Comunicação Bruno Fernandes Alves diz que:
61 TURMA DA MÔNICA: LAÇOS. REZENDE, Daniel. 2019. Primeiro filme live-action da franquia “Turma da Mônica”. 62 TURMA DA MÔNICA: LIÇÕES. REZENDE, Daniel. 2021. 63 EMOCIONANTE, FILME LEVA MAIS DE 500 MIL ESPECTADORES AOS CINEMAS E SE TORNA SUCESSO DE CRÍTICA E PÚBLICO. Notícias O GLOBO. Disponível em: < https://globofilmes.globo.com/noticia/turma-da-monica-licoes-e-sucesso-de-critica-e-publico/ >
Por fim, podemos afirmar que a linguagem dos quadrinhos trouxe uma renovação para a produção cinematográfica dos últimos dez anos ao apresentar todo um universo de possibilidades conceituais, narrativas e estéticas a serem exploradas e traduzidas para outras linguagens. (ALVES, Bruno Fernandes. Histórias Em Quadrinhos E Cinema: Um Caso De Tradução Intersemiótica. 2011. p 12).
2.6.1 Terror no Comic Book
Assim como o surgimento dos quadrinhos, as HQ’s de terror não têm um autor fixo ou data específica, porém podemos afirmar que a década de 50 é onde foi inserido este gênero em comics tendo publicações da EC (Entertainment Comics). Inspirados em programas como as radionovelas, as histórias de horror ganharam espaço e investimento no mercado editorial trazendo consigo características únicas de traço e cor, tentando passar ao leitor sentimentos de angústia e paranoia. A prolífica geração de artistas agremiada pelas comics da EC se destacava não apenas pelo estilo artístico inovador, como também pela versatilidade e criatividade em elaborar argumentos e roteiros, principalmente nas personalidades de Feldstein e Kurtzman (CRAWFORD, 1978) e apesar das controvérsias políticas em torno do gênero, o mesmo, com o passar dos anos, conquistou seu público e continuou em ascensão até se estabelecer no mercado. No Brasil, temos traços de terror nas histórias em quadrinhos desde a década de 30, onde há a mescla de características de temáticas como policiais, fantasmas e ficção-científica. Podemos citar a obra Garra Cinzenta64 publicada pela editora A Gazetinha em 1937. A tirinha trazia essas temáticas de forma híbrida, juntamente com as características na construção da HQ. Porém, o mercado dos quadrinhos de terror teve sua queda no Brasil com o início da ditadura militar e a implantação de leis de censura.
64 História em quadrinhos brasileira, publicada no jornal A Gazeta entre 1937 e 1939, com roteiro de Francisco Armond e arte de Renato Silva.