Cidadecult novembro 2013

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Novembro de 2013 | Ano 02 | Nยบ 17

#15 de novembro #proclamacaodarepublica #brasilmeubrasilbrasileiro #oudeixarapatrialivreoumorrerpelobrasil Colunas Colunas

Juliana Vidal

Marcelo Pires

Roberta Li

Murilo Uessugue

Luciana Porto



Proclamação da República em Brasília Exposição ExpoExperimento GDF restaura igreja São Sebastião de Planaltina Humberto Gessinger em Brasília Siscult Clube do Violeiro Lei Maria da Penha

Foto: Breno Galtier

Sumário


Editorial

NOVEMBRO

CidadeCULT

Os meses de novembro costumam ser recheados de atividades culturais. Artistas e produtores correm para realizar as produções e apresentaçoes pendentes do ano, considerando que o próximo e último mês, dezembro inviabiliza naturalmente a realização de muitas coisas. Portanto, nesse novembro, saia de casa, divirta-se muito, aproveite os grandes shows, as mostras, as feiras, o show do barzinho da esquina, e a apresentação de teatro da sobrinha. Não há desculpa para estar em casa, além da sua própria vontade de não viver a arte que Brasília exala e emana. Nesta edição, agenda cultural especial e irresistível e um papinho rápido sobre as viagens para o reveillon, afinal se ainda não se programou eis um bom momento. Começamos a pensar no ano que vem, mas por hora nos divirtamos por agora mesmo, viva 2013!! Roberta Fernandes Editora

Expediente / Ficha Técnica A revista CidadeCULT é uma publicação da agência Dois Eixos comunicação. Jornalista responsável: Roberta Fernandes / Renata Batt DRT 7160-DF Projeto editorial, diagramação e redação: Dois Eixos comunicação. Revisão: Marisa Orta. Gráfica Dois Eixos | tiragem aproximada 20.000 Contato: Roberta Fernandes | bitanandes@gmail.com | publicidade@cidadecult.com.br Sugestão para reportagens e entrevistas: redacao@cidadecult.com.br *Conteúdos, artigos, anúncios e cartas são de responsabilidade de seus autores.

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(61) 8424-5002


Proclamação da República #15 de novembro #proclamacaodarepublica #brasilmeubrasilbrasileiro #oudeixarapatrialivreoumorrerpelobrasil Um dos principais feriados nacionais da história do Brasil, o Dia da Proclamação da República pode ser celebrado na programação oficial do dia, ou passeando por aqui... Brasília guarda acervos históricos e passeios maravilhosos, além de programações culturais para os mais variados gostos. O tour pode começar pela Catedral Metropolitana, o primeiro monumento a ser construído na cidade. Ela enche os olhos dos visitantes com seus vitrais coloridos e esculturas de bronze de três metros de altura. Depois, vale a visita ao Palácio do Itamaraty, que possui em seu interior painéis de artistas como Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins, entre outros – além do belo paisagismo externo. O Memorial JK e o Catetinho também são paradas obrigatórias: os museus contam um pouco mais sobre a história de Juscelino Kubitschek e da própria política de Brasília e do Brasil. No Memorial, há uma biblioteca com mais de três mil volumes, uma sala de pesquisas, exposições de fotos e a câmara mortuária do ex-presidente. Na área externa fica uma estátua de Juscelino, em bronze, que mede quatro metros e meio. Na primeira residência oficial do presidente, é possível visitar alguns cômodos com mobílias originais.

O passeio pela história continua no Museu da Caixa Econômica Federal. Lá, estão guardados documentos interessantes da economia brasileira, desde a época do Império, com mais de dez mil peças que registram o desenvolvimento da própria instituição desde o século passado. Após as “aulas” nestes pontos turísticos, que tal aproveitar algumas das maiores qualidades da capital, a área verde e o ar fresco? Conhecida com umas das cidades mais apaixonadas por corridas e pedaladas, o Parque da Cidade e as ruas do “Eixão” são um convite para os moradores e turistas que gostam de praticar atividades físicas. O “Pontão”, um trecho da orla sul do Lago Paranoá, é a pedida ideal para apreciar o pôr do sol depois dos exercícios. Programação Teatro Diversão e cultura se encontram no 11º Festival Internacional de Bonecos de Brasília, no Teatro Nacional. O festival vai até o dia 28 de novembro, com manifestações diversas da cultura popular brasileira e do mundo. Todos os espetáculos contam com acesso gratuito e censura livre. Confira aqui a programação completa. Já o Centro Cultural Brasília será

palco do espetáculo de comédia ‘Brasília, um plano sem piloto’, a partir de quinta (15), até o dia 25 de novembro. Exposições O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta ‘Corpos Presentes – Still Bein’, do inglês Antony Gormley. O Museu Nacional dos Correios apresenta até o dia 27 deste mês a mostra ‘1922 – a Semana Sísmica – Correspondências Modernas’, uma panorâmica com obras de artistas que participaram da legendária Semana de Arte Moderna, em 1922. Na Galeria Acervo da Caixa Cultural, estará aberta a exposição ‘O Olhar que Ouve’, do cantor, compositor, percursionista e também pintor Carlinhos Brown. Música No Clube do Choro, o compositor e pianista mineiro Antônio Carlos Bigonha apresenta seu disco ‘Urubupeb’. Na Caixa Cultural Brasília, a série musical ‘Isso é Jazz?’ apresentará os shows ‘Aquarela Carioca’, e ‘André Mehmari’, na quarta e quinta-feira, respectivamente. No dia 15 de novembro de 1889 o Brasil avançava rumo à consolidação da democracia. Nesta data, foi assinado um manifesto proclamando a República no país. Um evento histórico, que marca o dia como feriado nacional.


