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212 Junho 2012

revipack edição digital

notícias

revista técnica de embalagem 6.57 €

Nº 212 Junho 2012

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nesta edição anunciam nesta edição

vidro

A embalagem metálica e o mercado das bebidas

Creativ'Lab e Selective Line da Verallia

(clique para ver) AMORIM

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DANIEL J. MORAIS

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EGITRON

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EMBALLAGE

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ENERMETER

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FITEMBAL

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IDENTIPOR

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INPLANT LUSOFORMA

packaging design

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MADECA

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MARCAEMBAL

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NORDSON

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OVARPACK

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P.S.A.

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PIEDADE

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PLASTIMAR

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PLASTIRSO

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S.M.S.A.

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SISTRADE

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TIL

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VERALLIA

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YASKAWA

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revipack revista técnica de embalagem

Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL

Cilindro com curvas

Design para vinhos

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TENDÊNCIAS rolhas, tampas e cápsulas E ESTATÍSTICAS Cortiça - Screw Cap - Plástico 11 vinhos 16 EGITRON - Soluções para o Controlo da Qualidade13 cerveja 20 Cápsulas Coroa 3D 15 refrigerantes 23 Novas tampas para água 15 sumos 24 engarrafamento águas 27 Krones - Pré-doseamento de sumos 33 Tecnologias 18 de filtração KHS - Enchimento asséptico linear 33 Cerveja artesanal R&G - Capsulagem 34 21 na Europa? Barris em Plastipak - ThermoShape 34 plástico 22 KHS - Esterilização de pré-formas 35 A guerra das garrafas de plástico 29 Dainese - Tonéis com RFID 35 Ranking mundial Redução de custos nos transportadores 36 32 das bebidas

rotulagem Colas para rotulagem 40 visão Novas câmaras e sistemas

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codificação e etiquetagem Markem-Imaje - Codificação em linha 42 EIDOS - Etiquetagem de paletes 44 Microscan - Reconhecimento de caracteres 46 Videojet - Marcação laser de garrafas finas 47 Para contactar a revipack clique aqui:

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Telefone: 217 921 110 Fax: 217 921 113 E-mail: revipack@revipack.com Registo de Imprensa: 107 267 Publicação Mensal on line. Carlos da Silva Campos Todos os direitos reservados. ©

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packaging design Creativ'Lab

novo centro de criação de embalagens

de vidro

Verallia

Com a inauguração do Creativ'Lab em Pont-Sainte-Maxence (a 30 km do aeroporto Charles de Gaulle, a norte de Paris), a Verallia (marca de vidro de embalagem do grupo Saint Gobain) criou novas oportunidades para o design de embalagens. O Creativ'Lab é o 13º centro de design da Verallia, nº 2 do sector mundial da embalagem de vidro, e reune recursos numa combinação única que pode representar grande vantagem para os clientes que procuram embalagens premium para diferenciar as suas marcas.

da

O Crativ'Lab surge em conjugação com o lançamento da Selective Line, a gama premium da Verallia. A fronteira tradicional entre a garrafa premium personalizada e a garrafa standard disponível em stock é agora ultrapassada pela Verallia. Para mais informação sobre a Selective Line, ver o texto na página seguinte e clicar no ícone ao lado. A esta colecção ao dispor dos clientes dos vários sectores (vinhos, espirituosas, entre outros), o Creativ'Lab acrescenta as vantagens da inovação e do serviço. A inovação desdobra-se nos recursos de criatividade que incluem design conceptual, design e projecto estrutural da garrafa, diferenciação e todas as técnicas e processos de decoração possíveis para a embalagem do vidro. Na secção de projecto CAD, sobre a base do ProEngineer, os designers da Verallia usam desenvolvimentos próprios de software para a garrafa e para o molde. Estes recursos permitem conciliar os objectivos de criatividade, originalidade e diferenciação com os objectivos estruturais e de sustentabilidade. Permitem também simular e definir a posição do rótulo e antever o 'look' que a garrafa irá ter no ponto de venda e ao longo do seu ciclo de vida. A diferenciação pode ser obtida pelo formato e ou pela decoração. O Creativ'Lab propor-

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ciona ao cliente todas as alternativas de decoração (decoração em massa, decoração em feeder, serigrafia, foscagem, revestimento, manga retráctil, entre outros). Na Selective Line, destacam-se as cores extra, como a transparência máxima - Extra Flint - e o vidro negro Extra Black. Na decoração, a Verallia tem uma parceria com a Saga Décor, em Pont-Sainte-Maxence. Os "efeitos especiais" podem incluir desde a tonalidade ouro até ao toque suave do veludo, cetim ou pele. O serviço, a terceira vertente do Creativ'Lab, permite ao cliente chegar com uma ideia e sair com um protótipo. Do projecto CAD à impressão serigráfica, o objectivo é acelerar o tempo de lançamento no mercado. A facilidade de acesso, a posição central na Europa e a conjugação inédita de recursos de design e decoração faz com que o Creativ'Lab tenha carácter internacional. O primeiro cliente a utilizá-lo foi, aliás, uma empresa engarrafadora portuguesa.

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packaging design Selective Line

O vidro topo de gama A palavra "standard" deixou de ser incompatível com a personalização. O tempo em que os fabricantes de embalagens se dividiam entre especialistas em grandes séries e especialistas em pequenas séries de embalagens personalizadas, já passou. Sem deixar de explorar o mercado das grandes séries e volumes, baseados em séries standard, os fabricantes de embalagens de vidro começaram, há alguns anos atrás a procurar novas soluções tecnológicas capazes de responder à procura de diferenciação e personalização. A competitividade da embalagem de vidro passa por esta tendência.

Selective Line é a nova gama alta de embalagens de vidro, criada pela Verallia para a diferenciação e personalização de produtos de marca. A colecção é suficientemente diversificada para proporcionar a escolha aos detentores de marcas de licores e espirituosas, vinhos, ´ água, azeite, entre outros. A colecção está disponível para fornecimento quer em pequenas, quer em grandes séries. De resto, a Verallia disponibiliza uma panóplia de soluções de decoração que faz de cada garrafa um caso único: coloração em massa, pulverização metálica, satinagem por banho ácido, transferência por imersão, decalcomania, gravação, pulverização sintética, revestimento Saticoat (Saga Décor), foscagem parcial, serigra-

fia, lacagem, pulverização sintética, colocação de acessórios. A Selective Line já deu passos significativos no mercado europeu, com várias marcas de espirituosas a escolher a sua própria via de personalização. Graças ao número praticamente infinito de combinações possíveis de formato e decoração, total ou parcial, o cliente pode ter uma embalagem diferenciadora e identificadora do seu produto e marca, sem, ser parecida com qualquer outra garrafa disponível no mercado.

A Selective Line e o Creativ'Lab estão ao serviço das empresas detentoras de marcas que necessitam de embalagens premium à altura dos desafios da segmentação e fidelização do mercado. Lado a lado com a capacidade para as grandes séries, para as embalagens extra leves e com elevada incorporação de reciclados, a Verallia reforçou também a capacidade para as séries personalizadas e especiais. A Verallia é o segundo maior produtor mundial de embalagens de vidro. Produziu em 2011 cerca de 25 mil milhões de embalagens de vidro. Conta com 15 500 colaboradores, 10 000 clientes, tem fábricas em 14 países (incluindo Portugal) e presença comercial em 47 países, com uma facturação global na ordem dos 3,6 mil milhões de euros. Nº 212 Junho 2012

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A embalagem metálica e as tendências no mercado das bebidas Na feira AnugaFoodtec, a Ball Packaging Europe destacou novas ideias que marcam as tendências do mercado das bebidas. A SleekCan de 33 cl, com 58 mm de diâmetro e de 145 mm de altura, é um formato original e intermédio entre as latas de 33 cl e 35 cl já conhecidas no mercado, com potencial de utilização em segmentos ascendentes como as "bebidas energéticas", os "chás", as águas aromatizadas e os sumos de frutas. Segundo a Datamonitor, o mercado europeu das "bebidas energéticas" deverá crescer 3,7 % este ano. A cerveja sem álcool é outro segmento com potencial de crescimento assinalável pelo menos em alguns países. Na Alemanha, a cerveja sem álcool tem uma quota de mercado de 10 % e deverá ter este ano um crescimento acima dos 6 %. Outros segmentos com potencial de crescimento, como as bebidas "health and wellness" e os vinhos, estão a descobrir a embalagem metálica como alternativa de diferenciação de marcas e de atracção de novos consumidores. No caso do vinho, a lata tem a vantagem da barreira ao oxigénio e o formato SlimCan (187/200ml e 250 ml) é ideal para consumo individual, mini-bares e consumo nómada. A Ball desenvolveu uma lacagem interior especial para evitar interacções indesejáveis entre o vinho e o metal. As garrafas de alumínio já são "standard" nos EUA, mas ainda pouco conhecidas na Europa. Elas despertam a curiosidade dos consumidores pela combinação cruzada de material e formato e pelo "toque frio". Por isso estão a ser escolhidas para cervejas "premium" e para séries especiais, campanhas específicas, etc.. A Ball decidiu iniciar a extrusão de garrafas de alumínio de 33 cl e 50 cl na fábrica de Velim (República Checa), para servir o mercado europeu. Fechadas com cápsula coroa, as garrafas de alumínio podem ser cheias nas linhas convencionais. 6

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packaging design Ramm ND

Cilindro com

Curvas

A uniformidade do formato é um obstáculo à diferenciação do produto e da marca. A lata de bebidas é um bom exemplo em que têm sido tentados vários processos para fazer variar o formato. Mas sempre que a tecnologia se afasta do cilindro, o preço da embalagem vem complicar a equação. A alternativa está na impressão, como se pode ver neste exemplo criado pelo designer Ramm ND, da Rússia. Este designer tem criado numerosas decorações para latas. Esta suplanta todas as outras pela pluralidade de efeitos, mas com um mínimo de graduações cromáticas.

Na parte inferior da lata, a decoração mostra-nos várias figuras humanas a caminho de um edifício fabril. Esta imagem "industrial" preenche um imaginário de rotina diária que o público alvo da embalagem provavelmente partilha.

A meio da embalagem, a chaminé maior do edifício fabril lança para a atmosfera um fumo negro. Reforça o imaginário industrial e recorda, vagamente ou não, a poluição, as alterações climáticas...

Mas na realidade, o observador não vê as duas imagens segmentadas como descrito acima. As duas juntas representam um imaginário totalmente diferente. Não é uma imagem exterior com ambiente enevoado, mas uma combinação de pele e lingerie preta. A imaginação acrescenta ao cilindro da lata as curvas que ele não tem.

Antes de se começar a debater se a decoração é sexy ou sexista, vale a pena observar um pouco melhor as particularidades gráficas desta criação. Ainda não vimos a lata toda e esta decoração tem... muita lata. é o que veremos na página seguinte.

Mangas para vinhos e licores A Cornish Mead Company (Reino Unido) recorreu às mangas retrácteis para uma mudança radical na apresentação da sua marca de vinhos e licores com mais de 50 anos. O objectivo era captar consumidores mais jovens, entre os 18 e os 30 anos, e compensar o abandono da garrafa tradicional com uma decoração mais apelativa e diferenciadora. A nova decoração envolve toda a garrafa e foi desenhada pela agência Glendall Design. As mangas são produzidas pela CCL Decorative Sleeves e aplicadas com equipamento A&S Packaging. As mangas são impressas sobre filme PET de 50 µm, por flexografia UV a seis cores, com acabamento mate. Nº 212 Junho 2012

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packaging design

Cilindro com Curvas O efeito de design não se esgota numa só lata. A criação de Ramm foi mais longe. Se colocarmos duas latas iguais lado a lado e se as rodarmos simetricamente de forma a fazer desaparecer as "chaminés" da fábrica, descobrimos que a "imagem final" não é a de uma lata, mas de duas. Combinadas, elas produzem um grande plano de um cinto de ligas. Chegado a este ponto, o designer terá provavelmente vendido a limitação do formato e obtido um efeito capaz de surpreender e entreter o público alvo. Afinal, essas são finalidades típicas do design. Para ver mais criações do mesmo designer, clicar no ícone junto. Para contactar o designer, clicar no outro ícone.

Athanasios Babalis

Design para Vinhos Ao desenhar uma nova embalagem de oferta para os vinhos Gerovassiliou, o designer grego Athanasios Babalis afastou a ideia de "caixa" de linhas direitas e criou um conjunto de três embalagens (para 1, 3 e 5 garrafas) com formato original e características funcionais inéditas. As embalagens têm uma pega que facilita o transporte pelo utilizador e um formato ondulado que facilita o empilhamento na vertical ou na horizontal. Neste último caso, as embalagens acumuladas simulam os alvéolos de uma garrafeira. O material de base é a madeira folheada de carvalho, com evidente conotação com os vinhos.

Em 2010, este conceito de embalagem foi galardoado no concurso The Dieline Awards (EUA).

Athanasios Babalis trabalha em Salónica, Grécia, como designer industrial e é professor no Instituto Educacional de Larisa, Grécia. Para contactar o designer, clicar no ícone abaixo, ou na foto.

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packaging design

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licores

Oito Milhões

por uma colecção

Bay van der Bunt, proprietário da maior colecção mundial de licores velhos, está disposto a vendê-la por 8 milhões de dólares (USD). A colecção tem mais de 5000 garrafas, incluindo conhaques contemporâneos da Revolução Francesa (1789), vinhos Madeira Blandy's de 1792, engarrafados em 1822, vinhos do Porto (desde 1880, Niepoort), e muitos outros. O coleccionador holandês passou pelos principais leilões de licores velhos ao longo dos últimos 35 anos, comprando e aumentando a colecção herdada do avô e do pai. Nos últimos 10 anos, tornou pública a colecção e começou a vender a partir do stock não reservado. Uma garrafa de vinho da Madeira Blandy's de 1792, engarrafado em 1822, pode ser adquirida por 6250 euros. Um conhaque Remy Martin Louis XIII, posto em garrafa de cristal em 1938, pode ser comprado por 42 500 euros. Havendo dinheiro, a compra é fácil (www.oldliquors.com). Sem herdeiros que queiram continuar a colecção e o negócio, van der Bunt pôs a colecção à venda. Se o comprador ou continuador não surgir, a colecção será vendida aos poucos a restaurantes, hotéis e coleccionadores.

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rollhas, tampas e cápsulas

Cortiça Há duas décadas atrás, os retalhistas do Reino Unido exigiram que as garrafas de vinho não tivessem rolhas de cortiça. Disseram que era por causa do "sabor a rolha". Aproveitando a oportunidade, a tampa de rosca metálica - screw cap - e a rolha sintética entraram a sério no mercado dos vinhos. A par com a guerra de "press releases", a indústria corticeira investiu em força no ataque ao TCA (tricloroanisol, o nome técnico do dito "sabor a rolha") e melhorou todos os procedimentos de controlo de qualidade ao longo de todo o processo produtivo. O problema estaria resolvido, mas a verdade é que o dito "sabor a rolha" ainda tem outra origem que nada tem a ver o TCA: o hábito de rejeitar uma garrafa para dar a ideia de que se é entendido em vinhos... A cortiça partiu para esta guerra em posição de desvantagem. A congénita dificuldade de comunicar que caracteriza as indústrias portuguesas foi ultrapassada, mas já era tarde. Entretanto, já a screw cap (facílima de abrir) e a rolha sintética (não tão fácil, mas mais barata) tinham ganho quota de mercado. A "chave" não foi a argumentação técnica, mas o rei dos argumentos: o preço. Afinal, a cortiça é um produto raro e os plásticos são abundantes (já voltaremos a este tópico). A entrada da tampa de rosca no mercado dos vinhos ganhou expressão nos anos 80, designadamente com a marca "Stelvin". A rolha de plástico tornou-se notada na década seguinte, designadamente com a marca "Supremecorq" (empresa que chegou a pertencer a Bill Gates). Nesta guerra, a rolha sintética fez batota. Na língua de Shakespeare, a palavra cork (cortiça) tem uma segunda acepção (rolha, stopper) e os fabricantes de rolhas sintéticas aproveitaram essa identificação para disfarçar o plástico de cortiça. Nº 212 Junho 2012

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Screw Cap

Plástico E surgiram as "synthetic corks", as máscaras fonéticas como "corc" e "corq", e outros truques…No plano estético, a tecnologia do plástico permitiu imitar as rolhas, no formato, na cor, na estrutura alveolar, até na impressão. Depois, começaram a surgir as rolhas de plástico coloridas. Os fabricantes de rolhas, para além da batalha do TCA e do controlo da qualidade, têm vindo a desenvolver mil e uma soluções para conseguir oferecer as propriedades únicas da cortiça ao preço mais competitivo possível. Foi assim que surgiu a "rolha técnica": cortiça natural na zona de contacto com o vinho, aglomerado de cortiça no resto da rolha. O preço e o desempenho estão a meio caminho entre a "rolha natural" e a "rolha aglomerada". Uma ideia que permitiu segurar o mercado e continuar a competir. Também surgiram outras soluções, como por exemplo, o revestimento da parte em contacto com uma película impermeável. Outros fabricantes apareceram com uma rolha compósita, formada por um "carrinho" (duas rodas e um eixo) em plástico, "forrada" por cortiça aglomerada. Estas combinações, que procuram responder às questões colocadas pelos engarrafadores, têm um aspecto comum: o "casamento" entre a cortiça e o plástico... O mercado do vinho é, em muitos lugares, e especialmente em Portugal, vítima da guerra de preços. A cortiça é apenas um dos "feridos" desta guerra. Entretanto, a rolha de

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plástico continua a disputar o mercado dos vinhos, procurando "subir na gama" e afirmar-se como rolha idónea para vinhos de "marca", "qualidade", "valor acrescentado", etc.. A rolha sintética não quer ficar limitada aos vinhos de consumo rápido. Nos últimos anos, as empresas do sector têm procurado convencer o mercado que o oxigénio que actua no processo de envelhecimento do vinho não advem da "respiração" através da rolha, mas do teor de oxigénio dissolvido no próprio vinho. À parte alguns casos mais ou menos emblemáticos, a rolha de plástico e a screw cap não tiveram êxito generalizado em vinhos "para guardar". De resto, a parte substancial do mercado está nos vinhos de gama baixa e média. Segundo os indicadores apresentados por António Rios Amorim no Congresso Mundial do Sobreiro e da Cortiça (2011), os vinhos com preço até aos 3 € representam 50% do mercado. Os vinhos com preço entre 3 e 7 € representam mais 34% do mercado. São os segmentos de volume, hipercompetitivos, mas é deles que a indústria vive. O destino da rolha de cortiça não é limitar-se a servir os vinhos de gama alta, mas também ajudar os vinhos a "subir de gama"... Para competir nos "mercados de preço", a indústria de rolhas de cortiça tem que apostar tudo na "rolha técnica". A luta parece desigual, porque os processos de fabrico de screw caps (moldação e corte de chapa metálica revestida/ impressa) e de rolhas de plástico (extrusão celular, injecção) se afiguram simples e incomparavelmente mais fáceis de instalar que as morosas etapas de fabricação de rolhas de cortiça.

