Dental Press Journal of Orthodontics, V19, n3 May/Jun

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Volume 19, Number 3, May / June 2014 / Portuguese version

Official Journal of the Brazilian Association of Orthodontics and Facial Orthopedics Official Journal of the Brazilian Board of Orthodontics



Volume 19, Number 3, May / June 2014 / Portuguese version

Official Journal of the Brazilian Association of Orthodontics and Facial Orthopedics Official Journal of the Brazilian Board of Orthodontics

Dental Press J Orthod. 2014 May/June;19(3):1-160

ISSN 2176-9451


Dental Press Journal of Orthodontics - Qualis / CAPES: B2 - Interdisciplinar B2 - Enfermagem B3 - Odontologia B3 - Saúde Coletiva

Indexação:

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desde 1998

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desde 1998

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desde 2002

desde 2008

desde 2008

desde 2009

Dental Press Journal of Orthodontics v. 1, n. 1 (set./out. 1996) - . -- Maringá : Dental Press International, 1996 Bimestral ISSN 2176-9451 1. Ortodontia - Periódico. I. Dental Press International. CDD 617.643005


Faculdade de Itauna - MG - Brasil

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Ortodontia

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Clarice Nishio

Eduardo C. Almada Santos

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Marco Rosa

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David Sarver

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Orlando M. Tanaka Oswaldo V. Vilella Patricia Valeria Milanezi Alves Paul Mjor Paula Vanessa P. Oltramari-Navarro

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Renata C. F. R. de Castro

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Periodontia

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin

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Renato Parsekian Martins Ricardo Machado Cruz

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Ricardo Moresca

UFPR - PR - Brasil UFJF - MG - Brasil

Robert W. Farinazzo Vitral

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Roberto Hideo Shimizu

Univ. Tecn. do México - México

Roberto Justus

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Maurício G. Araújo Mário Taba Jr.

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Prótese Marco Antonio Bottino

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Sávio R. Lemos Prado

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Bioquímica e Cariologia Marília Afonso Rabelo Buzalaf Soraya Coelho Leal

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Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana Laudimar Alves de Oliveira Liogi Iwaki Filho Waldemar Daudt Polido

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O Dental Press Journal of Orthodontics (ISSN 2176-9451) é continuação da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (ISSN 1415-5419).

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Dental Press Journal of Orthodontics Official Journal of the Brazilian Association of Orthodontics and Facial Orthopedics Volume 19 . Number 3 . May-June 2014

Official Journal of the Brazilian Board of Orthodontics

Seções

Editorial

Entrevista

15

26

A má oclusão no umbigo do rio Xingu

Uma entrevista com Mark G. Hans

David Normando

Orthodontics Highlights

Caso Clínico BBO

17

127

Destaques da literatura ortodôntica mundial

Má oclusão de Classe I de Angle com biprotrusão severa tratada com extrações dos primeiros pré-molares

Matheus Melo Pithon

Ricardo Moresca

Insight Ortodôntico

Tópico Especial

20

139

Mini-implantes e miniplacas geram ancoragens subabsoluta e absoluta

Do braquete convencional ao autoligável: é possível agregar a experiência com o primeiro à prática do segundo?

Alberto Consolaro

Anderson Capistrano, Aldir Cordeiro, Danilo Furquim Siqueira, Leopoldino Capelozza Filho, Mauricio de Almeida Cardoso, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin

Ortodontia Baseada em Evidência

24 O controle do falso-positivo em pesquisas e suas repercussões clínicas Rafael Simas, Felipe Maestri, David Normando


Dental Press Journal of Orthodontics Official Journal of the Brazilian Association of Orthodontics and Facial Orthopedics Volume 19 . Number 3 . May-June 2014

Official Journal of the Brazilian Board of Orthodontics

Artigos

36

90

Alterações imediatas da tábua óssea alveolar induzidas pela expansão rápida maxilar em pacientes na dentição mista: achados tomográficos

Torques de inserção versus resistência mecânica de mini-implantes inseridos em corticais de diferentes espessuras

Daniela Gamba Garib, Maria Helena Ocké Menezes,

Renata de Faria Santos, Antonio Carlos de Oliveira Ruellas,

Omar Gabriel da Silva Filho, Patricia Bittencourt Dutra dos Santos

Daniel Jogaib Fernandes, Carlos Nelson Elias

44

95

Efeitos cefalométricos do distalizador Jones Jig seguido de uso de aparelho fixo no tratamento da má oclusão de Classe II Mayara Paim Patel, José Fernando Castanha Henriques,

Efeito do bochecho com clorexidina a 0,12% na redução de bactérias em aerossóis durante a profilaxia dentária em pacientes sob tratamento ortodôntico fixo

Karina Maria Salvatore de Freitas, Roberto Henrique da Costa Grec

Isis Rodrigues Menezes dos Santos, Ana Cristina Azevedo Moreira, Myrela Galvão Cardoso Costa, Marcelo de Castellucci e Barbosa

52 Assimetria mandibular: uma proposta de análise radiográfica com software de domínio público

102

Alexandre Durval Lemos, Cintia Regina Tornisiello Katz,

Desconforto associado a aparelhos ortodônticos fixos: fatores determinantes e influência sobre a qualidade de vida

Mônica Vilela Heimer, Aronita Rosenblatt

Leandro Silva Marques, Saul Martins Paiva, Raquel Gonçalves Vieira-Andrade, Luciano José Pereira, Maria Letícia Ramos-Jorge

59 Associação entre gengivite e aumento de volume gengival anterior em sujeitos com aparelho ortodôntico fixo

108

Fabricio Batistin Zanatta, Thiago Machado Ardenghi, Raquel Pippi Antoniazzi,

Morfologia facial: qual é sua relação com a mordida aberta anterior e o hábito de sucção não nutritiva na dentadura decídua?

Tatiana Militz Perrone Pinto, Cassiano Kuchenbecker Rösing

Melissa Proença Nogueira Fialho, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino, Rodrigo Proença Nogueira, Júlio de Araújo Gurgel

67 Imunolocalização de FGF-2 e VEGF no ligamento periodontal de ratos submetidos à movimentação ortodôntica experimental Milene Freitas Lima Salomão, Sílvia Regina de Almeida Reis, Vera Lúcia Costa Vale, Cintia de Vasconcellos Machado, Roberto Meyer, Ivana Lucia Oliveira Nascimento

114 Comparação da resistência ao atrito entre braquetes autoligáveis e braquetes convencionais amarrados por meio de ligaduras elastoméricas e amarrilhos metálicos em fios ortodônticos Vanessa Vieira Leite, Murilo Baena Lopes, Alcides Gonini Júnior,

75

Marcio Rodrigues de Almeida, Sandra Kiss Moura, Renato Rodrigues de Almeida

Alterações no relacionamento esquelético e dentário da má oclusão de Classe II, divisão 1, após expansão rápida da maxila: um estudo prospectivo

120

Carolina Baratieri, Matheus Alves Jr, Ana Maria Bolognese,

A insatisfação com a aparência dentofacial e a necessidade normativa de tratamento ortodôntico: fatores determinantes

Matilde C. G. Nojima, Lincoln I. Nojima

Anderson Barbosa de Almeida, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Camilo Aquino Melgaço, Leandro Silva Marques

82 Estudo comparativo do atrito entre braquetes autoligáveis interativos metálicos e convencionais em diferentes condições de alinhamento Sérgio Ricardo Jakob, Davison Matheus, Maria Cristina Jimenez-Pellegrin, Cecília Pedroso Turssi, Flávia Lucisano Botelho do Amaral


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Todo momento alegre conta com um sorriso. E cada sorriso pode contar com a ABOR. Há 20 anos, a Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR) organiza, apoia e qualifica os profissionais da área de ortodontia e ortopedia facial. Desta forma, defende tanto os interesses da classe quanto os do cliente final. Isto porque, com a ABOR, você recebe a atenção e o respeito que merece.

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2014 AS ESPECIALIDADES SE ENCONTRAM AQUI!

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A Apoio

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de 30 de julho a 1 de agosto de 2014

Data limite para inscrição de trabalhos:

Hotel Boulevard - Londrina/PR

16 de junho de 2014

O Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria é uma entidade cujo objetivo principal é congregar os professores de ambas as áreas, trabalhando pela sistematização e aprimoramento do ensino e da pesquisa, bem como pelo desenvolvimento dessas especialidades.

Ao longo de 45 anos de história, o Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria tem acompanhado a evolução da Odontologia brasileira. Em 2014, no período de 30 de julho a 1 de agosto, o Hotel Boulevard, em Londrina/PR, sediará o 45º encontro do Grupo, quando importantes questões, relacionadas ao ensino e à pesquisa das especialidades, serão debatidas.

Mais informações no site: www.grupo.odo.br

Fotografia: Gilyard Santos

45º Encontro do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria


editorial

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.015-016.edt

A má oclusão no umbigo do rio Xingu

crânios de populações antepassadas, obtidos por meio de escavações, e estudos de cunho epidemiológico em populações primitivas e/ou isoladas; 4) estudos em gêmeos humanos. Tais observações têm dado sustentação à determinação do meio ambiente na etiologia da má oclusão. A questão não é tão simplista e deve ser descortinada, pressupondo-se que uma determinada má oclusão provavelmente tenha mecanismos etiológicos diferentes de outra alteração oclusal. O fato do óbvio poder estar oculto intriga uma geração de ortodontistas inquietos, pois, se estivermos repetindo os mesmos erros da Oncologia — o de reprimir o olhar micro (para o núcleo e o DNA) —, poderemos pagar caro por um progresso torpe. Na mesma linha do raciocínio de Begg, resolvi instigar o imenso monólito da arquitetura ortodôntica, tentando reproduzir o achado dele, agora sob um olhar micro: o DNA. Optei por estudar a população indígena da Amazônia brasileira3,4, nos mesmos moldes de Begg, e embarquei pela exuberância do Xingu, carregando a genética em meu alforje. Inicialmente, deve-se entender que, entre as populações de ameríndios (índios americanos), a formação de novas aldeias é um evento frequentemente observado, seja por um mecanismo de fissão (divisão) ou fusão (união). Logo, é fácil entender que essa mistura contribui para o aumento da variação genética entre as populações indígenas, compensando, assim, a baixa variação intratribal5. Assim, ao contrário do que se imagina, os grupos indígenas são, geneticamente, bastante distintos entre si, apesar de os indivíduos da mesma aldeia terem traços semelhantes. Estaria aí a oportunidade para melhor responder a minha inquietação com o tema? Assim sendo, botei as botinas de indigenista e o alforge de pesquisador e, tal como um Begg, agora disfarçado na brasilidade de um Villas-Bôas, aproei minha montaria para o Xingu, entre os anos de 2009 e 2010. A região possui dezenas de aldeias de grupos indígenas de nove etnias diferentes. Trata-se, portanto, de uma das mais altas diversidades étnicas da nossa espécie no mundo. Na primeira viagem, tivemos contato com dois grupos da etnia Arara. Logo, duas populações genéticas bastante diferentes. Uma investigação antropológica sobre os Arara6 reportou que os indivíduos que formam a aldeia Arara-Iriri compõem uma única unidade familiar e seriam todos descendentes de um único casal que, segundo relatos históricos, teria sido expulso de um grupo ancestral denominado Arara-Laranjal. O processo de separação teria ocorrido entre os

“E aquilo que nesse momento se revelará aos povos, Surpreenderá a todos, não por ser exótico, Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto Quando terá sido o óbvio.” – Caetano Veloso, da música “Um índio” –

