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ISSN 2176-9451

Volume Volume 17, Number 17, Number 5, September 4, July/ /October August 2012

Edição Especial Dental Press International



v. 17, no. 5

Dental Press J Orthod. 2012 September/October;17(5):1-204

September/October 2012

ISSN 2176-9451


Indexação:

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BBO

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desde 1998

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desde 2008

desde 2008

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Dental Press Journal of Orthodontics v. 1, n. 1 (set./out. 1996) - . -- Maringá : Dental Press International, 1996 Bimestral ISSN 2176-9451 1. Ortodontia - Periódico. I. Dental Press International. CDD 617.643005


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Preve11tiva

dl10S Programa~ao:

27/10/2012 (Sabado} 08:15 - Abertura do Encontro + Surpresa dos 30 Anos + Homenagem do Curso de Ortodontia Preventiva e lnterceptiva 11:00- Dr. David Normando -A Estetica Facial na Perspectiva do Ortodontista e do Paciente 12:00- Brunch 14:00 - Dr. lose Valladares Neto - Apneia Obstrutiva do So no: Realidade, Sonho ou Pesadelo? 15:00- Dr. Tulio Lara - Resolu~ao Conservadora do Apinhamento na Dentadura Mista 15:20- Dr. Carlos Alberto Aiello - Reabsor~ao Radicular na Movimenta~ao Dentaria lnduzida 15:40- Dr. Flavio Ferrari - Aplica~ao do Protocolo Ngan na Tra~ao Reversa da Maxila 16:00 -lntervalo 17:00 - Ora. Vanessa Silva Grossi - Altera~oes Dimensionais da Maxila em Pacientes Tratados com Aparelho Tipo Haas Convencional e Expansor Borboleta 17:20 - Ora. Rita Lauris - 0 Aparelho Expansor Ortopedico Diferencial: Uma Op~ao na Corre~ao Transversal 17:40 - Ora. Daniela Garib - lrrup~ao Ect6pica dos Primeiros Molares Permanentes: Uma Heran~a Genetica 20:30 - lantar Dan~ante LocaL Salao Nobre da FOB- USP Al. Octavia Pinheiro Brisola, 9-7 5 - Bauru - SP

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43

0

SILEIRO A R B

Encontro do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria 11 a 14 de novembro de 2012 Orotour Garden Hotel Campos do Jordão, São Paulo O Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria é uma entidade cujo objetivo principal é congregar os professores de Ortodontia e Odontopediatria, trabalhando pela sistematização, aprimoramento do ensino e da pesquisa, e desenvolvimento das especialidades. Ao longo de 43 anos de história, o GRUPO tem acompanhado a evolução da Odontologia brasileira. Em 2012, no período de 11 a 14 de novembro, o Orotour Garden Hotel, em Campos do Jordão/SP, sediará o 43º Encontro do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria, onde importantes questões relacionadas ao ensino e à pesquisa dessas especialidades serão debatidas.

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ASSOCIAI;AO BRASILEIRA DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL

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ABOR/RN

ASSOC I AQAO BRASILEIRA DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL

Se"ao - RN


Sumário 1

Editorial

2

Orthodontics Highlights

Matheus Melo Pithon

4

Insight Ortodôntico

Estética em Ortodontia: Pontos de Interesse, Pontos de Referência e Pontos de Discrepância

Carlos Alexandre Câmara

8

Entrevista / Paulo José d’Albuquerque Medeiros

Artigos Inéditos

24

Estudo da agradabilidade da face utilizando a análise facial frontal em fotografias padronizadas

Imara de Almeida Castro Morosini, Ana Paula Lazzari Marques Peron, Keila Rodrigues Correia, Ricardo Moresca

35

Padrão facial em pacientes com fissura pós-forame incisivo

Leopoldino Capelozza Filho, Rodrigo Silva Caldas, Rita de Cássia Moura Carvalho Lauris, Arlete de Oliveira Cavassan

43

Tratamento conservador de má oclusão Classe I, com 12mm de sobressaliência, sobremordida acentuada e apinhamento inferior severo

Marcos Alan Vieira Bittencourt, Arthur Costa Rodrigues Farias, Marcelo de Castellucci e Barbosa

53

Tratamento ortodôntico em adultos: restaurando a estética do sorriso

Leopoldino Capelozza Filho, Maria Fernanda Barros Aranha, Terumi Okada Ozawa, Arlete de Oliveira Cavassan

64

Impacto dos braquetes na estética do sorriso: percepção por leigos e ortodontistas

Seandra Cordeiro de Oliveira, Rachel D’Aurea Furquim, Adilson Luiz Ramos

71

Análise fotométrica aplicada na determinação do tipo facial

Luciana Flaquer Martins, Julio Wilson Vigorito

76 Alteração in vivo da coloração de ligaduras ortodônticas estéticas

Andréia Viana Martins da Silva, Giselle Vasconcelos de Mattos, Carlos Mario Kato, David Normando

81

Habilidade de ortodontistas e leigos na percepção da redução gradual da exposição dentogengival durante o sorriso

Elaine Cristina da Silva Barros, Marielly Damiana Oliveira de Carvalho, Karina Corrêa Flexa Ribeiro Mello, Patrícia Botelho, David Normando

87

Análise da proporção largura/altura e zênite gengival em pacientes com agenesia bilateral do incisivo lateral superior

Núbia Inocencya Pavesi Pini, Luciana Manzotti De-Marchi, Bruno Frazão Gribel, Adilson Luiz Ramos, Laurindo Zanco Furquim, Renata Corrêa Pascotto

94

Avaliação das alterações no sorriso após a expansão rápida da maxila

Ana Paula Morales Cobra de Carvalho, Fernanda Cavicchioli Goldenberg, Fernanda Angelieri, Danilo Furquim Siqueira, Silvana Bommarito, Marco Antonio Scanavini, Lylian Kazumi Kanashiro

102

Percepção estética e valorização econômica dos aparelhos ortodônticos por adultos brasileiros leigos

Daniela Feu, Fernanda Catharino, Candice Belchior Duplat, Jonas Capelli Junior


115

Influência de diferentes proporções de largura/altura dos dentes anterossuperiores na atratividade de sorrisos gengivais

Ana Carolina Guimarães Borges, Mayra Reis Seixas, Andre Wilson Machado

123

Influência da pigmentação in vitro de ligaduras ortodônticas estéticas na atratividade do sorriso

Camila Ferraz, Marcelo Castellucci, Márcio Sobral

131

Avaliação das alterações do perfil facial em pacientes tratados com extração de pré-molares superiores

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin, Luciane Brigueli Marrone Guimarães, Marcio Rodrigues de Almeida, Renato Rodrigues de Almeida, Fernando Pedrin Carvalho Ferreira

138

Largura dos corredores bucal e posterior: diferença entre casos tratados com extrações assimétricas e simétricas

Nuria Cabral Castello Branco, Guilherme Janson, Marcos Roberto de Freitas, Juliana Morais

145

Influência da dimensão do corredor bucal na estética do sorriso

Diana Cunha Nascimento, Êmeli Rodrigues dos Santos, Andre Wilson Lima Machado, Marcos Alan Vieira Bittencourt

151

Captura, análise e medição de imagens da dinâmica da fala e do sorriso

Vera Lúcia Cosendey, Stephanie Drummond, Jonas Capelli Junior

157

Avaliação das mudanças imediatas do tecido mole após expansão rápida da maxila

Ki Beom Kim, Daniel Adams, Eustaquio A. Araújo, Rolf G. Behrents

165

Tratamento da Classe II com biprotrusão alveolar por meio de extrações dentárias atípicas e ancoragem com mini-implantes

Jong-Moon Chae

178

Caso Clínico BBO

Má oclusão de Classe III com discrepância anteroposterior acentuada

Susana Maria Deon Rizzatto

190

Tópico Especial

Estética gengival: uma abordagem ortodôntica e periodontal

Máyra Reis Seixas, Roberto Amarante Costa-Pinto, Telma Martins de Araújo

202

Normas para publicação


A Estética e a Percepção Humana “Belo é aquilo que agrada de maneira desinteressada, sem ser originado por ou remissível a um conceito.” Humberto Eco

a induzir o paciente a um tratamento de necessidades que jamais ele havia sentido, tanto para a estética do sorriso quanto para a face. Explicar todas as possibilidades do tratamento, inclusive melhoras estéticas plausíveis, é uma das nossas obrigações, mas essa abordagem deve ser feita usando o bom-senso e sem imposições, pois entender que os pacientes pensam de forma diversificada, individual e subjetiva deve ser premissa de um relacionamento cordial, honesto e ético. Caso contrário, paira a sensação de que estaríamos sendo, simplesmente, ditadores de uma necessidade estética, em vez de expectadores e entendedores das necessidades dos nossos pacientes. A flutuação ou variabilidade da percepção estética está relacionada à formação educacional, cultural e socioeconômica, além da formatação emocional de cada indivíduo. Não é tarefa fácil compreendê-la. Na Ortodontia, não é suficiente apenas perceber o que interfere no sorriso, é necessário diagnosticar o que se encontra fora da normalidade, para que se possa estabelecer um plano de tratamento. Assim como nos problemas funcionais seguimos condutas que nos levam ao diagnóstico das anomalias, os problemas estéticos também necessitam de parâmetros para que encontremos os defeitos1. Nesse âmbito, as investigações científicas sobre os critérios utilizados pelo ortodontista e pacientes para definir um sorriso ou uma face como esteticamente agradável poderiam edificar uma sólida escada para o entendimento das diferenças entre a percepção do profissional e a do paciente. Esse número do Dental Press Journal of Orthodontics, edificado com artigos que envolvem a estética na Ortodontia, tem a pretensão de ser um desses degraus. Subamos...

A estética, do grego aisthesis, significa percepção, sensação. É a reflexão filosófica sobre beleza. No campo da saúde, a construção dos sentidos e valores acerca da estética corpórea está cada vez mais presente, influenciando a construção da identidade do indivíduo e a percepção que esse tem de si mesmo e do que ele entende como saúde. Na Ortodontia, a busca dos pacientes pelo primor estético tem aumentado incessantemente nos últimos anos. Esse aumento tem levado ortodontistas a buscarem novos conhecimentos nas demais especialidades da Odontologia e em outras áreas da saúde. O crescente interesse é fortemente motivado pela propulsão do consumo pela imagem, gerado pelo grande apelo da mídia, onde modelos com sorrisos “perfeitos” e “brancos” são apresentados à população. Percebe-se, e com certa preocupação, que esse apelo parece induzir o ortodontista a pensar meramente como “leigo”, fazendo-nos esquecer que somos, em princípio, profissionais da área da saúde. Os sentidos utilizados socialmente para compreender os cuidados com o que é considerado saudável sofrem influência crescente de parâmetros estéticos que, aparentemente, estão fora do campo das ciências da saúde. É indiscutível que a reabilitação estética do paciente é um dos objetivos primários do tratamento ortodôntico; entretanto, ela não pode ser o único foco. Assim como não é possível compreender a concepção de saúde e os cuidados que ela impõe na sociedade urbana contemporânea sem dar importância à moda, à sedução, ao espetáculo e ao consumo. Entretanto, o apelo do “marketing” baseado na estética, em sua essência, tem levado muitos a pensar dessa forma e adotar decisões baseadas exclusivamente na ansiedade e pressão desse mercado, sem o devido respeito às expectativas do paciente. A fragmentação da nossa visão profissional, em razão do apelo da mídia e do mercado, incita-nos, muitas vezes,

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

David Normando — editor-chefe davidnormando@hotmail.com

Referências 1.

Câmara CA. Aesthetics in Orthodontics: six horizontal smile lines. Dental Press J Orthod. 2010 Jan-Feb;15(1):118-31.

1

Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):1


Orthodontics Highlights Matheus Melo Pithon1

Parâmetros utilizados para indicar pacientes à cirurgia ortognática Durante décadas, a Ortodontia baseou-se em medidas estáticas lineares e angulares para definir o plano de tratamento ortodôntico. Nos dias atuais, tem-se dado muita atenção à análise da face. Seguindo essa tendência, foi publicado um interessante artigo1 cuja proposta foi verificar a necessidade de encaminhar ou não pacientes Classe II divisão 1 à cirurgia ortognática, com base na observação da face em norma lateral. As conclusões advindas desse trabalho foram que o posicionamento para posterior do pogônio mole, do ponto B e o ângulo do perfil facial diminuído são fatores decisivos para os ortodontistas indicarem esses paciente para a cirurgia ortognática. Esses resultados sugerem que, na presença de casos limítrofes, é sempre importante fotografar o paciente de perfil e mostrar-lhe essa fotografia para que ele mesmo avalie sua face e defina, junto com o ortodontista, a conveniência ou não do tratamento cirúrgico.

maiores níveis de coloração e infiltração, apresentando, inclusive, diferenças quando comparado com o mesmo ácido fosfórico por um período de 15 segundos. Esses achados agregam mais vantagens aos agentes autocondicionantes, que se destacam pela praticidade e possibilidade de colagem em ambiente úmido. Os pacientes são os maiores responsáveis pelo aparecimento de manchas brancas Apesar dos muitos avanços alcançados pela Ortodontia nos últimos anos, descalcificações e lesões de mancha branca ainda são problemas frequentes nos consultórios de Ortodontia. A crescente substituição da bandagem dos dentes pela colagem, associada ao uso de materiais de colagem que liberam flúor, certamente reduziu o aparecimento dessas lesões; no entanto, muito ainda deve ser feito. Pensando nessa problemática, pesquisadores das universidades da Jordânia e da Virgínia3 decidiram verificar — com perguntas feitas a pacientes e seus pais, ortodontistas e clínicos gerais — de quem seria a responsabilidade pelo aparecimento das manchas brancas, seus métodos de prevenção e quem deveria tratá-las. Todos os grupos avaliados foram unânimes em dizer que as lesões de mancha branca depreciam a aparência geral do paciente ortodôntico, e que o paciente é o maior responsável pelo aparecimento e prevenção dessas lesões. Esses resultados nos trazem alívio, mas não nos eximem da responsabilidade para com esses pacientes (Fig. 1).

Agentes autocondicionantes produzem menores alterações de cor no esmalte após descolagem Uma preocupação constante ao se colar acessórios ortodônticos é se essa colagem alterará ou não a cor do esmalte ao final do tratamento ortodôntico. Várias são as técnicas e os materiais utilizados para condicionar o esmalte dentário previamente à colagem dos acessórios ortodônticos. Em um estudo recente2, pesquisadores egípcios avaliaram se os diferentes métodos e materiais alterariam ou não a cor do esmalte após a descolagem, além de verificarem o grau de penetração dos materiais de colagem no esmalte. Os resultados encontrados mostram que os agentes autocondicionantes apresentaram menores níveis de penetração e coloração do esmalte após descolagem, por sua vez o condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 60 segundos apresentou os

1

A

Figura 1 - Fotografias intrabucais pós-tratamento ortodôntico de dois pacientes: A) dentes sem lesões de manchas brancas, B) dentes com lesões de manchas brancas (Fonte: Maxfield et al.3, 2012).

Como citar essa seção: Pithon MM. Orthodontics highlights. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):2-3.

Professor de Ortodontia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestre e Doutor em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

Enviado em: 20 de agosto de 2012 - Revisado e aceito: 5 de setembro de 2012

Endereço para correspondência: Matheus Melo Pithon E-mail: matheuspithon@gmail.com

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B

2

Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):2-3


Pithon MM

Extração de incisivo inferior afeta a estética ao sorrir Uma das opções bastante difundidas na literatura para o tratamento de apinhamento anteroinferior é a extração de um incisivo inferior. Apesar de ser um procedimento muito praticado, uma pergunta persistia, sobre como seria a receptividade por parte do paciente a esse método de tratamento. No intuito de elucidar essa dúvida, pesquisadores brasileiros4 simularam, com o auxílio de fotografias modificadas em

Imagem 1

programa de manipulação de imagens, a extração de incisivos inferiores. Os resultados encontrados mostram que, quando outras opções estão disponíveis, a extração de incisivos inferiores deve ser sempre descartada, devido ao comprometimento estético gerado e percebido pelos grupos avaliados (Fig. 2). Extrações dentárias modificam o vermelhão do lábio Reconhecida mundialmente por seus atributos estéticos, Angelina Jolie destaca-se pelos seus traços faciais delicados e lábios salientes. Por se tratar de uma atriz de Hollywood, seus atributos estéticos instigam mulheres de todo mundo a copiá-la. Nesse contexto, a cada dia mais mulheres aparecem nos consultórios médicos em busca dos lábios de Angelina Jolie. Mas você pode se perguntar: o que a Ortodontia tem a ver com os lábios? Foi na tentativa de elucidar essa relação que autores japoneses desenvolveram um trabalho5 avaliando a influência do tratamento ortodôntico com extração, em casos de biprotrusão, no vermelhão dos lábios. Os resultados evidenciaram influência das extrações dentárias no vermelhão do lábios, podendo, com isso, favorecer melhorias na estética facial.

Imagem 2

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B

D

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Referências

1.

Hodge TM, Boyd PT, Munyombwe T, Littlewood SJ. Orthodontists’ perceptions of the need for orthognathic surgery in patients with Class II Division 1 malocclusion based on extraoral examinations. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2012 Jul;142(1):52-9.

2. E

Enamel colour changes after debonding using various bonding systems. J Orthod.

A

2012 Jun;39(2):82-8.

Figura 2 - Avaliação das imagens modificadas. Imagem 1: A) com os quatro incisivos; B) sem qualquer alteração na largura dos três incisivos restantes; C) com aumento dos três incisivos inferiores na mesma proporção; D) com aumento mesiodistal no incisivo central e nenhuma alteração nos incisivos laterais; E) com aumento mesiodistal dos incisivos laterais e sem qualquer alteração no central. Imagem 2: E) com aumento mesiodistal dos incisivos laterais e sem qualquer alteração no central; D) com aumento mesiodistal no incisivo central e nenhuma alteração nos incisivos laterais; C) com aumento dos três incisivos inferiores na mesma proporção; B) sem qualquer alteração na largura dos três incisivos restantes; A) com os quatro incisivos (Fonte: Pithon et al.4, 2012).