E no entanto... índice

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rolhas, tampas e cápsulas A comparação dos processos de fabrico das tampas de rosca, das rolhas de plástico e das rolhas de cortiça é feita de forma muito desigual. A cortiça parece mais complexa porque se começa com os 7 anos de espera antes de descortiçar o sobreiro e se passa por todas as etapas de processamento da prancha, brocagem, colmatagem, acabamento, tratamento, impressão, aglomeração, etc., etc.. Os processos de descontaminação da cortiça são também incomparavelmente mais complexos que os necessários para higienizar as rolhas sintéticas ou as screw caps. Mas esta é uma comparação mal feita. A "história" da screw cap começa na actividade mineira ou no processamento de sucata. A "história" da rolha sintética começa no petróleo... A revisão do ciclo de vida total das três alternativas levou a outras considerações: o impacte ambiental e a sustentabilidade. Os plásticos baseados no petróleo são abundantes, mas não são renováveis. A cortiça pode ser rara (o montado de sobro é um dom do mediterrâneo), mas é renovável! No que respeita a emissões de CO2 (o indicador ambiental mais em voga), a cortiça é de longe a mais amiga do ambiente.

Já no século XXI, o sector da cortiça descobriu na sustentabilidade o seu argumento principal. Usar cortiça é reduzir as emissões, é contribuir para sustentar o montado de sobro, o habitat mediterrânico. Este "argumentário" tem vindo a ser utilizado em várias campanhas lançadas em várias partes do mundo, de que o melhor exemplo é a campanha "save Miguel" (em que Miguel é o sobreiro). A abordagem ambiental é um ponto de viragem na comunicação da cortiça. Depois de ganhar a batalha do TCA e do "sabor a rolha", a cortiça deixou para trás a comunicação defensiva. As vantagens ambientais da cortiça permitem uma comunicação proactiva que os materiais alternativos dificilmente podem acompanhar.

Se as rolhas forem de plástico, as emissões saltam para 14 833 g. Se forem screw caps, as emissões sobem para 37 172 g! (Cálculos da PriceWaterhouseCoopers/Ecobilan). Os sobreiros são lentos a produzir prancha de cortiça mas em todo esse tempo estão a absorver CO2! Anualmente, a floresta de sobreiro captura 10 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.

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A screw cap continua a subir, mas a rolha de cortiça está forte. A produção mundial estima-se em 12 mil milhões de rolhas. Ao fim de mais de duas décadas de "ataque", a rolha de cortiça continua a liderar no mercado dos vinhos engarrafados, com uma quota de 68%. E há que lembrar a importância da cortiça na economia portuguesa. As exportações de rolhas de cortiça aumentaram 8,4% em 2010, atingindo uma valor de 754 milhões de euros. Os próximos anos não vão ser fáceis. A indústria sabe que não vai ter vida fácil num mercado esmagado pela concorrência de preços, pela concorrência de materiais, e por todos os problemas que afectam a actividade industrial. Para manter a primazia no mercado dos vinhos, a indústria corticeira terá que manter, senão mesmo reforçar, a investigação e a comunicação. Não basta fazer e ser melhor. É preciso que o mundo saiba.

A produção, tratamento, embalagem e transporte de um milhar (na indústria, ainda se diz "milheiro") de rolhas de cortiça implica 1 533 g de CO2 emitidos para a atmosfera.

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O "efeito novidade" que beneficiou a rolha de plástico já passou. Nos últimos anos, a rolha de plástico perdeu quota de mercado e algumas empresas fecharam.

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rolhas, tampas e cápsulas Egitron

Soluções para o controlo da qualidade no engarrafamento A qualidade de um bom engarrafamento depende de inúmeros factores, entre os quais os materiais utilizados no engarrafamento, como por exemplo o vedante ou a garrafa, o tipo de vinho e a afinação da própria linha de engarrafamento. Para muitos produtores de vinho, esta situação é uma preocupação constante, pois necessitam de garantir a qualidade do vinho que engarrafam e simultaneamente garantir que as suas caraterísticas se mantêm ao longo do tempo previsto até ao seu consumo, o que implica um controlo da qualidade ao vedante / rolha e à garrafa. Existem vários pontos a considerar no controlo da qualidade do vedante e da garrafa. Em relação ao vedante, mais concretamente na rolha, é necessário controlar as suas várias características físicas (como por exemplo o comprimento, o diâmetro, a massa e a humidade) assim como o seu comportamento nas várias ações do rolhamento (extração, compressão, inserção, etc.). Quanto à garrafa, é essencial um controlo dimensional, tendo um especial relevo o diâmetro do gargalo, de forma a garantir um bom engarrafamento e vedação. Estes e outros parâmetros são passiveis de controlo através de equipamentos e software específicos, que permitem a medição de um conjunto de parâmetros de uma forma precisa, simplificando todo o processo.

No campo do controlo dimensional do interior dos gargalos, a EGITRON desenvolveu o PerfiLab, um sistema automático de controlo do diâmetro interno dos gargalos de garrafas. O equipamento é controlado a partir de um programa para PC, onde é possível controlar o equipamento, configurar os ensaios a efectuar, recolher os valores e imprimir relatórios. Para além de permitir a medição do diâmetro até 55mm de profundidade (tendo como opção o aumento até 70 mm) possibilita o desenho do seu perfil, sendo também possível com este equipamento recolher valores do diâmetro a 0º ou a 0º e 90º, permitindo o cálculo da ovalidade. Os resultados dos testes efetuados com o PerfiLab são uma importante ajuda na escolha do vedante adequado para o tipo de garrafa em questão. Existem também versões portáteis e simples para medição de forças de extração e controlo do diâmetro do gargalo de garrafas, respondendo às necessidades de mobilidade dos comerciais / técnicos, que muitas vezes necessitam de fazer testes no momento.

A EGITRON é uma empresa especializada no desenvolvimento deste tipo de soluções, tendo vários anos de experiência na área. Esta empresa fornece equipamentos, software, e projectos desenvolvidos à medida para o controlo da qualidade, possuindo muitos clientes em empresas ligadas ao engarrafamento, como por exemplo fabricantes de rolhas e outros vedantes, adegas e empresas de bebidas, e fabricantes de garrafas de vidro e PET. No âmbito do engarrafamento, a EGITRON desenvolveu vários produtos, destacando-se os equipamentos ExtraLab Plus, PerfiLab, CITcork, entre outros. O ExtraLab Plus é um inovador sistema de Medição de Força de Extração e Torque, que foi concebido com o objectivo de imitar o movimento humano ao abrir uma garrafa de champanhe, tendo testes específicos para diferentes tipos de vedantes. É um equipamento extremamente completo na medida em que integra numa só máquina a capacidade de realizar os seguintes testes: descolagem e extração de rolhas de champanhe e de rolhas capsuladas; extração de rolhas de vinho com saca-rolhas; abertura e fecho de cápsulas metálicas de rosca e ruptura de rolhas capsuladas. Nº 212 Junho 2012

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rolhas, tampas e cápsulas Para o estudo do comportamento das rolhas, a EGITRON lançou recentemente no mercado o CITcork, um equipamento que se destina ao estudo do comportamento de vários tipos de rolhas (naturais, aglomeradas e de champanhe) em condições reais de rolhamento. Isto é realizado através de uma análise efectiva do comportamento nas ações de compressão, inserção e relaxação, fruto dos testes que o equipamento é capaz de desempenhar: compressão seguida de inserção; compressão seguida de relaxação; compressão (para estudo de recuperação) e compressão seguida de expulsão. Este equipamento foi desenvolvido centrado nas variáveis importantes do rolhamento, permitindo grande flexibilidade de configuração e simplicidade de operação através do seu ecrã táctil.

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Para aplicação directa nas linhas de engarrafamento a EGITRON disponibiliza soluções muito interessantes da marca HALMEC para a medição da força vertical aplicada na colocação de cápsulas e medição de torque na aplicação de cápsulas de plástico. As garrafas dinamométricas da HALMEC adaptam-se a qualquer linha de engarrafamento e tamanho de garrafa. Da marca MECMESIN e ainda para controlo de parâmetros relacionados com o engarrafamento, a EGITRON disponibiliza vários modelos de torquímetros para teste de quebra de selo de segurança, abertura, e rompimento de roscas de plástico e metálicas.

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Para obter mais informação e ou contactar a EGITRON, clicar nos ícones.

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rolhas, tampas e cápsulas

Tecnologia Sacmi para "cápsulas A máquina CCD 300 da Sacmi, anunciada na PETnology Europe (78 Novembro) e apresent ada na feira Brau Beviale (Nuremb erga, 9-11 Novembro 2011), produz cápsulas 3D, isto é, com baixos relevos que

coroa 3D"

permitem destacar logótipos e marcas. A cadência da máquina pode ir até às 3000 cápsulas por minuto. Graças ao sistema de visão CVS, a máquina pode controlar a orientação da cápsula e fazer coincidir o relevo com a impressão litográfica da cápsula, criando uma impressão verdadeiramente tridimensional. As cápsulas coroa 3D não implicam alteração das linhas de produção ou engarrafamento. O sistema de visão CVS serve não só para sincronizar o relevo com a impressão, mas também para inspeccionar e detectar cápsulas com defeito. Nos últimos anos, o grupo Sacmi agrupou as empresas Sacmi Imola, Sacmi Filling, Sacmi Labelling e Sacmi Packaging numa "Divisão

Bebidas" (Beverage Division), oferecendo ao mercado soluções chave-na-mão para o sector das bebidas, desde as novas soluções de engenharia que tiram o máximo partido da tecnologia de compressão até aos sistemas de moldação-sopro, para cadências até 80 mil garrafas/hora. Cada solução foi projectada para tornar mais fácil a integração com outras máquinas Sacmi, desde os sistemas de visão que podem ser instalados a jusante da linha de engarrafamento até às máquinas PAM para a produção de pré-formas PET por compressão, instaladas a montante das máquinas SBF de extrusão-sopro de garrafas.

Tampas para garrafas de água Cortiça A necessidade de combinar a "sinalizadas" com um "clic" audível. nos GRAMMY redução do consumo de materiais A tampa pode ser vista no filme com a facilidade de utilização levou a Procap (Luxemburgo) a desenvolver uma tampa com ranhura mais saliente. A tampa 29/25 PROGrip destina-se exclusivamente a garrafas de água sem gás e inclui anel indicador de ruptura. A tampa pode ver-se no filme seguinte (clicar no ícone). No capítulo das tampas desportivas, a Procap desenvolveu a 29/25 PROSpring, uma tampa em peça única que reune todas as funcionalidades para esta aplicação. A abertura 'flip top' abre a 180 °, com a simples acção do polegar, com ruptura evidente após a primeira abertura, mas sem soltar qualquer peça. A abertura e fecho são Nº 212 Junho 2012

seguinte (clicar no ícone).

Para substituir a tampa Fullytop 38, a Procap desenvolveu a nova tampa 38 PROFlatSeal, com anel ruptura evidente, várias opções de vedantes e cores.

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A cerimónia de entrega dos prémios GRAMMY, em Los Angeles, transmitida pela CBS no dia 12 de Fevereiro, ficou marcada pela atribuição de personalidade do ano a Paul McCartney. Durante a gala dos GRAMMY, os brindes foram feitos com vinhos vedados exclusivamente com rolhas de cortiça natural, e todas as rolhas foram recolhidas para reciclagem. Foi uma iniciativa conjunta da Recording Academy e do Cork Quality Council, organização norte-americana empenhada no programa de Promoção Internacional da Cortiça - InterCork, lançado pela APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça. A recolha das rolhas foi assegurada pela ReCork que as encaminhou para a Sole (Canadá), fabricante de sandálias e sapatos. Para saber mais sobre a promoção da cortiça nos E.U.A., clicar no ícone anexo. índice

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vinhos

Vinhos:

2011, em volume

aumento da exportação com baixa dos preços O Instituto da Vinha e do Vinho apurou os dados da exportação de vinhos em 2011, dando conta de um aumento de 14 % em volume, 3,6 % em valor e uma degradação do preço médio de 9,1 %. Responsáveis por esta degradação são os vinhos de mesa, a maior parcela das exportações, mas com uma descida do preço médio de 19,1 %. O valor global das exportações ultrapassou os 675 milhões de euros, cerca de 1,6 % do total das exportações nacionais e 66% das exportações de bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. Os vinhos “tranquilos” (DOP, IGP e vinhos de mesa) registaram elevadas taxas de crescimento (+10% em valor e +22% em volume), dada a quebra verificada nos licorosos (-3,3% em valor e -3,4% em volume), essencialmente devido à redução do volume de exportação de Vinho do Porto e Vinho da Madeira. Os vinhos do Porto quase mantiveram o preço médio (- 0,5 %) e os vinhos da Madeira conseguiram aumentar os preços em 12,3%. Com taxas de crescimento ainda maiores (46 % em valor e 25 % em volume), os vinhos espumantes e espumosos conseguiram vendas a preços 17,5 % superiores e ultrapassaram pela primeira vez os 10 milhões de euros.

2011, em valor

Principais Destinos

(sem Porto e Madeira)

Os principais mercados repetem-se em 2011, com Angola, França, Alemanha, Reino Unido, EUA e Brasil todos a aumentar o volume importado de Portugal. De forma mais acentuada, França cresce 32,2% e Angola 27,9%; Alemanha 16,4% e Brasil 14,1%. Com aumento mais suave, o Reino Unido aumenta 4,7% e os EUA 2,1%. Também o mercado da China continua com interessantes níveis de crescimento, tendo importado mais 123% do que em 2010.

Máquinas de engarrafamento italianas Depois da queda de 2009, a indústria italiana de máquinas para enologia e engarrafamento de vinhos recuperou. As vendas atingiram 1,6 mil milhões de euros em 2010, mais 17% que no ano anterior, sendo a parte relativa a exportações de cerca de mil milhões de euros, perto do nível de 2008. A Itália mantém, no mercado das máquinas, um confortável superavit comercial de 1,2 milhões de euros. Mas a evolução positiva das exportações deve-se sobretudo a encomendas da região asiática (mais 42%), com destaque para a China e a Índia. As exportações para os EUA aumentaram 20%. A procura europeia de máquinas italianas aumentou 16%, longe de compensar a descida de 30% registada em 2009. 16

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O primeiro semestre de 2011 confirmou a tendência de recuperação. A exportação de máquinas para o sector dos vinhos aumentou 20% comparativamente ao primeiro semestre de 2010, atingindo os 871 milhões de euros. Mais de 66% do valor de vendas de máquinas para o sector dos vinhos diz respeito a máquinas e linhas de engarrafamento (lavadoras, enchedoras, capsuladoras, rotuladoras, etc.). Neste segmento principal, as exportações aumentaram 24% mas não chegaram a atingir o nível de 2008. Os países que mais aumentaram as compras de máquinas de engarragamento italianas foram a China (+119%), a França (+24%), os EUA (+53%), o Brasil (+83%) e a Rússia (+ 58%).

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Nº 212 Junho 2012


vinhos Exportações de Vinhos

No valor das exportações, apenas Reino Unido e EUA tiveram diminuições, com -2,6% e -4,1% respectivamente, tendo os restantes evoluído positivamente com Angola a liderar o crescimento com +30,6%, seguindose Brasil (+18,7%), França (+6,8%) e Alemanha (+5,5%). O mercado chinês aumentou 91,7% em valor, mas com diminuição do preço médio em 14%, para 1,35 €/litro. A par de Angola, também outros PALOP, como Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé e Príncipe registam bons níveis de crescimento, mas com preços médios bastante inferiores à média nacional de 1,61 €/litro. As exportações aumentaram para estes mercados, em volume e valor, com preços médios para a Guiné Bissau de 0,62 €/litro, Moçambique de 0,69 €/litro e S. Tomé e Príncipe de 0,76 €/litro. No continente americano, o mercado do Canadá que ocupa o 9.º lugar em volume e o 7.º em valor, evoluiu na ordem dos 9% em valor e volume, sendo o 2.º melhor mercado em termos de preço médio (3,12 €/litro). Na Europa, a Suíça representa 3% do total das exportações de vinho e valorizou 8,3% em valor e 6% em volume.

Produção de vinhos: a descida continua Os primeiros dados estatísticos relativos à campanha 2011-2012 apontam para uma diminuição da produção de vinhos de 21,5 % comparativamente à campanha anterior e de 13,3 % face à média das 5 campanhas precedentes. A produção total apurada é de 5 609 781 hectolitros, mantendo-se a repartição entre vinhos tintos/rosados (71 %) e brancos (29 %). A descida é comum a todas as regiões, à excepção da Bairrada, que manteve e da Madeira, que aumentou 6%. Também subiu a produção de vinhos com indicação de ano/casta (mais 6 %). Para aceder ao comunicado completo do Instituto da Vinha e do Vinho, clicar no ícone ao lado.

No primeiro semestre de 2011, as exportações italianas de máquinas de engarrafamento aumentaram 25%, acentuando a tendência de 2010.

2008: 16 607 214 euros 2009: 5 612 157 euros (-62%) 2010: 8 394 313 euros (+50%)

Portugal, cliente fiel

O peso de Portugal nas exportações italianas de máquinas de engarrafamento é inferior a 0,77%. De referir ainda que Portugal também é construtor de equipamentos para linhas de engarrafamento. As exportações para a Itália registaram a seguinte evolução: 2008: 1 012 532 euros 2009: 1 935 351 euros 2010: 350 837 euros.

Portugal é um cliente pequeno, mas fiel à maquinaria italiana. Em 2010, as compras portuguesas de máquinas de lavar e secar garrafas aumentaram 250%, chegando quase aos 760 mil euros. No que respeita às máquinas de engarrafamento, as compras de máquinas italianas tiveram a evolução seguinte: Nº 212 Junho 2012

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vinhos

Itália

Parker

Produção vinícola desceu Pela terceira vez (1957, 2007, 2011), a Itália registou uma produção vinícola abaixo de 43 milhões de hectolitros. A estimativa oficial (as nossas fontes são o Istat e o Ismea-UIV) para 2011 aponta para 42,3 milhões de hectolitros, menos 10% comparativamente a 2010. A vaga de calor de Agosto, a vindima precoce e o arranque da vinha nas regiões de Puglia, Sicília e Emiglia Romagna, são os principais motivos para esta descida. A confirmar-se esta previsão, a Itália ficará em segundo lugar no ranking os produtores, atrás da França (49 milhões de hectolitros, mais 8%). Para além da redução dos volumes, 2011 teve vindimas precoces (duas ou mais semanas em algumas regiões). Quanto à qualidade dos vinhos italianos deste ano, proliferam as opiniões. Dá-se como certo que o teor alcoólico médio aumente e que a produção deste ano traga vários vinhos de excelente qualidade.