A sensação de estar convivendo com, e tratando, uma doença de alta prevalência, sem conhecer sua origem, é inquietante. Faz-nos relembrar de quando drogas pesadas eram utilizadas para tratamento do câncer, sem o conhecimento da sua origem genética — sem se saber que tudo estava ali, no núcleo da célula, no DNA. Logicamente, isso custou perdas de tempo e vidas. Mas, quando os oncologistas resolveram encontrar os geneticistas enclausurados em laboratórios, viajando para o núcleo da célula, o salto foi para medalha de ouro, e a Oncogenética, essa nova ciência, ganhou espaço nas primeiras cadeiras dos congressos de Oncologia. A despeito de milhões de pessoas no mundo realizarem tratamento ortodôntico, ainda não se tem uma nítida imagem sobre as causas da má oclusão. Trata-se de um paradoxo para o mundo contemporâneo, que ruge pela evidenciação de fatos. Pior ainda é saber que painéis sobre esse tema (a má oclusão) nos eventos ortodônticos suscitam um interesse infinitamente menor do que as apresentações sobre novos materiais e novas técnicas de tratamento. Estaríamos caminhando para o mesmo abismo da Medicina, uma ciência que não perdoa retardos? Tudo começou com Begg2, em 1954, ao examinar crânios de aborígenes australianos. Ele definiu que a má oclusão seria “uma doença da civilização moderna”, ocasionada pelo desgaste dos dentes. Entender seus achados é entender essa reluzente história que influenciou os princípios da Ortodontia, dando subsídios à necessidade da extração de dentes permanentes, para criar espaço na arcada dentária, compensatoriamente à ausência dos desgastes interproximais. A questão é que os conceitos de Begg extrapolaram o aspecto tecnicista, e isso inquieta muita gente, como diria Omar Gabriel. Numa análise macro, é marcante a influência dessa teoria na sustentação de que o meio ambiente é a causa principal da ocorrência da má oclusão e, mais especificamente, do apinhamento dentário. A teoria de Begg suscita, até hoje, discussão, e essa questão tem sido debatida sob quatro modelos de investigação: 1) experimentos em modelos animais; 2) a análise de

Normando D. Malocclusion at the navel of the Xingu river. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):15-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.015-016.edt © 2014 Dental Press Journal of Orthodontics

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Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):15-6


orthodontics highlights

Matheus Melo Pithon*

De acordo com Halicioglu et al.1, nenhum estudo objetivou avaliar essas modalidades de tratamento tendo como alvo esse grupo etário. Dessa maneira, esses autores desenvolveram um estudo avaliando os efeitos da protração maxilar (isolada e associada à disjunção palatina) no tratamento de pacientes adultos jovens com maxila retrognata (Fig. 1). Os resultados revelaram que a disjunção palatina prévia à tração maxilar com máscara facial não aumenta seu efeito em indivíduos adultos jovens. Esses resultados são importantes, uma vez que se poderia iniciar o quanto antes o uso da máscara, sem necessidade de disjunção maxilar prévia, aproveitando os últimos meses de crescimento do complexo maxilomandibular. Outro aspecto importante é a redução do desconforto causado pela disjunção maxilar.

É possível obter protração maxilar com máscara facial sem se realizar disjunção palatina prévia O tratamento da má oclusão de Classe III consitui um dos maiores desafios na clínica ortodôntica. Na atualidade, o tratamento de escolha para essa má oclusão, quando em fase de crescimento, é a disjunção maxilar seguida da tração reversa com máscara facial. Segundo a literatura, a idade de 7 a 8 anos seria a ideal para se iniciar o tratamento. Nessa idade consegue-se maior efeito ortopédico do que dentário. No entanto, nem sempre os pacientes encontram-se nessa idade ideal. Em pacientes adultos, qual seria o método ideal para tratamento? Disjunção e protração da maxila, como em pacientes mais jovens, ou apenas protração usando máscara facial?

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Como citar esta seção: Pithon MM. Orthodontics highlights. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):17-9.

Enviado em: 3 de março de 2014 - Revisado e aceito: 10 de abril de 2014 Professor de Ortodontia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestre e Doutor em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

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© 2014 Dental Press Journal of Orthodontics

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4

Figura 1 - Medidas utilizadas: A) angulares e B) lineares. (Fonte: Halicioglu et al.1, 2014).

9 B0

Endereço para correspondência: Matheus Melo Pithon Av. Otávio Santos, 395 – Sala 705 – Vitória da Conquista/BA – CEP: 45020-750 E-mail: matheuspithon@gmail.com

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Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):17-9


insight ortodôntico

Mini-implantes e miniplacas geram ancoragens subabsoluta e absoluta Alberto Consolaro1 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.020-023.oin

Uma demanda funcional sobre o osso promove alterações na forma espacial da rede de osteócitos e seus prolongamentos, distribuídos uniformemente na estrutura mineralizada. A partir da deformação espacial captada, os osteócitos comandam a necessidade de adaptações estruturais, formando osso em novas áreas e reabsorvendo em outras, para que sejam atendidas as demandas funcionais. O endósteo e o periósteo são os verdadeiros efetores desses estímulos osteocíticos adaptativos, nas superfícies internas e externas. As alterações de forma, volume e posição dos ossos maxilares, nas correções esqueléticas da maxila e mandíbula, requerem uma ancoragem para que a remodelação óssea redefina a morfologia, a estética e as funções, a partir de deformações espaciais dirigidas por aparelhos. Verificar o grau de alterações na forma, volume e relações estruturais das áreas onde se fixaram os mini-implantes e as miniplacas poderá levar à classificação dos mini-implantes como dispositivos de ancoragem subabsoluta e as miniplacas, como de ancoragem absoluta. Palavras-chave: Miniplacas. Mini-implantes. Osteócitos. Mecanotransdução. Periósteo. Ortopedia.

As células possuem um citoesqueleto proteico responsável pela manutenção tridimensional da forma celular normal, assim como pelos movimentos e migrações. As proteínas citoesqueléticas podem ser classificadas, de acordo com seu peso molecular e estrutura espacial, em: microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermediários. Em todos os sistemas corporais, o equilíbrio propiciado pela anulação intrínseca de todas as suas forças tem como resultado uma força igual a zero, e recebe o nome de tensigridade. A forma de uma célula tende a ser sempre a mesma, como resultado do equilíbrio de forças internas e externas, em função de uma contrapartida ou anulação mútua das mesmas. A esse estado de equilíbrio ou estabilidade dá-se o nome de tensigridade celular.

Quando a tensigridade é perdida, pela compressão do citoesqueleto, esse tende, como qualquer outro sistema natural, a voltar ao seu estado anterior, mas estimulando um conjunto de eventos com essa finalidade. A liberação de mediadores químicos para induzir fenômenos celulares e teciduais, em si mesmo ou ao seu redor, faz parte do processo pelo qual as células tendem a restabelecer a sua tensigridade. A tensigridade determina a forma estável, a morfologia padrão de um objeto ou sistema, especialmente de uma célula. A quebra da tensigridade modifica a permeabilidade da membrana celular e resulta na ativação de vias metabólicas intracelulares, com liberação de substâncias que atuam como mediadores capazes de induzir fenômenos

Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP e da Pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP.

Como citar este artigo: Consolaro A. Mini-implants and miniplates generate sub-absolute and absolute anchorage. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):20-3. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.020-023.oin

1

Enviado em: 10 de abril de 2014 - Revisado e aceito: 07 de maio de 2014

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

© 2014 Dental Press Journal of Orthodontics

Endereço para correspondência: Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br

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Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):20-3


Ortodontia Baseada em Evidência

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.024-025.ebo

O controle do falso-positivo em pesquisas e suas repercussões clínicas Rafael Simas1, Felipe Maestri2, David Normando3

Toda análise estatística é, em verdade, uma análise de erros. O teste estatístico não define se os seus resultados são confiáveis ou não, ele apenas quantifica a probabilidade de erro ao realizarmos uma conclusão1. Ao ler os artigos publicados nesta revista, e em tantas outras, você encontrará um valor de p. Por exemplo, no artigo de Garib et al.2, são descritos, em uma tabela, os valores de p para uma variável, em dois momentos distintos: esse valor de p, também conhecido como falso-positivo1, indica a probabilidade de erro ao se afirmar que existe diferença entre o antes e o após a expansão. Ao realizar uma pesquisa, sempre incorremos na chance de algum erro. Um dos motivos é porque não estamos examinando toda a população, mas apenas parte dela, uma amostra. Por isso, ao comparar duas amostras tratadas de formas diferentes, com o objetivo de identificar o tratamento mais eficiente, sempre teremos alguma chance da nossa conclusão estar errada. Portanto, quanto menor o valor de p, menor será a chance de erro e, consequentemente, maior será a nossa certeza ao afirmarmos que o tratamento ‘A’ é mais eficiente que o ‘B’. Mas como controlar o erro falso-positivo? Inicialmente, devemos decidir o nível de significância (α) que pretendemos estabelecer. Na Odontologia, costumamos assumir uma probabilidade de, no máximo, 5% de chance de erro (α = 5%). Entretanto, em um determinado estudo, ao ampliarmos o número de comparações, aumentamos a chance de algum resultado ocorrer por mero acaso, e, assim, encontrarmos um resultado falso-positivo. Veja, por exemplo, os jogos de loteria. As chances de ganharmos são pequenas, muito menores que 5%. Entretanto, quanto mais cartões

jogamos, aumentamos as nossas chances de ganhar. Nos testes estatísticos, podemos observar a inflação do falso-positivo, de acordo com a Tabela 1, em que o número de comparações é diretamente proporcional ao número de falsos-positivos. Dessa maneira, quando fazemos diversas comparações utilizando um teste estatístico simples, aumentamos, sobremaneira, as chances de obter um resultado falso-positivo. Pode-se observar, na Tabela 1, que a chance de um falso-positivo caso realizemos 10 comparações é de 40%. Assim, ajustes são necessários para mantermos o nível de erro predeterminado, em 5%. Um procedimento utilizado para corrigir o falso-positivo é a correção de Bonferroni, que consiste em dividir o nível de significância pelo número de comparações realizadas3. Suponha que você realizou a análise comparativa de 5 variáveis cefalométricas entre dois grupos, usando um teste t independente. Ao dividir o nível alfa adotado inicialmente (0,05, ou 5%) por 5, seu novo nível de erro será ajustado para 0,01, ou 1%. Então, as diferenças serão consideradas significativas se o valor de p encontrado for menor ou igual a 0,01. No entanto, o procedimento de

Como citar esta seção: Simas R, Maestri F, Normando D. Controlling false positive rates in research and its clinical implications Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):24-5. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.024-025.ebo

Enviado em: 5 de março de 2014 - Revisado e aceito: 20 de março de 2014

Tabela 1. Número de comparações (testes) e a inflação do falso-positivo. # testes

FW

0,05

0,05

3

0,05

0,14 0,26

6

0,05

10

0,05

0,4

15

0,05

0,54

= 1 - (1 - pc)c fw C = # de comparações,

pc

é o erro tipo I (0,05).

