Clipping do Varejo
Ricardo Pastore, Prof. Msc
Coordenador do N煤cleo de Estudos e Neg贸cios do Varejo - ESPM
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Super & Hiper Lei obriga que supermercados mantenham caixas funcionando A Assembleia Legislativa promulgou a Lei 4.395, de autoria do deputado Marquinhos Trad (PMDB), que dispõe sobre o preenchimento obrigatório com funcionários dos caixas de supermercados e hipermercados estabelecidos em Mato Grosso do Sul. A lei prevê punição aos estabelecimentos que
possuam seis ou mais caixas de pagamento, onde somente uma pequena porcentagem atende aos clientes. O objetivo da nova norma é evitar uma espera longa e desnecessária diante de caixas fechados e sem funcionários operando. Os supermercados e hipermercados deverão fixar, em local e tamanho visíveis,
cópia da lei, com o número 151 e a inscrição “disquedenúncia / Procon-MS”. Marquinhos Trad alega que a falta de preenchimento dos caixas com funcionários nos dias de promoção caracteriza desrespeito ao consumidor. (Correio do Estado – 08/08/2013)
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Super & Hiper Lei determina gôndola exclusiva para orgânicos em MG Desde sexta-feira (2/8), os supermercados de Minas Gerais estão obrigados a dispor de um local específico para a venda dos alimentos orgânicos – isentos de hormônios e agrotóxicos –, conforme determina a Lei 20.833/2013, publicada no Diário Oficial de Minas Gerais. De acordo com Eugênio Resende, coordenador de Apoio à Agroecologia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a legislação chega para reforçar o momento de transição que o consumidor vive e para facilitar o acesso aos alimentos mais saudáveis. “Há anos consumimos produtos com agrotóxico, mas, agora, isso está mudando. É preciso haver uma fase de adaptação”, afirma. Para contribuir com aqueles que já aderiram à alimentação isenta de insumos artificiais, a CeasaMinas está desenvolvendo um projeto
que prevê a criação de um pavilhão climatizado voltado para o comércio de hortaliças orgânicas, com horário de atendimento diferenciado do restante do entreposto. “Queremos estimular não só o consumo, mas, também, a produção de orgânicos no Estado. Sabemos da importância deles na vida do consumidor”, diz Wilson Guide, chefe do departamento técnico da CeasaMinas. Produção em baixa Apesar do aumento na demanda, a produção de alimentos orgânicos, em Minas, ainda é considerada incipiente. Atualmente, o cultivo está concentrado no Cinturão Verde de Belo Horizonte, onde predominam as hortaliças, e no Sul do Estado, dedicado ao café e ao morango. “É um mercado que está ganhando força, mas Minas
ainda está muito aquém do seu potencial. E o problema não está no custo da produção, mas na falta de conhecimento e capacitação de técnicos e agricultores, que ignoram a tecnologia disponível para o cultivo de orgânicos”, afirma Fernando Tinoco, coordenador técnico regional de olericultura da Emater-MG. Diante do desequilíbrio entre oferta e demanda, o consumidor ainda tem dificuldades para encontrar alimentos orgânicos à venda. Atualmente, alguns supermercados de Belo Horizonte e feiras livres da cidade comercializam os produtos, que devem ser devidamente identificados. “Todo produto orgânico vendido em lojas e mercados tem que apresentar o selo de certificação em seu rótulo”, diz Gil Teixeira Filho, coordenador da Comissão da Produção Orgânica em Minas. (Supermercado Moderno – 05/08/2013)
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Mercado Micro e pequenas empresas representam 85% do varejo alimentar brasileiro É o que aponta estudo da Serasa Experian. O levantamento aponta que 85% dos estabelecimentos atuantes no segmento são micro – 47% do total, com faturamento anual entre R$ 60 e R$ 360 mil – e pequenos negócios – 38%, com ganhos entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano. Os empreendedores individuais representam 12,7% deste mercado e faturam até R$ 60 mil anualmente. O estudo mostra ainda a distribuição regional dos estabelecimentos. Metade do total (50,2%) está alocada
