Clipping do Varejo
Super & Hiper Estratégia de preço da Walmart fracassa entre brasileiros O foco incansável em oferecer preços baixos todos os dias ajudou a Walmart Stores Inc. a se tornar a maior rede varejista do mundo. A estratégia não tem funcionado no Brasil. A Walmart ainda está perdendo dinheiro no País duas décadas após sua entrada no maior mercado da América do Sul, possibilitada pela aquisição de duas redes locais em meados dos anos 2000 e pela abertura de mais de 500 lojas. A empresa está enfrentando a concorrência da Carrefour SA e da Casino GuichardPerrachon SA, redes francesas que se adaptaram à tendência dos brasileiros de variar os locais de compra em busca de melhores ofertas. Para aumentar seus desafios, a Walmart não tem escala para negociar preços com os fornecedores locais, como tem feito de forma tão efetiva nos EUA, seu país de origem. “O Brasil parece sem
esperanças”, disse Michael Exstein, analista do Credit Suisse Group AG em Nova York, em entrevista. Não é a primeira vez que a Walmart tropeça no exterior. A empresa vendeu sua unidade alemã e a sulcoreana em 2006 após anos de resultados desanimadores. Em meio a uma concorrência difícil na China, a Walmart está fechando 29 lojas com desempenho ruim e tem lutado contra a percepção de que seus alimentos são inseguros depois que apareceu DNA de raposa em carne comercializada como sendo de burro. No ano passado, a companhia
dissolveu uma joint venture na Índia devido a restrições locais ao investimento estrangeiro no país. O impulso da Walmart no exterior foi pensado para compensar o crescimento lento nos EUA. Isso não aconteceu. No último ano-fiscal, a divisão internacional sustentou um crescimento de 1 por cento nas vendas, abaixo dos 7 por cento de um ano antes e dos 15 por cento do ano anterior a esse. Enquanto isso, a Walmart está investigando possíveis violações à Lei de Práticas Corruptas Estrangeiras no México, na China, no Brasil e na Índia. (Supermercado Moderno- 23v/04/2014)
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Shopping Center Brasil terá 103 novos shoppings até 2018 O Brasil deve ganhar 103 novos shoppings em quatro anos, como aponta o Cadastro de Shopping 2014 do Ibope Inteligência. Se a expectativa se confirmar, resultará em um crescimento de 24% no setor, com um acréscimo de 2,89 milhões de metros quadrados de área bruta construída. O Sudeste é a região que deve receber mais empreendimentos: 44 no total. No Nordeste devem ser inaugurados 24 shoppings, no Sul, 16, no Norte, 11, e no CentroOeste, 8. O ano passado foi o período com mais lançamentos,
com 36 novos centros comerciais abrindo as portas, resultando numa média de um empreendimento inaugurado a cada duas semanas. Dessa forma, o Brasil encerrou o ano com 459 centros em operação. O levantamento do Ibope aponta ainda a tendência dos empreendedores em focar em municípios com até 500 mil habitantes. De todos os shoppings inaugurados em 2013, 42% estão em cidades com até meio milhão de habitantes. Para 2014, a previsão é de que 73% das inaugurações aconteçam
em municípios desse porte. Os municípios localizados em regiões metropolitanas também ganham destaque neste cenário. É o caso de Boa Vista, capital de Roraima. Com uma população estimada para 2014 em pouco mais de 300 mil habitantes, a cidade ainda não possui nenhum shopping em funcionamento. A região receberá dois empreendimentos previstos para serem inaugurados ainda este ano. (Mundo do Marketing - 24/04/2014)
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Canal Farma Farmácias faturaram R$ 7,4 bilhões em 2014 Relatório da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma) divulgado nesta semana destaca o aumento na comercialização de não-medicamentos, que nos primeiros três meses do ano cresceu aproximadamente 20%. O aumento total no faturamento foi de 16,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Montante de vendas ultrapassou os R$ 7,4
bilhões. Os números foram calculados pela Fundação Instituto de Administração da USP (FIA). Segundo a instituição, o crescimento na comercialização de produtos de higiene e beleza cresceu 19,99% a mais que o valor apresentado entre janeiro e março de 2013. O faturamento só com essa categoria foi de R$ 2,5 bilhões. O volume de medicamentos
