223 Abril 2014
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revista técnica de embalagem 6.57 €
Nº 223 Abril 2014
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Nº 223 Abril 2014
nesta edição anunciam nesta edição (clique para ver) DEPOSITEMBAL EMBALLAGE FUCHS IGUS INPLANT INTERPACK LUSOFORMA MADECA PLASTIMAR PLASTIRSO P.S.A. S.M.S.A. SEW-EURODRIVE SISTRADE TIL ZEBEN
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embalagem de bebidas
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tampas e cápsulas
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embalagem metálica
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embalagem de vidro
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novas embalagens
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embalagem de plástico 20
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embalagem industrial
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impressão
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etiquetagem e codificação 28 Capa: Sinal verde para a embalagem de alumínio. Ver página 15.
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revista técnica de embalagem Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 146 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL
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Efeitos da inflação nas escolhas do consumidor 85% dos 29 mil consumidores sondados pela Nielsen indicaram que vão alterar as suas escolhas em função do aumento dos preços. A sondagem foi efectuada através da internet e recolheu respostas de consumidores de 58 países. Os preços dos produtos alimentares de consumo em massa poderão duplicar nos próximos 20 anos e as empresas do sector querem saber que efeito terá essa evolução nas escolhas dos consumidores. As respostas apontam para alterações de compras nos segmentos restauração fora de casa (64%), vestuário (55%), produtos snack (45%), diversão (44%) e viagens de férias (39%) As compras alimentares poderão alterar-se com "tácticas anti-inflação", tais como: - compra de produtos "avulso", sem embalagem de origem e sem marca, designadamente cereais e arroz (14% das respostas), - armazenagem doméstica de frutos e outros vegetais frescos e congelados (11% das respostas), - aumento das compras de produtos em conserva (8% das respostas). As respostas dos consumidores identificam os segmentos em que a procura é menos elástica: lácteos (68%), carnes (62%), pão (60%), alimentos embalados (55%) e peixes e produtos do mar (52%). A inflação parece não alterar as dietas essenciais, mas há produtos que os consumidores indicam claramente como sendo aqueles onde vão passar a gastar menos: doces e biscoitos (59%), produtos snack (58%), bebidas carbonatadas (53%), bebidas alcoólicas (49%), refeições preparadas
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(48%) e alimentos de conveniência (45%). Beneficiando da associação a preços mais acessíveis, as marcas de distribuição também fazem parte das tácticas anti-inflação. Esta reacção dos consumidores é mais significativa nos EUA (46% das respostas) que na Europa Ocidental (35% das respostas). Outra reacção revelada pela sondagem da Nielsen é a preferência por "marcas nacionais" (7% nos EUA e 8% na Europa Ocidental). A par com as marcas, a embalagem continua a ser decisiva na percepção e na confiança dos consumidores. A sondagem incidiu também sobre a evolução das preferências por determinados tipos de lojas. As respostas reflectem a diversidade das redes de retalho, mas têm como ponto comum a procura das lojas que oferecem preços mais económicos. No entanto, a percentagem de consumidores que indicou a alteração dos hábitos é sempre igual ou inferior a 33%. Para além das lojas e da frequência das compras, as respostas evidenciam grande variedade de tácticas anti-inflação. Por exemplo, os consumidores com mais capacidade de refrigeração/congelação (EUA) tendem a fazer stocks domésticos. Outros consumidores preferem comprar embalagens maiores (29% das respostas) ou economizar através de compras on line (32% das respostas). O Nielsen Global Survey of Inflation Impact foi realizado entre 18 de Fevereiro e 8 de Março de 2013.
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Conferência mundial de sumos Realiza-se nos dias 9 a 11 de Setembro, em Barcelona, a conferência World Juice. Organizada pela Agra Events, a conferência terá este ano a sua 19ª edição e contará com oradores como Daniel Sauvaitre, vice-presidente da WAPA (associação mundial de produtores de maçã e pera) e David Beardmore, Gestor de Compras da Tesco. A organização prevê a participação de mais de 300 profissionais. Para mais informações e inscrições, clicar no ícone ao lado. O mercado mundial dos sumos deverá crescer 3% em 2014, previsão que resulta da estagnação do consumo nos mercados europeu e norte-americano e do crescimento nos mercados emergentes da China, Índia, Brasil e Rússia.
Tubos flexíveis com mercado estável Os fabricantes de tubos flexíveis de alumínio, plástico e laminados filiados na Etma (European Tube Manufacturers Association) registaram um crescimento de 1% durante o último ano. A produção de 2013 totalizou cerca de 10,5 mil milhões de tubos, confirmando a tendência de crescimento desde 2010. O crescimento do mercado está ligeiramemente acima do crescimento das economias europeias. A segmentação do mercado dos tubos flexíveis também registou elevada estabilidade. Os tubos de alumínio representam 40% da produção europeia total, seguindo-se os tubos laminados e de plástico, com cerca de 30% cada. A maior parte dos tubos é utilizada para o sector da cosmética, com mais de 40%, seguindo-se os dentífricos e os produtos médicos com cerca de 20% cada. Os produtos alimentares representam cerca de 10% do mercado, cabendo a parte restante aos produtos de uso doméstico e industrial.
Aerossóis em alumínio: mais 2% Apesar da turbulência económica e do abrandamento nas economias emergentes da Ásia e da América Latina, a indústria das latas de alumínio para aerossóis cresceu 2% em 2013 e atingiu a marca histórica de sete mil milhões de embalagens. O alumínio representa cerca de 50% das embalagens de aerossóis a nível mundial, reporta a AEROBAL, a associação internacional dos fabricantes de embalagens de alumínio para aerossóis. O sector da cosmética é responsável por cerca de 80% da produção total. Os segmentos alimentar e farmacêutico continuam a apresentar oportunidades de expansão significativas. Nº 223 Abril 2014
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embalagem de bebidas
Embalagens de Bebidas: a diferença conta "Menos é mais" é uma das ideias dos consumidores no que se refere a bebida. Menos aditivos, menos conservantes e zero açúcar. Já no que toca às embalagens, a ideia é a inversa: design individualizado, promessa de qualidade do produto e, se possível, funcionalidade adicional. A indústria da embalagem debate-se entre a conservação de recursos e a tecnologia de embalagem de baixo custo. "Tão real como saber onde pertences" - é o slogan que a cervejeira alemã Dortmund Brinkhoff escolheu para promover a principal cerveja da região do Ruhr. Os rótulos peláveis ostentam 40 vistas das 21 cidades do distrito. É claramente a aposta na associação entre patriotismo local e cerveja…e as vendas estão a correr bem. A venda de bebidas, sejam elas águas minerais, cervejas, refrigerantes ou outras em embalagens standard é coisa do passado. A proliferação de bebidas aromatizadas e de misturas alcoólicas e os esforços de comunicação e de 'brand building' trouxeram animação ao mercado. "O primeiro objectivo é criar referências que possam ser vistas, sentidas e percebidas em poucos segundos", explica Terri Goldstein, do The Goldstein Group (EUA). Isto pode ser feito com mensagens simples e locais, como a da cerveja Brinkhoff’s, ou com medidas mais elaboradas, como a marca em relevo nas garrafas e o uso das cores de modo a que não haja duas garrafas iguais. A individualização é uma tendência em ascenção no sector das bebidas.