Mix

CidadeCULT

Humberto Gessinger toca Insular em Brasília SEUmuSEU EXPOEXPERIMENTO Um novo conceito de exposição organizado pelo Museu Nacional do Conjunto Cultural da República – MUN e o Museu de Arte de Brasília –MAB, tem como proposta atualizar o público quanto as mais recentes e siginificativas incorporações aos acervos destes museus do Distrito Federal. Destaque para: a série “Não Matarás”, de José Zaragoza; o conjunto de obras “Elder Rocha: fio condutor”, vencedor do Prêmio Marcantonio Vilaça 5ª edição 2012; o ateliê de Rubem Valentim, com o mobiliário, projetos, moldes, esboços, telas inacabadas, materiais e ferramentas originais do artista, remontado sob a curadoria de Bené Fonteles; as serigrafias de Almandrade; as obras dos artistas André Terayama, Marcelo Silveira, Milton Marques, Paula Trope, Pedro David e Pedro Motta, provenientes do Situações Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea do Distrito Federal; além de doações dos artistas Bené Fonteles, Ralph Gehre e Sanage, realizadas no decorrer da montagem da exposição, e obras pinçadas no acervo, de Naura Timm, Glênio Bianchetti, Nelson Maravalhas, Darlan Rosa, Miguel Simão, Rodrigo Rosa, Gisel Carriconde, Paul Setúbal, Antonio Miranda e Gómez de Zamora, Maria Tomaselli. Obras e projetos de murais de Athos Bulcão, gentilmente cedidas pela FundAthos, também serão expostas. Serão mais de 200 obras, entre pinturas, esculturas, objetos, instalações, fotografia, performances, intervenções e vídeos. Além da presença dos artistas locais que apoiam e valorizam esses dois museus, como espaços difusores da arte e da cultural. Mas toda essa concentração de obras não se justificaria se não contasse com a presença dos artistas locais, que em sete anos de existência do MUN, e 28 do MAB, apoiam, valorizam, prestigiam e defendem estes dois espaços de difusão das artes. Nesse sentido, para manter esse diálogo sempre profícuo, que envolve o fazer dos artistas, seus museus e sua cidade, é que foram convidados a integrar essa exposição. Artistas participantes: Adriana Cascaes, Adriana Marques, Alexandre Rangel, Ana Volpe, André Ventorim, André Santangelo, Antonio Cunha, Betty Bettiol, Bruno Bernardes, Carlos Lin, Carppio de Morais, Célia Matsunaga, Cirilo Quartim, Coletivo Transverso, Corpos Informáticos, Dalmácio Longuinho, Daniel Mira, Danielle Andrezza, Débora Passos, Deuseni Martins, Divino Cláudio, Eduardo Fagundes, Eduardo Silva de Moraes, Eli Braga, Eraldo Peres, Eurico Rocha, Fernando Madeira, Fernando Xavier, Flavia Duarte, Geraldo Zamproni, Girafa, Glenio Lima, Gougon, Helena Lopes, Jimmy Christian Maciel, João Victor Borges, Josafá Neves, José Eduardo Garcia de Moraes, Julia Repa, Julio César, Krishna Passos, Leda Watson, Leo Coimbra, Lis Marina Oliveira, Lua Cyríaco, Luiz Olivieri, Mamfil, Luiz Gallina Neto, Luiz Ribeiro, Marcelino Cruz, Márcia Rosa, Márcio Hofmann Mota, Margareth Serzanink, Mariana Brites, Marlene Godoy, Miguel Ferreira, Milla Nast, Morenu, Natasha de Albuquerque, Nilce Eiko Hanashiro, Nuara Vicentini, Patrícia Bagniewski, Patrícia Del Rey, Pedro Henrique Gandra, Pedro Sangeon, Pércio Sant’anna, Perpe Brasil, Polyanna Morgana, Roberto Castelo, Robson Araújo, Rogério Quintão, Rose Frajmund, Samuel Magalhães, Sandra Miranda, Sandra Rigo, Sergio Leo, Sheila Tapajós, Sonnia Guerra, Suyan de Mattos, Sylvana Lobo, Taigo Meireles, Tão Cascão, Tarciso Viriato, Tereza Riba, Tiago Botelho, Tize, Ton Bezerra, Toninho de Souza, Valeria Diaz, Waleska Reuter, Xico Chaves.

Em seu show, o artista apresenta músicas de todas as fases da carreira, passando por grandes sucessos dos Engenheiros do Hawaii que ele não tocava há tempos, como Exército de um homem só, Ninguém=Ninguém,Revolta dos Dândis, além de novas composições do seu novo disco Insular. Gessinger assume, além dos vocais, o baixo, teclados, harmônicas e acordeon, acompanhado por Rodrigo Tavares (ex-Fresno) na guitarra e Rafael Bisogno (da cena nativitas do RS) na bateria. Ingressos: Pista: R$ 120 e R$ 60 (meia) Camarote: R$ 180 e R$ 90 (meia) Informações: (61) 3242-2232. Não recomendado para menores de 16 anos na pista, e 18 anos nas áreas open bar. Data: 14.11.13 Hora: Sexta, às 22h. Local: Minas Brasília Tênis Clube (SCEN Trecho 3 Lote 3 - Asa Norte ) Site: www.poucavogal.com.br


Os interessados em participar dos Prêmios Culturais Sesc têm até 30 de novembro para se inscrever nas categorias de Literatura, Fotografia e Pintura em Tela. Serão distribuídos R$ 29 mil reais em premiação no total. Candidatos de todo o Brasil podem participar, com exceção do Prêmio de Pintura em Tela, restrito ao Distrito Federal. O Sesc busca com os prêmios revelar novos talentos, além de incentivar a produção artística. As categorias do concurso cultural do Sesc-DF são os Prêmios Sesc de Pintura em Tela Cândido Portinari, de Fotografia Marc Ferrez, de Contos Machado de Assis, de Contos Infantis Monteiro Lobato, de Poesia Carlos Drummond de Andrade e de Crônicas Rubem Braga. Confira os regulamentos dos prêmios e participe! www.sescdf.com.br

Os sonhadores

Acros the universe – o musical

Inspirado nos escritos da poetisa portuguesa Florbela Espanca, o espetáculo “Os Sonhadores” fica em cartaz durante todo o mês de novembro.

