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218 Maio-Junho 2013

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revipack revista técnica de embalagem

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nesta edição anunciam nesta edição

actualidade

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engarrafamento

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tampas e cápsulas

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embalagem metálica

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(clique para ver) COLETIQUE

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ENERMETER

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FROMM

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INPLANT

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LUSOFORMA

16, 31

MADECA

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MARCAEMBAL

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MARKEM-IMAJE

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PLASTIMAR

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PLASTIRSO

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PROCAP

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S.M.S.A.

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SEW-EURODRIVE

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SIMEI 2013

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SISTRADE

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TIL

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etiquetagem e codificação 22

revipack

packaging design

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máquinas

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mercado

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revista técnica de embalagem

Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL

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actualidade

NY debate embalagens de poliestireno A substituição das embalagens de espuma plástica na região de Nova Iorque pode custar ao sector da restauração, aos consumidores e aos contribuintes um valor próximo dos 100 milhões de USD (dólares) por ano refere um estudo realizado pela empresa MB Public Affairs por encomenda do American Chemistry Council (para aceder a este estudo, clicar no ícone anexo). O valor apurado, 91,3 milhões de USD, corresponde a um aumento de 94%. O debate foi iniciado com a proposta do mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, de proibir as embalagens de espuma plástica, largamente utilizadas no serviço de produtos alimentares e bebidas. Segundo o mayor, os copos, tabuleiros e caixas utilizadas nos restaurantes e lojas de 'take out' alimentar são difíceis de reciclar, não biodegradáveis, custam dinheiro para serem separadas de outras embalagens e ocupam demasiado volume nos aterros. É a terceira tentativa de banir as espumas plásticas, depois das propostas de 2007 e 2010 terem sido postas de lado. Nova Iorque desistiu de proibir as embalagens de espuma plástica, mas também não tomou medidas para aumentar a reciclagem das mesmas. A proposta do mayor, apresentada com argumentação "verde" ressurge no contexto do fim de mandato e de aproximação de eleições.

PLASTICPROGRESS com certificação ISO 15378 A Plasticprogress (S. Domingos de Rana, Portugal) obteve a certificação ISO 15378:2011, comprovando a conformidade do seu sistema de gestão da qualidade para a produção de embalagens primárias para medicamentos, tendo como referência as exigências regulamentares, as normas internacionais aplicáveis e as especificações dos clientes. Especializada no projecto e fabrico de embalagens e acessórios para medicamentos, a Plasticprogress obteve anteriormente a certificação ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade. A empresa dispõe de equipamentos de moldação por injecção e injecção-sopro, bem como equipamentos de montagem automática em ambiente controlado. As operações de produção, montagem automática e embalamento ocorrem em Sala Limpa classe 7 (ISO 14644). Estão em curso os processos relativos à marcação CE classe I com função de medição (para dispositivos de medição copo e colher) e DMF (Drug Master File) para a linha de embalagens. 4

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O sector da restauração está contra, porque todas as alternativas às espumas plásticas são mais caras e não têm as mesmas propriedades isotérmicas. A proibição afecta sobretudo os pequenos estabelecimentos, o que já levou alguns a propor a aplicação da proibição aos restaurantes acima de uma certa dimensão. Mas também já surgiram opiniões no sentido de alargar a proibição às caixas de poliestireno expandido utilizadas na distribuição de peixe. O espectro da discriminação está a ampliar a controvérsia.

Os custos Actualmente, a região de NY gasta anualmente 97,1 MUSD na aquisição de embalagens de espumas plásticas, considerando os vários tipos de restaurantes, as escolas e outros serviços públicos. O estudo da MB analisou as embalagens alternativas (outros plásticos, cartão revestido e outros materiais compostáveis, designadamente o PLA), considerando apenas as alternativas de custo mais baixo. Mesmo assim, a substituição das espumas plásticas implicaria um aumento 94%, ou seja, os custos totais passariam para 188,4 MUSD!

A reciclagem Embora o mayor de NY se tenha referido às espumas plásticas como "styrofoam", esta marca, que pertence à Dow, é usada em espumas de isolamento, não em embalagem. Um erro comum nos EUA. Mas não foi o único engano. As embalagens de espuma plástica são recolhidas e recicladas em pelo menos 65 cidades norte-americanas. O mesmo não acontece com as "alternativas"… A própria cidade de NY não tem qualquer sistema de recolha dos copos de papel revestido! Por outro lado, para replicar as propriedades isolantes, muitos utilizadores passariam a usar dois copos em vez de um ou a adicionar mangas isolantes aos copos. Os críticos da proposta de proibição indicam que essa medida não teria qualquer efeito de diminuição do peso e volume dos resíduos urbanos.

Uma pedra sobre o assunto? Tal como a NY State Restaurant Association, também a indústria reagiu contra a proposta de proibição. O American Chemistry Council criou uma página na internet só para este assunto (clicar no ícone para visitar). O nome da campanha não podia ser mais explícito: put a lid on it (põe uma pedra sobre o assunto ou, literalmente, põe uma tampa nisso).

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actualidade

Reciclagem do PET sob ameaça na Europa A indústria europeia de reciclagem de PET está ameaçada por falhas de mercado estruturais, afirma a EuPR (Plastics Recyclers Europe). As actuais infraestruturas de recolha atingiram o seu limite e a recolha de garrafas PET está a estagnar em cerca de 50%, enquanto a parte restante é ainda destinada aos aterros e incineração. "A Europa não está a maximizar o uso sustentável de um recurso valioso como o PET pós-consumo" - disse Casper van den Dungen (presidente do grupo de trabalho do PET na associação EuPR). Devido à redução de peso e à complexidade do design das garrafas, os custos médios de reciclagem aumentaram substancialmente nos anos mais recentes. Esse aumento de custos não pode ser compensado por economias de escala. A procura de PET reciclado (rPET) tem aumentado nos últimos anos e conduziu a um aumento significativo dos investimentos em linhas de reciclagem. Segundo Casper van den Dungen, "o efeito combinado das falhas de mercado faz com que as fábricas estejam a laborar bem abaixo de 75% da sua capacidade". Por outro lado, o previsível aumento dos direitos anti-dumping do PET virgem pode também contribuir para piorar a situação da indústria europeia. "Até hoje, o PET tem sido um sucesso indiscutível e um exemplo de desenvolvimento sustentável. Pode continuar a sê-lo no futuro se a recolha aumentar e se o PET virgem tiver um mercado adequado" - refere o mesmo responsável.

Reciclagem de PET no Brasil A reciclagem de PET atingiu 294 mil toneladas em 2011, correspondentes a 57,1% das embalagens utilizadas pelos consumidores. A reciclagem aumentou 4,25% relativamente a 2010, enquanto a produção de novas embalagens aumentou apenas 2%. O mercado brasileiro do rPET (PET reciclado) foi estimado pela ABIPET (a associação do sector) em 1,2 mil milhões de reais (R$), cerca de um terço da facturação da indústria de PET no Brasil.

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A produção de fibras têxteis é ainda a aplicação predominante (40%), seguida da produção de embalagens (18%), com tendência crescente, e a produção de resinas (18%). As restantes aplicações são a produção de chapas e laminados (8%), (6,7%), tubos (1,9%) e diversas outras aplicações. "Recolhemos, reciclamos e aplicamos o material reciclado no nosso próprio território. Não exportamos as embalagens pós-consumo, como fazem algumas nações desenvolvidas, que têm bons sistemas de recolha, mas enviam os seus resíduos sólidos urbanos para serem reciclados em países em desenvolvimento” - referiu Auri Marçon, presidente da ABIPET.

Recolha selectiva em Chicago com a sinalética da Coca-Cola A cidade americana de Chicago vai instalar 50 mil contentores azuis para a recolha selectiva porta-a-porta de embalagens recicláveis. O investimento contou com um financiamento de 2,59 milhões de USD da Coca-Cola Company. Como contrapartida deste apoio, a sinalética das embalagens visível nas tampas dos contentores replicará as garrafas da Coca-Cola e outras marcas da mesma empresa. A iniciativa marca uma atitude nova. A Coca-Cola Company sempre apoiou as iniciativas de recolha e reciclagem mas evitou sempre que a imagem das suas embalagens fosse associada ao "mundo dos resíduos".

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engarrafamento

Águas mercados desafiam - tecnologias respondem O corte abrupto do poder de compra afectou as vendas de águas engarrafadas. Muitos consumidores começaram por mudar de marca, procurando algumas economias. Depois, reduziram as compras de água engarrafada. A austeridade talvez não tenha destruído o esforço que as empresas engarrafadoras desenvolveram ao longo de anos para separar as percepçõs de água engarrafada e água canalizada, mas a redução do consumo é indiscutível. No período Janeiro-Abril de 2013, as vendas nacionais de águas engarrafadas registaram uma redução, face a igual período do ano anterior, de 8,6% em litros e de 12,2% em número de embalagens (dados da APIAM, Associação Portuguesa da Industria de Águas Minerais Naturais e de Nascente). As vendas nacionais, incluindo águas minerais e de nascente, com e sem gás, totalizaram 221,9 milhões de litros (contra 242,7 nos primeiro quatro meses de 2012). A evolução negativa já vem de trás. O consumo estagnou em 2011 e em 2012, a queda das vendas foi de 10,3%. Os consumidores portugueses estão a consumir menos água engarrafada e a beber mais água da torneira. Entretanto, alguns restaurantes começaram a servir água da torneira

filtrada e colocada em garrafas ou jarros. Esta prática é questionável pela incerteza e pelos riscos que coloca. Não é o facto de se servir água da torneira - o que não é novidade no sector da cafetaria e restauração. A apresentação em garrafa pode criar a ilusão de que se trata de água engarrafada, o que não é verdade. Além disso, nada garante que a "verdade" seja dita aos consumidores, porque, ao contrário do que sucede com as águas engarrafadas (um dos sectores com mais controlos), este "engarrafamento caseiro" não está sujeito a controlo algum nem há rotulagem para informar os consumidores. Face às razões que determinam a redução do consumo, as empresas engarrafadoras voltam-se para a exportação e adoptam estratégias de marketing que passam por promoções (quase sempre associadas a reduções de preço), diversificação de produtos, etc.. No entanto mesmo as melhores ideias e as melhores campanhas arriscam-se a produzir resultados que são apenas paliativos face a uma austeridade pura e dura.