Endereço para correspondência: Rafael Simas David Normando Rua Boaventura da Silva, 567-Ap. 1201. CEP 66055-090 - Belém-PA E-mail: davidnormando@hotmail.com

Mestrando em Odontologia, Universidade Federal do Pará. Especialista em Ortodontia pela ABO-Regional Sul do Maranhão. 3 Professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará. 1 2

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Valor de

1

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entrevista

uma entrevista com

Mark G. Hans » Graduado pela Faculdade de Odontologia da Case Western Reserve University, EUA. » Mestre em Ortodontia, Case Western Reserve University, EUA. » Chefe do Departamento de Ortodontia, Case Western Reserve University, EUA. » Diretor do Bolton-Brush Growth Study Center, Case Western Reserve University, EUA. » Diplomado pelo American Board of Orthodontics. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.026-035.int

É uma grande honra conduzir esta entrevista com o professor Mark G. Hans, após acompanhar seu notável trabalho frente ao Bolton-Brush Growth Study Center e ao Departamento de Ortodontia da prestigiosa Faculdade de Odontologia da Case Western Reserve University (CWRU), em Cleveland, Ohio, EUA. Natural de Berea, cidade localizada no estado norte-americano de Ohio, o professor Mark Hans cursou Bacharelado em Química na Yale University, em New Haven, CT, EUA. Em seguida, Dr. Hans graduou-se em Odontologia e recebeu seu título de Mestre em Ortodontia pela Case Western Reserve University. Durante sua formação, sua dissertação de mestrado recebeu o prêmio Harry Sicher, pela melhor pesquisa conduzida por um estudante de Ortodontia, bem como lhe garantiu uma bolsa de estudos, dita Presidential Teaching Fellowship. Tendo sido um dos mais jovens doutores diplomados pelo American Board of Orthodontics, Dr. Hans ainda mantém sua certificação. Ele tem se envolvido, academicamente, com pesquisas que contemplam diferentes áreas de interesse, entre as quais podemos citar: demografia da prática ortodôntica, dados radiográficos digitais, genética dentária e craniofacial, bem como Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono — tendo publicações de destaque nessas áreas. Uma de suas contribuições mais notáveis à literatura ortodôntica se deu em coautoria com o Dr. Donald Enlow, no livro Essentials of facial growth, uma referência no estudo do crescimento e desenvolvimento craniofacial. A carreira acadêmica do Dr. Mark Hans está intimamente vinculada à CWRU, reconhecida como o renomado berço da pesquisa sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial, onde o tradicional Bolton-Brush Growth Study foi historicamente desenvolvido. Atualmente, Dr. Hans é diretor do Bolton-Brush Growth Study Center e desempenha, com grande habilidade e dedicação, a função de controlar a maior amostra longitudinal para o estudo do crescimento ósseo. Ele é diretor associado, professor e chefe do departamento de Ortodontia, e exerce atividades práticas e teóricas com os alunos do curso de graduação da Faculdade de Odontologia e os residentes do Departamento de Ortodontia da CWRU. Parte de sua prática clínica exercida na universidade é dedicada ao tratamento de anomalias craniofaciais e pacientes com necessidades especiais. Prof. Mark Hans tem, desde 2008, conduzido com sabedoria o Joint Cephalometric Experts Group (JCEG), realizado na CWRU. Coordena uma equipe de pesquisadores e clínicos americanos, asiáticos, brasileiros e europeus que trabalham na transição da cefalometria 2D para recursos 3D com a tomografia computadorizada de feixe cônico e modelos tridimensionais — utilizados para o diagnóstico, plano de tratamento e avaliação dos resultados ortodônticos. Dr. Hans viaja para diferentes países ministrando cursos e palestras em suas áreas de interesse. Além disso, mantém sua prática em sua clínica particular de Ortodontia, onde coordena todas as atividades, com especial habilidade e desenvoltura. Casado com Susan, têm dois filhos, Thomas e Jack, e uma filha, Sarah. Gosta de tocar jazz guitar para seus amigos e familiares.

Matilde da Cunha Gonçalves Nojima

Como citar esta seção: Hans MG. An interview with Mark G. Hans. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):26-35. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/21769451.19.3.026-035.int - Enviado em: 05 de fevereiro de 2014 - Revisado e aceito: 27 de fevereiro de 2014

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entrevista

Hans MG

do corpo da mandíbula, na faixa de 6 a 7mm. Logo após, vieram as afirmações falsas de que as más oclusões causariam disfunções temporomandibulares. E, finalmente, a recente discussão sobre o papel do tamanho e forma da mandíbula na Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. O segundo motivo que me leva a admirar a mandíbula é sua complexidade anatômica (Fig. 2). Quando leciono aos meus alunos sobre a mandíbula, gosto de dividi-la em cinco áreas, com base em suas funções: 1) os côndilos, com a função primária de articulação; 2) os processos coronoides, com a função primária de inserção do músculo temporal; 3) o corpo da mandíbula, com a função primária de conectar os lados direito e esquerdo da mandíbula, como uma estrutura rígida; 4) os alvéolos, com a função primária de sustentar a dentição; 5) os ramos, com a função primária de proporcionar compensações

tanto na dimensão vertical quanto horizontal, garantindo a oclusão dos molares dentro de seus 6mm, para toda a humanidade. Finalmente, gosto da mandíbula porque temos muito a aprender sobre os processos de controle envolvidos em seu crescimento. Por fim, gostaria de dizer aos leitores que todos os tratamentos ortodônticos/ ortopédicos de pacientes em crescimento estimulam o crescimento mandibular, ao menos um pouco. Refiro-me a essa estimulação não específica do crescimento mandibular como o “efeito fertilizante”.

Ana Maria Bolognese

» Membro do Bolton-Brush Growth Study Center, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. » Diretor da Fundação de Pesquisa Maxilofacial/ Japão.

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» Mestre e Doutora em Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. » Pós-doutorado em Biologia Oral, Northwestern University, EUA. » Professora Titular, Departamento de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Lincoln Issamu Nojima » Mestre e Doutor em Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. » Pós-doutorado em Ortodontia, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. Bolsa Capes nº 0906/11-6. » Professor Adjunto, Departamento de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. » Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. » Professor Visitante, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA.

Juan Martin Palomo » Especialista e Mestre em Ortodontia, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. » Diretor do Programa de Pós-graduação em Ortodontia, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. » Diretor do Craniofacial Imaging Center, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. » Diplomado pelo American Board of Orthodontics. » Diretor do Grupo de Biologia Craniofacial da International Association for Dental Research (IADR).

Matilde da Cunha Gonçalves Nojima » Mestre e Doutora em Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. » Pós-doutorado em Ortodontia, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA. Bolsa Capes nº 1540/11-4. » Professora Adjunta, Departamento de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. » Professora Visitante, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA.

Kunihiko Miyashita » Especialista em Cirurgia, Nihon University, Japão. » Especialista e Mestre em Ortodontia, University of California, Los Angeles, EUA. » Doutor em Anatomia, Nihon University, Tóquio, Japão. » Professor Colaborador, University of California, EUA. » Professor Adjunto, Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, EUA.

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1.

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artigo inédito

Alterações imediatas da tábua óssea alveolar induzidas pela expansão rápida maxilar em pacientes na dentição mista: achados tomográficos Daniela Gamba Garib1, Maria Helena Ocké Menezes2, Omar Gabriel da Silva Filho3, Patricia Bittencourt Dutra dos Santos4 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.036-043.oar

Objetivo: o presente estudo teve como objetivo avaliar alterações das tábuas ósseas vestibulares e linguais decorrentes da expansão rápida da maxila (ERM), em pacientes na dentição mista, por meio de tomografia computadorizada (TC). Métodos: a amostra foi constituída por exames de TC helicoidal, realizados de 22 pacientes com dentição mista, dos 6 aos 9 anos de idade (média de 8,1 anos), com atresia maxilar, tratados com expansores do tipo Haas. Os pacientes foram submetidos a tomografia computadorizada helicoidal antes da expansão e após o período de ativação de parafuso expansor, com 30 dias de intervalo entre as fases T1 e T2. A reconstrução multiplanar foi usada para medir a espessura da tábua óssea vestibular e lingual e a altura da crista óssea alveolar dos dentes posteriores decíduos e dos dentes permanentes. As alterações induzidas pela expansão foram avaliadas usando o teste t pareado (p < 0,05). Resultados: a espessura das tábuas ósseas vestibular e lingual dos dentes posteriores permaneceu inalterada durante o período de expansão, com exceção dos segundos molares decíduos, que mostraram uma ligeira redução da espessura do osso na região distal. Deiscências ósseas vestibulares não foram observadas nos dentes de suporte após a expansão. Conclusão: a ERM, realizada na dentição mista, não produziu efeitos imediatos indesejáveis sobre os tecidos ósseos periodontais. Palavras-chave: Técnica de expansão palatina. Periodonto. Tomografia computadorizada espiral.

» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

Como citar este artigo: Garib DG, Menezes MHO, Silva Filho OG, Santos PBD. Immediate periodontal bone plate changes induced by rapid maxillary expansion in the early mixed dentition: CT findings. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):36-43. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.036043.oar Enviado em: 10 de abril de 2012 - Revisado e aceito: 30 de agosto de 2012

Livre-docente em Odontologia, FOB-USP. 2 Mestre em Ortodontia, UNICID. 3 Mestre em Ortodontia, UNESP. 4 Doutoranda em Ciências Odontológicas Aplicadas, FOB-USP. 1

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Daniela Gamba Garib Faculdade de Odontologia de Bauru – Al. Octávio Pinheiro de Brisola 9-75 CEP: 17.012-901 – Bauru/SP – E-mail: dgarib@uol.com.br

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artigo inédito

Garib DG, Menezes MHO, Silva Filho OG, Santos PBD

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artigo inédito

Efeitos cefalométricos do distalizador Jones Jig seguido de uso de aparelho fixo no tratamento da má oclusão de Classe II Mayara Paim Patel1, José Fernando Castanha Henriques2, Karina Maria Salvatore de Freitas3, Roberto Henrique da Costa Grec4

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.044-051.oar

Objetivo: a proposta desse estudo foi avaliar cefalometricamente os efeitos esqueléticos e dentoalveolares do tratamento da má oclusão de Classe II com o distalizador Jones jig, seguido do uso do aparelho fixo corretivo. Métodos: a amostra constituiu de 25 pacientes com má oclusão de Classe II, tratados com o distalizador Jones Jig, seguido do uso de aparelho fixo corretivo, com média de idade inicial de 12,90 anos. O tempo médio de tratamento ortodôntico total foi de 3,89 anos. A fase de distalização durou 0,85 anos, e a fase de aparelho fixo pós-distalização foi de 3,04 anos. Foram utilizadas as telerradiografias nos tempos inicial (T1), pós-distalização (T2) e final do aparelho fixo (T3). Para comparação intragrupo nos três tempos avaliados, foram utilizados os testes ANOVA dependente e de Tukey. Resultados: os resultados demonstraram que o Jones Jig não interferiu no componente maxilar e mandibular, e não promoveu alterações na relação maxilomandibular. O Jones Jig promoveu distalização dos primeiros molares, com perda de ancoragem, mesialização e extrusão significativa dos primeiros e segundos pré-molares, e aumento significativo da altura facial anteroinferior ao final do tratamento. A maioria dos efeitos adversos ocorridos na fase de distalização intrabucal são posteriormente corrigidos durante a mecânica corretiva. Verificou-se vestibularização e protrusão dos incisivos inferiores. Ao final do tratamento, foi observada a correção dos trespasses horizontal e vertical. Conclusões: o distalizador Jones Jig promoveu a distalização dos primeiros molares, com perda de ancoragem, representada pela mesialização e extrusão significativa dos primeiros e segundos pré-molares, e aumento significativo da altura facial anteroinferior. Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe II. Ortodontia corretiva. Movimentação dentária.

Como citar este artigo: Patel MP, Henriques JFC, Freitas KMS, Grec RHC. Cephalometric effects of the Jones Jig appliance followed by fixed appliances in Class II malocclusion treatment. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):44-51. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.044-051.oar

Doutora em Ortodontia, FOB-USP. Professora, curso de Especialização, UNIES e ICOS-CIODONTO. 2 Livre-docente em Ortodontia, USP. Professor Titular, disciplina de Ortodontia, FOB-USP. 3 Pós-doutora em Ortodontia, Universidade de Toronto. Professora, curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração Ortodontia, UNINGÁ. 4 Doutorando em Ortodontia, FOB-USP. 1

Enviado em: 08 de dezembro de 2012 - Revisado e aceito: 26 de maio de 2013 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Karina Maria Salvatore de Freitas Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. Rua Jamil Gebara 1-25, Apto 111 – CEP: 17017-150 E-mail: mayarapaim@hotmail.com

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artigo inédito

Patel MP, Henriques JFC, Freitas KMS, Grec RHC

relacionada à verticalização dos incisivos superiores e à vestibularização dos incisivos inferiores, como descrito anteriormente; já a correção do trespasse vertical esteve provavelmente relacionada à extrusão de primeiros e segundos pré-molares e primeiros e segundos molares, como relatado anteriormente. Brickman, Sinha e Nanda9 observaram um aumento de 0,45mm no trespasse horizontal e uma diminuição de 1,28mm no trespasse vertical durante a distalização dos molares superiores, sendo que a alteração do trespasse horizontal, de acordo com esses autores, esteve relacionada à mesialização dos pré-molares superiores e à inclinação vestibular dos incisivos superiores, tal como relatado em outros estudos que avaliaram distalizadores intrabucais12,13,16,20.

