Cachoeira - Bahia/ Dezembro 2012/ Edição 64
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
RecôncavO Eleições 2012 CACHOEIRA · SÃO FÉLIX MURITIBA · CRUZ DAS ALMAS CONCEIÇÃO DO ALMEIDA SANTO AMARO
CARTA AO LEITOR
>>
D
Boa leitura.
A editora
>>EXPEDIENTE<< Reitor Paulo Gabriel Soledad Nacif Coordenação Editorial J. Péricles Diniz Robério Marcelo
Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL) Quarteirão Leite Alves, Cachoeira/BA CEP - 44.300-000 Tel.: (75) 3425-3189
Editora Aline Sampaio Coordenador de Editoração Gráfica/Editor de Arte Aline Cavalcante
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo
Editoração Gráfica Aline Cavalcante Aline Sampaio Jordane Queila
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O que revelam as urnas nas eleições municipais 2012?
U
* Cientista Político e professor adjunto I do curso de Ciëncias Sociais da UFRB.
MURITIBA
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Prefeito destaca prioridades
*Antônio Eduardo de Oliveira ma análise dos resultados das eleições municipais brasileira, no quadro de um sistema partidário fragmentado, não é uma tarefa fácil. Cada vez mais temos alianças eleitorais esdrúxulas, com um partido coligando com uma sigla em município e com os adversários no município vizinho. Em primeiro lugar, é importante destacar que os resultados eleitorais no Brasil revelaram a crise do atual sistema partidário brasileiro, originalmente articulado na constituição de 1988 e que, a partir da crise política do “Fora Collor” (que este ano completou 20 anos), adotou a fisionomia de uma forte polarização entre DEM/PSDB X PT e aliados, com o PMDB ocupando papel de grande partido do centro partidário. De um ponto de vista da correlação de forças políticas, existe uma tendência já manifestada nas eleições anteriores do esgotamento dos principais partidos da direita brasileira. Nas eleições municipais, o retrocesso é ainda mais acentuado e fica clara a preponderância da base aliada do governo Lula/Dilma e a drástica contração do bloco PSDB-DEM. O DEM, PMDB e PSDB decaem consideravelmente a cada eleição em número de prefeituras e de eleitores que dirigem. O PSDB tinha 791 e perdeu 89, tendo encolhido 12%, o DEM tinha 496 prefeituras e perdeu 218, foi o partido que mais encolheu nas eleições, com 44%, enquanto o PT ganhou 77 prefeituras, tendo crescido 14% e o PSB ganhou 132 prefeituras, tendo um aumento de 42%. A derrota da candidatura Serra em São Paulo, na maior cidade do país, é uma evidência importante do retrocesso da oposição de direita. Outro dado significativamente importante é a quantidade de votos nulos, brancos e abstenções. A abstenção em nível nacional chegou a 16,41%, sendo que 22,7 milhões de eleitores, de um total de 138,5 milhões, deixaram de comparecer às urnas. Não obstante, os resultados eleitorais indicaram um avanço e importantes contradições da hegemonia do PT. A crise dos partidos tradicionais aumentará a responsabilidade do partido como sustentáculo do regime político, o que poderá levar a importantes deslocamentos de setores sociais organizados vinculados ao partido. Por fim, são importantes algumas breves observações sobre o resultado das eleições municipais na Bahia. O estado é governado pelo PT coligado com políticos tradicionais oriundos do carlismo. Os resultados gerais revelam a vitória dos candidatos ligados ao governo, os três partidos que mais elegeram prefeitos foram: o PT venceu em 93 municípios, o PSD (do vice-governador Otto Alencar) elegeu 73 prefeitos, e o PP vitorioso em 52. Se estes números revelam por um lado um importante crescimento do PT, também indicam que, em várias cidades, a máquina governista beneficiou políticos tradicionais, coligados com os novos donos do poder. Neste sentido, o resultado eleitoral nas cidades do Recôncavo baiano é a expressão dessa realidade, em alguns casos, como na cidade de Cachoeira e São Feliz, tanto a situação local como a oposição local são compostas por coligações entre antigos ou novos adversários/ aliados, mas ambos leais ao governo estadual e federal. As derrotas nos grandes centros é revelador do desgaste do governo Wagner, que, ocasionalmente, tem permitido a vitoria de uma oposição de direita moribunda. E mais que isso, assinala a rejeição ao governo Wagner por parte de setores mais ativos da população trabalhadora e da classe média baiana.