no Sudeste; 20% no Sul e 18% do varejo alimentar são da região Nordeste. Já as regiões Centro Oeste e Norte concentram, respectivamente, 7,1% e 4,5% do setor. Outro dado revelado diz respeito à representatividade de empreendedores individuais em cada região do Brasil. No Nordeste, para cada 100 varejistas de alimentos, 17 são empreendedores individuais. Na região Norte esta relação é ainda maior, chegando a 21% de empreendedores individuais. No Centro-Oeste,
eles são 16, no Sudeste 11 e no Sul 8 empresários individuais a cada 100 estabelecimentos alimentares. “Os números ressaltam o papel fundamental do atacadista na cadeia produtiva nacional”, diz Nilson Gomes, diretor do segmento atacado da Serasa Experian. “O grande varejo compra diretamente da indústria, enquanto o pequeno estabelecimento conta com a alta capilaridade de atuação do atacadista distribuidor”, conclui. (Supermercado Moderno – 06/08/2013)
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Mercado Presente para o Dia dos Pais varia até R$ 691 entre lojas As opções de presentes para o Dia dos Pais podem ter uma variação de preço de até R$ 691 entre uma loja e outra, de acordo com pesquisa realizada pelo Procon-SP na capital. Esse é o caso do notebook Acer Aspire, de 4 GB, com tela de 15.6”, encontrado por R$ 2.090 no Magazine Luiza e por R$ 1.399 no Ponto Frio. O levantamento, divulgado na última sexta-feira (2), foi realizado nos dias 3, 4 e 5 de julho, em dez unidades das lojas Casas Bahia, Lojas Cem, Ponto Frio, Walmart, Americanas, Fast Shop, Magazine Luiza, Carrefour, Extra e Pernambucanas. Ao todo, foram pesquisados 34 produtos incluindo grills, barbeadores, máquinas de corte de cabelo, câmeras fotográficas digitais, notebooks e ultrabooks de modelos e marcas diferentes. Quando se leva em conta a diferença percentual, a
variação chega a 149,25% –a maior encontrada na pesquisa– no caso do Grill George Foreman portátil, modelo Essentials Jumbo. O produto foi encontrado por R$ 249 no Walmart e por R$ 99,90 no Extra e nas Casas Bahia. A dica é pesquisar A recomendação da diretora de estudos e pesquisas do Procon-SP, Valéria Garcia, é para que o consumidor pesquise muito antes de comprar o presente do Dia dos Pais. Ela sugere que consultas sejam feitas em lojas físicas e também pela internet para que o cliente não pague valores muito altos. “Além dos preços e modelos, também devem ser comparadas e avaliadas as formas de pagamento, os descontos, os juros no caso de parcelamento e a eventual cobrança de frete”, afirma.
O Procon alerta ainda que as variações e os preços encontrados podem ser diferentes, pois referem-se aos dias em que foi realizado o levantamento. Os valores podem mudar, dependendo de descontos e promoções. Pontofrio e Casas Bahia informaram que “mantêm o compromisso de oferecer um mix de produtos, sempre com os melhores preços”. As outras lojas não responderam. (Varejista - 08/08/2013)
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Mercado Deputados querem desonerar produção de leite Preocupados com a possibilidade real de isenção da tarifa de importação de lácteos de países de fora do Mercosul, parlamentares da Subcomissão de Acompanhamento do Leite na Câmara querem que a produção nacional também seja desonerada. Nesta terça-feira (6/7), um grupo de parlamentares se reuniu com Dyogo Oliveira, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, para garantir que o produto nacional se mantenha competitivo frente aos importados. Na prática, os produtores não querem pressionar mais suas margens e
procuram aproveitar os elevados preços atuais para compensar as quedas do ano passado. O governo, porém, busca reduzir o impacto do leite na inflação. A primeira proposta feita pelos deputados foi a isenção do PIS/Cofins para as rações destinadas à pecuária leiteira. A medida, inclusive, foi proposta em 2012, através de projeto de lei do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS). A ração concentrada e os suplementos correspondem a um custo de 5 centavos de real por litro, segundo Moreira. A segunda medida seria a criação de um grupo técnico
de trabalho do Ministério da Fazenda e do setor para propor que os atacadistas reduzam a margem de lucro que, segundo Moreira, são da ordem de 40%. Segundo Vicente Nogueira, coordenador da Câmara de Leite da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o governo poderia aproveitar a alta dos preços no mercado internacional para investir na produção brasileira. Os estímulos, segundo ele, poderiam representar um aumento da produção para que o Brasil volte a se tornar um exportador de leite. (Supermercado Moderno – 08/08/2013)
