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Fotos: Fred Hoffmann /RN
António um velejador diferenciado O Regata News/Site/jornal/revista - sempre busca estar presente em momentos importantes do esporte náutico e em outros setores da economia brasileira. É importante para o crescimento do esporte náutico o destaque de grandes velejadores que atuam em outros setores da economia mundial. O velejador António Nunes - tripulante do veleiro Mussulo se diferencia dos demais participante da maior regata brasileira, ocorrida em julho, a Ilhabela Sailing Wek. António não é somente um simples velejador e o CEO da Angola Cables - principal patrocinadora do veleiro. Diante deste quadro não poderíamos deixar passar em branco este fato, principalmente em um momento em que a cidade de Itajaí vem se destacando no esporte náutico nacional com um time local o Itajaí Sailing Team e como também a cidade é palco de regatas internacionais como a Transat Jacques Vabre e Volvo Ocean Race. Uma dos das declarações fortes do António foi esta ao ser questionado – O mercado de esporte náutico é um bom case de marketing promocional para o setor privado? António Nunes –Sem dúvida, estamos de tal forma convencidos disso que o usamos como divulgação de nossa marca a nível internacional. A equipe de uma embarcação à vela é como uma equipe de gestão de uma empresa. Tem de estar em perfeita sintonia e sincronia para poder triunfar. Tudo pode acontecer, nem o mar, nem o vento são variáveis constantes e por isso muito similar aos mercados competitivos onde operamos. As decisões têm de ser tomadas em função dos fatores presentes, muitas vezes ajustando os planos previamente definidos. Assim como arriscar o suficiente para que se possa fazer a diferença em relação à nossa concorrência. Bom, foi uma fantástica entrevista. Curta, leia. Bons ventos Adilson Pacheco Editor
Diagramação: Adilson Pacheco
Regata News – A África é um grande consumidor de internet? A visão que temos da
António Nunes –A África ainda tem muita pobreza e existe população que vive em situação bastante precária. Contudo é um erro generalizarmos este conceito a todos os setores, até porque se assim o fosse, os níveis de consumo de internet não estariam a crescer na escala em que estão. O desenvolvimento das TIC e o crescente uso da internet está a melhorar a educação e condição de vida das populações. Este é um dos drives de incentivo no investimento nas telecomunicaçãos tanto nacionais como internacionais na África”
António Nunes é o CEO de Cabos Angola desde a sua criação. Engenheiro eletrotécnico de profissão, tem mais de 13 anos de experiência em telecomunicações. Vindo da UNITEL, a maior operadora de telefonia móvel angolana, coordenou o desenvolvimento de redes de acesso (2G e 3G), núcleo (monolítico e softswich) e transmissão (microondas e fibra óptica), bem como a infraestrutura que lhes estão associados. Posteriormente relacionada com o desenvolvimento de serviços de valor agregado de Unitel. A missão de hoje em Cabos Angola é transformar Angola, um dos centros de telecomunicações em África. António Nunes é o CEO de Cabos Angola desde a sua criação. Engenheiro eletrotécnico de profissão, tem mais de 13 anos de experiência em telecomunicações. Vindo da UNITEL, a maior operadora de telefonia móvel angolana, coordenou o desenvolvimento de redes de acesso (2G e 3G), núcleo (monolítico e
A maior regata do Brasil a Ilhabela Sailing Week ocorrida em julho – teve a participação de velejadores do Brasil e de outros recantos do planeta. Direto de Angola veio o veleiro Mussulo III nada de anormal – é mais um possante veleiro entra tantos outras centenas de embarcações participantes. Entretanto, no comando do Mussolo estava o CEO da Angola Cables – Engenheiro António Nunes, uma das importantes empresas de cabos submarinos de fibra óptica do mundo e principal empresa angolana do setor.
O que nos motiva a participar num evento como a Ilhabela Sailing Week é divulgar a nossa marca no Brasil. O nosso negócio é muito especifico e escolhemos a vela como um dos veículos da sua divulgação.
