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213 Julho 2012
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revista técnica de embalagem 6.57 €
Nº 213 Julho 2012
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Nº 213 Julho 2012
nesta edição anunciam nesta edição
notícias
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mercados e tendências
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(clique para ver) COLETIQUE
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DANIEL J. MORAIS
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EGITRON
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EMBALLAGE
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INPLANT LUSOFORMA
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MADECA
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MARCAEMBAL
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P.S.A.
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PLASTIMAR
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PLASTIRSO
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S.M.S.A.
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SEW EURODRIVE
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SISTRADE
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TIL
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YASKAWA
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logística
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accionamentos
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máquinas
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controlo da qualidade
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etiquetagem
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mercado
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revista técnica de embalagem
Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL
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notícias
Classe Média chinesa determina mercado dos filmes BOPP A indústria produtora de filmes de BOPP manteve forte crescimento em 2011, com a procura a aumentar 5,5% comparativamente a 2010 e a atingir pela primeira vez o limiar dos 6 milhões de toneladas - revela o mais recente relatório da AMI Consulting sobre o mercado dos filmes de BOPP. O crescimento da procura tinha desacelerado em 2010 como resultado da crise financeira mundial. A procura global é cada vez mais determinada pela evolução na Ásia,e especialmente na China, Índia e Indonésia. Mais de 60% da utilização de BOPP ocorre na embalagem alimentar e o aumento da procura nos referidos países por uma variedade crescente de alimentos embalados no comércio retalhista é um dos principais factores que influenciam o mercado deste material. Com uma população vasta, jovem e em crescimento, com a crescente urbanização e a subida do rendimento per capita nos países em desenvolvimento na região asiática, o mercado do filme de BOPP só pode esperar a continuação do crescimento da procura. A análise da AMI mostra que a China representa actualmente 40% da produção global de BOPP e a procura interna representou, só por si, dois pontos percentuais do aumento da procura registado em 2011. A China foi também o país escolhido para 95% da nova capacidade instalada em 2011. Embora a produção seja e continue a ser primariamente destinada a satisfazer a procura interna, torna-se evidente que as exportações de filmes de BOPP, mesmo em volumes relativamente modestos em relação à capacidade produtiva, serão suficientes para afectar seriamente outros mercados. As exportações chinesas, que a AMI estima em 6% da produção em 2011, destinaram-se predominantemente aos países asiáticos vizinhos, mas este material pode aparecer em qualquer outra parte do mundo. A região com maior crescimento em 2011 foi o sub-continente indiano. A indústria local está a desenvolver-se a partir de uma base baixa. Embora a população seja comparável com a da China, o consumo per capita de filmes de BOPP é dez vezes mais baixo que o da China. Espera-se que o aumento da procura seja induzido pela abertura do sector retalhista ao investimento estrangeiro e pela melhoria do nível de vida e da capacidade de compra de alimentos embalados e produtos de consumo em geral. Estão encomendadas pelo menos dez novas linhas de produção de filmes de BOPP para iniciar a produção em 2012 e 2013, totalizando uma capacidade adicional próxima das 300 000 4
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toneladas/ano. A região também está a crescer em exportações. A AMI estima que as exportações de filmes BOPP produzidos nesta região represente cerca de 20% da produção. Outros mercados emergentes na Ásia continuaram a mostrar forte crescimento em 2011 e a atrair investimento em novas linhas de produção. Foi o caso da Indonésia, Taiwan e Vietname. Também se registaram aumentos de capacidade na Nigéria, Arábia Saudita e Peru. Em contraste, é nítida a ausência de investimento em novas linhas nos mercados tradicionais da Europa ocidental, do Japão e dos EUA, nos quais o crescimento é bem mais modesto. Nos EUA, o crescimento foi de 3%, o mais elevado num período de 5 anos, enquanto a Europa ocidental se ficou com um crescimento de 1% em volume e o Japão registou uma descida. A Europa foi afectada pelos efeitos da crise da zona euro e o Japão teve que lidar com os efeitos do terramoto e tsunami de Março. O elevado nível de investimento em novas linhas de BOPP em 2011 nos mercados emergentes continua a desafiar a oferta e procura mundial. O grau de utilização da capacidade baixou para 74% em 2011 e espera-se que continue a crescer em resultado dos aumentos de capacidade anunciados para 2012-2013. A AMI estima que a capacidade de produção global vai aumentar 2,5 milhões de toneladas no período 2011-2016, elevando a capacidade mundial para 11 milhões de toneladas. Segundo a AMI, o mercado dos filmes de BOPP tem potencial para continuar a crescer 6 a 7% ao ano durante os próximos cinco anos, acrescentando 2,3 milhões de toneladas à procura. Tal como já se registou em 2011, o maior crescimento ocorrerá na Índia, com o desenvolvimento do sector retalhista aberto ao investimento estrangeiro; na China, o crescimento será determinado pelas medidas governamentais de incentivo ao consumo doméstico e de melhoria do nível de vida da população das zonas rurais; no Médio Oriente e na África, o crescimento andará a par das taxas de crescimento geral das economias desta região rica em recursos. O relatório 'BOPP films - the global market' é uma análise detalhada do mercado dos filmes de BOPP elaborada pela AMI Consulting. Para mais informação, contactar Carole Kluth.
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notícias
"zero aterro"
Objectivo para os Jogos Olímpicos de Londres Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Londres realizaram-se sob medidas especiais para assegurar a reciclagem, compostagem e valorização energética de todos os resíduos. A meta "zero waste" foi estabelecida pelo LOCOG, o comité organizador dos Jogos.
No total, foram instalados 4000 contentores para recolha selectiva para as embalagens com um dos três destinos: reciclagem, valorização energética e compostagem. Os circuitos de recolha selectiva contam com a assessoria de organizações especializadas, como a NNFFC e o fundo WRAP.
Os Jogos Olímpicos reunem 14 700 atletas, mais de 10 milhões de espectadores, 21 000 jornalistas e 200 000 profissionais de apoio - aproximadamente o equivalente a 46 Campeonatos da Champions League de futebol. A produção de resíduos estima-se em 3300 toneladas de alimentos e embalagens de alimentos. O LOCOG estabeleceu medidas de redução do uso, especialmente de vidro e metal, circuitos de recolha selectiva de embalagens para as embalagens de PET e para embalagens leves e flexíveis, tais como filmes e laminados. As embalagens PET são encaminhadas para reciclagem enquanto as flexíveis são destinadas a valorização energética. As demais embalagens deverão ser biodegráveis/compostáveis, em conformidade com a norma EN 13432.
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Para garantir um controlo eficaz da cadeia de fornecimento, foi seleccionado um só fornecedor - a London Bio Packaging - para todas as embalagens biodegradáveis não incluídas nas empresas patrocinadoras dos jogos. Entre os materiais escolhidos pela London Bio Packaging está o Mater-Bi®, um bioplástico da Novamont, transformado pelas empresas Ecozema e SEDA em embalagens, pratos, copos, cutelaria e palhinhas. A cadeia McDonald's que já utilizava biodegradáveis, adoptou os artigos baseados no Mater-Bi® para obter a certificação EN13432.
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mercados e tendências
A embalagem
na senda da eficiência As embalagens alimentares são actualmente avaliadas em função de três critérios: ambiente, marketing e funcionalidade. Apesar da evolução contínua da embalagem e da tecnologia de embalagem, ainda há um fluxo de novos desenvolvimentos e inovações. As tendências principais da actualidade incluem a embalagem inteligente para proteger o produto, a tecnologia capaz de conservar os recursos e o uso de materiais renováveis. Mais de um terço dos alimentos produzidos a nível mundial perde-se antes de chegar ao consumidor. Perante estas estatísticas, é fácil reconhecer o papel que a embalagem pode desempenhar para conservar os recursos do planeta. Uma das finalidades da embalagem alimentar é proteger o conteúdo contra a perda e deterioração, mesmo em condições de transporte e armazenamento menos favoráveis. Na falta de embalagem, grandes quantidades de alimentos perder-se-iam bem mais depressa, limitando a sua transportabilidade e tempo de vida útil. No entanto, a produção de embalagens também consome energia e matérias-primas. Esta é uma área onde as melhorias de eficiência podem ser atingidas. Aumentando a eficiência energética e optimizando a utilização de materiais de embalagem, é possível baixar os custos de produção de alimentos e com isso reduzir o impacte ambiental. Entre as novas abordagens para este problema está o recurso à embalagem asséptica, um método que evita a necessidade de temperaturas elevadas após o embalamento. Este método permite não só uma redução significativa da quantidade de material de embalagem, e com ela a produção de resíduos, mas também uma economia de energia que pode chegar até 70%, comparativamente a métodos convencionais de embalagem. Além disso, e como resultado desta forma mais "gentil" de processamento, os alimentos conservam mais os seus nutrientes. Os produtos embalados deste modo não necessitam de uma cadeia de frio ininterrupta, da produção ao retalho. Também aqui se consegue economizar energia.
Eficiência energética As vendas de motores eléctricos à indústria Europeia da embalagem totalizaram 184,4 milhões de euros em 2010, e deverá atingir 272,6 milhões de euros em 2017 (dados Frost & Sullivan). Há uma tendência para melhorar a eficiência energética dos sistemas de accionamentos instalados nas máquinas. Quando combinados com a tecnologia pneumática que é actualmente standard nos sistemas de embalagem, os actuadores eléctricos proporcionam uma série de vantagens. Têm uma eficiência superior e não precisam da energia cara do ar comprimido. Para além da sua utilização primária - para 6
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manobrar embalagens entre uma posição e outra no interior de uma máquina de embalagem -, os actuadores eléctricos são cada vez mais encarados como solução atractiva para executar movimentos simples. Para máquinas de embalagem que operam com tempos de ciclo muito curtos e que têm que lidar com embalagens com maior peso e formato, os motores eléctricos necessários são bem mais pequenos que os cilindros pneumáticos. Logo, a utilização de motores eléctricos contribui para reduzir custos. Também os servomotores, com as suas características operacionais, a ausência de necessidades de manutenção e a elevada eficiência energética das últimas gerações, têm muito para dar neste domínio.
Economizar energia e materiais Existem várias abordagens para economizar energia e materiais na indústria de embalagem. Conjugadas, essas abordagens trazem reduções significativas do impacte ambiental. Nos anos 80, predominava a ideia de que a embalagem era indesejável, que deveria ser evitada sempre que possível. Hoje, é reconhecido o seu papel vital, mas também se reconhece a necessidade de uma embalagem o mais económica e eficiente possível. Como exemplo, pode referir-se a selagem ultrassónica, que reduz a energia necessária para fechar a embalagem, dado que elimina o pré-aquecimento. Esta tecnologia também permite usar filmes mais finos e linhas de selagem também mais finas que nos processos de termo-selagem, ou seja, uma dupla redução do uso de materiais. As melhorias de eficiência também ocorrem no processo de estiragem-sopro para produção de garrafas PET, um processo que consome significativamente energia na fase de aquecimento das pré-formas. Com um desenvolvimento de processo, é possível fazer melhorias mesmo em processos bem conhecidos. Baseado na tecnologia das micro-ondas, o método não só aumenta a eficiência energética e a sustentabilidade como também torna o processo mais rápido, mais flexível e versátil, permitindo aos fabricantes monitorizar a parametrizar individualmente o processo de aquecimento de cada embalagem PET. Isto permite compensar não só os eventuais efeitos negativos das condições ambientais mas também as alterações do teor de material reciclado. Além disso, o método também permite produzir garrafas multicolores, alargando as opções de design. Comercializada sob o nome FlexWave, a tecnologia das micro-ondas requer cerca de 50% da energia consumida por um sistema de infra-vermelhos convencional e apenas 20% do tempo para aquecer as pré-formas.