vendidos foi superior a R$ 4,9 bilhões, uma alta de 15,15% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os genéricos acompanharam os índices de crescimento, com índice 10,93% superior ao de janeiro a março de 2013. Confira a tabela completa dos números: (No Varejo - Rômulo Madureira 25/04/2014)
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Canal Farma Rede de farmácias CVS volta às compras no País Após comprar a rede de farmácias Onofre, marcando sua entrada no Brasil, o CVS Caremark, maior grupo de varejo farmacêutico e serviços de saúde dos Estados Unidos, está de olho em novos ativos no mercado brasileiro. A gigante americana contratou o Pátria Investimentos para prospectar negócios. Executivos do grupo americano tiveram conversas com Drogaria São Paulo/Pacheco, formada pela fusão da rede paulista e carioca, com o grupo Raia Drogasil, também fruto de fusão, e com BR Pharma, do BTG, segundo fontes familiarizadas com o assunto. Nessas conversas, que ocorreram entre o fim de 2013 e o início deste ano, o grupo americano não formalizou proposta. Agora, com a contratação do Pátria, a gigante voltou a se aproximar dessas redes e estaria mais próxima da Drogaria São Paulo/Pacheco, mas ainda sem
negociações avançadas. Os primeiros contatos com as empresas brasileiras foram ancorados pelo executivo Jim Maritan, vice-presidente de mercado estratégico do grupo CVS. Maritan, segundo fontes, é o responsável por fazer a ponte da operação do Brasil com a matriz americana. No Brasil, o executivo Mario Ramos, exPátria e JP Morgan, é o diretorfinanceiro das operações da CVS desde janeiro. Em fevereiro de 2013, o CVS entrou no Brasil com a compra de 80% da rede de farmácia Onofre. “A compra da Onofre foi o termômetro para a companhia americana entender como funciona o varejo farmacêutico brasileiro. Agora, eles planejam uma expansão mais rápida e buscam redes grandes, com maior participação de mercado”, disse um dos executivos procurados pelo grupo americano, que não quis se identificar.
Com faturamento líquido de US$ 126,7 bilhões, o CVS tem operações em Porto Rico e desde o ano passado no Brasil. A empresa soma quase 7,5 mil lojas nos EUA e em Porto Rico. Procurado, o Pátria não comenta o assunto. A Drogaria São Paulo/Pacheco informou, por meio de sua assessoria, que não confirma a informação. O CVS não retornou o pedido de entrevista. A Raia Drogasil, também por meio de sua assessoria, informou que não comenta rumores de mercado. Uma fonte da BR Pharma disse que o grupo não está à venda. (Exame - 28/04/2014)
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Economia “Estímulos ao consumo estão sendo retirados”, diz Guido Mantega O ministro da Fazenda afirmou hoje (28/4) que, nos próximos anos, os investimentos em infraestrutura serão a principal prioridade do governo para o fortalecimento da economia brasileira, enquanto os estímulos ao consumo estão sendo retirados. Ele participou nesta manhã do seminário Rumos da Economia, realizado pela revista Brasileiros, para falar da atual situação econômica do País. “No consumo, os estímulos estão sendo retirados. Serão concentrados agora em bens de capital, que abrangem toda a cadeia produtiva”, afirmou. Para Mantega, depende do setor privado manter os patamares em níveis elevados. “O que está faltando para aumentar o consumo interno é crédito, que nunca esteve tão baixo, embora a inadimplência tenha caído. O setor privado está criando condições mais
duras para a liberação de recursos. Mas a tendência maior é que com a queda maior na inadimplência isso vá melhorando”, previu o ministro. O novo momento das diretrizes da política econômica do governo pode ser sentido nas previsões de alguns indicadores divulgados na apresentação de Mantega. Segundo o ministro, até 2022 o consumo interno deve crescer em uma média de 3, 6% ao ano, abaixo da taxa de 7% prevista para os investimentos. Na lista de “prioridades da política econômica para os próximos anos”, apresentada por Mantega, o mercado interno apareceu em terceiro lugar, atrás dos investimentos em infraestrutura e dos estímulos à produtividade e inovação. Mantega previu um crescimento do PIB de 2,5% para este ano, discordando das projeções mais