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Aline Sampaio
izem que, passadas as eleições, candidatos e eleitores esquecem das promessas feitas. Mas, se depender de nós, isso não vai acontecer. Na edição 64 do Reverso, você vai ficar por dentro dos resultados das eleições em algumas das cidades do Recôncavo. Mas não simples resultados, traremos reflexões acerca do cenário político dessas cidades, e de que forma esses resultados afetam a política estadual e nacional. As cidades de Cachoeira, São Félix, Muritiba, Cruz das Almas, Santo Amaro e Conceição do Almeida são as protagonistas dessa edição. Sem grandes surpresas, o candidato do PP, Carlos Pereira, vence as eleições em Cachoeira. Depois de 12 anos sendo governada pelo mesmo grupo político, São Félix decide inovar. Conversamos com o prefeito eleito de Muritiba sobre as prioridades para o mandato. Diferente dos outros municípios aqui destacados, Cruz das Almas ainda vive o impasse de quem vai governá-la nos próximos quatro anos. O atual prefeito de Santo Amaro faz história, é o primeiro a ser reeleito para dois mandatos consecutivos na cidade. Já em Conceição do Almeida, a política do favorecimento mostra que ainda consegue decidir eleição. Então, convidamos você para uma leitura informativa e reflexiva. Acreditamos que essa é uma excelente oportunidade para pensarmos nos rumos da política em nossas cidades.
I NE DI T OR I AL
>>Marizangela Sá e Morgana Damasio Nessas eleições municipais, Muritiba possuiu um eleitorado de 22.730 pessoas, destas 21,63% se abstiveram, 78,37 % compareceram, 2,32% votaram em branco e 4,23% nulos, o que tornou 93,45% votos válidos. Roque Luiz Dias dos Santos ( Roque Isquem PDT) foi eleito com 8.372 votos. Ele já havia cumprido um mandato de 2005 a 2008 e concorreu com Luciano de Miranda (PMDB) e Epifânio Marques Sampaio (PSD), o popular Babão, que foi gestor por três vezes nos períodos de 1993 a 1996, 2001 a 2004 e 2009 a 2012. Muritiba, cidade com cerca de 30 mil habitantes, possui o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.676 e sua população nos distritos tem como base econômica o campo da agricultura, pecuária, silvicultura. Na sede, boa parte da população sobrevive dos empregos do setor público. Por isso, em tempo de campanha eleitoral, a expectativa da população fica ainda maior para as propostas dos candidatos. Expectativas O morador Elísio dos Santos fala sobre as expectativas em relação ao novo prefeito. Segundo ele, a política em Muritiba ainda é muito atrasada e tem muito que melhorar, principalmente na área da saúde, em
Divulgação
que os governantes, tir de 2013. Para ele, tanto os antecessores ter vencido as eleicomo os atuais, prefeções é uma vitória do rem gastar com transpovo, isso prova que portes para mandar a população de Muritiseus pacientes para ba quer mudar. “Precifora da cidade ao inso repensar Muritiba, vés de colocar médipois tem muito que cos, equipamentos e se fazer, muita coisa melhorar o hospital da mudou durante esses cidade. Para ele, sequatro anos”, disse o ria menos gasto, mais prefeito eleito. confortável para o paciente e não ocasioRoque Isquem faz naria tanta demanda uma reflexão da gesnas cidades vizinhas tão em 2004 que, decomo Feira de San- Roque Isquem comemora viória e fala das priori- vido à falta de expetana e Salvador. “Os dades para 2013 riência, deixou muito administradores precia desejar e afirma sam usar as verbas desti- colas públicas eram motivo que, a partir de 2013, fará nadas à saúde com a saú- de orgulho, hoje, é motivo uma gestão voltada para de” disse o morador. de vergonha. Queremos de melhoria da saúde pública, volta a qualidade das esco- além de investimentos em Em relação à educação, las públicas” afirma Elísio. Ciências e Tecnologia para como em todo Brasil, Murimudar a atual realidade de tiba precisa melhorar muito, Prioridades desemprego, investimenpagar melhor os professoto na agricultura familiar e res, melhorar a estrutura Mesmo na emoção da vi- vai buscar novos investidas escolas e, principal- tória, Roque Isquem, eleito mentos junto ao Governo mente, o nível da educa- com 50,75% dos votos, fala Federal para formar novas ção. “Antigamente, as es- das suas prioridades a par- cooperativas e abrir novas
oportunidades de trabalho, para que os jovens de Muritiba não precisem sair para buscar emprego em outras cidades. Com mais experiência, enfatiza que vai tentar não cometer os mesmos erros que cometeu na gestão de 2004. “Sei que vou cometer novos erros, pois não sou perfeito, vou errar, mas em novas experiências na tentativa de buscar dias melhores para nossa cidade”, afirma. Natural de Muritiba, Roque Isquem, 47 anos, diz ter vindo de família oriunda do campo, onde seu pai era eletricista biscateiro e sua mãe funcionária da fábrica de fumo. Por isso, se identifica tanto com a comunidade de Muritiba. Sendo assim, vai procurar fazer uma política voltada para o social sem esquecer o homem do campo.