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3

Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):2-3


insight ortodôntico

Estética em Ortodontia: Pontos de Interesse, Pontos de Referência e Pontos de Discrepância Carlos Alexandre Câmara1

É fundamental para os ortodontistas e todos os profissionais que estão envolvidos com a estética facial, bucal e dentária conhecer a forma como os indivíduos observam as estruturas dentofaciais. Sendo assim, será o objetivo desse artigo apresentar e descrever os pontos de Interesse, de Referência e de Discrepância. Com o conhecimento e percepção desses pontos, será mais fácil para os ortodontistas criar canais convergentes de comunicação com os seu pacientes. Palavras-chave: Estética. Beleza. Ortodontia.

demonstrado interesse, como o trágico, o sublime, o gracioso, o risível, o humorístico, etc., reservando-se o termo belo para aquele tipo especial caracterizado pela harmonia, pelo senso de medida, pela fruição serena e tranquila2. A Estética é, então, essa espécie de reformulação da Filosofia inteira em relação à beleza. Em vista da complexidade do campo da Estética, surge o dilema criado pela tentação irracional: a beleza está nos olhos de quem observa ou é inerente ao objeto? Embora essa questão não possa ser solucionada de uma maneira fácil, pois trata-se de uma forma filosófica que cada indivíduo interpreta de maneira própria, ela pode e deve ser auxiliada na sua concepção, principalmente para os ortodontistas, que trabalham, no exercício da sua profissão, com a estética dentofacial.

Estética é o estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita nos homens1. Essa definição aparentemente simples do significado da palavra estética, que pode ser encontrada no dicionário1, esconde um sentido extremamente amplo. O estudo e a busca pelo seu real significado no mundo ocidental remontam aos filósofos gregos, como Platão, Aristóteles e Plotino. A complexidade do termo estética é fruto de diversas teorias filosóficas que buscaram encontrar uma explicação consistente para o seu significado. O adjetivo estético passou, então, a designar o campo geral da Estética, que incluía todas as categorias pelas quais os artistas e pensadores tivessem

Como citar este artigo: Câmara CA. Esthetics in Orthodontics: Interest points, reference points and discrepancy points. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):4-7. 1

Especialista em Ortodontia (FO-UERJ). Enviado em: 22 de junho de 2011 - Revisado e aceito: 10 de agosto de 2012

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

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Endereço para correspondência: Carlos Alexandre Leopoldo Peersen da Câmara E-mail: cac.ortodontia@digi.com.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):4-7


entrevista

uma entrevista com

Paulo José d’Albuquerque Medeiros • Graduado pela Faculdade de Odontologia da UFRJ – Praia Vermelha, 1978. • Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial pela UERJ, 1979. • Residência em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Universidade do Texas, EUA, 1981-1984. • Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da UFRJ, 1991 e 2001. • Professor da UFRJ e da UERJ desde 1979. • Professor Titular de Cirurgia Bucal da Faculdade de Odontologia da UERJ desde 1995. • Autor dos livros “Cirurgia Ortognática para o Ortodontista”, “Cirurgia dos Dentes Inclusos”, “Atualidades em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial”. • Clínica particular no Rio de Janeiro desde 1979. • Ministrante de inúmeros cursos e palestras no Brasil e no exterior.

O professor Paulo José d’Albuquerque Medeiros é filho de Paulo Pinho de Medeiros e Conceição Rosário d’Albuquerque Medeiros, nascido no Rio de Janeiro em 7 de março de 1957. É casado há 31 anos com a odontopediatra Patrícia Leão Medeiros, e tem dois filhos: Alessandra Leão Medeiros Parente, 30 anos, juíza de Direito; e Bruno Leão Medeiros, 28 anos, economista. Gosta de música e cinema e canta muito bem. Tem um gosto apurado para bons vinhos, sendo o Chateau Palmer o seu preferido. Tem como atual livro de bolso o “1001 vinhos para beber antes de morrer”. Seu maior desafio da vida: “manter a motivação de ensinar, que é a minha vocação”. Marco Antonio Almeida

Como citar esta seção: Medeiros PJD. Interview. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):8-23. Enviado em: 2 de julho de 2012 - Revisado e aceito: 7 de agosto de 2012 » Os pacientes que aparecem na presente seção autorizaram previamente a publicação de suas fotografias e radiografias.

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):8-23


Medeiros PJD

ESTÉTICA A maior procura dos pacientes é por estética ou por função? (Antenor Araújo) A motivação da maioria dos pacientes é por melhoria estética. Vale lembrar como é difícil para o ortodontista fazer um indivíduo aceitar um tratamento ortocirúrgico, ainda que ele possua algum tipo de má oclusão, sem que haja comprometimento da estética facial. Quais parâmetros você considera mais importantes na análise da estética facial? (Carlos Estevanell Tavares) Ainda que eu pudesse citar vários aspectos, prefiro destacar o sorriso, que é o nosso “cartão de visitas”. Já tive alguns pacientes que, após a correção do excesso vertical da maxila, passaram a ser questionados por amigos se estavam usando lentes de contato (Fig. 1). Parece que um sorriso antiestético consegue “apagar” outros traços faciais interessantes. O chamado “corredor bucal”, que por vezes é tratado por meio da disjunção ortocirúrgica (Fig. 2) e, em outras situações, apenas melhorando a forma das arcadas por meio da movimentação dentária, também influi sobremaneira no sorriso e na estética facial (Fig. 3).

A

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Figura 1 - Paciente Classe II com excesso vertical da maxila e deficiência anteroposterior (A-P) da mandíbula (A). Após o procedimento cirúrgico de reposição superior da maxila e avanço mandibular, os olhos ganharam maior destaque (B).

B

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):8-23


Medeiros PJD

Antenor Araújo » Pós-Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial, University of Texas.

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Arno Locks » Doutor em Ortodontia, UNESP. Pós-Doutor, Royal School of Dentistry University of Aarhus. Carlos Elias Ferreira de Freitas » Professor de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS-BA). » Professor de Cirurgia Ortognática dos Cursos de Especialização em Ortodontia da UFBA e da ABO-BA. » Coordenador do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (HGRS) - SESAB. » Coordenador Geral de Cirurgia & Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital da Bahia. Carlos Estevanell Tavares » Doutor em Odontologia, UFRJ. Marco Antonio Almeida » Pós-Doutor em Ortodontia, University of North Carolina. Weber Ursi » Doutor em Ortodontia, USP.

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):8-23


artigo inédito

Estudo da agradabilidade da face utilizando a análise facial frontal em fotografias padronizadas Imara de Almeida Castro Morosini1, Ana Paula Lazzari Marques Peron2, Keila Rodrigues Correia3, Ricardo Moresca4

Objetivo: esse estudo foi desenvolvido com o propósito de verificar se a análise facial numérica realizada em fotografias frontais é sensível em detectar a atratividade da face. Métodos: a amostra foi composta por fotografias faciais padronizadas, frontais e laterais, em posição natural da cabeça, de 85 mulheres brasileiras, leucodermas, com idades entre 18 e 30 anos, sem histórico de cirurgia plástica facial. A idade média da amostra foi de 23 anos e 9 meses. As fotografias foram classificadas de acordo com o grau de atratividade da face por uma banca composta de cinco especialistas em Ortodontia, cinco leigos e cinco artistas plásticos. A partir dessa classificação, os indivíduos foram divididos em três grupos: esteticamente agradáveis, esteticamente aceitáveis e esteticamente desagradáveis. Em seguida, foram realizados os traçados fotométricos por meio computadorizado. As médias das variáveis lineares, proporcionais e angulares propostas foram comparadas estatisticamente entre os grupos. Resultados: pela análise subjetiva, 18,8% da amostra foram classificados como esteticamente desagradáveis, 70,6% como esteticamente aceitáveis e 10,6% como esteticamente agradáveis. Na maioria das variáveis, não observou-se diferenças entre os grupos. Em apenas três delas houve diferenças estatisticamente significativas. Todas as diferenças encontradas relacionaram-se ao terço inferior da face e ao padrão facial. Conclusão: no presente estudo, a análise facial numérica utilizada isoladamente não foi sensível na detecção de padrões de atratividade, já que os critérios de beleza parecem ser altamente subjetivos. Palavras-chave: Análise facial. Atratividade. Estética facial.

Como citar este artigo: Morosini IAC, Peron APLM, Correia KR, Moresca R. Study of face pleasantness using facial analysis in standardized frontal photographs. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):24-34.

Especialista em Ortodontia, UFPR. Mestre em Odontologia, UFPR. Professora do curso de Especialização em Ortodontia, Universidade Positivo.

1

Especialista em Ortodontia, UFPR. Mestranda em Ortodontia, PUC/PR. Professora do curso de Especialização em Ortodontia, Universidade Positivo.

2

Enviado em: 27 de julho de 2008 - Revisado e aceito: 01 de junho de 2012.

Especialista em Ortodontia, UFPR.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

3

Doutor em Ortodontia, FOUSP. Professor Adjunto de Graduação e Pós-graduação em Ortodontia, UFPR. Professor Titular do Programa de Mestrado em Odontologia Clínica da Universidade Positivo.

4

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. Endereço para correspondência: Imara de Almeida Castro Morosini Av. Cândido Hartmann, 1465 – Bigorrilho – Curitiba/ PR CEP: 80.710-570 – E-mail: imaracastro@terra.com.br

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Morosini IAC, Peron APLM, Correia KR, Moresca R

INTRODUÇÃO Desde o início do século XX, tem-se observado na Ortodontia uma grande preocupação com a estética, envolvendo, principalmente, conceitos de equilíbrio e proporcionalidade da face2,21,27. Os critérios de beleza são altamente subjetivos, refletindo as particularidades culturais de uma população, da região onde ela vive e de um determinado período de tempo11. Com o passar dos anos, ocorreram mudanças significativas nos padrões estéticos faciais, portanto, os ortodontistas devem estar inteirados do que a população considera uma face ideal20. Do ponto de vista dos pacientes, a estética tem sido a principal motivação para a procura do tratamento ortodôntico26,28. Por isso, é recomendado que o tratamento ortodôntico seja planejado a partir de uma avaliação global da face, atentando às necessidades estéticas, bem como às questões cefalométricas e funcionais. Por meio do diagnóstico, o profissional deve tentar identificar as características faciais desagradáveis que podem ser alteradas com o tratamento ortodôntico, bem como os aspectos considerados agradáveis e que devem ser preservados durante o tratamento. É importante, entretanto, que essa avaliação seja realizada considerando-se características étnicas e individuais do paciente, tentando utilizar os mesmos parâmetros de avaliação estética do paciente e da sociedade à qual ele pertence29. Diversos estudos foram desenvolvidos focando tanto a análise facial numérica quanto a subjetiva, buscando estabelecer valores de referência para as medidas da face e verificar as preferências estéticas nas populações estudadas1,3,4,5,7-11,16,22,23,26. Há estudos avaliando a estética por meio de exame clínico e de medidas realizadas diretamente na face3,8,25. Também há estudos com técnicas de varredura a laser16 e métodos computadorizados17,18. Outros autores optaram pela utilização de fotografias faciais para a avaliação da estética4,9,29, considerando que os registros fotográficos permitem avaliar medidas e proporções detalhadamente, o que seria difícil de realizar diretamente na face. As fotografias permitem a observação do relacionamento harmonioso entre os tecidos duros e moles da face, contando com a participação do tecido adiposo, além de não expor o paciente à radiação nociva e apresentarem baixo custo9.

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Esse estudo foi desenvolvido para avaliar a agradabilidade facial e as características da face de mulheres por meio de fotografias padronizadas, de forma a: 1) Caracterizar a amostra estudada, segundo conceitos subjetivos de estética facial, em esteticamente agradável, esteticamente aceitável e esteticamente desagradável, considerando as fotografias frontais e laterais em conjunto. 2) Verificar o nível de concordância entre as avaliações subjetivas realizadas por ortodontistas, artistas plásticos e leigos. 3) Verificar as possíveis diferenças entre as médias das variáveis propostas nos três grupos estudados, considerando apenas as fotografias frontais. 4) Verificar se a análise facial frontal numérica é sensível em detectar a atratividade da face. MATERIAL E MÉTODOS Material O presente trabalho fez parte de uma série de pesquisas realizadas com o objetivo de estudar a estética facial em mulheres, empregando diversas análises faciais, tanto numéricas quanto proporcionais. Foram utilizadas fotografias padronizadas da face de 85 indivíduos do sexo feminino, brasileiros, leucodermas, residentes na cidade de Curitiba, com idade entre 18 e 30 anos, sem histórico de cirurgia plástica facial. A idade média da amostra foi de 23 anos e 9 meses ± 3 anos e 2 meses. Todos os indivíduos aceitaram participar voluntariamente da pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, informando-os sobre os objetivos do estudo. Métodos Fotografias Para a obtenção das fotografias (frontais e laterais), os indivíduos permaneciam sentados em um banco, olhando diretamente para seus olhos refletidos em um espelho colocado à frente6,14,30, mantendo uma postura ereta e normal, com ambos os braços livres ao lado do tronco9. Essa posição corresponde à “posição natural da cabeça de Broca”. Empregou-se uma tela branca de projeção para padronização do fundo, evitando, dessa forma, que o ambiente influenciasse na avaliação das imagens. Para a referência da linha vertical verdadeira, foi utilizado um fio de prumo14.

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Estudo da agradabilidade da face utilizando a análise facial frontal em fotografias padronizadas

artigo inédito

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artigo inédito

Padrão facial em pacientes com fissura pós-forame incisivo Leopoldino Capelozza Filho1, Rodrigo Silva Caldas2, Rita de Cássia Moura Carvalho Lauris3, Arlete de Oliveira Cavassan4

Objetivo: avaliar e determinar o padrão de crescimento facial de indivíduos com fissura pós-forame incisivo. Métodos: esse estudo transversal retrospectivo usou fotografias frontais e de perfil de uma amostra de 71 pacientes matriculados no HRAC-USP (Bauru/SP), sendo 22 indivíduos do sexo masculino e 49 do feminino, jovens adultos brasileiros, com idade média de 17 anos e 8 meses, sem tratamento ortodôntico prévio ou síndromes associadas. O método utilizado foi o diagnóstico facial subjetivo, baseado em conceitos técnicos, constando da análise morfológica qualitativa da face. Os indivíduos foram classificados, por dois ortodontistas do HRAC/USP, com base no conceito de padrão sugerido por Capelozza Filho: Padrão I, II, III, Face Longa e Face Curta. Resultados: a distribuição na análise morfológica frontal encontrada foi: Padrão I (69%), Padrão II (6%), Padrão III (7%), Padrão Face Longa (18%) e Padrão Face Curta (0%). Na análise morfológica de perfil, a distribuição encontrada foi: Padrão I (35%), Padrão II (38%), Padrão III (10%), Padrão Face Longa (17%) e Padrão Face Curta (0%). A distribuição no aspecto frontal foi muito positiva, já que os indivíduos Padrão I predominaram. Na análise do perfil, as displasias anteroposteriores foram expressas em essência, aumentando significativamente sua participação. Já o Padrão Face Longa manteve um equilíbrio em ambas as avaliações e o Padrão Face Curta não foi encontrado na amostra utilizada, provavelmente devido à baixa prevalência na população geral. Conclusão: a prevalência dos diversos padrões faciais para os pacientes com fissura pós-forame incisivo foi semelhante à encontrada para indivíduos sem fissura. Palavras-chave: Fissura palatina. Ortodontia. Crescimento.

Como citar este artigo: Capelozza Filho L, Caldas RS, Lauris RCMC, Cavassan AO. Facial pattern of patients with post-foramen incisor cleft. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):35-42.

1

Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da PROFIS e da Universidade do Sagrado Coração USC, Bauru/SP.

2

Especialista em Ortodontia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru/SP.

Enviado em: 09 de abril de 2009 - Revisado e aceito: 12 de abril de 2010

3

Estudante de doutorado em Ciências da Reabilitação, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru/SP.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

4

Mestre em Ortodontia, Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, USP/Bauru.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: . Leopoldino Capelozza Filho Rua Dr. Sérvio Tulio Carrijo Coube, 2-70 – Infante Dom Henrique – Bauru/SP CEP: 17012-632 – E-mail: lcapelozza@yahoo.com.br

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Padrão facial em pacientes com fissura pós-forame incisivo

artigo inédito

INTRODUÇÃO As fissuras de lábio e/ou palato são anomalias congênitas que ocorrem no período embrionário e que acarretam uma série de sequelas que podem acompanhar o indivíduo durante toda a vida. A alteração morfológica manifestada clinicamente é variável, podendo envolver o lábio, o palato ou o lábio e o palato28. A fissura isolada de palato, que corresponde a cerca de 23% dos pacientes com fissura9, motivo de estudo do presente trabalho, aparece na vida pré-natal, entre o final do período embrionário e o início do período fetal, mais especificamente entre a oitava e a décima segunda semana gestacional, período em que se fusiona o palato secundário. A formação do palato secundário envolve: 1) o crescimento de dois processos palatinos individuais, um de cada lado, oriundos da parte interna dos processos maxilares; 2) a elevação desses processos palatinos posicionados obliquamente em cada lado da língua e, 3) finalmente, a horizontalização acima da língua, com o crescimento em direção à linha média até o encontro dos dois processos palatinos, o que culmina com o desaparecimento do epitélio que os reveste e os individualiza, caracterizado por um mecanismo biológico denominado “mesodermização”. Esses eventos ocorrem até a décima segunda semana de vida pré-natal. A ausência de fusão dos processos palatinos, por falha em quaisquer dos eventos citados, determina a fissura de palato, cuja diversidade morfológica varia em extensão desde uma úvula sulcada até o comprometimento integral do palato, quando alcança o forame incisivo (Fig. 1)3. Elas podem ser classificadas como completas ou incompletas, agravando-se de posterior para anterior. Acredita-se na etiologia extragenética para a fissura de palato, muito embora tenha sido mencionado que vários genes estão envolvidos na formação do palato11,18. O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP) fixou uma rotina terapêutica que estabelece a realização da palatoplastia aos 12 meses de idade. Parece evidente a lógica de recompor a morfologia para, então, buscar uma adequação das funções desenvolvidas pelo sistema nasofaríngeo19. A restauração anatômica da fissura isolada de palato visa o desenvolvimento normal da fala, proteção da mucosa nasal respiratória e melhor funcionamento da tuba auditiva. Existe consenso de que quanto mais precoce for realizada a palatoplastia, melhores serão as respostas funcionais16.

