Implantology_v06n01-PT

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Volume 6 Number 1 January / February / March 2012

DENTAL PRESS INTERNATIONAL


Dental Press Implantology. 2012 Jan-Mar;6(1):1-116

ISSN 2237-650X


sumário

V. 6, N. 1 - January / February / March - 2012

Entrevista 6

6

Alberto Consolaro Profissão: professor. Segundo a definição encontrada no dicionário Aurélio da língua portuguesa, professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre. Todos esses recursos estão profundamente arraigados ao perfil e à história do entrevistado dessa edição da Dental Press Implantology, o professor doutor Alberto Consolaro.

Pergunte ao Expert 34

Paulo Sérgio Perri de Carvalho

Carta para o Editor 40

A Bioengenharia Dario Augusto Oliveira Miranda

Explicações e Aplicações 20

Quando indicar os enxertos ósseos autógenos ou os substitutos ósseos em Implantodontia? Parte II

Hipercementose e aumento da espessura do cemento com a idade: implicações clínicas e significados

Imagem e Ciência 110

Alberto Consolaro Renata B. Consolaro Leda A. Francischone

Uso seletivo de sistemas de flash para produção de documentação fotográfica em Odontologia André Navas Alves de Castro Jorge Luis Saade

Observatório 112

20

Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas da área de Implantologia, Prótese e Periodontia de todo o mundo Dario Augusto Oliveira Miranda


44

Reabilitação com prótese total fixa sobre implantes desfavoravelmente posicionados em maxila: relato de caso Franklin Moreira Leahy

54

Reparo de defeitos no rebordo alveolar usando rhBMP-2 em babuínos

44

Dario A. O. Miranda, Neil M. Blumenthal, Carlos Eduardo Francischone, Alberto Consolaro

68

Arcada dentária reduzida: conceitos e atualidades revisão da literatura Isis Carvalho Encarnação, Ivan Contreras Molina, Maria Del Piñal Luna, Antonio Carlos Cardoso

76

54

Caracterização micrométrica das superfície dos implantes das cinco maiores companhias do mercado brasileiro. Parte I: implantes da Neodent Marcio Borges Rosa, Tomas Albrektsson, Carlos Eduardo Francischone, Humberto Osvaldo Schwartz Filho, Ann Wennerberg

88

Avaliação do efeito do tratamento periodontal não-cirúrgico na hipersensibilidade dentinária

76

Caroline Dresch, André Barbisan de Souza, Ana Alice Girardi, Vitor Marques Sapata, Giovani Oliveira Corrêa, Fabiano Carlos Marson, Cléverson O. Silva

94

Fatores de risco biomecânicos em próteses implantossuportadas - revisão de literatura

94

Marcelo Barbosa Ramos, Luiz Alves de Oliveira Neto, Max Dória Costa, Paulo Martins Ferrreira, Luiz Fernando Pegoraro, José Henrique Rubo

103

Fibroma ossificante periférico associado a defeito de furca Classe II em molar superior: relato de caso clínico Karina Giovanetti, Ana Regina Oliveira Moreira, Mauro Pedrine Santamaria, Enilson Antonio Sallum, Jacks Jorge Junior

103


January / February / March 2012

Compact Compact

Flash Flash

0% Bactérias 0% Bactérias entre

Volume 6 - Number 1 - January / February / March 2012

Torq Torq

CAPA Crisálida é o estágio de pupa da borboleta e outros insetos. NobelReplace O sistema de implantes mais utilizado no mundo.* O termo é derivado da coloração metálico-dourada encontrada nas pupas de muitas borboletas (grego: χρυσός (chrysós) significa ouro) – simbolizando a transformação da revista. (Imagem capa: Scratchboard Butterfly by Russ Whitchurch). TM

Volume 6 Number 1

© Nobel Biocare Services AG, 2011 Todos os direitos reservados. A Nobel Biocare, o logotipo da Nobel Biocare e todas as restantes marcas comerciais são, caso não exista nenhuma

Finalmente implantes com vida natural! Finalmente implantes com vida natural!

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EDITORES Carlos Eduardo Francischone - FOB-USP/Bauru, São Leopoldo Mandic Alberto Consolaro - FOB-USP/Bauru, FORP-USP/Ribeirão Preto EDITOR EMÉRITO Maurício Guimarães Araújo - UEM/PR EDITORES ASSISTENTES Carina Gisele Costa Bispo - UEM/PR Cleverson de Oliveira e Silva - UEM/PR Dario Augusto Oliveira Miranda - UEFS/BA Flávia Sukekava - FO/USP Franklin Moreira Leahy - Clínica Particular/BA Luis Rogério Duarte - UFBA/BA PUBLISHER Laurindo Z. Furquim - UEM/PR CONSULTORES EDITORIAIS André Pelegrine - SLMandic/SP Angelo Menuci Neto - ABO/RS Bruno Salles Sotto-Maior - USC/SP Carlos Eduardo Francischone Junior - Clínica Particular/SP Carlos Nelson Elias, Instituto Militar de Engenharia/RJ César Augusto Magalhães Benfatti - UFSC/SC Clovis Mariano Faggion Jr. - Universidade de Heidelberg, Alemanha Cristiane Ap. de Oliveira - UPF/RS Eduardo Feres - UFRJ/RJ Elaine Cristina Escobar - FMU – SP Érica Del Peloso Ribeiro - FOUFBA/EBMSP/BA Fabio Valverde Rodrigues Bastos Neto - Clínica Particular/SP Fernanda Vieira Ribeiro - UNIP/SP Flávia Matarazzo - UEM/PR Francisco A. Mollo Jr. - UNESP – SP Giuseppe Alexandre Romito - FUNDECTO – USP/SP Gustavo Jacobucci Farah - UEM/PR Hugo Nary Filho - USC/SP

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Dental Press Implantology. -v. 5, n. 4 (Oct./Nov./Dec.) (2011) – . -- Maringá : Dental Press International, 2011Trimestral Continuação de: Revista Dental Press de Periodontia e Implantologia (v. 1, n. 1 – 2007-2011 – ISSN 1980-2269) ISSN 2237-650X 1. Periodontia. Implantologia (Odontologia) – Periódicos I. Dental Press International. II. Título. CDD. 617.643005

Isabella Maria Porto de Araujo Britto - FO-USP/SP Jean-Paul Martinet - Universidade de Buenos Aires - Argentina Jessica Mie Ferreira Koyama Takahashi - USC/SP João Carlos Cerveira Paixão - Universidade de Pádua - Itália Jorge Luis Garcia - Clínica Particular - Argentina José Cícero Dinato - UFRGS/RS José Valdívia - Clínica Particular - Chile Juan Carlos Abarno - Universidade Católica do Uruguai - Uruguai Luciana Salles Branco de Almeida - UNICEUMA/MA Luciene Cristina de Figueiredo - UnG/SP Luis Lima - USP/SP Luiz Antonio Salata - FORP/USP Luiz Guilhermo Peredo Paz - Bolívia Luiz Meirelles - Universidade de Gotemburgo - Suécia Marco Antonio Bottino - UNESP/SP Mario Groisman - UNIGRANRIO/RJ Marly Kimie Sonohara Gonzales - COR - Argentina Mauro Santamaria - FOP/UNICAMP Patrícia Furtado Gonçalves - UFVJM/ MG Paulo Maló - Clínica Particular - Portugal Paulo Martins Ferreira - FOB/USP Paulo Sérgio Perri de Carvalho - FOB-USP e FOA-UNESP Rafael dos Santos Silva - UEM/PR Reinaldo Brito e Dias - FOUSP Ricardo de Souza Magini - UFSC/SC Ricardo Fisher - UERJ/RJ Ronaldo de Barcelos Santana - UFF/RJ Sandro Bittencourt - Esc. Bahiana de Medicina e Saúde Pública/BA Sidney Kina – Clínica Particular - Maringá/PR Vanessa Tubero Euzebio Alves - FO-USP/SP Verônica Carvalho - UNINOVE/SP Waldemar Daudt Polido - Clínica Particular - Porto Alegre/RS Wellington Bonachela - FOB/USP