Por outro lado, os fabricantes de embalagens têm que conciliar duas exigências: por um lado, as embalagens devem ser mais atractivas e amigas do consumidor. Por outro, devem preservar recursos e ser compatíveis com as exigências ambientais. Os construtores de máquinas de embalagem estão igualmente pressionados por exigências de eficiência. "Temos de pensar sobre como é que os engarrafadores podem aumentar a eficiência energética e ambiental num processo de embalagem ao mais baixo custo" - diz Jochen Forsthövel, director de produção da Krones. Durante a INTERPACK 2014, os visitantes poderão observar as estratégias e os produtos com que as empresas estão a responder a todas essas exigências.
A Krones desenvolveu uma embalagem PET extra leve (Foto: Krones)
A marca sueca Absolut Vodka foi uma das pioneiras nesta tendência. Em 2012, lançou a série Absolut Unique, uma edição limitada de quatro milhões de garrafas de vidro que tira partido das cores e do carácter único. Para ampliar este efeito, cada garrafa desta série foi numerada - como as serigrafias de uma obra de arte. Os consumidores gostam disto e a vodka Absolut é uma das marcas de bebidas destiladas mais conhecidas em todo o mundo, mesmo por quem não consome vodka.
A edição especial Absolut Unique, da marca Absolut Vodka é um exemplo pioneiro e bem sucedido de individualização das embalagens. (Foto: Deutscher Verpackungspreis)
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Um dos focos da Krones é produção de garrafas PET com cada vez maior economia de material. A nova garrafa de PET de 0,5 l “PET lite 9.9 carbonated” pesa apenas 9,9 g, cerca de um terço do peso de uma garrafa PET convencional. No entanto, esta nova garrafa mantém a posição vertical e pode ser transportada com segurança. A Krones está também a inovar na produção de garrafas PET que suportam o enchimento a quente, por exemplo, de sumos. Estas garrafas têm normalmente que ter um design mais robusto, para suportar a retracção quando expostas ao calor. O novo processo NitroHotfill assegura a estabilidade das garrafas aumentando a pressão interna com azoto. "Podemos com isso reduzir peso quer no corpo da garrafa, quer no gargalo", explica Forsthövel.
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embalagem de bebidas
Um conceito futurista e prático que reduz espaço e combustível durante o transporte: a BTC Concepts desenhou uma garrafa 3 em 1: três garrafas que se encaixam no formato de uma. (Foto: Deutscher Verpackungspreis)
As rotuladoras modernas baseadas no processo de cola a quente consomem menos electricidade. (Foto: Krones)
O fabricante francês BTC Concepts (Paris, França) mostra uma nova direcção para as garrafas de plástico: três garrafas individuais encaixam entre si criando o formato de uma garrafa. O conceito BottleClips é uma embalagem 3 em 1 que economiza espaço e combustivel durante o transporte.
sível (hot melt), esta máquina usa um adesivo acrílico para ligar os rótulos envolventes. Com este processo, os rótulos podem ser 30% mais finos.
A inovação com redução de custos também existe no segmento da rotulagem. O novo sistema de impressão directa DecoType da Krones é capaz de lidar mesmo com superfícies irregulares, graças à tecnologia de jacto de tinta digital. O rótulo e o adesivo deixaram de ser necessários neste processo. Isto não significa que a rotulagem clássica vá desaparecer. A PD Labellers (Itália), com a sua rotuladora rotativa Adhesleeve, tem uma alternativa interessante: em vez do adesivo termofu-
A KHS (Dortmund, Alemanha), outro especilista em linhas de enchimento e embalagem, vai apresentar um novo sistema de embalagem secundária INNOPACK Kisters TSP A-H-TPFO com novas prestações de sustentabilidade. Envolve completamente as garrafas PET com filme retráctil, eliminando os cartões, mas reforçando a estabilidade da embalagem secundária. O túnel de retracção pode funcionar electricamente ou a gás, com economia de energia até 50%. O dispositivo adicional que fecha a entrada e saída do túnel de retracção durante as paragens da máquina permite uma economia suplementar de energia de até 20%.
Nova agrupadora retráctil assegura envolvimento total sem cartões (Foto: KHS)
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embalagem de bebidas Sipa
XTREME para préformas A Sipa (Itália) investiu na tecnologia de injecção-compressão para a produção de préformas PET. O sistema XTREME afasta-se dos processos actuais e, segundo a empresa, permite retirar até 10% do peso às préformas sem lhes retirar propriedades importantes. A redução de peso é crucial para todos os envolvidos: produtores de garrafas, engarrafadores, consumidores e também dos "gestores de resíduos". Com os processos de injecção "tradicionais" rácios comprimento espessura acima de 50 eram considerados impossíveis, mas o sistema XTREME consegue rácios até 80. O processo de injecção-compressão consegue preencher as cavidades muito finas, mantendo os moldes ligeiramente abertos quando a injecção se inicia e fechando-os quando a dosagem termina. Isto significa menor pressão de injecção, menos força de fecho, mais tempo de vida do molde, menos tensão do material, menor nível de acetaldeído e menor quebra da viscosidade intrínseca do PET. Numa préforma tradicional, a espessura da base depende mais da cavidade do molde do que do desempenho da garrafa. O sistema XTREME supera essa limitação e com isso torna possível produzir uma préforma para garrafa de 500 ml com apenas 6 g. O sistema é especialmente indicado pela Sipa para préformas até 1,5 l, mas também pode ser usado para préformas de garrafas até 2,5 l. No sistema XTREME, a abertura e fecho do molde operam numa came, e por isso o tempo de ciclo é apenas uma fracção do ciclo de uma máquina de injecção convencional. Além disso, o equipamento trabalha com temperaturas mais baixas e gasta menos 10% da energia de uma máquina de injecção com a mesma produção. Também ocupa menos espaço: uma máquina XTREME com molde de 72 cavidades ocupa apenas 34,5 m2, menos 30 m2 comparativamente à máquina de injecção de préformas XFORM, também da Sipa e uma das mais compactas do mercado. 8
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O sistema XTREME não é especialmente complexo. Baseia-se em válvulas pneumáticas e o layout mecânico tem semelhanças com os sistemas rotativos de estiragem-sopro. Não usa sistemas hidráulicos, o que representa um benefício em termos de limpeza. A operação pneumática tem menor sensibilidade aos micro-cortes de potência e à qualidade da alimentação eléctrica (um problema recorrente em países em vias de desenvolvimento).