Tecnologia A evolução tecnológica pode trazer outros paliativos, sobretudo se trouxer reduções de custos e ganhos de eficiência. Especial incidência têm os sistemas e processos de recuperação e tratamento das águas de processo. Como exemplos de evolução nas indústrias da água podem referir-se o processamento da água da contra-lavagem dos filtros, o aumento do rendimento dos sistemas de osmose inversa (dessalinização), a melhoria dos sistemas de controlo e monitorização, os novos filtros de membrana, etc.. Os sistemas de membrana operam automaticamente e em contínuo, reduzem o consumo de produtos químicos. As membranas estão mais acessíveis e o abaixamento das pressões permite economizar energia. No entanto, as colunas de permuta iónica continuarão a ser utilizadas e mesmo os métodos mais tradicionais de tratamento continuarão competitivos e em uso. Outra evolução esperada é a electrodesionização (EDI) da água com recurso à energia fotovoltaica. A EDI é um processo usado na indústria de semicondutores para obter água ultrapura. Investigam-se também possibilidades de aproveitar a carga organica das águas residuais para produzir biogás, isolar o CO2 nele contido. No futuro, esse CO2 poderá ser convertido em gás natural usando hidrogénio produzido por via solar... Mais próximo da realidade está o potencial de redução de consumos energéticos nas etapas de enchimento e embalagem. As salas de engarrafamento têm alta densidade de accionamentos, designadamente nas várias máquinas e nos transportadores. A troca dos motores e moto-redutoes por unidades de maior eficiência energética permite obter importantes economias de energia.

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engarrafamento drinktec 2013

Inovações e ideias para as indústrias de bebidas e líquidos alimentares A "Feira Líder Mundial para as Indústrias de Bebidas e Líquidos Alimentares" - drinktec 2013 - terá lugar em Munique nos dias 16 a 20 de Setembro. Cerca de 1500 expositores, de cerca de 70 países vão apresentar produtos e soluções para todo o leque de bebidas e líquidos alimentares - incluindo as tecnologias de processamento, embalagem e marketing. Cerca de 60% dos expositores são de fora da Alemanha e a organização espera atrair 60 000 visitantes profissionais de todo o mundo.

mundiais de bebidas e líquidos alimentares. Para além da sua função como palco de tecnologias e inovações, a drinktec é também um forum gigantesco de ideias e informação, um ponto de encontro para troca de visões e para a comunicação. É esta combinação que atrai os visitantes profissionais de todas as áreas das empresas. As marcas e grupos globais do sector das bebidas, dos alimentos e do retalho estarão entre os visitantes, assim como empresas mais pequenas como é o caso das cervejeiras regionais.

"Processamento + Enchimento + Embalagem + Marketing" - o novo subtítulo da feira diz tudo. Mais do que uma exposição de tecnologia, este evento abrange todos os ângulos de interesse para as indústrias

A área de exposição de 132,000 m² incluirá sistemas, linhas completas, máquinas e produtos para produção, enchimento, embalagem e marketing, sem esquecer as matérias-primas e a logística. A maior sec-

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ção da feira é dedicada à tecnologia para produção e processamento de bebidas específicas, leite e líquidos alimentares. Só esta área ocupará cerca de 80,000 m² e incluirá o PETpoint, um pavilhão inteiramente dedicado à tecnologia do PET. A área do engarrafamento e embalagem está a ganhar importância. A área de tecnologia de processo transversal a todos os produtos, incluindo a automação de processos, a instrumentação e as tecnologias da informação, estará localizada nos pavilhões A3 e A4, com uma área total de 25,000 m². O Pavilhão B1 e parte do pavilhão B2 são dedicados às matérias-primas e aditivos, incluindo os novos adoçantes, corantes e aromas, bem como ingredientes para todo o tipo de novas bebidas.

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engarrafamento Esta secção da exposição interessa quer aos técnicos, quer aos profissionais da área do marketing e desenvolvimento de novos produtos. Nos pavilhões A1 e A2 estarão expositores de áreas de interesse para o marketing e comunicação, incluindo as tecnologias inovadoras de embalagem, etiquetagem, catering e promoção.

Sustentabilidade A inovação no sector da tecnologia de processamento visa reduzir os consumos de energia e água, de modo a melhorar a eficiência de recursos e custos. A mesma tendência pode observar-se na área da embalagem, com especial ênfase na redução da espessura dos materiais. Durante a drinktec 2013, praticamente todos os expositores tentarão focar também os temas da flexibilidade das fábricas e dos equipamentos, do design higiénico e do controlo da qualidade.

Refrigerantes Poucos segmentos do sector das bebidas se expandiram de forma tão dinâmica como os refrigerantes. Esta categoria de produtos é especialmente sensível às tendências do consumo e da tecnologia, e tem de se adaptar rapidamente às mudanças. No sector da embalagem, a flexibilidade é necessária para dar resposta à procura diversificada. Cerca de dois terços dos expositores da drinktec irão apresentar tecnologias específicas para produção, enchimento e embalagem de águas, sumos e refrigerantes. Particularmente interessante para os especialistas de marketing e desenvolvimento de produtos em grandes e pequenas empresas será a área de exposição especial denominada “Special Area for New Beverage Concepts”, localizada no pavilhão B1, onde serão apresentados novos conceitos para adoçar, colorir e aromatizar. No Pavilhão A2, no forum drinktec, será apresentada uma série de comunicações sobre tópicos como as tendências de tecnologia e marketing, audio branding, etc.. Será aqui que os gestores de topo 8

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dos maiores grupos do sector das bebidas irão discutir o presente e o futuro da indústria com os gestores das empresas fornecedoras. Os Beverage Innovations Awards, promovidos pela Foodbev Media, do Reino Unido, serão apresentados também durante a drinktec 2013.

Cervejas Com ou sem álcool, as cervejas e os refrigerantes baseados em cerveja a distinção já foi mais nítida ganharam popularidade a nível global, o que fez com que os fabricantes de refrigerantes se envolvessem na produção de cerveja e vice-versa. O consumo de cerveja está a expandir-se rapidamente nos mercados emergentes da Ásia e da África. Nos mercados saturados do ocidente, são as cervejeiras de especialidade que estão a atrair as atenções. Seja como for, os visitantes do sector da cerveja interessam tanto aos expositores da drinktec como os visitantes do sector dos refrigerantes. Cerca de dois terços dos expositores têm produtos, equipamentos ou serviços para o sector da cerveja. A drinktec terá todo o leque de tecnologia para cervejas e maltes. No segundo dia da feira, os visitantes terão a possibilidade de provar as cervejas vencedoras do “European Beer Star”, um dos mais relevantes concursos de cervejas. E terão também a oportunidade de votar na sua favorita. No Domingo, antes da abertura da feira, será eleito o novo campeão mundial dos barmen de

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cerveja, na terceira edição do concurso organizado pela DoemensFachakademie. Durante a feira, os apreciadores poderão provar cervejas servidas pelos concorrentes. No forum drinktec, o primeiro dia dos trabalhos (e da feira) será inteiramente dedicado às cervejas. Uma série de conferências irá abranger temas como a embalagem, de interesse especial para os profissionais de marketing.

Líquidos alimentares As tecnologias para o sector dos líquidos alimentares, tais como o leite e os lacticínios, têm vindo a ganhar importância na drinktec. Este segmento de mercado tem registado um acréscimo de diversificação de produtos. Cada vez se produzem mais bebidas resultantes da mistura de leite e sumos ou álcool, ou vice versa. Os expositores da drinktec reagiram a estes desenvolvimentos com a oferta de tecnologias para processamento de leite. Em comparação com a edição anterior, a área de tecnologias de processamento de leite da drinktec 2013 apresenta um crescimento de 10%. A oferta de soluções de embalagem e logística, bem como de packaging design, está também a atrair mais a atenção dos visitantes do sector de líquidos alimentares e das não bebidas à feira de Munique. Na sexta-feira, representantes do sector dos lacticínios vão participar no forum drinktec para assistir e participar nas várias conferências sobre o sector. Todas as conferênciNº 218 Maio-Junho 2013


engarrafamento

as do forum estão abertas aos visitantes, já que o preço de participação está incluído no cartão de acesso da drinktec.