O espetáculo retrata a América nos anos de 1960, marcada por suas lutas e paixões, ambientando toda uma época de protestos contra a guerra e histórias de amor por meio das músicas dos Beatles. É nesse contexto que um garoto de Liverpool, insatisfeito com seu trabalho no porto, opta por cruzar o Atlântico em busca de seu pai. Após conhecer alguns estudantes rebeldes, parte rumo à Nova York e acaba se envolvendo com emergentes movimentos de contracultura como forma de contestar o caráter da sociedade, conflitos militares, movimentos estudantis, amor livre e protestos contra a Guerra do Vietnã.

A peça, que tem texto e direção de Bruno Estrela,se passa num vilarejo que não recebe a luz do sol. Texto e direção: Bruno Estrela Elenco: Fernando Bressan, Genice Barego, Marizilda Dias Rosa, Yeda Gabriel e Marcelo Bopp Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia, também, para doadores 1 kg de alimento não perecível). Mais Informação: (61) 2109-2122 Não recomendado para menores de 14 anos. Data: 02.11.13 a 01.12.13 Horário: Sábado, às 21h. Domingo, às 20h. Local: Espaço Cultural Brasília Shopping (SCN, Q. 5, Bl. A)

Para a montagem foram selecionadas mais de 15 músicas dos Beatles, que servem de pano de fundo para as histórias do espetáculo. Entre elas estão Let it be, Yesterday, Help, Come together, Revolution, All you need is love, entre outras, interpretadas pelos atores, que cantam e dançam juntamente com um coro formado por 40 artistas e uma banda ao vivo. Direção Geral: Élia Cavalcante Direção Musical: Chris Dantas e Pedro Souto Preparação Vocal: Thiago Rocha Coreografias: Wesley Messias Direção da banda: Rodrigo Karashima Roteiro: Rafael Oliveira Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (meia, também, para doadores de 1 kg de alimento não perecível). Mais Informações: (61) 3424-7121 Não recomendado para menores de 14 anos. Data:07.11.13 a 10.11.13 Horário:Quinta e sexta, às 21h. Sábado e domingo, às 16h30 e às 21h. Local:Teatro Oi Brasília (Complexo Golden Tulip Brasília Alvorada, SHTN, Tc. 1, Lt. 1b, Bl. C)



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Mix

Música, drinks e gastronomia Magela reúne-se com violeiro

O secretário de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, Geraldo Magela, se reuniu na última semana de outubro com membros do Clube do Violeiro do Distrito Federal, entidade que está fazendo 20 anos. Os músicos entregaram ao secretário um documento chamado Carta de Brazlândia, contendo reivindicações direcionadas a várias áreas de governo. No que diz respeito à Secretaria de Habitação, os violeiros querem uma área para construir a sede do Clube. A intenção deles é que a sede funcione também como centro cultural, oferecendo diversas atividades à população, entre elas aulas de viola caipira. Geraldo Magela vê com bons olhos destinar ao Clube do Violeiro um terreno em algum empreendimento que está sendo erguido pelo Programa Minha Casa, Minha Vida/Morar Bem ou em alguma área de legalização fundiária beneficiada pelo Programa Regularizou, é Seu! Magela lembrou que todos esses lugares vão dispor de espaços reservados à cultura. O secretário enxerga nisso a chance do Clube do Violeiro ter sua sede. Ele teve a ideia de construir um museu, pois aí o Estado estaria amparado pela lei para destinar verbas ao local, que, além de museu, abrigaria também a sede do Clube, com espaço para atividades como cursos e shows. “Isso tem que ser feito por meio de licitação, e a forma de ocupação seria por concessão de uso por 30 anos, com possibilidade de renovação por mais 30 anos”, explicou Magela. Os violeiros gostaram da ideia de um museu e informaram que, inclusive, já há um acervo inicial de cerca de três mil discos de vinil da autêntica música caipira. Outra alternativa apresentada pelo grupo foi a ocupação da antiga sede do Clube do Choro, no Eixo Monumental, ao lado da atual sede. Mas isso, lembrou Magela, depende de entendimentos com a Secretaria de Cultura. O Secretário prometeu encontrar uma solução e apresentá-la aos violeiros. Fonte: SedHab / Ascom

Com uma proposta inovadora, o BalcoNY Music reúne paladar e som ao vivo. Divido em dois ambientes distintos o espaço gastrô conta com um balcão comunitário no térreo e no subsolo um espaço - ao estilo das casas de jazz de Nova Iorque - reservado para shows intimistas, para no máximo cem pessoas sentadas. A coquetelaria conta com mais de 45 opções de drinques. O BalcoNY Music fica na 413 sul.

Brasil e Indonésia: tão longe, tão perto

O Liberty Mall expõe obras da artista Adriana Lombardo, que captam as similaridades e diferenças entre o Brasil e a Indonésia. A mostra integra o projeto Liberty Mall Cultural e apresenta 16 telas com pintura a óleo ou acrílica, que buscam desvendar as similaridades e diferenças entre os dois países que, antes, guardadas em sua própria bagagem artística, agora abertas para todos.

Entrada franca. | Classificação indicativa livre. Data: 20.11.13 a 01.12.13 Local: Shopping Liberty Mall


MORENA ROSA

Collection

Taguatinga Norte Tel: 3563 7323




Sistema Nacional de Transplantes

Aos 7 meses, eu ganhei um coração.