Tanoaria em descida A tanoaria italiana continua em baixa. Em 2010, as vendas baixaram 11% relativamente ao ano anterior, totalizando 19,6 milhões de euros, dos quais apenas 2,9 milhões de euros em exportações. O comércio de produtos de tanoaria entre Portugal e a Itália é pouco significativo. As estatístics dão conta de apenas dois movimentos: em 2009, a Itália comprou 106,3 mil euros à indústria portuguesa; em 2010, as compras portuguesas de tanoaria italiana (habitualmente zero) foram de 1 386 euros.

Vidro de embalagem em crescimento A produção de embalagens de vidro na Itália totalizou 3 656 582 toneladas em 2010, mais 5,43 % que no ano anterior. A recuperação não chegou para compensar a quebra de 9,57 % em 2009. A produção repartiu-se entre as garrafas (3 118 593 toneladas, mais 5,29%), os frascos para produtos alimentares (232 555 toneladas, mais 0,34 %), os frascos para medicamentos, cosmética e perfumaria (155 384, mais 11,79 %) e ainda os artigos de mesa (150 050 toneladas, mais 10,59 %). No mesmo ano a reciclagem de vidro chegou às 1 471 404 toneladas, mais 8 % comparativamente ao ano anterior. 18

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Tecnologias de microfiltração Com a divisão Domnick Hunter, a Parker, um dos maiores players na área dos equipamentos e produtos de movimento e controlo, é também um dos principais fornecedores de produtos e sistemas de filtração, separação e purificação para as indústrias de vinhos e bebidas. No salão SIMEI de 2011, apresentou um novo sistema tanque-a-tanque para pré-tratamento de vinhos que evita consumos desnecessários e melhora a qualidade do produto. Desenvolvido pela Wine & Tech, parceiro de distribuição da Parker para a Itália, este sistema utiliza cartuchos de microfiltração de eficácia comprovada e limpa e regeneração automática para conseguir uma maior duração do filtro. O novo sistema reduz as perdas de características organolépticas e reduz a possibilidade de libertação de partículas e extractos. Diversamente do que sucede com os filtros de terras, este sistema não apresenta problemas relacionados com a eliminação de resíduos perigosos e comparativamente à filtração de fluxo tangencial, o novo sistema proporciona menor consumo de energia e de água. Outra novidade apresentada no SIMEI é o novo filtro de cartucho para descarga de tanques e para transferência de tanque a tanque que combina elevados índices de retenção com a facilidade de regeneração, constituindo uma alternativa económica aos filtros de placas. O filtro PREPOR NG tem elevada retenção microbiana, elevada eliminação de leveduras e capacidade para processar vinhos com teor elevado de partículas. A divisão de Process Filtration da Parker apresentou também a gama mais recente de filtros de clarificação PEPLYN, PROPLEAT e PREPOR, bem como os filtros de clarificação BEVPOR e a unidade portátil BEVCHECK PLUS, para verificação do estado dos cartuchos de filtros de membrana. Esta unidade controla de forma automática e total, desde a aplicação de pressão, passando pela medida da estabilização e da pressão diferencial, até à libertação final da pressão, apresentando o resultado final num écrã LCD. A unidade inclui ainda memória e impressora. O stand da Parker permitiu ainda observar os sistemas de geração de azoto e de purificação de CO2, bem como vários filtros para vapor, e ar/ gases comprimidos e esterilizantes. Nestes últimos estão incluídos os filtros High Flow BIO-x com micro-fibras impregnadas de PTFE e núcleo resistente de aço inoxidável, que oferecem uma retenção de 0,01 µm e o triplo do caudal dos filtros de membrana, o que permite reduzir o tamanho do cartucho e o espaço que ocupa uma vez instalado.

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vinhos foodproof®

Pall

Os novos kits PCR da Merck permitem detectar DNA de salmonelas em todo o tipo de alimentos, em prazos não superiores a 24 horas. Estão disponíveis para vários instrumentos de análise e têm o limite de detecção de 1 a 10 células por amostra de 25 g. Todos os kits foodproof® têm protecção contra contaminações, conformidade com as normas ISO mais recentes e permitem uma preparação rápida e fácil das amostras. Estão também disponíveis kits para análise PCR em tempo real de cerveja. O foodproof® Beer Screening Kit permite a detecção qualitativa rápida de 29 tipos de bactérias indesejáveis e, sem custo extra, a subsequente identificação, em cerca de 15 minutos, das 5 bactérias mais relevantes na produção de cerveja.

A Pall Corporation (Port Washington, Nova Iorque, EUA) anunciou em

salmonelas em 24 horas

Novo revestimento barreira A NanoPack (Wayne, Pennsylvania, EUA) desenvolveu o Barricade XT™, um novo revestimento barreira de base aquosa para materiais de embalagem flexíveis para alimentos. O novo revestimento é compatível com as altas velocidades dos processos de flexografia e rotogravura e requer a utilização de apenas cerca de 50% da água utilizada noutros processos de revestimento. Tem aprovação FDA para contacto indirecto com produtos alimentares, tem um peso menor que os revestimentos barreira precedentes e está a ser apresentado com alternativa às soluções baseadas em PVDC (cloreto de polivinilideno) e EVOH (álcool etileno-vinílico). O material de base do Barricade XT™ é uma dispersão de plaquetas argilosas numa matriz de resina, formando uma "parede" barreira ao oxigénio, aos aromas, aos adesivos e aos compostos orgânicos voláteis. Nº 212 Junho 2012

Filtração de vinhos com filtros de fibras ocas Janeiro que o novo sistema de filtração Oenoflow™ HS ultrapassa as limitações atribuídas aos sistemas de filtros DE (membranas de fibras). A tecnologia de fibras ocas da Pall é mais eficiente e contribui para melhorar a qualidade dos vinhos. O Oenoflow™ HS é um sistema de filtração fechado que minimiza a tomada de oxigénio e mantém as características organolépticas do vinho.

Millichilling

Alternativa à filtração tangencial tangencial O processo de filtração em fluxo normal (NFF) Millichilling é a alternativa proposta pela Millipore (subsidiária da Merck) para os produtores de vinhos, para optimizar a clarificação antes da estabilização microbiológica. O processo preserva o aroma e a qualidade do vinho e apresenta vantagens económicas e ambientais, comparativamente aos filtros DE convencionais, que requerem cuidados especiais para garantir a segurança dos operadores e do ambiente. Existem no mercado alternativas à filtração tangencial (TFF), como é o caso dos filtros cerâmicos, mas implicam um investimento mais avultado. A filtração em fluxo normal (NFF) combina uma câmara invertida especial com um cartucho de alta

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eficiência. Os sistema pode ser manual, semi-automático ou completamente automático. Ao contrário do que sucede na filtração tangencial, que envolve a recirculação, o sistema Millichilling apenas requer uma só passagem pelo cartucho. Este aspecto reduz drasticamente os consumos de energia, água e produtos químicos. Reduz-se também o risco de afectar as características organolépticas, não só porque a filtração ocorre numa só passagem, mas também porque o processo ocorre em fluxo constante, permitindo a sincronização com outros equipamentos e a eliminação dos depósitos intermédios. O sistema pode operar em contínuo e suporta várias temperaturas de operação. índice

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cerveja

Cerveja: Consumo sobe mas não na Europa A crise económica de 2009 congelou a produção e o consumo de cerveja, mas o crescimento reiniciou em 2010. Segundo o Barth Report, a produção totalizou em 2010 1846 milhões de hectolitros, mais 1,5% que no ano anterior. O consumo per capita permaneceu nos 27 litros/ano, com as diferenças regionais bem visíveis no quadro junto. A Ásia registou um crescimento mais rápido e saltou para a liderança do sector, com uma produção de cerca de 63 milhões de hl e com um potencial de crescimento bem patente no baixo consumo per capita (15 l/a). Segundo as previsões da Canadean, o mercado asiático poderá crescer 5% em média anual no período entre 2009-2015. A mesma taxa poderá registar-se no continente africano, que actualmente consome 107 milhões de hectolitros e tem um per capita de apenas 11 l/a. A Europa perdeu a sua tradicional liderança e registou uma descida da produção e do consumo em 2010, segundo os dados apurados pelo Barth Report. A produção totalizou 541 milhões de hectolitros em 2010, menos 2,4% que em 2009. A Europa

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índice

Produção Mundial de Cervejas Produção (106 hl)

Continente Europa América Ásia África Oceania TOTAL

Per capita

2006

2007

2008

2009

2010

2010 (l/a)

569 522 508 79 22 1.700

592 532 557 85 21 1.787

585 543 577 92 22 1.819

554 545 598 99 22 1.818

541 544 632 107 22 1.846

75 58 15 11 70 27

Fonte: Barth Report

está agora em terceiro lugar, atrás da Ásia e da América, mas ainda é líder em consumo per capita. A Canadean prevê uma ligeira descida do consumo nos mercados mais maduros da Europa Ocidental, enquanto a Europa Oriental deverá continuar a crescer 1,5% ao ano. No continente americano, o contraste dá-se entre norte e sul: a América do Norte é um mercado maduro e em declínio, enquanto a América Latina está em crescimento e já ultrapassou a América do Norte em consumo de cerveja. A região Oceania, por seu turno, tem consumos per capita similares aos europeus, mas o volume global de consumo tem menos relevância no mercado global. Os primeiros 10 países produtores de cerveja têm cerca de um terço da população mundial, mas dois terços do consumo de cerveja. Em primeiro lugar, a China, que produziu 448 milhões de hectolitros de cerveja em 2010, com um per capita de 3 l/a, ultrapassou os EUA devido à sua população e à sua taxa de crescimento económico. A Canadean prevê que a China venha a representar mais de um quarto do consumo mundial de cerveja em 2015, com um volume de 573 milhões de hectolitros. A capacidade de produção de cerveja na China duplicou nos últimos 10 anos. Nos EUA, a produção atingiu 228 milhões de hectolitros em 2010 (menos1% comparativamente ao ano anterior). A tendência para o cresci-

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mento regista-se no segmento das cervejas artesanais (‘craft’), que já conta com mais de 1500 micro-fábricas e ‘pubs’. O segmento ‘craft’ representou em 2010 uma parcela de 4,9% em volume mas de 7,6% em valor. Os EUA são também um mercado receptivo às cervejas importadas, as quais representam cerca de 10% do consumo interno, com um volume acima dos 20 milhões de hectolitros. Na América Latina, o sector cervejeiro está animado. O Brasil, com uma produção de 114 milhões de hectolitros em 2010, é o terceiro produtor mundial. O consumo per capita é de 58 l/a. O México com uma produção de 80 milhões de hectolitros, está em sexto lugar. Segundo a Canadean, o sector deverá ter um crescimento médio anual de 3% nos próximos cinco anos. Na Europa, a tradicional liderança da Alemanha foi destronada pela Rússia. Com 103 milhões de hectolitros, a Rússia é o quarto produtor mundial. Em apenas oito anos, a Rússia praticamente duplicou a produção de cerveja. Em 2009, as cervejeiras russas foram seriamente afectadas pela crise económica e pelos impostos. No entanto, as previsões da Canadean apontam para a retoma do crescimento e se não houver agravamento dos impostos que incidem sobre a cerveja, o crescimento médio anual no período entre 2011 e 2015 poderá aproximar-se dos 4%. A Alemanha, depois de descidas consecutivas, é o segundo produtor Nº 212 Junho 2012


cerveja

Cerveja artesanal na Europa? europeu e o quinto mundial, ligeiramente abaixo dos 100 milhões de hectolitros. De acordo com as estimativas da Federação Alemã dos Produtores de Cerveja, a queda da produção em 2010 foi de 2%. O consumo per capita situa-se actualmente em 107 l/a, contra os 128 l/a de 2000. A queda do consumo per capita é atribuída à redução do grupo-alvo jovem e à maior moderação no consumo de álcool. A indústria cervejeira conta actualmente com cerca de 4000 fábricas, das quais 2000 na Europa e 1300 na Alemanha. O sector conta também com vários milhares de cervejeiras artesanais. A tendência para a concentração agudizou-se nos últimos dez anos. Actualmente, os 10 maiores produtores detêm cerca de dois terços da produção mundial e os primeiros 4 (Ab-Inbev, SABMiller, Heineken and Carlsberg) detêm 48% da produção. O grau de concentração não é tão elevado como no secor dos refrigerantes, mas muito mais elevado do que no sector dos vinhos e espirituosas. Na Itália, e depois do ano recorde de 2007, o consumo de cerveja desceu durante dois anos consecutivos. 2010 pode ter sido o ano de viragem. Segundo a Assobirra, a associação italiana do sector, a produção totalizou 12,8 milhões de hectolitros (mais 0,3%) e o consumo totalizou 17,2 milhões de hl (+ 2,3%), estabelecendo um per capita de 28,6 l/a. A indústria italiana exportou 2 milhões de hl, mas as importações chegaram aos 6,3 milhões de hl. A Itália é o país europeu que mais cerveja importa e 53% do volume vem da Alemanha. O mercado é dominado por nove grupos industriais (Heineken, Peroni, Carlsberg, Castello, Forst, Menabrea, Drive Beer/Tarricone, Theresianer e Triscele), que detêm 15 fábricas, e ainda por dois grandes importadores (Bavaria Holland e Ceres). O segmento ‘craft’ tem ainda expressão reduzida - 360 fábricas, com um volume acima dos 200 mil hl – mas Nº 212 Junho 2012

No final de 2009, a Stone Brewing Co. , uma pequena cervejeira de Escondido (Califórnia, EUA) divulgou uma Request for Proposal, manifestando-se disponível para investir em locais de produção na Europa. Já avaliou 79 propostas de 9 países e está indecisa entre Berlim e Bruges. A primeira coisa a dizer sobre a "cerveja artesanal" é que não é tão artesanal como isso. As fábricas têm dimensão "micro" em comparação com as grandes cervejeiras, mas escala à parte, a craft beer é uma produção industrial como qualquer outra. A tecnologia para produzir cerveja em pequena escala está disponível no mercado. O que falta saber é se as cervejas específicas de um local, de um restaurante ou de uma região podem ter mercado que justifique o investimento. A marca "Portugália" sobreviveu como cervejaria, depois da morte da fábrica da Av. Almirante Reis. Nos E.U.A., onde a escala é outra, não faltou quem falasse do fim da 'craft beer' até ao final do milénio. Mas o século XXI pulverizou essa previsão. Em 1980, os EUA tinham 48 cervejeiras. Em 2011 já tinham 1829! (dados da Brewers Association). Em 1990, a craft beer tinha uma quota de mercado inferior a 1%. Hoje tem mais de 5%. entre 2000 e 2010, o mercado americano da cerveja artesanal duplicou: passou de 6,6 para 12,8 litros per capita. Nos E.U.A., os indicadores são claros: o consumo estabilizou (está 'flat' há uma década), e apenas dois segmentos estão a conquistar mercado: as cervejas importadas (de 10% para 14%) e as cervejas artesanais (de 3% para 5%). Poderá acontecer algo de semelhante na Europa? As cervejas artesanais têm o seu próprio 'branding' e são normalmente associadas a estratégias de diferenciação baseadas em locais, eventos,

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causas ou mesmo em nomes peculiares como 'Arrogant Bastard Ale'. Não falta no mercado Europeu oportunidades para este tipo de diferenciação. No entanto, também não faltam obstáculos. A Europa não está no melhor dos momentos para poder contar com a atenção generalizada dos consumidores. Os tempos não parecem propícios a investidores que arrisquem uma entrada num mercado maduro e estagnado. É difícil acreditar que se pode conquistar quota num mercado estagnado ou com o consumo em retracção. Por outro lado, o mercado europeu é dominado por marcas com reconhecimento consolidado e dificilmente as cervejeiras arriscarão sair da "zona de conforto". As produtoras gerem e decidem em função dos indicadores e estudos que evidenciam as preferências dos consumidores e é de "vendas seguras" que os accionistas querem ouvir falar. Não parece haver "espaço" para aventuras. As grandes marcas continuarão a investir grandes somas para se tornarem ainda mais globais. E os europeus continuarão a beber as mesmas cervejas de sempre… ...porque são as únicas que vão encontrar à venda. índice

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cerveja

Barris em PLÁSTICO para cerveja A Global Polymer Solutions (Reino Unido) apostou no mercado da cerveja e já conseguiu conquistar clientes para os seus barris de cerveja integralmente fabricados em plástico. O material escolhido para o fabrico dos barris é um PEAD (polietileno de alta densidade), mais precisamente o grau TP 56020S, da Total Petrochemicals. O contentor primário é fabricado por sopro, em peça única. Para a protecção exterior, são encaixadas duas peças de PEAD, dois aneis laterais e duas pegas em elastómero EPDM, que cumprem, respectivamente, as

funções de absorção de choque lateral e ergonomia. O fabrico em plástico torna possível colorir e ou imprimir os barris consoante as necessidades de 'branding' do cliente. O filme seguinte evidencia o conceito construtivo dos green kegs (clicar no ícone para ver). Os novos "green kegs" (barris verdes, na designação adoptada pela GPS) foram desenhados para enchimento nas instalações existentes. Têm capacidade para 50,6 l, mas pesam apenas 10 kg. Podem ser empilhados em altura (até 12) e

suportam quedas de 2 metros de altura sem deformação. A opção da GPS por fabricar o contentor primário em peça única evita o problema típico dos contentores plásticos de duas peças: um choque mais drástico inutilizava o barril. Os novos green kegs integralmente plásticos têm um tempo de vida útil previsto de 10 anos (contra os 15 anos atribuídos aos barris metálicos). No final do ciclo de vida, os barris são fáceis de reciclar, dada a composição praticamente mono-material. Depois de múltiplas tentativas em que o plástico foi usado em combinação com o aço, ou apenas em barris mono-viagem, pode ter chegado a era dos barris reutilizáveis totalmente em plástico…lado a lado com os barris metálicos. Afinal, os metais reinaram desde o final dos anos 30 do século passado.

