CLIPPING DO VAREJO
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Supermercados são maiores beneficiados com a venda da sacola, aponta consumidores paulistanos Para 79% dos paulistanos, os vereadores deveriam derrubar o veto do prefeito Haddad e anular a decisão de manter a cobrança das embalagens, aponta pesquisa Datafolha. Cerca de 82% dizem que a gratuidade das sacolas deveria ser um direito do consumidor adquirido por lei. A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou recentemente uma lei que obrigava supermercados, hipermercados, atacadistas e estabelecimentos varejistas congêneres a fornecer gratuitamente aos clientes as sacolas plásticas para carregar suas compras. Porém, no ultimo dia 21 de julho, o prefeito Fernando Haddad vetou a lei, permitindo com que esses estabelecimentos continuassem cobrando por essas embalagens na capital paulista. Segundo o prefeito,
a adoção da nova lei seria um retrocesso ambiental. A Câmara de Vereadores ainda pode derrubar o veto do prefeito Haddad e anular a decisão, fazendo com que a lei que obriga a entrega gratuita das sacolas plásticas entre em vigor. O Datafolha perguntou aos paulistanos quem seria o maior beneficiado com a cobrança das sacolas plásticas. Para 54% dos entrevistados, os supermercados são os mais beneficiados. Em seguida, aparece a prefeitura 25% e o meio ambiente aparece apenas para 19% das opiniões dos entrevistados. Estas foram as três opções de respostas apresentadas aos entrevistados. Para 61% dos consumidores paulistanos, quem deveria pagar pelas sacolas plásticas seriam os supermercados,
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seguido de 29%, que acham que a prefeitura deveria pagar a conta. Apesar de a prefeitura afirmar que as sacolas seriam um instrumento de coleta seletiva, muitos paulistanos não usam as embalagens para esse fim e outros se mostram confusos sobre o correto uso das sacolas plásticas de cores verde e cinza. “Entendemos que a venda das sacolas plásticas pelos supermercados é uma das principais razões para o insucesso da coleta seletiva na cidade. A população não aceita pagar pelas sacolas e deixa, portanto, de utilizálas conforme a prefeitura e nós desejamos: instrumento de fomento à reciclagem e descarte de resíduos sólidos”, comenta Miguel Bahiense, presidente da Plastivida.
(Supermercado Moderno – 16/08/2016)
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UPER & HIPER
Carrefour veta carne de fornecedor que desmata A rede de supermercados Carrefour vai anunciar nesta quinta-feira, 25, um compromisso com o desmatamento zero da Amazônia. Pelo acordo, alinhavado com a ONG ambientalista Greenpeace, a empresa afirma que vai monitorar sua rede de fornecedores de carne a fim de bloquear a compra de fazendeiros que tenham colocado gado em área que teve a floresta cortada. O boicote é a qualquer tipo de desmatamento, ilegal e legal. Com o anúncio, as três maiores redes varejistas de alimentos do Brasil (Pão de Açúcar e WallMart assumiram compromisso semelhante nos últimos meses) passam a trabalhar com políticas de não vender carne proveniente de áreas desmatadas – com uma estimativa de atingir um público consumidor de 3
milhões de pessoas por dia. As iniciativas reforçam um acordo firmado em 2009 entre o Ministério Público Federal, produtores de gado da Amazônia e os três maiores frigoríficos do Brasil (JBS, Marfrig e Minerva) com este mesmo objetivo. Historicamente, a abertura de novas áreas para a colocação de pasto foi e ainda é o principal motor do desmatamento da Amazônia. Pesquisa realizada por pesquisadores independentes do Brasil e dos Estados Unidos em 2015 mostrou que este acordo de sete anos atrás foi uma política importante para ajudar a conter esse processo. Paralelamente, o Greenpeace fez uma consulta aos sete maiores supermercados do País – efetivamente onde a maioria das pessoas compra carne – para verificar se eles tinham alguma política para a aquisição
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da carne e se essa política continha mecanismos para garantir que o produto vendido estava livre de desmatamento, trabalho escravo e violação dos direitos indígenas. O relatório “Carne ao Molho Madeira”, lançado em novembro do ano passado, concluiu que nenhuma das redes (as três citadas e também Cencosud, Grupo Pereira-Comper, Grupo DB e Yamada) atendeu à maioria dos critérios levantados.
