CLIPPING DO VAREJO
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AROS LEITORES
A explosão das inovações disruptivas provocadas pelas novas tecnologias digitais segue firme e uma das direções mais frequentes é o varejo! Inúmeros jovens empreendedores desenvolvem aplicativos para facilitar as compras do dia-a-dia; conectá-los com aos varejistas é um importante desafio. De uma lado, talentos em busca de oportunidade de trabalho e de outro, empresas em busca de um caminho rápido e de baixo custo para realizar mudanças radicais.
Poucas empresas conseguem financiar a inovação ou incorporá-la na própria estrutura, contratando gestores, formando departamentos. Entretanto, não se pode com isso justificar a distância entre a gestão e a inovação, afinal, existem outros caminhos para colocar o varejo diante de novas ferramentas que poderão, em curto espaço de tempo, provocar enormes ganhos ao negócio. O caminho é ampliar relacionamento com outras empresas, escolas, associações e descobrir como acelerar processos ou como literalmente “sair da caixinha”.
Boa Leitura!
Ricardo Pastore, Prof. Msc
Coordenador do Núcleo de Varejo - ESPM
O Curso de Marketing de Varejo: da Estratégia à Execução nunca foi tão atual! Nos momentos de crise, temos que ser mais precisos em nossas escolhas, preservando os recursos da empresa, fidelizando o shopper e blindando o negócio em relação à concorrência. Conteúdo atualizado em conceitos e casos práticos, aula no Retail Lab e muita novidade sobre o que acontece no mundo. Inscreva-se e garanta já a sua participação pelo varejo.espm.br/cursos
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Diretoria do Walmart diz que Brasil está mais desafiador Em teleconferência com analistas, o comando do grupo disse ontem (19/5) que a escalada da inflação no Brasil tornou o cenário mais “desafiador” – e isso pressiona despesas operacionais e afeta o lucro. Pelo menos desde o início de 2015, a margem bruta da companhia vive um sobe e desce, sem tendência de recuperação. Vendas mais concentradas no Maxxi Atacado podem ter efeito nisto. A rentabilidade neste segmento é menor do que nos supermercados. Além disso, é possível que despesas relacionadas com o fechamento das
60 lojas – gastos com demissões, transferência de equipamentos – tenham pressionando para baixo o lucro operacional. Ainda podem existir pontos com resultados ruins que continuam abertos, afetando o indicador. A varejista informou que os fechamentos das unidades no Brasil impactaram custos globais no ano passado, como Doug McMillon, presidente global, já esperava que fosse ocorrer, ao mencionar os fechamentos meses atrás. Segundo o relatório da rede no mundo, houve aumento de US$ 150 milhões em despesas em 2015 com o fechamento
das 115 lojas na América Latina, incluindo o Brasil. Também são considerados nessa conta dos US$ 150 milhões o aumento de gastos com dívidas trabalhistas e a elevação de custos, como energia elétrica, no País. Numa análise mais geral do mercado, o Walmart ainda cresce menos que seus principais rivais no País. Se as vendas líquidas totais (lojas antigas e novas) na empresa subiram 1,4% de janeiro a março, no GPA aumentaram 11% e no Carrefour (que só reporta vendas brutas) a alta foi de quase 17%. (Supermercado Moderno – 20/05/2016)
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Carrefour confirma Abilio Diniz como membro do conselho mundial O empresário Abilio Diniz foi confirmado como membro do conselho de administração do Carrefour. A assembleia de acionistas aconteceu nesta terça-feira, na França. O nome de Abilio havia sido indicado pelo presidente do conselho da varejista, Georges Plassat, e havia grande possibilidade de que a aprovação acontecesse,
conforme antecipou o Valor, serviço de informação em tempo real do Valor. Segundo ata da reunião de acionistas, Diniz foi eleito como membro do colegiado por um período de três anos, até que um novo encontro para aprovar as contas do ano fiscal de 2018 seja convocado. O assunto foi o nono a ser votado na pauta do
dia e a aprovação aconteceu por maioria de votos. Abilio vinha participando do colegiado na função de observador desde janeiro. Em março, ele ampliou sua posição de 5% para 8% e se tornou o terceiro maior acionista do grupo. (UOL – 17/05/2016)
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Ruptura nas gôndolas chega a 11,16% em março Chegou a 11,16% o nível de ruptura nas gôndolas dos supermercados do País em março, um ligeiro aumento na comparação com o mês anterior, de acordo com pesquisa da NeoGrid. O levantamento – feito em mais de 10 mil lojas em todo o Brasil no mês de abril – também demonstra a ruptura em diferentes setores dentro do autosserviço alimentar: alimentos (11,62%), higiene e beleza (10,92%), bebidas (9,71%), limpeza (8,94%) e outros (13,63%).