Há 7 anos, eu agradeço esse presente. Matheus tinha apenas 7 meses quando recebeu um coração. Hoje ele já tem 7 anos e comemora esses anos de vida graças a um doador. Todos nós podemos ser doadores de órgãos, basta comunicar esse desejo à família.

Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com sua família. @doeorgaos_MS

/doacaodeorgaos

Matheus Bitencourt Lazaretti

Melhorar sua vida, nosso compromisso.


Fernando Pessoa para download Vinte e uma obras do escritor português, Fernando Pessoa (e heterônimos) estão disponíveis para download no portal Dominio Público, através da biblioteca digital do Ministério da Educação. Os arquivos, disponíveis em PDF, são poemas, prosas e ensaios escritos pelas múltiplas personalidades e heterônimos do poeta. E para quem só conhece a faceta de escritor vale dizer que Pessoa também foi empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário. Por ter crescido na África do Sul também escrevia perfeitamente na língua inglesa. Dentre as obras que o leitor pode baiar destaque para ‘Poemas de Álvaros de Campos”, “Cancioneiro”, “Poemas de Ricardo Reis” entre outros clássicos.

O livro “Brasília: meio século da capital do Brasil” será apresentado na mostra de arte, arquitetura e modernismo para América Latina, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no próximo ano. A edição traz textos relatados dos tempos do Marquês de Pombal até os dias de hoje e fotos das modernas construções riscadas por Oscar Niemeyer. A publicação comemorativa dos cinquenta e três anos resgata um trabalho de vários anos da Capital. As pesquisas, textos e fotos foram feitas por especialistas e técnicos da área de arquitetura e urbanismo do governo e da Universidade de Brasília (UnB), que participaram e ajudaram a contar a história de Brasília. “Esses relatos são memórias importantes para que o carioca e o turista que visitam o Museu conheçam um pouco mais sobre a nossa Capital,” disse Jorge Francisconi, Diretor Técnico e de Fiscalização da Terracap; a Empresa apoiou a edição do livro entregue ao Curador norte americano. A história é retratada por documentos, fotografias, depoimentos e boa parte da legislação de Brasília, com base nas escalas traçadas pelo urbanista Lúcio Costa. (Imagem: Fábio Colombini)

Patrimônio histórico: GDF entrega igreja restaurada com dinheiro do Fundurb O Governo do Distrito Federal entregou nesta segunda-feira (14) a restauração da igreja São Sebastião, em Planaltina, construída por escravos em 1890 e tombada em 1982 pelo Patrimônio Histórico e Artístico do DF. A restauração custou R$ 516 mil e foi paga com dinheiro do Fundo de Desenvolvimento Urbano do DF, o Fundurb, administrado pela Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, a Sedhab. Apesar do tombamento, a igreja estava em péssimo estado de conservação, com ameaça, inclusive, de desabar, pois as administrações anteriores do GDF pouco ou nada fizeram por um dos bens culturais mais valiosos de Planaltina. O projeto de restauração do arquiteto Rogério Carvalho, executado pela Secretaria de Cultura, foi feito a partir de uma pesquisa histórica e conseguiu deixar a igreja igual a como ela foi erguida no século 19. Entre os aspectos originais está o piso de madeira, que substituiu o de tijolos posto em uma reforma feita nos anos 1980. As paredes de adobe foram fortalecidas com terra vermelha, areia e cal. Para afastar o risco de desabamento, dois cabos de aço foram postos de maneira cruzada em cima do altar. Eles vão de ponta a ponta da igreja segurando a estrutura, que ameaçava se partir em duas. A restauração começou em janeiro e recebeu do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, o certificado de boa técnica de construção e de restauro adequa-

do. A madeira usada na obra é certificada pelo Ibama. Na solenidade de entrega da restauração, o secretário de Habitação Geraldo Magela informou que o dinheiro do Fundurb será liberado também para recuperar as imagens que ornamentam a igreja. “O que nós estamos fazendo é resgatar a história de Planaltina para os jovens da cidade”, destacou Magela, lembrando que a igreja de São Sebastião está no roteiro turístico de DF. “E nós queremos trazer turistas não apenas do Brasil, mas também do exterior”, acrescentou o secretário. O templo não servirá apenas de ponto turístico. Suas portas continuarão sendo abertas para casamentos, batizados e missas eventuais. A dona de casa Maria do Carmo, por exemplo, faz bodas de ouro daqui a quatro anos e pretende celebrar a data na igreja, que foi palco de seu casamento e do batizado dos filhos. Ela, que frequenta a igreja desde 1964, aprovou a restauração. “Está parecendo uma mocinha bem cuidada”, comenta, rindo. Outras duas igrejas históricas do DF estão sendo recuperadas com dinheiro do Fundurb: São Geraldo, no Paranoá, e São José Operário, na Candangolândia. Esta última deverá ser entregue no dia primeiro de novembro. O fundo já havia contribuído com R$ 3 mi para a reforma do Cine Brasília.


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Esporte

Murilo Uessugue

Brasília, uma academia a céu aberto O ano de 2013 sem sombra de dúvidas foi um ano muito especial para o esporte na nossa capital, tivemos muitas provas, muitos jogos, inclusive sediamos a abertura da copa das confederações com muito sucesso. Tivemos grandes eventos aberto ao público, motos voando alto na esplanada dos ministérios, lanchas voando baixo no lago Paranoá, vôlei de praia, entre tantos outros, eu como um apaixonado por esporte sempre estava em todos. Mas, na minha opinião, melhor do que assistir o esporte é praticar o esporte, e a nossa capital cada vez mais se mostra aberta aos esportes a céu aberto, o que acaba sendo uma grande vantagem para nós, atletas amadores, pois temos um céu único no nosso cidade. Lembro muito bem de comentar espantado com amigos esportistas, que em outras capitais acontecia três ou quatro provas de corrida de rua no mesmo dia, quem participa dessas corridas por aqui hoje em dia sabe que em um mesmo final de semana as opções são várias, tendo corrida para crianças, corrida para mulheres, caminhadas, provas curtas e longas, no asfalto ou na trilha, a corrida de rua tem sido um dos esportes mais praticados pelo brasiliense.