CÂMARA DE MURITIBA - 2013 ~ 2016 VEREADORES REELEITOS
Josenilson Dias dos Santos-(Jó) PDT - Votos: 450 Clementino Pereira Fraga Filho- (Keléu) PP - Votos: 364 Jose Carlos Brandão Filho( Dr. Zé Carlos-PR) - Votos: 382
VEREADORES ELEITOS
Bartolomeu Guimarães Costa (Beto- PDT) - Votos: 848 Robson Nascimento (Robson- PSL) - Votos:626 Julivaldo Vieira dos Santos- (Ule da ambulancia- PRB) - Votos: 580 Jose Carlos Gonzaga da Silva-(Gonzaga- PDT) - Votos: 524 Uélito Cerqueira de Souza dos Anjos-(Zé Bim-PDT) - Votos: 484 Jose dos Santos Sampaio-(Zé Baiaco- PSDB) - Votos: 404 Marco Antonio Souza da Silva-(Pastor Marcos- PR) - Votos: 359 Valmir Cardoso Simões-(Valmir Simões- PSDB) - Votos: 341
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Mudança de >>Fabiana Dias e Fátima Mendes
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Tradicionalmente governada por políticos de direita, São Félix não sofria alteração na base de legislatura nos últimos anos. Na última década, apesar dos prefeitos não concorrerem à reeleição, a cidade foi governada pelo mesmo grupo político. Os nomes dos candidatos mudavam, mas o seguimento político continuava o mesmo. Esse quadro mudou na disputa eleitoral de 2012, quando foi eleito para executivo municipal um candidato de um partido considerado de esquerda. Com apenas vinte e sete votos de diferença, Eduardo José de Macêdo Júnior, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), venceu o candidato da situação, o atual prefeito Alex Sandro Aleluia de Brito do Partido Republicano Progressista (PRP) tido como favorito.
Proposta de mudança Sem ter assumido nenhum cargo eletivo antes, a herança
SÃO FÉLIX
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cenário político
O prefeito eleito vai enfrentar o desafio de retomar o desenvolvimento de São Félix
de força política do seu patriarca, que já tinha governado o município, ajudou-o na disputa e, consequentemente, na vitória. Com o Partido dos Trabalhadores (PT) de São Félix apoiando a situação, o PSB não formou coligação com partidos de esquerda ou de centro-direita. Mas, com proposta de mudança da atual conjuntura política de São Félix, Duda Macedo engajou uma candidatura que passou a ganhar força ao longo da campanha. Sua vitória representa o desejo de mudança do eleitor sanfelista, insatisfeito com o quadro político que a cidade apresentou nos últimos anos.
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em São Félix
Luciana Mandeli
situação política de São Félix tem por história uma natureza regressiva. Os dados do arquivo público revelam que até os anos 80 a cidade vivia em pleno desenvolvimento, porém, esse cenário foi mudando com o tempo. Os últimos gestores encontraram uma cidade carente, com pouco recurso em indústria e comércio fraco, que afetam a estrutura do município.
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À frente de uma cidade carente de progresso e desenvolvimento, o novo prefeito de São Félix terá pela frente uma tarefa árdua. Sua administração deve ser baseada na negociação, haja vista que o controle do legislativo ficou nas mãos da oposição. Ao contrário do atual gestor que não tem nenhum opositor na câmara, o prefeito eleito só fez um vereador de apoio.
Como fica a câmara municipal Não foi só executivo que passou por mudança nesse pleito eleitoral. A câmara municipal de São Félix também sofreu modificação
com renovação de cerca de 45% dos vereadores. Diferente deste mandado que não há oposição, a partir de 2013, apenas um dos nove vereadores é da situação. Já na questão partidária, por exemplo, a câmara vai ficar bem mista. Apenas o Partido da República (PR) conseguiu eleger dois vereadores que vão para o segundo mandato: Antônio Gerson Pinto da Silva e Roquelina Rodrigues de Souza. Os outros sete vereadores são de sete partidos diferentes: Balbino da Cruz Costa, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o vereador mais votado do município; Melissa de Santana Campos Reina, do Partido Republicano Progressista (PRP), eleita com mais de quatrocentos votos na primeira eleição que concorreu; os vereadores reeleitos José Fernando Souza Santos, do Democratas (DEM); Roque Nelson da Silva, do Partido Progressista (PP); e os novatos Silvino da Conceição dos Santos, do Partido Trabalhista do Brasil (PT do B); Geraldo dos Santos Gonçalves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); Bartolomeu Pereira da Silva, do Partido Socialista Brasileiro (PSB); vão compor o poder Legislativo em São Félix a partir do próximo ano. A vereadora Roquelina Rodrigues de Souza (PR) disse que
espera ter uma parceria entre câmara e prefeitura, tendo em vista que os vereadores sem a permissão do poder executivo não conseguem grandes realizações. Roquelina, que será da oposição no próximo mandato, diz que vai buscar tudo o que não conseguiu com a situação. A vereadora afirma que irá lutar por tudo o que for bom para a cidade. “Eu vou dizer sim quando for necessário e vou dizer não, vou fiscalizar, vou ficar em cima quando for necessário também” afirmou. O único vereador de apoio, Bartolomeu Pereira da Silva (PSB), que pela primeira vez vai assumir uma cadeira na câmara municipal, acredita que o poder público deve investir no desenvolvimento econômico da cidade. Para isso, ele afirma que deve existir um trabalho pautado na melhoria do comércio, turismo e agricultura, a fim de retomar o crescimento de São Félix. O projeto do novo vereador consiste, também, em lutar pelos direitos básicos do cidadão, como saúde, educação e assistência social. Ele afirma que, como vereador, vai cobrar para que o Estado dê ao cidadão aquilo que é seu de direito, para que as pessoas estejam conscientes de que o papel do político não é assistencialismo - se a população tem con-
Foto: DivulgaCand
hecimento dos benefícios que seu representante trouxe para a comunidade, logo, não existirão cobranças extra-políticas de cidadão para político. Ele acredita que isso cria uma independência no cidadão que não vai precisar votar em troca de favores, mas votar de maneira consciente, escolhendo o que for melhor para a comunidade.