Segundo Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Carrefour, a rede tinha, desde 2010, um compromisso com o desmatamento legal zero, quando foram identificados os fornecedores de carne em todo o País e foi suspensa a compra daqueles localizados em áreas mais críticas de desmatamento. (Exame – 26/08/2016)
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ANAL FARMA
Profarma vira aposta do mercado após rali de 180% da Raia A ação da Raia Drogasil, maior rede de farmácias do Brasil, teve o melhor desempenho do mercado nos últimos dois anos, mas é uma de suas concorrentes que oferece a maior perspectiva de ganhos, na opinião dos investidores. A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos teve um crescimento de mais de 24 por cento nos lucros anuais entre 2012 e 2015. Em 2013, a companhia, que era apenas distribuidora de medicamentos, adotou a mesma estratégia da Raia Drogasil de abrir lojas físicas. Assim, a Profarma, que tem sede no Rio de Janeiro, deverá registrar uma elevação adicional de 22 por cento em seus resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) neste ano, segundo Guilherme Assis, analista do banco de investimento Brasil Plural. As redes de farmácias estão mostrando resiliência em
meio à crise econômica brasileira. Tanto a Profarma quanto a Raia Drogasil continuam expandindo seus pontos de venda mesmo com a desaceleração da atividade pelo segundo ano consecutivo. Depois de ficar abaixo do desempenho das ações da rival Raia Drogasil em 2015, neste ano os papéis da Profarma acumulam alta de 112 por cento, ante 69 por cento da Raia. Além disso, com uma relação entre preço da ação e lucro estimado que é hoje metade da apresentada pela Raia Drogasil, a Profarma mostra mais espaço para crescer, diz Adeodato Volpi Netto, chefe de mercado de capitais da Eleven Financial Research. “A Profarma está inteligentemente alterando seu modelo de negócios para focar no varejo, abrindo lojas em cidades onde o consumo de medicamentos é
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maior”, disse Volpi Netto em entrevista em São Paulo. “A estratégia é positiva para o negócio de distribuição de remédios também, pois não precisa imobilizar muito do seu caixa em estoque”. Os três analistas que cobrem a Profarma recomendam a compra da ação. Entre os 16 que acompanham a Raia Drogasil, sete lhe dão a mais alta recomendação e o restante recomenda manter. A Raia Drogasil acumula alta de 180 por cento nos últimos dois anos, desempenho que contrasta com a queda de 25 por cento da Profarma no mesmo período. (Exame – 24/08/2016)
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ERCADO
Jogos Olímpicos impulsionaram o fluxo de lojas no Rio de Janeiro Um estudo especial divulgado pela Virtual Gate, empresa especializada na contagem e análise de fluxo de clientes em pontos de venda, registrou um aumento de fluxo nas lojas do varejo carioca, impactados principalmente pela realização do evento esportivo. Tomando como base seu indicador de mercado, ICV (Índice de Consumidores no Varejo), onde são monitorados o tráfego de mais de 1.200 lojas em todo o país, foi possível perceber um descolamento especial do varejo carioca a partir da semana antecedente à cerimônia de abertura, iniciando-se a partir da segunda-feira (08/08), com picos de aumentos de até 10% no comparativo com a média nacional. Curiosamente, logo após o encerramento das Olimpíadas, no último Domingo (21/08), os números de fluxo retomaram
a patamares similares à média nacional a partir da segundafeira (22/08). No acumulado, considerando como período sazonal os últimos 21 dias, a diferença entre o média de fluxo do varejo carioca e a média de fluxo do varejo nacional foi de 5,4%. De acordo com Samuel Macedo, gerente de indicadores da Virtual Gate: “O aumento de turistas, devido ao evento, foi preponderante para o descolamento de variação de fluxo do Rio de Janeiro em relação a base nacional e até mesmo a região sudeste”, destaca. Mesmo com o aumento de fluxo proporcionado pelos Jogos Olímpicos, o varejo carioca ainda registrou uma queda de 7,6% no comparativo com o mesmo período no ano passado. Na opinião de Heloísa Cranchi, diretora geral da Virtual Gate: “O consumidor
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ainda anda cauteloso, e o baixo resultado do Dia dos Pais, pode ter influenciado nesse resultado”, avalia. O ICV (Índice de Consumidores do Varejo) foi desenvolvido para medir o desempenho do fluxo de clientes/consumidores durante períodos específicos. O cálculo foi realizado a partir da variação percentual do fluxo médio diário de cada mês das lojas comparáveis. Na base analisada constam mais de 1200 pontos de medições (lojas). A análise adota a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, na sua versão mais atual. (O Negócio do Varejo – 26/08/2016)