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mercados e tendências Embalagem natural para produtos naturais Apesar do elevado potencial e das oportunidades de melhoria no campo da embalagem, ainda há problemas por resolver. É o caso das embalagens produzidas com materiais renováveis, por exemplo. O PLA e o PET produzido a partir de vegetais são tópicos actuais, dada a sua menor contribuição para as emissões de CO2 comparativamente aos plásticos baseados no petróleo. No entanto, ainda se contesta que as plantas que originam os referidos materiais são plantadas em terrenos que deveriam estar a produzir alimentos. Várias soluções têm sido equacionadas para este problema. Por exemplo, a utilização de resíduos ou subprodutos como matéria-prima. Numa direcção diferente, tenta-se dar resposta aos apelos à reciclagem em circuito fechado em que, por exemplo, uma embalagem de iogurte fabricada em bioplástico é reciclada para produzir embalagens alimentares de qualidade equivalente, em vez de ser incinerada para gerar energia ou reciclada para obter um reciclado de menor valor. No presente, a produção de PET "verde" ainda depende dos derivados da indústria do açúcar ou da cana de açúcar - como sucede com a PlantBottle da Coca-Cola. A pesquisa prossegue para determinar se subprodutos da agricultura e exploração florestal, como as estilhas de madeira ou as canas de milho e trigo podem ser usadas. A presença de materiais vegetais nas garrafas PET não altera a sua composição química. Consequentemente, não haverá necessidade de um circuito de reciclagem separado. Paralelamente, os investigadores estão a apresentar materiais totalmente novos, baseados em subprodutos abundantes. O Instituto Fraunhofer para a Engenharia de Processamento e Embalagem (IVV), desenvolveu um biomaterial baseado na proteína de soro capaz de resultar num processo produtivo com custo comportável para produção industrial de um filme plástico multi-funcional para embalagem alimentar. Para reduzir ao mínimo a quantidade de oxigénio que atinge o produto, a embalagem inclui frequentemente uma camada barreira de um plástico de preço elevado e baseado no petróleo, como é o caso do álcool etilenovinílico (EVOH). O desenvolvimento do IVV explora duas propriedades importantes: as substâncias presentes no soro contribuem para prolongar o tempo de vida útil do produto e a camada barreira de proteína de soro é biologicamente degradável. Os investigadores conseguiram produzir filmes transparentes e multi-camada com propriedades barreira, adequados para embalagem alimentar. As fábricas actuais poderão produzir estes filmes, com algumas alterações pouco significativas. Agora, os investigadores esforçam-se por substituir a camada de EVOH nos compósitos para termoformagem. Seja qual for a forma da embalagem do futuro, uma coisa é certa: enquanto as pessoas quiserem transportar e armazenar alimentos, haverá sempre necessidade da embalagem. Nº 213 Julho 2012
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mercados e tendências
As indústrias da embalagem
em Espanha 39,1 % das empresas espanholas do sector da embalagem esperam aumentar a facturação em 2012. A previsão revela um optimismo acima da média, considerando o contexto das economias do sul da Europa. Em Espanha, o sector da embalagem é composto por 1482 empresas, que empregam cerca de 73 000 pessoas. A facturação global atingiu em 2010 o valor de 17 463 milhões de euros, menos 12 % comparativamente à facturação de 2007. O número de empresas baixou 10,6 % no mesmo período. Apenas as indústrias do vidro e das máquinas de embalagem mantiveram o número de empresas e no sector dos plásticos, apenas fecharam duas empresas num total inferior a três centenas. A maior descida verificou-se no sector do papel e cartão (menos 26,6%). A redução do número de empresas combina duas tendências: por um lado, a consolidação (fusões e aquisições), por outro as falências. O emprego desceu 8,1 %. No que toca à facturação, apenas as indústrias de embalagens metálicas e de vidro escaparam à tendência de descida, tendo mesmo registado subidas de 9,3 % e 4,4 %, respectivamente. A maior descida (-29,6 %) foi registada pelo sector das embalagens de madeira, com uma facturação de 869 M• em 2010. No caso das embalagens metálicas, o aumento do valor de facturação deve-se sobretudo ao aumento dos preços, dado que a produção, em milhões de unidades baixou 9,6 %, ficando nas 15 527 milhões de unidades em 2010. Os principais segmentos do sector das embalagens metálicas são: - os aerossóis, que registaram uma queda em 2008 e têm vindo a recuperar, chegando a 2010 com uma produção de 292 milhões de unidades; 8
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- as latas para bebidas, com um total de 6 621 milhões de unidades (das quais 2 833 milhões de latas para cerveja) produzidas em 2011 (mais 10% que em 2010). O sector do papel e cartão baixou 17,8 % em facturação, 5 % em emprego e 7,7 % em produção. Os números evidenciam a degradação dos preços e margens das empresas do sector. Em termos absolutos, o sector contava em 2010 com 94 empresas, com uma facturação global de 4 160 M•, 17 500 empregados e uma produção total de 6 193 mil toneladas. 2009 foi o pior ano do sector, com a produção a evoluir abaixo do PIB. Depois a indústria iniciou a recuperação, mas ainda está longe do nível de 2007. O sector exporta cerca de metade da sua produção, predominantemente para outros países europeus. Em 2011, a produção de papel e cartão em Espanha manteve praticamente o nível de 2010. Foi, aliás, um ano de descida quase generalizada da produção. No total, a Europa produziu 94,9 milhões de toneladas e foram poucos os países que aumentaram comparativamente a 2010: a Polónia (7 %), Portugal (4,3 %), o Reino Unido (1 %), a Itália (0,5 %) e a Espanha (0, %). Se se considerar apenas o subsector do cartão compacto, a tendência de descida é ainda mais agravada. Entre 2007 e 2010, a facturação caiu 10,9 %, o número de empresas passou de 127 para 105 (- 17,3 %), o emprego caiu 19,1 % e a produção baixou para 316 mil toneladas (-15,1 %).
canelado, com um consumo com reduzida variação. Em 2011, o consumo de cartão canelado foi de 2,566 milhões de toneladas. O sector das embalgens de plástico registou uma descida da facturação de 14,2 % entre 2006 e 2009. No mesmo período o número de empregos baixou 10,9 %. A produção aumentou 7,4 % em unidades mas reduziu 3,1 % em toneladas. Apenas os segmentos ds garrafas, frascos e tampas conseguiram recuperar os níveis anteriores a 2009. A indústria espanhola de vidro de embalagem conseguiu compensar a redução do mercado doméstico com o aumento das exportações, conseguindo uma facturação global de 829 milhões de euros ( + 4,4 %), um volume de produção de 2 148 947 toneladas, um volume total de vendas de 3 477 233 toneladas, das quais 537 156 destinadas a exportação. A indústria vidreira recuperou o nível anterior a 2008. Em 2011, a produção aumentou para 2 202 687 toneladas. O sector da construção de máquinas de embalagem baixou a sua facturação em cerca de 10 %, ficando em 2010 em cerca de 900 M•. Estes dados baseiam-se em informação coligida por várias associações sectoriais e agregada num relatório disponibilizado pela Feira de Barcelona, organizadora da Hispack. Para obter este relatório, clicar AQUI.
No segmento do cartão canelado, a evolução foi igualmente negativa, mas mais moderada. Fecharam 4 empresas (-4,9 %), a facturação caiu 9,7 %, o emprego desceu 4,3 % e a produção caiu 8,9 % para 2 553 690 toneladas. A Espanha é um mercado maduro para o cartão
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mercados e tendências
Mercado Alimentar pode sofrer
mudanças estruturais O lugar comum de um país que importa para comer já foi posto em causa. Sem dinheiro, o país está a importar menos e a exportar mais. E pouco a pouco, os portugueses começam a perceber que o seu défice comercial (e todos os outros défices) não é uma maldição inevitável. Afinal, o país pode produzir (produtos a sério, que os economistas chamam agora "bens transaccionáveis"). A única maldição é a incompetência de alguns e a complacência de muitos. Numa economia em recessão, o mercado alimentar continua a dar sinais lógicos (a economia real é sempre lógica, e quando os economistas a não entendem…é porque não a entendem):
Primeiro sinal: a elasticidade da procura Quando é necessário poupar, começa-se por coisas mais supérfluas. Os bens alimentares têm procura menos elástica que outros bens. É claro que há produtos com procura menos elástica, aqueles que os consumidores consideram essenciais, e que continuarão a comprar mesmo que o preço aumente. Também há alimentos supérfluos. Também há consumidores que preferem um carregamento de telemóvel a um almoço, ou quem "salte" uma refeição para comprar um livro. Mas a tendência geral é diferente: quando a crise começa a apertar, a diminuição das compras nota-se menos no sector dos alimentos.
Segundo sinal: as alternativas Quando a falta de dinheiro (ou o receio dela) bate à porta, os consumidores procuram produtos alternativos, que proporcionem um nível de Nº 213 Julho 2012
satisfação equivalente (ou quase), mas a preço menor. A técnica típica é passar dos "produtos de marca" para os "produtos brancos" (agora chamados "de marca própria"). Os produtos de "marca própria" são produtos de marca como os outros. A diferença está no detentor da marca que, em vez de ser um produtor-embalador, é uma empresa de comércio (uma cadeia de hipermercados, por exemplo). Durante algum tempo, os indicadores do consumo, expressos em unidades ou quantidades, não acusam qualquer recessão. Mas a facturação global sim. Os produtos de "marca própria" são mais baratos e aproveitam para ganhar quota de mercado.
Terceiro sinal: mudanças de hábitos A crise veio para ficar. As medidas anti-crise (designadas "austeridade") são agora a própria crise. Então os consumidores começam a alterar os seus padrões de consumo. A tipologia de refeições fora de casa altera-se. Almoçar, o menos possível. Mini-pratos. Sopas e snacks. Ao balcão. Farnel e micro-ondas. O emprego pode não ter cantina, mas tem um cantinho onde se pode aquecer a "refeição" que se trouxe de casa. A crise obriga a "redescobrir" a cozinha caseira, mesmo que seja para comer fora de casa. E isso leva ao...
...Quarto sinal: mudanças de sortido Por razões práticas (facilidade de preparação, facilidade de conservação) e por razões económicas (preço mais acessível) redescobrem-se as conservas e os congelados. Parecem produtos em "contra-ciclo" porque, de repente, a procura aumenta para níveis muito superiores aos de "antes da crise". A crise
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é pedagógica, porque ajuda a desvanecer preconceitos disparatados sobre as "conservas".
Os "sinais" que ainda não soaram O sector da restauração é dos mais afectados pela recessão económica. Muito mais do que a indústria alimentar. Talvez por isso a reacção seja mais perceptível na restauração do que na indústria. Os restaurantes e cafés passaram a ter menus de crise, isto é, propostas mais baratas, na desesperada tentativa de segurar a clientela. Já a indústria, parece continuar com a sua rotina de inovação, à espera que a crise passe. São poucos os produtos lançados pela indústria que sintonizam os sinais acima referidos. As preocupações estão voltadas para a nova edição das 'Store Wars': as guerras de preços e descontos. E no entanto, há sinais que ainda não soaram, mas que podem acontecer, tarde ou cedo. Por exemplo:
Quinto sinal: o boicote Fartos de "austeridade" e de "dívida externa", os consumidores começam a cultivar uma saudável aversão aos produtos importados e a preferir os produtos nacionais "à séria". Os olhos de cada consumidor passam a ser um scanner patriótico para ler todas as embalagens. Os fabricaníndice
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mercados e tendências tes de produtos made in Portugal irão imprimir essa menção com orgulho, pondo de lado a vergonha (que em si mesma é uma vergonha) e as menções caricatas como 'fabricado na UE´. E até pode acontecer que a vocação agro e agro-industrial volte a ser moda...
Sexto sinal: a economia informal Com a carga fiscal muito acima do razoável, os contribuintes são obrigados a medidas de auto-defesa. A partir de determinado nível de tributação, a receita fiscal deixa de aumentar e pode mesmo descer não só pelo efeito de arrefecimento da economia, mas sobretudo pelo efeito de incentivo à economia informal. Se o Estado não se curar da toxicodependência fiscal, é natural que o mercado dos produtos de "grande consumo" comece a ter cada vez mais trocas directas, contas correntes de favores, solidaridade
organizada. O modo de vida que antes se baseava no "emprego" e na "carreira" pode encontrar-se na "partilha" e no marketing viral. Os rissóis da Mariana - arquitecta no desemprego - vão ser um êxito tax free.
Embalagem precisa-se! Nunca o mercado alimentar precisou tanto de soluções de embalagem como agora. Refeições fora de casa, soluções mais práticas de preparar, transportar e aquecer, caixas, caixinhas, talheres, malinhas - para tudo isto a crise traz uma necessidade acrescida. Infelizmente, entre a necessidade e a procura ainda há uma diferença.
Leite e lacticínios: crescimento global Um em cada cinco visitantes da feira drinktec (Munique, Alemanha) pertence ao sector do leite e tudo indica que este sector vai reforçar a sua representatividade na principal feira mundial de tecnologia para processamento de líquidos alimentares. O consumo mundial de leite e lacticícios está a crescer. Dos actuais 126 mil milhões de litros deverá passar para os 137 mil milhões de litros até 2015 (previsão Euromonitor). O consumo mundial deverá crescer 30% até 2020 (previsão Tetra Pak). Na China, o consumo deverá continuar a crescer 10 a 15% ao ano, impulsionado pelo subsídios estatais. Na região Ásia-Pacífico, o consumo deverá passar dos actuais 31 mil milhões para 37 mil milhões de litros (previsão Euromonitor). É inevitável que os fornecedores de equipamentos para este sector olhem para as economias emergentes como "mercados de salvação". O sector do leite e lacticínios aposta na diversificação e inovação, isto é, em novos produtos baseados no leite que possam conquistar parte do mercado a outras bebidas e mesmo a outros produtos alimentares. 10
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A fronteira entre as "bebidas de leite" e as "outras bebidas" está menos nítida, dizem alguns analistas do mercado. O tema é controverso, porque também há quem entenda que a natureza "láctea" é uma vantagem a explorar e não a mitigar. Na Europa e na América, ainda predomina o segmento dos lacticínios sólidos, o que significa que o potencial de crescimento do consumo de iogurtes líquidos e bebidas de leite ainda longe de esgotado, à espera de ideias de marketing. A tecnologia de processamento tem um papel decisivo, sobretudo no que respeita à extensão do tempo de vida útil e à preservação dos nutrientes e sabores. Tal como sucedeu no passado com os processos de UHT (tratamento por temperatura ultra-elevada), os vários processos de ESL (tempo de vida útil alargado) continuam na ordem do dia. Na feira drinktec 2009, foram introduzidos procesos como a injecção de vapor, o aquecimento indirecto por permutadores tubulares, a pasteurização modificada, a microfiltração, a filtração 'deep-bed' e a descontaminação dupla por separadores. Na drinktec 2013, esperam-se melhori-
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as e evoluções destes processos, bem como novas soluções para ajustar industrialmente o teor de gordura e outros componentes e ingredientes. Espera-se também a evolução dos processos do homogeneização e da secagem, sobretudo no que respeita à sua eficiência. Como todos os os sectores, também a indústria de lacticínios está receptiva a soluções que economizem energia e que reduzam os riscos de contaminação. Daí o interesse pelas áreas dos accionamentos e do 'hygienic design'. Os dois aspectos estão cada vez mais ligados. os equipamentos projectados para uma limpeza e descontaminação mais fácil reduzem os tempos de ciclo dos sistemas CIP (limpeza automática, cleaning in place) e aumentam a disponibilidade das linhas de produção. A feira drinktec 2013, que terá lugar nos dias 16 a 20 de Setembro de 2013, em Munique, irá reunir dezenas de milhares de profissionais do sector dos alimentos líquidos. A sexta-feira, dia 20, será o "dia do leite", com vários eventos paralelos como conferências e visitas guiadas. Nº 213 Julho 2012
logística
Pode a Ikea mudar o mercado das paletes? O movimento de mercadorias da Ikea na União Europeia ronda os 28 milhões de m2 por ano e envolve cerca de 10 milhões de paletes. Em meados de 2011, quando a empresa anunciou a substituição da palete de madeira pela palete de cartão, não faltou quem anunciasse o princípio do fim do domínio da madeira. A agência de notícias Blomberg alinhou nesse tom. "Esta mudança tem por objectivos reduzir custos e criar um negócio mais sustentável e com menor impacto no ambiente" - foi a explicação oficial da Ikea. A palete de cartão é mais pequena (5 cm de altura), mais leve (2,5 kg), características suficientes para representar uma economia anual de140 milhões de euros em custos de transporte. De uso único, as paletes de cartão não têm viagem de retorno. São destinadas à reciclagem. Os 1200 fornecedores da Ikea (330 na China) foram convidados a procurar fornecedores locais de paletes de cartão mas, para acelerar o processo de transição, a Ikea forneceu paletes "prontas a montar" a vários fornecedores. A mudança para a palete de cartão obrigou ainda a instalar perfis metálicos nas racks dos armazéns.