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Mercado Setor atacadista cresce 3,4% no primeiro semestre O segmento atacadista distribuidor cresceu 3,4%, já descontada a inflação, no primeiro semestre de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento realizado pela FIA (Fundação Instituto de Administração), ligada à Universidade de São Paulo. “A economia vive um período de volatilidade, mas está se recuperando. Nossa previsão, de acordo
com o histórico do setor, é de crescimento mais acentuado no segundo semestre”, afirma José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores). Na segunda metade do ano, vale lembrar, os resultados costumam ser impulsionados pelas vendas de natal e ano novo. O resultado do primeiro semestre foi influenciado pela
desoneração de produtos essenciais, iniciada em abril e sancionada definitivamente pelo governo em julho. Com a aquisição de produtos da indústria já desonerados, os preços para o varejista e, por tabela, para o consumidor devem continuar em baixa, favorecendo o controle da inflação e ajudando a manter o volume de compras. ( Supermercado Moderno - 08/08/2013)
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Mercado Sem líder claro, icônicas lojas da Apple perdem brilho A procura da Apple Inc. por um novo diretor para suas operações de varejo está se arrastando para o décimo mês, num momento em que as lojas precisam de atenção extra — a empresa divulgou recentemente sua primeira queda nas vendas dessas lojas em pelo menos quatro anos. Em 2001, aApple mudou o cenário do varejo ao abrir as portas das Apple Stores. Com interior moderno e iluminado, elas eram completamente diferentes das lojas de eletrônicos da época, que pareciam depósitos cheios de cabos e acessórios, e se tornaram verdadeiros templos para todos os produtos da marca. Demora na busca por diretor de varejo está afetando as vendas, dizem analistas. Hoje, tanto os produtos da Apple quanto o modelo das suas lojas se tornaram lugar comum. A empresa está voltando a investir e revertendo decisões que desagradaram clientes
durante os seis meses que durou a gestão de John Browett, contratado em abril de 2012 para comandar as lojas Apple. Tim Cook, o diretorpresidente, vem chefiando as lojas desde que anunciou a saída de Browett, em outubro. A busca da Apple por um substituto, a cargo de uma firma de recrutamento de executivos, tem sido lenta, dizem pessoas a par do assunto, e a empresa ainda não escolheu um finalista, depois de entrevistar vários candidatos externos. A Apple não está considerando candidatos internos, segundo outra pessoa. Alguns possíveis candidatos hesitam em assumir o comando das lojas Apple, dizendo que a cúpula da empresa não expressou seus planos claramente, disse um recrutador do setor tecnológico. “Estamos procurando ativamente um diretor de
varejo”, disse uma porta-voz da Apple. “Temos uma forte rede de líderes que continuarão o excelente trabalho que vêm fazendo há dez anos para servir nossos clientes.” Mesmo sem um diretor para o setor, Cook fez do varejo uma elemento essencial da sua estratégia para reanimar as vendas. Ele disse que planeja expandir agressivamente o número de lojas na China, diante de uma desaceleração nas vendas naquele país. Não há dúvida que as vendas das Apple Stores continuam causando inveja a outros varejistas. Elas geraram US$ 64.271 por metro quadrado em 2012, 17% mais que os US$ 54.874 por metro quadrado do ano anterior, segundo a consultoria de varejo Customer Growth Partners (CGP). (The Wall Street Journal – 05/08/2013) Notícia completa em varejo.espm.br
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Mercado Maioria dos consumidores lê rótulos de alimentos mas não entende É o que aponta pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Por exemplo, três biscoitos recheados de uma marca tradicional têm 141 calorias, 6 g de gorduras totais e 78 mg de sódio, suprindo, respectivamente, 7%, 11% e 3% da dieta média estabelecida para um adulto. Esse tipo de informação desperta o interesse da maioria dos consumidores. No entanto, parte significativa do público não entende plenamente o que está escrito. Foram ouvidas 807 mulheres – principais responsáveis pelas compras dos alimentos – com idades entre 20 e 65 anos, de todas as faixas de renda, em Porto Alegre, São Paulo, Goiânia e Salvador. Um pouco mais de seis em dez mulheres disse ler, “sempre ou às vezes”, a tabela nutricional nos rótulos. Dessas, 40% entendem