Tecnologia e marketing Um dos factores do sucesso de um produto é o marketing. Os gestores de marca são decisores cada vez mais importantes para o objectivo final de venda do produto. Sabor, cor, embalagem, rotulagem - todos estes aspectos convergem para que o produto se venda. Por isso, os aspectos de marketing e comunica-

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ção do produto são tão relevantes quanto a tecnologia, a matéria-prima e os ingredientes. Daí que a drinktec seja um ponto de encontro para os profissionais da tecnologia e do marketing. A visita da drinktec 2013 será uma grande oportunidade para os criativos dos departamentos de marketing do sector das bebidas e dos líquidos alimentares procurarem e encontraram inspiração. Na secção "World of Labels" poderão encontrar as últimas tendências e designs na área da embalagem, rotulagem e publicidade. Na área especial "New Beverage Concepts"

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(pavilhão B1) serão apresentados ingredientes para novas bebidas. Outra área nova na drinktec é o "InnovationFow Lounge", uma espécie de forum para criação de redes de contactos entre profissionais de marketing interessados em expandir a sua área de trabalho e trocar ideias com profissionais de outras áreas. Em cada dia haverá um tema diferente, abordado por apresentações e debates curtos. O "InnovationFlow Lounge" será também um espaço para compensar o stress da exposição e para apreciar as bebidas disponíveis no bar.

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engarrafamento

Segurança e eficiência com design higiénico Os requisitos microbiológicos e de higiene sempre caracterizaram a indústria de bebidas e alimento líquidos e tudo indica que o nível de exigência continuará a subir. Esta tendência reflecte-se na construção de máquinas e equipamentos para o sector: a construção higiénica (hygienic design) está na ordem do dia. A próxima drinktec, que terá lugar em Munique de 16 a 20 de Setembro, irá mostrar os desenvolvimentos mais recentes neste capítulo. A construção higiénica implica mudar algumas regras de construção de máquinas. A configuração das máquinas deve ser o mais simples possível, com acesso a todas as superfícies, sem superfícies desnecessárias e, sobretudo, sem zonas "mortas" ou de acesso difícil. A limpeza e desinfecção deve ser fácil, rápida e comprovadamente eficaz. Os líquidos devem fluir livremente. Outra exigência é a compatibilidade entre os materiais usados na construção das máquinas e os produtos químicos usados nos processos de limpeza. Esta exigência coloca-se a todos os componentes da máquina, desde os maiores depósitos até aos vedantes mais pequenos. As exigências de higiene e segurança dos consumidores estão cada vez mais associadas à eficiência dos processos. Quando mais fácil for a limpeza das superfícies, menor o consumo de água e detergentes, e menor a duração dos ciclos de limpeza. A construção higiénica é completada com os procedimentos de monitorização microbiológica e de higiene. A colheita e análise de amostras ao longo dos ciclos de produção e engarrafamento assegura a trans10

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parência dos processos do ponto de vista da segurança dos consumidores e é também uma forma de verificar se os processos de limpeza estão a ser eficazes. Os resíduos orgânicos dos processos são removidos por agentes de limpeza alcalinos ou ácidos minerais. Existem aditivos especiais para os vários graus de limpeza necessários. As enzimas continuam a despertar interesse e as suas aplicações são um dos temas agendados no programa das conferências que irão decorrer no dia 18 de Setembro, em paralelo com a feira drinktec. Para a desinfecção das superfícies das máquinas, a indústria continua a utilizar produtos baseados no cloro, ozono, luz UV, aldeídos, perácidos, ácidos haloacéticos e compostos de amónio e álcool.

Desinfecção electroquímica Nos anos mais recentes, tem sido debatido o potencial do uso de água electroquimicamente activada (EQA ou ECA) nos processos de limpeza. Neste processo, usa-se a electrólise de membrana para produzir um composto de cloro desinfectante a partir de uma solução salina. O uso da água EQA nas indústrias de bebidas e alimentos líquidos tem sido investigado por empresa como a ProMaqua (Heidelberg, Alemanha), um dos expositores da feira drinktec.

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"O nosso processo de electrólise permite produzir água electroquimicamente activada de forma eficaz e no próprio local, água essa com uma concentração de cloro particularmente baixa. Na prática, essa concentração mínima de cloro na nossa água EQA significa uma redução do risco de corrosão. Os tubos e os componentes da máquina não são atacados. Com as aplicações CIP (cleaning in place), também é possível reduzir o consumo de tempo e de energia. No enchimento de bebidas microbiologicamente sensíveis, tais como refrigerantes de maçã, a pulverização contínua com água EQA pode prolongar os ciclos de produção e reduzir o consumo de aditivos conservantes" - afirma Robert Günther, da ProMaqua.

Higiene pessoal As pessoas são ainda uma das principais fontes de contaminação nas indústrias de alimentos e bebidas. Daí a importância da higiene pessoal na gestão da higiene. A lavagem e desinfecção de mãos, a limpeza e desinfecção dos sapatos, o vestuário de trabalho, as ferramentas, são os principais aspectos a ter em conta. Na feira drinktec, serão apresentadas soluções variadas, desde as simples estações de lavagem de mãos, até comportas de higienização, onde os procedimentos de higiene podem ser cumpridos de forma expedita. Nº 218 Maio-Junho 2013


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Enchimento suave, sabor e longa duração A evolução da tecnologia de enchimento asséptico é um dos principais focos de atenção dos técnicos da indústria de bebidas. Existe um leque diversificado de opções, que vão desde a assépsia em húmido até à esterilização a seco e à irradiação. No sector das chamadas "bebidas sensíveis", os processos de enchimento a quente têm estado a ceder terreno ao enchimento asséptico a frio. Mesmo sem saber destas diferenças, os consumidores querem bebidas frescas e naturais. Os retalhistas, por seu turno, querem bebidas de longa duração e que não exijam refrigeração. Os processos de enchimento asséptico são processos suaves, isto é, provocam o mínimo de alterações no produto, nos seus ingredientes e no teor vitamínico, ao mesmo tempo que permitem dispensar os conservantes (algo de que os consumidores nem querem ouvir falar). A feira drinktec 2013, que tem lugar em Munique nos dias 16 a 20 de Setembro, é uma boa oportunidade para actualizar o conhecimento das evoluções técnicas nos processos de enchimento. Para Holger Kahlert, vice-presidente da área de tecnologia de enchimento da Krones (Neutraubling, Alemanha), a tendência geral da tecnologia de enchimento asséptico vai para uma redução significativa dos meios de limpeza e esterilização: "os operadores das fábricas querem afastar-se

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dos métodos clássicos de assépsia em húmido com ácido paracético ou da esterilização a seco com peróxido de hidrogénio, preferindo sistemas sem químicos, tais como a irradiação. 'Sem água, sem vida': se o 'isolator' permanece seco e se não são utilizados químicos, os microorganismos não têm com que se alimentar e por isso a contaminação não ocorre". O 'isolator' seco melhora os níveis de higiene de toda a máquina. Esta tendência tem um efeito positivo no custo global do equipamento (investimento e custo de exploração, TCO - Total Cost of Ownership). A tendência para a esterilização sem químicos já vem de trás. Basta lembrar o sistema Sterilbeam da Procomac, para irradiação de cápsulas, ou o sistema e25ITB da AEB, para irradiação de garrafas, ambos apresentados na drinktec 2013 (a AEB cessou a actividade há cerca de um ano).

Preferência pelos blocos Os engarrafadores optam cada vez mais pelo conceito de blocos mecânicos/electrónicos e pela integração da moldação por sopro no sistema asséptico. Este tipo de soluções economiza espaço e custos, porque dispensa os transportadores a ar. Além disso, o afastamento do risco de prolongar a contaminação torna possível obter um nível mais elevado de segurança micro-biológica. A integração da máquina de moldação por sopro e da máquina de enchimento no mesmo bloco é possível com sistemas de controlo inteligentes capazes de compensar a falta de um acumulador entre as duas máquinas.

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Produtos com "extras" Outra área de interesse é o enchimento asséptico de produtos com "pedaços". A solução típica consistia no enchimento a quente do produto completo ou separadamente do sumo e dos pedaços. Mas agora os produtores-engarrafadores de sumos exigem processos que assegurem um tratamento ainda mais suave do produto. É por isso interessante verificar como é que os construtores de máquinas estão a dar resposta a este requisito, designadamente com novas válvulas, bicos e sistemas de enchimento. Na região asiática, onde se processam grandes volumes, ganha corpo a tendência para o processamento separado dos sumos e dos pedaços.

Alternativas económicas: o enchimento com higiene melhorada O enchimento com higiene melhorada, designado pela sigla EHF (enhanced hygienic filling) está a ser recomendado por vários construtores de máquinas como alternativa mais acessível, para o enchimento de bebidas com acidez moderada ou forte. Segundo Holger Kahlert, "combinado com um bloco integrado de moldação por sopro e um sistema asséptico, este método desinfecta a pré-forma e não a garrafa". Nº 218 Maio-Junho 2013


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GMP e modularidade A esterilização da pré-forma permite que o enchimento de bebidas em condição ultra-limpa se processe com menores custos e melhor desempenho ambiental. Na feira drinktec 2013, será possível observar esta opção de tratamento sem produtos químicos.

Sistemas assépticos para pequenas produções Outra tendência é para as instalações de enchimento asséptico para produção de lotes mais pequenos. Existe procura para sistemas assépticos para pequenas produções que podem dar mais flexibilidade para utilização com produtos diferentes e que permitem às PMEs consolidar o seu papel no negócio do engarrafamento. Nos sistemas assépticos, a regra de ouro é a da disponibilidade. Esta regra implica tempos curtos de mudança de formato ou produto e tempos curtos para os ciclos de limpeza. A indústria também procura soluções que reduzam o espaço ocupado pela "zona limpa", limitando-a às operações estritamente necessárias para a esterilização das embalagens e para o enchimento.