A mudança de material não implica necessariamente mudança de fornecedores. Para as empresas que gerem sistemas de pool, as paletes de cartão dificilmente fazem parte do negócio, não por serem de cartão, mas por não serem reutilizáveis. Para os fabricantes, a perspectiva é diferente. Há muito tempo que os fabricantes de paletes perceberam Nº 213 Julho 2012
que o seu negócio está nas paletes (reutilizáveis ou não) e não necessariamente no material de que são feitas. Um dos principais fornecedores de paletes de cartão para a logística da Ikea é a IPP Logipal, um dos maiores fabricantes de paletes…de madeira. A IPP Logipal criou uma subsidiária - Easypal - para desenvolver o negócio da palete de cartão (clicar no ícone para ver um pequeno filme sobre a produção destas paletes). A partir da fábrica de Goch (Alemanha), a Easypal fornece todo o mercado europeu.
O conceito OptiLedge é um desenvolvimento da própria Ikea (Inter IKEA Systems B.V.), mas está disponível para qualquer utilizador, através de um sistema de franchising que já conta com vários franchisados espalhados por vários continentes. A nova "palete" pesa menos de 1 kg e permite uma redução de custos sem precedentes. Os rebordos de carga são feitos com material reciclável, são mais resistentes e duráveis que o cartão e são 100% recicláveis.
OptiLedge: a vez do plástico reciclado Afinal, a Ikea nada tinha contra a madeira. Num negócio de mobiliário, seria ridículo. "We love wood", diz a propaganda da Ikea. A decisão sobre as paletes tem uma base muito mais racional: a redução de custos. A opção pela palete de cartão não foi a última palavra. Ainda as lojas andavam a lidar com a mudança e já a Ikea trabalhava noutra direcção: substituir as paletes por "rebordos de carga" (loading ledges) fabricados em plástico (mais precisamente PP, polipropileno) reciclado!
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A solução dos rebordos de carga tem implicações ao nível da cadeia logística. Desde logo, alterações significativas nos fins-de-linha dos fornecedores. Em vez da paletização convencional, é necessário posicionar os rebordos e cintar a palete. Existe um manual de implementação, em língua inglesa, que pode ser obtido clicando no ícone ao lado.
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logística Existem soluções automáticas para a aplicação dos rebordos de carga OptiLedge. A Swedwood, um dos fornecedores da Ikea, tem instalações automáticas já com este sistema. O sistema robotizado da fábrica de Hultsfred (Suécia) foi instalado pela Anthon (Alemanha) e pode ser visto num pequeno filme.
Na fábrica da Swedwood em Paços de Ferreira (Portugal), os rebordos de carga são colocados por um equipamento automático instalado pela Ligmatech (Alemanha). Clicar no ícone ou na foto em baixo para ver o filme.
O fim das paletes de madeira? Dez milhões de paletes são dez milhões de paletes. Uma quantidade suficientemente importante para afectar muitos fabricantes e empresas gestoras de sistemas de "pool". Mas daí a acabar com o domínio da madeira, como um jornalista da Blomberg chegou a escrever em meados de 2011, vai uma grande, grande distância. Anualmente produzem-se cerca de 500 milhões de paletes e o número total de paletes em circulação deve estar acima do 5 mil milhões. O movimento da Ikea é uma gota no mercado global. 12
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Paletes de Madeira reutilizáveis: a vantagem carbono A utilização e reutilização de paletes de madeira permite apurar um valor negativo nas emissões de CO2. É a principal conclusão do estudo de análise de ciclo de vida levada a cabo em 2011 pelo instituto FCBA (França). O principal factor desfavorável (mais emissões) é o transporte, mas é compensado por dois factores favoráveis: a capacidade da madeira para sequestrar CO2 e o potencial de valorização energética. Os cálculos foram efectuados para uma europalete de 1200 x 800, com peso de 20,87 kg, capacidade de
caga de 1,5 toneladas, 8 anos de utilização, com 3,5 rotações por ano. Este ciclo de vida acarreta um equivalente a 21,6 kg de CO2 emitidos para atmosfera. Mas se for considerada a valorização energética no final do ciclo de vida, esse equivalente torna-se negativo: -12,5 kg. Por outro lado, a capacidade da madeira para sequestrar CO2 equivale a uma redução adicional de 2,55 kg durante os mesmos 8 anos. O efeito carbono da palete de madeira pode assim ultrapassar os -15 kg.
Volantes em caixa A TRW, da República Checa fabrica e exporta volantes para a indústria automóvel. Exporta para destinos longínquos como a China e a Argentina. A embalagem de transporte utilizava até há pouco tempo bolsas de ar, mas os volantes empilhados horizontalmente rompiam por vezes essa protecção, causando reclamações devidas a riscos nas peças. Para resolver este problema, foi adoptado um sistema de travamento em 'racks' de espuma plástica Polylam que mantêm os volantes na posição vertical e totalmente separados uns dos outros no interior da
caixa de cartão canelado. A nova solução está a ser fornecida pela Pregis, empresa com sede nos EUA que detém 47 locais de produção em 18 países.
Protecção de coronhas A divisão checa da Pregis Protective Packaging Europe projectou uma solução para o transporte de coronhas de espingardas (fabricadas pela Ceská Zbrojovka a.s.). O tabuleiro com separadores, é uma combinação de folha de PP rígido e espuma de PE impede o contacto entre as várias peças e o consequente risco de danificação.
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A mudança de embalagem não implicou diminuição do número de peças por caixa. Nº 213 Julho 2012
logística
Contentor dinâmico Retail-Ready A distribuição de produtos hortofrutícolas debate-se com a necessidade de melhorar a apresentação nos pontos de venda e, ao mesmo tempo, com a necessidade de reduzir custos na cadeia de distribuição. O conceito "Retail-Ready" é uma das principais formas de satisfazer as duas necessidades, na medida em que a embalagem de transporte também possa ser utilizada como "display" no ponto de venda. A Polymer Logistics (Riverside, Califórnia, EUA) é especialista nesta área e o Dynamic Half Bin Shipper Container, o seu mais recente lançamento, pode revolucionar a logística dos mais variados produtos. A empresa tem presença global…ou quase (não chegou a Portugal, mas está no Mercamadrid). O contentor dinâmico é uma caixa-palete de plástico, reutilizável. A base é a de uma "meia-palete" (100 x 60 cm), o que significa que é compatível com a logística normalizada e com as regras de conveniên-
cia do retalho, onde a dimensão menor opera como "profundidade". Os 60 cm permitem um acesso fácil pelos consumidores. A reposição também é facilitada por este formato de meia-palete. Como já é norma nas caixas e grades reutilizáveis, este modelo é formado por peças articuladas que dobram e abrem-fecham consoante é necessário. São empilháveis em vazio e dobrado e são empilháveis em cheio. Em vazio, pesam 30 kg, mas suportam 230 kg, num volume interno correspondente a 315 litros. No empilhamento, cada contentor suporta uma carga estática (armazenamento) de 4 unidades (920 kg) e uma carga dinâmica (transporte) de 3 unidades (690 kg). Os consumidores receiam os produtos que estão "no fundo da caixa" e é por isso que as caixas ou grades de hortofrutícolas têm normalmente uma altura (profundidade) limitada. O "contentor dinâmico", ao invés, tem uma altura de 77,7 cm, mas resolve o problema do "fundo da caixa" com uma solução engenhosa: uma plataforma móvel, impelida por uma mola! À medida que o produto é carregado, a plataforma desce. No retalho, quando uma camada é completamente retirada, a plataforma sobe. Este disposito tem vantagens decisivas: protecção do produto (contra carga excessiva), facilidade e rapidez de "reposição" e acesso fácil pelo
consumidor. Não há "fundo da caixa"! Os produtos estão ao alcance da mão, sem que o consumidor tenha que se inclinar. E não estão "esmagados". O projecto deste contentor dinâmico foi aperfeiçoado para todos os aspectos funcionais, designadamente a abertura e dobragem das várias abas. Aberto e armado, o contentor tem 77,7 cm de altura; Vazio e fechado, a altura passa para 31,2 cm. O material de base é o PP (polipropileno, um dos plásticos de uso mais comum) e suporta temperaturas de trabalho entre -20 °C e 50 °C, o que permite abranger todas as situações climáticas ambientais ou industriais. Os contentores podem também ter a côr que o cliente desejar e o design inclui suporte para colocação de cartazes de informação sobre o produto. O contentor dinâmico pode transportar e expor quer produtos embalados, quer produtos a granel.
Driessen
A palete Herculight A Driessen (grupo Zodiac Aerospace), desenvolveu uma nova palete compósita para transporte aéreo. A palete Herculight é 35% mais leve que as paletes de alumínio actualmente usadas pelas companhias aéreas. Foi desenvolvida em cooperação com a Nº 213 Julho 2012
Air France - KLM Cargo e está em plena utilização. As paletes PMC actuais pesam 104 kg. Ao reduzir o peso da palete para 65-69 kg, é possível economizar até 3000 USD em combustível durante um ano. A nova palete é reutilizável e 100% reciclável.
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logística Zetes
Tecnologia de imagem para controlo de expedição A Zetes instalou uma solução de controlo de expedição baseada em imagem - Visidot - no centro logístico de Sant Boi de Llobregat (Barcelona, Espanha) da Schneider Electric, responsável pelo fornecimento de material eléctrico para mais de 100 países. O sistema Visidot combina a leitura óptica de códigos de barras com o processamento de imagens reais, que tornam a verificação mais rigorosa e mais rápida. O centro logístico de Llobregar tem 58 000 m². Terminado o tratamento das encomendas pelos operadores, a palete é composta segundo a lista de expedições programadas e a configuração correcta das caixas é controlada por código, através de leitores de códigos de barras de RF manuais.
Este processo foi agora totalmente automatizado graças à tecnologia de imagem, que permite a captura instantânea de centenas de códigos de barras. Depois de a compor após a recolha, a palete é transportada por um tapete rolante para uma plataforma giratória, onde é detectada pela solução Visidot. Posteriormente, o sistema capta todos os códigos de barras aplicados nas caixas que compõem a palete. São detectadas simultaneamente numa única passagem centenas de etiquetas. Todos os dados descodificados são agrupados para eliminar duplicados e para fins de validação. Os resultados são então transferidos para o sistema ERP da Schneider, dado que o sistema Visidot da Zetes pode ser integrado directamente no SAP.
Depois de efectuadas todas as verificações na palete, esta é embalada e expedida. Em caso de incidente, os operadores recebem alertas em tempo real sobre o problema e orientações visuais para a sua solução. Os incidentes podem consistir em paletes incompletas, numa caixa sem código ou na detecção de caixas que não correspondem à palete que se pretende expedir. Os dados de cada palete são armazenados para elaboração de relatórios e estatísticas. As imagens são guardadas como prova visual da expedição de uma encomenda e do seu estado.
Digiwest
Monitorização de veículos A Digiwest (Marinha Grande) desenvolveu um sistema de monitorização de veículos automóveis composto por um dispositivo móvel (a instalar no veículo) e um software de gestão para instalar no servidor ou PC. O sistema monitoriza a localização geográfica, o estado e a dinâmica (velocidade) do veículo. A informação é guardada em memória não volátil e transmitida via GPRS para o posto de monitorização, onde é processada para visualização pelos utilizadores autorizados. Para além do sistema de monitorização geográfica, o sistema possui uma interface 14
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OBD II, via Bluetooth, que implementa as normas SAE J1850, ISO 14230, ISO 9141 e ISO 15765 (CAN), para obter os parâmetros da ECU do veículo. Adicionalmente, utilizando um sensor inercial tri-axial possibilita a obtenção do perfil de condução e uma informação detalhada em caso de acidente. O desenvolvimento do sistema contou com a colaboração de investigadores da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, no quadro do 'Projecto SiMoVe' apoiado pelo QREN.
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O sistema de monitorização é uma ferramenta de gestão de frotas e optimização de itinerários. As funcionalidades incorporadas pela Digiwest alargam a utilidade aos sectores da manutenção (monitorização do estado do veículo) e da prevenção (perfil de condução). Nº 213 Julho 2012
logística Vitronic
Visão para intralogística Em sistemas de intralogística (movimentação interna), a aquisição de dados é normalmente feita por sistemas laser e sistemas de câmaras. Segundo a Vitronic (Wiesbaden, Alamanha), o futuro pertence à tecnologia de câmaras, dado que permite acelerar processos, aumentar o grau de automação e baixar os custos por unidade de produto. Os sistemas de câmaras criam uma imagem do produto e têm capacidade de leitura multi-código.
Para além da leitura automática de códigos de barras, códigos 2D e reconhecimento de caracteres, estes sistemas permitem também medir o volume do produto e integrar a informação sobre o peso e a localização do produto. A informação pode ser gravada e acedida mais tarde, por exemplo, para identificar a origem de erros ou danos.
