Clipping do Varejo
Caros Leitores A desaceleração do varejo revela um consumidor com medo de um passado que marcou os brasileiros por perdas irreparáveis. Embora ainda contemos com renda crescente, empregos estáveis, crédito disponível, os consumidores sentiram o aumento dos preços e a mudança de cenário e pisaram no freio, reduzindo o consumo. Até que ponto os consumidores demonstram insegurança nesse momento? Estamos com medo de comprar por haver alguma possibilidade de piora na economia, ou de fato o consumidor esgotou sua capacidade de compras? Não sabemos avaliar e seria importante termos essa medida, afinal nosso histórico de crescimento é recente, ao contrário do período de crise, que foi muito maior. Boa Leitura!
Ricardo Pastore, Prof. Msc
Coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo - ESPM
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Super & Hiper Lucro do Walmart sobe para US$ 4,069 BI no 2º trimestre fiscal de 2014 A americana Walmart, maior varejista do mundo, registrou lucro líquido de US$ 4,069 bilhões no segundo trimestre do ano fiscal de 2014 (encerrado em julho), ou US$ 1,24 por ação. Em relação aos ganhos de US$ 4,016 bilhões, ou US$ 1,18 por papel, obtidos um ano antes, houve avanço de 1,3%. O lucro por ação ficou em linha com a expectativa de US$ 1,25 de analistas. A receita líquida do trimestre
cresceu 2,3%, na comparação anual, para US$ 116,945 bilhões. Analistas esperavam faturamento de US$ 118,1 bilhões no período. No relatório da administração, Charles Holley, vice-presidente executivo e diretor financeiro da empresa, afirmou que o ambiente de varejo continua sendo um desafio nos mercados dos Estados Unidos e internacionais, uma vez que os clientes estão cautelosos com
os gastos. Dessa maneira, o Walmart cortou a projeção de crescimento de receita da faixa de 5% a 6% no ano fiscal de 2014 para o patamar de 2% a 3%. Além disso, a varejista cortou a projeção de lucro por ação para o ano, para a faixa de US$ 5,10 e US$ 5,30, ante estimativa anterior entre US$ 5,20 e US$ 5,40. A nova estimativa leva em consideração os desafios nas vendas e o ambiente operacional. (Valor Econômico – 16/08/2013)
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Super & Hiper Perdas nos supermercados atingiram R$ 4,74 BI em 2012 Realizada entre junho e julho de 2013, a pesquisa contou com a participação de 214 empresas supermercadistas, cujo faturamento somado atinge R$ 83,1 bilhões (equivalentes a 34% do setor). O levantamento verificou que as perdas nos supermercados brasileiros representaram 1,95% do faturamento do setor (equivalentesaaproximadamente R$ 4,74 bilhões). A queda foi pequena em comparação com o índice de perdas de 2011, que registrou 1,96%. A apuração dos dados foi feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) em parceria com o Grupo de Prevenção de Perdas do Programa de Varejo da Fia/ Provar, o Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo) e a Nielsen do Brasil. A pesquisa também apontou as perdas nas principais seções dos supermercados.