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Em pacientes com fissura isolada de palato, a palatoplastia pode influenciar negativamente no comportamento sagital da maxila, de acordo com a análise da projeção malar na face, muito embora não chegue a comprometer o comportamento do padrão facial29. A configuração das características dentofaciais dos pacientes com fissura de lábio e/ou palato tem sido estabelecida com base na cefalometria. Nesse contexto, o padrão cefalométrico dos pacientes com fissura isolada de palato exibe diferença em relação ao padrão cefalométrico normativo27. Em virtude da escassez de relatos na literatura descrevendo o padrão facial dos pacientes com esse tipo de fissura, denotou-se a necessidade de um estudo mais amplo que não fosse baseado unicamente no padrão cefalométrico, e sim na morfologia facial. OBJETIVO O objetivo dessa pesquisa consistiu em diagnosticar o tipo de padrão facial em pacientes com fissura pós-forame incisivo, utilizando a análise morfológica da face, por meio das avaliações frontal e de perfil, definindo a classificação com base no conceito de padrão sugerido por Capelozza Filho5. MATERIAL E MÉTODOS Para esse estudo transversal retrospectivo, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do HRAC-USP, conforme parecer 140/2008, e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de todos os participantes ou responsáveis, foram selecionadas fotografias em norma frontal e de perfil, com base em documentação já existente, de 71 pacientes regularmente matriculados no HRAC-USP (Gráf. 1), sendo 22 indivíduos do sexo masculino e 49 do feminino, brasileiros, leucodermas, adultos jovens no estágio oclusal de dentição permanente, com idade média de 17 anos e 8 meses, sem histórico de tratamento ortodôntico e sem síndromes associadas. A distribuição amostral está de acordo com relatos da literatura, em que há consenso quanto à maior frequência das fissuras pós-forame nas mulheres26,27. As alterações morfológicas pós-operatórias, tão marcantes nas fissuras de lábio e palato8 que acabam por redesenhar a maxila ao longo do crescimento, não comprometem esteticamente a maxila nas fissuras de palato, comprovando que a palatoplastia não induz

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Padrão facial em pacientes com fissura pós-forame incisivo

artigo inédito

CONCLUSÃO Esse estudo constatou a prevalência dos diferentes padrões para os indivíduos com fissura pós-forame incisivo por meio da análise facial morfológica qualitativa, podendo sugerir que: • A prevalência dos diversos padrões para os pacientes com fissura pós-forame incisivo foi semelhante à encontrada para indivíduos sem fissura. • Do ponto de vista estético, a distribuição no aspecto frontal foi muito positiva, já que os indivíduos Padrão I predominaram.

• Na análise do perfil, as displasias anteroposteriores foram expressas em essência, aumentando significativamente sua participação. • O Padrão Face Longa, por apresentar uma discrepância vertical visível nas avaliações frontal e de perfil, manteve um equilíbrio em ambas as avaliações. • O Padrão Face Curta não foi encontrado na amostra utilizada, provavelmente devido à baixa prevalência na população em geral.

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artigo inédito

Tratamento conservador de má oclusão Classe I, com 12mm de sobressaliência, sobremordida acentuada e apinhamento inferior severo Marcos Alan Vieira Bittencourt1, Arthur Costa Rodrigues Farias2, Marcelo de Castellucci e Barbosa3

Introdução: paciente do sexo feminino, 12 anos e 2 meses de idade, apresentava molares em relação de chave de oclusão e caninos em relação de Classe II de Angle, sobressaliência acentuada (12mm), sobremordida profunda (100%), excessiva retroinclinação e extrusão dos incisivos inferiores e projeção dos superiores, com leves diastemas interincisais. Ambas as arcadas apresentavam-se constritas e a discrepância dentária inferior era de -6,5mm. Do ponto de vista facial, apresentava grande exposição dos incisivos superiores em repouso, interposição e eversão do lábio inferior, ângulo nasolabial agudo e perfil convexo. Objetivo: apresentar um caso clínico de má oclusão de Classe I com sobremordida e sobressaliência acentuadas, além de apinhamento severo, tratado com método conservador. Métodos: o tratamento foi constituído de leve retração e intrusão dos incisivos superiores, e projeção dos incisivos inferiores até que todo o apinhamento fosse eliminado. Resultados: obteve-se sobremordida e sobressaliência satisfatórias, manutenção da relação de chave de oclusão nos molares e obtenção dessa relação nos caninos e linhas médias coincidentes. As características faciais obtidas foram positivas, originando um perfil bastante agradável, com selamento labial passivo, promovido pela leve retração do lábio superior e projeção do lábio inferior, melhorando o ângulo nasolabial e o mentolabial. Conclusão: a abordagem conservadora, sem exodontias, mostrou-se efetiva e resultou em sensível melhora do relacionamento oclusal e da estética dentária e facial da paciente. Palavras-chave: Má oclusão Classe I de Angle. Ortodontia corretiva.

Como citar este artigo: Bittencourt MAV, Farias ACR, Castellucci e Barbosa M. Conservative treatment of a Class I malocclusion, with 12 mm overjet, overbite and severe mandibular crowding. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):43-52.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. Doutor e Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professor da disciplina de Ortodontia, UFBA. Coordenador do curso de Especialização em Ortodontia, UFBA. Diretor do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).

1

Enviado em: 20 de maio de 2009 - Revisado e aceito: 11 de julho de 2012 » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Especialista em Ortodontia, UFBA. Estudante de mestrado em Odontologia, UFRN. Ortodontista da Unidade de Deformidades da Face, UFRN.

2

3

Endereço para correspondência: Marcos Alan Vieira Bittencourt Av. Araújo Pinho, 62 – Faculdade de Odontologia da UFBA – 7° andar – Canela Salvador/BA – CEP: 40.110-150 E-mail: alan_orto@yahoo.com.br

Mestre em Odontologia, UFBA. Especialista em Ortodontia, PUC Minas. Estudante de doutorado em Odontologia, UFBA. Professor do curso de Especialização em Ortodontia, UFBA.

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artigo inédito

Tratamento conservador de má oclusão Classe I, com 12mm de sobressaliência, sobremordida acentuada e apinhamento inferior severo

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artigo inédito

Tratamento ortodôntico em adultos: restaurando a estética do sorriso Leopoldino Capelozza Filho1, Maria Fernanda Barros Aranha2, Terumi Okada Ozawa3, Arlete de Oliveira Cavassan4

Introdução: a procura de tratamento ortodôntico por pacientes adultos é cada vez maior. Essa demanda pode ser justificada por vários fatores, mas o mais relevante foi a mudança do conceito de normal, permitindo a opção por metas terapêuticas mais conservadoras, simples e consistentes. Essa evolução conceitual, mais os avanços tecnológicos, permitiram melhora no manejo ortodôntico, tornando-o mais efetivo, rápido e confortável. A conscientização, por parte da sociedade, das vantagens desse tratamento e o aumento da exigência estética entre os adultos, com uma vida social, afetiva e profissional cada vez mais longa e ativa, cria um contexto onde fica absolutamente estabelecida a necessidade de uma Ortodontia para os indivíduos adultos. Objetivo: o objetivo desse artigo foi relatar as nuances de diagnóstico e tratamento ortodôntico em um paciente adulto, dentro de uma perspectiva reformadora. Nessa abordagem, o objetivo é o resgate da forma, ou seja, estabelecer condições oclusais que, provavelmente, estariam presentes se o paciente tivesse sido assistido em épocas adequadas, na fase de crescimento e erupção dentária. Palavras-chave: Ortodontia. Estética do sorriso.

INTRODUÇÃO A prevalência de má oclusão é, com certeza, maior em adultos. Pode-se dizer que a má oclusão é diretamente proporcional à idade e que suas características refletem os cuidados, ou ausência deles, para com os dentes, desde os primórdios da dentição decídua. No Brasil, temos a primeira geração de indivíduos que, em número significativo, alcançam a idade adulta e

principiam a envelhecer com todos, ou quase todos, os dentes presentes na boca. Como reflexo, começam a ter — assim como ocorre nos países mais desenvolvidos na escala social — más oclusões caracterizadas por apinhamento dentário. Proffit et al.8 fizeram um estudo baseado em um levantamento epidemiológico para determinar a prevalência da má oclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico na população americana,

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Como citar este artigo: Capelozza Filho L, Aranha MFB, Ozawa TO, Cavassan AO. Orthodontic treatment in adults: Restoring smile esthetics. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):53-63.

1

Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da PROFIS e da Universidade do Sagrado Coração USC, Bauru/SP.

2

Aluna de Especialização em Ortodontia, PROFIS.

3

Ortodontista e responsável pela Divisão Odontológica do HRAC-USP.

4

Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Ortodontista do HRAC-USP.

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Enviado em: 30 de junho de 2009 - Revisado e aceito: 26 de junho de 2012. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Leopoldino Capelozza Filho Rua Dr. Servio Tulio Carrijo Coube, 2-70 – Jd. Infante D. Henrique – Bauru/SP CEP: 17.012-632 – E-mail: lcapelozza@yahoo.com.br

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Capelozza Filho L, Aranha MFB, Ozawa TO, Cavassan AO

Figura 20 - Forma das arcadas um ano após o tratamento, com uso noturno da placa de Hawley e manutenção do 3x3 com extensão distal até o dente 37, preservando o espaço para implante que o paciente ainda não colocara.

A

B

A

B

C

D

E

F

G

H

I

Figura 21 - Fotografias intrabucais comparativas do início do tratamento (A, B, C) e no controle de um ano pós-tratamento (D, E, F) e os efeitos positivos sobre o sorriso (G, H, I).

Conclusão O tratamento ortodôntico em pacientes adultos é uma realidade cada vez mais frequente. Para atender às expectativas desse pacientes, que geralmente são ligadas a uma busca por mais estética, tempo de tratamento reduzido e mínimo de desconforto durante o uso do aparelho, deve-se ter uma abordagem de tratamento direcionada e eficaz. O caso clínico apresentado mostrou uma mecânica consistente, norteada por objetivos reformadores, essenciais e possíveis de serem obtidos de uma maneira relativamente rápida, proporcionando ao paciente qualidade estética no sorriso e estabilidade oclusal potencial. Na arcada superior, a extração dentária executada foi absolutamente necessária para permitir os resultados obtidos e atender à queixa do paciente.

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artigo inédito

Impacto dos braquetes na estética do sorriso: percepção por leigos e ortodontistas Seandra Cordeiro de Oliveira1, Rachel D’Aurea Furquim2, Adilson Luiz Ramos3

Objetivo: esse estudo analisou a influência dos aparelhos ortodônticos na estética do sorriso em avaliação por adolescentes, adultos e ortodontistas. Métodos: foram utilizadas fotografias faciais do sorriso de uma jovem mulher, usando-se as seguintes combinações: aparelho ortodôntico de metal com ligaduras de diferentes cores (verde, vermelho e cinza); aparelho ortodôntico cerâmico (ligadura transparente); e sem aparelho — resultando em cinco fotografias de 15x20cm. Para a avaliação das fotografias, 16 adolescentes leigos, 16 adultos leigos e 16 ortodontistas foram selecionados de forma randômica. As fotografias foram aleatoriamente organizadas em um álbum, acompanhadas de uma escala visual analógica (EVA) para o registro das notas. As notas das duas avaliações de cada grupo (adolescentes, adultos e ortodontistas) foram submetidas à análise de erro (teste pareado de Wilcoxon) e comparação múltipla de grupos pelo teste de Kruskal-Wallis com significância de 5%. Resultados: ortodontistas, adultos e adolescentes concordaram em suas opiniões, porém, os ortodontistas deram notas menores em suas avaliações. Pôde ser observado que os braquetes cerâmicos foram mais aceitos, considerando-se a estética do sorriso, uma vez que os braquetes metálicos tiveram as menores notas. Conclusão: ortodontistas, adultos e adolescentes parecem preferir soluções estéticas durante o tratamento ortodôntico. Palavras-chave: Percepção visual. Braquetes ortodônticos. Estética dentária.

1

Especialista em Ortodontia, Associação Maringaense de Odontologia.

2

Mestranda em Odontologia Integrada, Universidade Estadual de Maringá.

3

Professor Adjunto do Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Maringá. Coordenador de Pós-Graduação em Odontologia Integrada, Universidade Estadual de Maringá.

4

Como citar este artigo: Oliveira SC, Furquim RD, Ramos AL. Impact of brackets on smile esthetics: Laypersons and orthodontists perception. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):64-70. Enviado em: 09 de abril de 2010 - Revisado e aceito: 05 de junho de 2012 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Professor de Ortodontia, Universidade Estadual de Maringá. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

mL

Endereço para correspondência: Rachel D’Aurea Furquim Rua Carlos Chagas, 247 – Zona 5 – CEP: 87.015-240 – Maringá/PR E-mail: rachelfurquim@odontoestetica.com.br

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Oliveira SC, Furquim RD, Ramos AL

INTRODUÇÃO Uma das principais razões que motivam os pacientes a iniciar o tratamento ortodôntico é o fator estético1,2,3, assim como disfunções da ATM e a melhora da saúde dentária como um todo4. Pacientes que procuram por tratamento ortodôntico apresentam uma percepção própria, tanto da face quanto dos dentes, maior do que as pessoas que não procuram tratamento. Esse fato sugere que os pacientes que buscam o tratamento ortodôntico, de maneira geral, são mais exigentes quanto à aparência estética5. O sorriso tem influência importante, uma vez que faces com sorrisos mais agradáveis são consideradas esteticamente mais aceitáveis6,7 e podem ser associadas a características psicológicas8,9. Mesmo considerando-se que o conceito de beleza é um tanto quanto subjetivo e está associado a vários fatores, o profissional tem a responsabilidade de capturar o real desejo do paciente, sendo esse seu objetivo principal no tratamento. Uma vez que o paciente inicia o tratamento ortodôntico por razões estéticas, é sensato afirmar que, durante o tratamento, ele também estará preocupado com sua estética. O uso dos braquetes pode prejudicar sua aparência, mesmo que temporariamente. Os tratamentos longos e a aparência antiestética dos braquetes metálicos são as principais razões que desmotivam pacientes adultos a iniciar o tratamento ortodôntico4. Com isso, a indústria de materiais está procurando oferecer alternativas para que o tratamento se torne esteticamente mais agradável, desenvolvendo tecnologias e técnicas específicas de tratamento, assim como aparelhos linguais, alinhadores transparentes e braquetes estéticos10. Um recente estudo concluiu que pacientes adultos pagariam mais para usar um dispositivo alternativo e braquetes cerâmicos, já que são considerados mais aceitáveis e atraentes do que os convencionais metálicos11. Uma pesquisa alemã (composta principalmente por indivíduos do sexo feminino) mostrou que 97% dos pacientes desejam ter suas más oclusões corrigidas por razões estéticas, mas que 62% rejeitam o tratamento com dispositivos aparentes12. Na Suécia, uma pesquisa com 160 adultos de 27 anos de idade, dos quais 76 haviam sido submetidos a tratamentos ortodônticos durante a adolescência, mostrou que

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67% deles provavelmente teriam utilizado braquetes visíveis, se necessário. Entretanto, com base somente na aparência dos braquetes, 33% dos adultos não gostariam de usar braquetes visíveis, se preciso. O mesmo grupo demonstrou que 84% provavelmente usariam braquetes visíveis durante a adolescência, se necessário13. Essas respostas sugerem a dicotomia entre a aceitação dos dispositivos ortodônticos por adolescentes e adultos. No entanto, até a presente data, nenhum estudo foi publicado sobre o impacto real desse tipo de aparelho ortodôntico na estética do sorriso, na avaliação de adolescentes em comparação com adultos ou ortodontistas. Até mesmo sobre braquetes metálicos, os quais são usados em grande escala nas clínicas odontológicas, existe uma pequena quantidade de trabalhos. Ziuchkovski et al.14 publicaram o primeiro artigo sobre o assunto e observaram que a atração dos dispositivos ortodônticos varia significativamente de acordo com a hierarquia dos tipos de dispositivos: aparelhos alternativos > aparelhos cerâmicos > aparelhos de aço inoxidável e aparelhos autoligáveis. Entretanto, esse estudo foi composto por uma amostra a partir dos 18 anos de idade. Em outro estudo, Berto et al.15 avaliaram o impacto dos braquetes ortodônticos na estética facial durante o sorriso, com e sem extração de pré-molares, em avaliação por adultos leigos e ortodontistas, concluindo que braquetes ortodônticos de metal não afetaram a estética facial. Paradoxalmente, descobriram que os braquetes cerâmicos foram significativamente menos agradáveis aos leigos. Para ortodontistas, os braquetes cerâmicos não influenciaram negativamente na estética facial. Os mesmos autores também concluíram que a percepção de adultos leigos e ortodontistas foi diferente15. Percebendo a falta de estudos sobre o impacto dos braquetes ortodônticos na estética do sorriso, particularmente na percepção dos adolescentes, é difícil para os ortodontistas informar seus pacientes, com base em evidências científicas, sobre qual braquete escolher. Essa escassez também se torna relevante quando consideramos os altos investimentos que estão sendo feitos pelas indústrias de materiais dentários na tentativa de desenvolver e comercializar braquetes ortodônticos mais imperceptíveis aos olhos humanos.

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Impacto dos braquetes na estética do sorriso: percepção por leigos e ortodontistas

artigo inédito

Mostra-se pertinente citar que, no presente estudo, todos os braquetes foram colados provisoriamente, fotografados e, posteriormente, removidos. Dessa forma, não estiveram sujeitos às intempéries decorrentes do tempo e do próprio tratamento ortodôntico, o que seria mais significativo para os braquetes cerâmicos, uma vez que eles estão sujeitos a sofrer alterações, principalmente na coloração do conjunto braquete/amarrilho elástico transparente, que poderiam afetar sua percepção estética. Esse fato sugere que mais estudos deveriam ser conduzidos com o objetivo de avaliar a percepção da estética desses dispositivos em longo prazo.

estatisticamente insignificantes em todos os grupos. Quando os sexos dos avaliadores foram comparados, somente os braquetes metálicos com ligaduras verdes apresentaram diferença significativa no grupo feminino, que pontuou-os como menos atrativos do que o grupo masculino. Nesse estudo, os avaliadores julgaram as fotografias de toda a face, não limitando-se a enquadramento do sorriso. Desse modo, os sorrisos são avaliados como uma parte integrante da estética facial. Em fotografias com enquadramento aproximado do sorriso, há uma sobrevalorização de certas características do sorriso em questão, especialmente dos aspectos negativos20. Apesar dos métodos diferentes de avaliação, nossos resultados corroboram os de Rosvall et al.11 e Ziuchkovski et al.14, em que ortodontistas e leigos classificaram os dispositivos em uma hierarquia onde a atratividade diminui com o aumento da quantidade de metal presente. Ao contrário, Berto et al.15 mostraram que leigos preferem braquetes metálicos aos cerâmicos, porém, sítios de extração estavam presentes nas fotografias, o que pode ter interferido na percepção.