Diretora Teresa R. D'Aurea Furquim - DiretoreS eDitoriaiS Bruno D’Aurea Furquim e Rachel Furquim Marson - Diretor De MarKetiNG Fernando Marson aNaLiSta Da iNForMaÇÃo Carlos Alexandre Venancio - ProDUtor eDitoriaL Júnior Bianco - ProDUÇÃo GráFica e eLetrôNica Andrés Sebastián, Diego Ricardo Pinaffo, Gildásio Oliveira Reis Júnior, Michelly Andressa Palma, Tatiane Comochena - iNterNet Adriana Azevedo Vasconcelos, Fernanda de Castro e Silva, Fernando Truculo Evangelista - DePartaMeNto De cUrSoS e eVeNtoS Ana Claudia da Silva, Rachel Furquim Scattolin - DePartaMeNto coMerciaL Roseneide Martins - SUbMiSSÃo De artiGoS Adna Miranda - bibLioteca / NorMaLiZaÇÃo Simone Lima Lopes Rafael - reViSÃo Ronis Furquim Siqueira, Wesley Nazeazeno - DePartaMeNto FiNaNceiro Roseli Martins, Cléber Augusto Rafael, Lucyane Plonkóski Nogueira - eStoqUe Diego Matheus Moraes dos Santos - Secretaria Rosane Aparecida Albino.

ERRATA No Volume 5, Número 4, da Revista Dental Press Implatology, foram erroneamente suprimidos os nomes dos Profs. Drs. Cleverson de Oliveira e Silva e Luis Rogério Duarte, da seção Editores Assistentes.

O Dental Press Implantology (ISSN 2237-650X) é uma publicação trimestral (quatro edições por ano) da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá/PR - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: dental@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

INDEXAÇÃO: Dental Press Implantology é indexado pela BIREME, na base BBO - 2007.


editorial

Um novo ano significa, sempre, novas realizações e agradáveis surpresas Editores

Nessa linha e iniciando 2012, a Dental Press IMPLANTOLOGY traz a experiência e o charme científico do Prof. Dr. ALBERTO CONSOLARO, convidado para ser editor da revista. Especialmente interessado em ensinar, quer principalmente transmitir a importância da educação nas diferentes fases da vida e a necessidade de aprofundamento e posterior repasse dessa gama de conhecimentos para a comunidade científica e em geral. Desempenha o seu papel brilhantemente nas Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone

Prof. Dr. Alberto Consolaro

instituições a que está vinculado, deixando claras em sua entrevista — conduzida pelos editores assistentes LUIZ ROGÉRIO DUARTE e FRANKLIN LEAHY — ideias e opiniões recheadas de conteúdo moderno, polêmico e praticamente delineador de conquistas ainda perseguidas. Esta publicação apresenta um novo item, “Observatório”, que possibilitará acesso a temas atuais tratados em periódicos de circulação internacional, ao lado dos assuntos aqui abordados por docentes e pesquisadores de expressão, e que, como sempre, se revestem de muita qualidade, ciência e prática. Dando continuidade à característica introduzida na edição anterior, o conteúdo é apresentado, via internet, em língua inglesa, o que representa um referencial a mais para o nosso periódico, além de todas as seções contempladas e de grande destaque. A Dental Press IMPLANTOLOGY está, portanto, sendo oferecida a partir deste exercício com muito amadurecimento e acreditamos que, em seus cinco volumes, pôde já demonstrar que a meta e os objetivos a que se propôs estão sendo concretizados, graças não só ao empenho de toda a equipe envolvida, mas também à receptividade junto aos que militam na área, o que tem trazido subsídios indispensáveis para o desenvolvimento cada vez mais intenso e responsável desse órgão de divulgação da literatura odontológica. Carlos Eduardo Francischone

© 2012 Dental Press Implantology

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entrevista

Alberto Consolaro Profissão: PROFESSOR. Segundo a definição encontrada no dicionário Aurélio da língua portuguesa, professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre. Todos esses recursos estão profundamente arraigados ao perfil e à história do entrevistado desta edição da Dental Press Implantology, o professor doutor Alberto Consolaro. Brasileiro, nascido na cidade de Araçatuba, estado de São Paulo, oriundo de família muito pobre de trabalhadores rurais de ascendência italiana. Terceiro de quatro irmãos homens, todos muito estudiosos. Seu pai, carpinteiro de ofício, mesmo de origem muito humilde e pouca instrução, trazia consigo uma certeza muito bem fundamentada na experiência de vida e sabedoria intuitiva de quem esculpe o futuro da família com retidão de caráter, honestidade e muito suor do próprio rosto. De quem naturalmente deseja o melhor para o futuro dos seus filhos. De quem definitivamente aprendeu, com a labuta diária, a transformar adversas condições e grandes dificuldades em sólidas e fecundas lições! Convicto, insistia diariamente, em tom profético e tal qual a repetição de um mantra, que era necessário e fundamental “… estudar muito para ser alguém e vencer na vida!”. O professor Consolaro, além de ter assimilado totalmente esses ensinamentos, exagerou, para a sorte e deleite daqueles que bem o conhecem e desfrutam do seu convívio. Homem de escalada surpreendente na esfera acadêmica. Graduado em Odontologia (Unesp/Araçatuba), especialista (CFO), livredocente e doutor (USP), professor titular (FOB-USP) e de pós-graduação (FORP-USP). Irrequieto, curioso, instigante e participativo, características imprescindíveis a todo pesquisador de qualidade. O nosso entrevistado é de impressionante generosidade ao partilhar ecleticamente conhecimentos e, como poucos, de reconhecida capacidade para transmitir conteúdo científico em variadas áreas do saber. Em palestras, congressos ou concorridas salas de aula dentro das universidades, como professor convidado, ou orientador de dissertações e teses, escrevendo livros ou artigos científicos, Dr. Consolaro demonstra sempre a constante alegria e o entusiasmo de quem continua se renovando, aprendendo, estudando e, prazerosamente, dedicando-se à dinâmica e fascinante arte de ensinar! Nas páginas a seguir, o leitor poderá aferir as respostas dadas às diversas perguntas formuladas por professores de distintas localidades do Brasil e países da América do Sul — em sua grande maioria, ex-alunos do professor Consolaro —, sobre assuntos polêmicos e de interesse geral relacionados à Odontologia, Implantologia, formação acadêmica, ensino superior no Brasil, internet e informatização no ensino, docência e tantos outros temas pelos quais ele transita com a reconhecida e habitual facilidade, eficiência e didática. Numa dessas respostas, confessa: “Meus sonhos sempre passaram pela docência e pesquisa. Aprender a me comunicar

bem com as palavras, posturas e imagens eram ferramentas que eu tinha que minimamente dominar para ser bom professor.” O autor de “Cárie Dentária: Histopatologia e Correlações Clínico-Radiográficas”, “Reabsorções Dentárias nas Especialidades Clínicas”, “O Ser Professor”, “Controvérsias em Ortodontia e Atlas de Movimentação Dentária” e “Inflamação e Reparo”, além de inúmeros artigos científicos publicados em revistas nacionais e no exterior, também é a mais nova aquisição para compor o corpo editorial da revista Dental Press Implantology, somando forças juntamente com o Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone e demais colaboradores, agregando ainda mais competência, criatividade, qualidade e ambiência científica. Esse assunto também é parte dessa entrevista.