Regata News -Como foi a vitória do Mussulo III no Refeno 2013? CEO da Angola Cables António Nunes – Toda a vitória é boa de comemorar, pois ela reflete que produto foi bem planejado, que a equipe foi eficiente e que todo o esforço foi compensador. Regata News -Qual é a expectativas da participação da classe ORC/ IRC, além da Regata Alcatrazes? E estar entre os primeiros? O Brasil tem grandes desportistas náuticos e isto dá um certo receio de não se obter a vitória nesta tradicional regata? António Nunes – O Brasil tem efetivamente grandes desportistas náuticos e esta é uma das razões por que apostamos na vela no Brasil. Queremos ser vencedores, como são os desportistas brasileiros. Regata News -A Angola Cables é um dos principais patrocinadores do esporte em Angola e, com a vinda para o Brasil, a expectativa é realizar o mesmo feito aqui. O senhor projeta, por exemplo, patrocinar um barco brasileiro para participar da regata Volvo Ocean Race? E investimento em escolas náuticas alguma projeção? Qual projeção e prospecção de investimentos no setor e em que região do país?
António Nunes- A Angola Cables é uma jovem empresa, que está no mercado angolano desde 2009 e no mercado do Brasil a começar a sua atividade. Temos patrocinado eventos desportivos em Angola relacionados com a vela e temos a intenção de mantermos essa tradição também no Brasil. Essa é a razão de estarmos presentes em Ilhabela com o Mussulo III. Além de muitos outros fatores, o mar é sem dúvida um dos meios que nos une. È também o fator que une a vela aos negócios dos cabos submarinos que desenvolvemos. Estar presente como patrocinador num evento como a Volvo Ocean Race é sem dúvida algo de grande prestígio, mas também de muita responsabilidade. Havemos de chegar lá, só precisamos de bons ventos nos nossos negócios. Não temos neste momento um programa já definido no que diz respeito ao suporte do desporto náutico no Brasil. ------------EMPRESA Regata News – O que motiva um empresário de uma empresa de cabos submarinos de fibra óptica participar de uma competição do porte da Ilhabela Sailing Week? António Nunes – -O que nos motiva a participar num
evento como a Ilhabela Sailing Week é divulgar a nossa marca no Brasil. O nosso negócio é muito especifico e escolhemos a vela como um dos veículos da sua divulgação. Regata News – O mercado de esporte náutico é um bom case de marketing promocional para o setor privado? António Nunes –Sem dúvida, estamos de tal forma convencidos disso que o usamos como divulgação de nossa marca a nível internacional. A equipe de uma embarcação à vela é como uma equipe de gestão de uma empresa. Tem de estar em perfeita sintonia e sincronia para poder triunfar. Tudo pode acontecer, nem o mar, nem o vento são variáveis constantes e por isso muito similar aos mercados competitivos onde operamos. As decisões têm de ser tomadas em função dos fatores presentes, muitas vezes ajustando os planos previamente definidos. Assim como arriscar o suficiente para que se possa fazer a diferença em relação à nossa concorrência.