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Nº 212 Junho 2012


refrigerantes e sumos

Refrigerantes: Crescimento segmentado

Consumo Mundial de Bebidas Refrigerantes Categoria

(Consumo 109 litros) 2006 2007 2008 2009

2010

Peso Per capita 2010 l/a

Carbonatadas Lisas Funcionais TOTAL

177,0 21,7 12,2 210,9

186,4 25,6 17,0 229,0

81,4% 11,2% 7,4% 100%

179,2 23,1 16,5 218,8

180,9 24,1 16,7 221,7

183,1 24,7 16,4 224,2

27,3 l 3,7 l 2,5 l 33,5

Fonte: Global Drinks

O consumo mundial de bebidas refrigerantes engarrafadas atingiu, em 2010, 229 mil milhões de litros, mais 2% que em 2009. O consumo per capita aproximou-se dos 34 l/ano. A categoria predominante é a dos refrigerantes carbonatados, com 81% do mercado total. A América do Norte e a Europa Ocidental são mercados maduros, com potencial de crescimento muito limitado para os refrigerantes tradicionais, mas com aceitação crescente para bebidas com baixas calorias e caracterísicas “desportivas” e ou “energéticas”. O chá frio foi o protagonista de uma tendência, iniciada nos anos 70, para as bebidas refrigerantes sem gás (lisas). Actualmente, o segmento representa 25 mil milhões de litros, dos quais cerca de 21 mil milhões são chá frio. A este volume corresponde um consumo per capita de 3 l/ano, o que indica a existência de potencial de crescimento. O café frio, por seu turno, apenas ganhou mercado relevante em poucos países e o consumo global ronda os 4 mil milhões de litros. O maior crescimento registou-se no segmento das bebidas funcionais, que passou dos 12 mil milhões de litros em 2006 para os 17 mil milhões de litros em 2010. O primeiro tipo de produto neste segmento é o das “bebidas desportivas”, sem gás, e especialmente formuladas para consumidores com actividade desportiva e que rapidamente absorvem líquidos, sais minerais, e hidratos de carbono consumidos durante essa actividade. A nível Nº 212 Junho 2012

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global, o consumo de bebidas desportivas ronda os 11 mil milhões de litros. No mesmo segmento, mas com lançamento mais recente, estão as “bebidas energéticas”. A “moda” começou no sudoeste asiático e passou para toda a região Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. Hoje, este tipo de produto regista um consumo na ordem dos 4 mil milhões de litros. O consumo reparte-se de forma desigual Os primeiros 5 mercados consomem 60% do total mundial e os primeiros 10 consomem cerca de três quartos. Os EUA estão no topo da tabela, com um consumo de 62 mil milhões de litros (mais de 27% do consumo mundial), e um per capita de 200 l/ano que é uma das características que distinguem o consumidor americano. Os refrigerantes com gás (CSD, carbonated soft drinks) são desde há vários anos alvo das críticas, por causa do seu contributo para o problema da obesidade. Pelo mesmo motivo, os refrigerantes de baixas caloridas e ou sem açúcar tornaram-se populares. Em segundo lugar na tabela do consumo de refrigerantes vem a China, com 27,5 mil milhões de litros, mas com um per capita de apenas 20 l/ano a indicar elevado

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refrigerantes e sumos

Refrigerantes potencial de crescimento, especialmente nos segmentos sem gás e funcionais. Em seguida, vêm o México (20 mil milhões de litros e 276 l/ ano) e o Brasil (15 mil milhões de litros e 79 l/ano). O Japão está em 5º lugar, com indicadores sui generis: prevalecem os refrigerantes sem gás (chá frio, café frio) com 8 mil milhões de litros 4 um per capita de 63 l/ano (o mais elevado do segmento, a nível mundial). Ao invés, os japoneses não consomem mais do que 2,7 mil milhões de litros de refrigerantes com gás, com um per capita de 21 l/ano. Finalmente, o consumo de bebidas funcionais é de 1,8 mil milhões de litros, com um per capita de 14 l/ano. Na Europa, o consumo de refrigerantes atingiu a maturidade e, segundo os números da Canadean/Unesda, tem tendência para estabilizar ou mesmo reduzir, sem prejuízo do potencial dos novos segmentos (lisos e funcionais). O principal consumidor é a Alemanha, com mais de 11 milhões de litros e 138 l/ano, seguida pelo Reino Unido, com 6,7 mil milhões de litros e 108 l/ano. Depois, vem a Espanha, com volumes de consumo acima da França e da Itália, países que sempre registaram consumos per capita de refrigerantes abaixo da média europeia. O mercado global dos refrigerantes é dominado por duas multinacionais norte-americanas (a Coca-Cola e a Pepsico).

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índice

Sumos, Néctares e Bebidas de Sumo:

Crescimento lento mas promissor Consumo Mundial de Bebidas de Sumo de Frutos Categoria

2006

Sumos de frutos Néctares Bebida de sumo

22,2 10,9 20,1 53,2

(Consumo 103 litros) 2007 2008 2009 22,6 11,5 21,1 55,2

22,9 12,2 21,6 56,7

22,8 12,2 21,6 57,1

2010 23,0 12,5 22,9 58,4

% Per capita 2010 l/ano 39,4% 21,4% 39,2% 100,0%

3,4 1,8 3,4 8,6

Fonte: Global Drinks

A produção mundial de bebidas de sumo atingiu 58,4 mil milhões de litros em 2010, mais 2% comparativamente ao ano anterior. O consumo per capita está em 8,6 l/ano. Os segmentos sumos 100% e bebidas de sumo (12% a 40%) têm pesos relativos muito próximos, enquanto os néctares (40% a 100% de teor de sumo) têm um peso menor. Nos mercados maduros, e apesar da preferência dos consumidores pelas bebidas com teores mais elevados, as bebidas de sumo (com teores mais baixos) têm mantido o peso relativo graças à introdução de produtos “funcionais” e ao lançamento de sumos frescos e sem concentrados. Os “smoothies” (frutos liquidificados) tiveram êxito no

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mercado norte-americano e estão a conquistar quota de mercado em vários países europeus. A distribuição geográfica do consumo evidencia as diferenças de poder de compra. A América do Norte e a Europa (cerca de 11% da população) absorve metade do consumo mundial de bebidas de sumo. No entanto, o maior potencial de crescimento está nos países do chamado terceiro mundo. O poder de compra não é necessariamente o principal factor que influencia o potencial de vendas, havendo que contar com os hábitos alimentares e as percepções dos consumidores. Os cinco principais mercados consumidores (EUA, China, Alemanha, Rússia e México,

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refrigerantes e sumos por esta ordem) representam 56 % do consumo mundial e os 10 maiores consumidores aumentam essa percentagem para 72%. Os EUA têm um consumo de sumos e bebidas de sumo de 13 mil milhões de litros, com um consumo per capita de 41 l/a. A China consome 11 mil milhões de litros, tem potencial para ultrapassar os EUA e já é o maior mercado para o segmento das bebidas de sumo. O 3º lugar da Alemanha vem a grande distância: 3,5 mil milhões de litros. A indústria alemã conta com cerca de 400 produtores, com 7500 postos de trabalho e uma facturação global na ordem dos 4,5 mil milhões de euros. A Alemanha é líder em consumo per capita de sumos e bebidas de sumo, com 43 l/a, à frente dos EUA (41 l/a) e do Canadá (38 l/a). A Rússia, com um consumo na ordem dos 2,8 mil milhões de litros e um per capita de 20 l/a, está na quarta posição. Em geral, os países do leste europeu registam taxas de crescimento superiores às dos países da Europa ocidental. O sector dos sumos e bebidas de sumo caracteriza-se pela fragmentação. Nos anos mais recentes, o interesse das multinacionais de refrigerantes iniciou um processo de concentração. A Coca-Cola está neste mercado com marcas como Minute Maid, Cappy, del Valle, Multon e outras, enquanto a Pepsico explora as marcas Tropicana, Dole, Naked Juice, Lebedyansky e outras. Embora com quotas de mercado inferiores às que detêm nos refrigerantes, as duas empresas já detêm cerca de um quinto do mercado mundial. Na Europa, destacam-se as posições de produtores como as R. Wild (Capri Sun®), Heckes Granini (Granini, Hohes, Joker e outras), ambos com sede na Alemanha, as Conserve Italia (Yoga, Derby, Valfrutta e Juver), a austríaca Rauch, e a polaca Maspes Wadowice. Destacam-se também os produtores-engarrafadores que ganharam dimensão no mercado das marcas de distribuição, como é o caso dos grupos Gerber Emig e Refresco. As marcas de distribuição já representam quotas entre os 30 e os 60 %, consoante os países. Nº 212 Junho 2012

Novos conceitos no sector das bebidas

Doces, coloridas, aromáticas

As três características formam uma tripla harmonia que as indústrias de bebidas procuram atingir. A feira drinktec, que terá lugar em Munique nos dias 16 a 20 de Setembro de 2013 será mais uma oportunidade para os profissionais do sector se confrontarem com as tendências e desenvolvimentos. Uma das áreas indispensáveis para os responsáveis de marketing e tecnologia das empresas de cervejas e refrigerantes, das PMEs do sector das bebidas, das empresas de lacticínios e de produtos alimentares líquidos é a área dos "novos conceitos", prevista para o pavilhão B1. Aqui, vários fabricantes vão apresentar e explicar as suas estratégias em matéria de adoçamento, coloração e aromatização. A BENEO, fabricante de ingredientes funcionais, vai apresentar ideias para um melhor balanço nos produtos energéticos: "os consumidores estão cada vez mais a focar a atenção nos produtos que de energia e querem evitar o efeito de 'boost and crash'. São ingredientes como o ginseng ou a Palatinose™ (isomaltulose) que se classificam melhor neste critério, porque são produtos naturais e também porque oferecem benefício nutricional" - explica Jens Böhm, director de marketing da BENEO. A área de novos conceitos de bebidas da drinktec terá a sua própria zona de serviço para que os visitantes possam provar as novas bebidas no local. Será uma área especial, bem identificada e separada dentro da secção da feira dedicada às matérias-primas, aditivos e agentes.

Cinco Sabores A bebida tem que saber bem. Este imperativo sempre esteve presente no desenvolvimento de bebidas e alimentos líquidos. Mas que significa

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"saber bem"? Que significa "sabor"? Não é grande mistério, na realidade. A língua pode distinguir cinco paladares: doce, ácido, amargo, salgado e 'umami' (japonês) ou "meaty" (inglês). Tudo o mais que se costuma relacionar com "paladar" vem, afinal, dos olhos e do nariz, incomparavelmente mais sensíveis. Todas estas impressões desencadeiam emoções ou memórias, que o cérebro processa numa apreciação global que termina com "gosto" ou "não gosto".

Doce = bom É por causa das emoções que o paladar se torna um assunto complexo. Por exemplo, "doce" é associado a "bom" e foi provavelmente assim desde os primórdios da humanidade. Os alimentos doces quase automaticamente geram uma resposta favorável dentro de nós. No entanto, e em parte devido às mudanças de estilos de vida, surgem novos requisitos e há novas preocupações que motivam abordagens alternativas. Entre estas preocupações estão a obesidade, a saúde dental, os diabetes, o nível de glicémia ou o rótulo "natural". Todas estas sub-categorias estão hoje índice

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refrigerantes e sumos Espinafres e couve roxa

presentes na diversidade de produtos no mercado e estarão representadas na próxima drinktec, no pavilhão B1, desde os adoçantes sem calorias até aos substitutos do açúcar sem açúcar, às combinações especiais de açúcar para desportos e aos clássicos como a sacarose e a outras alternativas mais recentes. A aprovação europeia dos glicosídeos de esteviol como aditivo alimentar (E 960) abre o caminho ao adoçamento de bebidas com novos conceitos baseados na estévia. Obtidos a partir das folhas da planta stevia rebaudiana, os glicosídeos de esteviol são 300 vezes mais adoçantes que o açúcar, e isentos de calorias. Outra opção não menos interessante está nas bases de bebidas naturalmente doces como os extractos de malte ou a exótica água de coco.

A característica "natural" é hoje exigência ou preferência dominante no mundo dos aromas e corantes. Exemplos de pigmentos bem conhecidos são a clorofila e o caroteno. Também se descobriu que as spirulina microalgae são uma fonte natural de pigmento azul. E outros extractos corantes derivam da beterraba, da couve roxa, dos espinafres e da baga de sabugueiro. Uma das tendências é tentar obter o aroma exclusivamente a partir do fruto ou planta do qual o aroma retirou o nome. A este respeito, é necessário lembrar que muitos aromas têm que ser obtidos de outra fonte natural. Por exemplo, a produção total de morangos seria infinitamente pequena para poder satisfazer a procura de aroma de morango. Na drinktec vão estar presentes aromas "castanhos" naturais como café, capuccino, noz, amêndoa e caramelo. Estes aromas têm especial interesse para a indústria de leite. Mais de 20 % dos visitantes da drinktec são profissionais desta indústria.

'Naturalidade' e tecnologia As implicações tecnológicas da mudança de aromas, corantes e ingredientes funcionais naturais não são despiciendas. Algumas cores

não são possíveis de obter no ambiente natural. Outras substâncias naturais revelam-se menos estáveis em termos de tempo de armazenamento e de tolerância à temperatura e ao pH. "É por isso que o brilho da côr, a origem natural e a estabilidade são os objectivos que guiam o desenvolvimento de novas tonalidades vermelhas a partir da cenoura negra" - afirma Christian Benetka, gestor de produto sénior para a área de corantes do DöhlerGroup. "Os concentrados de pigmento são agora superiores aos corantes baseados no antocianino em termos de estabilidade e não contêm dióxido de enxofre". O pré-requisito para os desenvolvimentos inovadores continua a ser o conhecimento especializado, as tentativas, as análises sensoriais e os testes de manutenção da qualidade. Por outro lado, e para além dos ingredientes, a drinktec também vai mostar a evolução da tecnologia da produção e do engarrafamento.

O paladar doce não é tudo, como refere Caroline Sanders, directora de marketing e comunicação da Tate & Lyle Speciality Food Ingredients: "Nos dias de hoje, pode usar-se uma grande variedade de substâncias, ou combinar umas com as outras, para desenvolver adoçantes e outros substitutos do açúcar. Lado a lado com a doçura, com produtos sem açúcar ou com teor reduzido de açúcar, temos que prestar atenção a outros parâmetros sensoriais". 26

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águas

Águas:

Consumo Global de Águas Engarrafadas

Mercados emergentes suportam crescimento O consumo mundial de águas engarrafadas em 2010 atingiu os 211 mil milhões de litros e continua a representar cerca de 40% do consumo de bebidas não alcoólicas. O consumo está segmentado em águas tradicionais (202 mil milhões de litros) , águas aromatizadas (5 mil milhões) e águas “funcionais”, isto é, com ingredientes especiais (4 mil milhões). O consumo per capita mundial ronda os 31 litros por ano, com grandes diferenças de região para região. A Europa tem um consumo per capita acima dos 100 litros/ano e os EUA estão perto desse volume, sendo a média do continente americano de 70 l/ano e a Ásia, apesar das elevadas taxas de crescimento económico tem um indicador de apenas 18 l/ano. No entanto, já é a região nº 1 em consumo e o potencial de crescimento do mercado das águas engarrafadas é evidente. No continente africano, o consumo per capita situa-se ainda ao nível dos 6 litros/ano. Na Europa e na América do Norte, prevalecem as águas de nascente, enquanto noutras regiões têm mais importância as águas obtidas por processos de purificação. As águas lisas prevalecem em quase todas as regiões, embora nalguns países (na América Latina) se registe maior preferência pelas águas gaseificadas. Não menos relevante é a segmentação do mercado por formatos. As embalagens com capacidade acima dos 10 litros representam cerca de um terço do consumo mundial, com maior expressão na América Latina. O consumo reparte-se de forma desigual. Os 10 maiores mercados consomem quase três quartos do total e os primeiros 5 consomem cerca de metade. No topo da tabela, os EUA com um consumo de 31 mil milhões de litros e um consumo per capita ainda está abaixo dos 100 l/ano (contra os 165 l/hab/ano dos refrigerantes carbonatados). O nº 2 é a China, com um consumo total de 26 mil milhões de litros e um enorme potencial de crescimento. Em 3º, está o México, com aproximadamente 17 mil milhões de litros e um surpreendente per capita de 150 l/ano. Destacam-se nesta tabela vários mercados emergentes, como o Brasil (11 mil milhões de litros, 56 l/hab/ano) e a Indonésia (15 mil milhões de litros). Na Europa, e segundo os dados da Canadean, o consumo ronda os 51 mil milhões de litros, aproximadamente o mesmo volume de há 5 anos. É um mercado maduro, com o per capita mais elevado (acima dos 100 l/ano) e com predomínio das águas minerais e de nascente. A liderança pertence à Alemanha em volume (13 mil milhões de litros, 160 l/ano) e à Itália em per capita (11,2 Nº 212 Junho 2012

Região categoria

(109 litros) 2006 2010

Europa América Ásia e Oceania África Tradicionais Aromatizadas Funcionais

56,9 60,2 50,6 2,0 169,7 4,3 2,5 176,5

58,1 66,7 74,3 2,8 201,9 5,1 3,5 210,5

Δ%

Per capita 2010

+3% +11% +47% +40% +19% +19% +40% +19%

80,7 l 71,0 l 17,7 l 3,0 l 29,6 l 0,7 l 0,5 l 30,8 l

Fonte: Global Drinks

mil milhões de litros, 186 l/ano). A França vem em 3º lugar (7 mil milhões de litros, 115 l/ano) e a Espanha em 4º (5,6 mil milhões de litros, 118 l/ano). Diversamente do que sucede no sector dos refrigerantes, a indústria de engarrafamento de águas tem a sua produção muito repartida por numerosas empresas nacionais ou mesmo locais. Os maiores engarrafadores multinacionais são dois grupos europeus de grande dimensão (Nestlé e Danone) que, em conjunto representam cerca de um quinto das vendas (em volume) de água, a nível global. Em seguida, estão duas multinacionais norte-americanas (Coca-Cola e Pepsico).