Franklin Moreira Leahy Como citar esta seção: Consolaro A. Entrevista. Alberto Consolaro. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):6-18.

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Enviado: 16/01/2012 Revisado e aceito: 17/01/2012

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entrevista

doutorado), mas muitos deles acabam não

antes de formular a minha pergunta, gosta-

exercendo a docência. o que acha disso?

ria de registrar a alegria e satisfação pessoal

Prof. Guillermo Peredo (Santa Cruz de La Sierra, Bolívia)

pela qualificada e importante aquisição, para o corpo editorial da revista Dental Press Im-

Muitos fazem mestrado e doutorado por falta de opção,

plantology, do colega e eminente patologista

não sabem exatamente quais são seus objetivos profis-

Prof. Dr. alberto consolaro. em nome do pe-

sionais e pessoais. A sociedade acaba valorizando a pós-

riódico, o felicitamos e damos as boas-vindas,

-graduação como fator diferencial entre profissionais.

ao mesmo tempo que externamos a certeza de uma parceria produtiva, duradoura e rica

A universidade pública, antes, investia em seu corpo do-

em criatividade. Professor consolaro, dentro

cente e financiava mestrado e doutorado para os professo-

deste mesmo assunto, quais são as suas ex-

res. Hoje apenas contratam doutores, ou seja, não investem

pectativas, planos e metas como editor dessa

mais, pois o mercado tem recursos humanos preparados.

conceituada revista científica brasileira, que acaba de se internacionalizar, lançando-se no

O investimento pessoal, familiar e público é muito gran-

mercado mundial?

de para um desvio de finalidade como esse: formar mes-

Prof. Carlos Eduardo Francischone (Bauru/SP)

tres e doutores para atender pacientes. Mestrado e doutorado não servem e não formam especialistas treinados

Meu único objetivo e expectativa é acrescentar forças

exaustivamente para exercer uma especialidade. A so-

para que o Brasil tenha uma revista de Implantodontia

ciedade deve saber disso, para valorizar o especialista

com nível internacional reconhecido pela Capes nos seus

no atendimento do cidadão.

critérios Qualis. Que o pesquisador da área, em qualquer lugar do mundo, possa publicar seus trabalhos em nossa

Do mestre ou doutor que não é especialista pode-se di-

revista e se orgulhar dela pelo reconhecimento interna-

zer que não sofreu um adequado treinamento para atuar

cional que possa vir a ter com os resultados obtidos.

junto ao paciente, como aquele que frequentou um curso de especialização. O tempo de clínica e o número de pacientes atendidos por um profissional no curso de especialização devem ser muito maiores do que no mestrado ou doutorado, onde o treinamento é para ser professor cooRDenaDoRes

ou pesquisador, respectivamente. Se não for assim, há alguma coisa de errado no curso de especialização ou no

Luis Rogério Duarte

de mestrado/doutorado. Ao escolher um programa de

» Doutor em Implantodontia pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.

pós-graduação, essas características devem ser levadas

» E-mail: luisrogerioduarte@mac.com

em consideração. De novo, ao escolher um programa de pós-graduação ou um curso de especialização, não se deve ceder a como-

Franklin Moreira Leahy

dismos. Deve-se estabelecer um objetivo e ir em busca

» Doutorando em Implantodontia pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.

dele: os determinados chegam lá!

» E-mail: franklinleahy@mac.com

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explicações e aplicações

hipercementose e aumento da espessura do cemento com a idade: implicações clínicas e significados Alberto CONSOLARO* Renata B. CONSOLARO** Leda A. FRANCISChONE***

Resumo Uma alteração muito comum, que suscita muitas dúvidas sobre sua etiopatogenia e significado, é a hipercementose. A literatura pertinente é reduzida e o cemento representa o tecido dentário menos estudado, ignorando-se até qual o seu grau de reatividade frente a estímulos e agressões. A espessura e a estrutura do cemento mudam com a idade. Deve-se fazer uma diferença precisa entre o aumento da espessura do cemento e a hipercementose. Na hipercementose se tem uma formação excessiva do cemento, além do limite necessário para cumprir suas funções normais, com alteração da forma macroscópica da raiz, especialmente em seu diâmetro. Cada forma de hipercementose tem significados diferentes: como interpretá-los no planejamento e/ou no acompanhamento do tratamento? Deve-se tomar algum cuidado especial, do ponto de vista biológico, ao se colocar um implante vizinho a um dente com hipercementose? Para colaborar com as respostas a esses questionamentos — e ao mesmo tempo colaborar para diagnósticos mais seguros da hipercementose, valorizando-se o seu significado clínico e biológico —, nos propusemos a reanalisar a literatura e uma amostra estudada ao longo dos anos em trabalhos, dissertações e teses. Palavras-chave: Cemento. Hipercementose. Raiz dentária.

Como citar este artigo: Consolaro A, Consolaro RB, Francischone LA. Hipercementose e aumento da espessura do cemento com a idade: implicações clínicas e significados. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):20-32.

Enviado em: 10/01/2012 Revisado e aceito: 28/01/2012

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Professor Titular da FOB e da pós-graduação da FORP – Universidade de São Paulo. ** Professora Doutora Substituta de Patologia da FOA-Unesp e Professora Doutora das Faculdades Adamantinenses Integradas. *** Doutora pela FOB-USP - Bauru.

Endereço para correspondência Alberto Consolaro consolaro@uol.com.br

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explicações e aplicações

Hipercementose e aumento da espessura do cemento com a idade: implicações clínicas e significados

RefeRências 1.

Azaz B, Ulmansky M, Moshev R, Sela J. Correlation between age

12. Matos ASRC. Levantamento das condições dentárias dos

and thickness of cementum in impacted teeth.Oral Surg Oral Med

pacientes atendidos nas clínicas da Faculdade de Odontologia de

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esteromicroscópico, radiográfico e à microscopia eletrônica de

da prevalência da hipercementose e suas implicações

varredura [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo;

etiopatogênicas. Odontol Mod. 1987;14(3):6-14.

2005.

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pacienteportador de hipercementose. RGO: Rev Gaucha Odontol.

Res. 1958;37(6):1035-44.

2005;53(2):120-3.

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pergunte ao expert

Quando indicar os enxertos ósseos autógenos ou os substitutos ósseos em Implantodontia? Parte II Paulo Sérgio Perri de CARvALhO*

Fisiologia da perda óssea alveolar

e irreversível e sua etiologia é multifatorial, envolvendo

Um de seus maiores e mais constantes desafios para

tanto fatores locais como sistêmicos, entre os quais die-

os profissionais da Odontologia e mais especificamente

ta, morfologia facial, distúrbios hormonais, osteoporose e

para os Implantodontistas tem sido a recuperação de re-

uso de próteses23.

giões desdentadas após a perda de um ou mais dentes. A despeito de todo visível progresso na prevenção de

Biologia da reparação dos enxertos ósseos

cáries e doença periodontal, a remoção dos dentes ain-

autógenos em bloco

da é um tratamento prevalente e mutilador.