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A tecnologia de produção de bebidas e líquidos alimentares evolui no sentido da modularização e da conformidade com as boas práticas, as GMP (good manufacturing practices). A modularização das tecnologias é o que permite à indústria obter o máximo de variedade a partir de uma mesma base de produto normalizada - como na indústria automóvel. Por outro lado, a modularização, incluindo áreas como a filtração, o aquecimento e a limpeza, também permite aumentar a eficiência económica. A modularização é a etapa que se segue à normalização. Segundo os especialistas, existe uma relação económica directa entre a modularização e os sistemas de gestão da qualidade e GMP: a produção modular permite optimizar os custos de conformidade com as GMP. Em condições normais, e sem produção modular, 10 a 20% dos investimentos vão para a qualificação GMP.

A pré-montagem em skids A base de um processo normalizado e modularizado é a pré-montagem dos equipamentos em estruturas de aço inoxidável - destinadas "skids", formando blocos prontos a instalar, já com as ligações mecânicas e eléctricas, com os testes de funcionalidade efectuados,e com a respectiva conformidade GMP e respectiva documentação. A configuração destes skids obedece às necessidades de ligação. Na configuração das linhas de processamento e enchimento, os vários módulos são combinados segundo as necessidades, de modo a poderem ser

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activados ou "by passados" consoante a variedade de processo/ /produto em causa. Dentro de cada skid funcional poderão existir sub-blocos de instalação/operação combinada ou alternada. Nuns casos, serão sub-blocos intermitentes, noutros serão permutáveis. A construção por módulos começa a sua função de optimização muito antes de se iniciar a produção. Os skids de aço inoxidável são dimensionados em função do transporte, o que significa que o comissionamento será mais rápido no local de instalação. Por outro lado, os equipamentos ficam mais acessíveis para intervenção e manutenção. No sector dos equipamentos para processamento e enchimento de bebidas, a construção por blocos modulares já é conhecida, designadamente em áreas como os sistemas CIP/SIP, os sistemas de tratamento de águas, os pasteurizadores e os sistemas de filtração. O conceito dos skids não é um exclusivo das pequenas empresas e linhas. Também pode ser relevante para produções maiores e por isso o número de construtores de equipamentos para processamento e enchimento de bebidas e líquidos alimentares que vendem soluções pré-montadas em skids está a aumentar.

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engarrafamento

Tópicos a seguir na embalagem de bebidas Para a eterna procura de inovações e ideias que tornem a embalagem mais eficaz para vender o produto, mais eficiente em termos económicos e mais sustentável em termos ambientais, deixamos uma lista de tópicos que devem ser seguidos pelos profissionais do sector.

Códigos QR

O formato das latas

PET, o eterno flirt

Com o aumento dos consumidores que possuem 'smartphones', os códigos 'Quick Response' são uma forma de informar e comunicar. Mas é preciso que a expectativa não saia frustrada. Ter informação de qualidade e interesse é quase tão importante quanto ter um produto de qualidade.

A moldação diferenciada das latas, para fugir ao cilindro, não descolou. Razões de cadência e de custos não deixaram criar espaço nos mercados caracterizados pelos elevados volumes e cadências. Apesar disso, foram lançadas séries especiais de 'shaped cans', para replicar as curvas do vidro, ou para sugerir formatos especiais (como o laço da lata da imagem). Enquanto os processos não evoluem para tornar a moldação mais acessível, os fabricantes de latas oferecem mais serviços de impressão diferenciadora.

Dominante em segmento como as águas de mesa e os refrigerantes, o PET anda há décadas a namorar os mercados da cerveja e dos vinhos. Pode dizer-se que a evolução depende da tecnologia e da coragem das cervejeiras e das marcas de vinhos, mas o principal obstáculo continua a ser a competitividade do vidro. A história vai continuar.

Bag-in-box O regresso do vidro A embalagem de vidro está a ganhar adeptos em segmentos novos, incluindo as bebidas para camadas mais jovens. Em alguns países, há uma recuperação do mercado das águas minerais e de mesa, em que a garrafa de vidro é sinal de "topo de gama". Outra tendência a acompanhar é a procura de garrafas de vidro com formatos e decorações especiais.

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Termocrómicas e brilhantes A utilização das tintas termocrómicas (que mudam de cor com a temperatura) ainda vai na infância. A propriedade termocrómica pode ser usada para identificar se a bebida está bem fresca, ou para efeitos festivos como o brilho sob luz UV. Por exemplo, latas 'glow in the dark' para ambientes nocturnos. No futuro, os efeitos visuais serão apenas uma parte da tendência para embalagens "sensoriais".

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Discretamente, este tipo de embalagem, que se estabeleceu sobretudo no mercado industrial e no serviço de bebidas post-mix, começou a conquistar mercados finais. No caso dos vinhos, a progressão é notável. Em Portugal, o bag-in-box substituiu o garrafão e conquistou uma parte de mercado de primeira importância. As características da embalagem permitem muito mais, quer nos vinhos, quer no mercado das bebidas e outros líquidos alimentares.

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engarrafamento KeyKeg Slimline

PET de dupla parede para cervejas, vinhos e refrigerantes com gás Colocar um navio dentro de uma garrafa é uma questão de dobrar os mastros. Mas como colocar uma garrafa PET dentro de outra garrafa PET? A Lightweight Containers (Den Helder, Holanda) tem uma solução baseada no corte laser e na soldadura por ultrassons, combinados com o processo de moldação por sopro da SIPA. Mas para quê todo este trabalho? A resposta é o novo "barril" cilíndrico KeyKeg Slimline, uma nova ideia para cervejas, vinhos e também para refrigerantes. As novas embalagens são produzidas pela

Cartão para bebidas O triunfo do cartão para bebidas no mercado do leite (especialmente UHT) não se reproduziu noutros segmentos, apesar do sucesso no mercado dos sumos e de algumas "investidas" em mercados como os vinhos, as águas ou até mesmo as sopas ou compotas. Depois das variantes de formato, da inovação em tampas e das várias tentativas de lançamento de embalagens híbridas (cartão e plástico), que novas ideias surgirão?

Lightweight Containers numa linha totalmente automática. Duas máquinas de estiragem-sopro linear SIPA SFL2/2, conhecidas pela sua versatilidade, asseguram a produção das garrafas interior e exterior. A capacidade total da linha atinge os 400 KeyKegs por hora. A SIPA forneceu as máquinas e colaborou no projecto e prototipagem das embalagens. O KeyKeg Slimline funciona segundo o mesmo princípio da embalagem bag-in-box. É aplicada pressão entre a garrafa interior e a garrafa exterior, de modo a que a cerveja, vinho ou refrigerante saia sempre que a embalagem é aberta, enquanto o produto remanescente no interior continua preservado do contacto com o ar. O Keykeg Slimline é, por isso uma embalagem PET de dupla parede, destinada a ser usada para servir cervejas, vinhos ou refrigerantes com gás.

que a pressão actue sem que haja deformação exterior. O KeyKeg transporta 20 litros, mas é mais leve que as alternativas e suporta temperaturas e humidades elevadas durante o transporte. É fácil de manusear e de paletizar. Com 80 KeyKegs por palete, reduzem custos de transporte (menos 65% comparativamente aos barris metálicos). A base incorpora 50% de PET reciclado, a peça de topo é fabricada com 100% de PP reciclado. Os KeyKegs são também recicláveis (ver filme).

A Lightweight Containers levou dois anos a desenvolver o conceito, a que chama agora tecnologia Double Wall™ (parede dupla) e SBS (Strength by Separation, resistência através da separação). A interacção dinâmica das duas garrafas permite Nº 218 Maio-Junho 2013

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engarrafamento

Heineken France escolheu impressoras Markem-Imaje para linhas de engarrafamento multi-marca A Heineken France instalou 20 impressoras de jacto de tinta 9232 da Markem-Imaje, nas suas fábricas de Estrasburgo, Lille e Marselha. Para além da cerveja da estrela vermelha, a Heineken produz outras quinze cervejas, o que representa um desafio quanto à variedade de mensagens a marcar nas garrafas. O desafio multiplica-se com a diversidade de embalagens secundárias (cartão, filme plástico), de tipos de embalagem (garrafas, barris, caixas) e com a alta velocidade das linhas, que chega a atingir as 70 000 caixas/hora. O âmbiente húmido das salas de engarrafamento de cervejas foi outro dos desafios colocados à marcação

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por jacto de tinta, exigindo a pré-secagem das áreas a imprimir. Para além de superar os desafios técnicos com as impressoras 9232, a Markem-Imaje assumiu este projecto com uma abordagem global, que incluiu no contrato a locação dos equipamentos, a manutenção correctiva e preventiva, a recupera-

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ção e tratamento de resíduos, bem como o fornecimento de consumíveis, além da formação de técnicos de manutenção e operadores de linhas da própria Heineken. Clicando no ícone, pode ver-se um pequeno filme sobre estas impressoras.

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tampas e cápsulas Procap

Cápsula universal para águas e refrigerantes As novas cápsulas 28-1881 PROSPARK da PROCAP proporcionam redução de tempo e custos para os engarrafadores e mais facilidade de abertura para os consumidores. Destinam-se a garrafas PET de águas e refrigerantes, com e sem gás. Trata-se de uma gama de cápsulas leves, "universais" para marisas 28-1881, com alta retenção de CO2, ideal para produtos com volume de CO2 até 8,5 g/l. Isto significa que os engarrafadores podem utilizar a mesma cápsula

para produtos diferentes, reduzindo os custos e tempos de reposição de stocks, bem como as mudanças nos equipamentos de capsulagem. A nova cápsula tem um desenho melhorado para facilitar o gesto de abertura e fecho pelos consumidores, incluindo crianças e idosos. O ângulo de fecho é controlado por uma marca exterior para assegurar a qualidade do fecho. Qualquer manipulação indevida da cápsula torna-se evidente, aumentando a segurança dos consumidores e da marca.