Itália: um caso paradigmático Com um consumo de águas engarrafadas de 12,150 mil milhões de litros e um per capita de 186 l/ano, a Itália pode ser observada como indicador da situação do mercado das águas na Europa. O volume atrás referido refere-se a 2010 e representa uma redução de 2% relativamente a 2009. Esta redução é compreensível se se tiver em conta que a Itália é líder mundial em consumo per capita de água mineral. A ser possível o crescimento, não será em volume. Por outro lado, o consumo é influenciado negativamente pela crise económica e pelas campanhas a favor da água canalizada. A Itália conta actualmente com cerca de 170 fábricas de engarrafamento. Os quatro maiores grupos (Sanpellegrino Nestlè Waters, San Benedetto, Cogedi e Fonti di Vinadio) representam 52% das vendas e se adicionarmos os quatro seguintes (Ferrarelle, Norda/Gaudianello, Spumador e Fonti del Vulture-Coca-Cola), a percentagem passa para 79%. Em seguida, estão seis empresas com produção acima dos 200 milhões de litros (Lete/ Prata- SGAM, Sangemini, Pontevecchio, Industrie Togni e Sorgenti Emiliane). A concentração não se reflecte do mesmo modo na posição relativa da marcas: nenhuma marca de água tem mais de 10% do mercado. Em todo o caso, o conjunto das marcas de distribuição aproxima-se dos 9% em volume e dos 7-8% em valor. Apenas 12 marcas têm implantação a nível nacional e representam cerca de 50% do mercado italiano. O resto divide-se por nada menos que 290 marcas regionais e locais, algumas delas com posição preponderante na sua respectiva região.

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águas

Engarrafamento de água num contentor de 20 ou 40 pés A ContenO (Bélgica) desenvolveu uma central de engarrafamento de águas compacta e móvel, instalada no interior de um contentor de transporte de 20 ou 40 pés. O conceito AquaContainer é especialmente interessante para aplicações temporárias e tem dois mercados principais: as organizações de protecção civil e as forças militares. O abastecimento rápido de água é crucial em situações de desastre ou calamidade, refugiados, ou em intervenções militares. A distribuição de água engarrafada é a única forma de evitar perdas de grande quantidade de água e elevados riscos de contaminação. No entanto, é também uma forma cara de assegurar o abastecimento. O conceito AquaContainer permite transportar a água a granel (contentores compósitos, big-bags, etc.) e engarrafá-la no local. Se houver uma fonte de água segura no local, o conceito pode incluir o sistema de purificação mais adequado, incluindo pré-filtração, micro-filtração, ultra-filtração, osmose inversa, desinfecção e tratamento UV. A apresentação do conceito pode ser vista no filme acessível clicando no ícone ao lado.

A configuração técnica da linha de engarrafamento obedece aos requisitos HACCP, IBWA e FDA. A zona de enchimento e fecho é mantida pressurizada em ambiente 'Steribox' (ar livre de germes).

Danone insiste nos bioplásticos

Mega-contrato mexicano

Depois das embalagens de iogurtes em PLA, a Danone (França) lançou no mercado garrafas "eco-PET" de meio litro, fabricadas com uma mistura de 50% de PET, 25% de rPET (PET reciclado) e 25% de biopolímero derivado de cana de açúcar. Segundo a Danone, as garrafas são recicláveis. A decisão da Danone mereceu críticas por parte de organizações ambientalistas como a Deutsche Umwelthilfe (DUH, Alemanha). Uma das preocupações associadas aos bioplásticos é o acréscimo de dificuldades na reciclagem. Por um lado, a reciclagem de biodegradáveis não faz muito sentido. Por outro lado, a mistura de materiais degradáveis com plásticos convencionais prejudica a reciclagem destes.

A ALPLA México vai fornecer cerca de 900 milhões de garrafas PET por ano à ArcaContinental, o segundo engarrafador mexicano da Coca-Cola. Para assegurar esta produção, vai instalar 11 máquinas SBO Universal eco, da Sidel, para sopro de pré-formas e 1200 moldes. As máquinas têm 6 a 26 cavidades, cadência até 2200 garrafas/hora e incluem o sistema de mudança de formato Bottle Switch™ e o pacote de economia de energia Ecoven.

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águas

Garrafas de Plástico

A guerra continua A taxa de recuperação e reciclagem das garrafas de plástico continua a aumentar. A procura de PET reciclado (rPET) é superior à oferta. Apesar disso o plástico e as garrafas PET em particular continuam a ser um alvo de campanhas de contestação. Um dos casos mais recentes é a proibição das águas engarrafadas nos parques naturais dos E.U.A. No final de 2010, a administração do parque do Grand Canyon anunciou a proibição das águas engarrafadas, mas, pouco tempo depois, suspendeu essa decisão. A "notícia" posta a correr foi que a Coca-Cola tinha ameaçado suspender os apoios financeiros ao parque. A "notícia" foi desmentida pela Coca-Cola e pelas autoridades de administração do parque. No final de 2011, a administração do parque voltou a anunciar a proibição, alegadamente sob os efeitos da pressão da "opinião pública". E tudo indica que a proibi-

As águas engarrafadas foram banidas do Grand Canyon. Agora os visitantes vão à fonte e levam uma garrafa reutilizável. É um novo negócio que emerge. ção será adoptada noutros parques naturais. No dia 14 de Dezembro de 2011, Jon Jarvis, Director do National Park Service anunciou que a decisão de proibir deverá ser precedida de uma "análise rigorosa", que inclua aspectos como: a quantidade de resíduos, os custos de instalação de estações de enchimento de garrafas, o impacto da proibição nos concessionários e nas associações que trabalham nos parques, o parecer do Park Service's Public Health Office, a disponibilidade de garrafas reutili-

záveis sem BPA (Bisfenol A), os custos de instalação de sinalização das estações de enchimento, etc.. Para ler na íntegra estas indicações do National Park Service, clicar no ícone ao lado. O lóbi anti-garrafas não quer saber dessas "análises" e lançou uma campanha para pressionar os directores dos parques no sentido da proibição imediata. Actualmente, a proibição vigora em três dos 55 parques nacionais: Hawaii, Zion (Utah) e Grand Canyon.

Como uma "causa" suporta um negócio Está a correr através da internet uma campanha-petição para alargar a proibição das garrafas de plástico a todos os 55 parques naturais norte-americanos. Essa campanha foi lançada por uma "organização" designada Bullfrog Communities, com página própria na internet. Nesta página, está disponível um vídeo sobre o impacte ambiental da água engarrafada. Como se pode ver, é um filme de campanha, judicativo e condenatório e nada diz sobre a reciclagem. Aparentemente, todas as garrafas de plástico (associadas a "químicos tóxicos") têm como destino a poluição das terras e dos oceanos.

Apresentada como "campanha de cidadania", esta petição não passa de marketing internético para vender Nº 212 Junho 2012

várias versões de um DVD com um documentário contra as garrafas de plástico. O website da campanha é, afinal, uma página para vendas on line desse DVD, e para vender licenças de exibição, com preços entre 100 e 350 USD, em função do número de pessoas que assistem à exibição. Em volta desta "campanha", vem todo o merchandising habitual: posters, imagens, etc.. Regra geral, os negócios legítimos consistem em convencer os consumidores de que um produto ou serviço é único ou melhor que outro. A Bullfrog Communities, braço comercial da Bullfrog Films, tem um negócio um pouco diferente: o único produto que vende é dizer mal de um produto... O aparato internético da "campanha" e a popularidade dos Parques

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O site da campanha não é mais do que um balcão on line para vender um DVD e licenças de exibição...

Naturais faria prever uma adesão massiva. Porém, a 27 de Abril de 2012, a "petição" da Bullfrog tinha reunido 177 assinaturas.

O franchising de "causas" As garrafas ou cantis reutilizáveis começaram a proliferar nos EUA, uma nação com grandes distâncias e com forte incidência de segmentos como o "consumo nómada" ou o "consumo de eventos". Associar uma garrafa/cantil a uma "causa" índice

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águas campus da sua universidade". E quando o "visitante", curioso ou interessado, quer saber mais, acabam por lhe propor que faça ele próprio "campanha" e comece a vender os tais cantis.

tornou-se habitual. Até existem garrafas com a simbologia do partido preferido... A associação entre um produto (garrafa reutilizável) e uma "causa" está a levar a extremos como a campanha "Tapped" que referimos acima. Não é fora do comum fazer campanha contra a água engarrafada para vender alternativas. Outro exemplo americano é o do website "food and water watch" que ass ume a campanha a favor da água da torneira com a campanha "take back the tap". A página pede donativos para a "causa", mas o verdadeiro objectivo é vender cantis reutilizáveis para água da torneira, a 15 USD/cada.

O que distingue estas campanhas não é apenas a associação entre uma "causa" e as vendas on line. Os objectivos e métodos vão mais além. Um dos métodos em moda é o uso da internet e das "redes sociais" para difundir uma mensagem. Se a mensagem é comercial ou publicitária, dificilmente os cidadãos aderem. Mas se for apresentada como uma "causa" (humanitária ou ambiental), está aberto o caminho para o "marketing viral". No caso da campanha "take back the tap" (regresse à água da torneira), os promotores convidam o visitante a "juntar-se à causa". A mensagem é "junte-se ou inicie um movimento de regresso à água da torneira no 30

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O documento distribuído pelos promotores desta campanha indica: "os consumidores que querem regressar à água da torneira usam embalagens reutilizáveis para transportar a sua água, em vez de usar garrafas de plástico de uso único que acabam no lixo ou na

reciclagem. As instituições podem encorajar esta tendência vendendo ou distribuindo garrafas reutilizáveis de aço inoxidável...". Para obter o documento na íntegra, clicar no ícone ao lado.

É uma nova técnica de vendas. Simular uma causa filantrópica como franchising para vender um produto... Nos anos 50 do século passado, a senhora Brownie Mae Humprey inventou as "home parties", a técnica de vendas que fez o êxito da empresa de Earl Tupper. No século XXI, assistimos ao aparecimento de técnicas novas como o "marketing viral" e o "franchising de causas", como este exemplo em que se procura transformar estudantes e universidades em força de vendas. Mas ao contrário do que sucedia (e ainda sucede) com as tupperware parties, esta técnica de vendas que usa o disfarce de causas filantrópicas tem um nível de honestidade muito questionável. É apenas mais uma forma de publicidade encapotada que, por enquanto, ainda escapa à atenção das autoridades e dos legisladores e, sobretudo, à atenção dos consumidores. O caso do Grand Canyon é mais uma incidência da controvérsia sobre as águas engarrafadas, e é esse o "fundo da questão" a analisar.

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Alguns factos As vendas de água engarrafada no parque do Grand Canyon, a preços a partir de 1.49 USD por garrafa, rondavam, antes da proibição, os 400 000 USD por ano. Parece muito, mas se se tiver em conta que o parque recebe 4,5 milhões de visitantes por ano, o valor médio das compras de água engarrafada no parque estava abaixo de 10 cêntimos por visitante! Em 2011, e na sequência da proibição anunciada em 2010, o parque gastou 288 900 USD a instalar 10 estações de enchimento de garrafas reutilizáveis, e estima um custo anual de 850 USD para manter essas estações em funcionamento. Nº 212 Junho 2012


águas Considerada a extensão do parque, as 10 estações (a 28 890 USD, cada) instaladas pelo parque e as 3 estações adicionais instaladas pelas concessionárias são insuficientes para matar a sede aos visitantes. Na falta de água engarrafada no local, é possível que haja desvio de compras para outros produtos não afectados pela proibição (refrigerantes, por exemplo). Vários concessionários exploram o negócio das águas no Grand Canyon, entre os quais a Grand Canyon Association. Em 2010, as vendas de água engarrafada atingiram o valor de 77 580,64 USD. Em meados de 2011, a associação deixou voluntariamente de vender água engarrafada e o valor das vendas caiu para 19 406,15 USD. Entretanto, foram postas à venda garrafas reutilizáveis. A mais barata é a vendida pela DNC (uma das concessionárias do parque) e custa 1.99 USD. Em 2010, a Grand Canyon Association facturou 49 501,66 USD a vender garrafas reutilizáveis. Em 2011, esse valor subiu para 110 132,91 USD. E este valor refere-se apenas a um dos concessionários. Pouco se sabe sobre o destino que os visitantes dão a estas garrafas (e sobre o número de vezes que as usam). A propaganda do parque diz que ao comprar garrafas reutilizáveis, o visitante poupa dinheiro. Mas o valor do negócio das garrafas reutilizáveis (vazias) poderá estar entre um terço e metade do valor do negócio das garrafas de plástico com água! Interessada na distribuição das águas engarrafadas no parque do Grand Canyon (sob a marca Dasani), a Coca-Cola é também um dos maiores financiadores do parque. O valor desses apoios, repartido entre vários programas, já ultrapassou os 13 milhões de USD. A suspensão de todos os apoios em consequência da proibição foi desmentida, até porque a proibição só se aplica a águas (não a refrigerantes). A Coca-Cola prefere salientar que a solução não passa por proibições, Nº 212 Junho 2012

A propaganda do parque diz que ao comprar garrafas reutilizáveis, o visitante poupa dinheiro. Mas o valor do negócio das garrafas reutilizáveis (vazias) poderá estar entre um terço e metade do valor do negócio das garrafas de plástico com água! mas por soluções efectivas de recuperação e reciclagem das garrafas, manifestando a disponibilidade para apoiar essas iniciativas. Segundo a administração do parque, as garrafas de plástico representam cerca de 20% dos resíduos gerados no parque e 30% (em volume!) dos resíduos recicláveis. As campanhas contra a garrafa de plástico, ao indicarem a elevada quantidade de garrafas que os visitantes consomem ou descartam nos parques naturais, indicam também o elevado potencial de reciclagem dessas mesmas garrafas, com a obtenção de toneladas de matéria-prima com mercado activo e dinâmico. Ao que parece, e apesar dos apoios financeiros que recebem, as administrações dos parques não estão a fazer tudo o que deviam para aumentar a reciclagem. Segundo a administração, o parque Greand Canyon recicla 35% (cerca de 900 toneladas em 2010) dos resíduos nele gerados, mas reconhece que é possível reciclar pelo menos 50% dos resíduos que actualmente vão para aterro. Estes números constam da análise de impacte da proibição feita pela administração do parque (clicar no ícone ao lado). Se estes números estiverem certos, os resíduos gerados no parque (todos eles) são inferiores a 600 g por visitante, uma capitação inferior ao padrão de consumo dos norte-americanos. Quer em termos relativos, quer em termos absolutos, o problema dos resíduos das garrafas de plástico nos parques

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naturais é…uma gota numa garrafa de água! Com mais ou menos hesitações algumas administrações de parques cederam à pressão no sentido de proibir, mas podem ter que rever, mais tarde ou mais cedo a sua decisão. As vendas de águas engarrafadas correspondiam a uma média inferior a 10 cêntimos de dólar (USD) por visitante. Tendo em conta que a garrafa mais pequena era vendida a 1,49 USD, há que concluir que esse valor médio está muito abaixo do consumo efectivo. A extensão do Grand Canyon é tal que a visita sem água é um sério risco de desidratação. Muitos visitantes levavam água consigo e não a compravam no parque. Com a proibição das águas engarrafadas, os consumidores deixam de poder comprar água engarrafada e têm outras opções: compram refrigerantes, compram garrafas reutilizáveis ou... levam a água consigo. Nenhuma das três opções diminui a quantidade de resíduos para gerir. A proibição pode ter provocado vários desvios de negócio, mas foi praticamente inútil em termos de desempenho ambiental. Ainda está para se saber se estes factos que ocorrem no "país da Coca-Cola" vão fazer escola e ser seguidos na Europa. Também por cá urge verificar o que está a ser feito nos parques naturais para recuperar materiais recicláveis. Afinal, os parques naturais precisam de ser modelares em tudo. Incluindo a limpeza pública e a reciclagem. índice

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ranking Ranking Mundial de Empresas de Bebidas www.ab-inbev.com www.coca-cola.com www.nestle.com www.sabmiller.com www.pepsico.com www.heineken.com www.diageo.com www.suntory.com www.kirinholdings.com www.asahigroup-holdings.com www.femsa.com www.carlsberg.com www.pernod-ricard.com www.deanfoods.com www.cocacolahellenic.com www.kraftfoodscompany.com www.southernwine.com www.gmodelo.com www.cokecee.com www.drpeppersnapplegroup.com www.bacardilimited.com www.redbull.com www.rndc.usa.com www.charmer-sunbelt.com www.ccwest.co.jp www.lvmh.com www.itoen.co.jp www.sapporoholdings.co.jp www.arlafoods.com www.cbrands.com www.amatil.com www.danone.com www.oetker-gruppe.de www.unilever.com www.groupe-castel.com www.brouwn-forman.com www.molsoncoors.com www.glazers.com www.ejgallo.com www.tsingtao.com.cn www.beamglobal.com www.efesbev.com www.fraserandneave.com www.fostersgropup.com www.lactalis.fr www.arcacontal.com www.youngsmarket.com www.hood.com www.apb.com www.reyesbeveragegroup.com www.koandina.com www.dydoco.jp www.coot.com www.britvic.com www.camparigroup.com www.mikuni-ccbc.co.jp www.cokeconsolidated.com www.wirtzbeveragegroup.com www.gsk.com www.franzia.com www.ajinomoto.com www.hansens.com www.williamgrant.com www.eckes-granini.com www.oceanspray.com www.remy-cointreau.com www.arcacontal.com www.switepacific.com www.candcgroupplc.com www.sanmiguel.com.ph www.hite.com www.campbellsoupcompany.com www.wildeworldofbud.com www.pepsibottlingventures.com www.warsteiner.com www.water.com www.coldist.com www.unitedcoca-cola.com www.cedc.com www.benekeithbeers.com www.manhattanbeer.com www.frexenet.biz www.nationalbeverages.com www.pabstbrewingco.com www.welchs.com www.floridanatural.com

Fontes utilizadas: Os valores de facturação referem-se quase sempre a 2010 com excepção de alguns casos em que os últimos dados disponíveis são anteriores ou em que o "ano fiscal" terminou em 2011. Todos os valores coram convertidos para USD. As principais fontes são os relatórios das empresas, os indicadores publicados pelas revistas Beverage Executive e Forbes.

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engarrafamento Krones

Pré-doseamento para

sumos com pedaços

Sumos com pedaços de fruta e enchimento a quente são agora mais compatíveis, graças ao processo de pré-doseamento FlexiFruit, desenvolvido pela Krones. O ciclo de enchimento começa por dosear os pedaços e partículas de fruto e só depois procede ao enchimento a quente do sumo líquido no carrossel da máquina. O sistema está preparado para sumos com teor de pedaços até 50% e dimensão até 10 x 10 x 10 mm. Até agora, têm sido utilizadas cabeças enchedoras de pistão, mas tem sido difícil assegurar a limpeza automática e evitar a perda de precisão. O novo sistema da Krones é mais simples, mais higiénico e praticamente sem pingo após doseamento. Como se baseia em válvulas de diafragma, os pedaços de fruto são tratados de modo mais gentil. Outra das vantagtens do FlexiFruit é a desnecessidade de dispositivo de medida adicional para o enchimento. A quantidade exacta e completa é medida pela célula de carga enquanto o enchimento se processa.