Regata News – O senhor vai instalar uma unidade de sua empresa no Brasil? Quando? Onde? Qual será o investimento? Quanto emprego vai gerar? Quais projetos já contatos para desenvolver no país? António Nunes – Sim, já temos uma unidade brasileira de atividade. Iniciamos este ano a nossa estruturação e estamos em uma fase de investimentos. A Angola Cables irá instalar dois novos cabos submarinos e um datacenter no Brasil. O SACS que irá ligar o Brasil a Angola e o Monet que ligará o Brasil aos Estados Unidos, bem como um datacenter em Fortaleza de cerca de 3000 m2 de área de TI. O valor de investimos só no Brasil será de cerca de R$ 72 milhões. Em dez anos, entre diretos e indiretos, serão cerca de 200 quadros especializados a funcionar fundamentalmente em Fortaleza. Regata News – Itajaí poderia ser a sede de sua empresa? Já conhece Itajaí? (Caso ainda não encontrou uma boa cidade para a instalação da empresa?). António Nunes – R-O nosso investimento será praticamente todo feito em Fortaleza. Mas assim que tiver oportunidade, gostaria de conhecer Itajaí. Regata News – O mercado de cabos submarinos de fibra óptica está em fase crescente em decorrência do crescimento da internet? Vocês já atuam em quais países? António Nunes – A nossa atividade de negócio é mundial, pois vendemos circuitos internacional em wholesale. Neste momento o nosso maior ativo é na África, no cabo do WACS e por essa razão a nossa atividade está focada nessa região. Quando tivermos as novas infraestruturas em operação grande parte do nosso negócio passará também pelo Brasil. Regata News -O Brasil está passando por uma crise esta situação econômica não gera preocupação para investimentos em um país em crise – ou é – na crise
que consegue as grandes oportunidades? António Nunes – As crises são cíclicas e por isso a sua gestão faz parte da vida das empresas. Elas têm sempre duas fases. Uma para quem vende e outra para quem compra. Estando a empresa na fase de realização de investimentos e estando está a comprar serviços neste momento, aquilo que se apresenta como crise, poderá ser visto como oportunidade. Contudo espero que quando estivermos na fase de prestação dos serviços, a situação que se vive atualmente tenha mudado. Regata News – (Li em um release de sua empresa) A Algar Telecom (Brasil), Angola Cables (Angola), Antel (Uruguai) e Google anunciaram os planos para a construção do novo cabo de fibra ótica submarino, que ligará as cidades chave de Santos e Fortaleza, no Brasil, com a Boca Raton, Flórida, nos Estados Unidos. Este projeto já aconteceu? Está em vigor? Ou é uma das iniciativas para instalação da empresa no Brasil? Como vai ocorrer este projeto? E os benefícios para o setor privado? António Nunes – Este projeto é chamado Monet, onde a Angola Cables detém cerca de 33% do cabo. O projeto está em desenvolvimento e estará pronto em 2016. O setor das telecomunicações estará a ser capacitado com tecnologia de ponta e terá ligações mais eficientes e modernas, o que suportará o desenvolvi-
mento da banda larga aqui no Brasil.
Regata News -"África é hoje, a região com da taxa de Penetração de internet do mund principal da empresa é transformar Ango principais Hub africanos de telecomunicaç texto em releases da sua empresa – pode d Isto poderá acontecer no Brasil também? ocorrer? Qual investimento para isto seja em um país, por exemplo, do porte do Bra
António Nunes –A empresa tem como visã mar Angola, num dos Hubs de telecom na tal a estratégia a seguir é vasta e complexa vestimentos que estamos a fazer a nível do marinos internacionais, colocamos desde c uma posição relevante no que diz respeito dade internacional. O Brasil também faz p estratégia, visto ser mais um dos pilares de dade dessa visão. Só para os cabos submar a investir neste momento cerca de US$ 300
m a mais rápido. O objetivo la num dos ções"- li este detalhar mais? E como vai viabilizado asil?
ão transforÁfrica. Para a. Com os inos cabos subcedo o país em à conectiviparte dessa e sustentabilirinos estamos 0 milhões.
O investimento da emp será de R$ 72 milhões, d lhões serão alo
O Prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, assinou contrato com a empresa Angola Cables para instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica, com Data Center integrado, em julho, No total, a empresa Angola Cables pretende investir cerca de R$ 900 milhões no projeto. Só no Brasil, o valor de investimentos da operadora será de aproximadamente R$ 72 milhões, sendo que cerca de R$ 35 milhões alocados diretamente em Fortaleza. “Esse é um sonho antigo de Fortaleza, que agora se consolida como um polo de tecnologia, que gera emprego, gera renda, é um salto importante para a economia da cidade. Seremos um ponto de conexão de cabos de fibra ótica”, disse o Prefeito. Ainda segundo ele, poderemos atrair empresas de fora do Ceará para usar os serviços do Data Center, já que teremos uma vantagem competitiva no mercado da tecnologia. A parceria da Prefeitura com a empresa Angola Cables resultará na instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica e um DataCenter de porte interna-
cional (Data Center tipo Tier 3), o primeiro deste porte nas regiões Norte/Nordeste do País. Com essa estrutura, Fortaleza passará a ter condições de exportar conteúdos digitais brasileiros para a América do Norte e, futuramente, para a África (Luanda). “Teremos a oportunidade de desenvolver uma nova vocação econômica para a cidade, com essa tecnologia, com perspectiva de aumentar em 0,2% o nosso PIB anual e gerar cerca de 700 novos empregos em toda a cadeia produtiva ”, disse o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza, Robinson de Castro. Fortaleza conta com posição geográfica privilegiada e estratégica, próxima dos continentes europeu e africano, assim como dos Estados Unidos. A capital cearense já conta com sete cabos submarinos de fibra óptica instalados, contabilizando 13 pontos de entrada e saída. “Serão dois cabos, um vindo dos Estados Unidos e outro vindo da Angola. Vemos o mercado brasileiro com bastante potencial para esse mercado. Este é o
primeiro cabo de fibra óptica conectando América do Sul e África diretamente” afirmou o CEO da Angola Cables, António Nunes.
