Rodapé | 04 | 2008

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Realização:

Segunda-feira | 18 de agosto de 2008 | Ano 1 | nº 04 | Tiragem: 200

O QUE TEM AS DEZ MAIS? | Por Fabrício Alex

Barbara Esteves

Hoje, dia 18 de agosto, às 19h30, o teatro Jofre Soares

O ator Julian Neves, da peça As dez mais do córtex cerebral

tem o prazer de apresentar As dez mais do córtex cerebral. Não se sabe definir precisamente como o texto de Cyrano Rosalém, que reside no Rio de Janeiro, chegou aos grupos de teatro alagoanos. O fato é que na capital este texto já agradou e passou por vários grupos. Isso por trazer um humor leve? Talvez pelo diálogo ser distribuído apenas entre dois personagens: a enfermeira e o paciente. Podemos pensar como atrativo também o caso de estar associado a músicas de sucesso da velha guarda. O fato é que mesmo atraindo tantos grupos e companhias da cidade de Maceió, a primeira montagem do Estado vem de uma cidade de Palmeira dos Índios, que fica à 136km da capital. O que vem causando diversas reações desdeMarcos que saiu o resultado Filipe Sousa dos espetáculos selecionados. Com direção de Alex Ricardo, a Companhia Teatral Mestres da Graça apresenta a história de Alfredo, que chega na recepção de um hospital psiquiátrico solicitando sua internação e encontra do outro lado do balcão uma enfermeira que prontamente nega sua internação. Esse é começo para percorrer as dez músicas mais tocadas, no contexto de Alfredo. Segundo o ator Julian Neves (Alfredo), a Companhia Mestres da Graça encontrou a dramaturgia de Cyrano Rosalém na Internet e por meio dela entraram em contato com o autor.

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Renato Medeiros

pensava que era só apontar e pronto. Depois que fiz cursos na área percebi que não era só isso e me apaixonei, passei a enxergar tudo enquadrado com olhar de composição. A fotografia na minha vida foi algo que fui construindo. Quando me formei, trabalhei com fotografia no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico N a c i o n a l ) , f a z e n d o re g i s t ro d o s patrimônios em restauração. A partir de então fui comprando câmeras e todo material que precisava para aprimorar na prática meus conhecimentos.

| Por Jacqueline Pinto

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entrevista de hoje é com Fernando

Mesquita, o fotógrafo da exposição Rodapé, nome que escolhemos para o nosso jornal. Quando perguntamos o que achou da homenagem, o paraense formado em arquitetura pela Universidade Federal do Pará diz ter gostado da brincadeira. O artista está em Alagoas desde 2006, fazendo mestrado em Arquitetura na Universidade Federal de Alagoas.

a fo r m a d e concretizar os abstratos. A gente tem as idéias e através do teatro, por exemplo, a gente concretiza essas idéias. Mas a arte é a beleza de viver, é a beleza de estar presente no universo com harmonia. Quando você está em harmonia com o universo tudo é arte. Roberto Aureliano Autor, diretor e ator da peça A Criação do Mundo

Renato Medeiros

Renato Medeiros

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R: Você já realizou outras exposições fotográficas? FM: Em Belém participei de algumas. Aqui em Maceió participei de uma durante um encontro de Ciências Sociais, foi um trabalho simples, não exigiu muito. O Rodapé está sendo a minha primeira grande exposição na verdade, pela quantidade de fotos, pelo trabalho de registros e também por ter o SESC como referência.

R: Este ano o projeto Aldeia Sesc Guerreiro das Alagoas está inovando reunindo as linguagens culturais. o que você está achando desta mistura? FM: Acho muito importante este projeto, esta mistura, desde o início vimos esta mistura com o vídeo do Canel e as apresentações. Ano passado participei do Overdoze e vi uma mistura bem R: Nosso jornal leva o nome da sua interessante, tinha gente cuspindo fogo, exposição, o que você acha disso? t i n h a i n t e r v e n ç õ e s n o t é r r e o , Gostou da homenagem? apresentações no teatro, foi muito FM: Eu achei ótimo (risos). Estava bastante interessante. O legal é isso, mostrar a arte com esta grande mistura.

Rodapé: Quando você percebeu que tinha o dom de fotografar? Foi algo espontâneo? Você fez algum curso para aprimorar? Fernando Mesquita: Penso que todo mundo fotografa, e com cursos podemos aprimorar. Eu comecei na verdade com serigrafia. Aos 13 anos fiz alguns cursos na área em Belém e a partir daí tive o conhecimento com artes plásticas. Na época tinha até preconceito sobre fotografia porque achava muito fácil,

O QUE É ARTE?