De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Abras, a área mais crítica em termos de desperdícios é a de FLV (frutas, legumes e verduras), que em 2012 registrou perdas de 4,22%. Outra seção com índice de perdas alto foi a de padaria, com 2,37%. No açougue, o índice é de 2,24%. “Há ainda áreas menos importantes em termos de faturamento do setor, mas que apresentaram resultados expressivos de perdas, como as de perfumaria (1,49%) e bazar (1,42%)”, complementou. No ano passado, a principal causa de perdas constatada pela pesquisa foi derivada da quebra operacional (33,4%), seguida por furtos externos (21,4%), furto interno (13,1%), erros administrativos (12,7%), problemas com fornecedores (11,4%) e outras causas (8,1%). Entre as quebras operacionais, a principal causa de perdas nos supermercados foram os produtos com validade vencida
(36,3%), itens danificados por clientes (18,8%) e mercadorias danificadas pelos próprios colaboradores (17,8%). A pesquisa destacou que apenas 28% dos supermercados entrevistados possuem área específica de prevenção de perdas. Nesas empresas, a principal medida para evitar as perdas é o treinamento dos colaboradores, que representou 32% das iniciativas, seguido pela introdução de processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção de funcionários (27% das ações adotadas pelos supermercadistas). Outras práticas adotadas são: elaboração de uma política de prevenção de perdas (21,5%) e a comunicação em murais, avisos, jornais, revistas e artigos, com 15,9%. (Supermercado Moderno – 15/08/2013) Notícia completa em varejo.espm.br
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Super & Hiper Loureiro, ex-Unilever, é o novo Presidente do Walmart Marcos Samaha deixou o comando do Walmart Brasil, cargo que ocupava desde setembro de 2010. Guilherme Loureiro, ex- Unilever e há dez meses na companhia, é o novo presidente. Foi uma surpresa para o mercado, mas internamente existiam sinais de que mudanças poderiam ocorrer na linha de frente da terceira maior varejista de alimentos do país. Loureiro estava num processo de imersão para conhecer mais profundamente a empresa nos últimos meses. Irá assumir a presidência a partir de 31 de agosto. Samaha permanece na rede até o fim do mês para participar do processo de transição no comando. “Queríamos trazer uma nova visão para os desafios que temos no Brasil”, disse Enrique Ostale, presidente do Walmart América Latina, que fez vários elogios a Samaha. Disse que metas foram atingidas em sua
gestão, como a implementação da política do “preço baixo todo dia” (“every day low price”) no Brasil. Samaha vai dedicar-se a outros “desafios profissionais”, informou o Walmart. Segundo apurou o Valor, o processo foi um pouco mais complexo. A busca por resultados mais consistentes no país teria levado a matriz do Walmart a pensar em mudar o comando. A entrada de Loureiro na empresa, em 2012 – o executivo chegou a se reunir com a linha de frente do Walmart nos EUA – já estaria dentro de um projeto de mudança. A companhia nega a relação entre os fatos. “Não há nada disso. Samaha fez melhorias importantes e trabalhou com um time de sucesso”. Samaha havia trocado o comando do Walmart América Central pelo Brasil para tocar dois projetos complexos: implantar o modelo “preço baixo todo dia” (com preços mais estáveis
e menos promoções) e integrar redes compradas em gestões anteriores. A integração de Bompreço e das lojas do Sonae no sul do país, adquiridas no começo dos anos 2000, só começaram a ser colocadas na mesma estrutura na gestão de Samaha. Quanto ao “preço baixo todo dia”, Samaha implantou o modelo no varejo e começava a trabalhar o atacado. O projeto começou a ser implantado em janeiro de 2011, mas não estaria trazendo resultados na visão da matriz, especialmente na última linha do balanço. Loureiro ingressou no Walmart em 2012 como vice-presidente executivo. Na Unilever, onde trabalhou por 24 anos, ocupou posições nas áreas de finanças, operações e desenvolvimento de negócios no Brasil, Chile, México, Reino Unido e Estados Unidos. (Valor Econômico - 04/08/2013) Notícia completa varejo.espm.br
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Mercado Smartphones já são maioria no mercado de telefonia móvel Pela primeira vez, os smartphones superaram os celulares tradicionais em volume de vendas mundiais. O relatório divulgado pela consultoria Gartner indicou que no segundo trimestre foram vendidos no mundo 225 milhões de smartphones, volume 46,5% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano anterior. Já as vendas de celulares comuns totalizaram 210 milhões de aparelhos, com uma queda de 21% no período. Ao todo, as vendas globais de aparelhos de telefonia móvel somaram 435 milhões de unidades, o que representou um crescimento de 3,6% ante o segundo trimestre de 2012. No período, os smartphones responderam por 51,8% do mercado total. De acordo com o Gartner, o crescimento desse segmento de aparelhos foi sustentado principalmente pela demanda