CONCLUSÕES Os resultados demonstraram que o Jones Jig não interferiu no componente maxilar e mandibular e não promoveu alterações na relação maxilomandibular. O Jones jig promoveu distalização dos primeiros molares, com perda de ancoragem, mesialização e extrusão significativa dos primeiros e segundos pré-molares, e aumento significativo da altura facial anteroinferior ao final do tratamento. A maioria dos efeitos adversos ocorridos na fase de distalização intrabucal são posteriormente corrigidos durante a mecânica corretiva. Verificou-se certa vestibularização e protrusão dos incisivos inferiores. Ao final do tratamento, foi observada a correção dos trespasses horizontal e vertical.

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artigo inédito

Assimetria mandibular: uma proposta de análise radiográfica com software de domínio público Alexandre Durval Lemos1, Cintia Regina Tornisiello Katz2, Mônica Vilela Heimer2, Aronita Rosenblatt3

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.052-058.oar

Objetivo: esse estudo preliminar teve como objetivo propor uma nova análise de radiografias panorâmicas digitais para o diagnóstico diferencial entre a assimetria mandibular funcional e morfológica em crianças com e sem mordida cruzada unilateral posterior. Métodos: a análise se baseia em medições lineares e angulares, tomadas a partir de nove pontos anatômicos, demarcados em sequência, diretamente nas imagens digitais. Um plugin específico foi desenvolvido para automatizar e facilitar as medições, como parte integrante de um software de processamento de imagem de domínio público (ImageJ). Para maior acurácia, uma vez que as radiografias panorâmicas são sujeitas a distorções entre os lados direito e esquerdo, as medidas lineares horizontais foram ajustadas em ambos os lados, utilizando-se o Fator de Distorção (DF). A fim de fornecer uma avaliação preliminar da análise proposta e do plugin desenvolvido, radiografias de 10 pacientes (5 com mordida cruzada unilateral posterior e 5 com oclusão normal) foram analisadas. Resultados: divergência considerável foi encontrada entre os lados direito e esquerdo nas medições do comprimento do corpo da mandíbula, bem como a posição dos côndilos, em pacientes com mordida cruzada posterior, em comparação a indivíduos com oclusão normal. Conclusão: apesar de existirem métodos mais eficazes e precisos de diagnóstico, a radiografia panorâmica ainda é muito difundida, especialmente em países emergentes. Esse estudo apresentou evidência preliminar de que a análise proposta pode ser um recurso importante para o planejamento de intervenção ortodôntica precoce, de modo a evitar progressão das assimetrias e suas consequências. Palavras-chave: Radiografia panorâmica. Diagnóstico por imagem. Mandíbula.

Como citar este artigo: Lemos AD, Katz CRT, Heimer MV, Rosenblatt A. Mandibular asymmetry: A proposal of radiographic analysis with public domain software. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):52-8. DOI: http://dx.doi. org/10.1590/2176-9451.19.3.052-058.oar

Professor Adjunto, Departamento de Odontologia, UEPB. 2 Professora Adjunta, Departamento de Odontologia Social, UPE. 3 Professora Titular, Departamento de Odontologia Social, UPE. 1

Enviado em: 16 de janeiro de 2013 - Revisado e aceito: 08 de junho de 2013 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Alexandre Durval Lemos Rua Afonso Campos, 48 – Sl.216 – Centro – Campina Grande/PB CEP: 58400-235 – E-mail: adurval@ibest.com.br

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artigo inédito

Assimetria mandibular: uma proposta de análise radiográfica com software de domínio público

vertical e angular em pacientes com e sem mordida cruzada posterior, permitindo o diagnóstico diferencial entre assimetria mandibular morfológica e funcional. Por fim, essa ferramenta de fácil execução e de domínio público sugere ser um recurso importante para o planejamento de intervenção ortodôntica precoce para evitar a progressão das assimetrias e suas consequências.

diagnóstico mais eficazes e precisos, como tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), a radiografia panorâmica ainda é muito difundida29, especialmente em países emergentes. CONCLUSÕES A análise aqui proposta tem a vantagem de avaliar, simultaneamente, medidas mandibulares horizontal,

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artigo inédito

Associação entre gengivite e aumento de volume gengival anterior em sujeitos com aparelho ortodôntico fixo Fabricio Batistin Zanatta1, Thiago Machado Ardenghi1, Raquel Pippi Antoniazzi2, Tatiana Militz Perrone Pinto2, Cassiano Kuchenbecker Rösing3

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.059-066.oar

Objetivo: o objetivo desse estudo foi verificar a associação entre volume gengival (AG) com condições periodontais e características sócio-demográficas em sujeitos com aparelho ortodônticos fixo. Métodos: uma amostra, de 330 participantes com aparelho ortodôntico fixo, por pelo menos seis meses, foi examinada, por um único examinador calibrado, para os índices de placa e gengivais, profundidade de sondagem, nível de inserção clínico e aumento de volume gengival. O status socioeconômico, tempo com aparelho ortodôntico fixo e uso de fio dental foram verificados por entrevista oral. A verificação das associações foi realizada por meio de modelos de regressão de Poisson sem ajuste e ajustados. Resultados: a presença de sangramento gengival (RR 1.01; 95% IC 1.00-1.01) e o excesso de resina em torno dos braquetes (RR 1.02; 95% IC 1.02-1.03) foram associadas a um aumento do AG. Não foram encontradas associações entre características sócio-demográficas e AG. Conclusão: sangramento gengival proximal na região anterior e excesso de resina no entorno dos braquetes estão associados a níveis mais altos de aumento de volume gengival na região anterior em sujeitos com aparelho ortodôntico fixo. Palavras-chave: Epidemiologia. Ortodontia. Gengivite. Aumento gengival.

» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Como citar este artigo: Zanatta FB, Ardenghi TM, Antoniazzi RP, Pinto TMP, Rösing CK. Association between gingivitis and anterior gingival enlargement in subjects undergoing fixed orthodontic treatment. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):59-66. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.059-066.oar

Professor Adjunto, Departamento de Estomatologia, UFSM. Professor, UNIFRA. 3 Pós-doutor em Periodontia, Universidade de Oslo. Professor Adjunto, UFRGS. 1 2

Enviado em: 22 de setembro de 2012 - Revisado e aceito: 08 de abril de 2013 Endereço para correspondência: Tatiana Militz Perrone Pinto Rua Roberto Holtermann, 314 – Medianeira – Santa Maria/RS. CEP: 97.015-570 – E-mail: tatimilitz@hotmail.com

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artigo inédito

Zanatta FB, Ardenghi TM, Antoniazzi RP, Pinto TMP, Rösing CK

Uma publicação recente21, usando uma amostra de usuários de aparelho ortodôntico fixo, demonstrou que o AGE traz um impacto na qualidade de vida relacionada às condições bucais (OHRQoL). Assim, a prevenção e/ou tratamento do AGE pode contribuir para melhorar a OHRQoL em pacientes ortodônticos. De acordo com nossos resultados, sangramento gengival proximal anterior e excesso de resina no entorno dos braquetes estão associados com maiores níveis de aumento de volume gengival na região anterior. Entretanto, outros estudos são necessários para entender melhor se a prevenção de gengivite e uma colagem dos braquetes sem excesso podem resultar na diminuição da prevalência ou mesmo da severidade do aumento gengival em pacientes ortodônticos.

Não há estudos verificando a associação entre AGE com condições clínicas e socioeconômicas em indivíduos com aparelho ortodôntico fixo usando análise multivariada para controlar confundidores. Sob essa perspectiva, nosso estudo apresenta uma informação nova. Adicionalmente, a regressão de Poisson com variância robusta foi usada para estimar a razão de prevalência (RP), a qual é mais fácil de interpretar que o Odds Ratio (OR). Para o AGE, com prevalência maior que 50%, o OR poderia superestimar a RP32. É importante enfatizar que nosso estudo apresenta um delineamento transversal, que hipotetiza relações entre o desfecho e as variáveis preditoras, sem estabelecer relações causais. Essa é uma limitação da presente pesquisa. Contudo, estudos transversais são importantes para identificar indicadores que possam ser incluídos em estudos longitudinais ou experimentais. Nossa pesquisa envolveu 330 pacientes ortodônticos de um programa de especialização em Ortodontia. Essa amostra de conveniência limita a validade externa de nossos achados para uma população maior. Entretanto, nossa estratégia analítica e a presença de poder adequado fortaleceram as hipóteses avaliadas no presente estudo. Evidências mostram que o aumento de volume gengival é associado a alterações estéticas e, em casos mais severos, a problemas mastigatórios e fonéticos7.

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Conclusões O aumento de volume gengival está associado com inflamação gengival e excesso de resina ao redor dos braquetes. Agradecimentos Os autores gostariam de agradecer aos voluntários que participaram do presente estudo, bem como à UNINGÁ-SM, por permitir o uso de suas clínicas para a pesquisa.

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artigo inédito

Associação entre gengivite e aumento de volume gengival anterior em sujeitos com aparelho ortodôntico fixo

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artigo inédito

Imunolocalização de FGF-2 e VEGF no ligamento periodontal de ratos submetidos à movimentação ortodôntica experimental Milene Freitas Lima Salomão1, Sílvia Regina de Almeida Reis2, Vera Lúcia Costa Vale3, Cintia de Vasconcellos Machado4, Roberto Meyer5, Ivana Lucia Oliveira Nascimento6 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.067-074.oar

Objetivo: o objetivo desse estudo foi identificar a expressão do fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF-2) e do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) nos lados de tensão e pressão do ligamento periodontal de ratos, durante movimento ortodôntico experimental, em diferentes períodos de tempo. Métodos: uma força ortodôntica de 0,5N foi aplicada no primeiro molar superior direito de 18 ratos Wistar machos, por períodos de 3 (grupo I), 7 (grupo II) e 14 dias (grupo III). O primeiro molar do lado oposto foi utilizado como controle. Os animais foram sacrificados nos períodos de tempo mencionados, sendo a arcada superior removida e fixada. Após a desmineralização, os espécimes foram processados histologicamente e embebidos em parafina. A expressão do FGF-2 e do VEGF foram estudadas por meio de análise imuno-histoquímica. Resultados: o ligamento periodontal dos dentes submetidos à movimentação ortodôntica mostraram maior expressão tanto de FGF-2 quanto de VEGF, em todos os grupos experimentais, quando comparados com os dentes do lado controle (p < 0,05). Diferenças estatisticamente significativas entre os lados de tensão e pressão também foram encontradas nos dentes submetidos à movimentação ortodôntica. Conclusões: tanto o FGF-2 quanto o VEGF são expressos no tecido periodontal de ratos, e esses fatores de crescimento são aumentados quando forças ortodônticas são aplicadas, sugerindo que esses desempenham um papel importante na reorganização do periodonto durante o movimento ortodôntico. Palavras-chave: Ligamento periodontal. Ortodontia. Fator A de crescimento do endotélio vascular. Fator 1 de crescimento de fibroblastos.

