Rodapé | 05 | 2008

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Realização:

Terça-feira | 19 de agosto de 2008 | Ano 1 | nº 05 | Tiragem: 200

Barbara Esteves

GUERREIRO, CHEGUEI AGORA!!! A Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas provou ontem, 18, que para se fazer cultura basta boa vontade. Nem a chuva, nem o mau tempo, desanimaram os integrantes do Guerreiro "Mensageiros do Padre Cícero", que fizeram questão de terminar sua apresentação nas dependências do SESC Centro. O grupo que tinha iniciado suas atividades na Praça Deodoro atraiu os olhares curiosos das crianças de rua e de quem passava por perto. Porém, devido à chuva, a ação foi interrompida, sendo retomada com alegria Marcos e satisfação, noSousa Teatro SESC Filipe Jofre Soares. Integrantes do Guerreiro não deixaram se intimidar pela chuva Oriundos do Bairro Tabuleiro dos Martins e descendentes do saudoso Manuel Venâncio de Amorim.A tradição que une gerações de avós a netos, retrata com nostalgia uma época de ouro retomando cantigas e histórias. Surgido entre os anos de 79 e 80, por iniciativa do Mestre Venâncio, conhecido e aclamado por sempre estar de bom humor e com muita história para contar. Hoje, comandado pelo Mestre André o grupo possui cerca de 35 componentes entre crianças, jovens e adultos. Para não deixar o folclore cair no esquecimento eles transmitem essa cultura aos seus filhos. Para dar continuidade às apresentações de folguedos na Aldeia SESC, acontece, no próximo dia 21/08, às 17h na Praça Deodoro, a apresentação do Guerreiro do Mestre Nivaldo. No dia seguinte, é a vez do Coco de Roda da Mestre Hilda também no mesmo horário e local.

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Divulgação

Rodapé: Como surgiu o grupo? Isabele Cavalcante: O Grupo Raízes da terra completou dois anos de existência, e foi iniciado quando cinco amigos se juntaram e conversaram, após a paixão de cristo, sobre a possibilidade de formar um grupo. No momento não queríamos um grupo grande. A partir daí começamos a trabalhar. A primeira peça que fizemos, e por sinal apresentamos na Aldeia do ano passado, foi "Tudo igual do país de Cabral", um espetáculo de rua. Hoje o grupo tem quatro integrantes e estamos com trabalhando com "A importância do primeiro voto". R: Como acontece o processo de criação do grupo, desde a escolha do texto até chegar ao espetáculo propriamente dito? IC: Sempre procuramos fazer a união do grupo. Um tem uma idéia, outro pensa alguma coisa legal e a partir daí sentamos, colocamos em pauta e debatemos até chegarmos em um consenso.

| Por Jacqueline Pinto e Fabrício Alex

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Renato Medeiros

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Danilo Canuto Mexe com música e é escultor de arame

Renato Medeiros

Hoje é uma mulher de múltiplas funções: bibliotecária, auxiliar de escritório, atriz e coreógrafa da banda de fanfarra da escola Hugo Lino de Arapiraca.

a capacidade de transformação das coisas. É pegar o que é corriqueiro, os detalhes dessa coisa corriqueira, e transformá-la numa coisa transformadora, aí vai também vai muito do conceito de cada um, né?

R: este espetáculo é caracterizado como espetáculo de rua, ou fica em espaços alternativos sem denominação? IC: Este espetáculo pode ser trabalhado em teatro fechado e na rua. Ele tem linguagem simples, cenário pequeno, e como é para abranger vários públicos, até em escolas podemos nos apresentar.