mais aquecida em países emergentes. Como resultado, as vendas mais altas foram verificadas nas regiões Ásia/ Pacífico (com aumento de 74,1%), América Latina (55,7%) e Leste Europeu (31,6%). A consultoria destacou que, pela primeira vez, a Microsoft ultrapassou a BlackBerry, tornando-se a terceira maior empresa no ranking de sistemas operacionais para smartphones. No trimestre, as vendas de aparelhos com o sistema Windows Phone cresceram 83,3%, para 7,4 milhões de unidades. A BlackBerry, por sua vez, registrou uma queda de 22,7%, para 6,2 milhões de aparelhos comercializados. No topo da lista, o sistema operacional Android, do Google, manteve a liderança, com crescimento de 80,3%, para 177,9 milhões de aparelhos vendidos. O sistema iOS, da Apple, manteve a segunda
colocação, com 31,9 milhões de unidades vendidas, 10,2% mais que no ano anterior. Entre os fabricantes, a Samsung liderou com folga as vendas de aparelhos celulares. No mercado total, a fabricante sul-coreana registrou vendas de 107,5 milhões de unidades e uma participação de mercado de 24,7%. Em seguida estão a Nokia, com 14%, Apple (7,3%), LG (3,9%), ZTE (3,5%), Huawei (2,6%) e Lenovo (2,5%). Se for considerado apenas o segmento de smartphones, a Samsung foi líder com vendas de 71,4 milhões de unidades e participação de mercado de 31,7%. A Apple foi a 2ª colocada, com 14,2% e 31,90 milhões de aparelhos vendidos. Em seguida estão LG, com 5,1% de participação, Lenovo (4,7%) e ZTE (4,3%). (CB) ( Valor Econômico - 15/08/2013)
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Mercado Prêmio “Os mais importantes no varejo 2013” O evento reúne em sua 3ª edição, em São Paulo, a elite de empresários do varejo, com participação de cerca de 2.000 executivos que discutem os rumos do setor. De acordo com Roberto Meir, especialista internacional em relações de consumo e varejo, “o faturamento das empresas que participaram do prêmio, em todas as etapas, somam cerca de R$ 103 bilhões, o equivalente a 2,3% do PIB nacional”. A lista de finalistas de 2013 foi composta por 39 empresas distribuídas em 16 categorias. A etapa de caráter quantitativo analisou as performances das empresas que atuam nos setores de super e hipermercados (com até R$ 10 bi de faturamento), atacarejo, lojas de departamentos e magazines, shopping centers, e farmácias e drogarias.
Vencedores • Super/ Hipermercados (Até R$ 10 Bi de Faturamento) – Sonda • Atacarejo – Atakarejo • Magazines / Lojas de Departamento – Hering • Shopping Centers – BR Malls • Drogarias e Farmácias – Pague Menos • Varejo do Ano – Grupo Pão de Açúcar • Revelação do Ano – Casa Bauducco • Inovação em Gestão Multicanal – Livraria Cultura • Apoio e desenvolvimento do pequeno e médio varejo – Sebrae • Inovação e Design de Loja – Livraria da Vila • Campanha de Marketing e Inovação – Pão de Açúcar • Mercado Emergente/ Regional – Dia % • E-commerce/Varejo On-line do ano – Saraiva
• Sustentabilidade – Natura • Varejo Empregador do Ano – Pão de Açúcar • Experiência de Consumo: Shopping/ Ponto de Compra – Shopping JK • Liderança de Varejo/ Personalidade (CEOS empresas) – Guilherme Wegee (Malwee) (Giro News – 15/08/2013)
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Mercado Conselho da BRF aprova Claudio Galeazzi para DiretorPresidente O Conselho de Administração da BRF aprovou Claudio Galeazzi para a sucessão de José Antonio do Prado Fay, que ocupava a presidência da BRF desde outubro de 2008 e comandou, tendo participado das negociações que culminaram na aquisição da Sadia pela Perdigão, que deu origem à BRF. Segundo a BRF, José Fay permanecerá até o final do ano na companhia, atuando em projetos especiais no mercado internacional. As alterações no corpo executivo já são reflexo do chamado “plano de 100 dias”, cuja discussão ganhou força após a eleição de Abilio Diniz como presidente do Conselho de Administração da BRF em abril. Galleazzi já presidiu a rede Pão de Açúcar anos atrás, quando liderou uma reestruturação da companhia, e assumiu um posto de conselheiro na varejista por
indicação de Abilio. O executivo também já presidiu empresas as Artex, Mococa, Vila Romana, Cecrisa e Lojas Americanas. Segundo o comunicado da BRF, Leopoldo Viriato Saboya continuará como vice-presidente de Finanças, Administração e Relações com Investidores da companhia brasileira. Os vice-diretores da BRF serão: Ely David Mizrahi, Luiz Henrique Lissoni, Gilberto Orsato, Nilvo Mittanck, Hélio Rubens e Sylvia Leão. Segundo comunicado enviado nesta quarta-feira (14) à Comissão deValores Mobiliários (CVM), o conselho aprovou ainda a revisão da estrutura administrativa em cinco áreas globais: Marketing e Inovação, Finanças, Administração e RI, Recursos Humanos, Operações e Planejamento Integrado e Controle de Gestão. Além disso haverá duas áreas