R: Sua exposição Rodapé abre hoje. Como surgiu a idéia desta exposição? O que ela retrata? FM: A exposição foi um convite e surgiu como uma tentativa de trazer registros de atividades culturais do interior, como se fossem várias aldeias para fazer parte de uma só. Essa exposição é um registro mesmo e todo o processo de resgate de imagem era bastante interessante porque tinha uma grande interação. As pessoas sempre me perguntavam se haviam sido selecionados, estou muito feliz com esta experiência, este espaço cedido.

temeroso com o desafio da exposição porque eu sabia que iria ter muitas fotos e ia exigir bastante de mim. Quando vi o jornal fiquei bastante feliz porque faz uma ligação com a exposição, e para mim, serviu como um resultado positivo, mostrando que a idéia deu certo. Então é uma honra pra mim.

Eu

não gosto muito de definir o que é arte, porque acho que cada um tem a sua forma de analisar e, principalmente, de fazer arte. Pra mim hoje, arte é fazer teatro, fazer musica, fazer pintura. Mas isso de uma forma que leve o público a pensar e não somente de analisar da forma com que o autor quer que ele analise, mas sim que deixe as portas abertas para que o público venha descobrir que arte é aquela. Roberta Aureliano Formada em Artes Cênicas e atriz da peça A Criação do Mundo

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Renato M

Arte pra mim é uma coisa boa, não sei nem explicar. É uma brincadeira, é v o c ê s e fantasiar e se diver tir. Eu acho isso.

Ana Lúcia Atriz da peça A Criação do Mundo


SEU JOFRE FALOU seu jofre falou O teatro está vivo em Viçosa Barbara Esteves

| Por Renato Medeiros

Personagem da peça A Criação do Mundo

O Grupo Teatral Riacho do Meio deu provas ontem de que a arte teatral também pulsa no interior de Alagoas. Formado há 12 anos, esse grupo já anuncia no próprio nome o lugar de onde veio, afinal, Riacho do Meio foi o primeiro nome da cidade deViçosa-AL. O grupo levou a platéia do teatro Jofre Soares às gargalhadas com a peça A Criação do Mundo, da autoria de Ronaldo Aureliano, que também é o diretor do espetáculo e o membro mais antigo. Essa é a primeira comédia do grupo, que põe em evidência a relação de poder entre homens e mulheres. Esse tema é discutido em cenas como a da dona de casa que queria mandar; a de Maria Bonita, que era independente, mas queria mesmo era cuidar de uma casa; a da drag queen, que faz uma interação entre os estereótipos do masculino e do feminino; e, claro, não podia deixar de ter uma cena com Adão e Eva, considerados precursores dessa relação. Mas acima de tudo, a intenção do grupo é fazer a platéia

Enquete:

DEU A LUCCA Por Reginaldo Oliveira*

se questionar, mostrando que cada um cria seu próprio mundo e o vive à sua maneira, de forma particular. Segundo Ronaldo Aureliano, mesmo tendo 12 anos de existência, o grupo ainda está dando seus primeiros passos. Admite que ainda precisa aprender muito para melhorar seus espetáculos, que ele considera amadores. De todos os membros, apenas Roberta Aureliano, filha de Ronaldo, é profissional, licenciada pela Universidade Federal de Alagoas. Mas Ronaldo não deixa dúvidas sobre a importância do grupo para o desenvolvimento do teatro em Viçosa. Conta que mais duas companhias nasceram na cidade depois do “Riacho do Meio». Desde então o grupo está sempre incentivando essas iniciativas. Com relação ao público, ele diz que a situação é semelhante à da capital, onde predomina peças com platéias pequenas, e que o fato de Viçosa ser interior agrava ainda mais essa situação. Acrescenta também que a média da platéia de teatro é apenas 0,5% da população de cada uma das cidades do Brasil. Mas a estratégia que o grupo encontrou para divulgar seus espetáculos foi realizar uma estréia privada aos familiares, que se encarregam de fazer a propaganda boca a boca e só depois o grupo marca uma estréia oficial. Na conversa que ocorreu depois da apresentação, a público do Jofre Soares elogiou bastante a persistência desse grupo que é um exemplo de esforço para manter o teatro vivo no interior de Alagoas.

Por qual motivo você deixaria de ir ao teatro?