“Eu vou dizer sim quando for necessário e vou dizer não, vou fiscalizar, vou ficar em cima quando for necessário também.” Roquelina Rodrigues de Souza
Desafios O caminho de novas candidaturas e de novos mandatos é a perspectiva de mudanças plausíveis no cenário da sociedade, seja ela uma grande metrópole ou uma pequena cidade, com cerca de 15 mil habitantes como é o caso de São Félix. Mas, independente de ideias contrárias que se debatem em torno de questões partidárias, o que se espera é o início de uma nova era política que traga benefícios para a população. Uma alteração no cenário político de uma cidade traz novas expectativas para as pessoas. Passado o momento de euforia com a vitória, eleitores e eleitos começam fazer seus planos. O cidadão espera que seus anseios por mudança sejam atendidos. Portanto, chega a hora dos candidatos eleitos enfrentarem os desafios e assumirem as responsabilidades.
Fabiana Dias
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SÃO FÉLIX
Vereador eleito diz que é hora de desfazer as coligações e rivalidades e assumir a responsabilidade com o cidadão sanfelista.
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Cachoeira decide pela >>Aline Sampaio >>Aline Cavalcante
O
resultado das eleições na cidade de Cachoeira não teve grandes surpresas. O candidato do Partido Progressista (PP), Carlos Pereira, venceu com mais de 10 mil votos. A surpresa talvez tenha ficado com a aliança entre os históricos rivais, Partido dos Trabalhadores (PT) e o Democratas (DEM). Se bem que o PT já não tem seguido sua cartilha há muito tempo, fazendo alianças no mínimo incoerentes; o que fica ainda mais complicado em uma cidade conservadora como Cachoeira, onde o PT nunca gozou de muita popularidade. A vitória de Carlos Pereira pode ser explicada por diversas questões: alto investimento na campanha, inserção na máquina da prefeitura, o candidato era bastante estruturado na política, sendo eleito vereador em 2008 e ganhando destaque como presidente da câmara em 2010, por ter tido as contas de sua gestão aprovadas sem ressalvas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM); e vem de uma família bastante articulada na cidade. Somando-se a isso tudo o fato de o candidato petista, Gevaldo Simões, não ter conseguido a expressividade necessária, não restava dúvidas de que Carlos Pereira chegaria à vitória. Tanto é assim que, mesmo antes de iniciar de fato a campanha, devido ao acidente que sofreu no mês de maio, o candidato já possuía uma significativa vantagem em relação aos demais candidatos.
Alzira Costa
Aline Sampaio
O candidato petista chegou a estar à frente da disputa na apuração das primeiras urnas.
Para o prefeito eleito, os cachoeiranos souberam reconhecer nas urnas o grupo político que trabalha.
No meio do caminho tinha um petista
pela educação, deixando que a greve dos professores estaduais durasse 115 dias.