Flexibilidade O novo sistema desenvolvido pela Sipa é também mais atractivo para fabricantes de préformas com grande diversidade de produtos. Os moldes são mais leves e mais fáceis de mudar. O tempo para mudar um molde de 72 cavidades de uma máquina XTREME é de cerca de 45 minutos, cerca de uma quarta parte do tempo necessário para mudar um molde com igual número de cavidades numa máquina de injecção. O sistema também permite produzir duas préformas diferentes em simultâneo. O controlo de qualidade a 100% pode ser efectuado automaticamente com um sistema opto-electrónico, reduzindo ao mínimo a necessidade de intervenção manual. No XTREME, os moldes são montados em blocos de três num carrossel de alta velocidade servido por uma extrusora. Esta roda continuamente, fornecendo o material aos doseadores instalados sob os moldes, montados na vertical. Não existe sistema de canais quentes no sentido convencional. A pressão envolvida no processo é apenas uma fracção da utilizada num processo de injecção, o que diminui os níveis de tensão na préforma, contribuindo para a melhoria das propriedades mecânicas e ópticas. A roda de compressão das préformas gira e, antes de completar um cíclo, os moldes abrem e as préformas são extraídas por uma estrela de transferência para um arrefecedor, onde irão permanecer até a temperatura ser suficientemente baixa para serem armazenadas. Todas estas vantagens valeriam pouco se o sistema não fosse competitivo em termos de custo. A Sipa assegura que o XTREME proporciona economias em peso, energia, material, aditivos e manutenção - suficientes para resultar num custo total de utilização (TCO) "muito competitivo".
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embalagem de bebidas
Dispensadores PEBD para de água extrusão-revestimento sem entrada de ar Borealis
A Borealis lançou o novo grau CT7200 de PEBD homopolímero para extrusão-revestimento de materiais flexíveis para processos de embalagem asséptica. Produzido num reactor tubular de alta pressão, o novo grau CT7200 apresenta alta qualidade organoléptica, elevada selabilidade e fluidez, características essenciais para aplicação na produção de papéis e cartões revestidos, embalagens para líquidos, laminados e coextrudidos, etc..
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A nova embalagem de recarga dos dispensadores de água das empresas japonesas Cosmo Water e Water Direct elimina a entrada de ar à medida que a água sai. A entrada de ar ambiente é uma potencial fonte de contaminação que o novo sistema elimina com a utilização de um garrafão PET colapsável, de 12 litros. O novo garrafão pesa apenas 130 g, e é produzido com máquinas Sipa (itália). O garrafão de uso único, fácil de recolher e reciclar, é uma alternativa aos garrafões reutilizáveis tradicionais, que pesam 650 g.
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embalagem de bebidas Bosch
Novas máquinas para produtos lácteos Termoformagem, enchimento e fecho A Bosch Packaging Technology vai apresentar na INTERPACK a nova máquina de termoformagem, enchimento e fecho TFC 5532, com enchimento higiénico e sistema de rotulagem no molde integrado. A máquina destina-se a produtos líquidos ou pastosos, tais como iogurtes ou sobremesas lácteas de longa duração, incluindo produtos com pedaços sólidos até 15 mm de diâmetro. A configuração 4x6 permite produções até 43 200 embalagens por hora. A máquina tem dispositivos de mudança de for-matos, suporta enchimento a quente e está disponível em versões "clean" e "ultra-clean".
PET A Bosch entrou na área da extrusão-sopro de embalagens PET e vai apresentar a nova máquina linear BLO, para o sector dos lacticínios e bebidas, com características de flexibilidade de formatos. Com uma velocidade máxima de 35 000 embalagens/hora, a máquina pode produzir formatos desde 60 ml até 2 litros, com grande
variedade de estilos. Pode ser combinada com sistemas de enchimento asséptico. Fazendo rodar as préformas durante a etapa de aquecimento, a máquina é compatível com projectos de garrafas de espessura reduzida, que requerem melhor distribuição do material.
Enchedora rotativa A nova enchedora rotativa KF 2/4 pode lidar com vários formatos de garrafas e copos e tem acesso fácil. Está disponível em versões asséptica e "ultra-clean" e lida com embalagens de 100 ml a 1 litro, com velocidade até 10 000/hora (máximo para embalagens de 200 ml). Destina-se ao enchimento de produtos alimentares líquidos ou pastosos, incluindo iogurtes, bebidas lácteas, cafés, chás, alimentos para bébés, dietéticos, etc.. Destaca-se nesta máquina o caudalímetro IFM (inductive flow meter) e a compatibilidade com partículas sólidas nos produtos, tais como pedaços de fruta e cereais. No fecho da válvula de enchimento, estes pedaços são cortados e não esmagados.
Tetra Pak
Novo processo de pasteurização de sumos A Tetra Pak desenvolveu um novo processo de pasteurização de sumos que reduz 20% do consumo de energia. O processo é indicado para sumos de elevada acidez e reduz a temperatura da 2ª etapa de pasteurização de 95 °C para 80 °C, sem comprometer a qualidade do sumo. A pasteurização envolve normalmente duas etapas. A primeira destina-se a desactivar as enzimas e a eliminar micro-organismos. Imediatamente antes do enchimento, o sumo volta a ser pasteurizado para eliminar os micro-organismos que se tiverem desenvolvido durante a armazenagem. O novo processo da Tetra Pak reduz a temperatura desta 2ª etapa de 95 °C para 80 °C. Para mais informação sobre este processo, clicar no ícone. 10
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embalagem de bebidas
Tetra Top® Prémio para Tetra Evero mais fácil de reciclar Tetra Pak
A Tetra Pak recebeu um prémio na edição deste ano do International Forum Packaging Design Award pelo desenvolvimento da embalagem Tetra Evero Aseptic. Esta embalagem combina o formato de uma garrafa com as características do cartão laminado. O topo é produzido em plástico, por injecção e ligado a um cilindro facetado em cartão laminado. As várias arestas planas ajudam a segurar a garrafa, qualquer que seja o tamanho da mão. A embalagem Tetra Evero foi lançada em 2011 para o mercado do leite fresco. Assegura a conservação do leite durante seis meses à temperatura ambiente. A formação, enchimento e fecho destas embalagens é um processo contínuo e automático, assegurado pela máquina A6 com cadência até 10 mil embalagens/hora. A máquina começa por transformar o cartão laminado (fornecido em bobina) em manga. Seguidamente, o topo da garrafa é injectado sobre o topo da manga. Nas estações seguintes, a embalagem invertida entra na câmara asséptica, e é esterilizada e ventilada, seguindo-se o enchimento e o fecho por termoselagem e dobragem. A sequência pode ser vista num pequeno filme (clicar no ícone anexo).