A reconstrução óssea utilizando enxertos ósseos autógenos desencadeia uma série de eventos notáveis que cul-

No alvéolo dentário, a disposição dos cristais de hidroxia-

minam na sua incorporação e remodelação. Os princípios

patita e das fibras colágenas do osso dependem da tra-

de osteogênese, osteoindução e osteocondução regem o

ção ou estiramento das fibras periodontais que levam a

processo e se expressam de acordo com a natureza es-

uma orientação de forças, adaptando-se ao requerimento

trutural do enxerto3,4,7. É fundamental que após a consoli-

funcional do periodonto. Quando um dente é extraído,

dação do enxerto, haja mínima perda do volume original e

acaba-se a força aplicada e o sistema haversiano pree-

que a maior parte possível seja substituída por osso vital.

xistente torna-se inútil. Os osteoclastos reabsorvem esse sistema, ao que se segue a deposição de um novo ósteon

Os enxertos ósseos autógenos constituem-se de uma ma-

mais simples que esteja de acordo apenas com o sistema

triz de tecido duro e um componente celular de osteoblastos

local de pressões e forças . A atrofia alveolar é contínua

e osteócitos. Pode haver também uma porção medular con-

8

Como citar este artigo: Carvalho PSP. Quando indicar os enxertos ósseos autógenos ou dos substitutos ósseos em Implantodontia? Parte II. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):34-9.

Enviado em: 19/01/2012 Revisado e aceito: 23/01/2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Professor Titular do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru/USP. Professor Titular do Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP.

Endereço para correspondência Paulo Sérgio Perri de Carvalho Unesp - Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada Rua José Bonifácio, 1193, Vila Mendonça CEP: 16.015-050 - Araçatuba/SP E-mail: psperri@foa.unesp.br

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Carvalho PSP

REfERêNCIAS 1.

Alberius P, Gordh M, Linberg L, Johnell O. Effect of cortical

13. Luppino F. Efeitos da raspa de osso autógeno cortical no reparo de

perforations of both graft and host bed on onlay incorporation to

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- 39 -

Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):34-9


Carta para o Editor

A Bioengenharia Dario Augusto Oliveira MIRANDA*

Esta é uma oportunidade especial na Odontologia para

disponibilizados ao profissional com uma investigação

expandir nossos horizontes e para que cientistas e clíni-

inadequada. É frequentemente solicitado aos profissio-

cos empreendam exploração do futuro sobre os temas da

nais da área odontológica que utilizem novos dispositivos

bioengenharia, do crescimento e dos fatores de diferen-

e que informem sobre o sucesso de seus resultados do

ciação. Alguns cientistas foram, no passado, acusados de

tratamento sem ter informado ao paciente que estão con-

fornecer uma visão futurista do impacto clínico dos avan-

duzindo pesquisas. Essa é uma abordagem não científica

ços biológicos e tecnológicos sob a perspectiva de suas

que não traz nada de bom para o implantologista.

especialidades. Isso me faz lembrar de que quando eu, um calouro na faculdade de Odontologia, ouvi um espe-

A Bioengenharia é um conglomerado de todas as tecno-

cialista mundial em Cardiologia, nos dizer que havíamos

logias e por este motivo, tivemos alguma sobreposição

cometido um erro ao escolher a Odontologia como pro-

em todos estes setores. É por isso que eles obtiveram re-

fissão, porque dentro de 18 meses, haveria no mercado

sultados muito semelhantes em seus relatórios. Em curto

uma vacina para a cárie. Eu sugiro que cada um valori-

prazo no entanto, o que estamos vendo atualmente e pro-

ze a informação que vai conhecer hoje, como eu deveria

vavelmente é o que veremos ao longo dos próximos 5 a

ter feito na época com base no que ouvi. Isto tem a ver

10 anos, não havendo aumento considerável na aplicação

com a necessidade de investigação pré-mercadológica a

em nossos consultórios.

respeito de novos produtos. Nos primórdios da osseintegração, muito tempo se passava antes de haver alteração

A Bioengenharia reafirmou que os as características do

nos produtos. O sistema contemporâneo inverteu o pro-

paciente precisam ser considerados quando formos re-

cesso a tal ponto que novos produtos são rotineiramente

parar qualquer tecido. O tamanho e o volume do defeito

Como citar este artigo: Miranda DAO. A Bioengenharia. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):40-2.

Enviado em: 11/01/2012 Revisado e aceito: 11/01/2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, Mestre pela Universidade de Illinois em Chicago. Diplomado pela American Board of Periodontology. Doutorado do programa de Pós-Graduação em Implantologia da São Leopoldo Mandic.

Endereço para correspondência Dario A. O. Miranda Av Garibaldi, 1133 S/1107 – Graça CEP: 40.170-130 – Salvador/BA E-mail: darioperiodonto@hotmail.com

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Carta para o Editor

A Bioengenharia

mesmas habilidades têm sido significativas na expansão

Isto proporcionou uma oportunidade para todos nós ree-

do uso bem sucedido dos implantes dentários. Qual será

xaminarmos nossas crenças mais profundas. Nossos ho-

o futuro para as tecnologias regenerativas? Parece-me

rizontes foram ampliados e temos tido uma oportunidade

apropriado compartilhar nossos resultados de nossa clíni-

de avançar em uma importante direção.

ca bem com as organizações que financiam as pesquisas. Isso exigirá a dedicação de pessoas que estejam dispos-

A confiança entre dentistas e pacientes também ocorre

tas a doar seu tempo para organizar e preparar documen-

na ciência. Eu sinto fortemente que clínicos fazem de sua

tos técnicos que discutam as evidências atuais e tabelas

rotina, nos consultórios ou cursos, um laboratório para

de tempo, considerando a disponibilidade. A maioria dos

avaliação de tecnologias. Teremos de ser mais criteriosos

pacientes não nos agradece pelo volume de crescimento

em nossa aceitação de novos produtos e terapias basea-

do osso que foi promovido nem pelo sucesso do implan-

das em novas tecnologias a fim de que nossos pacientes

te. Eles apreciam um procedimento que seja confortável

sejam bem servidos, e assim a confiança mútua será um

e não tão complicado como eles imaginavam que fosse.

resultado garantido e gratificante.

REfERêNCIAS 1.

Misch, C e Wang, H. Clinical Applications of Recombinant Human Bone Morphogenetic Protein-2 for Bone Augmentation Before Dental Implant Placement Clin Adv Periodontics 2011;1:118-131

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potencializando seu talento

refresque seu conhecimento com essas opções irresistíveis. Aprecie o sabor de estar cientificamente e tecnicamente atualizado, num ambiente especialmente planejado para agregar benefícios à sua carreira. Os cursos do Instituto ImplantePerio são ministrados por profissionais conceituados e experientes que primam pela integração das especialidades na busca da excelência estética. Invista numa infraestrutura que prioriza o seu conforto e a sua performance.