Aos domingos e feriados, a principal avenida da cidade fecha o trânsito, saem os carros do eixão e entram as bikes, skates, carrinhos de bebês, uma outra novidade para esse ano foi a faixa exclusiva para ciclista no eixo monumental, aos domingos e feriados podemos visitar os principais pontos turísticos de Brasília pedalando, congresso nacional, esplanada dos ministérios, catedral, torre de tv, estádio nacional, memorial JK, podemos visitar tudo isso sem descer da bicicleta. Pra quem curte a natureza do cerrado as opções também são inúmeras, temos bem próximo do centro cachoeiras lindíssimas, perfeitas para a práticas de esportes radicais como rapel, escalada, ou simplesmente uma caminhada até a cachoeira e um bom banho de água gelada pra recuperar as energias, as mais conhecidas pela galera do esporte são o Salto do Tororó, uma das cachoeiras mais próximas de brasilia, temos

também a Águas Correntes, também conhecida como Saia Velha, que fica na divisa do Distrito Federal com o Goiás. Outro lugar muito lindo e encantador é o Poço Azul, sendo uma das cachoeiras mais conhecidas, temos ainda as cachoeiras do Indaiá e do Itiquira, que apesar de não fazer parte do Distrito Federal, nós brasilienses já incluímos em nosso roteiro esportivo. Pra finalizar não posso falar de esporte a céu aberto sem falar do lago Paranoá, como diz em uma música de uma banda da cidade “mas pra quê eu quero o mar, se eu tenho o lago pra mim” a praia do cerrado hoje deixou de ser somente um cenário de lanchas, jet skys e outras embarcações com motor, esporte como Stand Up Padle (SUP ), Caiaque, Wind Surf, Wakeboard, tem colorido diariamente as águas do nosso lago, cresce cada vez mais o número de praticantes dessas modalidades.

“Uma outra novidade para esse ano foi a faixa exclusiva para ciclista no eixo monumental, aos domingos e feriados podemos visitar os principais pontos turísticos de Brasília sem descer da bicicleta.”

São muitas as opções, se você curte nadar ou uma caminhada na trilha experimente conhecer ou reviver o Parque Nacional de Brasíliia, conhecido como Água mineral, para quem prefere uma volta de bike, uma corrida, patins ou skate, o Parque da Cidade, considerado um dos maiores parques urbanos do país, conta com quadras de areia, quadras de vôlei, basquete, pista para corrida e faixa para ciclista.

Murilo Uessugue é personal trainer, proprietário da empresa Orla Você no Esporte, especialista em treinamento funcional e apaixonado pelo que faz. www.facebook.com/murilo.uessugue www.facebook.com/vocenoesporte.assessoriaesportiva


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Loucuras de Jú

Segundas Intenções Hoje o pacato Jardim Guanabara, (bairro onde moro nas proximidades insulanas do Rio de Janeiro), estava muito mais pacato do que de costume. Parecia mais um deserto.Um silêncio convidativo para uma corrida musicada. E lá fui eu pelos caminhos altos e baixos da “Praia do Cano” (ou da Bica). Não sei se passei muito tempo morando em um lugar plano e alto, mas não consigo evitar a sensação de que a Ilha parece - com uma certa licença poética, claro - um lindo vale de montanhas. Tim Maia louco, berrando em meus ouvidos, enquanto o suor escorre pelos meus pensamentos que foram tão longe quanto conseguiram ir. Preciso por duas, três vezes buscá-los de volta. Mas a verdade é que adoro quando meus pensamentos parecem loucos e vão para longe. Eu adoro a loucura, aliás. A verdade é que eu não sei ser normal e mesmo conhecendo a doce tranquilidade de ser, acho que não consigo mais despertar essa vontade novamente - assim meu pensamento me levou... e eu já não sei mais quem arrastava quem para tão longe. Correr assim é mole. Acho que iria até Niterói neste passo cadenciado de tristeza, lágrima, alegria, bipolaridade, lembrança, riso, saudade, mensagem, suor, coragem, planos, medo e música.

Juliana Vidal

Nessa dança de pensar e des... pensar, lembrei dos inícios, dos finais, e dos meios!

Alguns acreditam que sim. E assim, muito desejam mais esse fim, do que o momento presente.

Maquiavelicamente, são aqueles que justificam estes, afinal.

Eu quero viver o presente. Acho que é nisso que me perco. Acho que isso me faz desistir de muitas “boas” escolhas. Acho que por isso mudo tanto. Acho que esse é meu bem e meu mal. Cada dia é um dia para viver o hoje sem esperar a sexta-feira chegar para me fazer feliz! E sem medo também do domingo anunciando o “fim”. Esse fim não há, afinal. A vida é breve, curta, vamos então chamar de sexta todos os dias, se isso ajudar, mas nada de fazer da vida uma eterna segunda.