As cápsulas PROSPARK cumprem as normas da BSDA (British Soft Drinks Association).

Ccap

Sistema de controlo do diâmetro de cápsulas A EGITRON, empresa especialista no desenvolvimento de produtos para a área do controlo da qualidade, desenvolveu um sistema de controlo do diâmetro de cápsulas. O sistema tem uma resolução de 0,1 mm e constitui uma novidade numa indústria habituada aos sistemas tradicionais de controlo tipo "passa/não passa". A gama de medição é feita à medida da necessidade do utilizador, sendo que existe a possibilidade de se alterar essa gama de medição alterando apenas um acessório do Ccap. O Ccap é um sistema simples e de fácil utilização. Dada a sua dimensão, é facilmente manuseável e pode ser colocado em cima de uma simples bancada.

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O princípio de funcionamento assemelha-se ao antigo sistema “passa/não passa” mas desta vez, inserindo a garrafa num copo. Um comparador em conjunto com um grupo de anéis de medição dará o diâmetro de aperto da cápsula. Todas as medições são enviadas para um software de interface através de um pedal, ou outro meio de accionamento. O software que acompanha o Ccap adquire a informação, regista-a numa base de dados que fica disponível para o utilizador. Este software permite a inserção de um conjunto de informações úteis ao ensaio, tais como o lote, fornecedor, operador e tipo de cápsula. Através de uma base de dados, é feito o registo de cada ensaio e permitindo fazer consultas a ensaios anteriores. Toda a informação é representada em forma tabelar e gráfica que posteriormente

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pode ser impressa ou exportada para Excel. Para mais informação, clicar nos ícones em baixo.

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embalagem metálica

Lata Sleek para limonada A marca Valensina (Alemanha) escolheu a Sleek Can de 33 cl para relançar a Valensina Saft, um refrigerante com elevado teor de sumo, 20% para a variedade laranja e 10% para a variedade limão. É o primeiro produto da marca em embalagem metálica e está no mercado retalhista desde Maio. As latas Sleek são fabricadas pela Ball Pakaging Europe, com impressão em cores brilhantes e apelativas.

Créditos para smartphones A Karlsberg Brauerei lançou a campanha de Verão MiXery, em que os consumidores de rerigerantes podem coleccionar pontos, trocá-los por "X-credits" e usar estes para licitar e leiões on line de smartphones e vouchers de viagens. A promoção visa o mercado mais jovem e implica a impressão dos pontos nas tampas das latas e sixpacks das marcas Nastrov Iced Lemon e Nastrov Iced Blue. Os códigos são impressos na parte inferior da patilha de abertura das latas de 50 cl. A impressão laser da chapa é um serviço adicional prestado pela Ball Packaging Europe. O processo de scribing laser permite impimir até 16 caracteres em 35 milissegundos.

Tinto Espanhol e branco Francês em lata de alumínio A Wild Pelican lançou no mercado britânico um vinho branco e um vinho tinto em latas de alumínio "slim" de 20 cl (18,7 cl de vinho) com acabamento mate, fabricadas pela Ball Packaging Europe. A escolha contraria a forte tradição mas protege o sabor do vinho contra os efeitos da luz, do oxigénio e do TCA. Para o vinho tinto, a Wild Pelican optou pela uva tempranillo do norte da Espanha. O vinho tem aroma de frutas vermelhas e é aconselhado para acompanhar carnes vermelhas, especialmente de cordeiro e de caça. O branco é um vinho frutado vibrante da região francesa da Gasconha, com aroma de pêssego e sabor cítrico com uma acidez agradável. No YouTube, a Wild Pelican colocou um pequeno filme em que desafia a percepção negativa do vinho em lata (clicar no ícone para ver).

A marca ajusta-se ao estilo de vida activo dos jovens que não são tradicionais consumidores de vinho mas que estão interessados em produtos de alta qualidade. Na altura que aumenta o número de pessoas que vivem sós, as latas de bebidas representam uma boa escolha de embalagem "single serve", permitindo saborear o vinho favorito em qualquer tempo e lugar - na praia com os amigos, num picnic no campo ou numa refeição em casa.

A marca Wild Pelican está interessada em criar um novo gosto pelo vinho, através da apresentação de um vinho fácil de entender e de saborear. 18

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embalagem metálica

Impressão variável

Lata de Coca-Cola partilhável - "apenas" uma ideia

A Ball Packaging Europe anunciou a possibilidade de produzir até 24 impressões diferentes no mesmo lote de produção de latas para bebidas. Os clientes podem variar os logótipos, imagens ou mensagens impressas, tendo em vista segmentos de mercado diferenciados, a obtenção de "efeitos combinados" na apresentação nos pontos de venda, a diferenciação de promoções, lotes especiais para eventos, etc.. O sistema de impressão variável Dynamark pode ser integrado nos processos de impressão existentes, para todos os formatos de latas de aço ou alumínio. O sistema não afecta a velocidade de impressão e está disponível nas fábricas da Ball de Weissenthurm (Alemanha), Oss (Holanda), Belgrado (Séria) e Radomsko (Polónia).

Ano após ano, a Coca-Cola encorajou as pessoas a partilhar a felicidade e sugeriu vários modos de partilhar o refrigerante. Mas há sempre algo que não pode ser partilhado: a lata.

E se fosse possível? A Ogilvy & Mather de Singapura e França juntaram recursos para repensar a lata de Coca-Cola e torná-la partilhável: aquilo que parece uma normal lata de 33 cl são, afinal, duas e podem ser rodadas, divididas e partilhadas. "Metade para ti e metade para alguém que amas", explica Leonardo O'Grady, director de comunicação da Coca-Cola ASEAN. “A lata partilhável da Coca-Cola está no coração do espírito optimista e social da marca, que é um legado de 127 anos…e proporciona mais um momento inesperado de ligação e de felicidade".

Vinhos City Line A linha de vinhos "City Line" da empresa de vinhos Peter Mertes (Alemanha) ganhou o prémio de retalho multi-categoria da revista 'Handelsjournal'. A linha é composta por quatro variedades de vinho acondicionado em embalagens metálicas de 20 cc e formato 'slim,', com impressão idêntica mas diferenciada pela

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côr. A apresentação em lata visa conquistar o segmento dos 18 aos 35 anos e o consumo individual. As latas incluem um código QR que dá acesso ao website da empresa no smartphone do consumidor. O vinho em lata tem uma expressão reduzida mas as vendas estão a crescer cerca de 10% ao ano.

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O vídeo do conceito da lata partilhável, publicado no dia 29 de Maio, obteve 1 434 295 visualizações no You Tube (até hoje). Um sucesso. Mas a lata partilhável não é um protótipo. A Coca-Cola não tem planos para produzir e encher estas latas de "rodar e partilhar". O conceito é uma excelente ideia de marketing, mas difícil e cara de implementar em termos de produção das latas e de linhas de enchimento.

Água da Catalunha A marca Vichy Catalán rendeu-se à embalagem metálica. As variedades "genuína" e "limão" passaram a ter apresentação em lata de alumínio de 33 cl, visando o mercado jovem urbano, dos 16 aos 35 anos. A água com gás é apresentada como alternativa saudável. As latas são produzidas em La Ciotat (França) pela Ball Packaging Europe.

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embalagem metálica

Lata de 3 peças também é um ícone ambiental A lata de três peças (corpo, fundo e topo), largamente usada para acondicionar e conservar produtos alimentares, é um ícone da história da embalagem. Na sua origem está a descoberta de Nicolas Appert no início do séc. XIX: o aquecimento de alimentos em embalagem estanque permite uma conservação longa. Appert ganhou o prémio de 12 mil francos oferecido pelo governo francês para a melhor ideia para resolver o problema da logística alimentar das tropas em campanha. A ideia premiada por Napoleão em 1809 (o primeiro concurso de embalagem) foi concretizada em frascos de vidro com rolhas de cortiça. No ano seguinte, o britânico Peter Durand patenteou a ideia mas, mais tarde, acabou por vender a patente a uma empresa francesa. A "appertização" passou do vidro para a lata de ferro estanhado. Tinha nascido a lata de três peças.

Em 1962, Andy Warhol reproduziu as 32 variedades das sopas Campbell em outras tantas serigrafias. A primeira exposição quase passou despercebida mas a controvérsia que se seguiu deu origem à corrente "pop art". O conjunto dos três quadros está no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. A lata de três peças tornou-se um ícone da sociedade de consumo. 20

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Já no século XXI, a lata de três peças registou uma redução da "pegada de carbono" na ordem dos 30%, tornando-se um ícone ambiental. O desempenho ambiental desta embalagem foi analisado pela Empac (a associação europeia das indústrias fabricantes de embalagens metálicas), compilando dados estatísticos do período 2000 - 2010. Nesta primeira década, as latas de 3 peças reduziram o seu peso médio em 6% e a taxa de reciclagem aumentou 44% (média europeia). A redução de peso traduz-se numa redução dos consumos de combustível nos transportes e numa redução da quantidade de material para embalar a mesma quantidade de produto. A embalagem requer, por isso, uma menor utilização dos recursos. Por outro lado, o aumento espectacular da reciclagem, potenciada pelas técnicas de

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triagem automática das embalagens metálicas, reduziu drasticamente o contributo da embalagem para o consumo de recursos naturais. As embalagens metálicas são fáceis de separar dos restantes resíduos urbanos. São fáceis de identificar e separar pelos consumidores, e são fáceis de separar por electroíman ou correntes de Foucault. Por isso as latas são separadas não num só ponto mas em vários pontos ao longo do ciclo de vida. Quando não separadas pelos consumidores, são separadas nas estações de compostagem (à entrada) ou nas unidades de valorização energética (à saída). Segundo o estudo da Empac, a combinação da redução de peso com o aumento da reciclagem traduz-se numa redução de 30% das emissões de CO2. O estudo baseou-se em dados fornecidos pela APEAL (Associação de Produtores Europeus de Embalagens Metálicas), pela Soudronic (fabricante suíço de máquinas para fabrico de embalagens metálicas) e pelo TNO (instituto holandês de pesquisa aplicada). Nº 218 Maio-Junho 2013


embalagem metálica

Aerossóis premiados Os prémios da AEROBAL (associação europeia dos fabricantes de aerossóis de alumínio) de 2012 foram atribuídos à embalagem 'Rexona Clear Diamond', produzida pela Tubex, na categoria "embalagens que já estão no mercado" e à embalagem ReAl™ produzida pela Ball Corporation, na categoria "protótipos".