Mesmo a vitória do candidato do PP ser tida como certa no decorrer de toda a campanha, Gevaldo Simões, em algum momento, conseguiu ameaçar esse resultado. Prova disso são os mais de 8 mil votos conseguidos. Usar o mesmo mote de campanha de outros tantos candidatos petistas espalhados pela Bahia, o apoio de Lula, Dilma e Wagner, mencionando as campanhas sociais de Lula em seus discursos, numa tentativa de ligar sua imagem à do ex-presidente, tanto pode ter contribuído para alcançar esses votos, como poder ter impedido um número ainda maior, e quem sabe a vitória, já que a imagem de Wagner ficou completamente arranhada por conta do descaso que demonstrou
Beleza e Juventude A campanha do candidato eleito nos fez lembrar dos tempos de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Melo. Quem conseguiu acompanhar algum dos comícios de Carlos Pereira pôde observar que um grande número do eleitorado era formado por mulheres, não por acaso, já que o candidato além de ter apenas 26 anos, é considerado um homem muito bonito, fazendo a alegria das eleitoras. Era muito comum ouvir as moçoilas suspirando pelo candidato enquanto este fazia seus discursos. Sem contar que ele conseguiu atrair os jovens, tendo como principal compromisso de
governo, a geração de trabalho e renda. Tudo indica que o prefeito eleito não terá grandes dificuldades para governar, pois, além de ter conseguido experiência sendo vereador, terá o apoio de 11 dos 13 vereadores eleitos. No entanto, o novo prefeito precisará conviver com a constante comparação com o atual prefeito e seu tio, Tato Pereira, correndo o risco de seu governo parecer mais um terceiro mandato. Assim que ficou confirmada sua vitória nas urnas, Carlos Pereira deu uma palavrinha com a imprensa: “Cachoeira mostrou mais uma vez que sabe reconhecer o grupo político que trabalha, e tenha certeza que nós iremos fazer um governo ainda melhor do que Tato fez nesses oito anos”, disse ele.
A Câmara de Vereadores Nesse ano, os cachoeiranos elegeram 13 vereadores, destes, seis já fazem parte da formação atual, indo para mais um mandato. A oposição conseguiu apenas duas cadeiras na câmara municipal, o novato Florisvaldo da Conceição de Jesus, o Mag, e o experiente Paulo Cézar Reis Leite, que além de já ter sido vereador de 2000 a 2004 e de 2004 a 2008, foi secretário do transporte, durante um ano, na gestão de José Fernandes. Mesmo sendo minoria, a oposição promete fazer seu papel. Paulo Leite afirmou que decidiu se candidatar porque a câmara está precisando de vereadores mais atuantes, que cumpram sua obrigação de fiscalizar e criar projetos.
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continuidade Arquivo Pessoal
Alzira Costa
“O projeto que eu colocar lá para a sociedade e os demais vereadores reprovarem, o povo vai saber, vou soltar isso na rua, na imprensa” - Paulo Leite Ciente das dificuldades que vai enfrentar, o vereador eleito vai buscar no povo que o elegeu e no colega de oposição, apoio para ter seus projetos aprovados: “Vai ter muito combate, são onze a dois, e acredito que o colega MAG vá para essa batalha comigo. O projeto que eu colocar lá, bom para a sociedade, e os demais vereadores reprovarem, o povo vai saber, vou soltar isso na rua, na imprensa”, colocou Paulo Leite. Além de contar com a maioria na câmara, a situação tem a vantagem de ter ao seu lado nomes já experientes, como é o caso de Wendel Chaves da Silva que consegui ser reeleito com mais de 800 votos. Por ser professor, umas das metas do novo mandato é tentar diminuir a carência de empregos entres os jovens, através da implementação de cursos profissionalizantes. O professor afirmou que não fica-
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rá constrangido em pressionar o prefeito, caso seja necessário. No entanto, como um bom aliado deve ser, não acredita que será preciso: “Eu desafio qualquer pessoa que venha aqui dizer que a gente aprovou algum projeto que veio trazer algum transtorno ou dano para a sociedade, só vieram projetos importantes. Tato foi um bom prefeito, e Carlos Pereira dará continuidade”, disse Wendel Chaves. A situação também contará com os já vereadores, Eliana Gonzaga de Jesus, Angélica Sapucaia da Silva, Júlio César da Costa Sampaio, Maria Lúcia Costa Santos e José Carlos Matos Silva. Juntos a esses estarão, Cristiano Alves dos Santos, o mais bem votado com mais 900 votos, Carlos Caetano de Oliveira, Carlos Raimundo de Jesus Cardoso, Adriana dos Santos Silva e Antônio Joaquim de Freitas Filho. O Partido Republicano Pro-
“Eu desafio qualquer pessoa que venha aqui dizer que a gente aprovou algum projeto que veio trazer algum transtorno ou dano para a sociedade” Wendel Chaves gressista (PRP) terá a maior bancada, com três vereadores, seguido do Partido Social Liberal (PSL) com dois.