responsáveis pelas regiões de negócios nos mercados brasileiro e internacional, com foco no aumento de Market Share e no desenvolvimento e expansão das regiões de negócios. Programa de aceleração de novos negócios A companhia informou ainda que foram constituídas quatro frentes de trabalho formadas por executivos da companhia e coordenadas pela consultora Galeazzi & Associados, do novo presidente, visando identificar oportunidades de melhorias para a empresa. (Globo.com - 14/08/2013) Notícia completa em varejo.espm.br
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Mercado St. Marche vai acelerar expansão para chegar a 30 lojas em 2017 A rede de supermercados voltada para as classes A e B estabeleceu um plano para possuir, dentro de 4 anos, 30 unidades em 30 diferentes bairros de São Paulo. Com 12 lojas atualmente, o St. Marche terá que abrir de 3 a 4 lojas por ano para alcançar esse objetivo. Há 5 anos atrás, a rede pretendia chegar às 30 lojas já em 2014. Mas, segundo Victor Leal, sócio da rede, o encarecimento no preço dos terrenos afetou os projetos. “O problema é que está difícil achar pontos, e quando encontramos um terreno, ele nem sempre é viável financeiramente”, explica. Para que o plano não falhe dessa vez, o St. Marche conta com o aporte de sócios e investidores, tanto locais quanto estrangeiros. Caso concretize seu projeto de expansão, o St. Marche deve superar o faturamento de R$ 1 bilhão em 2017. Para
isso, a rede terá que manter, no mínimo, a média de vendas mensais das suas lojas, que vai de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões. No primeiro semestre, considerando apenas as unidades abertas há mais de um ano, a companhia cresceu 15%, e deve fechar o ano com receita de R$ 400 milhões.
após 2017. Cidades como São José dos Campos, Campinas, Guarujá e Santos, no interior e litoral paulistas, são mercados identificados pelos sócios com chances de receber unidades do St. Marche nos próximos anos. Porém, os investimentos na capital são prioritários no momento. ( Supermercado Moderno - 13/08/2013)
Eataly em 2014 O St. Marche está negociando para inaugurar, em 2014, uma unidade da rede italiana de supermercados e restaurantes Eataly. Apesar de divulgar essa intenção desde fevereiro deste ano, o acordo final ainda não foi fechado, nem foi decidido o local onde ficará a loja. O outro projeto em discussão é a expansão para fora da capital paulista. A ideia é começar esse crescimento após atingir as 30 lojas em São Paulo, provavelmente
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Mercado Estudo feito em 14 Países revela novos hábitos de compra Os consumidores globais estão mudando o jeito de ir às compras em função da tecnologia. E uma figura que vem se tornando cada dia mais forte é o “Xtreme Shopper”, alguém conectado, competitivo, otimista e determinado a ter o controle do jogo quando o assunto é consumo. Essa é uma das conclusões do estudo “Future Buy” realizado pela GfK – quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo. A pesquisa, feita on-line em dezembro de 2012 em 14 países, envolveu 600 usuários de internet entre 15 e 45 anos em cada país. São pessoas que fizeram compras em qualquer categoria de bens duráveis e não duráveis nos seis meses anteriores à avaliação, de forma on-line e off-line. A GfK analisou, entre outros fatores, atitudes e comportamentos relacionados ao ato de comprar, pontos de contato com o consumidor
em ambientes tradicionais e digitais, além do impacto do mobile no cenário da compra e diversas nuances que precedem a ida até a loja, o ato de compra em si, além do pós compra. “Os Xtreme Shoppers se definem por seu alto nível de envolvimento com a compra e uso exaustivo de tecnologia: utilizam frequentemente smartphones e tablets para realizar a busca, pesquisa e compra dos produtos que desejam. No estudo fica claro que a região da APAC (Ásia e Pacífico) se destaca globalmente, com 51% de Xtreme Shoppers entre os compradores online. A lição da indústria e do varejo na América Latina é olhar para aqueles mercados, já que sinalizam as próximas ondas de comportamentos dos consumidores”, afirma Eliana Lemos, Diretora de Shopper & Retail Strategy da GfK no Brasil. De acordo com o estudo,
os Xtreme Shoppers são consistentemente mais ativos na busca de valor, tanto online quanto off-line. Comparam mais preços, usam cupons (como os que oferecem descontos), e procuram ofertas numa proporção maior que os Non-Xtremes. Pesquisam mais na internet, usam sites de busca, apps e blogs para se informar sobre produtos e encontrar as melhores ofertas.