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caso clínico

Reabilitação com prótese total fixa sobre implantes desfavoravelmente posicionados em maxila: relato de caso Franklin Moreira LEAhy*

Resumo A Implantologia contemporânea, associada à prótese dentária, oferece alternativas diversificadas e muito bem fundamentadas para a resolução das mais variadas e críticas situações clínicas dentro da Odontologia. Essas situações tendem, naturalmente, a agrupar-se em classificações já amplamente estudadas e consagradas na literatura mundial, considerando-se, inclusive, a importância de resultados continuamente revelados por evidências científicas nesse amplo contexto. Dentro de limites muito bem definidos, é factível a indicação e possibilidade do reaproveitamento de implantes desfavoravelmente instalados, como ponto de partida para um outro planejamento protético. Realizar nova cirurgia para removê-los e, em seguida, instalar implantes em posições supostamente ideais, com os recursos que dispomos hoje, pode até ser mais lógico ou recomendável, mas nem sempre é tecnicamente possível sem que procedimentos mais complexos sejam requisitados, acarretando maior desconforto, morbidade e tempo total para finalização. Considerar todos os aspectos possíveis que possam envolver o paciente e o problema apresentado, aliado à coerência de uma conduta mais conservadora no planejamento de qualquer tratamento, faz com que o arrojo e a impetuosidade inerentes ao conhecimento das técnicas inovadoras ou de vanguarda, ainda que consagradas, mesclem-se providencialmente com a prudência e um calibrado comedimento no campo interpretativo dos tratamentos, resultando em grandes benefícios para os pacientes. Este artigo relata um caso que ilustra essa conjunção analítica de expectativas. Reúne ciência, consciência e experiência. Funde teoria e prática, aliadas ao bom senso e previsão de bom prognóstico. Palavras-chave: Implantes desfavoravelmente posicionados. Prótese suportada por implantes. Implantes com inclinação desfavorável.

Como citar este artigo: Leahy FM. Reabilitação com prótese total fixa sobre implantes desfavoravelmente posicionados em maxila: relato de caso. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):44-52.

Enviado em: 06/01/2012 Revisado e aceito: 10/01/2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Especialista em Anatomia Topográfica da Face pela USP-SP. Doutorando em Implantodontia na SLMandic, Campinas/SP.

Endereço para correspondência Franklin Moreira Leahy Rua Agnelo de Brito, 187, salas 205-208 – CEP: 40.210-245 – Salvador/BA E-mail: franklinleahy@mac.com

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caso clínico

Reabilitação com prótese total fixa sobre implantes desfavoravelmente posicionados em maxila: relato de caso

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artigo selecionado

Reparo de defeitos no rebordo alveolar usando rhBMP-2 em babuínos Dario A. O. MIRANDA* Neil M. BLUMENThAL** Carlos Eduardo FRANCISChONE*** Alberto CONSOLARO***

Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar o aumento do rebordo alveolar em babuínos (Papio anubis) após o enxerto da proteína morfogenética óssea recombinante humana 2 (rhBMP-2) fazendo uso de dois carregadores. Foram produzidos defeitos padronizados cirurgicamente no rebordo alveolar (≅ 15 x 8 x 5mm) na maxila e mandíbula em quatro áreas edêntulas de babuínos. Os sítios dos defeitos receberam enxertos com rhBMP-2 (0,4mg/mL) num composto de fosfato tricálcio/hidroxiapatita/esponja de colágeno absorvível (TCP/HA/ACS) ou utilizando um outro enxerto de fosfato de cálcio (αBSM). Tratamentos de controle foram executados sem rhBMP-2 (cirurgia sham - controle). Pinos de aço inoxidável foram colocados nos níveis medioapical e coronal nos locais dos defeitos visando fornecer pontos de referência para medições pré e pós-tratamento. Foram realizadas moldagens dos defeitos pré e pós-tratamento para avaliar as mudanças no volume do rebordo alveolar. Exames radiográficos foram obtidos pré-implantação e imediatamente antes da cirurgia de reentrada. Secções em bloco foram realizadas a 16 semanas do pós-operatório e processados para microscopia de luz. Os cortes histológicos centrais foram avaliados para: área do osso trabecular, área de espaço medular, e densidade óssea utilizando um programa de computador de análise da imagem. Análises estatísticas entre os tratamentos foram feitos usando ANOVA. Os veículos sem rhBMP-2 apresentaram um aumento de rebordo modesto. A adição de rhBMP-2 resultou em um aumento mais significativo de quase duas vezes a largura do rebordo alveolar, volume e osso trabecular, menor espaço medular, e maior densidade óssea em comparação com os controles (p ≤ 0,05), sem diferenças significativas entre os protocolos. TCP/HA/ACS e αBSM podem ser considerados veículos adequados para rhBMP-2. A rhBMP-2 combinada com estes carregadores provocou aumento alveolar, podendo proporcionar aumento clinicamente relevante de defeitos do rebordo alveolar antes da colocação de implantes dentários. Palavras-chave: rhBMP-2. Osso alveolar. Enxerto ósseo. Como citar este artigo: Miranda DAO, Blumenthal NM, Francischone CE, Consolaro A. Reparo de defeitos no rebordo alveolar usando rhBMP-2 em babuínos. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):54-66.

Enviado em: 21/9/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Aluno de Doutorado do programa de Pós-Graduação em Implantologia da São Leopoldo Mandic e Professor da UEFS - BA. ** Ex-diretor do Departmento de Periodontia, University of Illinois at Chicago, College of Dentistry, Chicago, IL, EUA. *** Professor Titular da FOB-USP e da Pós-Graduação em Implantologia da São Leopoldo Mandic. **** Professor Titular da FOB-USP e da Pós-graduação da FORP-USP.

Endereço para correspondência Dario A. O. Miranda Av Garibaldi, 1133 S/1107 – Graça CEP: 40.170-130 – Salvador/BA E-mail: darioperiodonto@hotmail.com

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Miranda DAO, Blumenthal NM, Francischone CE, Consolaro A

Repair of defects in the alveolar ridge using rhBMP-2 in Baboons Abstract The objective of this research was to evaluate the regeneration of alveolar ridge width defects following surgical implantation of recombinant bone morphogenetic protein-2 (rhBMP-2) using two different carriers: a) Tricalcium Phosphate (TCP)/ Hydroxyapatite (HA)/ Absorbable collagen sponge (ACS) and b) α-BSM cement (CaPO4) in the baboon model. Standardized alveolar ridge defects (~ 15 X 8 X 5 mm) were made in 4 edentulous areas, in 4 baboons. Sites were balanced as to treatments and maxilla/mandible. Two titanium pins were placed at the mid apical and coronal levels to provide landmarks for defect measurements (width) and comparisons pre and post – treatment reentry. Impressions of the pre and post treatment ridges were also taken and models made to determine changes in clinical defect volume. Five treatments were performed: rhBMP-2/TCP/HA/ACS, TCP/HA/ACS alone, rhBMP-2/α-BSM(CaPO4), α-BSM(CaPO4) alone and unimplanted Control. A dose of 0.4-mg/ml rhBMP-2 was used in rhBMP-2 treated sites. Qualitative radiographic observations were recorded at pre implantation and before reentry. Block sections (mid-defects) were harvested at 12 -16 weeks, processed for light microscopy and stained with Mason’s Trichrome. Three central histologic sections were evaluated for trabecular bone area, marrow space area and bone density using the Computerized Image Program. Statistical comparisons between treatments were made using ANOVA. Carriers by themselves demonstrated sufficient rigidity, resistance to compression and osteoconductive capacity to provide for modest ridge augmentation. Addition of rhBMP-2 resulted in almost double the increase in width and volume, and statistically significant more trabecular bone, less marrow space and higher density than the carriers alone. The rhBMP-2/α-BSM(CaPO4) construct demonstrated superior, but not statistically significant (p≥0.05) results over the rhBMP-2/TCP/HA/ACS implant Both TCP/HA/ACS and α-BSM(CaPO4) appear to be suitable carriers for rhBMP-2. The enhancement of both carrier systems with rhBMP-2 provided a viable alternative to second site grafting for the augmentation of alveolar ridge defects prior to implant placement. In addition, these treatments were the only ones that provided enough clinical ridge width for implant placement. Keywords: rhBMP-2. Alveolar bone. Bone graft.