Como citar este artigo: Salomão MFL, Reis SRA, Vale VLC, Machado CV, Meyer R, Nascimento ILO. Immunolocalization of FGF-2 and VEGF in rat periodontal ligament during experimental tooth movement. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):67-74. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/21769451.19.3.067-074.oar

Mestre em Imunologia, UFBA. Professora Assistente, curso de Odontologia, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 2 Doutora em Odontologia, Universidade Livre de Berlim. Professora Adjunta, curso de Odontologia, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 3 Pós-doutora em Imunologia, UFBA. Professora Titular, Universidade do Estado da Bahia. 4 Doutora em Imunologia, UFBA. Professora Visitante, ABO-BA. 5 Doutor em Imunologia, UFBA. Professor Adjunto de Imunologia, Universidade Federal da Bahia. 6 Doutor em Imunologia, UFBA. Professora Associada de Imunologia, Universidade Federal da Bahia. 1

» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Cíntia de Vasconcellos Machado Rua Marechal Floriano, 354/701 – Canela – Salvador/BA CEP: 40110-010 – E-mail: cintiamachado@hotmail.com

Enviado em: 01 de outubro de 2012 Revisado e aceito: 20 de janeiro de 2013

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artigo inédito

Salomão MFL, Reis SRA, Vale VLC, Machado CV, Meyer R, Nascimento ILO

na cicatrização do tecido, por meio da promoção de angiogênese e da indução do desenvolvimento de células imaturas do ligamento periodontal, acelerando, assim, a regeneração deste tecido24,31. Além disso, parece que há um ótimo nível de força de compressão para a produção de VEGF pelas células do ligamento periodontal, e, quando essa força é excessiva, há uma diminuição da produção desse fator de crescimento23.

por meio de propriedades biológicas como a permeabilidade vascular e a quimiotaxia, pode “abastecer” os tecidos degenerados com diferentes tipos de células, tais como fibroblastos, macrófagos e células gigantes multinucleadas23. No lado de tensão, houve uma expressão moderada de VEGF nas células do ligamento periodontal, embora um aumento da expressão dessa molécula tenha sido observado ao longo dos três períodos experimentais. Isso é consistente com a demonstração da expressão de VEGF em osteoblastos no lado de tensão de incisivos de ratos submetidos à movimentação ortodôntica e o predomínio de formação óssea alveolar, característica dessa região16,22. A expressão constitutiva de VEGF pode contribuir para a homeostase do ligamento periodontal por meio da regulação da circulação sanguínea e do metabolismo ósseo23. No presente estudo, o aumento da expressão de FGF-2 durante os primeiros dias de movimentação ortodôntica experimental, em comparação com o VEGF, pode estar relacionado aos eventos celulares observados na fase inicial da resposta inflamatória do tecido, resultante da força ortodôntica aplicada ao dente. A geração de um processo inflamatório agudo, característica do movimento ortodôntico, pode ser responsável pela secreção de FGF-220,26,30. Esse fator de crescimento é considerado o mitógeno mais potente para células periodontais, e pode ser importante

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CONCLUSÃO O presente estudo demonstrou que alterações importantes ocorrem no ligamento periodontal de ratos durante o movimento ortodôntico experimental, onde a aposição óssea no lado de tensão e a reabsorção no lado de pressão são os principais eventos. A expressão de FGF-2 e VEGF apresentou-se aumentada durante o movimento ortodôntico experimental, assim como variou ao longo do tempo, estando esse fato relacionado com os processos de remodelação do ligamento periodontal. Os níveis de FGF-2 foram mais elevados do que os de VEGF durante os primeiros dias de movimentação ortodôntica, o que sugere um maior envolvimento dessa molécula na remodelação desse tecido. Além disso, a expressão desses fatores de crescimento a níveis basais nas áreas de controle do ligamento periodontal sugere uma produção constitutiva dessas moléculas pelas células nele presentes.

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Imunolocalização de FGF-2 e VEGF no ligamento periodontal de ratos submetidos à movimentação ortodôntica experimental

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artigo inédito

Alterações no relacionamento esquelético e dentário da má oclusão de Classe II, divisão 1, após expansão rápida da maxila: um estudo prospectivo Carolina Baratieri1, Matheus Alves Jr2, Ana Maria Bolognese3, Matilde C. G. Nojima4, Lincoln I. Nojima5

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.075-081.oar

Objetivo: avaliar, por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), as mudanças esqueléticas e dentárias, imediatas e após 6 meses de contenção, causadas pela expansão rápida da maxila (ERM) em pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1. Métodos: dezessete crianças com má oclusão de Classe II, divisão 1, e deficiência transversal da maxila, foram submetidas a ERM, de acordo com o protocolo proposto por Haas. TCFC foram realizadas antes da ERM (T1), imediatamente após a fase ativa (T2) e após 6 meses de contenção (T3). Alterações anteroposteriores (SNA, SNB, ANB, overjet e RM) e verticais (N-ANS, ANS-Me, N-Me e overbite) foram analisadas. Resultados: imediatamente após a ERM, enquanto a maxila se deslocou para frente, a mandíbula se movimentou para frente e para baixo, aumentando o overjet e diminuindo o overbite. Durante o período de contenção, a maxila retornou para posterior e a mandíbula deslocou em direção anterior, aumentando a altura facial anterior. Conclusão: a realização da ERM permitiu que a mandíbula se posicionasse mais anteriormente do que inferior durante o período de contenção, melhorando a relação molar de Classe II em 75% dos pacientes avaliados. Palavras-chave: Expansão palatal. Má oclusão Classe II de Angle. Estudo clínico.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Como citar este artigo: Baratieri C, Alves Jr M, Bolognese AM, Nojima MCG, Nojima LI. Changes in skeletal and dental relationship in Class II Division I malocclusion after rapid maxillary expansion: a prospective study. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):75-81. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/21769451.19.3.075-081.oar

Professora de Ortodontia, Universidade Federal de Santa Catarina. Doutorando em Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 3 Professora Titular de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 4 Professora de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 5 Professor de Ortodontia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1 2

Enviado em: 29 de janeiro de 2013 - Revisado e aceito: 05 de abril de 2013 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Lincoln Issamu Nojima Avenida Professor Rodolpho Paulo Rocco, 325 – Ilha do Fundão Rio de Janeiro/RJ – CEP: 21941-617 – E-mail: linojima@gmail.com

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Alterações no relacionamento esquelético e dentário da má oclusão de Classe II, divisão 1, após expansão rápida da maxila: um estudo prospectivo

diferentes respostas à mesma terapia. Alterações verticais, resultantes tanto da ERM ou do crescimento, podem limitar mudanças horizontais mandibulares e impedir o posicionamento anterior do mento28. O controle maxilar vertical durante a fase ativa e o período de contenção poderiam permitir maior reposicionamento anterior da mandíbula. O número de pacientes incluídos no presente estudo, embora suficiente para detectar mudanças estatisticamente significativas, provavelmente é insuficiente para generalizar os resultados para todas más oclusões de Classe II. Uma deficiência do presente estudo foi a falta de um grupo controle, porém, por razões éticas, não é possível diagnosticar a presença de deficiência transversal da maxila e não intervir. O uso rotineiro da TCFC não é recomendado para os procedimentos ortodônticos, já que imagens convencionais liberam menores taxas de radiação ao paciente. Contudo, alguns pacientes ortodônticos também necessitam de imagens da região temporomandibular, cefalométricas frontal e lateral, panorâmica, radiografias periapicais, oclusal ou bite-wing. Deve-se, então, considerar que a dose efetiva relacionada ao exame bucal radiográfico completo, como descrito por Gibbs8, somada às doses efetivas das radiografias panorâmica, cefalométrica lateral e periapical, seria semelhante, se não maior, do que a de uma TCFC (sem permitir, contudo, uma avaliação 3D). O presente estudo utilizou imagens de TCFC devido à avaliação em 3D também ter sido realizada para outras análises, sendo que alguns dados já foram publicados anteriormente10,11.

esqueléticas e dentárias. Isso foi comprovado pela diminuição do overjet, aumento do overbite e melhora da RM. No final do período de avaliação, as mudanças esqueléticas sagitais não foram significativamente diferentes quando comparadas aos dados iniciais, exceto para a dimensão vertical. Contudo, a relação de Classe II melhorou significativamente em 75% dos pacientes. Estudos avaliando a má oclusão de Classe II em pacientes não tratados determinaram que os padrões esqueléticos e dentários não se autocorrigem3,18, mas que até pioram19. Wending et al.20 observaram que alguns pacientes obtiveram uma correção espontânea da Classe II após a ERM, durante o período de contenção (6 a 12 meses), em casos de Classe II moderada. Recentemente, McNamara et al.21 observaram grande melhora (1,8mm) na RM depois da terapia de ERM em 81% dos casos dos pacientes Classe II, quando comparados aos pacientes controle não tratados (0,3mm). Não foram observadas mudanças estatisticamente significativas nas dimensões verticais imediatamente após a ERM. Isso difere de estudos anteriores, que utilizaram imagens cefalométricas5,22-25 e que relataram deslocamento inferior da maxila. Contudo, após o período de contenção, aumento significativo na altura facial anterossuperior foi observado em 81,25% dos pacientes examinados no presente estudo (N-ENA aumentou 1,06mm). Em contraste à fase ativa da ERM, o período de contenção é maior e crescimento vertical da maxila provavelmente ocorreu durante esse período26,27. É esperado que pacientes não tratados, de 9 anos de idade, tenham crescimento vertical da maxila de 1,5mm por ano, para meninos, e de 1,2mm, para meninas26. McNamara et al.21 observaram aumento na altura facial de 3,4mm no grupo submetido a ERM e de 4,2mm no grupo controle, durante um período de observação de 3,7 anos. Apesar do presente estudo avaliar somente pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1, a severidade da má oclusão não foi considerada (Tab. 2). A grande variabilidade do envolvimento esquelético pode precipitar

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CONCLUSÃO A utilização do aparelho expansor de Haas em pacientes com má oclusão de Classe II permitiu que a mandíbula se posicionasse significativamente mais anterior do que inferior durante o período de contenção, melhorando a relação molar de Classe II em 75% dos pacientes avaliados.

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artigo inédito

Estudo comparativo do atrito entre braquetes autoligáveis interativos metálicos e convencionais em diferentes condições de alinhamento Sérgio Ricardo Jakob1, Davison Matheus2, Maria Cristina Jimenez-Pellegrin3, Cecília Pedroso Turssi4, Flávia Lucisano Botelho do Amaral5

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.082-089.oar

Objetivo: o objetivo desse trabalho in vitro foi comparar o atrito entre três modelos de braquetes: Ovation (convencional, aço inoxidável); In-Ovation C (autoligável, cerâmico) e In-Ovation R (autoligável, aço inoxidável), todos do mesmo fabricante (Dentsply GAC). Métodos: para cada modelo, foram utilizados cinco braquetes, colados a um protótipo de alumínio, que permitiu a simulação de quatro situações (n = 10), sendo uma delas sem desalinhamento (com utilização de fio retangular de aço inoxidável, com espessuras de 0,019" x 0,025") e outras três com desalinhamento, sendo um horizontal, um vertical e outro simultaneamente combinando ambos (com utilização de fio de níquel-titânio com espessura de 0,016"). O atrito foi mensurado por uma máquina universal de ensaios. Resultados: os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Análise de Variância, complementado pelo teste de comparações múltiplas de Tukey (α = 0,05). Foi observada interação significativa entre os grupos (p < 0,01). Para os ensaios que simularam a fase inicial de alinhamento, realizada com fios de NiTi, o braquete Ovation foi o que produziu o maior atrito, e os dois modelos autoligáveis produziram resultados menores e semelhantes, exceto para o ensaio de desalinhamento horizontal, onde o In-Ovation C apresentou atrito menor do que o similar metálico In-Ovation R. Na fase em que o fechamento de espaço foi simulado, os mesmos resultados foram observados. Conclusão: pode-se concluir que o sistema de autoligável mostrou-se superior ao convencional, com elastômeros, por produzir menor atrito. Quanto ao material utilizado na confecção dos braquetes, o modelo cerâmico In-Ovation C apresentou menor atrito que os metálicos. Palavras-chave: Braquetes ortodônticos. Atrito. Estética.