pessimistas do setor privado. Para 2015, a taxa sobe a 3% e, nos dois anos seguintes, a 4%. O ministro relacionou o fortalecimento do PIB à recuperação da economia mundial, que, segundo ele, “já começou, mas ainda de forma incipiente”. (Supermercado Moderno - 28/04/2014)
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Mercado Classe B volta a ter mais de 50% do consumo De acordo com estudo desenvolvido pela consultoria IPC Marketing, o mercado consumidor será marcado pela retomada da classe B neste ano. A pesquisa prevê que essa parcela da população equivalente a 35,4% do total de domicílios urbanos do País - vai responder por 50,84% (aproximadamente R$ 1,55 trilhão) do potencial de consumo no Brasil. O levantamento mostra que esse desempenho crescente vem se registrando ano após ano, que em 2013 já indicava sua liderança no consumo nacional absorvendo 48,8%, cerca R$ 1,359 trilhão, ante os 32,1% de domicílios. Com 46,9% dos domicílios brasileiros, a classe emergente (C) domina com seus 26,02 milhões de lares ainda que responda por pouco mais de ¼ do consumo do País – 26% - equivalentes a uma parcela significativa de R$ 790 bilhões. Em valores absolutos,
esse domínio foi maior ainda em 2013, representando um consumo de 27,9% - cerca de R$ 782,5 bilhões – entre os 24,5% dos domicílios. No topo da pirâmide, a classe alta (A) continua expandindo seus gastos em 2014, alcançando R$ 591,1 bilhões uma fatia de 19,5% de consumo entre os 5,1% (ou 2,8 milhões) de domicílios. No ano passado, os dados apontaram gastos de R$ 539,6 bilhões (ou 19,3%), perfazendo 4,6% (cerca de 2,3 milhões) de seus domicílios. “A força do novo consumo está nas classes A e B. A classe emergente - que já foi tão
destacada - ainda tem a maior quantidade de domicílios, mas ela perde força”, diz Marcos Pazzini, diretor do IPC Marketing. A expectativa da consultoria é que o consumo das famílias continue a crescer de 1,8% a 2% neste ano, acima do PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com o estudo, o consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,3 trilhões em 2014, apresentando um crescimento de R$ 261 bilhões (cerca de 8% nominais) quando comparado com o IPC Maps 2013 (cerca de R$ 3,001 trilhão). (Supermercado Moderno - 28/04/2014)
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Mercado Confiança do consumidor atinge em Abril menor nível desde Maio de 2009 ICC (Índice de Confiança do Consumidor) medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas) caiu 0,8% em abril, na comparação com março, passando de 107,2 para 106,3 pontos, o menor nível desde maio de 2009, quando atingiu 103,6 pontos. Com o resultado, o índice manteve-se abaixo da média histórica, de 116,4 pontos, pelo 15º mês consecutivo. Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 6,8% no indicador, resultado pior que o de março, que indicou retração de 5,9%. Depois de sinalizar alguma melhora em março, as avaliações do consumidor em relação ao momento presente
voltaram a piorar, influenciando o resultado do ICC. O ISA (Índice da Situação Atual) caiu 1,9%, para 111,6 pontos. Já as avaliações sobre o futuro continuam pessimistas: o IE (Índice de Expectativas) recuou pelo quinto mês seguido, em 0,4%, para 103,6 pontos, o mais baixo desde fevereiro de 2010 (103,5). O índice que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica caiu 7,0% em abril, de 76,1 para 70,8 pontos, o menor nível desde julho de 2013 (68,5). A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 15,6% para 14,0%, enquanto a dos que
a julgam ruim aumentou de 39,5% para 43,2%. O cenário econômico para os próximos meses continua nebuloso. O indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação econômica futura caiu para 94,8 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2009 (90,3). A parcela de consumidores projetando melhora caiu de 25,0% para 24,4%; a dos que preveem piora subiu de 26,6% para 29,6%. A pesquisa foi com cerca de dois mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Recife. (Supermercado Moderno - 25/04/2014)