R: Ano passado vocês se apresentaram na aldeia com um espetáculo de rua. Este ano também estão com este espetáculo que de rua.Vocês têm preferência pelo espaço específico da rua ou foi mera R: Como foi a montagem do coincidência? espetáculo A importância do IC: Creio eu que foi mera coincidência, primeiro voto? até porque não tivemos a oportunidade IC: Foi feito através de um esporte de trabalhar um espetáculo de palco. Para solicitado pela Secretaria do mim espetáculo de palco é algo grandioso, Esporte, Lazer e Juventude. Eles pediram exige uma responsabilidade maior para um projeto que falasse sobre a atrair o público. Não que o espetáculo de importância do primeiro voto para ser rua não tenha a mesma responsabilidade, trabalhado com os jovens. A partir daí mas no palco o ator precisa atrair a comecei a fazer pesquisa sobre o voto, atenção do público que está ali naquele sobre os jovens, sobre a idade de votação, momento e exige bastante. o que os jovens de 16 pensam sobre as eleições, entre outras. Depois destas

entrevista do Rodapé de hoje é com Isabele Cavalcante, do grupo Raízes da Terra, que apresenta hoje, o espetáculo "A importância do primeiro voto". A Arapiraquense que começou no teatro aos 12 anos já participou de grupos de danças folclóricas, balé, axé, forró, como experimentação, mas nunca deixou o teatro.

O QUE É ARTE?

pesquisas construí um texto e começamos a ensaiar e pensar a melhor forma de levar a idéia para os jovens de forma simples e clara. Pensamos primeiramente na família como estímulo para motivar os jovens para esta responsabilidade, então fizemos a peça com a família, através de um texto educativo.

Uma

expressão diferencial, um processo de criação de idéias. É fazer interagir, fazer gerar idéias nas mentes a l h e i a s . Po d e t e r objetivos conscientes e também pode ser mobilizadora de consciências sem objetivo nenhum. Enfim, é esse “creck” que dá nos neurônios alheios, é o diferencial.

Arte pra mim é algo que pode trazer a l g u m a n o v a perspectiva sobre os fatos e sobre a vida. Pode colocar aspectos da vida em um outro enfoque, em outra Renato Medeiros linguagem e aí essa coisa pode ser vista melhor e pode ser recriada também.

Rafael Soriano

Udson Araújo

Estudante de Comunicação Social e artista performático

Estudante de Comunicação Social e artista amador

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SEU JOFRE FALOU seu jofre falou R: Quanto tempo durou a montagem deste trabalho em específico? IC: Entre pesquisa e produção de texto passamos 1 mês. Tivemos ajuda de um professor de português para fazer a correção. Fizemos 2 meses de ensaio e totalizamos tudo em 3 meses.

Quando nos reunimos juntamos os pensamentos do grupo e estudamos. R: Quem assina a direção do espetáculo? IC: A direção foi coletiva. Eu escrevi o texto e a idéia foi dos quatro. R: Para você qual a importância desta 3ª edição da aldeia? IC: A importância para nós, que somos do interior, é mais que um ponto de referência é uma oportunidade. Se não tivéssemos esta possibilidade de vir à Maceió mostrar o nosso espetáculo não teríamos como interagir com outros grupos e conhecer outras pessoas.

R: Qual o espaço que vocês utilizam para criar? IC: Nós somos uma companhia que ainda está começando. Poucos recursos, pouco patrocínio, e acabamos formatando nossas idéias em casa.

Regional e moderno | Por Fabrício Alex

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Fabrício Alex

brindo mais um espaço de apresentações da mostra, nas ruas do Centro de Maceió, o espetáculo "Cultura Nordestina em Risco", mudou a rotina do calçadão do comércio, na última segunda-feira. Uma grande roda foi formada e mesmo quem estava de passagem teve a atenção tomada pela dança de rua. Com sede no bairro de Jacintinho, o grupo existe há quatro anos e cada vez mais agrega os jovens da comunidade. Na Aldeia deste ano, o grupo Conexão Arte e Cultura levantou e debateu questionamentos sobre o risco que o povo nordestino corre ao não valorizar suas tradições. No repertório as músicas vão desde Luiz Gonzaga à sons norte-americanos. Os ritmos acompanham os movimentos precisos do grupo que também trouxeram a dança do bando de Lampião (xaxado), o hip-hop e acrobacias. Há também cenas inspiradas no cinema nacional e internacional. Percebe-se a tentativa de mostrar que mesmo consumindo outras culturas, as raízes são valorizadas. Inclusive fazem alusão ao Hino Nacional. Para o desenvolvimento da apresentação foi fundamental o apoio das Lojas Insinuante, que gentilmente nos cedeu o som, o nosso agradecimento a gerente Sineide Batista.

