CLIPPING DO VAREJO
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AROS LEITORES
Tempos de crise! É normal a busca por opções mais baratas, preço baixo, marcas com menor prestígio. Até a exigência por serviço e qualidade diminui. Vamos lembrar porém, que a crise não é para sempre e que preço atrai, mas não fideliza.
Ouvimos muito durante o BIG SHOW 2016 da NRF, a importância da experiência de compra, de se proporcionar algo novo, inovador, diferente, até disruptivo e além de tudo, que faça sentido para quem compra, que tenha significado. E quando tudo isso acontece simultaneamente, o consumidor vai atrás, atravessa a cidade, paga mais caro, curte, compartilha, fica satisfeito, retorna, fideliza. Afinal muitas vezes “é mais caro, porém vale a pena”.
Por isso temos que investir no melhor, em mudanças que proporcionem estas tais novas experiências capazes de proporcionar a personalização do ato de consumo, pois se queremos os melhores consumidores, temos que oferecer a eles algo acima de suas expectativas. A crise vai passar, temos tempo para trabalhar. Boa Leitura!
Ricardo Pastore, Prof. Msc
Coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo - ESPM
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UPER & HIPER
Vendas anuais dos supermercados caem pela 1º vez desde 2007 As vendas reais – descontada a inflação medida pelo IPCA – dos supermercados no Brasil caíram 1,9% em 2015 em relação ao ano anterior. A informação foi divulgada ontem pela Abras (Associação Brasileira dos Supermercados). A queda anual nas vendas foi a primeira desde 2007, quando o recuo foi de 1,59%.
No mês de dezembro, o setor supermercadista teve retração real de 4,39% na comparação com o mesmo mês de 2014. Na comparação com novembro, houve alta de 24,17% nas vendas reais. Em valores nominais, as vendas dos supermercados tiveram alta de 25,37% em dezembro na comparação com novembro. Já em relação
ao mesmo período de 2014, houve crescimento de 5,81%. No acumulado do ano, por sua vez, as vendas nominais cresceram 6,95%. Para 2016, a expectativa da associação é de que as vendas reais tenham recuo de 1,8%, valor um pouco abaixo do registrado no ano passado. (Supermercado Moderno – 28/01/2016)
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UPER & HIPER
Apenas 24% dos consumidores trocam de supermercado pelo preço Grande parte dos consumidores brasileiros não troca de local de compras mesmo que esteja pagando um preço mais caro pelos produtos. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). De acordo com o levantamento realizado em dezembro do ano passado, apenas 24% dos consumidores trocam de supermercado por causa do preço. Além disso, a grande maioria (51,1%) não pesquisa preço
antes de comprar. A pesquisa indica ainda que, ao comprar, quatro em dez não tentam conseguir algum desconto. Além disso, apenas 20,4% costumam guardar dinheiro para comprar os produtos à vista. “Isso reforça a ideia de comodismo. O consumidor está acostumado com aquele local e não troca, mesmo que isso signifique pagar mais”, avalia José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil. “Hoje há várias formas de pesquisar preço, a própria internet ajuda. As vendas
estão ruins, o que abre espaço para barganhar desconto. E mesmo assim ele não pechincha”, afirma. A pesquisa mostra ainda que 45,8% dos consumidores não controlam o orçamento. A maior dificuldade, para 37,9% dos entrevistados, é a falta de hábito. Além disso, o fato de não verem qualquer vantagem em anotar os gastos é motivo de desistência para 18,5% dos consumidores avaliados pela pesquisa. (Supermercado Moderno – 26/01/2016)
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ANAL FARMA
Redes de farmácias conseguem crescer 12% em 2015 As grandes farmácias conseguiram crescer no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP). Em 2015, as vendas foram 12% maiores, índice maior que os 7% registrados em 2014. Ao todo, as 28 maiores redes de farmácias do País conseguiram movimentar R$ 35,94 bilhões em 2015. No último mês do ano, em relação ao mesmo mês de 2014, o aumento foi de 13,10%. “As redes garantem a oferta permanente de medicamentos ao consumidor por meio de uma boa administração de estoques. A constante inauguração de novas lojas também colabora para os indicadores expressivos”, analisou, em nota, o presidente
executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Para ele, o duplo dígito de crescimento é reflexo do modelo de expansão baseado no mercado internacional e a eficiente gestão das redes. Os não medicamentos, mais uma vez, foram os grandes impulsionadores no ano passado. No ano passado, eles movimentaram um total de R$ 12,07 bilhões, uma alta de 13,72%. A comercialização de medicamentos atingiu R$ 23,86 bilhões, alta de 7,41% sobre o mesmo período de 2014. Os genéricos também registraram incremento, somando R$ 3,71 bilhões em 2015. O montante é 11,52% superior ao do mesmo aos doze meses de 2014. Ao todo, foram vendidas mais de 271,5 milhões de unidades desta categoria. Entre janeiro e dezembro