Como citar este artigo: Jakob SR, Matheus D, Jimenez-Pellegrin MC, Turssi CP, Amaral FLB. Comparative study of friction between metallic and conventional interactive self-ligating brackets in different alignment conditions. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):82-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/21769451.19.3.082-089.oar

Doutor em Ortodontia, SLMandic. 2 DDS, MS, Departamento de Ortodontia, Instituto e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas, SP, Brasil. 3 Doutora em Ortodontia, USP. Professora Assistente, SLMandic. 4 Pós-doutora em Dentística, USP. Professora Assistente, SLMandic. 5 Doutora em Clínica Odontológica, SLMandic. Professora, SLMandic. 1

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Enviado em: 14 de fevereiro de 2013 - Revisado e aceito: 16 de agosto de 2013

Endereço para correspondência: Flávia Lucisano Botelho do Amaral Instituto e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic Rua José Rocha Junqueira, 13 – Swift – Campinas/SP CEP: 13045-755 – Email: flbamaral@gmail.com

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artigo inédito

Estudo comparativo do atrito entre braquetes autoligáveis interativos metálicos e convencionais em diferentes condições de alinhamento

do atrito quando da utilização do fio com espessura de 0,019" x 0,025", provavelmente porque não há folga do fio no interior da canaleta, como ocorreu com o fio de espessura de 0,016", o que mantém o atrito em valores similares ao In-Ovation R. Dessa forma, pode-se evidenciar que tanto o sistema de ligação escolhido quanto sua composição podem ter influência decisiva na movimentação dentária, seja nos movimentos horizontais ou verticais, comumente presentes no início do tratamento, no desalinhamento dentário, nas etapas de fechamento de espaços e durante a mecânica de deslizamento, uma vez que esses fatores apresentam interferência direta no atrito produzido.

recebe um banho de ródio34, a fim de proporcionar uma melhora estética, pois esse processo retira o brilho metálico característico, deixando-o opaco. De acordo com as instruções do fabricante, o banho de ródio aumenta a rigidez da liga de cobalto-cromo do clipe, devido à característica própria dessa liga quando submetida ao tratamento térmico. Devido a esse aumento de rigidez, especula-se a ocorrência de uma menor deflexão do clipe pelo fio. Assim, no desalinhamento horizontal, o fio de espessura de 0,016", por não defletir tanto o clipe, fica mais livre no interior da canaleta, diminuindo consideravelmente o atrito em comparação ao teste com o In-Ovation R. Voudouris et al.23 demonstraram que o menor atrito promovido pelo In-Ovation C pode ser atribuído pelo fato desse braquete ser confeccionado pelo sistema CIM (ceramic-injection-molded), o que lhe confere um slot mais liso, com aspecto vítreo. Heo e Baek35 observaram que o clipe do braquete In-Ovation C tem um formato mais curvo. Assim, as forças atuantes nesse braquete são mais baixas, gerando menor fricção. Todas essas hipóteses necessitam ser esclarecidas. É importante frisar que o atrito do desalinhamento vertical não sofreu grande alteração no In-Ovation C pelo enrijecimento do clipe. Outro resultado interessante também pode ser observado no alinhamento dos braquetes do protótipo. Observa-se significativo aumento

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Conclusão Pode-se concluir que: » O sistema de braquetes autoligáveis, representados no presente trabalho pelos modelos In-Ovation R e In-Ovation C, mostrou menor atrito em todos os níveis de alinhamento testados, em comparação com o sistema convencional, representado pelo braquete Ovation. » Entre os autoligáveis, o atrito foi semelhante entre os braquetes cerâmicos e metálicos, exceto nos desalinhamentos horizontal e horizontal/vertical simultâneos, nos quais o modelo cerâmico mostrou atrito significativamente menor.

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artigo inédito

Jakob SR, Matheus D, Jimenez-Pellegrin MC, Turssi CP, Amaral FLB

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artigo inédito

Torques de inserção versus resistência mecânica de mini-implantes inseridos em corticais de diferentes espessuras Renata de Faria Santos1, Antonio Carlos de Oliveira Ruellas2, Daniel Jogaib Fernandes3, Carlos Nelson Elias4

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.090-094.oar

Objetivos: os objetivos foram determinar os torques de inserção, a resistência mecânica à fratura da ponta e do perfil transmucoso de mini-implantes (MI) de uma marca comercial (Conexão Sistemas de Prótese), e analisar sua morfologia de superfície. Métodos: foram realizados testes mecânicos para medir o torque de inserção dos MI em corticais de diferentes espessuras, também foi avaliada a resistência à fratura da ponta e do perfil transmucoso. Antes e após os ensaios mecânicos, foi avaliada a superfície dos MI no microscópio eletrônico de varredura (MEV). Resultados: os valores de resistência à fratura dos MI (22,14N.cm2 e 54,95N.cm2) foram maiores e estatisticamente diferentes (p < 0,05) dos torques de inserção nas corticais de 1mm (7,60N.cm2) e de 2mm (13,27N.cm2). Entretanto, o valor do torque de inserção na cortical de 3mm (16,11N.cm2) e no osso denso (23,95N.cm2) foi estatisticamente semelhante (p > 0,05) ao torque de fratura da ponta do MI (22,14N.cm2). O torque de fratura do perfil transmucoso (54,95N.cm2) foi maior e estatisticamente diferente (p < 0,05) dos torques de inserção em qualquer uma das situações testadas. A análise em MEV mostrou que os MI, como recebidos e após os testes mecânicos, possuem superfícies lisas e sem marcas significativas oriundas do processo de fabricação. Conclusão: os MI avaliados apresentaram adequada morfologia da superfície. A resistência do MI foi compatível com a instalação em corticais de 1 e 2mm, porém, em cortical de 3mm e em ossos densos recomenda-se prévia perfuração com broca. Palavras-chave: Torque. Procedimentos de ancoragem ortodôntica. Materiais biomédicos e odontológicos.

Como citar este artigo: Santos RF, Ruellas ACO, Fernandes DJ, Elias CN. Insertion torque versus mechanical resistance of mini- implants inserted in different cortical thickness. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):90-4. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.090-094.oar

Mestranda em Ortodontia, UFRJ. Doutor em Odontologia e Professor Associado de Ortodontia, UFRJ. 3 Doutorando em Ciência dos Materiais, IME. 4 Doutor e Professor Adjunto de Ciência dos Materiais, IME. 1 2

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Antônio Carlos de Oliveira Ruellas Faculdade de Odontologia - Rua Prof Rodolpho Paulo Rocco, 325 Cidade Universitária. Rio de Janeiro, RJ. Cep: 21.941-617 E-mail: antonioruellas@yahoo.com.br

Enviado em: 10 de março de 2013 Revisado e aceito: 10 de maio de 2013

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artigo inédito

Torques de inserção versus resistência mecânica de mini-implantes inseridos em corticais de diferentes espessuras

da cabeça do MI) adapte-se justaposta ao tecido mole, sem provocar isquemia excessiva. O perfil transmucoso maior que a espessura do tecido mole fará com que a plataforma fique afastada desse, favorecendo acúmulo de placa bacteriana, deixando o MI em maior contato com bochecha ou lábio. Pode, também, induzir o profissional ao erro, o qual, no intuito de aproximar a plataforma do tecido mole, tentará inserir parte do perfil transmucoso no osso, aumentando excessivamente o torque de inserção e o risco de fratura. Um dos critérios para avaliar a possibilidade de aplicação da carga nos MI é por meio da estabilidade. Quanto maior a estabilidade inicial, maior é a segurança para a utilização dos MI na clínica. No presente trabalho, os valores dos torques de inserção foram maiores que os normalmente encontrados na literatura. Essa diferença pode ser associada à existência de minirroscas na região do MI que fica inserida na cortical. Os MI avaliados apresentam alteração de forma, reduzindo o passo dos filetes das roscas,

consequentemente aumentado o número de filetes e a área de contato osso-MI. O torque de remoção, embora não tenha sido avaliado, apresenta valor menor do que o de inserção. Chen et al.4 avaliaram torque de remoção de 46 MI removidos de pacientes e encontraram valores variando de 10,78 a 21,07Ncm2. Esses valores são inferiores aos dos torques de fratura dos MI avaliados no presente trabalho. Conclusão As superfícies dos mini-implantes com minirroscas apresentaram morfologia com acabamento adequado, sem sinais de deformação após inserção e remoção. A resistência à fratura do perfil transmucoso foi maior do que os valores de inserção nas diferentes situações testadas. A resistência da ponta do MI foi compatível com a instalação em corticais de 1 e 2mm, mas, na cortical de 3mm e em ossos densos, recomenda-se a prévia perfuração com broca.

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artigo inédito

Efeito do bochecho com clorexidina a 0,12% na redução de bactérias em aerossóis durante a profilaxia dentária em pacientes sob tratamento ortodôntico fixo Isis Rodrigues Menezes dos Santos1, Ana Cristina Azevedo Moreira2, Myrela Galvão Cardoso Costa3, Marcelo de Castellucci e Barbosa4

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.095-101.oar

Objetivo: avaliar, in vivo, se a utilização prévia do bochecho com clorexidina a 0,12% diminui a contaminação do ar gerada pelo jato de bicarbonato de sódio durante a profilaxia dentária. O estudo foi realizado com 23 pacientes, na faixa etária entre 10 e 40 anos, escolhidos aleatoriamente, que faziam uso de aparelho ortodôntico fixo. Métodos: o estudo foi dividido em duas fases (T1 e T2), com intervalo de 30 dias entre elas. Em ambas, foi realizada profilaxia dentária com jato de bicarbonato de sódio na arcada superior e inferior, durante quatro minutos. Em T1, 10 minutos antes do procedimento, os participantes realizaram bochecho com água destilada durante um minuto, e, em T2, o bochecho foi realizado com clorexidina a 0,12%. Amostras dos microrganismos foram coletadas em placas de ágar BHI para análise microbiológica, sendo duas placas posicionadas no profissional (a 10cm da boca) e uma terceira a 15cm da boca do paciente. Após a coleta, as placas foram incubadas por 48 horas a 37°C. O resultado foi expresso em número de unidades formadoras de colônias (UFC). Resultados: após análise estatística utilizando teste t de Student, teste de Wilconxon e teste de Kruskal-Wallis, observou-se que o bochecho prévio com clorexidina a 0,12% reduziu significativamente a média de UFC nas três posições estudadas (p < 0,001). Conclusão: os resultados permitem concluir que o bochecho prévio com clorexidina a 0,12% proporcionou uma redução estatisticamente significativa na contaminação gerada por meio do jato de bicarbonato de sódio durante a profilaxia dentária na clínica ortodôntica. Palavras-chave: Propelentes de aerossol. Efeitos da contaminação do ar. Clorexidina.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Como citar este artigo: Santos IRM, Moreira ACA, Costa MGC, Barbosa MC. Effect of 0.12% chlorhexidine in reducing microorganisms found in aerosol used for dental prophylaxis of pacients submitted to fixed orthodontic treatment. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):95-101. DOI: http://dx.doi. org/10.1590/2176-9451.19.3.095-101.oar

Graduada em Odontologia, UFS. Mestre em Microbiologia, UFMG. Professora Adjunta de Microbiologia Oral, UFBA. 3 Doutora em Odontologia, UERJ. Professora, curso de Especialização em Ortodontia, UFBA. 4 Doutorando em Odontologia, UFBA. Professor, curso de Especialização em Ortodontia, UFBA. 1 2

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Enviado em: 18 de março de 2013 - Revisado e aceito: 18 de agosto de 2013 Endereço para correspondência: Isis Rodrigues Menezes dos Santos Rua Permínio de Souza, 364 – Aracaju/SE CEP: 49055-530 – E-mail: isisrmsantos@yahoo.com.br

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artigo inédito

Desconforto associado a aparelhos ortodônticos fixos: fatores determinantes e influência sobre a qualidade de vida Leandro Silva Marques1, Saul Martins Paiva2, Raquel Gonçalves Vieira-Andrade3, Luciano José Pereira4, Maria Letícia Ramos-Jorge5

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.102-107.oar

Objetivo: investigar os fatores determinantes do desconforto atribuído ao uso do aparelho ortodôntico fixo e sua influência na qualidade de vida de adolescentes. Métodos: participaram desse estudo transversal 272 indivíduos, com idades entre 9 e 18 anos, estudantes de escolas públicas e privadas, que usavam aparelhos ortodônticos fixos (braquetes). Os participantes foram selecionados aleatoriamente, entre 62.496 indivíduos da mesma faixa etária. A coleta de dados foi feita em forma de entrevista e questionário. A intensidade do desconforto e variáveis biopsicossociais foram avaliadas por meio do Oral Impact on Daily Performance (OIDP). A autoestima foi determinada pela Global Negative Self-Evaluation (GSE). A análise estatística envolveu o teste qui-quadrado e a análise de regressão de Poisson, simples e múltipla. Resultados: embora a maioria dos indivíduos não apresentasse desconforto, observou-se uma prevalência de impacto na vida diária devido, exclusivamente, ao uso do aparelho ortodôntico fixo, de 15,9%. Variáveis idade de 15 a 18 anos [RP = 3,2 (IC 95% = 1,2-8,5)], dificuldade de falar [RP = 2,2 (IC 95% = 1,1-4,6)], dificuldade de limpar a boca [RP = 2,4 (IC95% = 1,2-4,8)] e mobilidade dos dentes [RP = 3,9 (IC 95% = 1,8-8,1)] permaneceram associadas, de forma independente, à maior prevalência de desconforto (p ≤ 05). Conclusões: desconforto associado ao uso de aparelhos ortodônticos fixos influenciou negativamente a qualidade de vida de adolescentes. Os fatores determinantes foram idade, dificuldade de limpar a boca, de falar e mobilidade dentária. Palavras-chave: Adolescente. Ortodontia. Qualidade de vida.