Oficina de dança contemporânea | Por Fabrício Alex

um dos espaços da Aldeia 2008, aconteceu o primeiro dia da oficina de dança contemporânea ministrada por Lia Rodrigues, compondo a 3ª etapa do Palco Giratório. Com o intuito de descobrir novas possibilidades de expressão através do movimento e estimular o potencial criativo de cada participante. Esses princípios atraíram um grande numero de participantes.A sala ficou pequena para tantos alunos.

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Fabrício Alex

No prédio do Espaço Cultural, mais

DEU A LUCCA Por Elizandra Lucca*

Quem está acompanhando a 3ª Edição do Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas tem visto manifestações artísticas de todos os lugares do Estado e no dia 18 de agosto assistimos à apresentação da Cia.Teatral Mestres da Graça, de Palmeira dos Índios, com o espetáculo Os 10 mais do Córtex Cerebral, texto do autor Cyrano Rosalém. Sem muita cenografia, apenas objetos que servem de apoio aos atores, uma iluminação que deve ser revista quanto à sua funcionalidade e um figurino tal qual a proposta do que foi visto em cena, a Cia. que está pela terceira vez apresentando um trabalho no Aldeia, vem crescendo e quer se consolidar no cenário estadual. Com ar tistas em formação, conscientes de seu papel e do teatro enquanto manifestação cultural, política e social, desempenharam com competência o que aqui derivaram fazer. Destaco o ator Julian Neves pela dedicação, pela vontade, pela verdade, pelo bom trabalho de ator executado em cena. Dentro de uma realidade onde os mesmos se encontram, onde não há a oportunidade de um curso e aprimoramento estes por sua vez quase “amadores”, afirmaram que mais uma vez o ator é um produto do seu meio e da sua pesquisa, porém ainda tem-se muito o que aprimorar. A música tem grande importância durante o espetáculo, ela é praticamente uma das personagens em cena, dentro dessa proposta devemos prestar atenção quanto ao ritmo do espetáculo que tem nuances às quais muitas vezes não foram executadas com sucesso. Cumprimento a Cia pela sua persistência, dedicação, bravura, responsabilidade, por estarem em cena, atuantes no cenário cênico de Alagoas, ter vocês é imprescindível, para nos desenvolvermos. O verdadeiro teatro sempre me pareceu o exercício de um ato terrível e perigoso. Antonin Artaud

* Graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Alagoas e Pós–Graduanda em Especialização do Ensino da Arte:Teatro


EE TENHO TENHO DITO DITO ÚLTIMO RECADO: Um bate-papo...

PROGRAMAÇÃO VIDEO DANÇA DE QUARTA

| Por Fabrício Alex

A mostra de vídeo dança que estamos exibindo durante o Aldeia é uma

Ao termino dos espetáculos os grupos estão disponíveis

realização do Centro de Difusão e Realizações Audiovisuais (CDRA 2008) em parceria com o festival Dança em Foco. Sobre o Festival Dança em Foco: O dança em foco - Festival Internacional de Vídeo & Dança é um evento realizado no Rio de Janeiro e orientado para o desenvolvimento conjunto das linguagens da dança, do cinema e do vídeo. Criado em 2003 como o primeiro evento brasileiro inteiramente dedicado à interface vídeo/dança, o dança em foco forma, juntamente com o Festival Internacional de Videodanza del Uruguay e o Festival Internacional de Vídeo-Danza de Buenos Aires, o Circuito Videodança Mercosul. Desde 2005, através de parcerias com diversos festivais nacionais e internacionais, o dança em foco faz circular uma seleção de obras representativas da recente produção brasileira.A presente programação reúne criações exibidas nas últimas edições do evento, em 2006 e 2007.