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Mercado Abad: Vendas de atacadistas sobem 10,6% em 2013 para R$ 197 bilhões O segmento de atacado registrou expansão real de 4,4% nas vendas em 2013, com alta nominal de 10,6%, alcançando faturamento de R$ 197,3 bilhões, informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). O crescimento acima da inflação reflete, na visão da Abad, uma busca do consumidor por canais de venda com preços mais competitivos em um ano em que o nível de endividamento das famílias e aumentos de preços de alimento s reduziram o poder de compra da população. O “atacarejo”, formato de loja de atacado que vende também produtos ao consumidor pessoa física, tem preços abaixo da média de mercado. Em 2013, as redes de atacado responderam por 52% das vendas do setor de bens como alimentos, bebidas e higiene e
beleza no país. Em 2012, essa taxa foi de 51,9%, informou a Abad. Ou seja, a taxa se manteve praticamente estável de um ano para o outro. “Esperamos aumento de vendas e rentabilidade para as empresas de atacado neste ano”, disse o diretor de atendimento ao varejo da consultoria Nielsen, Olegario Araújo, em apresentação de dados aos associados da Abad. 2015 Passado o ano de 2014, o país precisa viver um período de ajustes em 2015, especialmente pela necessidade de reformas político-econômicas no próximo ano, que acabam adiadas em anos eleitorais, disse Jose do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Abad. “O ano de 2015 é uma interrogação muito grande ainda”, disse ele. A associação estima alta de
3,5% nas vendas reais do setor em 2014, abaixo da expansão de 4,4% em 2013. “Estamos com uma previsão mais pé no chão para 2014”, disse ele. De janeiro a março, o segmento teve alta real nas vendas de 3%. “O ano de 2015 é uma interrogação muito grande ainda”, disse ele. Ranking A rede Makro se manteve como a maior rede do setor atacadista no país em 2013, fato que se repete há cinco anos, segundo a Abad. O ranking não inclui os dados do Atacadão, do grupo Carrefour, que não informa os números ao mercado. O Makro apurou vendas de R$ 7,43 bilhões no ano passado, alta de 9,8%. (Valor Econômico - 28/04/2014)
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E-commerce Alibaba é dona de 80% do varejo online da China Dona de dois dos sites mais populares na China, Taobao. com e Tmall.com, a Alibaba vende 168 bilhões de dólares pela web para chineses – o equivalente a 80% de todo o mercado de varejo online. A empresa, que está prestes a fazer um IPO na bolsa de Nova York, recebe mais de 100 milhões de visitas por dia em seus dois sites. Lançado em 2003, o Taobao ( “a procura de um tesouro”) é parecido com o modelo do eBay, que permite que os fornecedores vendam diretamente aos consumidores.
O site é abastecido com milhões de produtos que vão de assentos sanitários até camas de luxos para animais – uma variedade tal que permite a venda de 48.000 itens por minuto na China. Já o Tmall estreou em 2008 e conta com mais de 70.000 marcas, que incluem grandes nomes como Nike, Apple e RayBan. O sucesso é tanto que a loja virtual cogita abrir um shopping de lojas físicas com as marcas que vende pela web.
não é pouca coisa. Trata-se do segundo maior mercado do mundo, atrás apenas do americano, mas que tem a mais rápida expansão já vista. A estimativa é que a indústria do comércio eletrônico chinês tenha faturado 210 bilhões de dólares, em 2012 – para se ter ideia do tamanho desse negócio, o Brasil vendeu 28,8 bilhões em 2013, segundo o E-bit. A expectativa é que o setor atinja 600 milhões de dólares na China, em 2020.
Rápida expansão Ser dona de 80% do mercado de vendas online na China
(Exame - 23/04/2014)
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28/04/2014
Este informativo é destinado à comunidade de interesse sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM.
Produzido por: Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação: Prof. Ricardo Pastore