TotaProof
S+P Samson
Prova móvel de recolha e entrega
Etiquetas para intralogística
A Movianto, prestadora de serviços de logística para os sectores farmacêutico, da biotecnologia e dos cuidados de saúde, implementou a solução TotalProof da Zetes para garantir a rastreabilidade no transporte de produtos sensíveis à temperatura. A rede de transporte refrigerado activa da Movianto cobre toda Península Ibérica. É a única rede de transporte refrigerado certificada activa, dedicada ao sector farmacêutico e oferece serviços de entrega em 24 horas a empresas grossistas e hospitais em Espanha e Portugal. A solução de mobilidade TotalProof baseia-se em provas de recolha e entrega e permite à Movianto gerir cargas, entregas, rotas e a frota de viaturas. Os transportadores utilizam aparelhos móveis para comunicar com o sistema de gestão de transporte da Movianto, assegurando a introdução exacta dos dados e a manutenção da visibilidade das operações em tempo real. Nº 213 Julho 2012
As etiquetas GRAPHIPLAST® são compatíveis com impressoras laser e podem assegurar as funções de identificação e rastreabilidade nos fluxos logísticos internos, quer através de códigos de barras quer através da rádio-frequência (RFID). Fabricadas pela empresa S+P Samson (Kissing, Alemanha), estas etiquetas resistem ao rasgamento e podem ser usadas soltas ou em versão auto-adesiva.
LeanLogistics
Nova versão de software para gestão de transporte A LeanLogistics (Holland, Michigan, EUA) lançou a versão 12.1.0. do OnDemand TMS®, software de gestão de transportes. A nova versão acrescenta funcionalidades como a gestão logística global, a optimização de cargas e até o cálculo de emissões para atmosfera. Disponibilizado pela LeanLogistics segundo o conceito SaaS (software como serviço), o On-Demand TMS® tem vindo a ser adoptado por um número crescente de empresas, devido às capacidades de planeamento multi-
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-modal, integração dos horários do movimento marítimo, gestão de reservas e gravação on line de documentação de transporte. A LeanLogistics continua a desenvolver algoritmos de optimização para melhorar este software lançado no ano 2000 e actualmente com mais de 70 000 utilizadores. A Chep, empresa gestora de pool de paletes, está a implementar a utilização deste software na Europa. A LeanLogistics e a Chep pertencem ambas ao grupo Bambles Limited. índice
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logística
Pesagem e medição de volume no transportador de saída O "transportador APACHE" é um sistema que combina a pesagem de uma carga paletizada com a medição automática do seu volume. A medição é feita sem interferir com a cadência do transportador. Este tipo de soluções tem vindo a ser instalado em vários países, com a tecnologia desenvolvida pela AKL-tec (Alemanha), sobretudo em centros logísticos em que é necessário assegurar o controlo e a rastreabilidade de mercadorias com o máximo de eficiência. O peso das mercadorias paletizadas é registado em movimento. A medição de volume (a especialidade da AKL-tec) é feita através de um portal com câmaras de infra-vermelhos que se deslocam ao longo de guias lineares. A combinação dos dados captados pelos encoders (movimento da palete, movimento das câmaras)
com a imagem das câmara, gera uma imagem 3D da carga paletizada que passa pelo portal. O software de processamento de imagem calcula as dimensões (comprimento, largura, altura) e o volume actual. Também pode registar uma fotografia final da palete, para ficar arquivada. O sistema APACHE pode ser instalado em transportadores pré-existentes. É compatível quer com cargas geometricamente regulares, quer com cargas paletizadas de formato irregular, numa área de medição até 3.500 x 2.500 x 2.800 mm (C x L x A) . O cálculo do volume pode inclusivamente compensar ou ignorar pequenas saliências de uma carga, já que as câmaras permitem detectar saliências inferiores a 40 mm de comprimento e/ou largura e inferiores a 10 mm de
altura. A informação sobre peso e volume pode ser combinada com a identificação automática da carga, através da leitura óptica de códigos de barras ou 2D ou de sistemas de RFID. O "transportador APACHE" está em funcionamento em várias empresas de transporte de mercadorias, companhias aéreas, e operadores de distribuição de mercadorias.
Protecção Climática Sediada em Cheshire, Reino Unido, a sociedade Protective Packaging especializou-se em soluções de embalagem industrial para produtos que necessitam de protecção especial contra a humidade, oxigénio, odores, radiação UV e altas temperaturas. As soluções baseiam-se em filme barreira, usado como material de protecção climática em embalagens industriais de diversos tipos, designadamente bidões metálicos, octabins de cartão ou big-bags.
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A chamada "barrier foil" (laminado plástico+alumínio) permite a protecção adequada para produtos sensíveis à humidade ou oxigénio, e também evita as transferências de odores de e para os produtos. Pode ser usada com ou sem dessecantes. Apesar da conjugação de dois materiais, o filme barreira pode ser menos espesso e mais leve que alguns filmes industriais. A necessidade de protecção climática existe em múltiplos sectores industriais, desde os ingredientes alimentares e farmacêuticos até aos componentes electrónicos, passando por produtos químicos, equipamentos e peças susceptíveis de corrosão.
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Nº 213 Julho 2012
logística
Ride-sharing para fretes rodoviários Cerca de 20% dos camiões que circulam na Alemanha, viajam vazios, o que representa um custo enorme para as empresas transportadoras. Evitar esse problema também tem interesse do ponto de vista do ambiente e da gestão do tráfego. A utilização da capacidade de transporte pode ser optimizada por uma plataforma de leilão. A solução proposta por investigadores do Instituto Fraunhofer de Matemática Industrial (ITWM), envolve a partilha de encomendas de transporte e permite aos diversos transportadores seleccionar as que melhor se adaptam à capacidade disponível. Os investigadores desenvolveram um protótipo de plataforma de software para que os
transportadores possam criar uma organização colectiva com acesso partilhado às encomendas. Cada empresa lista as encomendas que não se encaixam no seu planeamento. Todos têm acesso a essa informação e podem fazer ofertas. Fechado o leilão, é seleccionada e melhor oferta e o transporte é adjudicado. O software usa algoritmos especiais para calcular a divisão entre o oferente e o tomador. A plataforma pode ser ligada a várias bases de dados e é composta por dois módulos: o "mercado" , onde as várias capacidades de transporte são oferecidas, é instalado num servidor central. O "assistente de licitação" é a aplicação que corre nos terminais dos transportadores. Estes podem usar a função de
pesquisa automática para encontrar as ofertas de transporte colocadas no mercado. O software fornece sugestões de planeamento de itinerário, incluindo a escolha do veículo mais adequado para cada carga. O software foi pensado para empresas transportadoras que desejam estabelecer uma colaboração de longo prazo baseada na confiança, ao contrário do que sucede com os ambientes anónimos que existem na internet. Num estudo-piloto com dados reais obtidos a partir de alguns grandes transportadores alemães, os investigadores do ITWM demonstraram o potencial de redução de custos desta plataforma. Agora esperam que as empresas transportadores queiram testar este conceito.
Contentores de plástico ganham terreno na logística industrial Desde há muitos anos que o transporte de produtos líquidos é feito em contentores plásticos, normalmente protegidos por uma grade metálica. A Promens (sede na Islândia e várias fábricas na Europa) desenvolveu o contentor VARIBOX, uma alternativa totalmente em plástico, ou quase, porque nos modelos destinados a produtos alimentares, o bocal é em aço inoxidável. Quer o contentor interior, com capacidade para 1000 l, quer as peças de reforço são reutilizáveis. A concepção permite o esvaziamento total e a natureza integralmente plástica reduz o peso em vazio a 105 kg e torna as operações de movimentação menos ruidosas. Num segmento de mercado diferente, o das "mudanças", a empresa norte-americana Inspirion Ventures (subsidiária da Nova Chemicals) desenvolveu os contentores COSMO, integralmente em plástico (excepto algumas peças de articulação e fixação). Os contentores têm Nº 213 Julho 2012
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elevada resistência estrutural, são reutilizáveis, colapsáveis e empilháveis. Mais leves, os contentores despertaram o interesse de empresas transportadoras, como foi o caso da Covan World-Wide Moving, que fez a primeira encomenda de contentores COSMO, ainda em 2009. Os contentores são fabricados pela Plasticraft (Darien, Wisconsin, EUA).
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logística
Pirataria no transporte rodoviário De acordo com a IRU (International Road Transport Union), 17% dos motoristas de camiões de transporte de longo curso na Europa são vítimas de furto ou roubo durante as horas de trabalho. Para além dos danos pessoais sofridos pelos motoristas, o furto de todo o tipo de bens representa, segundo as estimativas da Europol, um valor anual na ordem dos 8,2 mil milhões de euros. A este valor acrescem os vários prejuízos derivados, tais como reparações, substituições, atrasos, etc.. Apesar de a Europa ser uma das regiões mais seguras do mundo, ainda há zonas de alto risco. Mesmo na Europa ocidental, há zonas com incidência de furto e roubo no transporte comparável à da Rússia, México ou Brasil. No passado, a maior parte dos assaltos ocorria em terminais de carga, entrepostos e armazéns. Mas com o reforço das medidas de segurança nestes locais, os criminosos passaram a actuar mais nos itinerários. As organizações criminosas têm actuação internacional o que significa que é necessária cooperação entre polícias para suster o crescendo da pirataria rodoviária. A iniciativa SETPOS conduzida a nível da União Europeia visa aumentar a segurança nos pontos de paragem dos camiões de longo curso. Até ao momento, foram criados cinco pontos de paragem (2 na Alemanha, 1 no Reino Unido, 1 em França e 1 na Bélgica). São áreas de repouso vedadas e patru-
lhadas. A ideia é multiplicar o número de áreas SETPOS na Europa, fazendo-o chegar até aos 200. Já existre um manual de boas práticas e um sistema de acreditação para empresas que queiram construir ou converter as suas áreas de serviço em parques seguros SETPOS [mais informação em www.setpos.eu]. Para combater os assaltos em plena estrada, estão a ser introduzidas novas medidas de segurança, relacionadas com a localização e a vigilância dos camiões. O sistema Dynafleet da Volvo Trucks usa o GPS para manter a rastreabilidade permanente do camião. A Volvo disponibiliza um serviço de segurança complementar, em colaboração com a Securitas. Com este serviço, o camião está sob vigilância permanente e o motorista pode accionar um botão de alarme em qualquer situação de emergência para alertar a polícia e/ou o pessoal da Securitas. Os sistema é similar
Áreas SETPOS - Locais seguros para paragem de camiões. Espaços vedados, acessos controlados, etc..
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aos sistemas de alarme instalados nas residências, e também localiza o local da emergência. Outra medida introduzida pela Volvo Trucks é a quinta roda bloqueável e controlada remotamente. Este dispositivo evita que o semi-reboque seja separado do tractor. Mas há mais. Os camiões também podem ser equipados com sistemas que desencadeiam acções como, por exemplo, impedir o arranque depois de o veículo parar ou forçar a desaceleração progressiva até parar. Estas acções podem ser determinadas por botões accionados pelo motorista (por exemplo, quando entra num determinado perímetro), mas este não tem a possibilidade de as reverter, o que beneficia a sua segurança pessoal. Nº 213 Julho 2012
logística
Logística mais eficiente e limpa com pilha de combustível Empilhadores a gás ou gasóleo não são a melhor ideia para operação interior. Os empilhadores eléctricos também têm as suas desvantagens. Muitos utilizadores têm duas ou mesmo três baterias por cada empilhador (uma em serviço, outra a carregar, outra a arrefecer). Com a chegada a tecnologia da pilha de combustível, estes problemas desaparecem. A energia está disponível em contínuo, sem quebras de rendimento e com um mínimo de pausas. A fuel cell carrega-se em 60 a 180 segundos. E os únicos sub-produtos que emite são água e calor.
Em Outubro de 2010, a BMW adquiriu à Plug Power (Latham, NY, EUA) 86 pilhas de combustível GenDrive™ para os empilhadores Raymond e Crown da nova linha de montagem de Greer (Carolina do Sul, EUA). Exemplos como este estão a repetir-se em várias indústrias e em vários países. No dia 23 de Maio de 2012, a Procter & Gamble (Cincinnati) anunciou que vai converter os empilhadores em uso em três das suas fábricas (Louisiana, Carolina Norte e Califórnia) para a pilha de combustível. A P&G está a estudar a mesma conversão noutras fábricas, por razões ambientais e também por razões de eficiência. Em Fevereiro de 2012, a Coca-Cola também aderiu aos empilhadores com fuel cell, com a compra de algumas dezenas de unidades para a fábrica de San Leandro, Califórnia. Justificou a opção com a redução das emissões e do impacte ambiental, com o aumento da produtividade em 15% e a redução de custos de 30%. O combustível utilizado nestes sistemas é o hidrogénio, e os produtores, como a Linde e a Air Liquide estão atentos e envolvidos neste mercado que se abre um pouco por todo o
Elight A RPC Gent (Gent, Bélgica) reduziu o peso das embalagens de PEAD de 5 l de 140 para 120 g. A vantagem económica e ambiental foi possível através do redesenho da distribuição do material, de forma a manter a resistência à compressão vertical. As estrias verticais nos quatro cantos aumentam a resistência à compressão lateral provocada pelo envolvimento das paletes. Outros aspectos a destacar: a pega ergonómica (grande dimensão) e a ampla área para rotulagem. As embalagens Elight estão disponíveis com bocal para tampas 40/42 mm, incluindo tampas com aprovação UN, prevendo-se para breve o bocal para tampas de 38 mm. Nº 213 Julho 2012
lado. A Air Liquide formou uma joint venture com a Plug Power, a HyPulsion, para implantar os empilhadores com GenDrive na Europa. O primeiro contrato da HyPulsion foi assinado com a IKEA, que quer converter todas as operações do sul da França para a pilha de combustível. O projecto deverá ser concretizado em 2013.