Importância Política Não por acaso a cidade de Cachoeira é conhecida como Cidade Heróica. A cidade contribuiu diretamente para a Independência do Brasil, pois nela se reuniram os Senhores de Engenhos do Recôncavo que foram perseguidos pelo General Madeira de Melo. A então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, foi a primeira a proclamar, em 25 de junho de 1822, o príncipe Dom Pedro como Regente do Brasil. O General Madeira de Melo revidou, enviando navios de guerra atacar a Vila. Os habitantes contra atacaram, dando início à uma luta contra o domínio português. Outras Vilas do Recôncavo aderiram
ao movimento e aclamaram o Príncipe Regente, dando origem ao Exército libertador sob o comando do Governo Interino de Cachoeira. Já que, por conta de seu heroísmo, Cachoeira passou a ser sede do Governo da Província da Bahia. Por sua ousadia e coragem, a Vila de Cachoeira recebeu, em 13 de março de 1837, o título honorífico de Heróica, sendo também elevada à categoria de cidade. O grande marco das lutas de Cachoeira no processo de independência do Brasil e da Bahia é o 25 de junho. Por isso, a partir de 25 de junho de 2008, por causa da Lei 10.695/07, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia e sancionada pelo Governador, em todo 25 de junho, a sede do governo e a capital do Estado da Bahia é transferida para Cachoeira, independente de quem seja o governador.
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CRUZ DAS ALMAS
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Prefeito incerto, futuro incerto TENSÃO POLÍTICA A indefinição política e a espera por uma decisão definitiva da Justiça Eleitoral, gera uma situação de instabilidade e clima de tensão entre os populares no município. Grande parte desse incômodo é provocado pelos agitadores políticos dos dois partidos rivais, que especulam os possíveis desfechos da situação. De um lado, o grupo político de Dr. Jean demonstra confiança na decisão final da justiça, com base no posicionamento favorável do juiz relator do TCU, Raimundo Carreiro, proferido no dia 26 de setembro. Do outro lado, o grupo favorável a Valtércio reitera o argumento de que o candidato opositor é ficha suja, e que por esse motivo, não deve assumir mais uma vez o cargo de prefeito da cidade. Tanto o prefeito eleito quanto o candidato impugnado seguem à espera de uma definição judicial. A equipe de advogados de Dr. Jean impetrou um mandado de segurança contra a decisão do TSE não favorável ao candidato, com o objetivo de conseguir a validação dos votos que lhe foram destinados no dia 7 de outubro. Valtércio, o até então prefeito eleito com 89,98% dos votos, luta junto à Justiça Eleitoral para que a Lei da Ficha Limpa se faça valer. Qualquer que seja o resultado final da Justiça Eleitoral, o panorama das últimas eleições para a prefeitura de Cruz das Almas indicam que o futuro prefeito terá uma difícil missão: tentar manter o equilíbrio político e agradar aos eleitores descontentes, já que os números dessas eleições denotam um alto índice de rejeição em relação aos dois candidatos. Até o fechamento desta matéria, o mandado de segurança de Dr. Jean não foi apreciado pelo TSE.
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Imagens: http://www.tse.jus.br/
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esmo com o fim das eleições, o novo nome à frente da prefeitura de Cruz das Almas nos próximos quatro anos continua indefinido. O candidato vencedor nas urnas em número de votos, Raimundo Jean Cavalcante Silva, do PMDB, participou de todo o processo eleitoral com a sua candidatura sub judice (sob a apreciação da justiça). Dr. Jean, que já foi prefeito do município por dois mandatos consecutivos (de 1997 a 2004), teve contas de seu governo rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União, devido a um desvio de finalidade na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e valorização do Magistério (FUNDEF). Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que o torna inapto a concorrer a cargos eletivos, e tendo a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os 16.354 votos destinados a Raimundo Jean foram considerados inválidos, dando a vitória oficial ao candidato Valtércio Cerqueira, do Partido dos Trabalhadores (PT), vice-prefeito durante a gestão Orlandinho (2009-2012). Valtércio teve 14.974 votos. De acordo com o Código Eleitoral vigente no país, se mais de 50% dos votos em uma eleição forem invalidados pela justiça, uma nova eleição deverá ser convocada. Esse não é o caso de Cruz das Almas pois o vencedor em número de votos, Dr. Jean não alcançou mais de 50% do eleitorado cruzalmense. Assim, caso a decisão da justiça seja no sentido de reiterar a nulidade dos votos e confirmar o candidato do PMDB como inapto, quem assume a prefeitura é Valtércio. Dr. Jean é mais um entre os 96 candidatos do Brasil que tiveram a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa.
>>Celina Pereira e Jordane Queila
Petista e Peemedebista continuam disputa pelo cargo de Prefeito em Cruz das Almas.