E sem mudar de assunto, o pensamento foi até... a próxima segunda. Eu simplesmente não consigo detestar o início da semana. Vejo todos mundo resmungando da segunda-feira e acho que já me peguei reclamando também, mas apenas pela inércia da reclamação, eu acho. Sei que domingo tem mesmo um ar de “fim”, mesmo sendo um começo não contado. E segunda, que deveria ser o segundo dia, é contado como o primeiro do fim do fim de semana. Para mim, é um amontoado de horas, que desperdiçamos enquanto esperamos chegar sexta-feira. Que mesmo sendo o última dia da semana, é o início do fim de semana, e o inicio da melhor parte: o fim. Que loucura! Seres humanos vivem mesmo apenas para morrer. Acho que no fim (ou no começo), é só nisso que pensamos. Mesmo a todo custo evitando esse pensamento, olha a loucura que é, as pessoas desejarem a sexta, em plena segunda! Se toda as sextas chegarem rápido, os anos voariam, a vida passaria muito depressa e quem iria bater à porta mais cedo? Ela mesma: A implacável Morte! A dona do “fim”... ou quem sabe do começo.

Não há segunda chance de vida. Eu, pelo menos, não creio. Não há então razão para perder o ano a espera das férias, para então, viver! Viver é cada dia na padaria, cada tarde no trabalho, cada email lido e respondido, cada plano para o hoje, cada pimentão que se corta para o almoço, cada carinho feito, cada movimento do ponteiro maior do relógio de todas as terças, quartas, quintas, de toda a vida, que são contados sem parar... Não pare seu hoje esperando por um momento, que pode nem chegar. Viva o agora do seu jeito, mas aproveite cada segundo das suas segundas! Uma boa semana pra você, que precisava só de um abraço para começar a segunda parte dessa segunda!

Juliana Vidal é amadora em tudo que faz. Como amadora, exerce algumas funções distintas e interligadas. Nasceu escritora mas é só um detalhe. Acorda mulher e toma café (hj em dia não mais). Saí para trabalhar assessora parlamentar de comunicação e é sua atual ocupação; passa a tarde tentando ser advogada e acreditando em mais essa faceta definitiva. E passa o dia todo como mãe. No fim do dia, a escritora-mulher-comunicadora-advogada-mãe, vai buscar os filhos na escola. Carinho, beijo, jantar, ceia... e é quando as luzes se apagam que ela volta a ser apenas... Juliana... aí, já é hora de dormir...


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Justiça e Cidadania

Carlos Eduardo Rios do Amaral

MEDIDAS PROTETIVAS DA LEI MARIA DA PENHA CONFERE CAPACIDADE POSTULATÓRIA À MULHER É regra de nosso Direito Pátrio a imprescindibilidade de Advogado ou Defensor Público para propositura de Ação junto ao Poder Judiciário. As três clássicas exceções a essa obrigatoriedade seriam a impetração do Habeas Corpus, o ajuizamento de Ações de até 20 Salários-Mínimos perante os Juizados Cíveis de Pequenas Causas e a postulação do empregado na Justiça do Trabalho. Nenhuma dessas exceções, quanto à dispensabilidade do Advogado ou Defensor Público, têm assento constitucional. Todas encontram-se previstas em sede de Lei Ordinária. Assim, esse minguado rol pode ser estendido a outras situações através dessa mesma espécie normativa, dispensando-se por isso mesmo qualquer alteração na Constituição Federal vigente. E foi o que fez a Lei Ordinária Federal nº 11.340, de 07 de Agosto de 2006, a denominada “Lei Maria da Penha”, autorizando expressamente que a mulher vítima de violência doméstica e familiar possa requerer as Medidas Protetivas de Urgência ao Poder Judiciário, sem a necessidade de constituição de Advogado ou patrocínio da Defensoria Pública.

de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. (...) Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de Advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei”.

pedido da Ofendida, deferida as Medidas Protetivas de Urgência, caberá ao Magistrado do Juizado de Violência Doméstica determinar o encaminhamento daquela vítima à Defensoria Pública especializada, quando esta estiver desassistida de Advogado (Art. 18, II).

E a razão de ser desta prerrogativa processual de gênero reside na própria causa de pedir da Medida Protetiva de Urgência, qual seja, prevenir a violência contra a mulher ou sua reiteração, que muitas vezes termina no assassinato da vítima pelo seu companheiro agressor dentro do lar. Se o Habeas Corpus tutela a liberdade do indivíduo, a Medida Protetiva de Urgência garante a sobrevivência da mulher, o seu valioso direito fundamental à vida.

Senão, vejamos:

Em sede de violência doméstica o tempo conspira contra a vítima do lar. Daí a salvífica capacidade postulatória conferida à própria mulher pela Lei Maria da Penha. Imprimindo maior celeridade e efetividade a esse instrumento processual acautelatório da incolumidade da mulher.

“Art. 19. As medidas protetivas

Recebido o expediente com o

Carlos Eduardo Rios do Amaral é Defensor Público do Estado do Espírito Santo edu.riosdoamaral@gmail.com