Segundo Robson Munhoz, diretor de relacionamento do varejo da consultoria, o receio do supermercadista de comprar produtos e não vender – uma vez que o poder aquisitivo do brasileiro está diminuindo – pode ser uma das razões. Outro ponto, segundo ele, é o fato de a indústria estar mais pessimista que o varejo. A observação foi constatada em pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que indicou que 38% da indústria ficou parada
em janeiro. O diretor da NeoGrid ressalta que, nos últimos meses, o setor industrial teve vários aumentos de impostos e energia. Conseqüentemente, houve a necessidade de repassar parte desses reajustes para os produtos. Para tentar evitá-los, o varejo leva mais tempo para negociar mercadorias. “Por isso, alguns itens e marcas acabam faltando por mais tempo nas prateleiras”, explicou Munhoz. (Supermercado Moderno – 18/05/2016)
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O sustentável valor da transformação O retail-lab da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) é um lugar convidativo e agradável a quem aprendeu a gostar do universo do varejo e, especificamente, dos supermercados. É também o nome pelo qual o professor e coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da ESPM, Ricardo Pastore, chama o laboratório experimental da disciplina que, na prática, funciona como sala de aula e ambiente de pesquisa sobre hábitos de consumo, estratégias de exposição e marketing no ponto de venda (PDV). “A ideia do lab não foi minha, mas precisava de um maluco, como eu, para realizá-la. A discussão inicial se deu sobre uma possível dupla função do laboratório: queriam que fosse também loja, além de sala de aula e laboratório. Não tinha como: era uma coisa ou outra. Assim, o espaço virou sala de aula e laboratório para
pesquisa de mercado. Foi um sucesso. Os alunos adoram e os professores também, porque desenvolvem novos métodos de ensino. Já se passaram dez anos e o retail-lab é muito procurado pelas indústrias, que fazem estudos de ‘árvore de decisão de compra’. Já o varejo não costuma vir.” É nesse espaço que conversamos com Pastore e é onde ele nos fala de sua trajetória profissional, que, sem dúvida, credencia-o a ser não só professor de uma universidade que se notabiliza por ensinar na prática, mas, também, a ser um consultor e estudioso do tema, desenvolvendo ideias e fazendo leituras ousadas a respeito do futuro do varejo. “Meu primeiro emprego foi no Grupo Pão de Açúcar [GPA]. Eu cursava Ciências Econômicas na PUC-SP [Pontifícia Universidade Católica de São Paulo] e um amigo comentou sobre vagas no GPA. Assim,
fui parar no Pão, onde fiquei por 11 anos.” Pastore destaca a cultura corporativa do GPA que, segundo ele, ajudou a formar seus valores profissionais. Lá, ele trabalhou em análise de dados, estratégia de mercado, na área comercial e, depois de uma “pós” em Marketing na ESPM, na operação de lojas. “Foram dois anos como gerente de Vendas da divisão com o maior número de lojas do grupo, à época, o Minibox. Quem me deu essa oportunidade foi Ascar [Antonio Carlos Ascar, colunista de SH e personagem da seção Perfil SH, desta edição].” (Abras – 17/05/2016)
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Consumo no Brasil cai um terço e volta ao nível de 2010 Com as famílias endividadas e o fantasma do desemprego rondando a economia, o consumo – que já foi o motor de crescimento do País – deve chegar ao fim deste ano no mesmo nível de 2010. Um retrocesso de seis anos, se descontada a inflação. Nesse período, o mercado consumidor brasileiro encolheu R$ 1,6 bilhão, valor que se aproxima, em dólares, do PIB da Argentina. A expectativa para este ano é que o total de gastos dos brasileiros com produtos e serviços chegue a R$ 3,9 trilhões, segundo projeções da IPC Marketing. “A queda que houve em 2015 e a que é esperada para este ano anulam o crescimento que ocorreu entre 2011 e 2014”, diz Marcos Pazzini, responsável pelo estudo e diretor da consultoria. Pelo lado do consumidor, o carrinho de supermercado não é mais o mesmo, o plano de