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ERCADO
57% da população brasileira usa smartphone, diz estudo Nove em cada dez brasileiros já tem um celular, sendo que 57% da população possui smartphone. Um ano atrás eram 49%, informa a Kantar Worldpanel Comtech. Os números revelam que ainda há um mercado a ser explorado, mesmo com a crise econômica. “A posse (de smartphone) é muito mais alta nas classes mais altas”, diz Danielle Rossi, gerente de contas da Kantar e responsável pela pesquisa. “Em contrapartida, vemos uma redução nos números de linhas fixas. Mesmo na classe D e E perdemos dez pontos percentuais em linha fixa desde 2009”. Em 2009, 27% dos usuários da classe D/E tinham linha fixa, isso caiu para 17% em 2015. Por outro lado, os celulares já alcançam 91% desses consumidores, ganhando em seis anos 18 pontos percentuais. Na classe C as linhas fixas caíram 52% para 38% e os celulares subiram
de 80% para 94%. Na camada mais alta da população, classe A/B, as linhas fixas caíram de 80% para 68%, e os smartphones cresceram de 91% para 95%. Além do crescimento de linha móveis ante fixas, o uso do Wi-Fi também cresceu. Com um aumento de 40 pontos percentuais, o Wi-Fi teve 62% de penetração. Como consequência, o gasto médio do brasileiro com telefonia (ARPU) caiu entre os usuários de smartphones, de R$ 63,54 no segundo trimestre de 2014 para R$ 57,65 no mesmo período de 2016. Por outro lado, surpreendentemente, houve crescimento no ARPU entre os clientes de feature phones, que subiu de R$ 45,83 para R$ 47,31. Os donos de handsets com valores entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil passaram de 8,5% em 2014 para 13,7% no segundo trimestre de 2016; aqueles
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com aparelhos acima de R$ 1,5 mil passaram de de 4,5% para 8,2%. E smartphones entre R$ 500 e R$ 1 mil ainda dominam, com 81% do mercado. A análise da Kantar demonstra que o 4G passou de 7,7% de penetração em dezembro de 2015 no Brasil para 13,5% em junho de 2016. Já o 3G mudou de 46,6% para 48,7%. A pesquisa da Kantar se baseia em dados de 27 mil pessoas que representam um universo de 140 milhões de brasileiros, aproximadamente 70% da população do País e 90% de seus consumidores ativos. Com foco no mercado nacional, ela demonstra que “marca” é o principal diferencial para 43% dos usuários que querem comprar um smartphone, seguido por design 19%. Em feature phones, os usuários pedem por celulares mais fáceis de usar (23%) e com preços baixos (19%). (Exame – 26/08/2016)
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ERCADO
Eataly negocia aporte Bernardo Ouro Preto e Victor Leal donos de uma fatia de 40% da loja Eataly, localizada na capital paulista, estão avançando nas negociações com o Catterton, fundo norte-americano. A ideia dos brasileiros, que também são donos da rede St Marche (SP), é vender um pedaço de sua participação por meio da holding Ominus Participações. De acordo com informações que circulam no mercado, pode ser negociada até a metade da posição dos sócios.
Não faz parte das conversas a participação do fundador italiano da rede italiana, Oscar Farinetti, na operação brasileira. Ele tem 60% do Eataly, dividido com outros investidores estrangeiros. A transação deve envolver também a segunda unidade do Eataly no País, que será instalada na capital paulista. O novo espaço deve ficar na esquina da avenida Paulista com a alameda Campinas. A marca opera uma unidade na zona sul de São Paulo desde o
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ano passado. Recentemente, circulou no mercado a informação de que a empresa de private equity SouthRock Capital estaria comprando uma fatia do St Marche e do Eataly, mas segundo uma fonte, a negociação está sendo feita apenas com o Catterton. O Eataly tem 33 lojas no mundo, e em novembro deve abrir nova unidade em Boston, nos Estados Unidos, e em Moscou, na Rússia (Supermercado Moderno – 24/08/2016)
29/08/2016
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Este informativo é destinado à comunidade de interesse
sobre varejo, formada por alunos, ex alunos, professores e
funcionários de empresas parceiras do Retail Lab, o laboratório de Varejo do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM. Produzido por:
Raphael Sparvoli João do Carmo
Coordenação:
Prof. Ricardo Pastore