Saiba Mais As empresas que se interessarem em aderir ao do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Parques Tecnológicos e Criativos de Fortaleza (PARQFOR) deverão instalarse em áreas polos denominadas Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS), localizadas no Centro da cidade e nas regiões adjacentes a Avenida Francisco de Sá, ou em regiões decretadas pelo poder municipal como parques tecnológicos, que compreendem os campi de instituições de ensino superior conveniadas à Prefeitura. As Instituições que desejam aderir ao programa poderão obter maiores informações por meio do site da SDE, ou ainda, no e-mail (investidor@fortaleza.ce.gov.br).
presa Angola Cables no Brasil dos quais cerca de R$ 35 miocados em Fortaleza
O contrato com a empresa Angola Cables para instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica, com Data Center integrado, possibilitará à cidade de Fortaleza tornar-se um HUB Internacional de Telecomunicações. A parceria da Prefeitura com a empresa Angola Cables resultará na instalação de uma estação de cabos submarinos de fibra óptica e um DataCenter de porte internacional (Data Center tipo Tier 3), o primeiro deste porte nas regiões Norte/Nordeste do País. Com essa estrutura, Fortaleza passará a ter condições de exportar conteúdos digitais brasileiros para a América do Norte e, futuramente, para a África (Luanda). A expectativa é de que, em poucos anos, a Cidade estará interligada aos continentes da Europa e Ásia, tornando-se um importante Hub do setor de Telecomunicações. “A instalação da Angola Cables na nossa cidade será o pontapé inicial para que diversas empresas de grande porte venham a se instalar aqui. Dessa forma, estaremos gerando mais empregos diretos, incrementando a geração de tributos
na Cidade, com perspectiva de aumentar em 0,2% o nosso PIB anual”, disse o titular da SDE, Robinson de Castro.
Posição Além de uma posição geográfica privilegiada e estratégica, próxima dos continentes europeu e africano, assim como dos Estados Unidos, a capital cearense já conta com sete cabos submarinos de fibra óptica instalados, contabilizando 13 pontos de entrada e saída desses cabos. “Queremos transformar Fortaleza em um HUB de comunicação digital na América Latina e um dos principais centros de tecnologia do Brasil. O objetivo é usar esse polo de comunicação para promover o surgimento de uma série de negócios com impactos diretos na economia local”, explica o CEO da Angola Cables, António Nunes.
Investimento Ao todo, a empresa Angola Cables pretende investir cerca de R$ 900 milhões no projeto. Só no Brasil, o valor de investimentos da operadora será de aproximadamente R$ 72 milhões, sendo que cerca de R$ 35 milhões alocados diretamente em Fortaleza. Dessa forma, a empresa Angola Cables será âncora para o desenvolvimento de um Polo Tecnológico no Município, projeto desenvolvido pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), que prevê a atração de investidores do setor tecnológico na Cidade, a partir da concessão de incentivos fiscais às empresas participantes, conforme prevê a Lei nº 205/2015, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Parques Tecnológicos e Criativos de Fortaleza (PARQFOR). > Fonte: Prefeitura de Fortaleza.