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uro de reportagem e ou - uma pauta de primeira mão! Pois é, foi isto que aconteceu em outubro de 2016. Entrevistamos o CEO da Volvo Ocean Race, Mark Turner - através de sua page no facebook - muito descontraído o experiente velejador e executivo - afirmava com todos as letras que "sonhava ver a Martine em um time…". Passamos acompanhar o "sonho” de Mark, mas as fontes apontavam que a experiente velejadora tinha outras projetos náuticos. Pois é, o sonho de Mark se materializou -: Martine Grael está oficialmente anunciada como uma das tripulantes do barco Akzonobel. Bom, cumprimos o papel de estar sempre com uma boa informação.
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Adilson Pacheco Editor
OCEAN RACING é uma publicação da/is a publication of Editora Adilson Pacheco Bureau de Comunicação *Edição – Adilson Pacheco MTB: 0002362/SC E-mail: adilsonpachecoredacao@gmail.com.br Facebook: https://www.facebook.com/adilson.pacheco.75 Facebook: https://www.facebook.com/Regata-News698702346874230/?fref=ts
Laura Carrau
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“E
u sonho com a Martine Grael em algum time….mas é apenas um sonho”. Pois é, sonho do CEO da Volvo Ocean Race,Mark Turner afirmada durante uma entrevista exclusiva ao Regata News em outubro do ano passado – agora a menos de três meses da largada da regata volta ao mundo aconteceu. A campeã olímpica e filha do maior velejador do Brasil de todos os tempos, Martine Grael foi anunciada oficialmente, terça-feira (1º), pelo Team AkzoNobel – equipe holandesa na disputa da Volvo Ocean Race como sua nova integrante no time que já tem o brasileiro Joca Sig-
norini. Campeã olímpica é filha do maior velejador do Brasil de todos os tempos, Martine Grael foi anunciada oficialmente, nesta terça-feira (1º), pelo Team AkzoNobel – equipe holandesa na disputa da Volvo Ocean Race. A atleta será a primeira brasileira a correr a Volta ao Mundo entre todos os nove representantes do país na história do evento. Martine Grael foi escolhida pelo comandante Simeon Tienpont para formar a tripulação ao lado do também brasileiro Joca Signorini. “Conto muito com a torcida de vocês quando a regata chegar em Itajaí. Estou muito animada”, disse Martine Grael.
“Será uma grande campanha para mim. Espero aproveitar a experiência e aprender muito com isso. Sobretudo, quero provar que pertenço a este time e não posso esperar para começar a velejar contra outros barcos”. Martine falou sobre a mudança de um monotipo de regatas olímpicas para um barco de 65 pés para dar a volta ao mundo com mais tripulantes. “Nos barcos de oceano geralmente há um número muito maior de tripulantes onde cada um tem uma função específica, já nos monotipos você faz tudo, ou divide com um parceiro. “Além da diferença de tamanho, os barcos de oceano tem mais opções de velas e
diferentes opções de como colocá-las no mastro, logo aguenta as mais diversas condições de mar e vento. Em quanto muitas vezes o monotipo, que são projetados para navegar em águas costeiras tem uma única opção limitado apenas a como você regula as velas.” “Passar do 49erFX para a Volvo Ocean Race com o time AkzoNobel será uma oportunidade muito importante para evoluir minha habilidade de navegação e também meu preparo físico”, disse Martine Grael. “Meu objetivo a curto prazo é aprender mais sobre o barco e entender suas particularidades, melhorando assim meu desempenho”.
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Adilson Pacheco
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velejadora de Niterói (RJ) tem 26 anos e é apontada como umas das melhores do mundo. Na Rio 2016, a atleta ficou com a medalha de ouro na classe 49er FX ao lado da amiga de infância Kahena Kunze. O primeiro lugar veio numa disputa emocionante decidida nos instantes finais da medal race. A campanha para Tóquio 2020 segue nos planos da brasileira ao lado de Kahena Kunze. ”Nas etapas com paradas maiores estamos pensando em aproveitar meu tempo livre para treinar”.
Embora esta seja a primeira vez de Martine na Volvo Ocean Race, o sobrenome Grael não é estranho nessa aventura de 83 mil quilômetros (45 mil milhas náuticas). Seu pai, Torben Grael – além de ser o velejador olímpico mais bem sucedido do Brasil, com cinco medalhas, sendo duas de ouro – participou da Volta ao Mundo por três vezes, ganhando a edição 2008-09 como comandante da Ericsson 4. ‘Foi uma dos principais motivos de eu ter escolhido esse time. A maior parte dos homens aqui já velejaram juntos antes em outros barcos e confiam um
nos outros. Existem muitos riscos nessa regata e para mim o Joca, além de ser uma pessoa que me traz confiança como velejador, me traz confiança de caráter”, explicou Martine Grael. O comandante Simeon Tienpont rasgou elogios à brasileira. “Martine talvez seja uma novata às regatas oceânicas, mas a Volvo Ocean Race está no sangue dela e ela traz a paixão de enfrentar esse desafio, além de um excelente conjunto de habilidades e experiência em barcos de alto desempenho. Sua capacidade de liderança, em particular, a torna um trunfo real para a campanha”, disse Tienpont.