A lata Rexona apresenta um formato curvo ("feminino") e uma impressão caracterizada pelo contraste entre o fundo negro e o ramo de lavanda, que deixa transparecer o brilho do alumínio. Especial destaque é dado ao logótipo de marca, também a tom púrpura, impresso na parte superior da lata, com um efeito 3D. Para realçar, a impressão conta ainda com um verniz mate. A lata ReAl™ ganhou o prémio da AEROBAL pela concretização da utilização de alumínio reciclado na produção de latas por embutição-estiragem. A lata é mais leve em cerca de 10% e a Ball espera reduzir ainda mais o peso. Actualmente, estas latas são produzidas a partir de discos de alumínio "virgem". A Ball já registou a patente do processo de produção com reciclado.

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etiquetagem e codificação Domino

Laser para PP A gama de codificadores laser da Série D da Domino foi aumentada com a nova cabeça de marcação 'i-Tech 10' e a variante 'D320i 10 Red Tube' para marcação de embalagens de polipropileno (PP), incluindo embalagens flexíveis. Esta variante trabalha a um comprimento de onda de 10,2 µm, evitando o efeito de empolamento do material e a consequente distorção do código marcado. A maior absorção do feixe laser elimina a possibilidade de distorção do código e resulta numa marcação de alta qualidade e precisão para níveis máximos de contraste e nitidez dos textos, gráficos, códigos datamatrix lineares e 2D. A variante 'Red Tube' é indicada quer para marcação em filmes, quer em plásticos rígidos, designadamente em embalagens alimentares, de bebidas, de cosméticos e medicamentos.

A cabeça de impressão 'i-Tech 10' permite também velocidades 31% mais elevadas, comparativamente aos modelos precedentes. A gama de codificadores de marcação laser da Série D da Domino trabalha em linhas de produção de baixa a alta velocidade e inclui os modelos D120i (10-watt), D320i (30-watt) e D620i (60 watt). Todas as variantes incluem a tecnologia i-Tech da Domino, que reduz os tempos de paragem e aumentam a eficiência da produção. A utilização beneficia do painel táctil intuitivo, da possibilidade de controlo remoto via interface web, que pode ser executada a partir de PC, e ainda da possibilidade de controlo dos codificadores laser da Domino através das interfaces da linha de produção do próprio utilizador. Todos os modelos estão disponíveis em versões compatíveis com 21-CFR parte 11 e GAMP. As funcionalidades incluem palavras-passe e comunicações de mudança. A Serie D é também compatível com a solução Codentify®, que imprime um código único de 12 dígitos para oferecer autenticação do produto e permitir a recuperação fiscal.

Avery Dennison

Novos suportes para rótulos A Avery Dennison está a lançar os novos suportes (liners) PET23 para papéis de rotulagem de garrafas de vinhos e bebidas espirituosas. A nova alternativa aos liners de papéis revestidos (glassine) baseia-se em filme de PET e tem apenas 23 µm, a menor espessura do mercado. A menor espessura permite ganhos de produtividade na produção de rótulos e nas linhas de engarrafamento (intervalos de reposição mais espaçados). Por outro lado, o material de suporte é duplamente fácil de reciclar, por ser mono-material e por existir procura elevada de PET para reciclar. 22

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packaging design

Prémios Líderpack O júri do concurso Líderpack (Espanha) atribuiu prémios a 28 criadores de embalagens e soluções de PLV (publicidade no local de venda), depois do escrutínio de 85 candidaturas. O concurso, organizado pela feira de Barcelona e pela Associação Graphispack, teve uma das maiores participações de sempre e os prémios foram repartidos pelas categorias "packaging" (18), PLV (4) e "design jovem" (6). A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar em Novembro. Destacamos os modelos mais significativos. Entre os premiados estão as embalagens para azeite criadas para a marca 'Aragem' (Cooperativa de Cambrils) pela empresa de design Debonatinta. Rompendo com as tradições da embalagem de azeite, as novas embalagens elevam o posicionamento do produto, a pensar sobretudo nos mercados de exportação. O charme do vidro negro tem a vantagem da opacidade (preservação do produto por via da menor exposição à luz).

Não menos radical é a embalagem para o azeite "L'oli del mar", confirmando a tendência e a regra segundo a qual a gama alta do azeite exige embalagem sofisticada. Neste caso, uma garrafa elegante, branca e opaca. A opacidade foi também critério para premiar as embalagens de PP injectado apresentadas pela ITC Packaging. As propriedades barreira são acrescidas pela rotulagem no molde (IML) com a vantagem de uma melhor decoração da embalagem. Nº 218 Maio-Junho 2013

O "sistema Macro" da ControlPack resolve o problema da protecção de produtos paletizados que precisam de ventilação e que não devem estar sujeitos à condensação. A solução consiste num filme macro-perfurado que estabiliza e segura a carga, mas deixa-a "respirar". Neste caso, embalagens de guacamole. Sem surpresa, a embalagem alimentar predomina na lista de premiados. O júri atribuiu prémios às embalagens seguintes:

A cortiça, sempre O triunfo da embalagem bag-in-box não afasta necessariamente a cortiça. A SICE Lantero Embalajes ganhou um prémio Liderpack com a sua "Bag in Box Corcho" (Bag-in-Box Cortiça): a bolsa flexível de 3 litros com torneira extraível é colocada numa caixa de cortiça natural! O conceito de "packaging" combina com o vinho engarrafado, já que a marca decora as garrafas de vidro com rótulos de cortiça.

Embalagem sob vácuo para o presunto fatiado Beher.

A Logoembalajes criou uma caixa de cartão canelado, formada por uma só peça de cartão, com montagem e fecho sem cola e sem acessórios e com sistema de fecho inviolável (evidente).

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Gin de autor - é a ideia da linha de podutos "Botánicos Gin Mare", apresentada num estojo que sintetiza as funções de embalagem de grupo (4 garrafinhas de gin) e de expositor. As duas tampas laterais deslizam para revelar um expositor sem fundo que deixa a luz enaltecer o produto. índice

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packaging design Qualquer que seja a resposta, a Coreti vai receber um prémio Liderpack de Ouro em Novembro por esta sua criação.

Soluções de embalagem No capítulo da embalagem industrial, a eterna ordem do dia é a combinação entre protecção e economia.

Para vestir a 'Cervesa de Nadal', nada melhor que um rótulo de papel de fibra de algodão, que a Gráficas Varias imprimiu simulando a escrita manual. Uma ideia que pode pegar nos países onde as craft beers e as cervejas de nicho são mais populares.

As Cartonejes Font patentearam um novo sistema de separadores em cartão canelado, para garafas de vinho ou cava. A protecção contra o choque é conseguida pela habilidosa combinação de dobras do cartão.

A etiqueta revolucionária

O primeiro exemplo, mosta como é possível acondicionar peças planas numa simples caixa FEFCO 0201, utilizando simples separadores de cartão canelado, desenhados e fabricados pela Cartonajes Lantegi. Nunca está tudo dito e feito para uma marca conhecida. As águas 'Font Vella' lançaram, em colaboração com o estúdio de design Batllegroup, uma nova embalagem de 25 cl com boquilha para bebés a partir dos 6 meses, vendida em conjuntos de 3 agrupados sob retráctil com impressão dos tons bébé que todos os pais reconhecem facilmente nos lineares.

A marca de vinhos Don Simón (Garcia Carrion), uma das maiores exportadoras de Espanha, não teve medo de arriscar no PET. As garrafas PET produzidas pela APPE têm design nobre, são mais leves e recicláveis como as de vidro. O vinho conserva-se durante dois anos. 24

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A etiqueta "1991", criada em Espanha pela Coreti (La Coruña, Espanha), rompe com as regras. É sofisticada, mas prescinde da tinta! Em vez da impressão, o suporte é submetido a relevos e recortes, tirando partido do contraste entre o branco do papel e a cor escura da garrafa. Pouca informação? Nem pensar. Num dos lados, o recorte cria um código QR, que pode ser lido por um smartphone e dar acesso a informação completa. A funcionalidade tecnológica é ideal para conquistar consumidores mais atreitos a este tipo de "gadgets". Mas a inovação não fica por aí. A etiqueta pode ter um picotado que permite abrir duas abas perfuradas que servem como…pega para levar a garrafa. O conceito pode ser melhor observado no filme (clicar no ícone ao lado).

A Cartonajes Font distinguiu-se pelas soluções em cartão canelado para transporte e protecção de tejadilhos. Neste conceito, prescinde-se do poliestireno expandido e a caixa tem recortes estudados para o travamento de diferentes dimensões de tejadilho.