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):54-66



revisão de literatura

Arcada dentária reduzida: conceitos e atualidades — revisão da literatura Isis Carvalho ENCARNAçãO* Ivan Contreras MOLINA** Maria Del Piñal LUNA*** Antonio Carlos CARDOSO****

Resumo Objetivos: evidenciar as vantagens e desvantagens do conceito de arcada dentária reduzida na reabilitação dos pacientes com prótese convencional e prótese sobre implantes, ampliando as opções de tratamento aos pacientes. Revisão de literatura: o conceito restaurador tradicional faz com que a dentição entre num ciclo de reparo permanente, mais de 50% dos trabalhos restauradores consistem no reparo de restaurações prévias. A arcada dentária reduzida tem sido estudada já há bastante tempo e há evidências que atestam a sua previsibilidade como opção nos tratamentos odontológicos. Discussão: a arcada dentária reduzida é indicada para simplificar o plano de tratamento, mas é importante considerar suas limitações em pacientes jovens, por terem um alto requerimento funcional, pacientes com mordida aberta anterior, pacientes com relação oclusal tipo Classe II e III severa, desgastes oclusais severos e pacientes bruxistas. Conclusão: o tratamento dentário visa manter a função natural da dentição durante a vida, incluindo as funções sociais e biológicas, como a auto-estima, estética, fonética, mastigação e conforto bucal. A filosofia da arcada dentária reduzida atende a todos esses requisitos, ampliando as opções de tratamento aos pacientes. Palavras-chave: Oclusão dentária. Próteses e implantes. Arcada dentária.

Como citar este artigo: Encarnação IC, Molina IC, Luna MDP, Cardoso AC. Arcada dentária reduzida: conceitos e atualidades — revisão da literatura. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):68-74.

Enviado em: 15/6/2011 Revisado e aceito: 29/11/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Mestre. Especialista em Implantodontia pela Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo. Mestranda em Implantodontia no Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina. ** Especialista em Odontologia Restauradora no Centro de Estudos Odontológicos de Queretaro, México. Mestrando em Implantodontia na Universidade Federal de Santa Catarina. *** Mestranda em Implantodontia na Universidade Federal de Santa Catarina. **** Doutor em Prótese. Professor Titular da disciplina de Oclusão e da PósGraduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Endereço para correspondência Isis Carvalho Encarnação Universidade Federal De Santa Catarina R. João Pio Duarte Silva, 180 – Apt 203, Bl A CEP: 88.037-000 – Florianópolis/SC E-mail: isisencarnacao@hotmail.com

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):68-74


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Arcada dentária reduzida: conceitos e atualidades — revisão da literatura

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):68-74



artigo inédito

Caracterização micrométrica das superfícies dos implantes das cinco maiores companhias do mercado brasileiro. Parte I: implantes da Neodent Marcio Borges ROSA* Tomas ALBREKTSSON** Carlos Eduardo FRANCISChONE*** Humberto Osvaldo SChwARTZ FILhO**** Ann wENNERBERG*****

Resumo Introdução: a qualidade da interface entre osso-implante é influenciada diretamente pela rugosidade da superfície do implante e uma rugosidade média, com Sa entre 1 e 2µm, tem demonstrado melhores resultados clínicos e laboratoriais. No Brasil, são instalados mais de dois milhões de implantes por ano, onde 79% são fabricados por empresas nacionais. Porém, muito pouco é divulgado ou se conhece sobre a caracterização das superfícies desses implantes, a nível micrométrico. Este estudo visa avaliar e caracterizar, numericamente, a superfície dos implantes da empresa Neodent, uma das cinco maiores empresas do mercado brasileiro. Métodos: foram avaliados três implantes, comprados diretamente no mercado, de três desenhos da companhia e de diferentes lotes, através de um interferômetro de luz. Foram realizados nove medidas, escolhidas aleatoriamente, para cada unidade, sendo três nos topos, três nos vales e três nos flancos das roscas. O mesmo padrão foi seguido para avaliação através microscópio eletrônico de varredura. Resultados: de uma forma geral, os implantes analisados desta companhia, apresentaram valores de Sa de 0,75µm, 0,67µm e 0,65µm, respectivamente para cada desenho analisado. Na comparação entre os lotes, todos os desenhos apresentaram diferenças estatisticamente significativa, entre pelo menos um lote em relação aos outros. Conclusões: Os valores de rugosidade encontrados, classificam as superfícies, dos três implantes avaliados, como minimamente rugosas. Palavras-chave: Próteses e implantes. Propriedades de superfície. Implante dentário.

Enviado em: 04/01/2012 Revisado e aceito: 20/01/2012

Como citar este artigo: Rosa MB, Albrektsson T, Francischone CE, Schwartz Filho HO, Wennerberg A. Caracterização micrométrica das superfícies dos implantes das cinco maiores companhias do mercado brasileiro. Parte I: Implantes da Neodent. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):76-87.

* Especialista. Doutorando em Implantologia pela São Lepoldo Mandic, Campinas, São Paulo. Clínica Privada, Belo Horizonte, Minas Gerais. ** Mestre e Doutor. Chefe do Departamento de Biomateriais da Universidade de Gotemburgo, Suécia. *** Mestre e Doutor. Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. Coordenador do doutorado em Implantologia da São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo. **** Mestre. Doutorando em Implantologia pela Unesp – Araraquara-SP. ***** Mestre e Doutor. Chefe do Departamento de Prótese da Faculdade de Malmö, Suécia.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência Márcio Borges Rosa Av. do Contorno 4849, 4º andar - Bairro Serra – 30.110-100 – Belo Horizonte/MG E-mail: marcio@implantare.com.br

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):76-87


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artigo inédito

Avaliação do efeito do tratamento periodontal não-cirúrgico na hipersensibilidade dentinária Caroline DRESCh* André Barbisan de SOUZA** Ana Alice GIRARDI** Vitor Marques SAPATA** Giovani Oliveira CORRêA*** Fabiano Carlos MARSON**** Cléverson O. SILvA*****

Resumo Objetivo: avaliar o efeito do tratamento periodontal sobre a hipersensibilidade dentinária. Métodos: participaram do estudo 20 pacientes diagnosticados e tratados de periodontite crônica na Clínica Odontológica da Faculdade Ingá (Uningá), Maringá/PR. Os pacientes foram avaliados quanto à sensibilidade dentinária pela escala VAS antes do tratamento periodontal não-cirúrgico e 10 a 14 dias após seu término. Resultados: os pacientes apresentavam, antes do início do tratamento periodontal, uma sensibilidade média de 3,05+3,00, de acordo com a escala VAS. Ao final do tratamento houve uma diminuição significativa da hipersensibilidade dentinária, para um valor médio de 1,00+1,45. Conclusão: com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que o tratamento periodontal não-cirúrgico, associado a uma modificação dos hábitos de higiene, foi capaz de diminuir a hipersensibilidade dentinária em indivíduos com periodontite crônica. Palavras-chave: Raspagem dentária. Sensibilidade dentinária. Periodontite.

Como citar este artigo: Dresch C, Souza AB, Girardi AA, Sapata VM, Corrêa GO, Marson FC, Silva CO. Avaliação do efeito do tratamento periodontal não-cirúrgico na hipersensibilidade dentinária. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):88-93.