A embalagem Tetra Top® da Tetra Pak pode passar a ter o topo plástico separável, tornando mais fácil a reciclagem. A combinação do cartão laminado com o topo de plástico é um design que combina as vantagens do formato "garrafa" e as características da embalagem de cartão laminado. Mas era apontado como obstáculo importante aos processos de reciclagem. Para superar este obstáculo, a Tetra Pak passou a executar um picotado no cartão exterior do laminado, que não afecta a funcionalidade da embalagem mas facilita a separação manual, como se pode ver no filme (clicar no ícone ao lado). Tudo depende agora dos consumidores fazerem ou não a separação. Em Portugal, as embalagens de cartão para bebidas (inicialmente destinadas ao contentor azul) passaram a ser destinadas ao ecoponto amarelo, tal como as embalagens de plástico e metálicas. Este facto significa que as duas peças são destinadas ao mesmo contentor, o que poderá levar os consumidores a optar por…não as separar. De qualquer modo, a medida é positiva para o ambiente e mais um argumento a favor das marcas que usarem esta opção. O primeiro cliente da Tetra Pak a usar o Tetra Top® destacável foi a Arla Foods, da Dinamarca.
Rótulos termocrómicos e vinho em PET Variante Crystal A Casa Agrícola Alexandre Relvas está a utilizar rótulos ® com impressão termocrómica, que mudam de côr para Tetra Brik consoante a temperatura. O objectivo é porporcionar ao consumidor uma informação adicional sobre a temperatura ideal para servir o vinho. Outra inovação em preparação pela CAAR é o engarrafamento de vinhos em PET, correspondendo à solicitação de um cliente internacional. A CAAR vendeu 2,5 milhões de garrafas de vinho em 2012 e registou uma facturação na ordem dos 5,5 milhões de euros, maioritariamente (70%) nos mercados externos, com distribuição assegurada em mais de 30 países.
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A embalagem Tetra Brik® tem mais uma variante de formato. Duas linhas de aresta vertical podem ser substituídas por uma dobra em losango, dando origem à variante "Crystal". O novo formato confere uma diferenciação adicional às marcas e está disponível para as embalagens Tetra Brik Aseptic de 250 ml. Para obter esta variante, é necessário instalar um módulo especial na máquina TBA/22. O módulo para as máquinas A3/Speed deverá ser disponibilizado em 2015.
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embalagem de bebidas Sealed Air / Diversey
Soluções para engarrafamento O programa BottleCare™ da Diversey engloba um conjunto de serviços e soluções específicas para as operações de limpeza, tratamento prévio e conservação das linhas de engarrafamento. Incluem o lubrificante Dicolube™Sustain 3 para correntes transportadoras que reduz 65% do consumo de água na limpeza das linhas de engarrafamento de cervejas e bebidas e o sistema de limpeza automática ZipClean™2.0 para transportadores aéreos.
película activa, visível e persistente, evitando reaplicações. É também mais fácil de remover. Segundo a Diversey, as espumas Enduro Power® têm menos carga química. Estão disponíveis 10 formulações diferentes, consoante as aplicações, que incluem transportadores e máquinas de enchimento. A espuma mostrou também a sua eficácia na eliminação de biofilme, aferida pelo método estabelecido na norma ASTM-E2871-12.
DivoSleek™ é um novo líquido de recobrimento de garrafas de vidro da Diversey. Reduz a formação dos anéis brancos derivados do atrito e aumenta o ciclo de vida das garrafas. É um líquido de secagem rápida e pode ser combinado com o detergente de garrafas Divobrite™ Integra HD.
ZipClean para transportadores Para a limpeza automática de transportadores, a Diversey tem um robô que encaixa na parte inferior dos transportadores e os percorre efectuando a limpeza sem intervenção de operador. A operação de
limpeza pode ser efectuada em menos tempo. Para ver este robô em acção, clicar no ícone ao lado. A "versão 2.0" do ZipClean tem mais autonomia de bateria e software melhorado. O dispositivo contabiliza os ciclos de limpeza, tornando possível uma gestão adequada dos procedimentos.
Protecção de garrafas reutilizáveis As sucessivas lavagens de garrafas de vidro afectam a transparência e o brilho. O detergente Divobrite™HD da Diversey reduz a corrosão do vidro no processo de lavagem, as marcas de fricção e a lixiviação dos silicatos.
Menos consumo de água O sistema de pré-tratamento Dicolube™ Sustain™, demonstrado pela Diversey na feira Drinktec permite reduzir até 65% o consumo de água durante a lubrificação em húmido. Para além da economia de água, há vantagem do ponto de vista da higiene e segurança das linhas de engarrafamento. O sistema está em utilização em mais de 100 fábricas de engarrafamento na Europa. As espumas Enduro Power™ da Diversey permitem economizar 50% da água nos procedimentos de limpeza nas instalações de processamento de aves e pescado, produção de pizzas, fritura de batatas, processamento de produtos lácteos e outras instalações do sector alimentar. As espumas aderem a todas as superfícies e formam uma 12
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Produção de embalagens Maiores produtores europeus de vidro (1º sem. 2013, em toneladas) Portugal e o 7º produtor europeu de embalagens de vidro. A FEVE publicou as estatísticas de produção do primeiro semestre de 2013, em que a produção nacional de garrafas, garrafões e frascos chegou às 712 941 toneladas, que correspondem a 6,7% da produção europeia total (10 662 914 toneladas).
Alemanha Itália França Reino Unido Espanha Portugal Polónia Turquia Europa Norte e Central* Europa Sudeste** UE 27 Total (UE+Suíça+Turquia)
1 931 974 1 761 070 1 566 785 1 114 469 1 035 909 712 941 515 388 412 096 1 036 492 575 790 10 197 921 10 662 914
*Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estónia, Suécia, Suíça, Holanda **Bulgária, R. Checa, Grécia, Hungria, Roménia, Eslováquia
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embalagem de bebidas KHS
Impressão directa sobre garrafas PET
O processo de impressão directa Innoprint da KHS foi um dos cinco nomeados para o Hermes Award 2014, a atribuir durante a feira de Hannover. O processo permite imprimir a toda a volta da garrafa PET e reduz os custos com os materiais dos rótulos, as colas e as respectivas operações de transporte e armazenamento. Numa estimativa aproximada, a impressão directa numa linha com 25 mil garrafas por hora trabalhando a dois turnos durante 220 dias implica cerca de 43 toneladas de material de rotulagem. A máquina Innoprint da KHS suporta cadências até 36 mil garrafas hora e o recurso à impressão digital significa que se podem variar os motivos impressos em cada garrafa. Esta velocidade e flexibilidade cria novas oportunidades de marketing. É possível imprimir rótulos com informação muito mais recente, tal como os resultados de um campeonato desportivo. Outra possibilidade é a de várias máquinas Innoprint, instaladas em países ou mesmo continentes diferentes, poderem trabalhar com ficheiros geridos centralmente. A KHS fornece tintas de grau alimentar para este processo. A baixa viscosidade e a secagem UV asseguram uma secagem rápida e a adesão da tinta às paredes da garrafa PET. A impressão pode assegurar resolução até 1 080 x 1 080 dpi com cores vibrantes. A máquina tem cinco carrocéis para aplicação das cores branca e as quatro cores do sistema CMYK. O processo de impressão directa não impede a reciclagem bottle-to-bottle das garrafas, já que a tinta pode ser removida do PET. Segundo a KHS, o processo de impressão directa poderá conquistar uma quota de 5% do mercado das bebidas engarrafadas em PET nos próximos cinco anos. Nº 223 Abril 2014
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tampas e cápsulas
Clever Caps - como um Lego! Que fazer com as "tampinhas" de plástico? Nos últimos anos, têm surgido iniciativas várias para recolher as tampas de garrafas de águas e refrigerantes, destinando-as à reciclagem. A Clever Pack, empresa criada em 2007 no Rio de Janeiro, Brasil, lembrou-se de criar uma tampa plástica que pode ser usada como "bloco de construção", incentivando a colecção e o novo uso.