trocar de carro ou de comprar um imóvel foi adiado, as férias no exterior voltaram a ser uma meta de longo prazo. “Uma das diferenças dessa crise é que, agora, o brasileiro tem uma sensação de perda muito maior“, diz Renato Meirelles, do instituto Data Popular. Por quatro anos consecutivos, de 2011 a 2014, a taxa de crescimento do consumo das famílias superou o desempenho do PIB. No ano passado, pela primeira vez, o consumo caiu 4% e superou a retração do PIB, de 3,8%. Para 16 de 22 categorias de produtos analisadas, o consumo é ainda mais baixo que o nível de 2010. Entre elas, estão despesas com vestuário, recreação e cultura, mensalidades escolares, alimentação no domicílio e gastos com viagens. O que aconteceu no setor automotivo é emblemático para entender esse processo de
ascensão e queda do consumo, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. “O governo não entendeu que a demanda começou a cair e continuou estimulando a capacidade de produção”, diz. Hoje, as montadoras estão preparadas para produzir 5 milhões de unidades por ano, mas fazem apenas 2 milhões. No setor, a estimativa é de que se leve uma década para retomar os níveis recordes de venda. Em quanto tempo o mercado consumidor como um todo vai se recuperar é uma previsão que os economistas ainda não conseguem fazer. “As famílias estão muito endividadas. Primeiro, terão de pagar suas contas para depois voltar a consumir”, diz Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos. “Será uma recuperação lenta.” (O Negócio do Varejo – 18/05/2016) Notícia completa em varejo.espm.br
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Fabricantes de eletroeletrônicos querem voltar a investir em 2017 Segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a maioria dos executivos das empresas de eletroeletrônicos já demonstra acreditar em uma recuperação da economia e diz pretender voltar a investir a partir do ano que vem. Das companhias que suspenderam aportes em aumento da capacidade produtiva até abril deste ano, 47% planejam retomá-los a partir de 2017; 33%, em 2018. “Os números nos surpreenderam e mostram uma reversão de expectativas, apesar das mudanças
econômicas ainda serem embrionárias”, diz Humberto Barbato, presidente-executivo da entidade.
Produção curta A produção do segmento elétrico e eletrônico encolheu 26,8% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2015 – queda maior que a da indústria geral (11,7%) e a de transformação (11,1%) no período. “O ano passado foi bem ruim no mercado interno e, por não termos vocação exportadora, agora tentamos retomar destinos, mas ainda se olha para o comércio exterior
apenas quando o Brasil vai mal”, diz Barbato. No varejo, o setor também sentiu a crise, como a maior parte do comércio, mas tende a se sair melhor nos próximos meses caso a economia mostre sinais de recuperação, analisa Christian Travassos, da Fecomércio-RJ. Ainda em fevereiro, 17% dos brasileiros queriam comprar bens duráveis e, desse percentual, a maioria pensava em eletrônicos, aponta pesquisa da entidade em parceria com a Ipsos. “O consumidor só precisa se sentir confortável”, conclui. (Folha de S. Paulo – 20/05/2016)
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Site do Magazine Luiza é o primeiro e-commerce do Brasil a contar com leitura A partir de 16 de maio, o site do Magazine Luiza estará mais acessível e contará com um assistente de tradução para Libras (Língua Brasileira de Sinais), que auxiliará deficientes auditivos a fazerem suas compras online. A ação é pioneira no varejo brasileiro. De acordo com o IBGE, quase 10 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva. A maioria tem dificuldade em compreender o conteúdo escrito e depende exclusivamente da Libras
para se comunicar e obter informação. Com essa solução, os textos em português do site ficam acessíveis para esse público. No rodapé da página, um botão vai fazer a “tradução” – um ícone com duas mãos ficará no canto direito da tela, quando o usuário precisar de auxílio para compreender um texto, um intérprete virtual, o Hugo, irá auxiliálo. O aplicativo que permite a leitura por Libras no site do Magazine Luiza é fruto de parceria com a Hand Talk,
plataforma considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o melhor aplicativo social no mundo. “Levar o que é privilégio de poucos ao acesso de muitos, democratizando produtos ou serviços é o propósito maior da marca. Esta ferramenta permite portanto estreitar nosso relacionamento com uma parcela muito importante dos consumidores”, afirma Ilca Sierra, diretora de marketing multicanal da empresa. (Eletrolar – 18/05/2016)