A pergunta foi feita ontem (17/08/08) para 70 pessoas que estavam prestigiando as apresentações no Teatro SESC Jofre Soares. Entre as respostas obtivemos os seguintes resultados: Valor – 41% Chuva – 14% Ultimo capítulo da novela – 3% Show – 3% Cinema – 0% Outros – 39%

Como sabemos a comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir. É a partir desses conceitos que se fundamenta a montagem cênica "A CRIAÇÃO DO MUNDO". O teatro Jofre Soares no dia 17 de agosto de 2008, precisamente das 19h40 às 20h40 esteve repleto de risos e graças oportunizados ao público presente pelo Grupo de Teatro Riacho do Meio, residente na cidade deViçosa-Alagoas. Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do público consumidor da indústria do entretenimento. Ironizar, espetar, ridicularizar, alfinetar, avacalhar, gozar, satirizar, gargalhar, alegrar, "humorar" e criticar são verbos que descrevem com bastante cuidado e apreço a montagem cênica "A Criação do Mundo". O "fragmento" e o "excesso" são postos em cena como forma de anunciar, comunicar, manifestar e revelar os problemas enfrentados pelo homem e pela mulher desde sua criação, em uma eterna guerra dos sexos. Tais como: hierarquia, machismo, preconceitos etc... Uma montagem cênica que apesar de apresentar no palco dramas e mazelas da sociedade moderna, faz o espectador envolver-se a ponto de exteriorizar seus sentimentos com gargalhadas altas e abstratas. Uma verdadeira prova de que a "catástase" foi cooptada e assumida por aqueles que numa noite de domingo decidiram por prestigiar o trabalho de um grupo que usa sua arte como ferramenta de transformação social. "A arte é a ideia da obra, a ideia que existe sem matéria".( Aristóteles ).

* Ator-dançarino e estudante do grupo de Crítica em Artes Cênicas, pela Universidade Federal de Alagoas

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GALERIA GALERIA BASTIDORES

Senhor coelhoooooooo... Thalita Chargel

Fabrício Alex

| Por Jacqueline Pinto

Fabrício Alex

Fabrício Alex

Fabrício Alex Fabrício Alex

Cena da peça Alice!?, da Cia. do Chapéu

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Coordenador ArtísticoCultural: Guilherme Ramos Técnico de Teatro: Thiago Sampaio Estagiário de Teatro: Reginaldo Informativo produzido pelo Serviço Oliveira Social do Comércio de Alagoas - Jornalista Responsável: Barbara SESC para o evento Aldeia SESC Esteves Mte 1081/AL Planejamento Gráfico e Guerreiro das Alagoas 2008 Diagramação: Renato Medeiros Colaboradores: O s t e x t o s a s s i n a d o s s ã o d e Barbara Esteves responsabilidade dos autores e não Fabrício Alex Barros refletem, necessariamente, a opinião do Jacqueline Pinto SESC Alagoas. Renato Medeiros

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Renato Medeiros

Renato Medeiros

primeiro espetáculo da tarde de ontem, Alice!?, empolgou o publico pela sua originalidade. Inspirado no clássico da literatura, a Cia. do Chapéu traz aos palcos uma releitura da obra Alice no País das Maravilhas, publicada em 1865 pelo inglês Lewis Carroll. A obra instiga a todos os gostos, desde o infantil até o adulto, em uma aventura fascinante onde a fantasia se encontra num mundo do inusitado e o surrealismo anda junto com a realidade vivida pela protagonista. Em 2005 o grupo iniciou um trabalho de pesquisa com intervenções artísticas em ônibus coletivos, mesclando elementos do teatro, da performance e das artes visuais. Aguçando assim a criatividade dos integrantes e resultando em um trabalho de interrelação entre as linguagens artísticas investigando-as, experimentando-as e tornando-as criações originais e instigantes para atrair o público. Na entrevista publicada ontem no Rodapé, Tácia Albuquerque (Alice) declarou que um dos objetivos do projeto do espetáculo é fazer com que os atores façam a troca de personagens. Se experimentação é um dos focos do trabalho do grupo, durante esta apresentação foram colocados à prova. O grupo foi surpreendido com a notícia de que uma das integrantes não iria se apresentar por estar gripada. A escolha então foi fazer um rodízio entre os atores, onde cada um representou vários personagens. O espetáculo é surpreendente e retrata não só a história da curiosa menina, mas a realidade do teatro de forma dinâmica, utilizando a multilinguagem como forma de aguçar a criatividade dos integrantes.

RECADO DA MANA* Exibição de vídeos dança Amanhã a parceria entre o SESC e o festival Dança em foco continua. As sessões vão até 23 de agosto. Sessão às 12h30 e 17hs. Compareça!

Parceria:

*Técnica de Áudio Visual.

Oficina de Dança Contemporânea, Lia Rodrigues (RJ) das 14:00h às 18:00h - Fundação Municipal de Ação Cultural 1Kg de alimento não perecível A Importância do 1º Voto, Cia. Raízes da Terra - às 16:00h Calçadão do Comércio - Entrada Franca Toré – Kariri-Xocó (Porto Real do Colégio) - às 17:00h Calçadão do Comércio - Entrada Franca Quixotes, Associação Artística Saudáveis Subversivos - às 19:30 - Teatro SESC Jofre Soares - R$ 2,00 + 1 Kg de alimento ou R$ 4,00 s/ o alimento.

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