NOVA CÂMARA MUNICIPAL PMDB
André Eloy Chico Bury Paulinho Moraes
PT
Manoel Quinha Osvaldo da Paz Zé Raimundo
DEM
Edson Ribeiro Nego da Farmacia
PP
Renan de Romualdo Max Passos
Elias de Gogo (PSDB ) Outros Partidos Mário do Jornal (PTB ) Cinho Valtercio Filho (PMN ) Valdo (PRTB ) Raimundo de Gino (PR - P)
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SANTO AMARO
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Prefeito do PT é reeleito em Santo Amaro >>Sheila Barretto
Apesar de todas as denúncias sofridas durante a primeira gestão, Ricardo Machado foi consagrado com 61,04% dos votos válidos (20.387 votos), sendo eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e se tornando o primeiro prefeito a ter dois mandatos consecutivos em Santo Amaro. Em 2009 o então candidato Ricardo foi eleito pelo Partido Social Cristão (PSC). Durante os quatro anos em que esteve à frente da prefeitura de Santo Amaro, foi acusado de irregularidades no uso de verbas para obras feitas sem licitação, avaliadas em R$ 2,5 milhões, além de ter as contas rejeitadas em 2010 pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Machado também correu o risco de ter o mandato cassado, dessa vez por fraude em licitações relativas ao transporte escolar e desvios de recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
Ricardo Machado não explica a decisão de mudar de partido, mas, para os alguns eleitores, foi uma manobra para conseguir o apoio dos governos federal e estadaual.
Na boca do povo Santo Amaro teve entre os seus governantes, coronéis, tenentes e nomes que ficaram conhecidos em todo o país, mesmo que de forma negativa. Um exemplo é o ex deputado Genebaldo Corrêa que teve seu primeiro mandato no município entre os anos de 1973 e 1977. Em 1993, Genebaldo foi um dos personagens do escândalo dos “anões do orçamento”, grupo de deputados federais que negociava inclusão de verbas em obras públicas em troca de dinheiro, além de financiamento de ONGs falsas através de laranjas. A CPI que apurou o caso na época derrubou o então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro e os deputados João Alves e Genebaldo Corrêa. Apesar desse fato, no ano de 2001, Genebaldo volta a assumir a prefeitura de Santo Amaro, eleito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e cumpre seu mandato até 2004.
Santamarenses vão ás urnas para decidirem o futuro da cidade.
Os sucessores
Antes da volta de Corrêa, Santo Amaro foi dirigida por Raimundo Pimenta, eleito pelo PMDB em 1983. Em 1988 quem assume a prefeitura é Manoel Vasconcelos, “Manoelzinho”, como é chamado pelo povo até hoje. No ano de 1993, João Melo inicia seu primeiro mandato, retornando ao poder municipal em 2005. Quem também teve direito a uma segunda gestão foi Pimenta, já pelo Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB) em 1997.
Em 2011, a prefeitura de Santo Amaro registrou mais de 5 bilhóes em arrecadação de receita própria do município.
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CONCEIÇÃO DO ALMEIDA
Oligarquia
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retoma controle
Lielza Lordelo
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oligarquia dos Coni e dos Neiva, políticos tradicionais e conservadores, ressurgiu nas eleições de 2012 de Conceição do Almeida, município do Recôncavo Sul da Bahia. Em uma eleição disputada voto a voto, o candidato petista Armando Neves (Dr. Armando), apoiado por essas duas correntes políticas, foi eleito por uma diferença de apenas 14 votos. O atual prefeito, Adailton Sobral (PDT), conhecido como Ito de Bêga, não conseguiu a reeleição, apesar de fazer uma gestão reconhecida como positiva por vários segmentos da sociedade do Almeida. O resultado das urnas em Conceição do Almeida confirma que o eleitorado ainda prefere beneficiamento próprio a benefícios para o município, prática que há décadas prevalece na cidade, que tem uma tradição de fazer política com dinheiro na mão, viciando os eleitores à venda de votos e troca de favores. É comum até hoje as pessoas abordarem os políticos na rua para pedirem dinheiro, um vício que se estabeleceu nas ultimas décadas. Não
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é difícil encontrar nas ruas da cidade eleitores que confessam que não votaram no atual prefeito porque nunca receberam nada em troca, apesar de reconhecerem que o município melhorou na atual gestão.
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CACHOEIRA | BAHIA Dezembro 2012
Lielza Lordelo
DIO NEIVA - O produtor rural Edmundo Neiva Lessa, 46 anos, foi eleito pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro PRTB. Vai cumprir o segundo mandato e foi eleito com 439 votos pela coligação “Esperança Renovada”. O grau de escolaridade de Edmundo Neiva também é ensino médio. ANTONIO RODRIGUES – Reeleito com 429 votos pelo DEM, ficando em 4° lugar. Antônio Rodrigues, 65 anos, é da coligação "Esperança Renovada". É agricultor almeidense e não concluiu o ensino fundamental. Na câmara de vereadores este será seu terceiro mandato.
Nos últimos 30 anos, apenas duas famílias (inimigas entre si) comandaram o município de Conceição do Almeida - a família Coni e a família Neiva. Neste período, pouco fizeram pelo município e não houve preocupação com a conservação dos bens e órgãos municipais existentes, o que prejudicou o desenvolvimento do mesmo.