Xtreme Shopper na América Latina A América Latina é representada por Brasil, México e Chile, sendo que este último possui a maior porcentagem de Xtreme shoppers (26%), dividindo a segunda posição no ranking com os Estados Unidos (26%). ( No Varejo - Escrito por Cristiani Dias 12/08/2013) Notícia completa em varejo.espm.br
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Mercado Varejo tem o pior Dia dos Pais em 3 anos, diz SERASA As vendas do comércio para o Dia dos Pais cresceram 3,4% entre os dias 9 e 11 de agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta segundafeira, 12, a Serasa Experian. Na semana que antecedeu a data comemorativa (5 a 11 de agosto), o avanço foi de 3,3%.
Os dois números representam a menor expansão para a data nos últimos três anos, aponta a instituição. Apenas na cidade de São Paulo as vendas para o Dia dos Pais cresceram 3% na semana e 2,3% no fim de semana da comemoração. De acordo com a área técnica da Serasa, a desaceleração no ritmo
de crescimento revela que o consumidor está mais cauteloso diante da perda de poder aquisitivo, da inflação e do aumento dos juros, levando-o a preferir pagar dívidas. “De olho no Dia das Crianças e no Natal, o consumidor endividado tem evitado novos parcelamentos”, diz nota divulgada pela empresa. (Exame - 12/08/2013)
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Shopping Center Shopping Centers de olho nas novas mídias Nos últimos anos a indústria de shopping center avançou muito, seja em mix, arquitetura, serviços, entretenimento, facilidades. Mas, na opinião de Luis Lara, sócio da Lew Lara/TBWA, a comunicação com o consumidor estacionou. Ele foi um dos palestrantes do Seminário Marketing e Criatividade em Shopping Centers, promovido pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), no Rio de Janeiro no último dia 06 de agosto. “Temos comerciais de televisão nos mesmos moldes dos feitos na década de 80, que destacam sorteios, número de lojas, promoções e preços. Hoje a palavra é envolvimento, relacionamento. Por que não contar histórias?”, provocou a plateia, formada por 200 executivos de shoppings. O que Lara quis foi colocar o assunto para discussão. Todos os anos no Natal, os shoppings fazem sorteios
de carro, o que acaba não diferenciando ninguém. “O desafio é criar ações que tragam resultado e que gerem envolvimento e engajamento com o consumidor”, resumiu. Até porque, em sua opinião, o próprio conceito de shopping mudou: “hoje estão mais para living centers, podemos fazer tudo neles, não é só ‘shopping’”. Essa nova comunicação proposta por Lara estará alinhada ao novo mundo, que saiu do “ter para o ser”. “Hoje todas as campanhas estão focadas nos benefícios que o consumidor terá com aquele produto, não há mais aquela história de falar de funcionalidades”, conta. Outro que também expandiu os horizontes na discussão sobre os limite da criatividade nesta indústria foi Marcelo Tripoli, da SapienNitro. Na sua opinião, os shoppings brasileiros precisam entrar de vez na era digital. A começar pela oferta
de wi fi no empreendimento. “Lá fora, todos os shoppings já oferecem, o que acaba até se revertendo em benefício para ele próprio”, diz. Benefício, neste caso é mais informação. Um consumidor que se conecta ao wifi do shopping, torna possível que o empreendimento rastreie sua visita, sabendo quais corredores percorreu, quais lojas visitou, quanto tempo durou seu passeio etc. Em relação ao temor do ecommerce, ele avisa: as compras virtuais não vão tirar ninguém dos shoppings. “Mas os shoppings precisam entender que esse consumidor não sai às compras sem o celular, ele estará sempre conectado. O desafio é fazer os dois canais conviverem juntos, fazendo com que um gere tráfego ao outro”. (No Varejo - Escrito por Ticiana Werneck – 12/08/2013)
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Economia Inflação e renda foram responsáveis por varejo mais fraco no semestre A desaceleração do comércio varejista no primeiro semestre se deve à combinação entre diminuição no ritmo de expansão dos indicadores relacionados ao mercado de trabalho, como renda, inflação e maior seletividade na concessão de crédito por bancos e financeiras. Essa é a avaliação de Aleciana Gusmão, especialista da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano até junho, as vendas do comércio varejista resceram 3%. É o pior desempenho para qualquer semestre desde a segunda metade de 2005, quando houve queda de 1,9%. Entre janeiro e junho de 2013, o comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos, motos, partes e peças, e material de construção, subiram 3,7%.