KHS

Enchimento asséptico linear Os sistemas de enchimento asséptico linear Innosept Asbofill, da KHS passaram a incluir a opção para enchimento de garrafas de plástico com abertura de 28 mm. O sistema foi desenvolvido para o enchimento asséptico a frio de bebidas não carbonatadas e não alcoólicas, utilizando o método de esterilização a seco. Leite, iogurtes líquidos, néctares, sumos, bebidas de sumos, bebidas desportivas, águas aromatizadas, bebidas de extracto de chá e café são os mercados visados com esta tecnologia, que permite cadências até 12 000 garrafas hora, com formatos entre 0,1 l e 0,75 l (modelo ABF 611) ou entre 0,25 e 2 l (modelo ABF 711). O sistema linear da KHS obteve sucesso no mercado do engarrafamento devido não só à duplicação da cadência com a configuração "twin" mas também pelo facto de reduzir ao mínimo o volume da cabina estéril. No modelo ABF 711, esse volume é de apenas 1,5 m³, e no modelo ABF 611, apenas 0.9 m³. Depois de várias instalações para garrafas de plástico com abertura de 38 mm, a KHS lançou a opção para a abertura de 28 mm, que está disponível quer em máquinas novas quer como opção de conversão de máquinas pré-instaladas. Este formato mais estreito é preferido por alguns engarrafadores de sumos, especialmente nos mercados asiáticos. A KHS anunciou entretanto o lançamento ainda este ano de modelos capazes de mudar do formato 28 mm para 38 mm e vice-versa, em apenas alguns minutos. Nº 212 Junho 2012

A KHS disponibiliza ainda outras opções: bicos para enchimento de polpas, injecção de azoto antes do enchimento, duplo filtro na tubagem, codificação integrada, etc. Na nova geração de máquinas Innosept Asbofill, existe uma separação física entre a esterilização das garrafas com peróxido de hidrogénio e a área de enchimento (duas estações de enchimento volumétrico por gravidade e sem contacto). O fecho das garrafas pode ser feito por tampas de atarraxar (screw caps) ou selagem. Em ambos os casos, as tampas são também esterilizadas com peróxido de hidrogénio. Outro desenvolvimento anunciado para breve é uma versão ESL (Extended Shelf Life) para bebidas destinadas a distribuição com rede de frio.

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engarrafamento Robino & Galandrino

Flexibilidade e autonomia na capsulagem Em tempos difíceis, os engarrafadores têm que ser mais selectivos nos seus investimentos. Procuram equipamentos que reduzam a necessidade de mão-de-obra e que sejam versáteis para reduzir também a necessidade de outros equipamentos. Especialista em equipamentos de capsulagem, a Robino & Galandrino (Itália), destacou no SIMEI (Novembro de 2011), uma capsuladora compatível com todos os tipos de cápsulas e um armazém/alimentador de cápsulas para grandes produções. A capsuladora Variant tem um sistema rotativo equipado com cabeças para vários tipos de cápsulas, o que significa que a mesma máquina pode ser utilizada para produtos, garrafas e cápsulas diferentes.

O PRED ATOR é um armazem/ alimentador de cápsulas, de grande capacidade. Recebe cápsulas em tabuleiros empilhados e encarrega-se de as descarregar e transferir para o alimentador da capsuladora, enquanto os tabuleiros vazios são acumulados em pilha própria. Os intervalos de reposição são espaçados, reduzindo as necessidades de mão-de-obra. A máquina PREDATOR é colocada ao lado da capsuladora.

Soluções para espumantes e gaseificados Para o engarrafamento de champagnes, a R&G apresentou duas novas máquinas: a aplicadora de arames VITTORIA T 1-1 JUNIOR com dispositivo de orientação de garrafas (para que os arames fiquem sempre na mesma posição), e a capsuladora ZENITH 2 Z 3/48 OTTICO com tripla torre rotativa, Na primeira torre, são aplicadas as cápsulas, com orientação óptica das garrafas e das cápsulas. Na segunda torre, são aplicadas as sobre-cápsulas flexíveis e na terceira torre as sobre-cápsula são finalmente plissadas. A Robino & Galandrino é representada em Portugal pela Patrick Thompson Lda.

ThermoShapeTM

Alternativa para engarrafamento A Plastipak (Plymouth, Michigan, EUA) desenvolveu de sumos uma alternativa para engarrafamento de sumos, combinando a moldação das garrafas PET, o enchimento a quente e uma etapa suplementar de "reformatação" da garrafa. O processo inicia-se com a injecção das pré-formas(versão HR, heat resistant), seguindo-se a etapa de estiragem-sopro em moldes aquecidos. A descontaminação da garrafa é assegurada pelo próprio produto, pasteurizado e estável, durante o enchimento a quente (82 - 92 °C). Depois de capsulada, a garrafa é inclinada durante 15 segundos, de modo a que o produto ainda quente descontamine a área da cápsula. Logo a seguir, a garrafa é rapidamente arrefecida por jacto de água, etapa necessária para preservar o produto. Este arrefecimento brusco provoca o vácuo interno e consequente retracção da garrafa. Para obter a forma desejada, a garrafa entra numa máquina especial onde o fundo é aquecido durante segundos a 230 °C e pressionado, pro34

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vocando a recuperação do diâmetro da garrafa. Segundo a Plastipak, o processo mantém as características organolépticas e o teor vitamínico do produto e confere-lhe um tempo de vida útil de 6 a 12 meses. Permite ainda produzir garrafas mais leves: 21, 32 e 41 g para os formatos de 0,5, 1,0 e 1,5 l, respectivamente. O peso depende, todavia, do design das garrafas. No caso dos sumos "Fruité" (da Britvic, França, primeiro utilizador europeu da tecnologia Thermoshape), as garrafas têm secção "quadrada-arredondada" e pesam um pouco mais (35 g e 48 g para 1,0 l e 1,5 l, respectivamente). A máquina de "reformatar" assegura cadências de 450 garrafas por minuto, compatível com os demais equipamentos da linha de engarrafamento. Para uma visão animada do processo, ver o filme acessível clicando no ícone ao lado.

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engarrafamento KHS

Esterilização de pré-formas dispensa enxaguamento de garrafas A KHS disponibiliza um sistema de esterilização de pré-formas que permite dispensar a etapa de enxaguamento de garrafas imediatamente antes do enchimento. A alternativa não só elimina o investimento na enxaguadora como reduz o consumo de água e solução esterilizante. Está disponível para as máquinas monobloco de estiragem-sopro e enchimento. Na zona de reaquecimento das pré-formas, e após o primeiro aquecimento, as pré-formas passam por uma câmara estéril onde são tratadas por acção conjunta de peróxido de hidrogénio e ar quente. À saída da câmara estéril, as pré-formas são sopradas com ar estéril, para remover eventuais resíduos de peróxido de hidrogénio no exterior da pré-forma. Depois, as pré-formas passam à segunda etapa de aquecimento. Em todas as etapas subsequentes até ao enchimento, as pré-formas/garrafas permanecem em atmosfera estéril.

Dainese

Tonéis com indicação de nível transmitida via rádio A informação sobre o nível ou a temperatura do vinho num tonel pode ser transmitida via rádio para a estação de controlo da adega. Sem fios. O dispositivo SMARTCAP, apresentado pela Dainese (Buonconvento, Itália) no salão SIMEI em Novembro de 2011 é aplicado no topo do tonel e pode ser completado com sensores para detecção e medida de outros parâmetros. A Dainese apresentou ainda várias aplicações informáticas para gestão, controlo de processos e rastreabilidade em adegas.

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engarrafamento

Redução de Custos no funcionamento de transportadores A energia necessária para mover os produtos ou embalagens depende de múltiplos factores. A primeira coisa a fazer é averiguar quais é que podem ser modificados para reduzir consumos e custos. Para além da energia, há que contar também com todos os “consumíveis” associados à operação dos transportadores, designadamente água, detergentes e lubrificantes.

Menos água A utilização de água e detergente é opção mais utilizada em sistemas de transportadores nas linhas de engarrafamento. A opção é fácil de justificar, dado que serve vários objectivos importantes: ao mesmo tempo que reduz o atrito e o desgaste dos componentes do transportador, a água e o sabão removem as perdas e escorrências de produto e dissipam o calor. Se a empresa tiver o sua própria captação de água, o custo pode não parecer demasiado elevado. Em todo o caso, há custos associados, que tradicionalmente eram omitidos, mas que não podem deixar de ser considerados. Por um lado, o custo directo para cumprir as obrigações de tratamento de águas. Por outro lado, a responsabilidade ambiental da empresa de minimizar o consumo de água (como é sabido, a água é simultaneamente o bem mais abundante e o mais raro, com uma relação extrema entre o volume total disponível e o volume potável). Em vez da lubrificação com água e sabão, o transportador pode ser lubrificado com óleos ou massas minerais. Os sistemas de lubrificação podem ser muito eficazes, mas requerem sistemas aplicadores adequados, medidas especiais para monitorizar a lubrificação e o estado do lubrificante, para prevenir a formação de depósitos causadores 36

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de irregularidades e desgaste, e ainda medidas e procedimentos para garantir a higiene nas linhas transportadoras. Perante as vantagens e desvantagens dos vários sistemas, pode equacionar-se uma terceira opção, baseada na utilização de materiais “auto-lubrificantes”, isto é que podem proporcionar o contacto e deslizamento com baixo coeficiente de atrito, sem utilização de água ou de lubrificantes minerais. Nos últimos anos, as indústrias engarrafadoras, por pressão ou por iniciativa própria, começaram a mudar os seus sistemas de transportadores para a chamada “operação a seco” (dry run) sem qualquer lubrificação. A lubrificação e o coeficiente de atrito dos componentes dos transportadores têm grande influência quer no consumo de energia, quer no tempo de vida útil do transportador e dos seus vários componentes. É possível reduzir os custos com lubrificantes. A System Plast (sede em Itália, parte do grupo Emerson) desenvolveu e fabrica guias de suporte para transportadores baseados em plásticos técnicos altamente resistentes, neste caso o polietileno de peso molecular ultra elevado, mas formulados com lubrificantes sólidos. Este material, comercializado com a designação ‘Nolu-S’ fica com características de “auto-lubrificação”, isto é, permite o deslizamento entre as correntes transportadoras (metálicas) e as guias de suporte (em Nolu-S), sem aplicação de lubrificante, com baixo desgaste e baixo coeficiente de atrito. A velocidade do transportador fica menos dependente da força de tracção e da energia dispendida e o transportador tem mais tempo de vida útil. O ‘Nolu-S’ tem aprovação FDA para contacto alimentar, resiste ao ataque químico e reduz o nível sonoro no funcionamento do transportador. Os componentes são produzidos por extrusão ou maquinação.

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Entretanto, também as próprias correntes transportadoras podem ser fabricadas em plásticos técnicos de alta resistência, tais como as resinas acetálicas ou o politereftalato de butileno (ou polibutileno tereftalato, PBT). Estes materiais podem ser coloridos ou brancos, são igualmente compatíveis para contacto alimentar, altamente resistentes, com baixo ruído e baixo coeficiente de atrito. Como são muito mais leves que os metais, as correntes plásticas requerem menos força de tracção e, por conseguinte, economizam água/lubrificante e energia. A substituição das correntes transportadoras metálicas por correntes plásticas foi tentada em muitas empresas e em algumas delas com resultados decepcionantes. O desgaste prematuro obrigou a substituir componentes antes do tempo, com os custos inerentes não só ao material, mas também às paragens necessárias. Estas experiências contribuiram para algum cepticismo quanto à adequação das correntes plásticas. Em todo o caso, as vantagens são claras se o material for bem escolhido e se o respectivo design for o mais apropriado. Vários casos bem sucedidos demonstram que os plásticos técnicos com a adequada formulação podem aumentar a velocidade e eficiência das linhas, sem desgaste prematuro e com tempo de serviço mais longo que as correntes metálicas. Os problemas de atrito dependem muito do produto que é processado nas linhas transportadoras, e da agressividade dos contaminantes vários que podem ocorrer. A escolha do material das correntes transportaNº 212 Junho 2012


engarrafamento doras tem mesmo que ser determinada pelas condições concretas da operação da linha. Se o material suportar a aplicação, o engarrafador pode realizar grandes economias de água e de custos de tratamento de água. A economia de água é o aspecto destacado no filme promocional da System Plast (para ver, clicar no ícone junto).

As medidas tecnológicas A factura energética associada aos transportadores depende em grande medida da eficiência dos sistemas de accionamentos. O consumo de energia tem que ser considerado como um dos indicadores de obsolescência dos equipamentos, no sentido em que um motor ou moto-redutor de baixa eficiência energética está obsoleto ainda que mantenha o chamado “perfeito estado de funcionamento”. Hoje em dia, é possível tirar todo o partido da engenharia e da tecnologia de accionamentos para reduzir drasticamente o consumo de energia nas linhas transportadoras.

Quando é que compensa parar o transportador? Transportadores a trabalhar “em vazio”? Nada mais frequente nas linhas de embalagem e engarrafamento. Quando os custos de energia são elevados, há que esgotar todas as possibilidades de evitar consumos desnecessários. Para responder à questão, é necessário começar pelos parâmetros de operação de cada transportador. Esta análise deve apurar a duração e a frequência do tempo de operação “em vazio”.

O esquema acima representa um transportador simples, equipado com moto-redutor e dois sensores, um à entrada e outro à saída. Para maior Nº 212 Junho 2012

simplicidade, o esquema tem uma carga unitária, mas, na “vida real”, o transportador suporta várias cargas (iguais ou não) espaçadas de modo mais ou menos uniforme ao longo do transportador. Nesta análise, vamos também assumir que o transportador precedente tem velocidade idêntica. Desde logo, há que respeitar duas “regras”: a) A distância entre o sensor de entrada e a linha de entrada da carga no transportador (DSin) deve ser inferior ao comprimento da carga (CC); DSin < CC b) A referida distância (DSin) deve ser igual ou superior ao produto da velocidade nominal do transportador (VNT) pelo tempo necessário entre o arranque e o momento em que o transportador atinge a velocidade nominal (Tstart);

- o tempo entre o arranque e o momento em que a velocidade nominal é atingida (Tstart); - a potência necessária para o arranque do transportador (Pstart); - a energia necessária para o arranque do transportador (Tstart), Estart = Pstart x TA - a energia de transporte (ET), isto é, a energia necessária para levar a carga entre a entrada e a saída; - a energia sem carga (ESC), isto é, a energia necessária para mover o transportador sem carga; - a potência sem carga (PSC), isto é, a potência necessária para accionar o transportador sem carga. O transportador deixará de ser accionado de acordo com o tempo decorrido entre duas cargas. A condição para que a paragem do transportador seja compensadora em termos de economia de energia é:

Logo: VNT x Tstart £ DSin < CC PSC > (Pstart x Tstart) / (TEC – TO) O gráfico junto representa a evolução das potências e dos consumos em função do estado do transportador. O transportador é accionado quando a carga é detectada e opera “em vazio” durante algum tempo até que a carga passe a linha de entrada. Quando finalmente a carga ultrapassa a linha de saída, o transportador pára.

Neste gráfico temos: - o tempo entre cargas (TEC), isto é o tempo entre duas entradas consecutivas de uma carga no transportador; - o tempo de transporte (TT) de uma carga (entre a entrada e a saída); - o tempo de operação (TO) do transportador, entre o momento em que é accionado e o momento em que pára;

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Em função do tipo de carga e das condições mecânicas concretas, pode ser necessário aumentar o tempo de operação (TO), para garantir que a carga é correctamente transferida para o transportador a jusante. Isto pode fazer-se adicionando um tempo de intervalo entre a activação do sensor de saída e a paragem do transportador.

Neste caso, teremos que considerar na equação da potência sem carga (PSC) o acréscimo efectuado no tempo de operação (TO). O acréscimo (tempo de intervalo) pode ser estabelecido empiricamente ou calculado em função do comprimento da carga (CC) e da posição do sensor de saída (Sout). É possível escolher um valor para o tempo de intervalo considerando uma distribuiíndice

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engarrafamento ção uniforme da carga. O tempo de operação (acrescido do intervalo, TO+) será então: TO+ > TO x CC / (2 x VNT) Por fim, haverá que verificar a seguinte equação: TEC > TO + [CC / (2 x VNT)] + + Estart / PSC Se esta condição se verificar, a modificação do modo de operação permitirá economizar energia sem diminuir o desempenho do transportador. Se a condição não se verificar, então o melhor é manter o transportador a trabalhar. O consumo de energia (E) é: E = Estart + ET + ESC + ESC2 Quando o transportador trabalha em contínuo, o consumo de energia deixa de ter a energia de arranque, mas passa a ter mais uma parcela: a energia para manter o transportador a trabalhar em vazio, entre o momento em que a carga já saiu e o momento em que se inicia o ciclo da carga subsequente. A economia de energia será então: Esav = PSC x (Tstart + TEC - TO+ ) – Pstart x Tstart

SEW-EURODRIVE

Conversor de Frequência com Índice de protecção IP55 O novo Conversor de Frequência MOVITRAC® LTE B com opção de IP55 é a solução ideal para aplicações simples, sem necessidade de recurso a quadro eléctrico. Foi desenhado especificamente para controlo de velocidade de motores assíncronos em aplicações de manuseamento de materiais, por ex. pequenas linhas de transportadores modulares. Com os conversores de frequência, para instalação em quadro eléctrico, MOVIDRIVE® e MOVITRAC® B, com provas dadas no mercado, a SEW-EURODRIVE tem fornecido um mercado amplo durante anos, o Conversor de Frequência MOVIMOT® integrado no motor é uma excelente solução descentralizada para automatizações de fábricas até IP67. Agora, a SEW-EURODRIVE oferece também uma solução para aplicações simples: o Conversor de Frequência MOVITRAC® LTE B numa caixa IP55. Esta série permite um manuseamento simples e fácil através dos interruptores integrados e de um display de 7 segmentos. A caixa de plástico IP55 protege a electrónica do accionamento de condições ambientais adversas,

na internet (clicar no ícone junto).