CHEP com certificação de sustentabilidade A CHEP, empresa prestadora de serviços de pooling de paletes, obteve a certificação FSC e PEFC relativa à gestão sustentável das madeiras utilizadas nas actividades da empresa em todos os países europeus. A FSC (Forest Stewardship Council) e o PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) são organizações primordiais, a nível mundial, na defesa da gestão sustentável das florestas. A CHEP tinha obtido esta certificação para o Reino Unido, a Espanha, a França e a Bélgica, conseguindo agora generalizar a certificação aos restantes 23 países europeus onde actua. Em termos práticos, esta certificação significa que os clientes da CHEP utilizam paletes fabricadas com madeiras originárias de florestas geridas de forma legal e sustentável.
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logística
Frente e verso A impressora DB-EA4D da Toshiba Tec, imprime dos dois lados do papel. É uma solução interessante para economizar papel na impressão de etiquetas, talões e recibos. A impressão térmica directa assegura resolução de 203 dpi, sobre papel com largura de 104 mm, com velocidade até 152,4 mm por segundo.
Solução de voz na preparação de encomendas O centro de distribuição da Sony em Castellar del Vallés (Espanha) foi equipado com o 3iV Crystal , o sistema de preparação de encomendas baseado em voz desenvolvido pela Zetes. O sistema é utilizado quer para a preparação de fornecimentos de componentes para a linha de montagem, quer para a preparação de expedição de produtos acabados. O centro de distribuição de Castellar del Vallés abastece todo o sul da Europa. Com este sistema, cada operador identifica o contentor que se apresenta no transportador e recebe instruções de preparação de
encomenda, após o que devolve o contentor ao transportador, que o transfere para a zona de saída. O sistema permite que vários operadores trabalhem na mesma área e passem de uma para outra mediante instrução verbal. Deste modo, é possível optimizar as tarefas de inventário e preparação de encomendas para vários destinos, em simultâneo.
Terminal portátil Espuma na hora A expansão de espumas de poliuretano continua a ser uma das soluções de acolchoamento interior para protecção de produtos. A Pregis (EUA) tem espumas de PUR especialmente indicadas para a protecção de peças de máquinas e de automóveis, equipamentos eléctricos, ferramentas, e para a generalidade dos produtos com geometria adversa a sistemas de protecção interior baseados em pré-moldados. O sistema caracteriza-se pela moldação feita no momento e em torno do produto. A mistura dos dois componentes do PUR provoca a reacção de expansão (mais de 200 vezes) no interior de uma bolsa de filme plástico, dando origem a uma "almofada" protectora. A Pregis comercializa várias máquinas para a utilização deste sistema, incluindo modelos com dispositivos 20
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de código de barras e telemetria destinados a optimizar o consumo de material. Com o programa IntelliPack Advantage, o cliente pode dispor de uma destas máquinas sem investimento inicial.
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O Dolphin 6100 da Honeywell é um terminal portátil para recolha de dados e comunicação sem fios em tempo real. É ideal para tarefas de logística (controlo de inventário, stocks, verificação de preços, etc.). Combina ergonomia e robustez (ambientes severos, IP 54) e executa leitura de códigos de barras, códigos 2D, captura de imagens e assinaturas. Para além da comunicação wireless standard (802.11 b/g), o Dolphin 6100 também permite realizar chamadas telefónicas Voz sobre IP (VoIP). Está equipado com sistema operativo Windows CE 5.0 (Microsoft), micro-processador a 624 MHz, 128 MB em RAM e 128 MB em flash, écran LCD retro-iluminado QVGA (240 x 320). Mede 175 x 66 x 26.8 mm e pesa 250 g. Nº 213 Julho 2012
logística Fromm Descarga Novas máquinas de contentores seguida de paletização
Airpad
Para transferir rapidamente uma carga de caixas de cartão canelado de um contentor ou camião para um armazém, utiliza-se normalmente o empilhador ou o porta-paletes. Mas se a carga não estiver paletizada, é necessário retirar as caixas e paletizá-las junto ao contentor, para que possam ser então facilmente transportadas. A operação de descarga pode ser auxiliada por carrinhos, plataformas elevatórias, etc., mas exige sempre mão-de-obra e esforço físico. Para facilitar a descarga, já se têm utilizado transportadores amovíveis, accionados ou não, que entram no contentor ou camião e tornam mais fácil a operação. Mas não existem máquinas standard que assegurem a descarga e paletização. A Copal Development (Holanda) decidiu preencher esta lacuna e projectou uma máquina que assegura uma descarga semi-automática dentro do contentor, seguida de paletização automática. A máquina tem dimensões compactas e estreitas para poder entrar no contentor ou camião. Desloca-se facilmente sobre rodas. A operação de pick up das caixas é feita por uma ferramenta com braços paralelos, equipada com cilindros pneumáticos e ventosas. Os braços paralelos permitem segurar simultâneamente várias caixas, mesmo que tenham alturas desfasadas. Depois de prender as caixas, a ferramenta sobe, recua, gira 90 graus e deposita as caixas sobre o transportador. A operação é semi-automática, uma vez que a ferramenta é comandada por operador. A tarefa deste é fácil e sem esforço físico significativo: basta orientar os movimentos e pressionar os botões certos. O transportador transfere as caixas para a secção de paletização, com a configuração seleccionada a partir das receitas gravadas na memória da máquina. As caixas são orientadas para formar as linhas e camadas sucessivas e quando a palete está completa, a máquina acende sinal luminoso, para chamar o empilhador que vem buscar a Nº 213 Julho 2012
A gama de máquinas Airpad da Fromm foi alargada com o lançamento de três novos modelos AP200, AP210 e AP250. Estas máquinas transformam filme plástico em bolsas de ar destinadas a serem utilizadas no acondicionamento interior de embalagens, protegendo os produtos contra choque e vibração. Apresentadas na feira HISPACK em Barcelona, as máquinas permitem alterar a dimensão das bolsas de plástico sem mudar a bobina de filme, bastando premir um botão na consola de comando. As novas máquinas estão já disponíveis no mercado português, através da Fromm Embalagem (Moita). palete completa. Na mesma viagem, o empilhador traz uma palete vazia, que deposita ao lado da palete cheia. Quando esta é retirada, a palete vazia é automaticamente transferida para a posição de carga. A troca de paletes não interrompe o funcionamento da máquina. Neste projecto, a Copal Development contou com os serviços de automação da Kremer (Holanda), e integrou accionamentos SEW-EURODRIVE, dispositivos electromecânicos SCHNEIDER, componentes de pneumática e vácuo SMC e CAMOZZI, sistemas lineares ROLLON e calhas porta-cabos igus.
Eficiência no transporte Investigadores do Instituto Fraunhofer de Fluxos de Materiais e Logística (Dortmund, Alemanha) estão a trabalhar num software de optimização do transporte rodoviário. O objectivo é completar a optimização de rotas com a maximização da utilização da capacidade de carga dos veículos. O projecto “Carga Eficiente” conta com as parcerias da GEFCO (operador de logística), M-Real (fabricante de papel) e PSI (produtor de software). O objectivo é optimizar distâncias e cargas em simultâneo, reduzindo custos e impactes ambientais.
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logística
Gestão de
paletes
Comecemos por algumas evidências: a maior parte das mercadorias é transportada sobre paletes e a maior parte das paletes é fabricada em madeira. O preço de aquisição ainda é considerado pelos utilizadores como o parâmetro mais importante, mas há um interesse crescente por outros aspectos da gestão de paletes, designadamente os que se relacionam com a reutilização. Na realidade, a circulação de paletes pode assumir diversas modalidades. Numa primeira modalidade, a palete faz parte da encomenda, juntamente com os produtos e as embalagens. O expedidor simplesmente contabiliza a palete como custo e repercuteo no preço. Há uma transferência de propriedade da palete, que poderá ser reutilizada pelo comprador para, por seu turno, expedir os seus produtos. Numa segunda modalidade, as paletes são consignadas, entre fornecedor e cliente, o que obriga a diversos procedimentos contabilísticos. Regra geral, esta modalidade só é praticada em circuitos de fornecimento regulares e repetitivos. Na prática, não é viável entregar a mercadoria e trazer logo as paletes de volta. Nos casos em que o camião regressa vazio ao ponto de origem, existe a prática de entregar a mercadoria e carregar outras
paletes, em número igual ao entregue. Esta prática tem desvantagens evidentes e gera frequentemente conflitos ou outras situações pouco claras. Os sistemas de “pool” vieram simplificar os circuitos de paletes, na medida em que, ao alargar o leque de utilizadores das paletes, eliminaram as desvantagens do regresso ao ponto de origem. O objectivo fulcral da gestão de paletes é prolongar o mais possível o seu tempo de vida útil, de modo a repartir o custo de aquisição pelo maior número possível de operações de transporte. No final do seu ciclo de vida, a palete pode ter um de dois destinos. Ou é eliminada, ou é valorizada. A eliminação consiste sobretudo na simples deposição em aterro e constitui um desperdício sem justificação. A valorização pode assumir diversos processos, entre os quais a compostagem e a
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A reciclagem, todavia, é apenas a etapa final, já que a palete é passível de reparação. A reparação prolonga a vida útil da palete, que se mede em número de viagens. Regra geral, considera-se que cada viagem envolve 4 a 6 operações de manipulação da palete (carga/descarga de palete cheia/vazia). Cada palete tem, assim uma vida útil até à primeira reparação e uma vida útil total. A vida útil das paletes depende principalmente da sua construção inicial, da qualidade das reparações e das práticas de manipulação. A maior dificuldade da gestão de paletes reside no facto de o proprietário da palete não ter controlo directo sobre as paletes durante a maior parte do seu tempo de vida útil. Está dependente das práticas de mani-pulação ao longo do circuito e, pior, tem dificuldade em garantir a retoma de paletes em estado equivalente. Em teoria, compensa adquirir paletes de melhor qualidade e robustez, capazes de suportar centenas de viagens. Na prática, nada garante que as paletes que “regressam” têm a mesma especificação e, mesmo nesse caso, o
Palete CHEP. Tudo o que tem sucesso está sujeito a furto e imitação. Em vários paises, os tribunais condenaram o furto de paletes CHEP e a utilização das mesmas em esquemas ilegais de aluguer.
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reciclagem. As paletes de madeira, reúnem, aliás, quatro características ecológicas: baseiam-se em recursos renováveis, são reparáveis, recicláveis e reutilizáveis. No final do ciclo de vida, a palete é um resíduo e da gestão de paletes passa-se à gestão de resíduos. Na prática, isto significa uma nova equação que envolve o valor intrínseco do resíduo de madeira e os custos de gestão de resíduos.
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logística mais provável é que as paletes já tenham efectuado numerosas viagens. As múltiplas tentativas de identificar as paletes não produziram os resultados esperados (espera-se que a tecnologia de rádiofrequência reduza a propensão para a fraude). Todos estes factores tornam especialmente difícil a gestão de paletes baseada na propriedade. Devido a eles, muitas empresas optam pelos sistemas de aluguer de paletes. A principal vantagem do aluguer consiste em converter os custos de gestão de paletes num custo variável, em função da utilização efectiva. Por outro lado, a gestão de reparações é também externalizada. O sucesso dos sistemas de pool (aluguer) tem contribuído para a optimização dos circuitos de distribuição e logística. Utilizados de forma generalizada por todo o tipo de empresas – desde multinacionais a pequenas e médias empresas locais – os sistemas de “pool” ganharam credibilidade e diversificaram a sua oferta, quer em produtos (paletes, caixas, tabuleiros, etc.), quer em serviços. O método tradicional de identificação destas paletes é a coloração bem visível, mas a tecnologia RFID está a progredir.
RFID A integração da tecnologia de identificação por radio-frequência (RFID) na gestão de paletes pode proporcionar vantagens adicionais aos utilizadores. A Chep apostou nesta tecnologia, investigando e experimentando-a desde 1998. O programa PLUS ID da Chep baseia-se nas normas UHF/EPC e está ao alcance dos utilizadores do sistema de pool da empresa em todos os continentes. Ao permitir a monitorização dos fluxos logísticos em tempo real, a RFID serve simultaneamente os objectivos de gestão logística, rastreabilidade e redução de custos. O sis-tema Chep Global Track and Trace permite o seguimento dos produtos ao longo de toda a cadeia logística. Baseia-se na utilização de tags “3 em 1” que podem ser lidas por RFID, leitura de códigos de barras ou leitura huma-na. Deste modo, mesmo que algum ponto da Nº 213 Julho 2012
Paletes CHEP com etiquetas RFID são identificadas automaticamente quer em passagens individuais (alimentadores de paletes, equipamentos de paletização), quer em grupagem (pórticos).
cadeia logística não esteja equipado com leitor RFID, a rastreabilidade continua a ser possível. As etiquetas RFID aplicadas pela Chep são também regraváveis. Além disso, o sistema Chep PLUS ID assenta em plataformas de software standard (Microsoft, SAP). Também a LPR anunciou o lançamento de paletes com chip de rádio frequência (RFID) e memória regravável. O aluguer de paletes RFID insere-se num projecto global a nível europeu e permitirá aos clientes da LPR utilizar os chips das paletes para gravar dados dos seus produtos e partilhá-los através da rede EPC-IS em tempo real (a rede EPC-IS difere da rede EDI, em que os dados são retidos e reenviados por uma entidade terceira). Os chips foram desenvolvidos pela Hub Telecom (grupo Aéroports de Paris) utilizando as normas EPC-Global e têm capacidade para registar quer os dados relativos à própria palete (identificador GRAI-96, global returnable asset identifier number), quer os dados relativos aos produtos transportados, utilizando 512 bits adicionais de memória regravável. Os utilizadores podem assim gravar o seu respectivo código SSCC (serial shipping container code) ou qualquer outro. A palete RFID poderá vir a complementar ou mesmo a substituir o código de barras e a correspondente etiqueta EAN 128. Os chips reutilizáveis (memória regravável) são incorporados nos blocos das paletes
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de forma a ficarem protegidos para utilizações sucessivas. A LPR forneceu várias centenas de paletes com chips RFID para testar à escala global envolvendo a totalidade da cadeia de logística (um fabricante, dois expedidores e um distribuidor). O teste está a ser conduzido sob a supervisão da GS1 no contexto do projecto BRIDGE da Comissão Europeia.