No seu pequeno filme promocional das suas Clever Caps, a Clever Pack fala do "reuso" como alternativa à reciclagem e diz que esta tem desvantagem porque implica consumo de energia e mais emissões de CO2 (uma cedência à demagogia verde porque a energia que se gasta na reciclagem é menor que a que se gasta para obter nova peça fabricada em matéria-prima virgem). No final do ciclo de vida, muito tempo depois, as tampas continuam a ser recicláveis. Afinal, "reciclar é bom", reconhece a Clever Pack. As Clever Caps seguem o padrão PCO 1881. As quatro argolas laterais ajudam o gesto de abrir. Na primeira abertura, rompe-se o anel de segurança.
Tampa com travamento A "tampa com trava" é uma tampa flip-top, com uma patilha que tem que ser pressionada para abrir o topo. Este dispositivo simples evita a abertura acidental e indesejada. Pode ser aberta apenas com uma mão.
Outras ideias "O mercado não precisa de novidades, mas de inovação", diz a Clever Pack. A empresa especializou-se no desenvolvimento de embalagens inovadoras, por encomenda, caso a caso, recorrendo depois a parceiros fabricantes. Para além das Clever Caps, fazem parte do seu portefólio outras tampas: As Clever Caps são encaixáveis entre si como peças do jogo "Lego" e são também compatíveis com esse mesmo jogo! Com elas pode construir-se o que se quiser: brinquedos, peças decorativas ou mesmo peças de mobiliário!
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À prova de crianças Esta tampa de dobradiça (flip-top) exige um duplo movimento. Para além da acção para levantar a tampa, é necessário apertar duas abas que travam a tampa. A abertura requer as duas mãos, mas a ideia é mesmo essa. É uma tampa mono-peça, injectada em PP.
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Tampa com lacre A "tampa com lacre" inclui um indicador de ruptura original. A parte inferior da tampa flip-top tem uma saliência em côr diferente que sobressai num orifício da parte superior da tampa. Depois da primeira abertura, a parte saliente já não sobressai e a diferença de côr e de diâmetro assinala que a embalagem já foi aberta.
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embalagem metálica
Cerveja em alumínio colorido
Sinal verde para o alumínio
A cerveja SKOL da África do Sul recorreu à garrafa de alumínio (Impacte Bottle) para introduzir a marca para o mercado do Rwanda. O mercado africano das cervejas deverá duplicar nos próximos seis anos e esta embalagem com cores vibrantes e apelativas é um bom exemplo de diferenciação. A marca SKOL PLATINUM pretende atingir consumidores urbanos, com idade entre os 22 e os 28 anos. A Ball Packaging Europe fornece estas garrafas de alumínio, de 33 cl, com impressão total. A empresa pode assegurar impressões até 8 côres, incluindo prata e ouro, UV/fluorescente, tinta transparente/opaca e três opções de acabamento: brilho, semi-mate e mate. As garrafas são fechadas com a clássica cápsula coroa.
O crescimento das vendas de embalagens de alumínio na Alemanha está a ser encarado como sinal de uma tendência ascendente do alumínio. Os tubos flexíveis (+4,7%) e as latas para aerossóis (+8,6%) registaram aumentos acima da média. As vendas alemãs de folha de alumínio decresceram 3%, reflectindo a tendência para a redução de espessura. No segmento maior das latas para bebidas, a Alemanha registou uma tendência para o "regresso" das latas, que registaram um aumento de 3,5%, considerando alumínio e folha-de-flandres, acima da média europeia. Um dos maiores fabricantes de latas para bebidas da Alemanha mudou as suas linhas da folha-de-flandres para o alumínio. Também o comércio retalhista recuperou a preferência pelas latas. O alumínio apresenta um bom desempenho na reciclagem. Das 93,8 mil toneladas de embalagens de alumínio colocadas no mercado em 2012, 83,5 mil toneladas foram recicladas, ou seja, 89%. No caso das embalagens de alumínio com depósito, a taxa de reciclagem foi ainda mais elevada: 96%. Os fabricantes alemães estão optimistas quanto à evolução do mercado das embalagens de alumínio para bebidas. O mundial de futebol é no Brasil, mas os alemães vão estar em massa nos vários eventos públicos para assistir às transmissões de jogos, dando um impulso adicional às vendas de bebidas.
Hard Rock Associar marcas de bebidas a estilos ou bandas musicais é uma prática de marketing conhecida. A marca de Crooner Heino associou-se ao festival de rock 'Wacken Open Air' e à banda Rammstein e lançou a sub-marca da bebida energética Heino Black na lata de 33 cl com formato 'Sleek'. O fundo negro e a reprodução do logótipo-caveira não deixam margens para dúvidas. Outro exemplo é o da marca alemã AC/DC da Karlsberg Brauerei que associa "cerveja alemã e rock australiano". A lata está impressa com uma combinação de fundo preto com tons vermelho e prateado. Na tampa, destaca-se o contraste entre o fundo preto e a argola vermelha. Para este lançamento, a empresa cervejeira optou pelo formato "pint" (56,6 cl), e incluiu uma promoção especial: cada lata tem um código individual (oculto até à abertura) que habilita o consumidor a vários prémios.