CONCLUSÕES » Considerando-se o aspecto estético, sorrisos com dispositivos de metal apresentaram notas menores do que sorrisos sem braquetes e com braquetes cerâmicos. » Adolescentes, adultos e ortodontistas mostraram percepções similares na avaliação do impacto dos braquetes na estética do sorriso.

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artigo inédito

Análise fotométrica aplicada na determinação do tipo facial Luciana Flaquer Martins1, Julio Wilson Vigorito2

Introdução: em Ortodontia, a determinação do tipo facial é um elemento-chave na prescrição de um diagnóstico correto. Nos primórdios de nossa especialidade, a observação e a medição das estruturas craniofaciais eram feitas diretamente na face, em fotografias ou em modelos de gesso. Com o desenvolvimento dos métodos radiográficos, a análise cefalométrica foi substituindo a análise facial direta. Visando legitimar o estudo dos tecidos moles faciais, esse trabalho comparou a determinação do tipo facial pelos métodos antropométrico e cefalométrico. Métodos: a amostra constou de sessenta e quatro indivíduos brasileiros, adultos, leucodermas, de ambos os sexos, que aceitaram participar da pesquisa. De todos os indivíduos da amostra foram feitas telerradiografias laterais e fotografias faciais frontais, e os tipos faciais determinados pelo Índice Vert (cefalometricamente) e pelo Índice Facial (fotografias). Resultados: pela análise de concordância (Kappa), feita para os dois tipos de análise, encontramos uma concordância de 76,5%. Conclusões: foi possível considerar que o Índice Facial pode ser utilizado como um coadjuvante do diagnóstico ortodôntico, ou como método alternativo para pré-seleção de uma amostra, evitando que os sujeitos de pesquisas sejam submetidos a exames desnecessários. Palavras-chave: Técnicas de diagnóstico e procedimentos. Ortodontia. Antropometria.

INTRODUÇÃO Por inúmeras gerações, o homem se ocupa em observar e medir as características físicas do corpo humano1,2,3. Na Renascença, Leonardo da Vinci fez uma série de estudos sobre o corpo humano, caracterizando proporções e índices das estruturas anatômicas. Entre esses estudos,

podemos encontrar desenhos de diferentes tipos faciais, bem característicos, que até os dias de hoje podem ser encontrados em nossa sociedade4 (Fig. 1). Angle1, em 1899, salientou que, para que o ortodontista fosse capaz de diagnosticar corretamente as más oclusões, ele deveria, além de estar familiarizado

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Como citar este artigo: Martins LF, Vigorito JW. Photometric analysis applied in determining facial type. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):71-5.

Doutora em Ortodontia, FOUSP. Professora Coordenadora de Especialização em Ortodontia, Faculdade CIODONTO – Unidade Santo André/SP.

Enviado em: 11 de junho de 2010 - Revisado e aceito: 06 de agosto de 2012.

1

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Doutor em Ortodontia, USP. Professor de Ortodontia, FOUSP.

2

Endereço para correspondência: Luciana Flaquer Martins Rua das Caneleiras, 1074 – Santo André/SP – CEP: 09.090-050 E-mail: luflaquer@uol.com.br

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Martins LF, Vigorito JW

CONCLUSÕES Nesse estudo, observou-se que a determinação do tipo facial pelo método fotométrico (Índice Facial) apresentou-se confiável quando comparado ao método cefalométrico (avaliado por meio do Índice Vert). Contudo, a análise facial fotométrica deve ser coadjuvante, ou complementar, e não substituta ao método cefalométrico, uma vez que, principalmente nos casos onde os valores do Vert são limítrofes entre um tipo facial e outro, os tecidos moles podem mascarar as características ósseas. Esses resultados corroboram a tendência atual de se fazer uma análise morfológica, onde a utilização de fotografias faciais para estudos ortodônticos e de cirurgias faciais é um aliado essencial para um diagnóstico seguro e com resultados satisfatórios. Outra possibilidade para a utilização de fotografias faciais padronizadas para a determinação do tipo facial consiste na seleção de amostras de estudos científicos de uma maneira menos invasiva para os pacientes, que não necessitarão de uma dose extra de radiação para saber se são elegíveis ou não para participar de um estudo que envolva dados referentes aos diferentes tipos faciais.

DISCUSSÃO A avaliação das características faciais é essencial para a execução de um bom diagnóstico ortodôntico, uma vez que o posicionamento das estruturas ósseas e dentárias certamente influencia na aparência dos tecidos moles1,2,6,7,10. Como a estética facial é um dos objetivos que devem ser alcançados pelos ortodontistas ao final do tratamento, uma boa análise facial, tanto qualitativa1,2,4 quanto quantitativa10,11,13, deve ser observada ao se delinear o plano de tratamento. Historicamente, os estudos ortodônticos foram sendo direcionados para a avaliação das características radiográficas dos tecidos duros do complexo craniofacial e para a comprovação científica de como essas características poderiam influenciar no posicionamento dos tecidos moles e sua influência na estética facial6,7. Dentre os estudos cefalométricos, está a determinação do tipo facial, que é decisiva para o planejamento ortodôntico. Uma das formas possíveis de determinar qual o tipo facial dos indivíduos por meio de análises cefalométricas é pelo cálculo do Índice Vert6,7. Outro método de definir-se o tipo facial é a determinação do Índice Facial fotométrico5,8-11. A fotometria é uma ferramenta da antropologia com a qual é possível se quantificar as características corpóreas dos indivíduos por meio de fotografias. A vantagem de se utilizar fotografias faciais orientadas nos estudos ortodônticos é que, além dos estudos de diagnóstico iniciais, é possível comparar o mesmo indivíduo em tempos diferentes do tratamento ou de seu crescimento, além de comparar indivíduos diferentes e encontrar características semelhantes entre eles, qualificando esses indivíduos como um grupo singular1,2,11. Como encontramos os tecidos duros influenciando no posicionamento dos tecidos moles, podemos deduzir, com esse resultado, que os tecidos moles faciais também podem dissimular características ósseas10. A porcentagem de diferença encontrada entre os tipos faciais determinados pelos métodos cefalométrico e fotográfico, a princípio, deve-se ao fato de que, cefalometricamente, há o estudo de estruturas ósseas em perfil, enquanto em fotografias avaliamos os tecidos moles dos indivíduos em norma frontal. Essa é a importância de vincularmos ao diagnóstico as análises cefalométrica e fotométrica.

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artigo inédito

Alteração in vivo da coloração de ligaduras ortodônticas estéticas Andréia Viana Martins da Silva1, Giselle Vasconcelos de Mattos2, Carlos Mario Kato3, David Normando4

Objetivo: avaliar as alterações de cor ocorridas em elastômeros estéticos de quatro marcas comerciais, quando expostos ao meio bucal. Métodos: foram examinadas as quatro marcas comerciais mais citadas por ortodontistas — Morelli, Uniden, American Orthodontics (AO) e TP —, em 25 pacientes consecutivos. Os elastômeros foram distribuídos de forma aleatória e ordenados nas quatro hemiarcadas de cada paciente, permanecendo no meio bucal por 30 dias. Após esse período, duas unidades de cada marca em todos os pacientes foram fotografadas de forma padronizada para, posteriormente, serem analisadas através de avaliação visual quanto à variação de cor, por escores (0, 1, 2, 3), por um painel de quatro examinadores. Os escores médios dos examinadores foram analisados estatisticamente por meio da ANOVA e teste de Tukey, com p<0,05. Resultados: os escores médios de pigmentação, após 30 dias no meio intrabucal, obtidos para os elastômeros Morelli (1,80±0,78) e Uniden (1,92±0,66) não foram estatisticamente diferentes entre si. Entretanto, essas marcas estavam significativamente mais pigmentadas após 30 dias no meio intrabucal (p<0,01) quando comparadas às marcas importadas, American Orthodontics (0,97±0,6) e TP (0,83±0,79). Conclusão: apesar de todas as quatro marcas apresentarem uma indesejável pigmentação após 30 dias no meio intrabucal, as marcas American Orthodontics e TP apresentaram alterações de cor menos significativas do que as marcas Morelli e Uniden. Palavras-chave: Elastômeros. Pigmentação. Percepção visual.

1

Graduada em Odontologia, UFPA.

2

Especialista em Ortodontia, EAP/ABO-PA.

Como citar este artigo: Silva AVM, Mattos GV, Kato CM, Normando D. In vivo color changes of esthetic orthodontic ligatures. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):76-80.

3

Professor do curso de Especialização em Ortodontia, ABO-PA.

Enviado em: 08 de agosto de 2010 - Revisado e aceito: 13 de setembro de 2010

4

Especialista em Ortodontia, PROFIS-USP/Bauru. Mestre em Clínica Integrada, FOUSP. Doutor em Ortodontia, UERJ. Professor Adjunto de Ortodontia, UFPA. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia, ABO-PA.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Andréia Viana MArtins da Silva Travessa Três de Maio, 1782, apto 3002 – São Braz – Belém/PA CEP: 66.063-390 – E-mail: andreia_vms@yahoo.com.br

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Silva AVM, Mattos GV, Kato CM, Normando D

INTRODUÇÃO O avanço da Odontologia Estética e o aumento da procura pelo tratamento ortodôntico por pacientes adultos têm forçado a indústria a buscar novos produtos no mercado com o objetivo de tornar o aparelho ortodôntico cada vez esteticamente menos perceptível. Os braquetes colados pela face lingual dos dentes, os sistemas de alinhadores transparentes e os braquetes estéticos, produzidos com policarbonato, compósito, porcelana ou safira, exemplificam alguns desses produtos lançados pela indústria com o intuito de satisfazer as necessidades estéticas dos pacientes. Entretanto, a despeito da qualidade amplamente testada desses materiais antes do uso clínico, o ortodontista clínico reconhece que alguns desses produtos podem sofrer diversas alterações de suas propriedades, principalmente a alteração de cor por manchamento decorrente da ingestão de alimentos ou pelo contato com os fluidos bucais. Preocupações têm sido levantadas quanto à qualidade dos produtos e se uma empresa é superior à outra em termos de eficácia ou custo-benefício. Muitos estudos têm avaliado os efeitos do meio intrabucal nas propriedades elásticas de elastômeros, tais como declínio de força, atrito e alterações dimensionais1-7. Entretanto, a literatura revela uma preocupação menor dos pesquisadores quanto à análise do comportamento dos materiais ortodônticos após exposição ao meio bucal, principalmente sobre as mudanças no padrão estético. Os braquetes cerâmicos têm se tornado mais populares na clínica ortodôntica, nas últimas décadas, devido à sua boa estabilidade de cor; e uma queixa clínica muito comum entre ortodontistas e pacientes diz respeito às mudanças de cor dos elastômeros utilizados para amarrar os arcos ortodônticos a esses braquetes. A exposição prolongada a refrigerantes à base de cola é, comprovadamente, uma causa de mudanças de cor em compósitos restauradores, assim como especiarias e temperos podem causar manchas extrínsecas nos dentes8,9. Em Ortodontia, alguns estudos laboratoriais têm demonstrado que elastômeros de cor clara apresentam alteração de cor após serem mergulhados em líquidos com alta capacidade de pigmentação10,11,12. Esses estudos foram conduzidos in vitro, o que pode não representar outros inúmeros fatores presentes no meio bucal que poderiam contribuir para a alteração de cor, tais como a flora bucal, o efeito mecânico da escovação, os alimentos sólidos e semissólidos, também pigmentadores, entre tantos outros.

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Assim, parece inevitável admitir que um estudo in vivo representa uma análise mais realística da real mudança de cor desse material ortodôntico, após o seu uso clínico. Objetivo Analisar alterações de cor de elastômeros estéticos de quatro marcas comerciais, após a exposição ao meio bucal por um mês, por meio de uma análise visual. Material e Métodos Esse estudo avaliou quatro marcas comerciais de elastômeros ortodônticos estéticos: Morelli, lote 1268512 (Sorocaba/SP); Uniden, lote 040209E1-4 (Sorocaba/SP); American Orthodontics, lote 00182559 (Sheboygan, EUA); e TP, lote 1419028 (La Porte, EUA). Esses foram utilizados por 25 pacientes consecutivos em tratamento ortodôntico no Curso de Especialização em Ortodontia da ABO-Pará. As marcas foram selecionadas após pesquisa via e-mail, enviada a 100 ortodontistas brasileiros. Desses, 44 ortodontistas responderam à seguinte questão: Qual ligadura elástica estética você utiliza nos braquetes estéticos? Dois respondentes informaram que não usavam braquetes estéticos. Foram selecionadas as duas marcas comerciais nacionais e estrangeiras mais citadas pelos demais 42 ortodontistas. As marcas citadas nessa pesquisa foram: » Morelli (Sorocaba/SP) = 10. » Uniden (Sorocaba/SP) = 2. » TP (La Porte, EUA) = 8. » American Orthodontics (Sheboygan, EUA) = 11. » GAC (Bohemia, EUA) = 6. » 3M Unitek (St. Paul, EUA) = 3. » Orthosource (North Hollywood, EUA) = 1. » Tecnident (Porto Alegre/RS) = 1. O desenho do estudo foi do tipo split-mouth, randomizado, triplamente cego. Em cada paciente, as quatro marcas foram distribuídas por hemiarcada, de maneira aleatória ordenada (Fig. 1), permanecendo no meio bucal por um período de 30 dias. Os indivíduos participantes da pesquisa não obedeceram nenhum tipo de dieta específica. Após 30 dias, as ligaduras foram retiradas do meio bucal, separadas por hemiarcada, identificando-se as marcas por meio de números. Foram selecionadas para análise duas ligaduras, utilizadas nos dentes anteriores, de cada hemiarcada.

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Alteração in vivo da coloração de ligaduras ortodônticas estéticas

artigo inédito

de um paciente para outro (Fig. 1). Isso pode ter ocorrido devido à dieta e hábitos de higiene bucal diferentes entre os participantes da pesquisa, o que pode interferir no grau de pigmentação apresentada por esse material ao longo do período do experimento. Estudos que correlacionem a dieta e a pigmentação dos elastômeros por meio da divisão em grupos experimentais poderiam ser realizados a fim de se determinar que tipos de alimentos teriam maior contribuição para a degradação estética desse material. Diante dos resultados obtidos, a indústria de materiais ortodônticos, principalmente a brasileira, deveria investir mais na busca de uma solução para a manutenção da estabilidade da cor clara dos elastômeros utilizados em braquetes cerâmicos. Essa proposição iria ao encontro da população de adultos que atualmente buscam tratamento ortodôntico, com uma exigência estética cada vez maior.

As marcas nacionais (Morelli e Uniden) tiveram um desempenho semelhante, porém inferior ao das marcas importadas (American Orthodontics e TP) que, por sua vez, também apresentaram manchamento similar (Tab. 2). A análise visual desenvolvida nessa pesquisa permitiu uma comparação direta entre quatro marcas comerciais mais utilizadas, segundo um questionário prévio respondido por e-mail, e responde a um questionamento muito comum entre os ortodontistas, sobre qual marca garante ao paciente uma maior estabilidade estética durante o período que se estende entre duas consultas de manutenção do aparelho ortodôntico. Tentativas prévias foram realizadas no sentido de examinar os resultados por meio da espectrofotometria (Minolta)10 e por meio de fotografias analisadas pelo software Adobe Photoshop, versão 10.0 (Adobe System Inc., San Jose, EUA)11. Entretanto, os resultados apresentaram uma alta variabilidade no exame de teste-reteste, principalmente para a espectrofotometria, devido a limitações da técnica, que exige uma área relativamente grande para análise da cor e sofre influência da curvatura dos elastômeros, conforme citado anteriormente11. Grandes variações no comportamento de elastômeros da mesma marca comercial foram observadas

Conclusão Os resultados dessa pesquisa revelaram que todas as quatro marcas apresentaram uma indesejável pigmentação após 30 dias de exposição ao meio intrabucal, embora as marcas American Orthodontics e TP tenham apresentado uma pigmentação menor do que as marcas Morelli e Uniden.

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© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):76-80


artigo inédito

Habilidade de ortodontistas e leigos na percepção da redução gradual da exposição dentogengival durante o sorriso Elaine Cristina da Silva Barros1, Marielly Damiana Oliveira de Carvalho1, Karina Corrêa Flexa Ribeiro Mello2, Patrícia Botelho3, David Normando4

Objetivo: avaliar a diferença na percepção de ortodontistas e leigos quanto à redução da exposição dentogengival no sorriso. Métodos: no total, 60 avaliadores de ambos os sexos (30 leigos e 30 ortodontistas) avaliaram fotografias do sorriso espontâneo de dois indivíduos, um do sexo masculino e um do feminino. A partir das imagens originais, a altura do sorriso foi modificada usando-se um programa de manipulação de imagens. Os examinadores emitiram notas de 0 a 10, conforme o nível de agradabilidade. A reprodutibilidade do método foi examinada através do teste de Wilcoxon, enquanto os testes de Friedman e Wilcoxon (P<0,05) foram utilizados para observar as diferenças intra e interexaminadores, respectivamente. Resultados: os resultados demonstraram não haver diferença entre os grupos de avaliadores com relação à estética quando a altura de ambos os sorrisos foi modificada. Entretanto, o sorriso do indivíduo do sexo masculino teve menor aceitabilidade do que o sorriso feminino. Uma suave redução na exposição dentogengival no sorriso (2mm) não foi percebida por leigos ou ortodontistas (p>0,05). Conclusão: o sorriso do indivíduo do sexo feminino recebeu notas mais altas do que o do masculino; entretanto, amostras envolvendo um maior número de indivíduos em cada grupo são necessárias para confirmar se a observação estaria relacionada ao sexo do indivíduo examinado. Palavras-chave: Estética dentária. Sorriso. Ortodontia.

Como citar este artigo: Barros ECS, Carvalho MDO, Mello KCFR, Botelho P, Normando D. The ability of orthodontists and laypeople in the perception of gradual reduction of dentogingival exposure while smiling. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):81-6.