de 2015, foram realizados mais de 833,3 milhões de atendimentos nas grandes redes. Ainda neste período, foram vendidas mais de 2,12 bilhões de unidades de medicamentos e não medicamentos. Já o número de lojas cresceu 7,07%, passando de 5.570 para 5.964 operações entre 2014 e 2015. (NoVarejo - Escrito por Camila Mendonça – 27/01/2016)
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HOPPING CENTER
Fluxo de clientes em shopping centers cresce 2,9% Apesar da crise econômica, os brasileiros continuaram visitando os shopping centers. O fluxo acumulado de pessoas foi, em 2015, 2,9% superior ao registrado em 2014, segundo dados da FX Flow Intelligence divulgados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Embora o resultado tenha sido favorecido pela baixa base de comparação em junho e julho (por causa da Copa em 2014), os consumidores continuam tendo o hábito de ir aos shoppings passear, pesquisar preços e encontrar ofertas. No fim do ano, porém, o movimento nos malls foi de retração, com queda de 4,07% no fluxo de clientes, puxado por um recuo de 8,94% no Nordeste. Os números já divulgados sobre o desempenho dos shopping centers em 2015 mostra que, em termos reais, o setor registrou declínio nas vendas. Na BR Malls, maior
operadora do segmento, as vendas cresceram 0,3% no quarto trimestre, para R$ 6,9 bilhões, e 3,2% no ano, para R$ 22,5 bilhões. Considerando apenas mesmas lojas (o que exclui da conta as vendas de participações em empreendimentos ao longo do ano), as vendas subiram 0,9% no trimestre e 6,5% no ano. O resultado foi favorecido pelo segmento de lazer (alta de 10,3% em mesmas lojas no quarto trimestre), mas prejudicadas pelo setor de eletroeletrônicos. Já a inadimplência, embora tenha caído para 1,9%, a melhor taxa do ano, no quarto trimestre, foi mais que o dobro dos 0,8% do fim de 2014. Já uma pesquisa do Bank of America Merryl Lynch mostra que a Multiplan foi, entre as grandes empresas do setor, a que apresentou o melhor desempenho no fim do ano. Segundo o estudo, conduzido com gestores de
300 lojas em 30 shoppings da BR Malls, Multiplan, Aliansce e Iguatemi em São Paulo, Rio e BH, a Multiplan foi a de melhor desempenho, segundo os lojistas, em vendas de Natal (3,4 pontos em uma escala de 0 a 5), fluxo de clientes em dezembro (3,4), avaliação de vendas nos últimos meses (2,6 pontos) e risco de vacância (4,3). (O Negócio do Varejo – 26/01/2016)
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ERCADO
Magazine Luiza dá início à reestruturação e reduz quadro de funcionários O novo presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, mal acabou de assumir o comando da empresa e já arregaçou as mangas. Para tornar a rede mais eficiente e enxuta – o varejo terá mais um ano difícil pela frente — a companhia está reduzindo o quadro de funcionários. As demissões começaram hoje e devem seguir até amanhã. Entre os demitidos está Luis Paulo Maia, diretor comercial do e-commerce da rede. A agenda dos principais executivos está bloqueada para compromissos nesta terça e quarta-feira, provavelmente por conta das demissões que eles devem comandar. A empresa confirma as demissões, mas explica que elas estão restritas à área administrativa. As lojas não serão afetadas. Esse enxugamento é
reflexo do trabalho da Galeazzi&Associados, em curso desde o segundo semestre do ano passado. A consultoria foi contratada para ajudar o Magazine a tornar sua operação mais eficiente e lucrativa. Os consultores da Galeazzi passaram os últimos meses analisando em minúcia cada gasto da companhia. A metodologia utilizada é a do orçamento base zero. Como o nome sugere, todos os custos são revistos a partir do zero, sem tomar como referência o ano anterior. O Magazine tem revisto contratos de aluguel e com transportadoras, racionalizado o uso de energia e reduzido benefícios dos executivos. Os diretores, por exemplo, não viajam mais de classe executiva. A consultoria sugeriu que algumas áreas menos estratégicas sejam extintas, enquanto outras
devem ser unificadas. Segundo o último balanço da varejista, o volume de vendas entre janeiro e setembro do ano passado foi 10,6% menor do que o do ano anterior. Com vendas mais fracas, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 19,1 milhões no período. O desempenho fraco reflete uma conjuntura econômica complicada. E não é exclusividade do Magazine Luiza. Outras empresas de varejo têm divulgado resultados ruins. Com preços e desemprego em alta e crédito escasso e mais caro, o varejo – especialmente aquele que vende bens duráveis como eletroeletrônicos e eletrodomésticos – amarga queda nas vendas. (Época Negócios – 27/01/2016)
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Intenção de consumo atinge menor nível para janeiro desde 2010 O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) na cidade de São Paulo atingiu 68,5 pontos em janeiro, alta de 3,8% em relação ao mês anterior, mas também a menor pontuação para o mês desde 2010, início da série histórica, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Além disso, o indicador registrou queda de 36,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. O ICF é apurado mensalmente e varia de zero a 200 pontos. Abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100 pontos representa satisfação em relação às condições de consumo. Embora os sete itens que compõem o indicador tenham apresentado alta em relação a dezembro, isso não indica uma reversão de tendência,