É claro que esta funcionalidade nómada tem implicações no material de suporte: para maior resistência, o papel é revestido a polipropileno. Será ainda uma etiqueta?

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packaging design A Tecnicárton desenvolveu uma solução extra-forte, integralmente em cartão canelado, para exportação de faróis para a China.

Automontável sem renhuras O terceiro prémio jovem foi atribuído à embalagem de cartão canelado 'sushi box' para entrega de refeições, criada pelos jovens designers AzidoCítrico.

Dos mesmos designers a ideia de embalagem de cartão canelado 'chillón' para gelado picante de lima, limão e framboesa. Os designers criaram uma embalagem tipo canudo que se abre pelo meio, um pack de três sabores e ainda um expositor. Os estudantes Jacobo Sandino, Hisa Nimi e Alejandro Giraldo mereceram um prémio pela ideia original de uma embalagem para perfume com a forma de uma câmara fotográfica! A ideia passou directamente da escola para o mercado, já que a marca Pull&Bear comprou a ideia e já a colocou na sua rede de lojas para um perfume Akewuele.

Na categoria de embalagens para os sectores da saúde e beleza, a preferência do júri foi para uma caixa de cartão "automontável" mas sem ranhuras, destinada a servir de estojo para produtos de alta gama. O projecto é das Cartonajes Lantegi.

O Grupo Miralles projectou o estojo SkinSpa para uma depiladora eléctrica que pode ser usada debaixo de água.

Jovens Designers Os alunos da Escola de Formação Profissionaol dos Salesianos de Sarrià (Barcelona) mereceram dois prémios Liderpack por outras tantas respostas ao desafio de criar uma embalagem postal (promocional obviamente) para…um ovo.

Prémios PLV Como despertar a atenção dos consumidores no ambiente apressado, denso e super-povoado dos locais de venda? Essa é a missão dos expositores de PLV. Vale a pena ver as novidades premiadas em Espanha. A Zedis, com o seu 'Mueble Demo Meep', criou um espaço lúdico e didáctico para familiarizar as crianças com o "universo MEEP" (um tablet para crianças). O expositor é construído em ferro, madeira e cartão e está preparado para a demonstração do MEEP e de vários "periféricos".

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packaging design Prémios PLV (continuação) Também da Zedis, o expositor para as armações de óculos da marca catalã TOUS. Propositadamente minimalista, o expositor deixa todo o "protagonismo" ao produto. A construção envolve metacrilato, ferro, aço inox, espelho e iluminação.

O Grupo Miralles construiu um expositor para os biscoitos "Cocina Royal", enaltecendo a caacterística em destaque: sabor a biscoitos acabados de fazer.

A Unión Pack criou um expositor com visibilidade e acesso pelos quatro lados, idealizado para expor

cadernos com modelos e cores diferenciadas. Denominado 'Minicatedral ', o expositor é fabricado integralmente em cartão, sem qualquer colagem e foi projectado para viajar cheio de produtos e pronto para colocar no ponto de venda.

Dos estudantes Marta Carrete e Carlos Gamboa, da Escola dos Salesianos de Sarrià, veio a ideia de um expositor semi-transparente e com iluminação interior LED. A ideia foi desenvolvida para promover um livro.

PE de alta transparência A Repsol desenvolveu uma nova família de copolíeros de PE de alta transparência, destinados sobretudo à produção de embalagens para produtos alimentares. A nova linha é formada pelos graus Isplen® PR590C2M, PR595C2M e PR599C2M, todos compatíveis para contacto alimentar. Destacam-se as propriedades de acabamento, coloração e também as características organolépticas (preservação das qualidades sensoriais do produto embalado).

PP para compotas A compota de morango Schwartauer’s Fruttissima superou o teste de mercado, na Alemanha, com a embalagem de PP fabricada pela RPC Kutenholz. A embalagem de 250 g tem uma tampa metálica e um selo de laminado de PP + folha de alumínio. É uma das poucas marcas de compota apresentada nas prateleiras de refrigerados. 26

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máquinas

Barris em PET A Petainer, fabricante de barris em PET para cervejas e vinhos, designou a Eminence (Treviso, Italia) para as vendas do sistema Petainer na Itália. É mais um passo para a expansão deste conceito alternativo aos barris metálicos. A Eminence dedicava-se até há bem pouco tempo apenas à distribuição de vinhos. A estrutura do material consiste em PET e poliamida (camada barreira) e assegura tempos de vida útil de 6 a 9 meses. A embalagem exterior (de PP ou cartão canelado) contribui para uma redução considerável de peso comparativamente aos barris metálicos reutilizáveis. Os barris de PET são de uso único. As desvantagens da multiplicação dos custos de embalagem e dos custos de recolha dos barris usados são compensadas pela eliminação dos custos de retorno, de lavagem, dos prejuízos por furto de barris, e ainda pelas receitas da venda de barris usados para reciclagem. Os barris em PET da Petainer existem nos formatos de 15, 20, 30 e 40 l, todos com pressão interna inferior a 3 bar (muito abaixo da pressão de rebentamento, de 8 a 10 bar). Suportam compressão vertical de 40/50 kg a 160 kg, o que permite a paletização (4 ou 3 camadas, consoante o formato). Cada europalete pode transportar 45 barris de 15 l ou 18 de 40 l.

Está disponível no mercado tecnologia de enchimento manual e automático para estes barris de PET. A Petainer conta com a parceria técnica da KHS (Alemanha), um dos maiores especialistas mundiais em equipamentos e linhas para enchimento de cervejas. O sistema de enchimento manual pode ser visto no filme acessível clicando no ícone ao lado.

Controlador para robô delta A Bosch Packaging Technology (Estugarda, Alemanha) lançou um novo controlador para o robô delta, com novo software. O controlador Gemini 4 integra componentes da Bosch Rexroth e da Beckhoff e assegura mais velocidade e menos tempos de paragem. No mesmo controlador, é possível operar até 8 robôs delta e 16 transportadores. Os novos robôs delta podem manipular produtos ou embalagens diferentes sem necessidade de mudar as ferramentas. O novo controlador tem um software mais intuitivo, que torna o processo de aprendizagem pelos operadores mais fácil. Nº 218 Maio-Junho 2013

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Máquinas de embalagem: A análise de custos Há muito tempo que a avaliação e escolha de uma máquina de embalagem deixou de se fazer apenas em função o preço. Hoje em dia, o custo de uma máquina simples pode variar numa relação de 1 para 10. Quem quiser uma máquina "descartável", para mandar para a sucata ao fim de pouco tempo, pode comprar uma engenhoca asiática. Quem quiser uma máquina fiável, durável, com assistência garantida, com a certeza de poder substituir um sensor sem dificuldade, sabe que o preço de compra é apenas a parte visível do icebergue. Que procuram hoje os produtores-embaladores quando avaliam máquinas de embalagem? A resposta mais óbvia é: que cumpram a função, ao mais baixo custo. Está tudo dito nestas palavras. Passar à prática é bem mais difícil. Comecemos pelo que não se deve fazer:

Pecados capitais 1 - O amigalhaço e o "esquema" É sempre útil ter bom relacionamento com vendedores de máquinas, mas a escolha deve ser feita em função de razões técnicas e não emocionais. Quem compra máquinas apenas por amizade, corre o risco de ficar sem máquina e sem amigo. Depois, há os esquemas, os favores, as comissões e outras desonestidades que ainda abundam e que são uma das razões da ineficiência e da má reputação de algumas (e algumas já são demasiadas) empresas portuguesas. Falemos claro, seja qual for o valor em causa, a palavra é a mesma: corrupção. A pública é grave. A privada não o é menos. 2 - O brilharete do preço Pode fazer-se boa figura perante o director ou o patrão negociando a máquina mais barata. Isto é típico quando há uma divisão entre quem 28

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recomenda e quem decide. Quem recomenda faz um brilharete com o preço. Depois, quando a máquina começa a dar problemas, até pode já nem estar na empresa. Quem decide deita as culpas para a recomendação que recebeu, mas esquece-se de que foi pouco exigente quanto à fundamentação da recomendação que o levou a decidir.

nacionais na consulta ao mercado; b) esquecer a importância do factor proximidade, em matéria de serviço pós-venda e em matéria de "construção à medida"; c) preferir por princípio o fabricante estrangeiro (seguindo o atavismo anti-nacional que nos caracteriza) e d) impor restrições desnecessárias à divulgação e comunicação do projecto.

3 - Made in Portugal? Há quem simplesmente não acredite que a máquina pode ser feita em Portugal. Em muitos casos, isso é ignorância pura. Portugal tem projectistas e construtores de máquinas cuja competência está, no mínimo, acima da média europeia (acreditem: o autor desta afirmação tem mais de três décadas de jornalismo na área). Essa ignorância leva a que, na maior parte dos casos, os construtores nacionais não são sequer consultados. Isso não se deve à sua incompetência técnica, mas à mania (a palavra é pouco simpática, mas é a mais adequada) de trabalhar às escondidas. Os fabricantes de máquinas não se anunciam, não comunicam, acham que o "passa palavra" é suficiente". Os seus colegas de outros países fazem bons catálogos, enchem as revistas da especialidade de anúncios e press releases, vão às feiras do sector e gerem um orçamento específico para se manterem "na berra". Por causa disso, muitos dos construtores estão condenados a fabricar por encomenda e a vender a preço de série (sem recuperar os custos de desenvolvimento). Os compradores, por seu turno, exageram nas exigências de segredo. Não querem que ninguém saiba que têm uma máquina ou uma linha nova e muito menos que seja mostrada. À força de tanto se esconder, a indústria portuguesa tem um problema de visibilidade. O seu peso no PIB é pequeno, mas a visibilidade ainda é menor! Mas vamos ao que interessa: na avaliação de máquinas de embalagem, o que NÃO SE DEVE FAZER é: a) omitir a consulta de fabricantes

4 - Não ter um procedimento específico para a aquisição de equipamentos Nos dias que correm, as empresas não ganham dinheiro a vender. Os preços e margens são os que o mercado permite. Os resultados dependem muito mais das compras e da eficiência interna. É aí que se deve investigar mais. Uma linha, uma máquina, um simples motor gasta dinheiro todos os dias, todas as horas e minutos. Quando está a trabalhar e quando não está. Decidir a compra sem percorrer uma lista de verificação completa é um erro caro. A capacidade para "desenrascar" só é uma virtude se não faltar algo de essencial em indústria: método!