Enviado em: 12/9/2011 Revisado e aceito: 13/10/2011

* Acadêmica de Odontologia da Faculdade Ingá (Uningá). ** Acadêmico de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). *** Mestre e Doutor em Materiais Dentários FOP-Unicamp. Professor Adjunto de Clínica Integrada da Faculdade Ingá (Uningá). **** Mestre e Doutor em Dentística pela UFSC. Professor Adjunto de Dentística da Faculdade Ingá (Uningá). ***** Mestre e Doutor em Periodontia, FOP-Unicamp. Professor Adjunto de Periodontia da Faculdade Ingá (Uningá) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Endereço para correspondência André Barbisan de Souza Rua Quintino Bocaiúva, 935 – Ap. 704 - Zona 7 CEP: 87.020-160 - Maringá/PR E-mail: andrebarbisan@gmail.com

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Dresch C, Souza AB, Girardi AA, Sapata VM, Corrêa GO, Marson FC, Silva CO

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revisão de literatura

Fatores de risco biomecânicos em próteses implantossuportadas — revisão de literatura Marcelo Barbosa Ramos* Luiz Alves de oliveiRa Neto** Max Dória Costa* Paulo Martins FeRRReiRa* Luiz Fernando PegoRaRo*** José Henrique Rubo****

Resumo Os esforços mastigatórios aplicados sobre as próteses implantossuportadas podem comprometer a eficiência do tratamento. Os implantes osseointegrados estão suscetíveis a diversos fatores de risco, dentre eles os de ordem biomecânica, envolvendo a compreensão das cargas ou sobrecargas oclusais aplicadas sobre todos os componentes do sistema biológico (suporte ósseo-periodontal) e mecânico (componentes prótese-implante). O objetivo dessa revisão de literatura foi discorrer sobre os fatores de risco de ordem biomecânica e sua influência no sucesso das próteses sobre implante. Os autores concluíram que o controle das cargas biomecânicas recebidas pelas próteses implantossuportadas são fatores fundamentais para a longevidade do tratamento, por atuarem diretamente sobre a prótese, parafusos, intermediário, implante e suporte ósseo. Palavras-chave: Implantes dentários. Fatores de risco. Próteses e implantes.

Como citar este artigo: Ramos MB, Oliveira Neto LA, Costa MD, Ferreira PM, Pegoraro LF, Rubo JH. Fatores de risco biomecânicos em próteses implantossuportadas — revisão de literatura. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):94-102.

Enviado em: 06/08/2011 Revisado e aceito: 31/10/2011

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Mestre. Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP. ** Professor Doutor Livre-docente do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP. *** Professor Doutor Titular do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP. **** Professor Doutor do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB/USP.

endereço para correspondência marcelo barbosa Ramos Al. Octávio Pinheiro Brisolla 7-12, Ap 15 - Vila Universitária CEP: 17.012-901 - Bauru/SP e.mail: marcelobr74@yahoo.com.br

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revisão de literatura

Fatores de risco biomecânicos em próteses implantossuportadas — revisão de literatura

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):94-102


caso clínico

Fibroma ossificante periférico associado a defeito de furca Classe II em molar superior: relato de caso clínico Karina GIovanettI* Ana Regina Oliveira MoReIRa** Mauro Pedrine SantaMaRIa*** Enilson Antonio SalluM**** Jacks JoRGe JunIoR*****

Resumo Introdução: fibroma ossificante periférico (FOP) é uma reação hiperplásica que ocorre exclusivamente na gengiva e afeta frequentemente mulheres. Recorrência não é incomum e a presença de periodontite severa aumenta o risco de recidiva porque os sítios com envolvimento de furca ou defeitos ósseos podem dificultar a completa excisão da lesão. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de FOP associado a um defeito de furca Classe II em uma paciente com periodontite. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 58 anos de idade, com recorrência de lesão hiperplásica do tecido gengival, que havia sido excisada há 6 meses e diagnosticada como FOP. A lesão apresentava-se como uma massa nodular assintomática na maxila posterior, não-ulcerada, eritematosa, séssil, de consistência firme e endurecida. O exame clínico também mostrou presença de periodontite como manifestação de doença sistêmica. No local da lesão estava presente profundidade de sondagem de 9mm, sangramento à sondagem e defeito de furca Classe II. Ressecção cirúrgica e meticulosa raspagem e alisamento radicular foram realizadas, tomando-se cuidado de remover completamente a lesão. Não houve recidiva da lesão após um ano de acompanhamento, com melhora nos parâmetros clínicos de saúde, tais como redução na profundidade de sondagem para 3mm, ausência de sangramento à sondagem, ganho de inserção clínica e fechamento da furca. Conclusão: dentro dos limites deste relato de caso, pode-se concluir que a ocorrência concomitante do FOP a um envolvimento de furca, devido às características anatômicas desta região, representa um desafio para os clínicos e aumenta o risco de recorrência. Palavras-chave: Fibroma ossificante. Periodontite. Perda da inserção periodontal. Como citar este artigo: Giovanetti K, Moreira ARO, Santamaria MP, Sallum EA, Jorge Junior J. Fibroma ossificante periférico associado a defeito de furca Classe II em molar superior: relato de caso clínico. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):103-9. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

endereço para correspondência Mauro Pedrine Santamaria Av. Eng. Francisco José Longo, 777 CEP: 12.245-000 – São José dos Campos/SP E-mail: mauro.santamaria@fosjc.unesp.br

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Enviado em: 29/09/2011 Revisado e aceito: 21/11/2011 * Cirurgiã-dentista formada pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP – UNICAMP). ** Especialista. Mestranda em Clínica Odontológica, Área de Concentração em Periodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP – UNICAMP). *** Pós-Doutorado. Professor Doutor da Área de Periodontia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual de São Paulo (FOSJC – Unesp). **** Livre Docente. Professor Titular da Área de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP – UNICAMP). ***** Livre Docente. Professor Doutor da Área de Estomatopatologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP – UNICAMP).

Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):103-9


Giovanetti K, Moreira ARO, Santamaria MP, Sallum EA, Jorge Junior J

Peripheral ossifying fibroma associated with a Class II furcation defect in maxillary molar: A clinical case report Abstract Background: Peripheral ossifying fibroma (POF) is a hyperplastic inflammatory reaction that occurs exclusively on gingiva and affects women. Recurrence is not uncommon and the presence of severe periodontitis increases the recurrence risk because sites with furcation involvement or bone defects may complicate the total lesion removal. This paper aims to report a case of POF associated to a class II furcation in a patient with periodontitis. Case report: Female patient, 58 years old, with recurrence of gingival tissue growth, which had been excised 6 months earlier and diagnosed as POF. The lesion presented as an asymptomatic nodular mass in the posterior maxilla, non-ulcerated, erythematous, sessile, firm, and non-tender. Clinical examination also showed presence of periodontitis as a manifestation of systemic diseases. At the lesion site was present probing depth of 9mm, bleeding on probing and Class II furcation defect. Surgical resection and meticulous scaling and root planing were performed, taking care to completely exscind the lesion. There was no recurrence of the lesion one year later, with improvement in health clinical parameters, such as reduction in probing depth to 3mm, no bleeding on probe, clinical attachment level gain and furcation closure. Conclusion: Within the limits of this case report, it can be concluded that when POF occurs concurrently with a furcation involvement, because of its anatomical features, it represents a challenge for clinicians and increases the recurrence risk. Keywords: Ossifying fibroma. Periodontitis. Periodontal attachment loss.