Ultralight A lata Ultralight da Ball Packaging Europe, a mais leve do mundo, foi premiada durante a feira EuroShop (Dusseldorf). O prémio bronze distinguiu os pesos recorde de 9,5 e 12,2 g em latas de alumínio de 33 cl e 50 cl, respectivamente. Nº 223 Abril 2014
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embalagem metálica Metpack
O futuro da embalagem metálica Nos dias 6 a 10 de Maio, decorre em Essen (Alemanha) a feira Metpack, integralmente dedicada às tecnologias e processos de produção de embalagens metálicas. Praticamente colada ao calendário da INTERPACK, a Metpack é ponto de encontro dos profissionais da indústria de embalagens metálicas. Em paralelo com a feira, decorre uma conferência internacional dedicada ao sector. A conferência será aberta com a intervenção de Anders Linde, secretário geral da Metal Packaging Europe, a associação que representa as indústrias do sector a nível europeu. Em seguida, os participantes assistirão à apresentação de uma nova tecnologia de produção de latas de duas peças, desenvolvida em colaboração pela Sandvik e pela Constellium. A Vision Experts vai apresentar um sistema de detecção de defeitos de impressão para linhas de alta velocidade, e a Sensory Analytics vai apresentar um novo método para medição em tempo real da espessura de revestimentos sobre chapa
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metálica. A aplicação de compostos vedantes em tampas não redondas será o tema de uma apresentação da Grace Darex. A redução de espessura da tampas de abertura fácil e a sua relação com os requisitos mecânicos do aço estarão em foco na apresentação da Arcelor Mittal sobre simulação numérica e análise de elementos finitos, como ferramentas de previsão de propriedades. Ainda no tema dos revestimentos, os participantes vão conhecer o projecto BIOCOPAC, que tem por objectivo produzir resinas para revestimentos a partir de resíduos agrícolas. Outra inovação em foco será a nova lata para produtos perigosos, desenvolvida pela Brasilata (Brasil), com espessura reduzida mas sem perda de resistência mecânica. Finalmente, Rodrigo Vasquez, analista da Hartbor Intelligence (EUA) vai apresentar o mercado das embalagens metálicas e as tendências dos preços. Para mais informações sobre esta conferência, clicar no ícone ao lado.
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embalagem de vidro
Reciclagem de vidro acima de 70%
Taxas de reciclagem de vidro (2012)
A taxa média de reciclagem de embalagens de vidro na Europa ultrapassou a barreira dos 70%, segundo as estimativas da FEVE, a federação europeia dos fabricantes de embalagens de vidro, para o ano de 2012. Mais de 25 mil milhões de garrafas foram recolhidas para fabricar novas garrafas. A economia de matérias-primas daria para construir duas pirâmides do Egipto. A reciclagem permite menores consumos de matérias-primas apesar do crescimento do mercado. Entre 1990 e 2012, o consumo de produtos embalados em vidro na União Europeia aumentou 39%. A reciclagem aumentou muito mais: 131%. Como resultado, obteve-se uma grande economia de matérias-primas, uma redução das emissões de CO2 e do consumo de energia na fabricação de novas embalagens. Os dados da indústria apontam para uma clara descolagem entre o crescimento da indústria, por um lado, e a procura de matérias-primas e os impactes ambientais, pelo outro lado. Graças à reciclagem, economizaram-se 189 milhões de toneladas de matérias-primas e 138 milhões de toneladas de resíduos deixaram de ir para os aterros.
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embalagem de vidro Verallia
O espírito do espumante Fotografia de Pedro Nóbrega, vencedor do grande prémio no concurso comemorativo dos 10 anos do Foto Museu do Vinho da Bairrada, subordinado ao tema "Espumante Bairrada". O concurso teve um júri qualificado e exigente, com a participação dos fotógrafos Eduardo Gageiro e João Carlos (Hasselblad Master). A garrafa artisticamente recortada é um modelo fabricado pela Verallia.
três Bordelesas de 75 cl cónicas (com as mesmas alturas) e uma Borgonha de 75 cl (Vintage 296).
Cerveja artesanal A cerveja artesanal Praxis, de Coimbra passou a ser engarrafada em garrafas de 75 cl de vidro escuro, fabricadas pela Verallia Portugal. A Praxis fabrica cinco tipos de cerveja: pilsner, âmbar, dunkel, weiss e strong (sazonal).
Espumante Gatão A Sociedade dos Vinhos Borges lançou o espumante Gatão numa garrafa feita pela Verallia Portugal. Versátil, fresco e jovem, o espumante Gatão reforça a gama Gatão, composta por Vinho Verde Branco e Vinho Rosé. Produzido segundo o método clássico, em que a segunda fermentação ocorre em garrafa, o espumante apresenta-se límpido, com bolha fina e de cor amarelo palha.
Ecova ultrapassou mil milhões de garrafas
Gama Vintage A nova gama Vintage da Verallia adopta o perfil clássico das garrafas borgonha e bordalesa para dar aos vinhos uma imagem cuidada, sem renunciar aos aspectos de sustentabilidade. A gama inclui diversos pormenores de design especiais, tais como corpo cilíndrico ou cónico, o perfil esbelto, a cor 'negro ibérico', o pormenor das marisas compatíveis com as cápsulas habituais mas simulando maior diâmetro e espessura, o fundo com barras de apoio pronunciadas e o relevo que imita a folha de videira.
A gama Ecova, da Verallia, que inclui mais de 30 modelos de garrafas, ultrapassou o limiar de mil milhões de garrafas vendidas. A marca foi assinalada com a oferta de um molde Ecova ao cliente que concretizou a encomenda respectiva. A gama Ecova é uma gama de vidro leve, e os mil milhões de garrafas representam uma economia de cerca de 100 000 toneladas de vidro e uma redução das emissões de CO2 de 14% comparativamente aos modelos de garrafas tradicionais. A Verallia fabrica actualmente mais de de 25 mil milhões de garrafas por ano nas suas várias fábricas.
Todas estas garrafas seguem o princípio da gama Ecova: cada modelo foi desenhado para reduzir o impacte ambiental comparativamente a modelos existentes equivalentes. A gama é formada por três Bordelesas de 75 cl cilíndricas (com alturas de 300, 313 e 325 mm de altura), 18
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novas embalagens
Sleever aerosol A Sleever International lançou recentemente uma nova linha de mangas retrácteis para embalagens de aerossóis. As novas mangas Sleever Aerosol são fabricadas em filme opaco branco, com impressão CMYK para fotos, efeitos 3D e braille. A empresa anunciou a capacidade de fornecimento rápido, inclusive de lotes mais pequenos.
Dupla embalagem A L'Oréal Paris adoptou uma embalagem dupla para o spray de cabelo Elnett. No exterior, uma embalagem rígida de PET transparente, moldada por injecção pela RPC Bramlage. No interior, uma embalagem de PP opaca e impressa, semi-rígida, fabricada por extrusão-sopro pela RPC Kutenholz com design privativo da L’Oréal. No topo uma pistola pulverizadora. Nº 223 Abril 2014
NATPET
Novos graus de PP para embalagem A NATPET (Arábia Saudita) lançou no mercado novos graus para aplicações de embalagem. O grau H03TF destina-se a termoformagem de copos, tabuleiros e outras embalagens, com variedade de espessuras e profundidades de moldação. É formulado com o nucleante Hyperform® da Milliken, que lhe confere alta transparência e estabilidade dimensional. O Hyperform HPN-600ei permite controlar a retracção do PP e também melhora as propriedades de recuperação. Mesmo após várias extrusões, o material mantém a transparência. Durante a K 2013, este material foi utilizado no stand da Amut para produzir copos transparentes. Os graus de copolímero random de PP R25MLT e R40MLT destinam-se a aplicações de injecção e são formulados com o clarificante Millad®
NX™ 8000. Destinam-se à produção de embalagens alimentares e não alimentares de alta transparência. Com uma espessura de 1 mm, o valor Haze é de apenas 6% (comparativamente aos 15 a 20% obtidos com clarificantes convencionais processados a baixas temperaturas). Este desempenho deve-se à solubilidade melhorada do aditivo no PP. De entre as aplicações possíveis, estes graus podem servir para utilidades domésticas, caixas de CDs e DVDs, embalagens para cosméticos, etc..