Poderá também estimar-se a economia de potência reactiva. Esta é necessária para magnetizar o motor e pode considerar-se constante qualquer que seja a carga do motor. Para uma visão mais detalhada destes cálculos, ver Daniel Clénet, Optimising energy efficiency on conveyors, white paper Schneider Electric, 2010. É possível obter este white paper na página da REVIPACK 38

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A factura energética associada aos transportadores depende em grande medida da eficiência dos sistemas de accionamentos. O consumo de energia tem que ser considerado como um dos indicadores de obsolescência dos equipamentos, no sentido em que um motor ou moto-redutor de baixa eficiência energética está obsoleto ainda que mantenha o chamado “perfeito estado de funcionamento”. Hoje em dia, é possível tirar todo o partido da engenharia e da tecnologia de accionamentos para reduzir drasticamente o consumo de energia nas linhas transportadoras. Tecnologia

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especialmente de poeiras e humidade. Como opção, está disponível uma versão com interruptor de manutenção, comutador e potenciómetro de referência integrados. O interruptor de potencial integrado, interruptores selectores e potenciómetros para selecção da direcção de rotação e velocidade encontram-se disponíveis como opcionais. Esta variante permite dispensar o quadro eléctrico para aplicações móveis. Por este motivo, o MOVITRAC® LTE B é uma opção interessante para os operadores e fabricantes de aplicações de accionamento móvel de todas as áreas. O conversor de frequência MOVITRAC® LTE B está disponível em três tamanhos com uma potência nominal entre 0,37 e 7,5 kW. As

de controlo, sensores, variadores de velocidade e motores de alta eficiência energética são componentes essenciais para a eficiência energética de qualquer sistema de transportadores. Muitas das linhas de embalagem e engarrafamento que actualmente se mantêm em funcionamento são verdadeiras “minas” de dinheiro gasto a mais em energia eléctrica. Vale a pena chamar especialistas e analisar essas linhas do ponto de vista da eficiência energética. O investimento pagar-se-á provavelmente em menos tempo do que se imagina. E a competitividade dos produtos embalados e engarrafados também passa pela condição energética dos transportadores. Nº 212 Junho 2012


engarrafamento tensões de alimentação permitidas são de 115 e de 230 V para sistemas monofásicos e de 230 e 400 V para sistemas trifásicos. Uma vantagem especial é a opção preparada para funcionamento justamente com disjuntores diferenciais, mantendo os requisitos respeitantes à conformidade EMC. Isto significa que o MOVITRAC® LTE B pode ser ligado a qualquer tomada, mantendo a sua completa funcionalidade. O MOVITRAC® LTE B vem comissionado de fábrica de forma a permitir uma rápida colocação em funcionamento. Para além das interfaces para sistemas de bus de campo convencionais tais como DeviceNet, PROFIBUS, etc., estão disponíveis ainda interfaces para 4 sistemas de Ethernet industrial para o MOVITRAC® LTE-B: PROFINET, EtherNet/IP, Modbus/TCP e Ether-CAT. Em IP55, o MOVITRAC® LTE B efectua as suas funções de forma fiável e flexível em diferentes sistemas de alimentação, mesmo em ambientes repletos de poeira e humidade.

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Motores de eficiência IE2 Em conformidade com a Directiva Europeia 2005/32/CE é obrigatória, a partir de 16 Junho de 2011, a utilização de motores de alto rendimento com classe de eficiência energética IE2 em novas aplicações. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, antecipou esta decisão, e a partir de Janeiro de 2011, introduziu no mercado português os novos motores IE2 (modelo DRE).

implementação de soluções energeticamente eficientes. Para contactar a SEW e obter mais informação, clicar no ícone ao lado.

Enquanto líder global na Tecnologia de Accionamentos, a SEW-EURODRIVE leva muito a sério a sua responsabilidade nas questões ambientais, como prova o desenvolvimento de accionamentos de alto rendimento: MOVIGEAR® com classe de eficiência IE4 - Super Premium; Motor DRP com classe de eficiência IE3 – Premium. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL, disponibiliza soluções de poupança de energia, englobando produtos com elevada eficiência energética e serviços de consultoria técnica e

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rotulagem

Novos desenvolvimentos em colas para rotulagem As colas para rotulagem são chamadas a satisfazer múltiplas necessidades. A geração mais recente de colas oferece propriedades acrescidas, mais opções e um desempenho mais próximo do ideal de ausência de problemas nas linhas de engarrafamento. Ao longo do seu ciclo de vida, as garrafas de bebidas passam pelas condições mais diversas, desde as caves húmidas até à exposição no retalho, passando pelo transporte, pelos frigoríficos e pelos processos de limpeza. O mesmo se passa com os rótulos, que têm a função de suportar a marca e informar o consumidor sobre a bebida e respectivos ingredientes. O rótulo está exposto a toda a espécie de influências, tais como as variações de temperatura, ar ambiente, humidade e agressões físicas. As colas devem fazer mais do que simplemente manter o rótulo fixo à garrafa. De facto, têm que suportar várias condições de processamento e reutilização. Por exemplo, o rótulo não deve separar-se da garrafa quando sujeito à condensação, mas deve ser removido de forma completamente limpa quando a garrafa é lavada para reutilização.

Sustentabilidade e custos As colas de rotulagem têm sido optimizadas nos últimos anos de forma a sairem das linhas de engarrafamento para o mercado, intactas e com várias funcionalidades extra. A preocupação com a sustentabilidade tem influenciado o mercado. Os consumidores e os engarrafadores estão mais conscientes da necessidade de processos e produtos compatíveis com o ambiente, o que justifica todo o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Muitas empresas mantêm o compromisso tradicional com produtos de origem renovável como as caseínas e os amidos especiais. A indústria de bebidas usa frequentemente colas de caseína de base aquosa para rotular garrafas de vidro. 40

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Apesar das suas comprovadas propriedades, essas colas têm as suas desvantagens. As matérias-primas renováveis estão sujeitas a grandes flutuações de preços e os fabricantes são confrontados com os efeitos da volatilidade, designadamente os aumentos de custos. Por exemplo, os efeitos climáticos podem ter impacto na disponibilidade de materiais derivados de matérias-primas renováveis. Os mercados tendem a reagir de forma volátil e especulativa às flutuações da oferta. O preço da caseína subiu muito nos anos mais recentes e os analistas antecipam que essa tendência vai continuar. O aumento constante dos preços da caseína - uma matéria-prima derivada do leite de vaca teve impacto nos preços das colas de rotulagem convencionais. Naturalmente, os engarradores de bebidas, tais como cervejas e águas minerais, bem como os fabricantes de colas, procuram substâncias alternativas e menos susceptíveis às flutuações de preços, que apresentem características de desempenho técnico e ambiental compatíveis e que facilitem os processos. Daí o uso crescente de colas sem caseínas, sobretudo as que oferecem maior durabilidade e estabilidade à temperatura e ainda outras características superiores às das colas de rotulagem convencionais. As novas colas baseadas em polímeros apresentam melhor aderência inicial e também secagem mais rápida, o que permite reduzir a quantidade de cola até cerca de 30%. Para os engarrafadores, o uso crescente destas novas colas significa mais produção e mais eficiência de custos. Em todo o caso, para se considerar a mudança das colas de caseína para colas sem caseína, é necessário passar em revista todos os custos possíveis e todos os requisitos técnicos. Desde logo, o volume de resíduos e a disponibilidade de recursos, a par com o tempo de armazenamento e o tratamento das águas. A cola tem que ser capaz de suportar todas as

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condições acima referidas e manter as características de forma durável. Devem ser versáteis para suportar um vasto leque de aplicações de rotulagem, ter odor neutro, secagem rápida e não afectar os ciclos de limpeza das rotuladoras. Além disso, devem contribuir para os objectivos de melhoria de eficiência nas linhas de engarrafamento, o que implica redução de consumos e custos de detergentes, aditivos, água e energia. A Henkel, como empresa líder na produção de colas, chama a si um papel de primeira linha na investigação e na inovação. Um bom exemplo, são as novas colas de rotulagem sem caseínas.

Desempenho melhor sem caseínas É necessário dar resposta a exigências significativas, particularmente no segmento das garrafas reutilizáveis. Por exemplo, deve ser possível remover o rótulo na operação de lavagem, reduzindo a formação de espuma. Actualmente, ainda se utilizam aditivos anti-espuma, mas a indústria procura uma solução mais eficaz para o problema. A Henkel investiga e desenvolve colas sem caseínas com desempenho equivalente de aderência e processamento, desde os anos 90. Com a segunda geração de colas sem caseínas, a empresa oferece agora ao mercado colas com um perfil de propriedades mais completo e inovador. Os testes exaustivos entretanto realizados mostram que a gama de colas Optal XP responde às expectativas dos clientes. Para além da boa aderência em húmido, estas colas também apresentam boa aderência sobre vidro frio. As indústrias de alimentos e bebidas podem agora mudar para uma gama mais eficiente de produtos que abrange todo o espectro de necessidades de rotulagem de garrafas, incluindo as soluções mais sofisticadas com resistência à água gelada e à condensação. Nº 212 Junho 2012


rotulagem

Diversamente do que sucede com as colas convencionais, as novas colas baseiam-se em polímeros sintéticos e por isso são independentes das contingências da indústria de lacticínios, designadamente a volatilidade de preços típica da caseína. Por um lado, os engarrafadores ficam menos sujeitos à volatilidade dos preços; por outro lado, a caseína fica disponível para outras utilizações na produção de alimentos. As colas Optal XP apresentam vantagens em termos económicos e ambientais, quer em termos de durabilidade, quer em termos de remoção na lavagem. Esta afirmação da Henkel baseia-se na experiência concreta de engarrafadores de vários países que usam estas colas há vários anos e que comprovaram a facilidade de remoção dos rótulos usando detergentes e processos de lavagem standard. Além disso, estas colas de segunda geração não colocam especiais precoupações no que toca ao tratamento das águas dos sistemas de lavagem. Têm aprovação FDA, não Nº 212 Junho 2012

têm ingredientes tóxicos e não contêm etoxilatos alquilfenólicos, zinco ou borax. Além disso, também apresentam bom desempenho técnico no que toca a maquinabilidade, menor complexidade e maior eficiência dos processos. A nova geração de colas sem caseínas elimina as desvantagens clássicas e constitui uma alternativa para diferentes aplicações. Seja qual for a exigência - rotuladoras de alta velocidade ou rotulagem mais lenta, a frio ou quente, a seco ou em húmido, rótulos "pesados" ou folhas finas de alumínio, condensação ou gelo - a gama de colas Optal XP inclui a formulação adequada a cada caso. Alguns dos principais engarrafadores de cerveja estão agora a

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utilizar estas inovações para rotulagem de garrafas reutilizáveis e não reutilizáveis. Testes de mercado recentes também demonstraram a aptidão das colas Optal XP para garrafas PET reutilizáveis e mesmo para os rótulos transparentes tipo "no label look". Os rótulos transparentes impressos mantêm-se firmes na sua posição mesmo depois de mudanças de temperatura e armazenagem prolongada em água gelada, por exemplo. Para cada opção de rotulagem, existe uma formulação Optal XP. A variedade de perfis de propriedades e desempenho aumenta o grau de liberdade em matéria de design e de posicionamento de marcas, sem causar dificuldades adicionais aos processos actuais.

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codificação e etiquetagem Markem-Imaje

Codificação em linha longa vida - alta velocidade Já se escreveu quase tudo sobre codificadores em linha. A tecnologia de transferência térmica é bem conhecida no mercado, onde SmartDate® é marca de referência. Embora o lançamento de um novo modelo seja normal num sector sempre em evolução, mesmo assim a Markem-Imaje conseguiu surpreender. O novo codificador SmartDate® X60 traz uma combinação inédita de velocidade, qualidade de impressão e tempo de vida útil. O que os responsáveis pelas linhas de embalagem mais desejam é que o codificador não condicione o desempenho da linha. A codificação é indispensável, mas uma paragem ou atraso da linha por causa do codificador é, hoje em dia impensável. A novidade mais importante no codificador SmartDate® X60 é a cabeça de impressão de alta velocidade/alta qualidade, desenvolvida a pensar nas linhas de embalagem de alta velocidade, que exigem mais desempenho sem comprometer a qualidade da impressão/codificação. A nova cabeça de impressão assegura velocidades até 1000 mm por segundo com a resolução de 300 dpi. De acordo com Andy Gray, gestor de produto da Markem-Imaje: "O SmartDate® X60 também é capaz de impressão até 600 mm por segundo, com 100% resina, e os códigos não saem ao esfregar. Estamos a superar as expectativas dos clientes, aumentando os limites do que pode fazer a transferência térmica. A transferência térmica é agora uma opção viável, em ambientes onde antes não seria possível. " Os codificadores de alta velocidade são cada vez mais necessários. Cada vez se exige mais flexibilidade às linhas de embalagem. A alta velocidade não é uma exigência exclusiva das linhas mono-produto ou com poucas mudanças de produto. A evolução do mercado faz com que as mudanças sejam mais frequentes, para que a empresa possa colocar no mercado a variedade de produtos e formatos adequada às estratégias de marketing. Para estar à altura desta exigência, as linhas de embalagem têm que ter duas características: a mudança rápida de formato ou produto e a alta velocidade. Não basta a rapidez de mudança de formato, é preciso que a linha seja rápida mesmo quando produz uma pequena ou média série. O codificador SmartDate® X60 já deu provas em várias linhas de embalagem a alta velocidade, designadamente nos sectores da panificação, bolachas, massas e confeitaria. 42

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Reduzir custos de produção Para além da redução dos tempos de paragem das linhas, o novo codificador foi projectado para reduzir custos associados aos consumíveis necessários neste tipo de codificação. Cada rolo de fita de impressão tem 1100 metros e proporciona mais 20% de impressões, sem reduzir a qualidade de impressão. O dispositivo economizador de fita representa uma dupla economia: menos desperdício e menor frequência de substituição de rolo. Andy Gray acrescenta: "Incorporámos a detecção de “pontos mortos” e a capacidade de os clientes evitarem os "pontos-mortos' na imagem impressa on-line, sem necessidade de parar a produção para mudar a cabeça térmica. O interface do SmartDate® X60 também torna mais fácil o ajuste de imagem, sem necessidade de um computador portátil”. A funcionalidade de economia de energia, permite reduzir o consumo até 50 %.

Garantia inédita O codificador SmartDate® X60 tem condições de garantia inovadoras, que dão tranquilidade adicional aos utilizadores. É oferecida uma garantia de 18 meses, mas o cliente pode optar por estender esta garantia até 60 meses, com um custo de cerca de um euro por dia. "Actualmente, estamos sozinhos na indústria a oferecer esse nível de tranquilidade. Nós damos garantia da nova cabeça de impressão, substituindoa gratuitamente no prazo de um ano ou 60 kms de fita sem uma única falha", diz Andy Gray. Os processos de instalação e manutenção do codificador SmartDate® X60 são expeditos porque a Markem-Imaje trata de tudo. Muitas das peças de reposição são compatíveis com modelos precedentes, como o SmartDate® 5 e o SmartDate® X60. Clicando no ícone junto, pode ver-se um pequeno filme sobre os novos codificadores SmartDate®.

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codificação e etiquetagem Primera

Etiquetas a cores in house A Primera, uma das principais marcas que apostam no mercado da impressão in house de etiquetas auto-adesivas a cores, lançou, no final de 2011, a impressora CX1000, para pequenas e médias séries - de 50 a 50 000 etiquetas - a quatro cores (CMYK), com resolução de 2400 dpi e velocidade de 5 m/min. O processo de impressão por toner laser é compatível com vários tipos de papéis auto-adesivos e filmes plásticos. Pode trabalhar com papéis pré-cortados e é fornecida com drivers para Windows XP/Vista ou 7 e com o software de criação de etiquetas PTPrint™ 8.0 for Windows.

Software para Max OS X No que respeita ao software, a Primera passou a disponibilizar software de criação de etiquetas também para utilizadores de computatores com o sistema operativo Mac OS X. Até há pouco tempo, as impressoras Primera eram fornecidas com o software NiceLabel SE apenas para o sistema operativo Windows, o que obrigava os utilizadores de computadores Mac a adquirir outro software. Entretanto, a Primera passou a disponibilizar, gratuitamente com as impressoras, o software Labels & Adresses, numa versão especial desenvolvida pela BeLight Software (Ucrânia)

Etiquetas RFID a cores A impressora RX900f combina a tecnologia de leitura e gravação UHF RFID da Intermec com a tecnologia de impressão por jacto de tinta a cores da Primera, com resolução até 4800 dpi. Suporta etiquetas com espessura até 3,175 mm e imprime à velocidade de 114 mm por segundo. O sistema de gravação é compatível com as especificações EPC Global Class 1 Gen 2 e ISO 18000 -6B e -6C. Com a nova impressora, passa a ser possível a gravação a cores numa só passagem, evitando-se a pré-impressão. De resto, a impressão de etiquetas RFID tem sido predominantemente mono-cromática e limitada a aplicações logísticas. A possibilidade de imprimir a cores, com alta resolução e "on demand" pode contribuir para o alargamento das aplicações de RFID, designadamente em aplicações em que é útil utilizar códigos de cores (sector da saúde, por exemplo) ou no retalho.

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codificação e etiquetagem Águas das Caldas de Penacova, S.A.

Solução de etiquetagem de paletes completa linha de engarrafamento Com a instalação de uma nova solução para etiquetagem de paletes, a empresa das Águas das Caldas de Penacova deu mais um passo no sentido da automatização do seu fim-de-linha e da gestão integrada das operações de engarrafamento. O novo sistema responde às necessidades actuais e futuras. A empresa tem, aliás, planos de expansão. Quando, nos anos 80, pensou investir no engarrafamento de águas, o Sr. Urbano Marques estava longe de imaginar o tempo que seria necessário para concretizar a ideia. A experiência e a actividade profissional estava no sector das madeiras. Para o projecto das águas, foi necessário avaliar o potencial do mercado e procurar uma nascente com caudal suficiente para justificar o investimento. A escolha incidiu sobre a região de Penacova, junto ao rio Mondego. A empresa foi criada em 1991, juntando um grupo de amigos que partilharam o projecto. Depois da aquisição do terreno, veio o processo de licenciamento, "um processo complexo, que demorou vários anos e só terminou em Abril de 1999". Apesar da espera longa, os sócios não desanimaram e os anos vieram a dar-lhes razão. Caldas de Penacova tornou-se uma das principais marcas nacionais de águas minerais naturais, com crescimento de vendas a dois dígitos ao longo dos anos. Mesmo em 2011, ano em que o sector decresceu quase 3%, a empresa registou um aumento de vendas de 8%, totalizando 143 569 990 litros.