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Sociedade

Luciana Porto

EM COMEMORAÇÃO À REPÚBLICA No dia 15 de novembro de 1889 era registrado o fim do Império e a Proclamação da República. Hoje, há mais de um século, vimos com o despertar de novas manifestações, que a população ainda está em busca de um sistema republicano mais democrático, justo e participativo. O fato é que as reinvindicações continuam e, muitas vezes, se assemelham ao longo da historiografia brasileira. Se o aumento das passagens gerou indignação este ano, não menos revoltante foi quando a população boicotou o imposto sobre as passagens dos bondes, na Revolta do Vintém, que revelou nas décadas de 1880 a 1900 grandes polos de mobilização da classe trabalhadora em relação ao transporte urbano. Assim, desde que foram propagadas as ideias republicanas, mesmo que se tenha falado de comodismo e da falta de interesse em relação à política, não podemos afirmar que tínhamos um marasmo político. Ao contrário, havia uma efervescência de pensamentos e ideologias, que atualmente é percebida entre aqueles que buscam a cidadania, a reforma política e a atuação do Estado e de suas instituições no que se refere à educação, à saúde, às relações de trabalho e a uma série de políticas públicas que, mesmo asseguradas em nossa Constituição Federal, não garantem uma vida digna a todos os brasileiros. Conforme José Murilo de Carvalho, se a República não republicanizou a cidade, então devemos nos perguntar se este não seria o momento de a cidade redefinir a República segundo o modelo participativo que lhe é próprio, que lhe é merecido. O sentimento de insatisfação revela que não estamos aptos a uma política de “pão e circo”. Foi o futebol, o carnaval e o samba que nos deram uma identidade nacional, sendo ícones de paixão brasileira e até mesmo estrangeira, mas não vivemos apenas de diversão. Paulistanos, cariocas, brasilienses, mineiros e citadinos de todas as regionalidades do país mostraram que estão conscientes de seus direitos e deveres e que possuem capacidade de organização para agirem em defesa de seus interesses, quando estes entram em conflito com seus valores, tradições e costumes. Os brasileiros não estão satisfeitos com os escândalos de corrupção, com o tratamento que recebem nos hospitais públicos, com a educação que lhes é oferecida, com a desigualdade social e econômica, com os gastos exorbitantes realizados com o dinheiro público, entre vários fatores que poderíamos enumerar como motivos de vergonha, num país com grande capacidade de desenvolvimento como é o Brasil. Sendo assim, o descontentamento permitiu que o povo voltasse às ruas como muitas vezes já o fez. Contudo, a inquietação permanece após vermos os ânimos acalmados, num cenário de aparente normalidade e de poucas mudanças. Mesmo assim, a adesão à cultura democrática ilustra que o Brasil está rompendo com o modelo de governança que aceitou por muito tempo uma política democrática neutralizada por uma determinada elite. Porém, ainda pedimos a “revolução governamental” que a República ainda não foi capaz de realizar. Todavia, cabe refletirmos a respeito de qual é a revolução que queremos para o próximo ano, já que se aproximam dois grandes acontecimentos: a Copa do Mundo e as Eleições Presidenciais. De um lado o futebol e do outro a política, uma escolha que envolve a responsabilidade coletiva.

Referências Bibliográficas: CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados. O Rio de Janeiro e a República Que não Foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. MATTOS, Marcelo Badaró. Escravizados e livres: experiências comuns na formação da classe trabalhadora carioca. 1. ed. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2008.

Luciana Porto é brasiliense, consultora em processos conferenciais pela Universidade Federal de Santa Catarina, com bolsa de pesquisa no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA e Licenciada em História. lucianna_porto@hotmail.com


Política Cidadã

Roberta Li

VOTO NÃO É ARMA DE PROTESTO, É ARMA DE DECISÃO. Você sabe o que é o voto? O voto é uma decisão. E ponto final! Decisão?? Ponto final?? É o ponto alto do exercício da democracia, assim, muitos acreditam e afirmam e teorizam. O voto é o ponto inicial da responsabilidade do eleitor, responsabilidade que não termina na urna Sua origem? Atenas! Ahh...,os gregos, sempre os gregos, batem o pé sobre a gestação do voto e seu nascimento lá. E os romanos? para não ficarem sem participação neste nascimento histórico, inventaram a urna eleitoral, criaram um berço pro voto. Outros dizem que não foi lá, que foram os celtas, antigo povo do noroeste europoeu. Mas não vou discutir com os gregos! No Brasil, o voto surgiu poucas décadas após sua descoberta por Cabral. A primeira vila do país, São Vicente, fundada na colônia portuguesa, em São Paulo, elegeu um Conselho Municipal. A presença de autoridades do Reino nos locais de votação era proibida, para evitar intimidações. As eleições eram orientadas por uma legislação de Portuguesa chamada de: o Livro das Ordenações de 1603. As votações foram locais de âmbito municipal até 1821. Como não havia uma lei eleitoral nacional, foram usados os dispositivos da Constituição Espanhola para eleger 72 representantes junto à corte portuguesa. Isso porque Portugal estava sob domínio espanhol por ocasião do Império de Castilla. Os eleitores eram os homens livres e, diferentemente de outras épocas da história do Brasil, os analfabetos também votavam. Os partidos políticos não existiam e o voto não era secreto. Devemos, porém, lembrar de que negros e mulheres não votavam..

Esses homens livres, votantes, eram chamados “homens bons”, expressão que designava, gente qualificada pela linhagem familiar, pela renda e pela propriedade, bem como pela participação na burocracia civil e militar da época. A expressão “homens bons”, posteriormente, passou a designar os vereadores eleitos das Casas de Câmara dos municípios. Tá aí o ponto final? Não! Nunca o Brasil viveu tamanho sentimento de arrependimento de voto e nem tanta exposição e descoberta da corrupção institucionalizada. Todos se perguntam: cadê os homens bons? E muitos respondem: não existem! Só tem bandido! A nossa legislação que permite votar e ser votado é ampla. As conquistas de uma constituição escrita e o exercício do voto para todos, os direitos políticos, deveriam ser comemorados a cada ano eleitoral e não serem rechaçados como coisas ruins que não fazem parte da vida dos brasileiros. E se não tivéssemos o voto? Como seria? Lembro que algumas eleições atrás, cidadãos de vários estados, não levando a sério a sua decisão eleitoral, resolveram votar brincando, sem compromisso e começaram a eleger figuras radicais e do meio artístico sem representação social. E o resultado? Voto virou ARMA DE BRINQUEDO!! Ahhh, podemos eleger qualquer um e qualquer um pode ser eleito! É isso mesmo! Você que pensa assim está certíssimo! Se você pode eleger qualquer um, porque não eleger, então, uma pessoa de bom senso?