Como citar este artigo: Marques LS, Paiva SM, Vieira-Andrade RG, Pereira LJ, Ramos-Jorge ML. Discomfort associated with fixed orthodontic appliances: determinant factors and influence on quality of life. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):102-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.102-107.oar

Pós-doutor em Ortodontia, UFMG. Professor Adjunto, UFVJM. Pós-doutor em Odontologia, McGill University. Professor Titular, UFMG. 3 Doutoranda em Odontologia, UFMG. 4 Pós-doutor em Fisiologia, UNICAMP. Professor, UFLA. 5 Pós-doutora em Odontologia, UFMG. Professora, UFVJM. 1 2

Enviado em: 03 de abril de 2013 - Revisado e aceito: 31 de agosto de 2013 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Leandro Silva Marques Rua Arraial dos Forros, 215 – Diamantina/MG CEP: 39100-000 – Email: lsmarques.prof@gmail.com

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artigo inédito

Desconforto associado a aparelhos ortodônticos fixos: fatores determinantes e influência sobre a qualidade de vida

A percepção e intensidade do desconforto estão diretamente ligadas às características pessoais de cada paciente, tais como autoestima, autoconfiança, obediência, expectativas, percepção da estética dentária e da severidade da má oclusão4,16. A autoestima não influenciou a ocorrência de desconforto nesse estudo, entretanto, a literatura mostra evidências de que a autoconfiança de pacientes pode ser afetada por limitações na fala e visibilidade do aparelho, especialmente durante as interações sociais quando a atenção é focada na face, olhos e boca4. É notável que aqueles pacientes adolescentes cuja motivação para o tratamento ortodôntico é guiada, primariamente, pela percepção de sua própria aparência, sintam, durante o tratamento, ser ainda mais o centro das atenções por seus colegas e conhecidos8,15,16,17. Um achado interessante no presente estudo, e não esperado, foi a falta de associação entre dor e desconforto. O movimento do dente pelos aparelhos ortodônticos causa desconforto, e tem sido reportado que o medo da dor é um fator-chave para desencorajar um paciente a buscar o tratamento ortodôntico18. Por outro lado, a dor durante o tratamento com aparelhos fixos aumenta gradualmente das 4 até 24 horas após ajuste do aparelho, mas retorna ao normal até o sétimo dia2,19,20,21. Em outras palavras, pacientes podem se adaptar à dor e ao desconforto com a progressão do tratamento, uma vez que as sensações cessam ou pelo menos desaparecem de seu foco de atenção. Essa é uma possível explicação para os pacientes desse estudo não apontarem a dor como um fator que influenciou significativamente em sua qualidade de vida. Além disso, todos os pacientes participantes já estavam a pelo menos dois meses com o aparelho fixo instalado. Esse achado pode favorecer a conduta clínica de ortodontistas, uma vez que o futuro paciente deve ser informado sobre como e o quanto o tratamento ortodôntico pode influenciar seu bem-estar físico e psicológico. Outro aspecto relativo à dor é a magnitude de força associada ao arco ortodôntico, principalmente durante as fases iniciais do tratamento. Estudos histológicos clássicos sugerem que as forças suaves são biologicamente mais eficientes e menos traumáticas durante a movimentação ortodôntica12,16. Além disso, quanto maior o grau de apinhamento inicial, mais dentes vão estar ativamente incorporados pelo arco ortodôntico, e maior será o potencial para aumento da magnitude da força2.

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Pacientes mais jovens mostraram maior tolerância e adaptação ao desconforto causado pelo aparelho ortodôntico. Esse resultado é consistente com aqueles apresentados por alguns estudos3,20,21, porém, difere dos achados de outro estudo2. Diferenças podem estar relacionadas a aspectos culturais e desenhos de estudo. Dificuldade de limpar a boca, de falar e mobilidade dentária também foram fatores que afetaram negativamente a vida diária de usuários de aparelhos fixos participantes do presente estudo17. Esses achados mostram que o desconforto experimentado pelos usuários de aparelhos fixos não pode ser ignorado pelo ortodontista, e reforçam a necessidade de uma efetiva comunicação entre profissional e paciente. Fatores de confusão, como aftas, cárie e mau hálito, foram controlados. A variável dependente foi desconforto associado exclusivamente ao uso de aparelhos fixos. Indivíduos que relataram mais de um tipo de desconforto que não o uso do aparelho não foram inseridos no modelo estatístico. Novos estudos, principalmente de natureza prospectiva, são necessários para se conhecer quais são os estágios críticos, considerando a interferência negativa do uso do aparelho ortodôntico sobre a qualidade de vida dos indivíduos. Conclusão 1. Desconforto associado ao uso de aparelhos fixos influenciou negativamente a qualidade de vida de adolescentes. 2. Os fatores determinantes foram: idade, dificuldade de limpar a boca, de falar e mobilidade dentária.

Agradecimentos Os autores agradecem às agências de fomento brasileiras Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo suporte financeiro.

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Marques LS, Paiva SM, Vieira-Andrade RG, Pereira LJ, Ramos-Jorge ML

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artigo inédito

Morfologia facial: qual é sua relação com a mordida aberta anterior e o hábito de sucção não nutritiva na dentadura decídua? Melissa Proença Nogueira Fialho1, Célia Regina Maio Pinzan-Vercelino2, Rodrigo Proença Nogueira3, Júlio de Araújo Gurgel4

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.108-113.oar

Introdução: os hábitos de sucção não nutritiva podem causar alterações oclusais, como, por exemplo, a mordida aberta anterior (MAA). No entanto, nem todos os pacientes desenvolvem essa má oclusão. Sendo assim, a instalação da MAA não depende apenas da ocorrência do hábito. Objetivo: avaliar a possível associação entre hábito de sucção não nutritiva, mordida aberta anterior e morfologia facial. Métodos: foram selecionadas 176 crianças na fase de dentição decídua completa. Exames clínicos intra- e extrabucais foram realizados, e um questionário, com aspectos relacionados aos hábitos de sucção não nutritiva, foi aplicado aos responsáveis. Resultados: encontrou-se uma relação estatisticamente significativa entre as variáveis hábito de sucção não nutritiva e MAA. Entretanto, não houve associação desses fatores com a morfologia facial da criança. Conclusão: a presença dos hábitos de sucção não nutritiva tem associação para a determinação da má oclusão de MAA, independentemente do padrão facial morfológico na dentição decídua. Palavras-chave: Hábitos. Mordida aberta. Face. Dentição primária.

Como citar este artigo: Fialho MPN, Pinzan-Vercelino CRM, Nogueira RP, Gurgel JA. Relationship between facial morphology, anterior open bite and non-nutritive sucking habits during the primary dentition stage. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):108-13. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/21769451.19.3.108-113.oar

Mestre em Odontologia e Professora, Graduação em Odontologia, Universidade CEUMA. 2 Doutora em Ortodontia, USP. Professora Assistente, Departamento de Ortodontia, Universidade CEUMA. 3 Mestre em Odontologia, UFMA. Professor Assistente, Especialização em Dentística Restauradora, ABO-MA. 4 Pós-doutor em Ortodontia, The University of Texas Medical School at Houston. Professor Assistente, Departamento de Ortodontia, Universidade CEUMA. 1

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Célia Regina Maio Pinzan Vercelino Alameda dos Sabiás, 58 – Portal dos Pássaros – Boituva/SP CEP: 18550-000 – E-mail: cepinzan@hotmail.com

Enviado em: 03 de abril de 2013 - Revisado e aceito: 12 de agosto de 2013

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artigo inédito

Comparação da resistência ao atrito entre braquetes autoligáveis e braquetes convencionais amarrados por meio de ligaduras elastoméricas e amarrilhos metálicos em fios ortodônticos Vanessa Vieira Leite1, Murilo Baena Lopes2, Alcides Gonini Júnior3, Marcio Rodrigues de Almeida4, Sandra Kiss Moura5, Renato Rodrigues de Almeida6 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.114-119.oar

Objetivo: comparar a resistência ao atrito entre braquetes autoligáveis e braquetes convencionais, variando o tipo de fio. Métodos: foram usados braquetes incisivos Abzil Kirium Capelozza e Easy Clip. Uma ligadura elastomérica ou um fio ligável de 0,010" foi usado para ligação do fio no braquete Abzil. Três tipos de ligas de fio ortodôntico foram avaliadas: fio de NiTi de 0,016"; fio de NiTi de 0,016" x 0,022"; e fio de aço de 0,019" x 0,025". Dez observações foram feitas para cada combinação “braquete-fio-inclinação”. Os braquetes foram montados em um aparelho especial, posicionados a 90° em relação ao fio, e testados em duas inclinações. O teste de atrito foi realizado na máquina universal de ensaios, a 5mm/min e com 10mm de deslocamento. As médias (em MPa) foram submetidas aos testes ANOVA e de Tukey, a 5% de significância. As superfícies dos fios e dos braquetes foram observadas no MEV. Resultados: o braquete com amarrilhos metálicos (16,48 ± 8,31MPa) apresentou médias mais altas que o braquete com ligaduras elastoméricas (4,29 ± 2,16MPa) e o braquete autoligável (1,66 ± 1,57) (p < 0,05), os quais também diferiram entre si (p < 0,05). Quanto ao tipo do fio, o fio de aço de 0,019" x 0,025" (5,67 ± 3,97MPa) apresentou médias mais baixas (p < 0,05) que os fios de NiTi de 0,016" (8,26 ± 10,92MPa) e de 0,016" x 0,022" (8,51 ± 7,95), os quais não diferiram entre si (p > 0,05). Nenhuma diferença estatística (p > 0,05) foi encontrada entre inclinações de zero (7,76 ± 8,46) e cinco (7,19 ± 7,93) graus. Concluão: o atrito foi influenciado pelo tipo de braquete e sistemas de ligaduras. Diferentes aspectos morfológicos foram observados para os braquetes e fios estudados. Palavras-chave: Braquetes dentários. Fios. Atrito. Autoligáveis.