Benefícios ambientais Em colaboração com a Universidade de Leeds, a CHEP desenvolveu um modelo de cálculo dos benefícios ambientais que podem resultar da utilização de paletes alugadas, comparativamente á compra de paletes reutili-záveis ou de uso único. O modelo pode ser aplicado em paletes de diferentes dimensões e calcula as poupanças durante um período de dez anos. O utilizador das paletes pode fornecer informações sobre a sua actividade, incluindo o número de movimentos, níveis de stock, perdas e distâncias percorridas duran-te o transporte. Este modelo tem em conta as eficiências operacionais e do sistema de pooling da CHEP, a utilização e conservação responsáveis da madeira durante todo o ciclo de vida das paletes (incluindo a produção e reparação), bem como o efeito de estufa e a produção de oxigénio de árvores que já não têm de ser abatidas. O modelo também tem em conta as emissões de CO² geradas pelo transporte de paletes em toda a cadeia de abastecimento, durante todo o ciclo de vida das paletes. Se considerarmos movimentos de 100.000 paletes de 1200 x 800 mm índice
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logística por ano e valores típicos para níveis de stock, perdas e distâncias percorridas durante o transporte (estas são algumas das variáveis que podem ser introduzidas no modelo), verifica-se a possibilidade de obtenção de poupanças substanciais através da utilização do sistema CHEP. O recurso à compra de paletes implicaria o corte de mais 9.400 árvores (33 ha) se fossem utilizadas paletes de madeira reutilizáveis, ou mais 64 400 árvores se fossem utilizadas paletes de uso único. O recurso às paletes CHEP evita a emissão de 3 250 toneladas de CO² para a atmosfera durante o período de dez anos, em comparação com a utilização de paletes de madeira branca reutilizáveis, e 18 000 toneladas em comparação com a utilização de paletes de uso único.
Interacção com custos de embalagem A palete pode ter influência significativa nos custos de embalagem. O principal requisito de uma palete
reutilizável é a robustez (resistência à quebra). Característica diferente é a rigidez das tábuas. A palete pode ser robusta e, no entanto, apresentar uma deformação bastante para afectar a carga. Este problema agrava-se com a colocação em racks: se a palete não tiver as características adequadas ao sistema e à carga, o risco de abaulamento é maior.
A deformação ou abaulamento das tábuas da palete altera a distribuição da compressão exercida sobre as caixas, embalagens e produtos empilhados, e pode ocasionar o colapso de embalagens de transporte. A protecção adequada dos produtos durante o transporte depende de múltiplos factores, entre os quais a
compressão a que as embalagens são sujeitas e a distribuição dessa compressão. Quando se calcula a resistência à compressão que uma caixa de cartão deve ter, conta-se sempre com a carga máxima, isto é, a carga a que irá estar sujeita uma caixa colocada na primeira camada da palete (“a contar de baixo”). A carga total varia na razão directa da área do lado da caixa que fica na horizontal. Por outro lado, se bem que o empilhamento cruzado (arranjo alternado das camadas) favoreça o travamento e a estabilidade, é o empilhamento em coluna (sem alternância das camadas) que confere maior resistência à compressão vertical (a compressão é suportada principalmente pelos cantos das caixas, onde a resistência é maior). Porém, se as tábuas da palete sofrerem deformação, estas regras alteram-se. A palete “mais barata” pode dar origem a perdas de produtos, reclamações ou a aumento de custos para utilizar caixas com resistência superior ao que é necessário.
Certificação Florestal e Ambiental para paletes fabricadas em Portugal As paletes de madeira fabricadas em Portugal pela PALSER baseiam-se em madeiras provenientes de florestas geridas de forma responsável, em conformidade com rigorosos critérios internacionais. Em Janeiro de 2012, a PALSER obteve a certificação FSC (Forest Stewardship Council) e em Março a certificação PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes). Esta dupla certificação representa uma vantagem para os clientes que procuram melhorar os seus indicadores ambientais. Integrada no grupo Palser-Investimentos S.A., fundado em 1983, com actividades predominantemente vocacionadas para os sectores da fileira florestal actiovidades, a PALSER iniciou a sua actividade em 1990 e possui duas unidades fabris, uma na Sertã e outra em Palmela, onde fabrica, repara e recicla paletes, para além de diversos produtos de madeira de pinho serrada. Em 2010, a Palser Nº 213 Julho 2012
iniciou a produção de energia eléctrica para injecção na rede pública nacional, a partir de uma central termoeléctrica a biomassa florestal. As certificações FSC e PEFC surgem na sequência das várias certificações da empresa, entre as quais se destaca, desde Setembro de 1990, a certificação ISO 9001 do sistema de gestão da qualidade (certificação actualizada segundo a norma NP EN ISO 9001:2008), o reconhecimento como fabricante de paletes EUR-EPAL pela European Pallet Association, pela Plastics Europe – Association of Plastics Manufacturers (indústria química) e da C.S.V.M.F. - Chambre Syndicale des Verreries Mécaniques de France (indústria vidreira francesa). Para além da qualidade dos produtos fabricados e comercializados, o
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envolvimento, a responsabilidade e preocupação da PALSER com questões ambientais e sociais tem conquistado o reconhecimento pelos seus clientes, estimulando o desenvolvimento da empresa e colocando-a numa posição de destaque. índice
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accionamentos
®
MOVIAXIS Versátil, potente e polivalente – são as palavras que definem a família MOVIAXIS® da SEW-EURODRIVE. Devido à sua gama de potência e às suas funcionalidades, a gama MOVIAXIS® abrange um vasto leque de aplicações industriais de movimentação de materiais, robótica, embalagem e sistemas logísticos. Na base destes controladores está o objectivo de tornar as funções tecnológicas e de controlo do movimento mais fáceis, recorrendo a uma estrutura de PLC à qual o utilizador está habituado.
Robô de paletização
Capsuladora
Nos accionamentos tradicionais, as funções de posicionamento exigem um controlador adicional: os servo-accionamentos MOVIAXIS® trazem consigo essa função, entre muitas outras que facilitam a programação e o comissionamento dos sistemas. De entre as múltiplas aplicações multi-eixos, podem referir-se os sistemas de paletização/despaletização, máquinas de embalagem, engarrafamento, capsulagem, bem como sistemas de armazéns automáticos.
A filosofia dos
Armazém automático
Os servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS® foram projectados para máquinas compactas e aplicações de automação. Todos os componentes de sistema são alojados no formato “livro” com uma profundidade de instalação de 260 mm, o que viabiliza a sua instalação em armários de controlo com profundidade de 300 mm. Com este formato estão disponíveis unidades desde 2 A / 10 kW até às unidades com pico de corrente de 250 A e pico de potência de 187 kW. Graças à alimentação eléctrica normalizada, ao sistema de bus Twin-CAN intregrado e à distribuição inteligente de funções, todos os componentes do sistema podem ser combinados de modo flexível para dar lugar a soluções de accionamentos por medida.
Paletização/despaletização
Pórtico de carga/descarga de paletes
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servo-accionamentos multi-eixos Os servo-accionamentos MOVIAXIS® têm um elevado grau de escalabilidade e as opções de comunicação e a tecnologia de controlo são igualmente flexíveis. Qualquer que seja a arquitectura do sistema de automação – descentralizada, centralizada ou híbrida – os servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS® podem sempre ser ajustados, o que faz deles uma solução extremamente fiável não só para os requisitos actuais, mas também para os requisitos futuros.
Segurança integrada A tecnologia de segurança pode ser integrada na unidade base do controlador MOVIAXIS® até à categoria 3 (EN 954-1 / EN 201), nível de performance “D” (PrEN ISO 13849-1), categorias de paragem 0+1 e protecção segura contra re-arranque. Com componentes adicionais é possível implementar aplicações com segurança até à categoria 4,
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nível de performance “E”. Para aplicações que requeiram funções de segurança mais especializadas, tais como velocidade reduzida segura, os servo-accionamentos MOVIAXIS® podem ser combinados com os módulos de segurança MOVISAFE® 100. A adequação para aplicações industriais e a simplicidade de montagem foram dois importantes aspectos tidos em conta no desenvolvimento dos servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS® . O resultado é uma construção estável, robusta, fácil de instalar e com separação física entre os níveis de potência e sinal (optimização EMC). Estas unidades podem ser instaladas de
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forma rápida e fácil graças a uma matriz de furações para fixação e à integração de todos os componentes de arrefecimento na unidade base.
Eficiência energética Na fase de desenvolvimento do MOVIAXIS® , uma das principais preocupações foi a economia de energia, especialmente a recuperação da energia gerada em módulo regenerativo. Os módulos de regeneração de energia MXR cumprem essa função, garantindo uma tensão DC link constante, independentemente das variações da rede. A condição cos α = 1 é mantida como standard. Além disso, estes módulos também reenviam para a rede a energia excessiva no sistema de alimentação, com forma de onda sinusoidal, evitando os harmónicos quase na totalidade. Os componentes electrónicos estão assim menos sujeitos a interferências. Além disso, os módulos MXR também fornecem informação sobre a energia activa. Por seu turno, os módulos MXC asseguram o armazenamento temporário de energia, até que esta seja utilizada no processo de aceleração seguinte. Graças a estes módulos é possível diminuir significativamente a energia a retirar do sistema de alimentação, o que diminui o aquecimento do armário devido à dissipação do calor. O módulo MXP81 é ideal para máquinas com ciclos rápidos e dimensões compactas. Para além do módulo de armazenamento integra resistência de frenagem que automaticamente dissipa a energia que excede a capacidade de armazenamento. índice
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Como a tecnologia de accionamentos aumenta a flexibilidade nas linhas de embalagem Para os produtores/embaladores de produtos de grande consumo, a flexibilidade das linhas de produção tornou-se indispensável. Por flexibilidade, entende-se a capacidade para adaptar as linhas de produção e as máquinas de embalagem às necessidades do mercado, com o tempo de resposta mais curto possível. Em termos práticos, as máquinas de embalagem devem permitir a mudança rápida de formatos. Esta é a característica essencial que os construtores de máquinas de embalagem procuram concretizar, para que os utilizadores dessas máquinas possam ter a tão desejada flexibilidade. As máquinas com mudança rápida de formato permitem alterar os planos de produção para fazer face a uma encomenta inesperada ou a uma operação de marketing baseada num formato diferente, etc.. O requisito QCO (quick change over, mudança rápida) coloca-se praticamente a todos os tipos de máquinas de embalagem e engarrafamento. Se bem que ainda subsistam produtos e formatos que justificam máquinas e linhas dedicadas, este tipo de investimento é cada vez mais raro e arriscado. Quando se investe em novas máquinas de embalagem, procuram-se modelos que admitam vários formatos e em que essa mudança seja feita no tempo mais curto possível.