Graduada em Odontologia pela UFPA. Especialista em Ortodontia pela EAP/ABO-PA.

1

Graduada em Odontologia pela UFPA. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela EAP/ABO-PA. Professora do curso de especialização em Ortodontia da EAP/ABO-PA. Mestranda, Faculdade São Leopoldo Mandic, do programa de pósgraduação em Radiologia.

2

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Enviado em: 13 de dezembro de 2010 - Revisado e aceito: 12 de julho de 2012 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Graduada em Odontologia pela UFPA. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela APCD São José dos Campos/SP. Mestranda em Imaginologia Orofacial pela SLM Campinas/SP.

4

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Especialista em Ortodontia pela PROFIS-USP/Bauru. Mestre em Clínica Integrada pela FOUSP. Doutor em Odontologia (Ortodontia) pela UERJ. Professor Adjunto da Disciplina de Ortodontia da UFPA. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO-PA.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Endereço para correspondência: David Normando Rua Boaventura da Silva, 567, apto 1201, CEP: 66.055-090 - Belém/PA E-mail: davidnormando@hotmail.com

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):81-6


artigo inédito

Habilidade de ortodontistas e leigos na percepção da redução gradual da exposição dentogengival durante o sorriso

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artigo inédito

Análise da proporção largura/altura e zênite gengival em pacientes com agenesia bilateral do incisivo lateral superior Núbia Inocencya Pavesi Pini1, Luciana Manzotti De-Marchi2, Bruno Frazão Gribel3, Adilson Luiz Ramos4, Laurindo Zanco Furquim5, Renata Corrêa Pascotto6

Objetivo: o propósito desse estudo foi analisar, por meio de modelos de estudo e paquímetro digital, a proporção largura/altura e o zênite gengival (ZG) em pacientes com agenesia bilateral do incisivo lateral superior após o tratamento. Métodos: a amostra consistiu de 52 voluntários divididos em 3 grupos: GBR (n=18), pacientes com agenesia bilateral tratados com reanatomizações dentárias; GBI (n=10), pacientes com agenesia bilateral tratados com implantes; e GC (n=24), grupo controle. Os dados foram avaliados por meio dos testes de Shapiro-Wilk, Wilcoxon, Kruskal-Wallis, teste t, ANOVA (p<0,05) e correlação de Spearman. Resultados: para a proporção largura/altura dos incisivos laterais, o GBI apresentou menores valores (0,72 direito e esquerdo), quando comparado aos demais. Porém, a comparação intergrupos revelou diferenças estatisticamente significativas para o incisivo lateral direito (GBI x GC) e para o canino (GBR x GC). A avaliação das medianas obtidas para o ZG demonstrou que o GBR foi o mais destoante (0,5 direito e 0,48 esquerdo), e que o GBI (0,95 direito e 0,98 esquerdo) e o GC (0,98 direito e 0,8 esquerdo) apresentaram valores semelhantes, sem diferença estatisticamente significativa (p>0,05). Os valores obtidos para os lados direito e esquerdo foram considerados iguais dentro de cada grupo. Conclusão: embora não tenham sido encontradas diferenças estatísticas na comparação entre os grupos, pela análise descritiva dos dados, o GBI foi o grupo que apresentou as medidas mais destoantes dos demais em relação à proporção largura/altura, sendo que, para o zênite gengival, a maior diferença observada foi no GBR. Palavras-chave: Anodontia. Ortodontia. Implantes dentários.

Como citar este artigo: Pini NIP, De-Marchi LM, Gribel BF, Ramos AL, Furquim LZ, Pascotto RC. Analysis of width/height ratio and gingival zenith in patients with bilateral agenesis of maxillary lateral incisor. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):87-93.

Estudante de mestrado em Dentística na FOP/Unicamp.

1

Mestre em Odontologia Integrada, UEM. Professora do Departamento de Odontologia do Cesumar.

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3

Enviado em: 09 de abril de 2011 - Revisado e aceito: 28 de janeiro de 2012.

Mestre em Odontologia, PUC/MG. Aperfeiçoamento em Post Doctoral Resident, University of Michigan. Estudante de doutorado em Radiologia na FOP/Unicamp.

4

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Mestre em Ortodontia, FOB/USP. Doutor em Ortodontia, UNESP. Professor Adjunto de Graduação em Odontologia, UEM. Professor de Especialização em Ortodontia, UEM, AMO e CESUMAR.

Endereço para correspondência: Núbia Pavesi Pini Rua Madre Cecília, 1560 – bloco F, apto. 43 – Centro CEP: 13.400-490 – Piracicaba/SP E-mail: nubiapini01@gmail.com

Doutor em Patologia Bucal, FOB/USP. Professor Adjunto de Graduação em Odontologia, UEM. Professor de Especialização em Ortodontia, UEM, AMO e CESUMAR.

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Mestre e Doutora em Dentística, USP. Professora Adjunta de Graduação em Odontologia, UEM.

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artigo inédito

Análise da proporção largura/altura e zênite gengival em pacientes com agenesia bilateral do incisivo lateral superior

INTRODUÇÃO As agenesias dentárias na região anterossuperior comprometem o equilíbrio e a simetria do sorriso, interferindo negativamente nos relacionamentos interpessoais e na autoestima do paciente1,2. Atualmente, a estética do sorriso está relacionada a diversos parâmetros e, dessa forma, todos os profissionais envolvidos no tratamento da agenesia dos incisivos laterais buscam alcançar os objetivos estéticos dentofaciais. A proporção largura/altura dos dentes e o zênite gengival adequados são características desejáveis para o sorriso, segundo a literatura atual na área da cosmética. Podem, então, ser referências para o tratamento reabilitador estético3,4,5, como o necessário para pacientes com agenesia. Diferentes autores6-12 vêm estudando esses princípios estéticos mencionados, contudo, há pouca informação sobre como eles têm sido aplicados para o tratamento reabilitador de pacientes com agenesia. O tratamento de pacientes com agenesia unilateral ou bilateral de incisivos laterais superiores é um desafio interdisciplinar que requer correto diagnóstico e um planejamento individual que possa devolver a função e estética do sorriso em longo prazo13,14,15. As opções de tratamento comumente indicadas para esses pacientes são o fechamento de espaços e reanatomização dos caninos em incisivos laterais, ou a abertura/manutenção dos espaços para colocação de implantes dentários16-20. Seja qual for a opção escolhida, os procedimentos realizados pelo ortodontista são necessários para melhor posicionar o canino (torque de coroa adequado e nivelamento da margem gengival) previamente à sua transformação em incisivo lateral, ou para adequar a largura da área da agenesia receptora do implante à largura de um incisivo lateral natural15,21,22. O presente estudo se propôs a analisar a proporção largura/altura e o zênite gengival dos dentes anteriores de pacientes com agenesia do incisivo lateral superior após o tratamento com fechamento de espaço e reanatomizações dentárias ou com a abertura de espaço e colocação de implantes; e, ainda, discutir a aplicabilidade de tais princípios estéticos e o seu relacionamento com a estética final dos pacientes com agenesia do incisivo lateral superior.

vididos em dois grupos, de acordo com o tratamento realizado: GBR (n=18), pacientes com agenesia bilateral tratada com fechamento ortodôntico de espaços e reanatomizações dentárias; e GBI (n=10), pacientes com agenesia bilateral tratada com abertura de espaço e colocação de implantes. O grupo controle (GC) foi composto por 24 pacientes, selecionados usando-se os seguintes critérios: (1) o paciente nunca realizou tratamento ortodôntico ou ortopédico; (2) não apresenta histórico de dor facial no último ano; (3) não faz uso de placa de bruxismo; (4) presença de todos os dentes na boca, exceto terceiros molares; (5) sem discrepância de bases ósseas; com (6) bom alinhamento dentário. Os pacientes do grupo GBR e GBI foram avaliados, em média, por 5,03 anos e 3,08 anos, respectivamente, após a conclusão do tratamento reabilitador interdisciplinar. Todos os pacientes foram convidados a participar dessa pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Maringá (Parecer n° 582/2009). Para a avaliação dos princípios estéticos, foram obtidos modelos de estudo confeccionados em gesso ortodôntico (Asfer – Asfer Indústria Química Ltda, São Caetano do Sul/SP), a partir de moldagens com alginato (Jeltrate Plus – Dentsply, Petrópolis/RJ), de todos os pacientes. A largura (L) e a altura (H) dos dentes foram medidas nos próprios modelos, com auxílio de um paquímetro digital (Mitutoyo, São Paulo/SP), e a proporção largura/altura (L/H) de cada dente foi calculada pela divisão da largura pela altura. O nível do zênite gengival (ZG) dos incisivos laterais superiores (ILS) foi avaliado em relação a uma linha tangente aos ZG dos caninos e incisivos centrais, desenhada nos modelos de estudo dos pacientes (Fig. 1). A distância entre essa linha e o ZG dos ILS foi medida com um paquímetro digital sob magnificação de 4x.

Material e Métodos Para esse estudo, foram selecionados 28 pacientes com agenesia bilateral do incisivo lateral superior, di-

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Figura 1 - Análise do zênite gengival do incisivo lateral superior obtido a partir de uma linha tangente aos ZG dos caninos e incisivos centrais, desenhada nos modelos de estudo dos pacientes.

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Pini NIP, De-Marchi LM, Gribel BF, Ramos AL, Furquim LZ, Pascotto RC

princípios de proporções estéticas no tratamento de pacientes com agenesia do incisivo lateral superior. É preciso continuar essas análises tanto com um maior número de pacientes, para que as diferenças intergrupos e padrões possam ser estabelecidas, como com um controle desses pacientes, para que a estética dos tratamentos também seja avaliada em longo prazo.

pacientes com agenesia bilateral de incisivos laterais tratados com reanatomização (GBR) ou implantes (GBI) e o grupo controle (GC); porém, comparando-se as medianas encontradas para os incisivos laterais, o GBI apresentou valores menores que o GBR e o GC. » Em relação ao zênite gengival, o GBR foi o grupo mais destoante dos demais, apresentando valores negativos para esse dado, o que evidencia que a reposição dos incisivos laterais e caninos por caninos e pré-molares reanatomizados, respectivamente, não contempla a formação do triângulo gengival, como preconizado esteticamente.

Conclusões De acordo com os resultados obtidos na avaliação dos três grupos, pode-se concluir que: » Não houve diferença estatisticamente significativa para a proporção largura/altura entre os

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artigo inédito

Avaliação das alterações no sorriso após a expansão rápida da maxila Ana Paula Morales Cobra de Carvalho1, Fernanda Cavicchioli Goldenberg2, Fernanda Angelieri3, Danilo Furquim Siqueira4, Silvana Bommarito5, Marco Antonio Scanavini6, Lylian Kazumi Kanashiro7

Introdução: esse estudo avaliou as alterações das características do sorriso de pacientes com atresia maxilar submetidos à expansão rápida da maxila (ERM). Métodos: a amostra consistiu de 81 fotografias extrabucais do sorriso máximo de 27 pacientes, com idade média de 10 anos, antes da expansão e aos três e seis meses após a fixação do parafuso expansor. As análises das fotografias foram realizadas por meio do programa Cef X 2001, e as seguintes medidas foram analisadas: dimensão transversal do sorriso, corredores bucais, quantidade de exposição dos incisivos superiores, exposição gengival dos incisivos superiores, altura do sorriso, espessuras dos lábios superior e inferior, simetria e arco do sorriso. As alterações no sorriso durante as diferentes fases foram avaliadas por meio da análise de variância (ANOVA), seguida pelo teste de comparações múltiplas de Bonferroni, com nível de significância de 5%. Resultados: a ERM promoveu aumento estatisticamente significativo da dimensão transversal do sorriso e da quantidade de exposição dos incisivos centrais e laterais superiores; manutenção da simetria entre os lados direito e esquerdo e da falta de paralelismo entre a curvatura das bordas dos incisivos superiores e a do lábio inferior. Conclusão: a ERM beneficiou a estética do sorriso com o aumento da dimensão transversal do sorriso e da quantidade de exposição dos incisivos centrais e laterais superiores. Palavras-chave: Ortodontia. Sorriso. Ortodontia interceptora.

1

Mestre em Ortodontia, Universidade Metodista de São Paulo.

2

Doutora em Ciências, Unifesp.

3

Professora Associada do Programa de Pós-graduação em Odontologia, área de concentração Ortodontia, Universidade Metodista de São Paulo.

4

Professor do Programa de Graduação e Pós-graduação em nível de Especialização e Mestrado, usc/Bauru.

5

Professora Adjunta II do Departamento de Fonoaudiologia, Unifesp/epm. Professor responsável pelo Ambulatório de Motricidade Orofacial do curso de Fonoaudiologia, Unifesp/epm.

6

Coordenador do Programa de Pós-graduação em Odontologia, Universidade Metodista de São Paulo.

7

Mestre e Doutora em Ortodontia, fousp. Professora e Doutora em Ortodontia, fousp.

© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

Como citar este artigo: Carvalho APMC, Goldenberg FC, Angelieri F, Siqueira DF, Bommarito S, Scanavini MA, Kanashiro LK. Assessment of changes in smile after rapid maxillary expansion. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):94-101. Enviado em: 07 de novembro de 2011 - Revisado e aceito: 28 de junho de 2012. » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Ana Paula M. C. de Carvalho Rua Cantagalo, 630, ap. 102 – Tatuapé CEP: 03.319-000 – São Paulo/SP E-mail: anapaula1007@hotmail.com

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Carvalho APMC, Goldenberg FC, Angelieri F, Siqueira DF, Bommarito S, Scanavini MA, Kanashiro LK

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© 2012 Dental Press Journal of Orthodontics

101

Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):94-101


artigo inédito

Percepção estética e valorização econômica dos aparelhos ortodônticos por adultos brasileiros leigos Daniela Feu1, Fernanda Catharino2, Candice Belchior Duplat3, Jonas Capelli Junior4

Objetivo: avaliar a percepção de brasileiros adultos leigos para diferentes aparelhos ortodônticos e sua influência na valorização econômica do tratamento, considerando o nível socioeconômico, idade e sexo dos avaliadores. Métodos: oito combinações de aparelhos ortodônticos e alinhadores foram colocadas em um adulto com bom alinhamento dentário, e fotografias frontais foram feitas para compor um álbum de imagens de pesquisa. Uma amostra de adultos (n = 252, mediana = 26 anos) classificou cada imagem por (1) atratividade, em uma escala visual analógica, e (2) disposição a pagar a mais para realizar o tratamento com um aparelho estético em relação a um aparelho metálico e em relação a um alinhador. Comparações da atratividade dos aparelhos foram realizadas utilizando-se o teste de Friedman e o post-hoc de Dann. A correlação entre a valorização econômica, nível socioeconômico, idade, sexo e percepção estética foi calculada com a análise de correlação de Spearman. Resultados: a atratividade dos aparelhos ortodônticos variou significativamente, na seguinte hierarquia: alinhadores > aparelhos de safira > aparelhos metálicos tradicionais e autoligáveis > aparelhos dourados. A correlação entre a atratividade dos aparelhos e a disposição em pagar mais por eles foi fraca. Contudo, ter melhor nível socioeconômico e idade entre 17 e 26 anos aumentou significativamente a disposição de pagar dos avaliadores. Conclusões: alinhadores e braquetes de safira com fio estético foram considerados as opções de maior atratividade para essa amostra. Entretanto, os avaliadores não estiveram dispostos a pagar a mais para realizar seus tratamentos com os dispositivos que julgaram mais estéticos, sendo, contudo, significativamente influenciados por seu nível socioeconômico e idade. Palavras-chave: Aparelhos ortodônticos. Estética. Ortodontia corretiva. Análise de custo-benefício.

Como citar este artigo: Feu D, Catharino F, Duplat CB, Capelli Junior J. Esthetic perception and economic value of orthodontic appliances by lay Brazilian adults. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):102-14.

Mestre em Ortodontia e Doutorando em Ortodontia, UERJ.

1

Mestre em Ortodontia e Doutorado em Ortodontia, UERJ. Professora do Departamento de Ortodontia da Faculdade Bahiana de Odontologia.

2

Enviado em: 02 de abril de 2012 - Revisado e aceito: 28 de junho de 2012.

Especialista em Ortodontia, UERJ.

3

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Doutor em Ortodontia, UERJ. Professor Associado do Departamento de Ortodontia da UERJ.

4

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Daniela Feu Rua da Grécia, 85, apt. 1101 – Barro Vermelho – Vitória/ES CEP: 29.057-660 – Email: danifeutz@yahoo.com.br

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):102-14


Percepção estética e valorização econômica dos aparelhos ortodônticos por adultos brasileiros leigos

artigo inédito

Agradecimentos Os aparelhos utilizados nesse estudo foram gentilmente oferecidos por Fábio Barreto, da OrthoAdvanced Especialidades Ortodônticas. Também gostaríamos de agradecer à Deise Campos Caldas e Priscila Pamela Braga Jambo, pela ajuda na realização desse estudo.

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artigo inédito

Influência de diferentes proporções de largura/altura dos dentes anterossuperiores na atratividade de sorrisos gengivais Ana Carolina Guimarães Borges1, Mayra Reis Seixas2, Andre Wilson Machado3

Objetivo: avaliar, entre leigos e ortodontistas, a influência da alteração das proporções largura/altura dos dentes anterossuperiores na atratividade do sorriso, em fotografias do sorriso aproximado de três mulheres leucodermas adultas, com 4mm de exposição gengival. Métodos: as fotografias dos sorrisos aproximados foram manipuladas em computador e seis imagens foram criadas para cada sorriso com as proporções largura/altura dos dentes em 65%, 70%, 75%, 80%, 85% e 90%. Em seguida, todas essas imagens foram novamente manipuladas e criou-se uma máscara preta cobrindo todos os dentes da arcada inferior. As imagens foram, então, julgadas por 60 avaliadores, 30 ortodontistas e 30 leigos, que aferiram, em uma escala visual analógica, o nível de atratividade de cada imagem. Resultados: os resultados encontrados, em geral, demonstraram que as proporções de 75%, 80% e 85% receberam as maiores notas enquanto a de 65% recebeu as menores notas, para os dois grupos de examinadores (p<0,05). Quando os ortodontistas e leigos foram comparados, não foi encontrada, na grande maioria das situações, diferença estatística significativa entre seus julgamentos (p>0,05). Ainda, a comparação entre as notas aferidas aos sorrisos com e sem os dentes inferiores mostrou que, para todas as situações, não houve diferença estatisticamente significativa entre elas (p>0,05). Conclusão: para pacientes com sorriso gengival, as proporções largura/altura dos dentes anterossuperiores consideradas mais estéticas foram as de 75%, 80% e 85% para leigos e ortodontistas, e a presença ou não dos dentes inferiores não influenciou no nível de atratividade dos sorrisos pesquisados. Palavras-chave: Sorriso. Estética dentária. Gengiva.