Como citar este artigo: Leite VV, Lopes MB, Gonini Júnior A, Almeida MR, Moura SK, Almeida RR. Comparison of frictional resistance between self-ligating and conventional brackets tied with elastomeric and metal ligature in orthodontic archwires. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):114-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.114-119.oar

Mestre em Ortodontia, UNOPAR. Professor, UNOPAR. 3 Doutor em Odontologia, USP. Professor, UNOPAR. 4 Professor Adjunto III de Odontologia, UNOPAR. 5 Doutora em Odontologia, USP. Professora, UNOPAR. 6 Livre Docente em Ortodontia, USP. Professor, UNOPAR. 1 2

Enviado em: 14 de abril de 2011 - Revisado e aceito: 14 de março de 2012 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Marcio Rodrigues de Almeida Avenida José Vicente Aiello, 7-70 – Bauru/SP CEP: 17053-082 – E-mail: marcioralmeida@uol.com.br

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artigo inédito

A insatisfação com a aparência dentofacial e a necessidade normativa de tratamento ortodôntico: fatores determinantes Anderson Barbosa de Almeida1, Isabel Cristina Gonçalves Leite2, Camilo Aquino Melgaço3, Leandro Silva Marques4

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.120-126.oar

Objetivo: o objetivo desse estudo foi avaliar a necessidade normativa de tratamento ortodôntico e os fatores que determinam o impacto subjetivo da má oclusão, em escolares brasileiros de 12 anos. Métodos: um total de 451 indivíduos (215 homens e 236 mulheres) foi selecionado aleatoriamente de escolas públicas e particulares de Juiz de Fora, Minas Gerais. Os dados coletados incluíam informações sociodemográficas e condições oclusais. O impacto estético subjetivo da má oclusão foi avaliado pelo Orthodontic Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS). A avaliação da má oclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico foram avaliadas pelo Dental Aesthetic Index (DAI) e pelo Index of Orthodontic Treatment Need-Aesthetic Component (IOTN-AC). Resultados: a prevalência da necessidade normativa de tratamento ortodôntico foi de 65,6% (n = 155) e a prevalência do impacto estético ortodôntico subjetivo foi de 14,9%. As seguintes variáveis mostraram associação significativa com impacto estético subjetivo da má oclusão: sexo feminino (p = 0,042, OR = 0,5, IC = 0,2-0,9); aluno de escola pública (p = 0,002, OR = 6,8, IC = 1,9-23,8); ≥ 4mm (p = 0,037, OR = 1,7; ICI = 1-3); e sorriso gengival ≥ 4mm (p = 0,008, OR = 3,4, IC = 1,3-8,8). Conclusão: a necessidade normativa de tratamento ortodôntico superestimou a necessidade percebida. Fatores oclusais e socioculturais influenciaram a insatisfação de escolares com a aparência dentofacial. Palavras-chave: Má oclusão. Ortodontia. Qualidade de vida.

Como citar este artigo: Almeida AB, Leite ICG, Melgaço CA, Marques LS. Dissatisfaction with dentofacial appearance and the normative need for orthodontic treatment: determinant factors. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):120-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.120-126.oar

Mestre em Saúde Coletiva, UFJF. Professor, ABO-Juiz de Fora. 2 Doutora em Saúde Pública, FIOCRUZ. Professora Adjunta, UFJF. 3 Doutor em Odontologia e Professor, UFMG. 4 Pós-doutor em Ortodontia, UFMG. Professor Adjunto, UFVJM. 1

Enviado em: 03 de abril de 2013 - Revisado e aceito: 08 de junho de 2013 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Camilo Aquino Melgaço Av. Álvares Cabral, 982 – sala 502 – Belo Horizonte/MG. CEP: 30.170-001 – E-mail: camiloaquino@ig.com.br

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Caso Clínico BBO

Má oclusão de Classe I de Angle com biprotrusão severa tratada com extrações dos primeiros pré-molares* Ricardo Moresca1

DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.127-138.bbo

A má oclusão de Classe I de Angle com biprotrusão é caracterizada pela inclinação acentuada dos incisivos para vestibular, o que provoca a protrusão dos lábios superior e inferior. As extrações dos primeiros pré-molares têm sido indicadas para reduzir a convexidade facial com a retração dos dentes anteriores, mantendo a relação de chave de oclusão dos caninos e dos primeiros molares. Para a obtenção de resultados compatíveis com as metas estéticas e cefalométricas idealizadas para o tratamento ortodôntico, é necessário que a fase de fechamento de espaços seja realizada com controle da sobremordida e do torque dos incisivos. Na maioria dos casos, também há necessidade de se proporcionar ancoragem máxima aos dentes posteriores. O presente caso clínico foi apresentado à Diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Diplomado pelo BBO. Palavras-chave: Má oclusão de Classe I de Angle. Fechamento de espaço ortodôntico. Procedimentos de ancoragem ortodôntica.

INtroduçÃO O presente relato se refere ao caso clínico de uma paciente, com 38 anos e 6 meses de idade, que procurou por tratamento ortodôntico com o objetivo de melhorar a estética facial e do sorriso. O levantamento da história médica não mostrou registros significativos, além de alergia ao iodo. Durante o exame

clínico, pode-se observar que, apesar de hábitos de higiene bucal adequados, havia predisposição ao acúmulo de cálculo, principalmente na região dos incisivos inferiores, e recessões gengivais generalizadas, inclusive nos incisivos centrais superiores. Existia relação funcional adequada da língua e da musculatura peribucal, associada a um padrão de respiração nasal.

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Como citar este artigo: Moresca R. Class I malocclusion with severe double protrusion treated with first premolars extraction. Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):127-38. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.127-138.bbo Enviado em: 3 de abril de 2014 - Revisado e aceito: 15 de abril de 2014

Relato de caso clínico aprovado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).

*

» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, radiografias ou outros exames imaginológicos e informações diagnósticas.

Doutor em Ortodontia pela FOUSP. Mestre em Ortodontia pela UMESP. Especialista em Ortodontia pela UFPR. Professor Adjunto de Ortodontia da UFPR. Professor Titular e Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Positivo. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

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Endereço para correspondência: Ricardo Moresca Av. Cândido de Abreu, 526, sala 1310-A, Centro Cívico CEP: 80.530-905, Curitiba/PR – E-mail: ricardo@moresca.com.br

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caso clínico BBO

Moresca R

M CR F

Vi

Vr

Figura 13 - Representação esquemática das forças geradas pela mecânica de deslizamento associada a mini-implantes: F = força gerada pelos tie-backs ativos; Vr = vetor horizontal de retração; Vi = vetor vertical de intrusão; M = momento de inclinação lingual sobre os incisivos, uma vez que F está passando abaixo do centro de resistência (CR) dos dentes anteriores.

Figura 14 - Efeito da força aplicada sobre o arco ortodôntico, durante a mecânica de deslizamento com utilização de mini-implantes.

importante com a utilização dos braquetes autoligáveis passivos, que apesentam menor eficiência na expressão do torque27. Cabe ressaltar que essa deflexão se estende, também, aos dentes posteriores, aumentando o atrito do fio com os tubos dos molares, o que pode levar ao movimento distal desses dentes. O posicionamento vertical dos mini-implantes pode variar de acordo com a intensidade desejada para o vetor de intrusão. Um posicionamento mais apical ou cervical vai proporcionar, respectivamente, maior ou menor vetor intrusivo sobre os dentes anteriores. Para evitar inclinação indesejada do plano oclusal na região anterior, é mandatório que os mini-implantes estejam na mesma altura, considerando-se os lados direito e esquerdo. É preciso também considerar que, utilizando os mini-implantes, o tempo necessário para o completo fechamento dos espaços pode ser um pouco maior, comparado

com o uso dos recursos tradicionais. A razão desse aumento pode ser o maior movimento realizado pelos dentes anteriores, uma vez que os dentes posteriores não contribuem para a redução dos espaços das extrações. Essa movimentação mais extensa dos incisivos também pode predispor a um maior risco de reabsorções radiculares14. Analisando os resultados obtidos no presente caso clínico e correlacionando-os com as informações obtidas na literatura ortodôntica, é possível concluir que a utilização da mecânica de deslizamento associada aos mini-implantes produziu efeitos favoráveis no tratamento da biprotrusão com extrações dos primeiros pré-molares. No entanto, o sucesso no tratamento esteve relacionado, prioritariamente, ao correto diagnóstico e planejamento do caso e à aplicação de princípios biomecânicos adequados à movimentação ortodôntica desejada.

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caso clínico BBO

Má oclusão de Classe I de Angle com biprotrusão severa tratada com extrações dos primeiros pré-molares

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tópico especial

Do braquete convencional ao autoligável: é possível agregar a experiência com o primeiro à prática do segundo? Anderson Capistrano1, Aldir Cordeiro2, Danilo Furquim Siqueira3, Leopoldino Capelozza Filho3, Mauricio de Almeida Cardoso3, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin3 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.139-157.sar

Introdução: a Ortodontia passa, como toda ciência, por constantes evoluções tecnológicas que buscam aumentar a efetividade da abordagem terapêutica, visando a diminuição do tempo de tratamento, o aumento do conforto para os pacientes, bem como a obtenção da tão almejada, e pouco alcançada, estabilidade em longo prazo. O estágio atual de desenvolvimento tecnológico da Ortodontia representa, ao que tudo indica, uma fase de transição entre os sistemas convencionais de ligação (com módulos elásticos) e os chamados autoligáveis. As evidências científicas nem sempre consubstanciam a clara percepção clínica das vantagens desse sistema, no que diz respeito a um menor tempo de alinhamento e nivelamento, uma relativa simplificação técnica, maior conforto para os pacientes, além do aumento da capacidade de tratamento sem extrações — embora essa indicação esteja mais ligada à avaliação do padrão morfológico facial, e menos a qualquer escolha técnica. Desde um passado recente e não menos brilhante, a Ortodontia vem utilizando a individualização de braquetes para tratamentos compensatórios, buscando aumentar a efetividade da abordagem terapêutica, com menores custos biológicos e menor tempo de tratamento. Objetivo: o presente artigo tem como objetivo apresentar um protocolo bem definido de melhor aproveitamento dessa fase de transição tecnológica, buscando explorar o que cada sistema tem de melhor, principalmente sob a óptica da redução do tempo de tratamento e aumento da capacidade de movimentação dentária compensatória em pacientes adultos. Especificamente, serão abordadas as más oclusões de Classe III compensáveis, usando o sistema de braquetes autoligáveis onde se deseja maior capacidade de movimento expansivo e protrusivo (arcada superior) e braquetes convencionais Prescrição III Capelozza® onde a manutenção da forma com mínima mudança (arcada inferior) é imprescindível para a obtenção dos resultados almejados. Palavras-chave: Braquetes ortodônticos. Má oclusão Classe III de Angle. Padrão facial.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Como citar este artigo: Capistrano A, Cordeiro A, Siqueira DF, Capelozza Filho L, Cardoso MA, Almeida-Pedrin RR. From conventional to self-ligating bracket systems: Is it possible to aggregate the experience with the former to the use of the latter? Dental Press J Orthod. 2014 May-June;19(3):139-57. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2176-9451.19.3.139-157.sar Enviado em: 20 de março de 2014 - Revisado e aceito: 10 de abril de 2014

Professor das Disciplinas de Oclusão e Ortodontia, Faculdade de Odontologia do Recife (FOR-PE). Mestrando em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração (USC - Bauru). 2 Mestrando em Ortodontia, Universidade Sagrado Coração (USC - Bauru). Especialista em Ortodontia pela USP-Bauru/SP. 3 Professor Doutor do programa de graduação e pós-graduação em nível de mestrado em Ortodontia da Universidade Sagrado Coração (USC-Bauru). 1

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» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias. Endereço para correspondência: Anderson Capistrano Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 3647, apto. 3101 - Boa Viagem CEP: 51.020-035 – Recife/PE – E-mail: capiss@uol.com.br

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tópico especial

Capistrano A, Cordeiro A, Siqueira DF, Capelozza Filho L, Cardoso MA, Almeida-Pedrin RR

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5. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 DPIs de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.

— Antes de traduzir seu artigo para o inglês, se desejar saber se ele é adequado para publicação no Dental Press Journal of Orthodontics, utilize a opção de pré-submissão online (a qual não é obrigatória e não garante a aceitação do artigo). Todas as pré-submissões devem incluir um resumo, em português ou inglês, de acordo com as normas da revista. As pré-submissões são opcionais e os editores não poderão esclarecer os motivos de uma resposta negativa; mas os autores que receberem uma rejeição podem submeter formalmente o artigo completo, se assim desejarem.

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6. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser citados, no texto, como figuras. — devem ser enviados os arquivos que contêm as versões ori-

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Normas de apresentação de originais ginais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável). — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

10. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. — todas as referências devem ser citadas no texto. — para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih. gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos a seguir:

7. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar, o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada tabela. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável). 8. Comitês de Ética — os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição.

Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade. Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente.

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Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

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Comunicado aos Autores e Consultores - Registro de Ensaios Clínicos 1. O registro de ensaios clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org. au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials. gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal. 3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www. who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup. htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

2. Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ ictrp/network/en/index.html), com interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e

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Atenciosamente, David Normando, CD, MS, Dr Editor-chefe do Dental Press Journal of Orthodontics ISSN 2176-9451 E-mail: davidnormando@hotmail.com

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