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Classes C e D foram as que mais abriram loja virtual em 2015, mostra estudo O micro e pequeno empreendedor digital no Brasil busca informações sobre a área pela internet, está otimista para 2016 e pretende investir mais em marketing e produtos como estratégia para se destacar dos concorrentes no mercado. Estes são alguns resultados da pesquisa que mapeou o perfil do micro e pequeno empreendedor digital, realizada pelo segundo ano pela plataforma de e-commerce mais popular do Brasil, Loja Integrada (www. lojaintegrada.com.br), que entrevistou 1056 lojistas virtuais de todo o país no mês de fevereiro e março. A pesquisa apontou que este lojista é jovem – têm entre 20 e 29 anos, 71% são homens e a maioria casados e sem filhos – e escolarizado – 40% participam de cursos livres, 37,7% se informam por meio
do Sebrae e cerca de 32% frequentam palestras, cursos e workshops voltados para o e-commerce. Sobre a atuação no mundo do empreendedorismo digital, mais de 62% possuem sua loja virtual há pelo menos um ano e investiram inicialmente R$ 1 mil. “A pesquisa mostra que o ano passado foi um bom ano para ingressar no e-commerce. Para 2016, os lojistas estão otimistas, buscando alternativas para crescer”, explica Adriano Caetano, especialista em comércio eletrônico e diretor da Loja Integrada. A principal motivação para abrir uma loja virtual foi o sonho de se tornar empreendedor e, para 35%, o e-commerce foi uma alternativa para complementar a renda. “Quase 29% dos entrevistados são da classe D, seguidos por
C. Isso mostra que as pessoas viram no e-commerce uma oportunidade. Como exige pouco investimento inicial e os riscos são baixos, isso permite que o lojista experimente, arrisque. Percebemos que a loja virtual começa como uma alternativa de renda e, com o crescimento, torna-se a fonte de renda principal”. Como estratégia para divulgação de produtos, 83% aposta na rede social Facebook e 53% já utiliza o WhatsApp como ferramenta de venda e divulgação. Já a estratégia que mais traz retorno em vendas é o Facebook, seguido de campanhas no Adwords. (Varejista – 18/05/2016)
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E-commerce cresce 1% no 1º trimestre de 2016 No primeiro trimestre de 2016, o comércio eletrônico brasileiro registrou alta nominal de 1% no faturamento ante igual período do ano passado, de acordo com dados da E-bit/Buscapé, empresa especializada no setor. No período entre janeiro e março, as vendas somaram R$ 9,75 bilhões. Ainda de acordo com o levantamento, as vendas caíram em quantidade de produtos. Houve queda de 6% no volume de compras, mas o tíquete médio subiu 7% na comparação anual, atingindo R$ 399, ante R$ 373 em igual período de 2015.
A E-bit/Buscapé também manteve a projeção de crescimento de 8% para as vendas do comércio eletrônico em 2016. A expectativa marca uma desaceleração no setor, que cresceu 15,3% em 2015.
MAIS VENDIDOS Neste ano, 4 milhões de pedidos foram feitos pela internet – o que representa um crescimento de 2% na comparação com 2015. Já o tíquete médio passou de R$ 380, no ano passado, para R$ 402. No Top 5 de categorias mais vendidas, eletrodomésticos
foi a líder, com 13,1% de participação de pedidos, seguida por moda e acessórios (12,9%), livros (12%), telefonia/celulares (10,6%) e casa e decoração (9,1%). Também teve destaque o m-commerce, que cresceu 100% em pedidos, atingindo 20,2% das compras online no período. Foram 816 mil encomendas feitas por smartphones e tablets nesta data ante os 407 mil em 2015 – o que mostra a evolução significativa do uso de dispositivos móveis pelos e-consumidores brasileiros. (Diário do Comércio – 18/05/2016)
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23/05/2016
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Este informativo é destinado à comunidade de interesse
sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e
funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por:
Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação:
Prof. Ricardo Pastore