E ao invés de achar que o voto é uma arma de protesto sem protestar, olhe a realidade: o voto é uma ARMA DE DECISÃO, decisão individual e única, personalíssima. Influenciável, é verdade! Pela mídia, família, amigos, pesquisas e pelos próprios candidatos, mas só você é quem aperta a tecla verde da urna. Que tal parar de tentar achar culpado pra tudo, reclamar de tudo e começar a pensar em decisões e mudanças? 2014 está aí, será um ano cheio de eventos e um deles é a eleição. Vamos exercitar o voto como ARMA DE DECISÃO? Escolha seus candidatos pelo o que eles podem, junto com outros, realizar, para melhorar a qualidade de vida de muitos, não só a sua! O voto não acaba na urna! Tem consequências, continua com acompanhamento, fiscalização do seu representante e controle da execução do dinheiro público. Seu dinheiro! E se você não quer que o voto seja obrigatório, para realmente ser livre em suas decisões, acompanhe a agenda legislativa do Congresso Nacional. Estamos perto de uma reforma política, e essa proposta inclui a não obrigatoriedade do voto. Vai ficar de braços cruzados? Ou vai tomar uma atitude? Acredite! Conheça! Compare! Decida! Vote! Você tem uma ARMA DE DECISÃO na ponta dos dedos. É seu direito votar e é uma obrigação escolher bem; porque de tijolo em tijolo é que se constrói um castelo.

Cf. História do Voto in: http://www2.camara. l e g . b r / c a m a ra n o t i c i a s / n o t i c i a s / 9 3 4 3 9 - C O N H E CA-A-HISTORIA-DO-VOTO-NO-BRASIL.html Cf. Eleições no Brasil: A história do voto no Brasil in: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/ eleicoes-no-brasil-a-historia-do-voto-no-brasil.htm

Roberta Li é brasiliense, formada em marketing político e eleitoral, sócia da Polis Marketing político e analista de pesquisas eletoriais. robertaa.li29@gmail.com


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SISCULT quadriplica o número de contratações por período anterior

O GDF já contratou 127 artistas diferentes para se apresentarem em eventos realizados com recursos públicos desde que as novas regras do governo para contratação artística começaram a valer, em 12 de outubro. O número é quase quatro vezes maior que o do período anterior às novas regras, se analisados mensalmente. De janeiro a outubro deste ano foram feitas 343 contratações de artistas diferentes em todo o DF, uma média de 34,3 por mês. “Acreditamos que vamos chegar, em um ano, a mais de 1,7 mil contratações, de forma mais democrática, com artistas que antes não tinham acesso a esses eventos, e o mais importante: sem aumentar o valor investido pelo governo”, ressaltou o subsecretário da Unidade de Administração da Secretaria de Cultura, Alexandre Rangel. Dos 127 artistas contratados até agora, 75 foram selecionados a partir do edital de credenciamento – que tem cachês pré-estabelecidos e respeita o

sistema de rodízio – 115 já se apresentaram. Os outros já assinaram o contrato e farão, nos próximos dois meses, apresentações pelas escolas do DF em uma parceria da Secretaria de Cultura com a Secretaria de Educação para oferecer oficinas de música e arte, além de teatro de bonecos. Das contratações feitas com dinheiro público, a grande maioria tem um número maior de apresentações de artistas locais. Dos 52 contratados por convite – artistas consagrados como a banda Titãs para o aniversário do Gama e a banda Araketu para o aniversário do Paranoá – a maior parte foi para o Festival de Bonecos (24), que trouxe apresentações de diversos bonequeiros do exterior. CONTRATAÇÕES - A primeira contratação feita pelo edital de credenciamento foi para o 12º Festival Internacional de Bonecos de Brasília, em outubro. Ao todo, 19 bonequeiros fecharam contrato com o GDF e se apresentaram 94 vezes no Teatro Nacional, em escolas, em hos-

pitais, na Universidade de Brasília (UnB) e em nove regiões administrativas. Cada grupo recebeu, por apresentação, R$3 mil, valor estipulado no edital. O rodízio, obrigatório no novo sistema, foi respeitado entre os artistas do credenciamento. O primeiro bonequeiro que assinou o contrato só pode ser contratado para outra apresentação depois que todos os 18 credenciados se apresentaram. “Nós estamos democratizando o acesso às apresentações, permitindo que todos mostrem seu trabalho e sejam contratados para os eventos realizados com dinheiro público”, ressaltou Rangel. Além do festival de bonecos, o GDF contratou artistas para o festival Satélite 061, Limpa Brasil, Lixo e Cidadania, Aniversário do Paranoá e do Gama, Berço do Samba de Sobradinho, Esferas Musicais nas escolas, Paradas Gay do Gama, Águas Claras e Ceilândia e para o Cerrado Virtual.


“Comecei usando câmeras fotográficas de familiares, fotografando-os juntamente de amigos. No entanto, foi só quando finalmente eu ganhei a minha própria compacta que comecei a fotografar tudo que via pela frente, pesquisando cada vez mais sobre o assunto. Acabei, então, tornando-me um grande amante da fotografia (...) A variação de luzes, o movimento e a emoção que o artista transmite no palco é o que me interessa cada vez mais.” Breno Galtier em entrevista ao portal Música Pavê

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A Lei de Uso e ocUpAção do soLo define onde tudo pode e não pode ficar no df. Você, por exemplo, não pode ficar de fora.

a cldf inova ao propor debates sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo do df. e a participação da população é fundamental nesse processo de tomada de decisões. afinal, trata-se de uma lei que impacta diretamente a sua vida. participe das audiências públicas, traga sua contribuição e ajude o distrito federal a crescer com regularidade e dentro da lei, sem abrir mão do desenvolvimento econômico e da qualidade de vida. acesse o site www.cl.df.gov.br para saber mais e faça parte deste momento de pleno exercício da cidadania. câmara ao seu lado. A sua casa cada vez mais perto de você.


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