Adilson Pacheco
Martine Grael tem treinado a bordo do novo Volvo Ocean 65 da equipe AkzoNobel nas últimas semanas e participará do Leg Zero – uma série obrigatória de quatro regatas preliminares para as sete equipes concorrentes da Volvo Ocean Race antes do início da aventura em 22 de outubro, em Alicante, na Espanha. A Leg Zero começa na quarta-feira (2) com um sprint em torno da Ilha de Wight, na Inglaterra, seguido da Rolex Fastnet Race, de 6 a 9 de agosto, e uma prova mais longa de Plymouth, na Inglaterra, para Lisboa, em Portugal. O último percurso terá uma parada de um dia no porto francês de St. Malo.
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rasil na Volvo Ocean Race O Brasil teve ao todo oito atletas na Vol-
vo Ocean Race. O primeiro velejador a correr a Volta ao Mundo foi Fernando Peres, integrante do barco La Barca Laboratorio em 1981-82. Dos atletas que participaram do evento, três deles têm o título de campeão. A bordo do Ericson 4, o pai de Martine, Torben Grael, liderou a
equipe sueca na conquista de 2008-09 ao lado de Joca Signorini e Horácio Carabelli. Torben Grael, inclusive, fez história ao comandar o Brasil 1 – até agora único veleiro brasileiro na Volvo Ocean Race. O barco ficou em terceiro lugar na edição 2005-06. De lá pra cá, pelos menos um
©David Branigan/Volvo Ocean Race
velejador nacional corre a regata. A prova terá novamente a cidade de Itajaícomo parada depois de duas edições consecutivas. O evento já parou no Rio de Janeiro (RJ) e São Sebastião (SP).
Os velejadores brasileiros e suas equipes: André ‘Bochecha’ Fonseca 2005-06 Brasil 1 | 2008-09 Delta Lloyd | 2014-15 MAPFRE Fernando Peres 1981-82 La Barca Laboratorio Horácio Carabelli (nascido no Uruguai) 2005-06 Brasil 1 | 2008-09 Ericsson 4 Joca Signorini 2005-06 Brasil 1 | 2008-09 Ericsson 4 | 2011-12 Telefónica | AkzoNobel Kiko Pellicano 2005-06 Brasil 1 Lucas Brun 2005-06 ABN AMRO TWO Marcelo Ferreira
2005-06 Brasil 1 Torben Grael 1997-98 Innovation Kvaerner | 2005-06 Brasil 1 | 2008-09 Ericsson 4 Martine Grael AkzoNobel Paradas brasileiras na Volvo Ocean Race: 1973-74: Rio de Janeiro (RJ) 1977-78: Rio de Janeiro (RJ) 1997-98: São Sebastião (SP) 2001-02: Rio de Janeiro (RJ) 2005-06: Rio de Janeiro (RJ) 2008-09: Rio de Janeiro (RJ) 2011-12: Itajaí (SC) 2014-15: Itajaí (SC) 2017-18: Itajaí (SC)
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©Oskar Kihlborg Volvo Ocean Race
medalhista olímpica brasileira Martine Grael, campeã olímpica e mundial de Iatismo na classe 49er FX – junto com a parceira e proeira Kahena Kunze – eleita pela Federação Internacional de Vela a melhor velejadora do mundo em 2014, é a mais nova tripulante do Team AkzoNobel, que representa a Holanda na Regata Volvo Ocean Race prevista para largada em outubro da cidade espanhola de Alicante. Pois é, hoje com 26 anos Martine está a bordo com um outros dois velejadores que já fizeram história com seu pai, Torben Grael. O ano era 2005, o Brasil entrava pela primeira vez na mais desafiadora regata do planeta Volvo Ocean Race, com o Brasil Brasil 1, projeto do velejador Alan Adler e construído em um estaleiro no interior de São Paulo. No time entre outros – estava Joca Signorini e o espanhol Roberto ‘Chuny’ Bermúdez de Castro. Naquela regata o Brasil 1 chegou em terceiro lugar. Já na edição seguinte – a bordo do Ericcsson – Torben Grael vencia a competição e no seu time estava Joca Signorini. Martine estava com 14 anos e já participava ativamente do esporte náutico. Mas a paixão pela vela foi-lhe passada pela mãe. No final de 1990, já grávida de sete meses, Andrea participou numa regata feminina no Brasil. Depois, quando Torben andava pelo mundo a competir, foi ela que alimentou o bichinho da vela entre os filhos.