A tecnologia dos servo-motores veio dar resposta às necessidades do mercado. Desde logo, ao substituir os sistemas tradicionais de accionamento central + transmissões de movimento, os servo-accionamentos reduziram o peso e volume ocupados pelas máquinas. Por outro lado, os servoaccionamentos permitiram agilizar, senão mesmo automatizar as mudanças de formato. Os servo-accionamentos ACOPOSmulti controlam os servomotores. Por outro lado ainda, a energia dos freios pode ser regenerada, em vez de se converter em calor, o que significa que as máquinas mais flexíveis também são mais eficientes em termos de energia e com melhor desempenho ambiental. De entre as soluções disponíveis para atingir os referidos objectivos está o software para controlo do movimento, conforme com as normas PLCopen (IEC 61131-3). As guidelines PackM definem os estados de máquina e as mudanças que podem ocorrer. Não menos importantes são as soluções de interface, designadamente para a comunicação homem-máquina. As interfaces com o utilizador são cada vez mais PC based e com caracte-
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rísticas intuitivas suportadas em dispositivos como os gráficos e sinópticos, os écrãs tácteis e até a integração da tecnologia de RFID. É o caso das Visual Components for Windows, da B&R, que inclui ficheiros de ajuda em PDF, ficheiros JPG de alta resolução para a gestão de receitas e até vídeos para auxiliar a operação e manutenção. Além disso, todos os parâmetros do sistema podem ser exportados e importados a partir de um ficheiro CSV, utilizando uma flash drive USB. Os ficheiros vídeo e áudio podem ser abertos com o Windows Media Player, enquanto os ficheiros HTML podem ser abertos com o Internet Explorer. Ambos os progamas estão integrados no ambiente das Visual Components for Windows. A utilização de PCs industriais potentes significa que as diferentes tarefas de automação, tais como o controlo do movimento a visualização, etc. podem ser combinadas numa única plataforma. A comunicação entre o sistema de controlo e as máquinas embaladoras pode ser assegurada por POWERLINK, com as vantagens da transmissão de dados a alta velocidade e do funcionamento da rede em tempo real. índice
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máquinas Timo Mosca (CEO) e Alfred Kugler (Marketing e Vendas) da Gerd Mosca AG
A tecnologia de cintagem e os desafios do sector do papel e cartão Para os dois responsáveis da Mosca o futuro do negócio das máquinas de cintagem passa por dar resposta aos desafios de diversificação no mercado do cartão canelado, por servir os mercados asiáticos e por dar aos clientes a possibilidade de aumentar a produtividade através da construção modular. A Gerd Mosca AG ainda mantém a maior parte da produção na Alemanha e reivindica a liderança tecnológica deste tipo de máquinas. Em que áreas do sector do papel e da impressão se usa a cintagem? Timo Mosca - São utilizadas num leque muito vasto de sectores e em diferentes contextos de produção. Os requisitos que as nossas máquinas têm que preencher diferem de indústria para indústria e de aplicação para aplicação. Os grossistas, por exemplo, necessitam de máquinas fáceis de operar e que sejam capazes de funcionar em contínuo em operações de ‘picking’ e embalagem. Esta é uma área onde as máquinas automáticas compactas têm sucesso. A indústria gráfica requer máquinas totalmente automáticas e fiáveis, como a nossa RO-TRI, para dar conta das encomendas de forma rápida e eficiente. Para a indústria do cartão canelado, fornecemos máquinas de alta performance que podem ser integradas nas linhas de produção para cintagem suave e a alta velocidade quer de pilhas individuais, quer de paletes completas. Qual é o peso dos sectores do papel e cartão nas vendas da Mosca? Timo Mosca - Esses dois sectores continuam a ser os mais importantes na nossa carteira de clientes. No passado, tinham pesos iguais, mas a indústria do cartão canelado ganhou importância. Isto, aliás, também se reflecte na Drupa: os transformadores de cartão canelado, que antes apenas tinham pequenos stands nesta feira, têm agora uma presença muito maior. Até que ponto as mudanças no mercado do cartão canelado são importantes para a cintagem? Alfred Kugler - Depende. Se o cartão
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canelado é transformado a partir de prancha para ser usada como material de separação em logística, a prioridade da cintagem é a alta velocidade. Se o cartão canelado é transformado em embalagens, então a prioridade é obter uma cintagem gentil. Para o primeiro caso, temos máquinas de cintagem de paletes como a KCK 131-26. A 200 paletes por hora é a máquina de cintagem de paletes mais rápida do mundo. Para o segundo caso, também temos resposta. A procura de má-quinas de cintagem gentil tem aumentado continuamente. Utilizando um tensionamento suave na cintagem simples, dupla ou cruzada, a nossa tecnologia permite grupagens seguras, sem afectar o cartão e mantendo a estabilidade. Há alguns anos, desenvolvemos máquinas de cintagem em linha especialmente para a indústria do cartão canelado. Neste método, a cintagem ocorre em linha com as caneluras e não transversalmente às mesmas. Isto permite uma cintagem gentil do cartão canelado. Quando são os mercados do futuro para a Mosca? Alfred Kugler - Queremos continuar a cres-cer no sector do cartão canelado e consolidar a empresa como líder de mercado. Também estamos a olhar para toda a cadeia de produção. Os fabricantes de cartão canelado fornecem caixas espalmadas para as indústrias alimentares e outras, que utilizam essas caixas para transportar esses produtos. O transporte requer a paletização e a cintagem. Por isso, os clientes da indústria do cartão canelado podem também tornar-se nossos clientes. Timo Mosca - Numa perspectiva regional, a Ásia - e especialmente a China e o Sudoeste Asiático - são importantes para nós. A indústria do cartão canelado está a crescer rapidamente, especialmente na China, onde a China Green Paper está a criar uma das maiores fábricas mundiais de cartão canelado, utilizando tecnologia de alta qualidade para todas as etapas da cadeia de valor - incluindo máquinas de cintagem Mosca. Ao mesmo tempo, queremos continuar a diversifi-
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Timo Mosca, CEO da Gerd Mosca AG
car noutros mercados e conduzir os nossos desenvolvimentos para novas indústrias - por exemplo, e materiais de construção e cerâmicas. A Mosca apresenta-se como líder em tecnologia. Em que se baseia para fazer essa afirmação? Timo Mosca - Estimulamos repetidamente o mercado. Por exemplo, fomos a primeira empresa a usar máquinas DC, equipadas com accionamentos directos sem desgaste, um sistema que se tornou standard generalizado na indústria. A tecnologia SoniXs que desenvolvemos também é única. Nenhuma outra empresa fabrica uma máquina de cintagem que usa os ultrassons para unir as pontas da cinta. Alfred Kugler - Não é só pelos saltos quânticos em tecnologia que fazemos a diferença. É nas melhorias graduais que se fazem notar quando se está mais envolvido com os clientes, e que conduzem a novas aplicações. Um bom exemplo é a máquina resistente à corrosão SoniXs TRP-VA, que desenvolvemos especificamente para dar resposta aos requisitos rigorosos de higiene da indústria alimentar. Este desenvolvimento só foi possível porque utilizamos a cintagem por ultrassons. A indústria de pescado tem, finalmente, uma máquina para cintar as caixas de peixe que não tem que ser substituída seis meses depois por causa da corrosão. Nº 213 Julho 2012
máquinas
Cintagem à prova de corrosão A máquina de cintar SoniXs TRP-VA da Gerd Mosca (Alemanha) está equipada para resistir à corrosão e já deu provas em utili-zação prolongada numa empresa norueguesa de pescado. Inoxidável, resistente à corrosão, equipada com cabeça de solda-dura por ultrassons, esta máquina suporta todos os requisitos de higiene da indústria de pescado, incluindo a lavagem com jacto de água de 100 l por minuto (IP56). Na instalação da Grieg Seafood Como lidam com o facto de os concorrentes das economias low cost copiarem as vossas tecnologias e as vossas máquinas? Timo Mosca - Claro que é mais rápido e mais barato copiar do que desenvolver - e a engenharia mecânica não é ciência de foguetões. No entanto, o factor-chave que nos distingue, especialmente em relação às empresas chinesas, é a nossa abordagem compreensiva. Não nos limitamos a perguntar “como é que vamos construir uma máquina?” Em vez disso, procuramos compreender o problema do cliente. A estabilidade da nossa força de trabalho é essencial para sermos capazes de manter a capacidade para desenvolver. Na Ásia, onde a rotação do emprego é elevada, isto é um problema. a nossa empresa familiar, ao invés, baseou na constância e no conhecimento especializado que é necessário para,explorar novos desenvolvimentos durante mais de 46 anos. Para além das máquinas, a Mosca também fabrica cintas e estão a apresentar nesta Drupa cinta de PLA. Isto é o futuro? Alfred Kugler - A cinta de PLA é fabricada a partir de um biopolímero - o
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Finnmark AS, onde esta máquina assegura uma cadência até 22 caixas de EPS por minuto. Depois de uma fase de teste de vários meses com uma máquina, a empresa norueguesa instalou mais seis unidades. A Grieg Seafood AS é uma das principais empresas de "fish farming" da Noruega. Processa anualmente mais de 80 mil toneladas de pescado. polímero de ácido láctico - produzido a partir de matérias-primas renováveis, tais como o amido de batata ou milho. Depois de utilizado, este material pode ser compostado industrialmente. A parte mais interessante é que a cinta pode ser totalmente regenerada. Uma vez produzido, o PLA pode ser reusado repetidamente. Isto significa que não é necessário expandir as áreas de cultivo da batata e do milho para responder ao aumento da procura. Este desenvolvimento ainda não foi lançado para o mercado porque o material de base para o PLA ainda é mais caro que o material de base para a cinta de PP, e ainda não encontrámos um cliente que esteja disposto a pagar o custo adicional. A situação manter-se-á até que aumente a pressão por parte dos clientes finais no sentido do uso de matérias-primas renováveis.
tar mais e mais na construção modular, com base em elementos de alta qualidade. Desta forma, estamos a aumentar a reprodutibilidade - o que significa que podemos continuamente garantir a mesma performance e fiabilidade desde a pequena máquina automática até à máquina de maior dimensão. Os nossos componentes electrónicos proporcionam-nos pontos de venda exclusivos, onde a concorrência não consegue acompanharnos. Para os clientes, isso reflecte-se no aumento da produtividade a um custo menor. A maior máquina que apresentamos na Drupa é uma nova versão da máquina totalmente automática de cintagem de paletes KZV-111, com elementos e componentes optimizados. O uso de cintas mais estreitas permite cintar mesmo as paletes planas.
Quais as novidades da Mosca na Drupa?
Timo Mosca - Estamos também a focar a nossa atenção no tema da integração fiável das máquinas de cintar nas linhas de produção. Para que esta integração seja possível, disponibilizamos aos nossos clientes máquinas com funcionalidade CE total, que podem ser usadas sem estruturas adicionais, tais como barreiras ou guardas. Em vez disso, fabricamos máquinas operacionalmente seguras e fáceis de usar, em que a segurança é assegurada por cortinas luminosas. Estes aspectos também beneficiam os técnicos de manutenção, já que o acesso não envolve desaparafusar as guardas de protecção. Na Drupa, vamos apresentar todo o nosso portefólio, desde a mais pequena máquina automática até às máquinas de alta performance de maior dimensão, e também toda a gama de cintas de PET, PP e PLA, bem como o nosso serviço e aconselhamento.
Alfred Kugler - Estamos a apresentar uma nova geração de máquinas: a SoniXs MP Evolution, sucessora do nosso modelo automático standard e que vai dar um novo estímulo ao mercado. Representa mais uma etapa de desenvolvimento em termos de fiabilidade e performance. Estamos a apos-
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máquinas
Robotização com formatos irregulares Os formatos irregulares deixaram de ser um obstáculo para a robotização. A InMoTx (Dinamarca) desenvolveu uma solução específica para as operações de carregamento e acondicionamento de produtos com formatos irregulares, tais como peças de fruta, carnes de aves, peixe, embalagens flexíveis, etc.. A solução baseia-se numa combinação de robôs Adept, sistemas de visão e transportadores e foi designada OCTOMATION Robotic Workforce. A solução desdobra-se nos seguintes componentes: máquina de embalagem primária para produtos frescos ou alimentares OCTOLOADER, máquina de embalagem secundária OCTOPACKER, software OCTOSOFT, ventosas de vácuo OCTOGRIPPER. O sucesso da solução levou a Adept a adquirir a InMoTx.
A máquina OCTOPACKER é colocada entre a máquina armadora de caixas (case erector) e a máquina de fechar caixas. Mesmo que os produtos e formatos se alterem, a máquina não requer alterações especiais nem programação demorada. O robô Adept Quattro é um robô do tipo "delta", de elevado dinamismo. A ligação com o sistema de visão permite à máquina ter um desempenho que replica a operação humana. A diferença está na cadência: a OCTOPACKER é capaz de acondicionar até 50 peças por minuto. Uma das primeiras instalações da OCTOPACKER foi concretizada na Dinamarca numa empresa embaladora de carnes de aves. O sucesso da robotização com produtos de formatos irregulares depende ainda das ferramentas de preensão utilizadas com os robôs. A Adept Tecnology desenvolveu o conceito OCTOGRIPPER
que consiste em utilizar o vácuo e ventosas de silicone (aprovado para contacto alimentar) com geometrias especialmente estudadas para se adaptarem aos formatos. As ventosas OCTO-GRIPPER são mais rápidas e menos agressivas que as ferramentas mecânicas. Cada ventosa tem um tempo de vida útil de 250 mil a 1 milhão de operações e, para este efeito, cada peça tem uma identificação única e rastreável.
Pacote completo para paletização robotizada Para tornar mais simples a implementação da paletização robotizada de sacos ou caixas, a ABB lançou um pacote completo composto por um robô IRB 460, uma ferramenta Flex-Gripper, um autómato programável ABB, um autómato de segu32
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rança Jokab, software de suporte, documentação do utilizador e uma interface gráfica de operador FlexPendant. Para implementar a solução, não são necessários conhecimentos
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especiais de programação de robôs. O software fornecido pela ABB torna a configuração do robô semelhante ou igual à programação do autómato. Nº 213 Julho 2012
máquinas
Termoformagem com tecnologia suiça A W.M. Wrapping Machinery (Suiça) apresentou uma nova versão da máquina de termoformagem FC 780E Speed-master Plus, uma máquina alimentada a partir de bobina de folha plástica, com moldação por vácuo e pressão e corte por lâminas de aço. A nova versão "Plus" inclui diversas melhorias técnicas, designadamente ao nível da electrónica de controlo, baseada num PC industrial da B&R.
A máquina tem uma estação de moldação com 4 colunas, força de fecho de 75 toneladas e também pode ser configurada com corte no molde. Uma segunda estação, também com 4 colunas e força de corte de 60 toneladas destina-se ao corte em
separado por lâmina de aço. A jusante, a máquina tem um sistema de empilhamento accionado por servo-motores.