“A renda do trabalhador continua crescendo, mas em um ritmo inferior, enquanto os preços continuam subindo”, disse ela. “Se antes não havia restrição ao crédito, hoje há. Concessionárias de automóveis que não pediam entrada, agora pedem, devido ao aumento de juros. O crédito está mais restritivo, embora isso não tenha impactado os juros para o consumidor ainda”, completou a especialista do IBGE. Na passagem de maio para junho, as vendas do comércio varejista restrito subiram 0,5%, descontados os efeitos sazonais. Na comparação com junho do ano passado, o setor teve alta de 1,7%. O setor de combustíveis e lubrificantes respondeu por 48,2% da taxa interanual do comércio. O segmento teve alta de 8,2% na comparação com junho de 2012 e crescimento de 0,9% frente a maio, na série
dessazonalizada. “A metodologia da pesquisa não nos indica a composição da taxa mensal com ajuste sazonal. Mas, o peso interanual, nos serve de estimativa para afirmar que combustíveis e lubrificantes explicam grande parte da alta de 0,5% do co mércio entre maio e junho [feitos os ajustes sazonais”, disse a especialista do IBGE. De acordo com Aleciana, as vendas de combustíveis e lubrificantes crescem em razão de os preços do setor aumentarem abaixo da inflação. “Por ser administrado, o setor vem crescendo”, afirmou ela. No acumulado do ano, as vendas de combustíveis e lubrificantes subiram 6,2%, ao passo que, em 12 meses, o crescimento foi de 7,5%. (Valor Econômico – 14/08/2013) Notícia completa em varejo.espm
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Economia Inadimplência do consumidor em Julho tem 2ª queda seguida A inadimplência de consumidores brasileiros medida pela empresa Serasa Experian caiu 3,5 por cento em julho ante junho, na segunda queda mensal consecutiva e na menor variação para o mês desde 2006. Na comparação com julho de 2012, a inadimplência caiu 5 por cento, contribuindo para redução do crescimento no acumulado dos sete primeiros meses do ano para 4 por cento. “A queda é decorrente da procura e interesse do
consumidor pela renegociação de dívidas e da atitude cautelosa de evitar a aquisição de novos bens e serviços. A redução do poder aquisitivo, por conta da inflação, foi determinante para essa mudança de comportamento”, afirmou a Serasa Experian em comunicado à imprensa. As dívidas não bancárias – que incluem cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e energia elétrica – e inadimplência com os bancos
foram as responsáveis pela queda do indicador em julho ante junho, com variações negativas de 8,7 e 2,2 por cento, respectivamente. “Os títulos protestados e os cheques sem fundos apresentaram alta e não deixaram que o índice caísse ainda mais em julho”, informou a empresa. Os títulos tiveram alta de 8,4 por cento na inadimplência e o calote com cheques disparou 16,3 por cento. (Exame – 13/08/2013)
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19/08/2013
Este informativo é destinado à comunidade de interesse sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM.
Produzido por: Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação: Prof. Ricardo Pastore