À beira do Mondego A fábrica tem um layout linear, com separação física entre as principais secções: a produção de embalagens, a sala de enchimento e capsulagem (isolada), as linhas de rotulagem e embalagem secundária e o fim-de-linha. Nos últimos 6 anos, a empresa investiu cerca de 5 milhões de euros na modernização e aumento de capacidade. "Temos novos investimentos programados" - disse à REVIPACK o Sr. Urbano Marques - "Temos objectivos para o mercado interno, com a marca Caldas de Penacova e também com marcas de clientes. E vamos dar continuidade à exportação, que cresceu mais de 40% em 2011 e que deverá continuar a crescer. A nossa água tem obtido boa aceitação também nos mercados externos e com destinos

diversificados, incluindo Espanha, Estados Unidos da América, Angola, Médio Oriente, etc.". A capacidade de produção actual reparte-se por três linhas: uma linha dedicada aos garrafões de 5 l, com capacidade até 6 000 garrafões/hora, uma linha para garrafas de 1,5 l, com capacidade até 24 000 garrafas/hora e uma linha para os formatos 0,5 e 0,33l, com capacidade até 24 000 garrafas/hora. "A capacidade instalada não está esgotada ainda podemos melhorar a eficiência e aumentar a produção através da gestão do tempo" disse-nos o sr. Urbano Marques.

A opção pelo PET Os argumentos ambientais pesaram na opção exclusiva pela embalagem PET. "Evitámos a embalagem de

Situada na margem do Mondego, a 1 km de Penacova, a unidade de engarrafamento caracteriza-se pelo layout linear, com separação entre a sala de enchimento e fecho (em, cima à esquerda) e as linhas de rotulagem e embalagem secundária (em cima, ao centro). No fim-de-linha, a paletização robotizada, cintagem, envolvimento e etiquetagem de paletes (à direita).

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codificação e etiquetagem Rastreabilidade

Quatro moldes e três modelos de tampas para uma gama de cinco apresentações, todas em embalagem PET.

vidro porque ela implicaria a lavagem das garrafas e a consequente necessidade de tratar e gerir efluentes líquidos. Nós estamos à beira do Mondego e queremos preservá-lo. Além disso, a embalagem PET tem boas características ambientais. É reciclável e reciclada cada vez mais". A água Caldas de Penacova está no mercado com 5 apresentações: garrafão de 5 litros, garrafa de 1,5 l, garrafa de 0,5 l com e sem tampa desportiva e garrafa de 0,33 l. Para estas cinco apresentações, bastam 4 moldes e três tampas (garrafão, garrafa e desportiva). As embalagens são produzidas pela própria empresa, que adquire a matéria-prima (PET) directamente aos produtores. "A embalagem é um aspecto essencial nesta actividade e por isso optámos por ter o controlo de toda a operação, incluindo o acesso directo ao mercado da matéria-prima. Apenas sub-contratamos a injecção das pré-formas".

À saída da sala de enchimento e fecho (capsulagem), as garrafas são rotuladas (Auxiemba) e transferidas para as máquinas agrupadoras/envolvedoras em filme retráctil que formam as embalagens secundárias. No fim-de-linha, os 'packs' são paletizados por robô (Motoman) e as paletes são cintadas (Strapex) e envolvidas em filme estirável (Robopac). A etiquetagem das paletes "filmadas" é executada por um sistema PRINTESS, da EIDOS (Itália), que inclui a impressão das etiquetas por transferência térmica para papel auto-adesivo e a sua aplicação automática. "A instalação de um novo sistema de etiquetagem de paletes surgiu de uma dupla necessidade: por um lado, era necessário um sistema automático e mais eficiente, mais adequado à cadência das nossas linhas; por outro lado, a necessidade de dispor de um sistema de rastreabilidade fiável e eficiente" - disse à REVIPACK o Sr. Urbano Marques. O investimento desdobrou-se em duas vertentes: o software de rastreabilidade e o sistema de impressão e aplicação de etiquetas. "Acabámos por optar por um sistema de rastreabilidade desenvolvido por medida. Este tipo de decisão comporta sempre alguns riscos mas entendemos

que devíamos apostar nesse desenvolvimento, porque preferimos um sistema adaptado às nossas necessidades, em vez de termos que nos adaptar a um sistema já existente. Foi um trabalho meritório levado a cabo pela empresa portuguesa CODEONE e acreditamos que benéfico para ambas as partes: nós ficámos com uma solução por medida e o nosso fornecedor ganhou know how que certamente lhe vai ser útil". Quanto ao sistema de impressão e aplicação, a escolha incidiu sobre a proposta apresentada pela MARCAEMBAL, baseada na solução PRINTESS - Serie E da empresa italiana EIDOS. "Analisámos as várias alternativas disponíveis no mercado, onde não faltam, fabricantes e soluções. Os equipamentos da EIDOS têm as características técnicas de que necessitamos agora e nos próximos anos, quer em termos de rapidez e fiabilidade, quer em termos de possibilidades de integração no sistema de gestão das linhas e da rastreabilidade. Adquirimos três, dos quais dois estão em pleno funcionamento" - disse à REVIPACK o Sr. Urbano Marques. O sistema PRINTESS integra-se no sistema de gestão da produção e permite codificar e etiquetar as paletes com a informação necessária para a rastreabilidade.

Projectado e fabricado na Itália pela EIDOS, o sistema PRINTESS é um "robô de etiquetagem" que inclui a impressão de etiquetas por transferência térmica e a aplicação automática da etiqueta sobre a palete.

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codificação e etiquetagem Microscan

Reconhecimento óptico de caracteres nas linhas de embalagem O reconhecimento óptico de caracteres, conhecido pela sigla OCR (optical character recognition) tem um interesse crescente para a melhoria de desempenho das linhas de embalagem devido a dois factores principais. Por um lado, as exigências da regulamentação destinadas a assegurar a protecção dos consumidores, designadamente em matéria de codificação e rastreabilidade. Em segundo lugar, a necessidade de verificar produtos e códigos. O OCR tem a vantagem de replicar a leitura humana, o que significa que uma marcação legível por pessoas (um prazo de validade, por exemplo) passa a ser também legível por máquinas. Para tal, já existem sistemas OCR ensináveis, isto é, capazes de identificar caracteres com uma determinada forma ou padrão definidos pelo utilizador. Nas linhas de embalagem, o OCR é utilizado para verificar a presença de códigos, a legibilidade de impressões, a correspondência entre produto e etiqueta, ou para rastrear o caminho do produto ao longo da cadeia de fornecimento. Regra geral, os embaladores instalam sistemas de codificação e leitura com o propósito imediato de cumprir exigências da legislação. Depois, torna-se evidente que os sistemas de codificação e leitura servem para muito mais do isso. Os fluxos de informação sobre produção tornam-se mais completos e rápidos. A eficiência das linhas, menos sujeitas ao erro humano pode ser aumentada. As leituras de índice 46

verificação pagam-se a si próprias porque as reclamações diminuem. A verificação evita que produtos não conformes (falta de código ou código errado) saiam da fábrica. Tempos houve em que a leitura óptica de caracteres se limitava às aplicações com caracteres geometricamente exactos, com bom contraste, definição, e impressos sobre superfícies planas. Isso limitava a tecnologia OCR a aplicações de "informática de escritório" e pouco mais. Entretanto, a tecnologia de reconhecimento óptico evoluiu e tornou-se capaz de "reconstituir" caracteres a partir de traços menos regulares ou mesmo incompletos. Por outro lado, as tecnologias de marcação de embalagens, tais como o facto de tinta, o laser, a transferência térmica ou a impressão térmica directa, também evoluiram, ganhando definição, resolução e legibilidade. A conjugação das duas evoluções permite confiar num sistema de OCR para, por exemplo, ler e verificar marcações feitas por jacto de tinta sobre uma superfícia curva e estriada de uma tampa de um frasco ou garrafa - mesmo que passe a alta velocidade.

Existem múltiplos casos em que é absolutamente necessário assegurar que o produto leva consigo uma marcação legível por seres humanos. É o caso das embalagens de medicamentos. O código de lote e a data de validade devem estar presentes e perfeitamente legíveis, quer para garantir que o produto é consumido dentro do prazo, quer para efeitos de rastreabilidade. A leitura de caracteres é também uma ferramenta técnica para a prevenção e combate à contrafac-

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ção. A localização e rastreio de produtos é relativamente fácil com a tecnologia dos códigos de barras, cuja principal vantagem é a capacidade para incorporar códigos únicos e incluir grande quantidade de informação. No entanto, os códigos de barras e os códigos 2D (datamatrix) apenas podem ser lidos por máquinas. Nas aplicações com requisitos de rastreabilidade e segurança mais elevados, podem combinar-se os dois processos, com a vantagem de os produtos poderem ser localizados e identificados mesmo em locais onde não existe leitura automática. Na cadeia de fornecimento, o OCR pode ser útil para aplicações em que o rótulo só é aplicado num momento posterior e em que é necessário garantir que o rótulo corresponde ao produto. Em vez de uma etiquetagem ou rotulagem precoce, os produtos são colocados num contentor ou embalagem sem rótulo, mas apenas com uma marcação simples e unicamente destinada a identificar o produto para posterior informação e controlo de correspondência com o rótulo devido. A Microscan, com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento e instalação de sistemas de OCR, tem a vantagem de ser especialista também em sistemas de codificação, visão artificial e scanning óptico de códigos 1D/2D. A Microscan esteve presente na feira IPACK-IMA (Milão, 28 de Fevereiro a 1 de Março), onde expôs uma gama completa de sistemas de leitura de códigos lineares e datamatrix, bem como os sistemas de visão artificial baseados no software AutoVISION™ e nas câmaras inteligentes Vision MINI e Vision HAWK. Os sistemas e produtos Microscan são distribuídos em Portugal pela Identipor. Nº 212 Junho 2012


codificação e etiquetagem Videojet

Marcação laser em garrafas finas A Videojet adaptou a sua tecnologia de marcação laser para evitar a perfuração da superfície das garrafas PET. O feixe laser convencional, com um comprimento de onda de 10,6 µm (micrometros), provoca uma profundidade de marcação que pode causar falha na segurança da garrafa, tendo em conta a redução de espessuras que se registou nos últimos anos. O novo K-tube da Videojet reduz o comprimento de onda do feixe laser para 9,3 µm e reduz a profundidade de gravação. Segundo a Videojet, a redução de espessuras teve um impacto "dramatico" na marcação laser, dado que a profundidade de marcação gerava facilmente "pontos fracos" sobretudo em garrafas com pressão interior. A marcação menos profunda não só não perde legibilidade como proporciona melhor contraste. Para além da redução do comprimento de onda do feixe laser, a Videojet também modificou as fontes (tipos de letra) usados na marcação. As novas fontes evitam intersecções de traços para evitar que o feixe laser atinja a superfície da garrafa duas vezes.

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visão Infaimon

Identificação automática de contentores A Infaimon lançou no mercado uma biblioteca de programação para reconhecimento automático de códigos de identificação de contentores. A biblioteca CIDAR tem em vista as condições práticas das aplicações de logística e transporte. Está disponível para programação nas seguintes linguagens: Visual Basic, Visual c++, Borland Foxpro, Delphi, Power Builder (Borland c++), .Net, vb,c#, c++, gcc, g++, e outras. A partir de uma imagem frontal, traseira, lateral superior ou inferiores do contentor obtêm-se dados como

Egginspector código de identificação lido, localização do código na imagem e altura média dos caracteres da matrícula. Esta tecnologia pode ser utilizada em controlo de acesso em portos, aeroportos e estações, supervisão de processos de carga, controlo de posicionamento e transporte, inventário de contentores e gestão de frotas.

80 imagens por segundo A Infaimon está a lançar no mercado a nova série de câmaras MANTA G032-B, fabricadas pela Allied, baseadas na norma Gigabit Ethernet e destinadas a aplicações que

requerem alta velocidade (até 80 imagens por segundo), tais como controlo de qualidade, visão industrial e controlo de tráfego.

Sistema de visão integrado O sistema GEVA da Dalsa, comercializado pela Infaimon pode ser utilizado com câmaras Gigabit Ethernet (GigE), graças aos proces-

sadores de alta velocidade, à grande capacidade de memória e transmissão de dados.O sistema GEVA distingue-se pelo tamanho compacto (120x200x100mm) e pela estrutura resistente, sendo perfeito para instalação nos ambientes mais agressivos. Pode ser fornecido com os softwares de visão Sherlock, INspect e Halcon.

O sistema de inspecção de ovos Egginspector é capaz de analisar até 120 000 ovos por hora detectando dimensões e defeitos como quebras e sujidade. Tem seis câmaras JAI-CV-A1 instaladas sobre 12 pistas, onde os ovos rodam sobre o seu eixo, captando a imagem da superfície completa de cada ovo.

INspect O software INspect foi desenvolvido pela Dalsa para aplicações de metrologia e inspecção em linhas de engarrafamento. Sem necessidade de conhecimentos especiais de programação, o software pode ser configurado pelo utilizador em cinco passos e funciona com todos os sistemas Vision Appliances (VA2X e VA4X) comercializados pela Infaimon, assim como todos os sistemas baseados em PC industrial com câmaras Firewire . Suporta aplicação multi-câmara (processamento de imagem de várias câmaras em simultâneo) e os protocolos ModBus e Ethernet/IP para controlo local ou remoto.

Câmara linear com interface Camera Link A INFAIMON lançou no mercado a primeira câmara linear a cores da marca JAI, baseada na tecnologia 3CMOS. Esta câmara incorpora 3 sensores CMOS personalizados que se posicionam nos 3 lados de um prisma. Cada sensor funciona com resolução de 2048 pixéis e a uma frequência de 31.446 linhas por segundo, proporcionando mais velocidade de captura em compara48

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ção com as câmaras baseadas em 3CCD. Estas câmaras possuem uma alta gama dinâmica a uma média de 58dB, proporcionando alta qualidade da imagem. O alinhamento sub-pixel dos sensores é indicado para aplicações de visão industrial que requeiram uma alta precisão da informação a cores, tais

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como inspecção de alimentos, impressões e também na indústria cerâmica. Nº 212 Junho 2012


máquinas Yaskawa

Robôs e accionamentos na HISPACK O robô delta MPP3 da Yaskawa foi a principal novidade da área de robótica da Yaskawa na sua participação na feira HISPACK. A gama de robôs do fabricante japonês abrange todas as áreas da embalagem: picking, packing e paletização. Os robôs delta, com a sua típica aparência de "aranha" e a sua cinética paralela de 4 eixos permitem configurar aplicações e máquinas de embalagem com desempenho de pick and place de sacos, saquetas ou caixas, bem como dos próprios produtos. No robô MPP3, lançado na INTERPACK 2011, o quarto eixo permite mover cargas até 3 kg com uma velocidade sem precedentes: 140 ciclos por minuto. Para cargas até 1 kg, a velocidade pode ir até aos 233 ciclos por minuto. Os robôs delta são montados suspensos e têm larga área de trabalho: 500 mm de movimento vertical,

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área circular de 1300 mm, permitindo aplicações robotizadas com melhor aproveitamento do espaço. O design foi optimizado para permitir operações de lavagem de linhas. Por outro lado, o novo robô MPP3 da Yaskawa também integra a sincronização com o transportador e a visão artificial, graças ao novo controlador compacto Motoman FS100. Para ver o robô MPP3 em acção, clicar no ícone junto. Nesta sua participação na HISPACK, a Yaskawa destaca ainda a gama de accionamentos: conversores de frequência, servo-accionamentos e controladores do movimento. Em destaque os novos variadores de frequência A1000, V1000 e J1000, com funcionalidades e desempenho acrescido relativamente aos seus antecessores Varispeed J7, F7, E7 o G7, de larga utilização pelos construtores de máquinas de embalagem. Nos servo-accionamentos, o destaque vai para a gama Sigma 5, com equipamentos rotativos e lineares. Na área do controlo do movimento, as novidades são as famílias MP2000 e MP2000iec. A Yaskawa apresenta também as plataformas de engenharia Drive WorksEZ e MotionWorks, e as ferramentas de programação IEC61131-3 e PLCopen.

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máquinas Bekum

Evolução na tecnologia de extrusão-sopro As novas máquinas de extrusão-sopro EBLOW (totalmente eléctricas) e HYBLOW (hidráulicas), da Bekum (Berlim, Alemanha) tem duas novidades principais: o sistema de fecho dos moldes e a construção modular. A máquina BA 25, exibida na INTERPACK 2011, foi projectada para a produção de con-tentores de água de 5 galões e caracteriza-se pela produção a alta velocidade, sem resíduos e de acordo com as exigências que se colocam a este tipo de embalagem, designadamente a resistência mecânica, a transparência e a possibilidade de empilhamento.

Os contentores de 5 galões, em PC (policarbonato) tornaram-se populares nos EUA e posteriormente na Europa como embalagens de reposição dos dispensadores de água. A máquina BA 25 reduz o tempo de ciclo e pode ser configurada para vários tipos de bocal ou inclusivamente para produzir contentores com pega. Outra vantagem é o facto de os contentores sairem da máquina na posição vertical direita. A nova geração das máquinas BM X07 está disponível em duas versões: com sistema de fecho hidráulico ou a versão eléctrica (EBLOW). A máquina totalmente eléctrica EBLOW 307 DL é utilizada para embalagens multi-camadas para cosméticos, enquanto a EBLOW 407, com duas estações de sopro, é

Transportador modular A FlexLink desenvolveu um novo transportador de tapete de dimensões largas, vocacionado para artigos de grandes dimensões ou para fluxos de produtos de pequenas dimensões. Construído em materiais plásticos, este transportador tem características modulares que facilitam a configuração, engenharia e instalação. A manutenção é também simplificada. O desenho dos componentes teve em conta os objectivos de redução de ruído, a segurança dos operadores e a menor agressão possível dos produtos. Estão disponíveis as larguras de 322, 424 e 626 mm, que permitem aplicações com caixas de cartão, grupagens, sacos, etc.. A velocidade do transportador pode ir até aos 40 m/min.

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usado para dispositivos médicos com geometrias complexas e materiais mais difíceis de processar. A Bekum vendeu mais de 30 máquinas de extrusão-sopro para produção de embalagens de copoliester com pega, destinadas ao mercado das bebidas. Em vários países, este tipo de embalagem tem vindo a ganhar popularidade, e constitui uma oportunidade para o relançamento de produtos e marcas com novas apresentações. Na máquina eléctrica EBLOW X07, destaca-se a precisão de distribuição da força de fecho (entre 80 kN e 240 kN) durante o ciclo de moldação, a par com a elevada precisão de posicio-namento dos moldes (tolerância de 0,01mm). Os ac-cionamentos eléctricos permitem uma operação com menor ruído e maior eficiência energética.

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mercado máquinas e materiais de embalagem

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