Tecnologia Bosch para embaladoras verticais A Bosch actualizou a sua tecnologia de embaladoras verticais (VFFS, Vertical Form, Fill Seal) para tornar a operação mais rápida, mais flexível e mais fácil. Na sequência da apresentação feita na feira INTERPACK, esta gama de máquinas passou a ser fornecida com uma nova interface com o operador (HMI) e com novas funcionalidades de comunicação de dados. A gama SVE é também capaz de executar formatos diferenciados, desde a bolsa simples (almofada) até à bolsa com fundo quadrado, bolsa com dobra lateral, bolsa esquinada ou doypack, com largura até 360 mm. As condições de eficiência mecânica e higiénica permitem utilizar esta
máquina para produtos alimentares frescos, biscoitos, cereais, produtos de confeitaria, alimentos para animais, etc.. Também existe a opção por vários tipos de métodos de fecho, tais como termoselagem, ultrassons, etc.. A operação intuitiva através de uma interface simples e estruturada, com ícones auto-explicativos, reduz os tempos de treino e os erros de operação. O acesso rápido e fácil às configurações de produção, permite, facilita e torna mais rápidos os procedimentos de arranque e ajuste da máquina. Os novos controlos fazem com que a velocidade da embaladora vertical SVE se ajuste automaticamente ao desempenho das máquinas a montante e a jusante. Esta funcionalidade é especialmente útil em linhas de embalagem em paralelo. Se ocorre uma interrupção a montante, ou se for necessário substituir uma bobina, a máquina interrompe a "produção
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de bolsas" e influencia o processo a jusante. Entretanto, as embaladoras instaladas em paralelo podem aumentar a cadência para compensar a interrupção. Deste modo, são evitadas acumulações e intervenções de operadores. A produção torna-se mais fluida e auto-adaptativa e as linhas melhoram a sua eficiência global. Os requisitos de flexibilidade (diversidade de formatos) incluem aplicações especiais, tais como sacos em cadeia com perfuração ou mesmo sequências de bolsas com comprimentos diferentes, para produtos também diferentes. O processamento e partilha de dados são facilitados com a funcionalidade OLE (Object Linking and Embedding) para efeitos de controlo do processo (OPC). A transferência rápida de dados para o sistema de gestão fabril (MES) proporciona a supervisão das linhas de embalagem. índice 33
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HELIOS Descarga automática de big bags e octabins O transporte e descarga de produtos a granel tem múltiplas soluções ao dispor da indústria. Entre a escala do sistema cisterna-silo (transporte em camião cisterna, armazenagem em silo) e ensacagem-paletização, generalizou-se o uso dos contentores flexíveis - os chamados ou FIBCS (flexible intermediate bulk containers). Os big bags tiram partido da vantagem logística da unidade de carga: a área de base e o volume de um big bag são similares aos de uma carga paletizada, com a possibilidade de empilhamento. Esta característica está também presente nos octabins, contentores em cartão canelado de alta resistência (várias camadas, tipo triple wall ou superior), com secção octogonal, no interior dos quais é colocado um saco de plástico industrial para conter o material a transportar. Os dois métodos - big bags e octabins - são muito utilizados em várias indústrias que lidam com matérias-primas e outros materiais em granulado. A indústria de plásticos é uma dessas indústrias, já que as matérias-primas (incluindo os próprios reciclados) são frequentemente transportados deste modo. O mesmo se verifica em indústrias de produtos químicos e agroquímicos, indústrias alimentares, etc. A utilização dos big bags e octabins não envolve problemas de maior no enchimento e no transporte. A dimensão dos contentores é compatível com as linhas de enchimento, com as paletes, os espaços de armazenagem, os espaços dos camiões. Podem ser movimentados pelos mesmos empilhadores que se utilizam para qualquer carga paletizada. Porém, quando chega a hora de descarregar (esvaziar) os big bags ou octabins, surgem outros problemas.
Os problemas da descarga Uma das formas de esvaziar um big bag consiste em suspendê-lo e abrir a válvula existente no fundo. Há big bags com esta configuração. Tratando-se de produtos granulados de fluxo livre (sem tendência para aglomerar), a válvula pode ser aberta 34
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para deixar cair o produto sobre um tubo, tremonha ou outro contentor de alimentação do processo. Este sistema, relativamente prático, envolve no entanto algum aparato. Tem que existir o espaço necessário para o empilhador ou outro equipamento que suspende o big bag. Por outro lado, também exige procedimentos especiais para evitar a contaminação do material (a parte inferior do big bag está exposta durante o transporte e armazenagem). A alternativa é retirar o produto por cima, utilizando a sucção por vácuo. Uma cânula (tubo) é manualmente inserido no interior do big bag para sugar o produto para a tubagem de alimentação dos silos ou do próprio processo. A mesma solução é adoptada para os octabins. A operação é manual e o operador tem que movimentar repetidamente o tubo de sucção para conseguir obter uma sucção o mais uniforme possível e para conseguir esvaziar o saco até ao fim. Na prática, esta operação revela-se mais complexa do que parece. Se o tubo se aproxima das paredes ou do fundo do saco, o efeito de sucção entope o sistema. Os operadores com alguma experiência puxam e movimentam o saco várias vezes durante a descarga, para que o material flua mais facilmente para a entrada do tubo de sucção. Se o sistema for deixado sem operador, existe o risco de interrupção da alimentação. Isto pode não ser grave se se estiver a descarregar para uma tremonha ou silo. Mas se se estiver a alimentar directamente o processo de transformação, a interrupção pode implicar uma paragem da produção. Na situação actual, em que se procuram todas as soluções possíveis de produtividade e eficiência, uma paragem de produção por este motivo afigura-se totalmente indesejável. Por isso, a operação de descarga não pode ser menos eficiente que o resto da produção. Regra geral, as indústrias utilizadoras de big bags e octabins têm solução para esse problema: mão-de-obra. O sistema de descarga tem que ter operador(s) disponí-
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veis para evitar "entupimentos" ou para repor a alimentação a tempo de evitar a paragem.
Dinheiro no fundo do saco O custo (ou défice de eficiência) relacionado com a mão-de-obra de descarga não é o único factor a observar nos sistemas de descarga convencionais. Automatizar a descarga de big bags e octabins não é apenas uma forma de libertar os operadores para outras tarefas (produtividade). É também uma forma de reduzir custos com perdas de matérias-primas. Na realidade, o sistema do tubo de sucção dificilmente consegue esvaziar completamente o saco e depois de várias intervenções para reposicionar o tubo e mexer o saco, a tendência é para retirar o saco quando ainda tem algum material no fundo. Tendo em conta os preços das matérias-primas, facilmente se pode aferir o valor que a empresa perde durante um ano...
A descarga automática A empresa Augusto Guimarães & Irmão, fornecedora de matérias-primas e máquinas para as indústrias de plásticos, especializada em sistemas de preparação e transporte automático de matérias-primas, conhece bem os problemas relacionados com a descarga de matérias-primas. Foi isso que a levou a procurar uma solução tecnicamente mais eficiente e avançada. As várias soluções de automatização de descarga mais conhecidas, tipicamente ou apresentam uma ineficiência importante ou não permitem eficientemente a interrupção a meio da descarga de um octabin ou big bag. Os sistemas OKTOMAT® , patenteados pela Helios (Alemanha), resolvem os problemas típicos da descarga, tais como os referidos acima, são fáceis de usar e permitem interromper e retomar a operação em qualquer altura. O equipamento OKTOMAT® é constituído por um semi-pórtico fixo ao solo, um sistema de suspensão e elevador de sacos e uma cabeça de Nº 213 Julho 2012
máquinas ser instalados vários equipamentos lado a lado. Existe uma opção de mudança automática de um OKTOMAT® para outro, sem intervenção de operador. Se for necessário realizar a operação em locais diferentes, o OKTOMAT® pode ser instalado sobre suportes de fixação amovíveis. O princípio de funcionamento do sistema OKTOMAT® pode ser observado num pequeno filme de simulação.
sucção. A cabeça de sucção, que "mergulha" no produto granulado, é um "detalhe" essencial deste sistema: tem vibração destinada a auxiliar a fluidez do material e tem aros metálicos destinados a evitar o entupimento por contacto com o fundo do saco. Quando o saco já se encontra parcialmente esvaziado, há necessidade de o suspender e elevar. Essa operação mantém a sucção de material e diminui o diâmetro do saco. Deste modo, não é a cabeça de sucção que se aproxima dos extremos, mas o contrário. A cabeça de sucção está sempre na posição central e o saco é que é "estreitado" para levar a sucção até ao fim. Quando o saco está completamente vazio, o OKTOMAT® emite um sinal luminoso/sonoro. O dispositivo de suspensão de sacos é outro detalhe técnico essen cial dos sistemas OKTOMAT® . Inclui ganchos para prender e suspender o big bag pelas alças, e inclui um par de anéis concêntricos que agarram nos sacos dos octabins, de modo firme e seguro. O semi-pórtico inclui o accionamento do sistema (cilindro) de elevação e o sistema de controlo. A operação é automática, requer uma intervenção mínima do operador, e as desvantagens associadas ao sistema tradicional de tubo de sucção são eliminadas. Para manter a alimentação totalmente ininterrupta, podem
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Variantes e opções Estão disponíveis várias versões do OKTOMAT® . A versão descrita acima é a versão ECO, a mais simples e económica. A versão SOS, mais completa, inclui um semi-pórtico maior que alberga o cilindro de elevação (no pedestal vertical) bem como o tubo de saída do material (na parte horizontal superior). Existem também versões especiais com construção total em inox para instalações com requisitos especiais de higiene, bem como com protecção para zonas ATEX (risco de explosão). O sistema OKTOMAT® SOS pode ser observado no filme seguinte. Os OKTOMAT® podem ser configurados com um conjunto de opções técnicas destinadas a acrescentar funcionalidades ao processo. A cabeça de sucção pode ser equipada com peso adicional (para facilitar a "submersão" no produto) ou com sistema de sopro pneumático (para desfazer aglomerações e aumentar a fluidez do material).
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O dispositivo de suspensão pode incluir um sistema de oscilação (efeito de "sacudir" para regularizar o granulado junto à cabeça de sucção). O OKTOMAT® pode ainda ser equipado com células de carga para controlar o peso do material remanescente e ou para determinar o momento (1 kg de material residual no fundo do saco) em que o sistema deve iniciar a sequência de esvaziamento final. O OKTOMAT® tem ainda a opção de elevar a cabeça de sucção a um nível superior para forçar a sucção do material que fica no tubo junto à cabeça.
Facilidade de instalação Algumas indústrias portuguesas já adoptaram o sistema OKTOMAT® e a Augusto Guimarães & Irmão tem equipamentos disponíveis para instalação imediata. De resto, estes equipamentos são transportados numa caixa palete simples. São fáceis de instalar e de adaptar a qualquer sistema de alimentação industrial.
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máquinas Sidel
Enchimento a quente e asséptico para produtos com polpa e partículas A Sidel apresentou na feira Anuga FoodTec novas soluções para enchimento de bebidas com polpa ou partículas em garrafas PET. As novas enchedoras baseiam-se nas tecnologias de enchimento a quente Veloce ISD e de enchimento asséptico Sensofill FMa. O enchimento destes produtos coloca diversos desafios técnicos, desde a dimensão das partículas até à sua distribuição e à forma como é garantida a sua integridade no processo. A nova enchedora Veloce ISD assegura a dosagem de partículas com dimensão até 10x10x10 mm. Numa primeira etapa, é doseada uma quantidade certa de partículas numa pasta bombeável. Numa segunda etapa, ocorre o enchimento com sumo líquido. A enchedora Sensofill FMa é diferente e baseia-se na tecnologia Predis™ com descontaminação a seco das pré-formas (evitando efluentes de águas residuais). As duas enchedoras são compatíeveis com concentrações de partículas de 10 a 200 ml, dependendo da receita e da dimensão da garrafa, que pode ir dos 200 ml
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aos 2 litros. Asseguram dosagem precisa, manutenção da integridade do produto e uma operação higiénica e isenta de perdas. As novas enchedoras estão disponíveis como máquinas stand-alone ou em configurações "Combi".
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controlo da qualidade
Ensaios múltiplos
Assistência técnica para higrómetros Aqua-Boy
A Lloyd Instruments lançou a nova máquina de ensaios de coluna LS1, para plásticos, embalagens, têxteis, borrachas, etc.. As guias lineares e o software de compensação permitem mais velocidade e precisão nos ensaios típicos das máquinas de coluna, tais como rasgamento, deslizamento, compressão, fricção. etc.. A máquina está disponível com a extensões de 500 mm e 800 mm.
O controlo da humidade é necessário em situações múltiplas, com destaque para as indústrias alimentares. A calibração e ajuste adequados dos hidrómetros é essencial para que estes aparelhos possam cumprir a função a que estão destinados. Especializada no desenvolvimento de equipamentos e software para controlo de qualidade e de parâmetros de processo, a Egitron ganhou experiência na integração destes aparelhos de medida, designadamente dos higrómetros AquaBoy. Com base nessa experiência e no estudo aprofundado do modo de funcionamento destes higrómetros, a Egitron passou a comercializar os higrómetros Aqua-Boy e a disponibilizar serviços de reparação e assistência técnica, incluindo substituição de vidros, reparação de cabos e acessórios, etc., bem como o fornecimento de padrões/referências para verificar se os higrómetros estão a medir corretamente e dentro das especificações. Adicionalmente, a Egitron assegura, a pedido dos clientes, a pré-calibração, para ajuste de leituras/ valores, bem como a implementação de soluções de saída de dados e de importação das medidas de humidade para software de controlo estatístico do processo, via interface de comunicação InterLab.
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etiquetagem e codificação
Impressão digital para a indústria farmacêutica Na feira ACHEMA 2012, que se realizou em Frankfurt nos dias 18 a 22 de Junho, a Heldelberg apresentou os novos sistemas de impressão digital de etiquetas Linoprint D e Linoprint L,especialmente destinados à indústria farmacêutica. Os novos equipamentos integram a tecnologia de impressão digital desenvolvida pela CSAT, recentemente adquirida pela Heidelberg. O sistema Linoprint D destina-se à impressão industrial in e off line de etiquetas a duas cores, com possibilidade de inclusão de códigos de barras ou Datamatrix, logotipos, textos complexos, dados de produção, códigos alfanuméricos, etc.. Graças à tecnologia digital, as embalagens blister podem ser codificadas individualmente com Datamatrix. A área de impressão pode variar entre 50 e 320 mm. A resolução de 1200 x1200 dpi é ideal para impressões anti contrafacção, incluindo micro-caracteres, tóneres especiais, etc.. Para além da resolução, as impressões são também persistentes e resistentes a temperaturas até 300 °C, e o sistema pode imprimir sobre papel/ cartão, folha de alumínioo ou filmes plásticos. É também compatível com as exigências GAMP (Good Automated
Manufacturing Practice), 21 CFR Part 11 e cGMP (Current Good Manufacturing Practice). O sistema Linoprint L destina-se à impressão de etiquetas com elevada precisão e a cores. É um sistema de jacto de tinta gota-a-gota para impressão de pequenas e médias séries de etiquetas de papel ou filme plástico, com informação variável. Pode também integrar funcionalidades especiais, tais como smart labels, impressão de segurança e rastreabilidade. Durante a ACHEMA foi ainda apresentado um terceiro sistema - Linoprint i - integrado na etiquetadora PacSysteme da KOCH. O Linoprint i é um sistema de jacto de tinta UV para iompressão de informação variável em etiquetas para embalagens de cartão, filmes, blisters, cartões, etc..
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mercado máquinas e materiais de embalagem
embalagem de plástico
etiquetas
embalagem de metálica
software
cartão canelado
caixas e paletes de madeira
plásticos reciclados
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