Zippers com fragrância Fragrance-Zip, o novo fecho de correr para embalagens flexíveis, emite um aroma quando usado, adicionando "experiência sensorial" ao gesto. É a mais recente proposta da Zip-Pak para o mercado da embalagem. Apesar do poder do olfacto, a esmagadora maioria das embalagens limita os efeitos sensoriais à visão (algumas também ao tacto). Com estes novos zippers, as embalagens têm um efeito especial que distingue e ajuda a identificar a marca. O aroma é integrado no fecho durante o processo de fabrico. Colaborando com empresas do sector de perfumaria, a Zip-Pak pode recriar qualquer aroma. Uma das aplicações potenciais é a melhoria
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do aroma libertado por detergentes. Em vez do aroma activo e potencialmente desagradável, a abertura da embalagem pode libertar um aroma frutado/perfumado. Outra ideia da empresa é adicionar aromas de chocolate a vários produtos alimentares. Os Fragrance-Zippers estão disponíveis nos mercados europeu e asiático. Numa segunda etapa, serão introduzidos nos mercados norte e sul-americano.
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embalagem de plástico
Sacos de Plástico Um estudo tecnicamente desonesto na base de uma proposta de Directiva Era inevitável. Depois de vários países terem experimentado a imposição de taxas e proibições sobre sacos de plástico, foi a própria União Europeia a lançar um projecto de directiva que impõe aos estados membros a obrigação de tomar medidas à sua escolha para reduzir o consumo de sacos de plástico. Para fundamentar esta proposta, a Comissão utilizou um estudo que pretende incluir uma "estimativa" do consumo de sacos nos vários países da UE. Segundo essa "estimativa" Portugal é dos países que mais sacos consome: 460 sacos por habitante e por ano, o dobro da média de 200 sacos per capita da UE e o quíntuplo do consumo per capita na Alemanha! As "estimativas" estão representadas no gráfico reproduzido em baixo.
Um "método" tecnicamente desonesto de fazer estimativas comparativas...
Ao primeiro olhar, qualquer observador constata que há algo de errado nesta estatística. Portugal está num grupo de países "mal comportados" que têm todos o mesmo consumo per capita de número de sacos! Ao procurar-se o "método" que levou a esta "estimativa" descobre-se que "não existem dados concretos, pelo que estas estimativas foram inferidas de dados disponíveis (consumo EU27 e médias conhecidas de consumo dos estados membros”!!! O "método" está descrito nas páginas 34 e seguintes do dito "estudo" (clicar no link ao lado para obter). Para além da total ausência de rigor e credibilidade das estimativas e do método, o estudo revela ignorância grave de algumas realidades observáveis a "olho nu". Por exemplo, o número de sacos não é indicador seguro para comparar impactes ambientais. Há diferenças de tamanho e de espessura. O que releva é a quantidade de 20
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material e também tem que se considerar a taxa de reciclagem. É verdade que a Alemanha está muito à frente de Portugal em matéria de reciclagem de plásticos. Mas a taxa de 93% refere-se a garrafas e não a sacos de plástico. Provavelmente, Portugal até tem uma taxa de reciclagem de sacos de plástico superior à Alemanha! Segundo o mesmo "estudo", os consumos per capita de sacos de compras em Portugal, Espanha e Alemanha são, respectivamente, de 460, 120 e 71. Mesmo à "vista desarmada" há que desconfiar desta comparação. Existe assim uma diferença tão grande entre os padrões de consumo de Portugal e Espanha? E será que a Alemanha consome assim tão poucos sacos? O estudo passou ao lado de uma realidade bem visível na Europa: existe uma relação entre os sacos de compras e os sacos para lixo. Em Portugal, a generalidade dos consumidores usa sacos de compras pelo menos uma segunda vez, para acondicionar o seu lixo doméstico. É natural que o país tenha mais consumo de sacos de compras e menos consumo de sacos para lixo. Na Alemanha, é provável que os consumidores sejam mais comedidos na utilização de sacos de compras, mas gastam muito mais sacos para lixo, dado que o seu sistema de recolha se baseia na duplicação de contentores domésticos porta-a-porta (daí a designação dual system). Uma comparação honesta de consumos deveria considerar as duas categorias (sacos para compras, sacos para lixo). Um estudo honesto levaria a comparar as taxas de reciclagem.
Que acontece aos sacos de compras? Na sequência da circulação da proposta de directiva, a Plastval realizou um estudo que estima o consumo de sacos de compras em Portugal e o seu destino final. Os resultados a que chegou a Plastval estão representados no gráfico reproduzido na página seguinte. Afinal, Portugal valoriza 64% dos sacos de compras, percentagem que inclui a reciclagem mecânica (48%) e a valorização energética (16%). É uma das taxas de reciclagem mecânica mais elevadas da UE (na maior parte dos países da UE, a recolha selectiva e reciclagem de filmes plásticos está ainda nos primórdios). Neste contexto, quaisquer medidas de penalização do saco de compras em plástico traduz-se numa desvantagem económica e social sem o correspondente benefício ambiental. Qualquer restrição aplicada aos sacos de caixa irá provocar um aumento da utilização de sacos para lixo. O impacte ambiental não diminuirá e é evidente o aumento do encargo para os consumidores.
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embalagem de plástico As indústrias recicladoras e os operadores de gestão de resíduos têm uma posição diferente. Os sacos de plástico biodegradáveis e não biodegradáveis são similares e difíceis de separar pelos consumidores. A mistura de uns e outros afecta quer a compostagem, quer a reciclagem material. E não se conhecem ainda métodos eficazes de separação dos dois tipos de sacos.
Sacos compostáveis. São ideais para a "reciclagem orgânica" mas podem complicar a reciclagem material.
48% dos sacos de plástico são reciclados e 16% são valorizados energeticamente. Fonte: Plastval
Quaisquer medidas restritivas contra os sacos de plástico vão afectar uma indústria forte em Portugal. O sub-sector dos filmes para embalagem e sacos de plástico em geral conta com cerca de 60 empresas, dá emprego a 2250 pessoas (3500, se se considerarem empregos indirectos), gera uma facturação na ordem dos 300 milhões de euros e exporta cerca de 20% da sua facturação. Os países que não têm indústrias produtoras de sacos de plástico pouco se importarão de aplicar medidas restritivas. Mas Portugal não está nesse grupo. Por isso, o sector reagiu de forma concertada, com a tomada de posição da APIP (que representa todo o sector), da Plastval (a fileira do plástico no sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens) e da ARP (associação de recicladores de plásticos). Também a nível europeu, as associações do sector manifestaram o seu desacordo com a proposta de Directiva. O espectro de mais um ataque aos plásticos foi adiado, mas não afastado.