os dados só parcialmente ou muito pouco, ou ainda simplesmente não entendem o que está lá descrito. “Apesar de a informação ser procurada, ela ainda é de difícil entendimento pelos consumidores”, avalia Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora do Idec. Os indicadores mais populares entre as consumidoras, aponta o levantamento, são a quantidade de calorias, proteínas, sódio e carboidratos. O Idec defende uma abordagem mais ousada, com a inclusão de alertas nas embalagens de produtos com altos teores de açúcares, sal ou gorduras. Outra possibilidade é o uso de cores que sinalizem claramente produtos que devem ser consumidos com cautela. Para 78% das entrevistadas, as informações nutricionais ficariam mais compreensíveis se fosse adotado um modelo
de gradação de cores, a depender do percentual de substâncias como sódio e gordura (o chamado “semáforo nutricional”). E 96% delas declararam que frases de alerta ajudariam na escolha dos alimentos mais saudáveis. A rotulagem, no Brasil, segue acordos do Mercosul. Desde 2006, é obrigatório imprimir informações nutricionais em todos os alimentos. Antonia Aquino, gerente de produtos especiais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), relativiza a vantagem da inclusão de frases de alerta. “É preciso pensar na alimentação de forma global. Você não pode tornar um alimento o vilão”, afirma. (Supermercado Moderno – 05/08/2013) Notícia completa em varejo.espm.br
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Economia Inadimplência cai pela primeira vez no ano, aponta SPC Brasil A inadimplência no comércio registrou a primeira queda do ano no resultado de julho ante mesmo mês do ano anterior. A variação negativa de 1,94% nessa base de comparação é a menor do indicador mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, desde janeiro de 2012. Na comparação mensal, frente a junho deste ano, a taxa cresceu 0,73%. A entidade ressalva, no entanto, que, o efeito calendário, as manifestações e a Copa das Confederações tornam junho uma base mais fraca de comparação. Para a CNDL, inflação mais salgada e a alta dos juros levaram o brasileiro a reduzir a inadiplência, mas também a consumir menos, o que fez o movimento no comércio se retrair. As vendas a prazo no varejo desaceleraram com alta de 0,82% em julho frente
ao mesmo período do ano passado. Esse é o segundo pior resultado desde janeiro de 2012 e perde somente para junho deste ano, quando as vendas variaram 0,67%. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, os números de julho atestam uma forte desaceleração no comércio brasileiro. No acumulado do ano, de janeiro a julho de 2013, as vendas registraram crescimento de 5,51% frente ao mesmo período em 2012. ‘O varejo deve fechar o ano crescendo em torno de 5%, já descontada a inflação. É menor do que o resultado apresentado no ano passado, mas desempenho melhor do que o PIB’, concluiu.
(julho teve três dias úteis a mais do que o mês anterior). Para a CNDL, as manifestações e a Copa das Confederações no mês passado também contribuíram para fazer com que junho se tornasse uma base fraca de comparação mensal. ‘Os protestos fizeram com que o comércio fechasse as portas mais cedo. Já a Copa das Confederações teve sua influência sentida pelos lojistas por causa dos feriados decretados nas cidades-sede que receberam jogos’, afirma Pelizzaro Jr. O indicador mensal do SPC Brasil é extraído do banco de dados do serviço, formado por mais de 150 milhões de consumidores cadastrados em 800 mil pontos de vendas no Brasil.
Efeito calendário As vendas registradas no mesmo período tiveram alta de 1,21%. Segundo o presidente da CNDL, o resultado reflete o chamado efeito calendário
(Varejista – 08/08/2013)
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12/08/2013
Este informativo é destinado à comunidade de interesse sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM.
Produzido por: Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação: Prof. Ricardo Pastore