Como citar este artigo: Borges ACG, Seixas MR, Machado AW. Influence of different width/height ratio of maxillary anterior teeth in the attractiveness of gingival smiles. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):115-22.

Especialista em Ortodontia, UFBA.

1

Mestre em Ortodontia, UFRJ. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia.

2

3

Enviado em: 31 de março de 2012 - Revisado e aceito: 31 de maio 2012

Professor Adjunto de Ortodontia, UFBA. Doutor em Ortodontia, UNESP/UCLAEUA. Mestre em Ortodontia, PUC-Minas. Professor colaborador do Mestrado em Ortodontia, UCLA-EUA.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Andre Wilson Machado Av. Araújo Pinho, 62 – 7º Andar – Canela, Salvador/BA CEP: 40.110-150 – E-mail: awmachado@gmail.com

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artigo inédito

Influência de diferentes proporções de largura/altura dos dentes anterossuperiores na atratividade de sorrisos gengivais

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):115-22


artigo inédito

Influência da pigmentação in vitro de ligaduras ortodônticas estéticas na atratividade do sorriso Camila Ferraz1, Marcelo Castellucci2, Márcio Sobral3

Objetivo: avaliar, através de fotografias clínicas, entre estudantes de Odontologia e ortodontistas, o grau de influência que ligaduras elásticas estéticas pigmentadas exercem sobre a atratividade do sorriso. Métodos: foram utilizadas 16 fotografias clínicas faciais do sorriso e 16 de sorriso aproximado de um único paciente portando braquetes ortodônticos de porcelana monocristalina, fio de NiTi teflonado e ligaduras elásticas estéticas de cinco marcas comerciais diferentes, distribuídas em oito grupos, G1 a G8 (Morelli, Ortho Technology, TP Orthodontics, 3M/Unitek clear, 3M/Unitek obscure, American Orthodontics clear, American Orthodontics pearl e American Orthodontics metalic pearl). Foram utilizadas 20 ligaduras de cada grupo, totalizando 160 ligaduras. Metade delas foi utilizada em estado natural e a outra metade após pigmentação in vitro. Todas as fotografias foram julgadas por 40 avaliadores, sendo 20 ortodontistas e 20 estudantes de Odontologia. Resultados: para ortodontistas, as ligaduras American Orthodontics pearl (G7) foram as que menos influenciaram o grau de atratividade do sorriso nos dois tipos de fotografias utilizadas. Para os estudantes de Odontologia, nas fotografias faciais do sorriso, as que obtiveram o melhor desempenho foram Morelli (G1), American Orthodontics clear (G6) e American Orthodontics pearl (G7) e, nas fotografias de sorriso aproximado, American Orthodontics pearl, metalic pearl e clear (G7, G8 e G6, respectivamente). Conclusões: tanto para ortodontistas quanto para estudantes de Odontologia, a pigmentação das ligaduras elásticas influenciou de forma negativa o grau de atratividade dos sorrisos nos dois tipos de fotografias clínicas avaliadas. Palavras-chave: Elastômeros. Estética. Pigmentação. Fotografia. Sorriso.

Como citar este artigo: Ferraz C, Castellucci M, Sobral M. Influence of in vitro pigmenting of esthetic orthodontic ligatures on smile attractiveness. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):123-30.

Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, UFBA. Estudante do mestrado em Odontologia da UFC.

1

Mestre em Odontologia, UFBA. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, PUC/MG. Professor do curso de Especialização em Ortodontia, UFBA.

Enviado em: 31 de setembro de 2011 - Revisado e aceito: 06 de agosto de 2012.

Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia, UFBA. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Camila Ferraz Rua Dr. Gilberto Studart, 1369/702 – Cocó – CEP: 60.192-095 – Fortaleza/CE E-mail: dracamilaferraz@hotmail.com

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Influência da pigmentação in vitro de ligaduras ortodônticas estéticas na atratividade do sorriso

artigo inédito

INTRODUÇÃO As ligaduras elásticas são acessórios comumente utilizados na Ortodontia e têm grande aplicação na fixação dos arcos aos braquetes. Alguns trabalhos laboratoriais já comprovaram que esses materiais elastoméricos são suscetíveis à pigmentação quando em contato com alguns pigmentos, saliva e bactérias1,2,3, o que faz com que sua vida útil diminua e haja comprometimento da estética no decorrer do tratamento. Tais alterações têm relação direta com a composição, qualidade de matérias-primas e grau de tecnologia empregada em sua fabricação que, por sua vez, varia muito de acordo com cada fabricante4,5,6. Com o objetivo de mascarar essas pigmentações, muitos fabricantes acrescentam cores às ligaduras, porém esse procedimento as torna inadequadas ao uso em aparelhos estéticos. Além disso, a aceitação do uso de ligaduras coloridas varia bastante de acordo com o sexo e a idade dos pacientes7,8. O conhecimento sobre as alterações em suas propriedades físicas e mecânicas é de grande interesse para a aplicação clínica desses materiais, uma vez que poderão permanecer, em média, 30 dias na cavidade bucal e, nesse intervalo, é muito importante que tais propriedades mantenham-se estáveis em relação à elasticidade e à estética1,4,5,6,9,10,11. Avaliações realizadas através de fotografias podem ser utilizadas para análise de alterações na cor de diversos tipos de materiais odontológicos, bem como na análise da atratividade e estética facial e do sorriso antes, durante e após tratamento ortodôntico pelos mais diversos grupos de examinadores possíveis8,12-17. Sabendo que o fenômeno cor é uma resposta psicofísica da interação luz/objeto que depende da percepção subjetiva individual do observador, e com o objetivo de obter um maior conhecimento sobre a influência estética desses materiais elastoméricos pigmentados sobre a aparência do sorriso do paciente durante o tratamento ortodôntico, torna-se necessária a realização de estudos clínicos sobre o referido tema. Baseados nessa premissa, o objetivo dos autores com o presente trabalho foi avaliar por meio de fotografias clínicas, entre estudantes de Odontologia e ortodontistas, a influência que ligaduras elásticas estéticas submetidas a processo de pigmentação exercem sobre a atratividade do sorriso.

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MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo caracteriza-se por uma abordagem experimental em que foram utilizadas fotografias clínicas faciais do sorriso e de sorriso aproximado de um único paciente adulto, com face e sorriso harmoniosos14, com alinhamento e nivelamento dentário adequado na arcada superior, que necessitava de tratamento ortodôntico fixo e desejava fazer uso de aparelho estético. A amostra constituiu-se de 16 fotografias clínicas faciais do sorriso (12,8cm x 17,1cm) e 16 de sorriso aproximado (19,2cm x 9,07cm) de um único paciente. O aparelho ortodôntico foi composto por braquetes de porcelana monocristalina (Ortho Technology, Tampa, EUA), fio de NiTi 0,016” teflonado (PTFE – politetrafluoretileno), na cor A2 (Beijing Smart Technology CO, Pequim, China) e ligaduras elásticas estéticas de cinco marcas comerciais diferentes, distribuídas em oito grupos, G1 a G8 (Morelli [Sorocaba/SP]; Ortho Technology [Tampa, EUA]; TP Orthodontics [La Porte, EUA]; 3M/Unitek clear; 3M/Unitek obscure [St. Paul, EUA]; American Orthodontics clear; American Orthodontics pearl; e American Orthodontics metalic pearl [American Orthodontics, Sheboygan, EUA]). Foram utilizadas 20 ligaduras de cada grupo, totalizando 160 ligaduras. Metade delas foi utilizada em estado natural e a outra metade submetida a processo de pigmentação in vitro, conforme anteriormente realizado por outros autores 2, através de imersão em solução composta por 250ml de cada uma das seguintes soluções: café, chá preto, vinho tinto, refrigerante Coca-Cola sem gás, infusão de fumo de rolo e saliva artificial. As ligaduras foram colocadas em copos plásticos descartáveis previamente identificados, e separadas por grupos. A solução pigmentante homogeneizada foi depositada em cada um dos copos e todos eles foram armazenados em recipiente plástico, recobertos com filme de PVC (cloreto polivinil), tampados e colocados em estufa (Biomatic, Santo André/SP) a 37°C, por cinco dias18. A definição de cinco dias de imersão foi feita após a realização de um estudo piloto em que ligaduras de todos os grupos passaram por um processo de pigmentação durante dez dias. Apenas no quinto dia houve diferenciação visual evidente quanto ao grau de pigmentação entre as ligaduras de cada um dos grupos avaliados.

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Influência da pigmentação in vitro de ligaduras ortodônticas estéticas na atratividade do sorriso

artigo inédito

CONCLUSÕES » Segundo os ortodontistas, houve alterações no grau de atratividade do sorriso de forma bastante expressiva quando do uso de ligaduras pigmentadas. » De acordo com os estudantes de Odontologia, essas diferenças foram menores. » As ligaduras que mais comprometeram clinicamente o grau de atratividade do sorriso após

pigmentação, tanto para ortodontistas quanto para estudantes de Odontologia, foram Ortho Technology (G2) e 3M/Unitek obscure (G5) nas fotografias faciais do sorriso. Nas de sorriso aproximado, os ortodontistas apontaram as marcas Ortho Technology (G2), 3M/Unitek clear (G4) e TP Orthodontics (G3), e os estudantes de Odontologia, as da Ortho Technology (G2) e Morelli (G1).

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artigo inédito

Avaliação das alterações do perfil facial em pacientes tratados com extração de pré-molares superiores Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin1, Luciane Brigueli Marrone Guimarães2, Marcio Rodrigues de Almeida3, Renato Rodrigues de Almeida4, Fernando Pedrin Carvalho Ferreira5

Objetivo: avaliar as alterações do perfil facial decorrentes do tratamento ortodôntico com extrações de dois primeiros pré-molares superiores, sob a óptica de ortodontistas, cirurgiões-dentistas e leigos. Métodos: foram traçados os perfis faciais das telerradiografias pré- e pós-tratamento de 70 pacientes com má oclusão de Classe II, divisão 1, e foi montado um álbum com as silhuetas dos 70 pacientes, de forma aleatória, sendo dois perfis em cada folha do mesmo paciente. A seguir, 30 ortodontistas, 30 cirurgiões-dentistas e 30 leigos escolheram o perfil facial mais estético (A ou B), e a quantidade de alteração que percebiam entre os dois perfis pré- e pós-tratamento, de acordo com a escala visual analógica (EVA). Resultados: os resultados revelaram que 83 examinadores preferiram o perfil pós-tratamento, sendo que somente três cirurgiões-dentistas e quatro leigos escolheram com maior frequência os perfis pré-tratamento. Assim, os ortodontistas escolheram mais frequentemente os perfis pós-tratamento, seguidos pelos cirurgiões-dentistas, sem diferença estatisticamente significativa entre cirurgiões-dentistas e leigos. Houve diferença estatisticamente significativa intragrupos na preferência do perfil pré- e pós-tratamento. Além disso, os três grupos de avaliadores indicaram que os perfis pré- e pós-tratamento não diferiram substancialmente. Conclusões: o tratamento da má oclusão de Classe II, divisão 1, com extração de dois primeiros pré-molares produziu um efeito positivo na estética do perfil facial. Palavras-chave: Extração dentária. Má oclusão Classe II de Angle. Ortodontia corretiva. Percepção.

Como citar este artigo: Almeida-Pedrin RR, Guimarães LBM, Almeida MR, Almeida RR, Ferreira FPC. Assessment of facial profile changes in patients treated with maxillary premolar extractions. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):131-7.

Pós-Doutora em Ortodondia, FOB-USP. Professora da Graduação e Pós-graduação em Odontologia, USC-Bauru.

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Especialista em Ortodontia.

2

Enviado em: 16 de novembro de 2009 - Revisado e aceito: 04 de julho de 2012 3

Pós-Doutor em Ortodontia, FOB-USP. Professor de Pós-graduação em Ortodontia, UNOPAR-Londrina.

4

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Livre Docente. Doutor em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva, USP. Professor de Pós-graduação em Odontologia, UNOPAR-Londrina.

Endereço para correspondência: Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin E-mail: renatinhaalmeida@uol.com.br

Doutor em Ortodontia, USP.

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artigo inédito

Avaliação das alterações do perfil facial em pacientes tratados com extração de pré-molares superiores

INTRODUÇÃO Por muitos anos, os ortodontistas têm estudado o perfil tegumentar em pacientes tratados ortodonticamente, buscando a harmonia facial, além do correto posicionamento dentário16. No passado, a estética do perfil facial foi descrita muito subjetivamente, e o conceito de beleza aproximava-se da figura do deus grego Apolo de Belvedere. Porém, os modelos de beleza sofreram alterações, possivelmente devidas à miscigenação de raças, mídia globalizada, costumes, religião e época; tornando-se mais marcantes, em vez de com traços retos, como os dos gregos. A aparência facial exerce um importante papel no julgamento da atratividade pessoal e, também, no desenvolvimento da autoestima18. A percepção da aparência, principalmente da face, afeta a saúde mental e o comportamento social, com implicações significativas na área profissional e da educação, bem como na vida afetiva14. A má oclusão de Classe II pode comprometer a harmonia facial em diversos graus, de acordo com a intensidade da sobressaliência dentária (overjet) e de sua interação com os tecidos moles, interferindo na imagem e autoestima do paciente1. Assim, o tratamento dessa má oclusão é importante para a ressocialização do paciente e de grande interesse para os ortodontistas, sendo que a demanda pelo tratamento é significativa na clínica ortodôntica. Essa má oclusão apresenta-se como a mais frequente nas clínicas ortodônticas de todo o mundo, alcançando índices de 55%7. Entre as formas de tratamento da Classe II, divisão 1, encontra-se como alternativa terapêutica a extração de dois primeiros pré-molares superiores5,24. O debate sobre extrações dentárias estende-se por muitos anos e há pesquisadores a favor da não extração, pois acham que essa forma de tratamento tende a tornar a face côncava (com lábios retruídos). Por outro lado, aqueles favoráveis à extração presumem que, no tratamento sem extração, os lábios ficam demasiadamente protruídos, em decorrência da vestibularização dos incisivos23. A literatura sobre o dilema da extração em Ortodontia é farta, e a maioria dos estudos mostra poucas alterações tegumentares na avaliação pós-tratamento em pacientes com e sem extrações2,12. Apesar de estudos cefalométricos exibirem diferenças principalmente no componente dentoesquelético entre os

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pacientes tratados com e sem extração, um ponto importante seria verificar qual o efeito dessas terapias na estética facial, do ponto de vista dos ortodontistas, dos cirurgiões-dentistas e de leigos, visto que os estudos nessa área são escassos. A busca por um perfil facial equilibrado é um constante desafio para os ortodontistas, que continuam a debater o tema das extrações para melhorar as relações dentoesqueléticas. No entanto, a literatura apresenta-se ainda escassa sobre o efeito das extrações de dois primeiros pré-molares superiores na estética do perfil facial em pacientes com má oclusão de Classe II. Portanto, torna-se necessário para os profissionais da Ortodontia o conhecimento acerca das possibilidades das alterações no perfil facial decorrentes desse protocolo de tratamento. Assim, objetivou-se, nesse estudo, avaliar as alterações do perfil facial decorrentes do tratamento ortodôntico com extração de dois primeiros pré-molares superiores, sob a óptica de ortodontistas, cirurgiões-dentistas e leigos. MATERIAL e Métodos A amostra constituiu-se de 140 telerradiografias em norma lateral, de 70 jovens brasileiros de ambos os sexos, provenientes do acervo do Centro Odontológico Rodrigues de Almeida (CORA). As telerradiografias foram obtidas no mesmo aparelho de raios X, antes da instalação do aparelho ortodôntico e após a sua remoção. Os critérios para seleção da amostra basearam-se nas seguintes características: 1) Os jovens apresentavam, inicialmente, má oclusão de Classe II de Angle de origem dentoalveolar, sem comprometimento esquelético, avaliada clinicamente e por meio dos modelos de estudo. 2) Leucodermas, descendentes de italianos, portugueses ou espanhóis. 3) Ausência de agenesias ou perdas de dentes permanentes. 4) Tratados com extração de dois primeiros pré-molares superiores. Os 70 pacientes, sendo 38 do sexo feminino e 22 do masculino, com má oclusão de Classe II foram tratados com aparelhos ortodônticos pré-ajustados (Straight-Wire) prescrição Andrews e canaleta 0,022” x 0,030”, seguidos de extrações dentárias apenas na arcada superior (primeiros pré-molares).

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Almeida-Pedrin RR, Guimarães LBM, Almeida MR, Almeida RR, Ferreira FPC

Conclusão Com base no método empregado e na análise dos resultados, pôde-se concluir que o tratamento ortodôntico da má oclusão de Classe II, divisão 1, com extração de dois primeiros pré-molares superiores produziu efeito positivo na estética do perfil facial, pois a maioria dos ortodontistas, cirurgiões-dentistas e leigos preferiu os perfis pós-tratamento ortodôntico.

Considerando os resultados dessa pesquisa, denota-se que a avaliação do perfil facial deve ser um processo contínuo de aprendizagem para os ortodontistas, uma vez que os pacientes estão cada vez mais preocupados com o efeito que o tratamento ortodôntico pode induzir na estética facial. A opinião dos pacientes deve ser sempre imperativa no planejamento ortodôntico.

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artigo inédito

Largura dos corredores bucal e posterior: diferença entre casos tratados com extrações assimétricas e simétricas Nuria Cabral Castello Branco1, Guilherme Janson2, Marcos Roberto de Freitas3, Juliana Morais1

Objetivo: verificar se há diferença na largura dos corredores bucal e posterior em casos tratados com extrações de um e quatro pré-molares. Métodos: por meio de fotografias do sorriso posado de 23 pacientes Classe II, subdivisão, tratados com extração de um pré-molar, e de 25 pacientes Classe I, Classe II e Classe II, subdivisão, tratados com extração de quatro pré-molares, calculou-se o percentual da largura dos corredores bucais e dos corredores posteriores. Os dois protocolos de extrações foram comparados quanto à largura dos corredores bucal e posterior por meio do teste t independente. Resultados: não houve diferença estatisticamente significativa na largura dos corredores bucal e posterior entre os pacientes tratados com extrações simétricas e assimétricas. Conclusão: o corredor bucal e o corredor posterior não diferiram entre os protocolos de extrações avaliados. Palavras-chave: Ortodontia. Extração dentária. Pré-molar.