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Imagem e Ciência

Uso seletivo de sistemas de flash para produção de documentação fotográfica em Odontologia André Navas Alves de CastrO* Jorge Luis saade**

Paciente do sexo feminino, 32 anos, sofreu acidente auto-

lâmpadas do flash gêmeo (Macro Twin Flash) podemos pro-

mobilístico com presença de trauma crânio facial e lesões

duzir documentação fotográfica, a titulo de registro inicial e

múltiplas em tecidos moles na região da face. Procurou auxí-

elucidação ao paciente, mostrando conjunto de micro fissu-

lio odontológico para verificar a existência de lesões dentais

ras na porção coronária no elemento 11. O Paciente foi alerta-

traumáticas. Exames radiográficos e tomográficos não apre-

do para possíveis complicações futuras, frente ao achado clí-

sentaram alterações e lesões nos ossos da face e na porção

nico, o mesmo será avaliado constantemente nos próximos

radicular dos dentes. Com o uso seletivo da inclinação das

meses para a identificação de complicações futuras.

Como citar este artigo: Castro ANA, Saade JL. Uso seletivo de sistemas de flash para produção de documentação fotográfica em Odontologia. Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):110-1.

* Especialista e Mestrando em Periodontia, São Leopoldo Mandic. Membro da Academia Americana de Periodontia. ** Especialista e Mestre em Periodontia. Doutorando em Implantodontia, São Leopoldo Mandic. Membro da Academia Americana de Periodontia.

endereço para correspondência Jorge Luis saade Av. Heitor Penteado, 462 CEP: 13.045-460 – Campinas/SP E-mail: jorgelsaade@uol.com.br

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Enviado em: 20/01/2012 Revisado e aceito: 23/01/2012

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observatório

Resumos, em português, de artigos publicados em importantes revistas da área de Implantologia, Prótese e Periodontia de todo o mundo Dario Augusto Oliveira MIRANDA*

Superfícies de implantes:

uma variação substancial em Sa nos diferentes implantes

uma revisão do conhecimento atual e opiniões

das quatro grandes empresas. Os implantes da Biomet 3i, AstraTech e Straumann diferiram de seus respectivos

Wennerberg A, Albrektsson T. Int J Oral Maxillofac Implants

antecessores na micro rugosidade, propriedades físico-

2010;25:63–74.

-químicas, e nano-rugosidades. Quando examinados com microscopia eletrônica de varredura em alta ampliação,

Os objetivos desta revisão são: (1) identificar os parâme-

observou-se que todas as novas superfícies de implantes

tros essenciais de superfície; (2) apresentar uma visão

tinham estruturas particularmente nanorugosas que não

geral das características da superfície no nível de reso-

estavam presentes em seus respectivos antecessores;

lução micrômetro e nanômetro relevantes para os quatro

este achado foi considerado como um possível mecanis-

mais populares sistemas de implantes orais; (3) discutir

mo comum por trás das respostas ósseas a estes implan-

as vantagens potenciais de nano-rugosidades, hidrofilici-

tes e mais intensas comparados aos controles.

dade, ligações bioquímicas, e (4) sugerir um mecanismo hipotético comum por trás das intensas respostas ósseas para com as novas superfícies de implantes de diferen-

Biologia comparativa da periodontite crônica

tes empresas comerciais. Implantes orais provenientes

e agressiva vs peri-implantite

de quatro grandes empresas variaram em rugosidade média de superfície (Sa) 0,3-1,78 µm e na proporção da

Heitz-Mayfield LJA, Lang NP. Periodontology 2000

área de superfície desenvolvida (SDR) de 24 a 143%,

2010;53:167–181.

com os implantes mais lisos provenientes da Biomet 3i e mais rugosos da Instituto Straumann. O implante Bräne-

Esta revisão foi feita para abordar as semelhanças e di-

mark original, com superfície usinada teve um Sa de 0,9

ferenças entre as duas vertentes da doença periodontite

µm e uma Sdr de 34%, mostrando-se claramente mais

e peri-implantite. A análise global da literatura sobre a

áspero do que o mais suave dos implantes examinados.

etiologia e patogênese da periodontite e peri-implantite

Quando avaliados para rugosidade nanométrica, houve

trouxeram a impressão de que essas duas doenças têm

* Doutorando em Implantologia, São Leopoldo Mandic. Mestre pela Universidade de Illinois em Chicago. Professor da UEFS – BA.

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):112-4


observatório

da distância interimplante para bom apoio da prótese. Exa-

enxerto ósseo e membranas para o tratamento de re-

mes de follow-up foram realizados em 6 meses, 1 ano, e a

generação da peri-implantite. Uma pesquisa em bases

partir disso a cada 6 meses. Avaliação radiográfica do nível

de dados eletrônicos foi conduzida para avaliar todos

ósseo marginal foi realizado após 3 e 5 anos na função. A

os tipos de estudos clínicos tratando defeitos ósseos

sobrevida foi estimada ao nível do paciente e ao nível do

derivados da peri-implantite utilizando técnicas de

implante usando a estimativa do limite do teste estatístico

regeneração óssea guiada (ROG). Durante a primeira

Kaplan-Meier com intervalos de confiança de 95%. Deze-

triagem, 399 títulos foram identificados. Finalmente, 17

nove implantes imediatamente carregados foram perdidos

artigos relacionados a 173 implantes foram incluídos.

em dezessete pacientes, dando uma estimativa de 5 anos

Os artigos eram voltados principalmente para o preen-

na taxa de sobrevida de 93% e 98% ao nível paciente e

chimento ósseo radiográfico do defeito. Medidas qua-

ao nível do implante, respectivamente. A taxa de sobrevida

litativas do “preenchimento do osso” foram relatadas:

das próteses foi de 100%. O remodelagem do nível ósseo

10,4% dos implantes mostraram “preenchimento com-

marginal foi, em média, 1,52mm (DP 0,3 mm) e 1,95mm

pleto do osso”, enquanto 85,5% revelaram fechamento

(DP 0,4mm) a partir da junção implante/pilar após 3 e 5

incompleto do defeito. Nenhum preenchimento ósseo

anos, respectivamente. As altas taxas de sobrevivência ao

foi mostrado em 4,0%. Pouca informação (em 53,2%)

nível do pacientes e ao nível do implante indicam que o

foi fornecida em relação à profundidade de sondagem

conceito de função imediata para maxila completamente

antes ou após o tratamento. Dados relativos ao estado

edêntula utilizando o protocolo atual é viável nos resulta-

inflamatório dos tecidos moles também foram escas-

dos de médio e longo prazo.

sos e apenas relatado em três estudos. Foi encontrada uma grande heterogeneidade sobre protocolos de desinfecção e materiais regenerativos utilizados. O

Revisão sistemática da literatura sobre o trata-

alto percentual de estudos de baixa qualidade resultou

mento regenerativo de peri-implantite usando

na impossibilidade de uma meta-análise. O completo

substitutos ósseos e membrana.

preenchimento do defeito ósseo usando ROG não parece ser um resultado previsível. Na maioria dos casos

Sahrmann P, Attin T, Schmidlin PR. Clin Implant Dent Relat

o estado de saúde da mucosa não é levado em conside-

Res. 2011 Mar;13(1):46-57

ração. Testes melhor controlados são necessários para determinar os protocolos de tratamento mais adequa-

Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar a li-

dos para o sucesso do tratamento regenerativo de peri-

teratura disponível, sobre a utilização de substitutos de

-implantite utilizando a técnica de GBR.

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— 8. Comitês de Ética — os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição. 9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade. Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente.

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Referências todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências. todas as referências devem ser citadas no texto. para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. a exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). utilize os exemplos a seguir:

Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7. Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

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Dental Press Implantol. 2012 Jan-Mar;6(1):115-6


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