Joel Neiva foi o gestor que mais tempo ficou na prefeitura: um mandato de 6 anos e mais dois de 4 anos, totalizando um período de 14 anos. Os últimos 8 anos consecutivos de sua gestão, foi
DOLFO CONI – Almeidense de 49 anos, é filiado ao PT, foi reeleito para o sétimo mandato com 348 votos, ficando em 5° lugar na lista dos mais votados. Claudio Rodolfo Borges Coni é da coligação "Esperança Renovada” e não tem outra atividade além do trabalho na Câmara. Depois de romper relações com o atual prefeito (Adailton Sobral), Armando Neves, que é o vice, passou a ser apoiado pelos Coni e Neiva.
que agravou o quadro de abandono da cidade a ponto de o Ministério Público ter determinado o seu afastamento por duas vezes.
desvio de verbas, falsidade ideológica, formação de quadrilha e emissão de mais de trezentos cheques sem fundos da Prefeitura.
O vice assumia e depois ele voltava. Neiva ainda está sendo processado por inúmeras irregularidades do seu governo, sob acusação de prática de corrupção,
Ambos concorrentes a esta eleição, na chapa majoritária, pertencem à base do Governo Estadual, sendo Dr. Armando do PT e Ito de Bêga do PDT. A vitória de Dr. Arman-
do reforça ainda mais o Partido dos Trabalhadores, mesmo partido dos governos Estadual e Federal, o que também poderá favorecer a gestão do petista. LEGISLATIVO A Câmara Municipal de Conceição do Almeida, a partir de 2013, vai contar com onze vereadores,
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político em Conceição do Almeida
TRADIÇÃO E PODER
O pouco que viabilizaram para a cidade, a exemplo da fábrica de calçados, através do Governo do Estado na gestão de Joel Neiva, foi fechada na mesma gestão por abandono em pouco tempo de funcionamento por falta de incentivo fiscal.
CONCEIÇÃO DO ALMEIDA
BIDÃO – Romildo Nascimento do Carmo, natural de Conceição Santos Lopes é da coligação do Almeida, é filiado ao Partido "Conceição do Almeida não Progressista (PP), foi reeleito pode parar". vereador para o terceiro mandato com 345 votos, ficando em DILSON NUNES - Empresário 6° lugar com o apoio da coligade Santo Antônio de Jesus e na- ção "Conceição do Almeida não tural daquela cidade, Dilson Nu- pode parar". Bidão, 39 anos, nes Caetano (PT), 47 anos, foi é cabeleireiro e o seu grau de eleito vereador com 482 votos. instrução é o ensino médio. Ele integrou a coligação “Esperança Renovada”, encabeçada SANDRO DE UZÊDA – O engepelo prefeito eleito. O seu grau nheiro agrônomo Sandro Souza de instrução é o ensino médio e Uzêda Luna, tem 36 anos e foi este será seu primeiro mandato. eleito vereador com 315 votos,
Nas eleições de 2012, apenas dois candidatos disputaram a prefeitura.
dois a mais do que nas últimas eleições. Do total, apenas três vereadores foram reeleitos. Os vereadores da oposição ao prefeito eleito em 2012 formam a maioria da Câmara. NINO DE OSANÂ - Jovem administrador, de 28 anos, tem nível de ensino superior, foi o vereador que obteve maior votação. Ele saiu das urnas com um total de 585 votos para seu primeiro mandato. Adenildo
ficando em 7° lugar. Sandro (PSB) é da coligação "Conceição do Almeida não pode parar” e este é seu primeiro mandato. LUZIA DA SAÚDE - Foi eleita vereadora com 280 votos, ficando em 8° lugar. Luzia (PTC) é da coligação "Conceição do Almeida não pode parar" e a única mulher eleita vereadora nesta eleição. Luzia de Oliveira Nogueira, 43 anos, é servidora pública municipal e este é seu primeiro mandato. Seu grau de instrução é o ensino fundamental completo. JANFFREE - Janffree Ambrosi Tosta (PSD) é o mais jovem dos vereadores eleitos, com 23 anos, foi eleito com 265 votos, ficando em 9° lugar. Janffree é da coligação "Esperança Renovada”. É estudante, graduando do nível superior. CÔRO - Paulo Roberto Araújo Barros (PDT) foi eleito vereador com 261 votos, ficando em 10° lugar. Côro é da coligação "Conceição do Almeida não pode parar". Almeidense de 29 anos, seu grau de escolaridade é ensino médio, é motorista particular e exercerá seu primeiro mandato. LUI ALMEIDA – O comerciante Luiz Alberto Neiva Almeida (PP) foi eleito vereador para o quinto mandato, com 241 votos. Lui, 52 anos, é da coligação "Conceição do Almeida não pode parar". Seu grau de escolaridade é o ensino médio.
12 GALERIA | Aline Sampaio
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