Como citar este artigo: Branco NCC, Janson G, Freitas MR, Morais J. Width of buccal and posterior corridors: Differences between cases treated with asymmetric and symmetric extractions. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):138-44.

Mestre e estudante de doutorado em Ortodontia pela FOB-USP.

1

Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB-USP. Coordenador do curso de Mestrado em Ortodontia, FOB-USP. Membro do Royal College of Dentists of Canada.

2

Enviado em: 13 de abril de 2009 - Revisado e aceito: 13 de outubro de 2009.

Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, FOB-USP.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Nuria Castello Branco Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 – CEP: 17012-901 – Bauru/SP

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artigo inédito

Largura dos corredores bucal e posterior: diferença entre casos tratados com extrações assimétricas e simétricas

CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS Havia um dogma de que o tratamento com extrações resultava na constrição da arcada dentária e levava a um aumento do corredor bucal27. No entanto, diversos estudos já mostraram que não há diferença na largura do corredor bucal entre casos tratados com e sem extrações de quatro pré-molares e um grupo controle11,12,14. Esse trabalho demonstrou que entre indivíduos tratados com extrações de um e quatro

pré-molares também não há diferença na largura dos corredores bucal e posterior, eliminando uma possível crítica ao protocolo de extrações assimétricas em más oclusões de Classe II, subdivisão. Conclusão A largura dos corredores bucal e posterior não foi influenciada pelos protocolos de extrações de um ou de quatro pré-molares.

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):138-44


artigo inédito

Influência da dimensão do corredor bucal na estética do sorriso Diana Cunha Nascimento1, Êmeli Rodrigues dos Santos2, Andre Wilson Lima Machado3, Marcos Alan Vieira Bittencourt4

Objetivo: avaliar a influência do corredor bucal na estética de sorrisos femininos e masculinos, de leucodermas e melanodermas, por meio de fotografias manipuladas, bem como comparar essa avaliação numa vista facial completa e numa vista aproximada da boca. Métodos: foram realizadas fotografias faciais do sorriso de quatro indivíduos adultos, sendo dois leucodermas e dois melanodermas, de ambos os sexos. As imagens geradas foram manipuladas a fim de produzir, a partir de cada sorriso original, três outros simulando gradações distintas de corredor bucal: estreito, médio e amplo. As imagens geradas, 12 retratando uma vista facial completa e outras 12 em vista aproximada da boca, foram avaliadas por um grupo de 60 examinadores, que indicaram, por meio de escalas visuais analógicas, o nível de atratividade de cada sorriso. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos ANOVA e pós-teste de Tukey, para comparar os diferentes corredores bucais, e ao teste t de Student, para comparar os dois tipos de enquadramento. Resultados: os corredores bucais médios foram considerados os mais atrativos nos quatro indivíduos pesquisados, tanto na avaliação completa da face quanto na vista aproximada do sorriso (p<0,05). Na comparação entre os corredores bucais estreitos e amplos, em geral, não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05). Além disso, também não houve diferença estatisticamente significativa entre a análise feita pelos dois tipos de enquadramento (p>0,05). Conclusão: o corredor bucal exerceu forte influência na avaliação estética do sorriso, sendo o médio considerado o mais atrativo, não tendo havido influência da face, da etnia ou do sexo dos indivíduos. Palavras-chave: Estética dentária. Sorriso. Ortodontia.

1

Especialista em Ortodontia, UFBA.

2

Especialista em Periodontia, CEBEO/BA.

3

Professor Adjunto de Ortodontia, UFBA. Doutor em Ortodontia, UNESP/UCLAEUA. Mestre em Ortodontia, PUC-Minas. Professor colaborador do Mestrado em Ortodontia, UCLA-EUA.

4

Como citar este artigo: Nascimento DC, Santos ER, Machado AWL, Bittencourt MAV. Influence of buccal corridor dimension on smile esthetics. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):145-50. Enviado em: 31 de março de 2012 - Revisado e aceito: 06 de agosto de 2012 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Professor Adjunto e coordenador do curso de especialização em Ortodontia, UFBA. Doutor e Mestre em Ortodontia, UFRJ. Diretor do Board Brasileiro de Ortodontia.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Marcos Alan Vieira Bittencourt Av. Araújo Pinho, 62 – 7º andar – Canela - CEP: 40110-150 – Salvador/BA E-mail: alan_orto@yahoo.com.br

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Influência da dimensão do corredor bucal na estética do sorriso

artigo inédito

Mais recentemente, com a possibilidade da manipulação digital de imagens de um mesmo indivíduo, alterar a região do corredor bucal e submeter as imagens produzidas à avaliação é um método que vem sendo aplicado por alguns pesquisadores4,5,10,14. Porém, é imperativo lembrar que esse método utiliza imagens artificiais e, assim, não deve ser utilizado como parâmetro único para todos os pacientes. Os achados desses trabalhos são diretrizes, devendo ser aplicadas com cautela e levando-se em consideração, principalmente, as características individuais de cada paciente e seus anseios estéticos.

sugerem que, para avaliar a estética do sorriso por meio de fotografias, é mais indicado utilizar imagens limitadas aos lábios, com o intuito de focar o exame no sorriso e não distraí-lo com outros elementos da face. Por outro lado, alguns autores afirmam que o impacto estético da presença do dente é reduzido na vista facial completa, sugerindo, assim, o uso das fotografias faciais totais na avaliação de parâmetros da estética do sorriso26. Nessa pesquisa utilizou-se a escala visual analógica, o que permitiu uma medição rápida e simples, sendo de fácil leitura e entendimento por parte dos avaliadores. Recentemente, essa escala ganhou popularidade para mensurar diferenças sutis na atratividade dentária e facial10,13,19. Maple et al.19 afirmaram que o registro dos resultados como variável contínua, em milímetros, permite maior liberdade na análise dos dados, evitando vieses referentes aos valores preferidos, como ocorre na escala de intervalos numéricos. No passado, estudar a estética do sorriso era uma tarefa mais complexa, pois havia dificuldade em padronizar modelos reais e em alterar as variáveis de interesse.

CONCLUSÕES De acordo com os dados analisados nesse trabalho, os sorrisos considerados mais atrativos foram os que possuíam o corredor bucal médio. Considerando as outras duas gradações, constatou-se que, em geral, não houve diferença estatisticamente significativa entre o corredor bucal estreito e o amplo. Além disso, a análise dos sorrisos em imagens da face total ou aproximadas da boca não demonstrou diferença estatística entre si.

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artigo inédito

Captura, análise e medição de imagens da dinâmica da fala e do sorriso Vera Lúcia Cosendey1, Stephanie Drummond2, Jonas Capelli Junior3

Introdução: a análise dinâmica do sorriso e da fala facilita a identificação de características da estética facial, possibilita o estudo de diferentes variáveis e viabiliza a observação dos efeitos do envelhecimento. Objetivo: o objetivo desse trabalho é apresentar um método de captura, análise e medição de imagens por meio de vídeos, para o estudo da dinâmica da fala e do sorriso. Métodos: foi padronizado o posicionamento da cabeça em posição natural com o auxílio de um cefalostato. A captura de imagens foi realizada por uma câmera de vídeo, acoplada a um tripé, posicionada a uma distância fixa de 0,90m. Os indivíduos foram treinados a pronunciar a frase “Tia Ema torcia pelo antigo time da Tchecoslováquia” e depois sorrir. As imagens geradas foram fragmentadas de forma a gerar quatro quadros que melhor representassem o repouso, a menor exposição de incisivo superior, a maior exposição de incisivos superior e inferior, e o sorriso posado. Para realização das medidas, utilizou-se um programa específico, chamado VideoMed. Conclusão: o método apresentado torna possível um registro eficaz para captura de imagens durante o repouso, a fala e o sorriso, possibilitando um maior entendimento sobre as alterações dos tecidos moles peribucais. Palavras-chave: Envelhecimento. Gravação em vídeo. Expressão facial.

Como citar este artigo: Cosendey VL, Drummond S, Capelli Junior J. Capture, analysis and measurement of images of speech and smile dynamics. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):151-6.

1

Mestre em Ortodontia pela UERJ. Instrutora clínica do curso de especialização em Ortodontia da UERJ.

2

Aluna do curso de Mestrado em Ortodontia da UERJ. Especialista em Ortodontia pela UERJ.

Enviado em: 02 de maio de 2011 - Revisado e aceito: 17 de agosto de 2012

Doutor e Livre Docente em Ortodontia pela UERJ. Professor Associado de Ortodontia da UERJ.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

3

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Stephanie Drummond Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Odontologia Boulevard 28 de Setembro, 157/ sala 230 – Ortodontia CEP: 20.551-030 – Vila Isabel, Rio de Janeiro/RJ

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Captura, análise e medição de imagens da dinâmica da fala e do sorriso

artigo inédito

Discussão A exposição gengival e de incisivos, assim como a forma do lábio, diferem muito na imagem da fala e do sorriso. Essas diferenças são passíveis de ser observadas ao avaliar-se as imagens obtidas do sorriso e na pronúncia de determinados fonemas7. Poucos estudos investigaram esses fatores e relataram a confiabilidade de seus métodos1. Estudos como esse apresentam dificuldades em função das características dentolabiais, da mobilidade facial e da complexidade de obter-se imagens que representem com fidelidade e reprodutibilidade essas características em cada indivíduo avaliado, e que possam ser repetidas em diferentes intervalos de tempo2. No presente método, a captura das imagens foi realizada por meio de filmagem com uma câmera de vídeo digital para que fosse possível obter registros mais representativos da observação da dinâmica facial durante uma conversação. Foi utilizado um cefalostato para padronização do posicionamento da cabeça em posição natural e ortogonal à câmera, com a finalidade de reduzir-se a variação nesse posicionamento, o que poderia alterar o ângulo de observação e, assim, a análise do arco do sorriso, margem gengival, comprimento dos incisivos e inclinação axial2,8,9. O desenvolvimento de um método que pudesse capturar, analisar e medir as imagens registradas de forma confiável e relativamente simples foi possível com a utilização de um programa desenvolvido no

Laboratório de Multimídia do Centro de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com esse método, foi possível observar as imagens da dinâmica facial, na forma de um videoclipe, e fragmentá-las quadro a quadro, selecionando aquele que melhor representava a variável a ser analisada. Devido à grande dificuldade de capturar-se um sorriso reprodutível para análise das características dentolabiais, empregou-se, nesse estudo, o sorriso posado, ou social, por ser considerado mais estático e, assim, reprodutível3,10,11. A videografia padronizada fornece ao ortodontista clínico uma maior quantidade de imagens para a seleção de parâmetros da relação dentolabial. Devido às prováveis variações no sorriso de adolescentes, com o passar do tempo a fotografia torna-se insuficiente para a avaliação dos efeitos do tratamento ou das mudanças ocasionadas pelo envelhecimento7. Conclusões O método apresentado torna possível um registro eficaz para captura de imagens durante o repouso, a fala e o sorriso, além de permitir a análise e medição de diferentes variáveis. As informações obtidas nesses videoclipes podem trazer maior entendimento sobre as alterações dos tecidos moles peribucais, contribuindo para a aplicação desses conhecimentos na busca de resultados de tratamentos ortodônticos mais satisfatórios.

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artigo inédito

Avaliação das mudanças imediatas do tecido mole após expansão rápida da maxila Ki Beom Kim1, Daniel Adams2, Eustaquio A. Araújo3, Rolf G. Behrents4

Objetivo: avaliar as mudanças imediatas no tecido mole após a expansão rápida da maxila (ERM) em pacientes em fase de crescimento, usando tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Métodos: vinte e três pacientes (10 do sexo masculino e 13 do feminino) tratados com ERM foram selecionados. Os pacientes foram escaneados por TCFC antes da implantação do expansor maxilar (T0) e imediatamente após a completa ativação do aparelho (T1). Pontos cefalométricos definidos foram localizados nas imagens pré- e pós-tratamento. As mudanças de posição desses pontos do pré- para o pós-tratamento foram, então, analisadas. Adicionalmente aos pontos, 10 medições diretas foram realizadas para determinar a mudança nas distâncias — independentemente da direção — nos tecidos moles dos lábios. Resultados: uma expansão transversal significativa foi notada na maioria dos pontos demarcados em tecido mole. Todas as medições apresentaram mudança significativa na posição labial, com um aumento da dimensão vertical do lábio superior e uma redução generalizada da espessura anteroposterior dos lábios inferior e superior. Conclusão: de fato, mudanças significativas do tecido mole ocorrem no tratamento com ERM. Há um alargamento transversal do terço médio da face e um afinamento dos lábios. Palavras-chave: Técnica de expansão palatal. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Ortodontia corretiva.

1

Professor Assistente, Saint Louis University.

2

Clínica particular, Mesa, Arizona, EUA.

Como citar este artigo: Kim KB, Adams D, Araújo EA, Behrents RG. Evaluation of immediate soft tissue changes after rapid maxillary expansion. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):157-64.

3

Professor, Departamento de Ortodontia, Saint Louis University.

Enviado em: 26 de janeiro de 2011 - Revisado e aceito: 15 de agosto de 2011

4

Professor e Diretor do Departamento de Ortodontia, Saint Louis University.

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Ki Beom Kim 3320 Rutger Street, Saint Louis, MO 63104, USA E-mail: kkim8@slu.edu

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Avaliação das mudanças imediatas do tecido mole após expansão rápida da maxila

artigo inédito

Alterações nos lábios A extensão vertical do lábio superior também demonstrou um aumento significativo de 0,92mm. Esse achado corrobora o estudo de Berger15 usando fotografias digitais bidimensionais, que relatou um aumento médio de 1,0mm imediatamente após a fase ativa de expansão. A espessura de ambos os lábios, superior e inferior, apresentou uma diminuição significativa. O lábio superior mudou, em média, -0,92mm, enquanto o lábio inferior mudou -1,04mm, em média. Essa alteração provavelmente reflete o efeito da expansão transversal e do alongamento do tecido mole na boca. Embora a medida da comissura labial esquerda para a expansão transversal não tenha sido significativa (p=0,052), a média foi de 0,65mm, com apenas um indivíduo apresentando alteração de -4,6mm, o que provavelmente afetou a significância.

A comissura do lábio direito apresentou uma alteração significativa de 1,20mm, demonstrando que há alguma alteração transversal dos lábios, o que pode ser responsável por um afinamento desses. Esse estudo focou apenas nos efeitos imediatos do tratamento com ERM. Muitos estudos sugerem que os efeitos comumente vistos no tratamento com ERM têm um elevado nível de recidiva3,8,9,10,15,20,21,22. Futuros estudos sobre esse tema podem focar na recidiva após um certo tempo, para determinar a estabilidade das mudanças observadas em longo prazo. Conclusões Alterações significativas ocorrem no tecido mole durante a ERM. Há um alargamento transversal do terço médio da face e uma redução na espessura dos lábios superior e inferior.

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artigo inédito

Tratamento da Classe II com biprotrusão alveolar por meio de extrações dentárias atípicas e ancoragem com mini-implantes Jong-Moon Chae1

Introdução: os pacientes com Classe II e biprotrusão alveolar são, geralmente, tratados com extração de quatro primeiros pré-molares ou dois primeiros e dois segundos pré-molares, e retração dos dentes anteriores. Este relato de caso descreve o tratamento de um paciente adulto com biprotrusão alveolar, relação de caninos e de molares em Classe II e protrusão labial. Métodos: nesse paciente, o segundo molar superior direito precisou ser extraído devido a cáries extensas. Para criar espaço suficiente para retração dos dentes anteriores, os dentes posterossuperiores direitos foram distalizados com um mini-implante posterossuperior (1,2 ~ 1,3mm de diâmetro, 10mm de comprimento), que foi colocado na área da tuberosidade maxilar e permitiu uma retração em massa dos dentes anteriores. Resultados: em geral, mini-implantes podem fornecer ancoragem para produzir um bom perfil facial, mesmo sem extração adicional de molares em casos de Classe II com biprotrusão alveolar. Conclusão: o período total de tratamento foi de 42 meses e os resultados 34 meses após a remoção do aparelho foram aceitáveis. Palavras-chave: Parafusos ósseos. Extração dentária. Movimentação dentária.

Como citar este artigo: Chae JM. Treatment of Class II malocclusion with bialveolar protrusion by means of unusual extractions and anchorage mini-implant. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):165-77.

Professor do Departamento de Ortodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade de Wonkwang, Iksan/Wonkwang Dental Research Institute, Coreia.

1

Enviado em: 27 de outubro de 2011 - Revisado e aceito: 15 de fevereiro de 2012 » Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais. » O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. Endereço para correspondência: Jong-Moon Chae E-mail: jongmoon@wonkwang.ac.kr.

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):165-77


artigo inédito

Tratamento da Classe II com biprotrusão alveolar por meio de extrações dentárias atípicas e ancoragem com mini-implantes

INTRODUÇÃO A biprotrusão alveolar é uma condição caracterizada por incisivos superiores e inferiores protruídos e vestibularizados, e um aumento da protrusão labial. Os objetivos do tratamento ortodôntico da biprotrusão alveolar incluem a retração e retroinclinação dos incisivos superiores e inferiores, com uma diminuição de sua protrusão e convexidade do tecido mole1. Uma abordagem de tratamento comum para pacientes Classe II com biprotrusão alveolar é extrair dois pré-molares superiores ou dois pré-molares superiores e dois inferiores, e retrair os dentes anteriores utilizando a mecânica de ancoragem máxima2,3,4. No entanto, o plano de tratamento se torna mais complexo e controverso quando um paciente tem os segundos molares superiores condenados, e que devem ser extraídos, mas insiste em preservá-los. Para resolver essa situação, os dentes posterossuperiores devem ser distalizados. O movimento distal dos molares superiores é, muitas vezes, usado na correção das más oclusões de Classe II, com vários aparelhos tendo sido propostos pra isso. No entanto, o movimento distal dos molares tem sido considerado um dos problemas biomecânicos mais difíceis para se alcançar os objetivos do tratamento na Ortodontia clínica. A mecânica convencional de distalização ou depende da total cooperação do paciente ou gera movimento recíproco indesejado nos dentes de ancoragem no segmento anterior. Além disso, uma vez que a distalização molar tenha sido alcançada, a distalização dos dentes anteriores sem perda de ancoragem molar é um desafio. Podem ocorrer efeitos colaterais, tais como o movimento dos dentes anteriores para a frente durante a distalização dos pré-molares e o movimento para a frente dos molares distalizados durante a retração dos dentes anteriores, resultando em um tratamento prolongado5. A escolha do sistema de forças apropriado para distalização eficiente dos molares superiores e retração dos dentes anteriores em pacientes com má oclusão de Classe II baseia-se, principalmente, nas condições de ancoragem necessárias para atingir os objetivos do tratamento. A ancoragem esquelética absoluta, disponível 24 horas por dia, oferece um método alternativo para a distalização molar. O uso de implante osseointegrado6, miniplacas7, miniparafusos8,9 e mini-implantes10,11 como ancoragem tornou mais realista a distalização dos dentes

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posteriores sem perda de ancoragem. Há poucos relatos de casos envolvendo a distalização dos dentes posterossuperiores com mini-implantes (MI) em pacientes com Classe II e biprotrusão alveolar. O relato desse paciente demonstra o uso de MIs em um caso de Classe II com biprotrusão alveolar com o segundo molar direito superior condenado (dente 17).