segundo a Fecomercio. Esse foi o 15º mês consecutivo em que todos os itens do indicador apresentaram pontuação inferior em relação ao mesmo mês do ano anterior e o sexto mês consecutivo que todos permaneceram abaixo dos 100 pontos. Os componentes que apresentaram as maiores altas, na comparação com dezembro, foram: perspectivas de consumo, que subiu 7,3% neste primeiro mês do ano e atingiu 49,6 pontos; e nível de consumo atual, que, apesar do patamar ainda baixo (42,8 pontos), registrou alta de 5,9%. O item “momento para duráveis” registrou a pontuação mais baixa com 41,7 pontos – ou seja, 77% das famílias paulistanas consideram um mau momento para comprar bens como fogão, geladeira etc. Mais uma vez, os itens relacionados a emprego
registraram os melhores níveis de pontuação do ICF em janeiro. O item “perspectiva profissional” subiu 5,3% na comparação com dezembro e atingiu 98,2 pontos; e o quesito “emprego atual” apresentou alta de 3,3% na comparação mensal e registrou 93,1 pontos. O item “acesso ao crédito” ficou estável nos 71,2 pontos, resultado de juros mais altos e dificuldade na obtenção de crédito no mercado. Renda O item “renda atual” teve aumento de 4,6% em janeiro, porém, a pontuação seguiu abaixo dos 100 pontos (82,9), o que mostra que a renda das famílias está pior neste momento do que em 2015, quando foi registrado 130,4 pontos. (Varejista – 28/01/2016)
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Mercado de smartphones atinge menor crescimento de vendas da história Dois mil e quinze marcou um novo recorde de vendas para a indústria de smartphones, com 1,44 bilhão de unidades entregues em comparação com os 1,28 bilhão do ano anterior. Entretanto, o mercado caminha com certa dificuldade, ao ponto de o último trimestre de 2015 ter batido um recorde negativo: o de menor crescimento na história do setor. Dados da Strategy Analytics revelam que nos últimos três
meses de 2015 foram vendidos 404,5 milhões de smartphones pelo mundo. Isso significa um crescimento de apenas 6% em relação aos 380,1 milhões de 2014. Assim, embora a alta anual de 12% represente um recorde, os números trimestrais deixam claro que o mercado está desacelerando. Dois motivos são apontados pela consultoria para esse cenário: o amadurecimento de mercados importantes como
a China e as preocupações dos consumidores diante da situação econômica global. Quem mais vendeu no período foi a Samsung, que, indo dos 74,5 milhões aos 81,3 milhões de aparelhos entregues, teve alta de 9%. A Apple vem depois com 74,8 milhões, seguida pela Huawei com 32,6 milhões, Lenovo-Motorola (20,2 mi) e Xiaomi (19,5 mi). (Varejista – 28/01/2016)
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Brasileiros começam 2016 com dívidas Os brasileiros começaram o ano com dívidas, segundo pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O porcentual está maior que o verificado em dezembro: agora, 61,6% das famílias dizem ter dívidas, frente os 61,1% registrados em dezembro de 2015. O número do primeiro mês do ano também está maior que o registrado no mesmo mês de 2015, quando 57,5% dos brasileiros disseram ter dívidas. “Embora seja observada retração nos indicadores de consumo das famílias, especialmente nas categorias de bens usualmente atreladas ao crédito, o aumento das taxas de juros, ao mesmo tempo em que há redução de emprego e da renda real dos consumidores, manteve o endividamento em patamar elevado”, explicou em nota a economista da CNC Marianne Hanson.
Segundo a CNC, a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso e das que relataram não ter condições de pagar suas contas em atraso também aumentou em ambas as bases de comparação. O percentual de famílias inadimplentes passou de 23,2%, em dezembro de 2015, para 23,7% em janeiro de 2016 – o maior patamar desde setembro de 2011. No mesmo período do ano passado o índice era de 17,8%. A proporção das que declararam não ter condições de honrar as dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes atingiu 9% em janeiro, ante 8,7% em dezembro de 2015 e 6,4% registrados no mesmo período do ano passado. Novamente, o cartão de crédito foi apontado como o principal tipo de dívida: 78,6% dos 18 mil entrevistados têm esse tipo de dívida como a principal.
A parcela média de renda comprometida com dívidas atingiu 31,7%, e 26,3% declararam ter mais da metade dos vencimentos vinculada ao pagamento desses compromissos. O cartão de crédito foi apontado como o principal tipo de dívida por 78,6% dos 18 mil entrevistados em todas as capitais e no Distrito Federal. (NoVarejo – Escrito por Camila Mendonça – 28/01/2016)
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12/02/2016
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Este informativo é destinado à comunidade de interesse
sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e
funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por:
Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação:
Prof. Ricardo Pastore