PROGRAMA dança em foco Direção: Andrea Maciel e Paulo on Tour Mendel Duração: 61' Coreografia: Andrea Maciel e Paulo Mendel Units of Action (or why does Marahope 14/07 - 15' the world have to be so Brasil, 2007 grey?) - 5' Direção: Alexandre Veras e Paulo Brasil / Reino Unido, 2007 Caldas Direção: Gabriela Trópia Coreografia: Paulo Caldas Coreografia: Gabriela Trópia Partida - 13' Brasil, 2006/07 Direção: Luis Carlos Bizerril e Alexandre Veras Coreografia: Ernesto Gadelha

Conficcional - 6' Brasil, 2006 Direção: Paula Otero Coreografia: Monica Pimenta

Os Sentidos do Prazer: Movimento #2 - 7' Brasil, 2007

Fito - 15' Brasil, 2007 Direção:Valeska Gonçalves Coreografia:Valeska Gonçalves

Sessão às 12h30 *Parte da programação do meio-dia será reprisada às 19:00, antes do espetáculo do Aldeia. Compareça!

Parceria:

para perguntas do público, a fim de explicarem seus processos de criação até a chegada das apresentações. Para aqueles que se apresentam na rua, o bate-papo acontece sempre na manhã seguinte, nas dependências do SESC Centro. Pois bem, a conversa tida entre a platéia e os componentes do espetáculo As dez mais do córtex cerebral, após algumas vagas perguntas sobre o processo do grupo, acabou por colocar em foco a participação dos grupos que compõem a mostra, com a reclamação de que um não prestigia o outro. Outro questionamento foi o do SESC não impor que todos devem estar presentes em todas as ações.Além disso, teve o momento de refletir como o SESC, além de organizar e disponibilizar toda a logística de um dos maiores projetos de artes cênicas do Estado, também tem que garantir o público. Agora paremos e reflitamos: estamos numa Aldeia, certo? Para quem prestigiou o dia de abertura, assistiu no vídeodoc o conceito de aldeia que é seguido: local de troca, fluxo. Certo? Então não cabe aos organizadores, que além de fazer com que toda esta maratona seja realizada, ainda force que se tenha platéia. Bom, vejamos que toda a programação possibilita sim o fomento à cultura e a formação do grande público. Já é o terceiro ano da mostra, que a cada ano traz novidades e agrega mais interessados e parceiros. Sabemos também que existem grupos que só fazem espetáculos em função desta semana de apresentações. Justamente por dispor de toda uma estrutura, mecanismo e suporte. Com essas reflexões, estamos fazendo mais um chamado para o Pensamento Giratório “Aldeia – O seu Lugar”, Sábado, às 14h, no SESC Centro.

Oficina de Teatro de Animação, Cia. Gente Falante - das 09:00h às 13:00h - Fundação Municipal de Ação Cultural 1Kg de alimento não perecível Regador, Udson Araújo - às 10:00h - Calçadão do Comércio Entrada Franca

Coordenador ArtísticoCultural: Guilherme Ramos Técnico de Teatro: Thiago Sampaio Estagiário de Teatro: Reginaldo Informativo produzido pelo Serviço Oliveira Social do Comércio de Alagoas - Jornalista Responsável: Barbara SESC para o evento Aldeia SESC Esteves Mte 1081/AL Planejamento Gráfico e Guerreiro das Alagoas 2008 Diagramação: Renato Medeiros Colaboradores: O s t e x t o s a s s i n a d o s s ã o d e Barbara Esteves responsabilidade dos autores e não Fabrício Alex Barros refletem, necessariamente, a opinião do Jacqueline Pinto SESC Alagoas. Renato Medeiros

expediente

Oficina de Dança Contemporânea, Lia Rodrigues (RJ) das 14:00h às 18:00h - Espaço Cultural - 1Kg de alimento não perecível Recursos Humanos, Cia. LTDA. - às 16:00h - Calçadão do Comércio - Entrada Franca Reisado Flor de Mandacaru (Olho D’ Água das Flore às 17:00h - Calçadão do Comércio - Entrada Franca Murro em Ponta de Faca, Carapuça Cia.Teatral - às 19:30 - Teatro SESC Jofre Soares - R$ 2,00 + 1 Kg de alimento

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