DIAGNÓSTICO Uma paciente de 40 anos de idade apresentou como queixa principal a protrusão labial. Facialmente, ela apresentava um perfil convexo com protrusão acentuada dos lábios, tensão do músculo mentoniano e incompetência labial, mas bom equilíbrio vertical das proporções faciais (terços médio e inferior) e incisivo superior apresentando-se adequado no sorriso. Intrabucalmente, tinha uma relação de caninos e molares em Classe II, com exceção do lado esquerdo, com relação molar em Classe I; sobremordida normal (2,5mm) e sobressaliência aumentada (10mm), não havendo desproporção dentária significativa, segundo a análise de Bolton. Sua higiene bucal era moderada, com recessão gengival em vários dentes, especialmente no canino superior direito e no primeiro pré-molar. Havia deficiência no comprimento da arcada de aproximadamente 2mm na arcada superior e 4mm de apinhamento na arcada inferior. A assimetria dentária estava presente com um ligeiro desvio da linha média dentária superior para a esquerda e da linha média inferior para a direita da linha média facial, devido ao apinhamento dentário. Assimetria facial e esquelética não foi percebida (Fig. 1). A radiografia panorâmica revelou a presença de cárie severa no segundo molar superior direito, assim como reabsorção óssea generalizada (Fig. 1). O cefalograma lateral (Fig. 1) e seu traçado mostraram Classe II com biprotrusão alveolar, mas com padrão esquelético de Classe I. O padrão esquelético foi normodivergente, como evidenciado pelo ângulo do plano mandibular (Frankfort) de 29,5° e pelo índice de altura facial de 60%. O ângulo do plano oclusal de 11,5° (esquerda) e 12,6° (direita) refletiu o padrão dentário vertical normal. O ângulo do incisivo inferior-plano mandibular (IMPA) de 98,1° refletiu a vestibularização dos incisivos inferiores. O ângulo Z de 65,6° quantificou o leve desequilíbrio facial (Tab. 1). Não havia sinais ou sintomas significativos de disfunções temporomandibulares.

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Chae JM

fraturado e um torque reverso é aplicado ao MI para remover o fragmento. Se o fragmento invadir estruturas vitais, deve ser deixado no osso, considerando-se o fato de que os mini-implantes ortodônticos são feitos de titânio biocompatível20.

Todos os MIs permaneceram firmes ao longo do tratamento. Após o tratamento, eles foram removidos sem anestesia. No entanto, o MI posterossuperior direito instalado na área da tuberosidade maxilar havia se curvado gradualmente durante o tratamento e fraturou durante a remoção após o tratamento. O MI fraturado foi deixado em sua posição com o consentimento da paciente (Fig. 12). Exames complementares serão necessários para prevenir quaisquer condições patológicas. O fragmento de parafuso incorporado no osso cortical pode ser removido cirurgicamente: faz-se um rebatimento do retalho total, remove-se o osso em torno do MI

CONCLUSÕES Mini-implantes podem simplificar o plano de tratamento e fornecer ancoragem absoluta para o movimento distal em grupo dos dentes, bem como para a retração máxima dos dentes anteriores em tratamentos de Classe II com biprotrusão alveolar por meio de extrações atípicas de segundo molar superior.

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Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):165-77


Caso Clínico BBO

Má oclusão de Classe III com discrepância anteroposterior acentuada* Susana Maria Deon Rizzatto1

O objetivo deste artigo é relatar o caso clínico de um paciente portador de má oclusão de Classe III esquelética com acentuada deficiência maxilar, causando redução do terço médio da face, associada a severo prognatismo mandibular. O preparo ortodôntico pré-cirúrgico foi composto, principalmente, pela expansão dentoalveolar da maxila e o reposicionamento dos incisivos na arcada inferior. Depois, foi realizada a cirurgia ortognática combinada maxilomandibular. Os objetivos do tratamento foram atingidos, com significativa melhora da oclusão e da estética facial, seguida de estabilidade pós-tratamento. Esse caso foi apresentado à Diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO), como parte dos requisitos para obtenção do título de Diplomado pelo BBO. Palavras-chave: Classe III de Angle. Ortodontia corretiva. Cirurgia ortognática.

Como citar este artigo: Rizzatto SMD. Class III malocclusion with severe anteroposterior discrepancy. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):178-89.

* Relato de caso clínico, categoria 4, aprovado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). 1

Enviado em: 19 de julho de 2012 - Revisado e aceito: 8 de agosto de 2012

Mestre e Especialista em Ortodontia pela PUCRS/UFRGS. Professora de Ortodontia da PUCRS. Diplomada pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

» A autora declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » O paciente que aparece no presente artigo autorizou previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

Endereço para correspondência: Susana Rizzatto Rua Padre Chagas, 185/301 – Porto Alegre/RS – CEP: 90.570-080 Email: smdr@uol.com.br

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Rizzatto SMD

tabela 1 - Resumo das medidas cefalométricas. Medidas

Padrão esquelético

Padrão dentário

Perfil

Normal

A

P

B

C

Diferença A/B

SNA

(Steiner)

82°

73°

73°

79°

81°

6

SNB

(Steiner)

80°

84°

84°

80°

80°

4

ANB

(Steiner)

-11°

11°

-1°

10

Ângulo de convexidade

(Downs)

-23°

27°

24

Eixo Y

(Downs)

59°

60°

63°

60°

61°

0

Ângulo facial

(Downs)

87°

91°

90°

90°

90°

1

Sn-GoGn

(Steiner)

32°

45°

45°

45°

45°

0

FMA

(Tweed)

25°

38°

39°

39°

39°

1

IMPA

(Tweed)

90°

57°

77°

69°

70°

12

1–NA (graus)

(Steiner)

22°

27°

26°

19°

22°

8

1.NA (mm)

(Steiner)

4mm

5mm

5mm

5mm

5mm

0

1–NB (graus)

(Steiner)

25°

25°

47°

20°

20°

5

1.NB (mm) 1 – Ângulo interincisal 1

(Steiner)

4mm

3mm

6mm

4mm

4mm

1

(Downs)

130°

160°

140°

145°

144°

15

1–APo (mm)

(Ricketts)

1mm

-6mm

-11mm

3mm

2mm

9

Lábio superior – Linha S

(Steiner)

0mm

-3mm

-6°

0mm

-1mm

3

Lábio inferior – Linha S

(Steiner)

0mm

4mm

8mm

1mm

1mm

3

CONSIDERAÇÕES FINAIS A má oclusão de Classe III é considerada a mais desafiadora para o ortodontista, principalmente quando existe envolvimento esquelético1. Nesse caso, o diagnóstico foi conclusivo na recomendação para cirurgia ortognática, devido ao fator etiológico dominante (discrepância sagital maxilo-mandibular acentuada), sendo esse o foco primário na estratégia do tratamento. Com a abordagem cirúrgica, os aspectos psicossociais relacionados à deformidade também podem ser favorecidos2 e é importante que o diagnóstico e o plano de tratamento sejam realizados em conjunto com o cirurgião bucomaxilofacial, visando maximizar os resultados e reduzir o tempo e as complicações inerentes ao tratamento3,4 . A cirurgia ortognática combinada maxilomandibular oportunizou que o tratamento ortodôntico fosse eficiente, atingindo seus objetivos, com sobressaliência e sobremordida adequadas e relação entre caninos e entre molares de chave de oclusão. A descompensação da inclinação dos incisivos inferiores, considerada de grau acentuado, não gerou alterações periodontais que comprometessem as estruturas de suporte. As imagens radiográficas final e de controle demonstraram níveis moderados de reabsorção radicular, o que

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revela o baixo custo biológico do tratamento. A mudança do ângulo mentolabial, com o posicionamento do lábio inferior próximo da normalidade, colaborou na redução do grau de subjetividade da análise do perfil do tecido mole na fase pré-cirúrgica, potencializando o resultado estético final. A melhora na estética facial contribuiu para elevar a autoestima do paciente. O acompanhamento de quatro anos pós-tratamento denota estabilidade nas características oclusais, morfologia das arcadas e harmonia facial.

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tópico especial

Estética gengival: uma abordagem ortodôntica e periodontal Máyra Reis Seixas1, Roberto Amarante Costa-Pinto2, Telma Martins de Araújo3

Introdução: nos dias atuais, as expectativas e exigências estéticas das pessoas têm aumentado substancialmente. Por isso, a Odontologia vem buscando maneiras de oferecer tratamentos com resultados excelentes e, consequentemente, necessita trabalhar, cada vez mais, de modo transdisciplinar. A inter-relação da Ortodontia com a Periodontia é evidente desde quando se compreendeu a biologia da movimentação dentária; contudo, em se tratando de estética do sorriso, tornou-se fundamental. Objetivo: evidenciar, clinicamente, como e quando a Ortodontia e a Periodontia devem trabalhar de modo integrado para a obtenção de sorrisos mais estéticos, considerando-se a exposição e a harmonia do contorno gengival. Palavras-chave: Ortodontia. Sorriso. Estética. Periodontia.

INTRODUÇÃO A Ortodontia, num passado recente, atribuía menor ênfase à saúde periodontal e à aparência estética da gengiva durante a finalização do tratamento. Os ortodontistas acreditavam que o alinhamento e o nivelamento dos dentes eram suficientes para a obtenção de bons resultados e, muitas vezes, desconsideravam que a estética do sorriso depende da harmonia de diversos fatores adicionais à exposição e arquitetura do tecido gengival aparente, como contorno, fenótipo, posição dos zênites e presença de papila interdentária1,2,3. Além disso, o número de pacientes ortodônticos adultos cresceu muito. Apesar de colaborarem mais

com o tratamento do que os adolescentes, apresentam um conjunto de desafios para o ortodontista: podem ter dentes perdidos, desgastados ou abrasionados, margens gengivais desiguais, perda óssea e de papilas interdentárias; enfim, problemas que podem prejudicar a aparência estética dos dentes após a remoção dos braquetes. Em função da complexidade desses tratamentos, do aumento das possibilidades terapêuticas e das maiores exigências estéticas desses pacientes, a abordagem transdisciplinar no tratamento ortodôntico tornou-se fundamental e a sua integração com a Periodontia quase uma obrigatoriedade4-10 (Fig. 1).

Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professora do Curso de Especialização em Ortodontia, UFBA. Diplomada pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO).

Como citar este artigo: Seixas MR, Costa-Pinto RA, Araújo TM. Gingival esthetics: An orthodontic and periodontal approach. Dental Press J Orthod. 2012 Sept-Oct;17(5):190-201.

Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professor de Ortodontia, EBMSP. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia, UFBA.

Enviado em: 19 de julho de 2012 - Revisado e aceito: 23 de julho de 2012

1

2

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Doutora e Mestre em Ortodontia, UFRJ. Professora Titular e Coordenadora do Centro de Ortodontia Prof. José Édimo Soares Martins – UFBA. Ex-Presidente do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

3

Endereço para correspondência: Máyra Reis Seixas Rua Leonor Calmon Bittencourt, 44, sala 1301, Cidade Jardim, SSA/BA CEP: 40.296-210 - Email: mayraorto@yahoo.com.br

» Os pacientes que aparecem no presente artigo autorizaram previamente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais.

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Estética gengival: uma abordagem ortodôntica e periodontal

tópico especial

A

B

C

D

Figura 16 - Paciente com história de doença periodontal, perda óssea e recessão gengival na região dos incisivos superiores (A, B). Redução das áreas de recessão gengival após a retração dos dentes anterossuperiores (C, D).

a decisão sobre a necessidade do recobrimento radicular pode ser tomada após a finalização do tratamento ortodôntico (Fig. 16).

aparelhos corretivos deve considerar as alturas apicais da gengiva dos dentes anterossuperiores e, para isso, recomenda-se a sondagem e o registro diagnóstico dos níveis gengivais previamente à colagem dos braquetes. O conhecimento sobre a Periodontia clínica deve ser constantemente revisado e atualizado para uma correta condução dos tratamentos e otimização dos resultados estéticos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A obtenção da estética final do contorno gengival está relacionada a procedimentos ortodônticos e periodontais. Em Ortodontia, a montagem dos

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Seixas MR, Costa-Pinto RA, Araújo TM

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Normas de apresentação de originais — O Dental Press Journal of Orthodontics publica artigos de investigação científica, revisões significativas, relatos de casos clínicos e de técnicas, comunicações breves e outros materiais relacionados à Ortodontia e Ortopedia Facial.

1. Autores — o número de autores é ilimitado; entretanto, artigos com mais de 4 autores deverão informar a participação de cada autor na execução do trabalho.

— O Dental Press Journal of Orthodontics utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para submeter novos trabalhos visite o site: www.dentalpressjournals.com.br

2. Página de título — deve conter título em português e em inglês, resumo e abstract, palavras-chave e keywords. — não devem ser incluídas informações relativas à identificação dos autores (por exemplo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e/ ou cargos administrativos). Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

— Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para: Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: artigos@dentalpress.com.br

3. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções: INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉTODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando, além das conclusões do estudo, as implicações clínicas dos resultados. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, também em português e em inglês, adequadas conforme orientações do DeCS (http://decs.bvs.br/) e do MeSH (www.nlm.nih.gov/mesh).

— As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer responsabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nessa publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve determinar se deve agir conforme as informações contidas nessa publicação. A Revista ou as empresas patrocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas.

4. Texto — o texto deve ser organizado nas seguintes seções: Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras. — os textos devem ter no máximo 3.500 palavras, incluindo legendas das figuras e das tabelas (sem contar os dados das tabelas), resumo, abstract e referências. — as figuras devem ser enviadas em arquivos separados (leia mais abaixo). — insira as legendas das figuras também no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo.

— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante. ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO Dos MANUSCRITOS — Os trabalhos devem, preferencialmente, ser escritos em língua inglesa.

5. Figuras — as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 DPIs de resolução. — as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve dar todo o crédito à fonte original. — todas as figuras devem ser citadas no texto.

— Apesar de ser oficialmente publicado em inglês, o Dental Press Journal of Orthodontics conta ainda com uma versão em língua portuguesa. Por isso serão aceitas, também, submissões de artigos em português. — Nesse caso, os autores deverão também enviar a versão em inglês do artigo, com qualidade vernacular adequada e conteúdo idêntico ao da versão em português, para que o trabalho possa ser considerado aprovado.

6. Gráficos e traçados cefalométricos — devem ser citados, no texto, como figuras. — devem ser enviados os arquivos que contêm as versões originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção. — não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

formatação Dos MANUSCRITOS — Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com.br — Organize sua apresentação como descrito a seguir:

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Normas de apresentação de originais — os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

— todas as referências devem ser citadas no texto. — para facilitar a leitura, as referências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração. — as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são citadas. — as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”. — a exatidão das referências é responsabilidade dos autores e elas devem conter todos os dados necessários para sua identificação. — as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm. nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). — utilize os exemplos a seguir:

7. Tabelas — as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e não duplicar, o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada tabela. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfico (imagem não editável). 8. Comitês de Ética — os artigos devem, se aplicável, fazer referência ao parecer do Comitê de Ética da instituição.

Artigos com até seis autores Sterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

9. Declarações exigidas Todos os manuscritos devem ser acompanhados das seguintes declarações, a serem preenchidas no momento da submissão do artigo: — Cessão de Direitos Autorais Transferindo os direitos autorais do manuscrito para a Dental Press, caso o trabalho seja publicado. — Conflito de Interesse Caso exista qualquer tipo de interesse dos autores para com o objeto de pesquisa do trabalho, esse deve ser explicitado. — Proteção aos Direitos Humanos e de Animais Caso se aplique, informar o cumprimento das recomendações dos organismos internacionais de proteção e da Declaração de Helsinki, acatando os padrões éticos do comitê responsável por experimentação humana/animal. — Permissão para uso de imagens protegidas por direitos autorais Ilustrações ou tabelas originais, ou modificadas, de material com direitos autorais devem vir acompanhadas da permissão de uso pelos proprietários desses direitos e pelo autor original (e a legenda deve dar corretamente o crédito à fonte). — Consentimento Informado Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem um consentimento informado. Fotografias de pessoas identificáveis devem vir acompanhadas por uma autorização assinada pela pessoa ou pelos pais ou responsáveis, no caso de menores de idade. Essas autorizações devem ser guardadas indefinidamente pelo autor responsável pelo artigo. Deve ser enviada folha de rosto atestando o fato de que todas as autorizações dos pacientes foram obtidas e estão em posse do autor correspondente.

Artigos com mais de seis autores De Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32. Capítulo de livro Kina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301. Capítulo de livro com editor Breedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001. Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990. Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

10. Referências — todos os artigos citados no texto devem constar na lista de referências.

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Comunicado aos Autores e Consultores - Registro de Ensaios Clínicos 1. O registro de ensaios clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

gistros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www. actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal. 3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who. int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www. icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

2. Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www. who.int/ictrp/network/en/index.html), com interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Re-

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Atenciosamente, David Normando, CD, MS, Dr Editor-chefe do Dental Press Journal of Orthodontics ISSN 2176-9451 E-mail: davidnormando@hotmail.com

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Bretas

Prescrição Roth



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