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Em suma, para comprar bem, comece por pôr de lado os PECADOS CAPITAIS na compra de máquinas: a corrupção, o brilharete do preço, o atavismo anti-nacional, o secretismo e a falta de procedimentos.

Regras clássicas A instalação de uma nova máquina é sempre um projecto de investimento e tem que ser encarada como tal. Daí a análise necessária de parâmetros como o preço de aquisição, o custo financeiro (modalidade de aquisição), os custos operacionais, os custos laborais, os consumos e perdas de materiais de embalagem, os rendimentos e perdas de produto, a velocidade e a cadência. Importa lembrar a relação entre custos de enchimento (ou outra operação) e a dimensão típica dos Nº 218 Maio-Junho 2013


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lotes. Os custos de uma máquina manual são pouco influenciados pela dimensão do lote. Se os lotes forem maiores, os custos decrescem significativamente com máquinas automáticas. A meio-termo estão as máquinas semi-automáticas. Para além do grau ou nível de automatização, há que procurar a melhor combinação possível entre cadência e flexibilidade. Uma empresa que tenha que produzir grandes séries de produtos uniformes ou mesmo idênticos, não deve sacrificar a cadência. Uma empresa com grande variedade de produtos tende a investir em máquinas e linhas com mudança rápida de formato (quick change over), ainda que tenham cadências menores. Na última década, a tecnologia de automação e a engenharia mecânica permitiram a alguns construtores de máquinas desfazer o dilema entre cadência e flexibilidade. Onde dantes era necessário substituir uma estrela ou outras partes de máquina inteiras, hoje muda-se de formato e de "receita" premindo um botão. A avaliação de parâmetros de uma máquina tem que ter em conta a linha em que vai ser instalada, hoje e amanhã. Há que identificar os equipamentos críticos, os equipamentos limitantes. Por outro lado, uma cadência elevada pode ser inútil hoje (por razões de actividade ou por razões técnicas: máquinas limitantes a montante ou jusante), mas pode ser necessária amanhã. Mais uma palavra sobre cadências: se o fabricante diz que a máquina faz 10 mil/hora em condições normais, a máquina tem que fazer mesmo as 10 mil/hora, nessas mesmas condições. Não basta que a cadência esteja no catálogo - deve ser uma cláusula contratual. O fornecedor da máquina fica mais responsável. O utilizador também: ele terá que cumprir as condições operativas e de manutenção especificadas pelo fabricante. E aqui, há Nº 218 Maio-Junho 2013

outras contas para fazer: em princípio, uma cadência de 5 mil/hora durante 98% do tempo é melhor que uma cadência de 7 mil hora durante 65% do tempo. Uma disponibilidade abaixo de 90% é, hoje em dia, anormal. Há que ser exigente nesta matéria. As máquinas destinam-se a ser integradas em linhas, o que envolve sempre problemas de interligação mecânica (transportadores), de dados (automatização e controlo), e também as decisões relativas a bifurcações (partes dedicadas, partes comuns, partes duplicadas), acumuladores, etc.. Às vezes, o problema é encarado apenas como "substituir uma máquina por outra". Será mesmo?

Regras menos clássicas Lado a lado com as regras consideradas "clássicas" para avaliar um projecto de investimento numa nova máquina, estão considerações que ganharam importância nos anos mais recentes. Vamos destacar algumas. Ergonomia - As máquinas, por mais automáticas que sejam, devem ser mais facilmente acessíveis para os operadores. Uma das operações típicas numa linha de embalagem é a reposição de bobinas, tampas ou outros consumíveis. A ergonomia não é apenas mais conforto para os operadores (o que já seria motivo suficiente), é também um factor adicional de produtividade. A verdade é que ainda existem esforços físicos perfeitamente inúteis (exemplo: subir e descer escadas para repor cápsulas), que têm um custo laboral acima do investimento num sistema mais ergonómico. Segurança máquinas - Existem normas, são obrigatórias. Não é necessário dizer mais.

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Facilidade de utilização O tempo da máquina "especial" e do "só o Zé é que consegue lidar com ela" acabou (ou devia ter acabado). As máquinas devem ser "amigas do operador", os painéis devem ser intuitivos, as "ajudas" devem estar "à mão". A fábrica não pode estar dependente do "Zé". O treino de um novo operador deve ser o mais rápido possível. No processo de selecção de uma máquina de embalagem Eficiência de materiais e produtos - Desperdício. O saco roto das linhas de produção e embalagem. Este factor, só por si, pode fazer toda a diferença, mas só muito raramente é avaliado no processo de compra. Que quantidade de produto se gasta numa mudança de produção? Que quantidade de material de embalagem se gasta numa mudança de bobina? Eficiência energética - É, decisivamente, um dos factores mais importantes nos custos das indústrias transformadoras. Basta dizer que a simples actualização dos motores eléctricos (substituição por motores de alta eficiência) pode reduzir 50% a 70% dos custos de energia totais da indústria. Isto significa que existe um potencial enorme de economia de custos por explorar. No processo de negociação de uma máquina, há que verificar os consumos eléctricos e, se possível, testá-los ou mesmo transformá-los em cláusula contratual. Os ganhos de eficiência da tecnologia de accionamentos alteraram as regras clássicas da obsolescência e do tempo de vida útil. A vida útil de um motor não é apenas o tempo que ele pode funcionar e cumprir a função, é também o tempo em que o faz sem que haja alternativa mais eficiente. A maior parte dos motores eléctricos em funcionamento no país estão a cumprir a sua função, mas a um custo muito superior ao necessário. Nesta matéria, os embaladores contam com dois obstáculos: o primeiro é a dificuldade de financia índice

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máquinas INDICADORES DE DESEMPENHO DE UMA MÁQUINA OU LINHA DE EMBALAGEM* mento para substituir accionamentos menos eficientes; o segundo está nas condições frequentemente impostas pelos fornecedores das máquinas: se o utilizador mudar o motor, arrisca-se a perder a garantia; se solicitar um motor mais eficiente, arrisca-se a pagar um valor "extra" pelo novo motor…o que nos leva ao tópico seguinte.

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d Serviço - Na compra de máquinas, o comprador está interessado em proteger o seu investimento e em minimizar os custos de manutenção. O vendedor está interessado em fidelizar o cliente, se possível, vinculando-o a um contrato de manutenção. Todos estes aspectos devem ser negociados em detalhe no processo de aquisição. Ao longo do tempo de vida útil da máquina, esta vai precisar de algumas substituições, tais como rolamentos, sensores, cabos, etc.. É do interesse do comprador não só negociar as condições e prazos de garantia, mas também comprar os preços de componentes de substituição (para não se arriscar a perder a garantia por causa de um sensor "comprado fora" ou a pagar o dobro pelo mesmo sensor comprado ao fornecedor da máquina. Em geral, os procedimentos de manutenção são para ser levados a sério. Ainda há quem gabe máquinas que duram e duram sem manutenção e sem avarias, mesmo arriscando para além do limite. Cuidado! Já não se fabricam máquinas para trabalhar assim (alguma vez se fabricaram?).

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Input Quantidade específica de material ou embalagem introduzido na máquina ou linha num determinado intervalo de tempo Output Número de embalagens conformes que saem da máquina durante um determinado intervalo de tempo Capacidade Quantidade máxima de embalagens que passam pela máquina durante um determinado intervalo de tempo Velocidade Rácio de output instantâneo Velocidade nominal Velocidade teórica da máquina em perfeitas condições de funcionamento (especificada pelo fabricante) Velocidade disponível Velocidade, descontadas as paragens para mudanças de formato, produto e limpeza Rácio de ciclo Número de ciclos num determinado intervalo de tempo (dN/dT) Ciclo de embalagem Tempo médio necessário para obter uma determinada quantidade de embalagens conformes Ciclo de embalagem projectado Ciclo de embalagem projectado pela empresa Perdas Número de embalagens não conformes num determinado intervado de tempo Reprocessamento Número de embalagens não conformes que podem ser reprocessadas em linha Fiabilidade Probabilidade de ausência de falhas durante um determinado intervado de tempo Disponibilidade Tempo total em que a máquina ou linha está disponível para produção útil Eficiência Rácio output/input (Y/X) Utilização Tempo remanescente para produção após paragens, mudanças de formato, limpezas, reprocessamentos, etc. "Capabilidade" Relação entre ciclo de embalagem e ciclo de embalagem projectado (T/Ts) Factor de velocidade Output real sobre a velocidade durante um determinado ciclo de funcionanento, excluindo as mudanças de formato, produto e limpezas [Sf = (d/D)(Y/d) = Y/D] Índice de Performance PI = n.Us.Cp.Sf

* Carlos Campos, Embalagem, Armazenamento e Transporte, SPI, 2000, pág. 72. 30

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