Biodegradáveis A European Bioplastics, associação europeia dos produtores de biopolímeros manifestou-se a favor da imposição de uma taxa sobre os sacos de compras fabricados com plásticos baseados no petróleo, "ou mesmo uma proibição dos sacos numa condição: os sacos de compras com um teor "bio" de pelo menos 50% devem ser isentos da taxa ou da proibição". Segundo a European Bioplastics, os sacos com alto teor de biopolímero têm menor pegada de carbono e ajudam a reduzir as emissões de CO2. "Os sacos de plástico compostáveis proporcionam um segundo uso como sacos de bioresíduos. Eles ajudam a aumentar a quantidade recolhida de bioresíduos e aumentam a qualidade do composto" - diz a associação. Para conhecer a posição da European Bioplástics na íntegra, clicar no ícone ao lado. Nº 223 Abril 2014
Divisão na indústria? Está instalada a divisão na indústria de plásticos, entre os defensores dos plásticos "bio" e os defensores dos "outros" plásticos. Como sempre sucede nas trocas de argumentos, abundam as faltas de objectividade. Estando em causa objectivos comerciais imediatos, há mais propaganda que debate. E nem sempre se usam armas leais e honestas. A progressão dos plásticos "bio" está, no entanto, longe de causar um cisma nos plásticos. "Não há divisão alguma na indústria de plásticos" - desdramatiza um vendedor de matérias-primas - "distribuímos graus 'bio' e graus 'petro' produzidos pela mesma empresa. E há plásticos que são simultaneamente 'bio' e 'petro'. Mas a concorrência não divide esta indústria. Na verdade, a história das vendas de plásticos é marcada pela concorrência entre plásticos diferentes!" A emergência de novas origens, designadamente origens vegetais e renováveis, é uma vantagem a favor dos plásticos porque conseguem - como nenhum outro material - ter o leque completo de saídas: redução de espessura, reutilização, reciclagem, compostagem e valorização energética. A oportunidade para destacar esta vantagem perde-se na propaganda baseada em destacar uma saída em detrimento das outras. Quem tenha alguma experiência no mundo dos plásticos deve saber que essa estratégia não resulta: pode enganar algumas pessoas durante algum tempo, mas não iludirá toda a gente durante o tempo todo. Quem não se lembra das campanhas contra o PVC? Que era "tóxico", "cancerígeno" e "impróprio para contacto alimentar".…Nenhuma dessas alegações era verdadeira, nenhuma delas esteve na origem do sucesso do PET. E o PVC não desapareceu. Está aí e recomenda-se...
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embalagem de plástico
Embalagens flexíveis valem mais de 21 mil milhões O negócio das embalagens flexíveis teve um consumo de 3,8 milhões de toneladas de materiais, e representou uma facturação superior a 21 mil milhões de euros, de acordo com as estimativas da AMI (Bristol, Reino Unido). Num relatório que inclui o perfil das 50 maiores empresas do sector, a AMI conclui que as estimativas anteriores pecavam por defeito. A indústria de embalagens flexíveis abrange materiais de embalagem flexíveis submetidas a processos de impressão, laminagem, revestimento, extrusão-laminação e revestimento e ainda a formação de sacos ou saquetas. Envolve a utilização de substractos diversos, tais como papel, filmes plásticos, folha de alumínio, combinados em diversos modos e espessuras e larguras. Num sector caracterizado pela fragmentação, alguns grupos emergiram na Europa, ao encontro das necessidades dos detentores de marcas globais. O aumento dos custos, as preocupações ambientais e a recessão aumentaram a pressão e deram origem a reestruturações e mudanças estratégicas. Emergiram os mercados da Europa do Leste e da Rússia, ao mesmo tempo que as fábricas da Europa Ocidental procuram produções de maior valor acrescentado, como alternativa ao fecho. A decisão da Sun Capital Partners Inc. de fundir empresas do seu portfólio - a Expopack dos EUA, com o Britton Group europeu, a PACCOR, a Kobusch e a Paragon Print & Packaging - em meados de 2013, foi a mais recente das operações em grande escala nas reestruturações do sector. Deu origem ao 6º maior player do sector a nível mundial, mas ainda se esperam sequelas de reestruturação sob a forma de encerramentos ou desinvestimentos. As 50 empresas abrangidas pelo estudo da AMI incluem outros grandes grupos, tais como Bemis Mondi e Sealed Air, lado a lado com players regionais da Europa Central e de Leste, da Turquia e da Europa Ocidental. As 50 maiores empresas detêm 51% do mercado em volume e 54% em valor.
A importância da transparência No consumo em eventos, aceita-se que o copo seja leve, prático e descartável. Mas se tiver alta transparência, a imagem da cerveja sai melhorada. Essa foi a ideia da De Jong Disposables (Holanda) ao encomendar copos à RPC Bouxwiller (França).
Pintura mais fácil A tinta seca na abertura da embalagem e quando se abre de novo, libertam-se "flocos" secos que caem na tinta e afectam a sua qualidade. A RPC Superfos resolveu este problema com as embalagens FlakeFree®. A embalagem e a tampa têm uma superfície interior texturada, que faz com que a tinta seca não se liberte mesmo que a tampa seja aberta e fechada várias vezes. A ideia permite economizar tinta e está disponível nos vários formatos desta empresa: SuperCube, SuperFlex e SuperLift.
Os sacos de plástico biodegradável são um mito - diz a PRE "Os sacos de plástico biodegradáveis são um mito" - afirma o prof. Rihard Thomson, durante uma audiência pública sobre os sacos de plástico organizada pelo grupo parlamentar The Greens/Free Alliance Group do Parlamento Europeu, no dia 19 de Fevereiro. Durante este encontro, Ton Emans, presidente da associação PRE (Plastics Recyclers Europe) 22
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confirmou que mesmo uma percentagem tão baixa como 2% de material degradável no fluxo destinado à reciclagem é susceptível de criar problemas aos recicladores. De acordo com a PRE, o futuro da Europa está no desenvolvimento de reciclados plásticos de qualidade para produzir novos produtos e não no downcycling e na desinformação dos consumidores sobre a biode-
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gradabilidade e/ou compostabilidade dos produtos no ambiente (incluindo o ambiente marinho). Aludiu ao estudo da EuPC do ano passado que incluiu testes à escala industrial com filmes de PE produzidos com reciclados. Este estudo independente demonstra os problemas causados pelos materiais degradáveis nos fluxos actualmente destinados à reciclagem. Nº 223 Abril 2014
embalagem industrial
Optimização logística, reciclagem e customização como estratégias de redução de custos O encarecimento da energia e das matérias-primas, a par com o aumento dos custos de transporte, desafiam as possibilidades de evitar o aumento dos custos das embalagens industriais. Os fabricantes de embalagens industriais procuram ter preços competitivos com estratégias que passam pelo recurso a materiais reciclados, pela participação no desenvolvimento de soluções logísticas mais económicas e pelo recurso às energias renováveis. A tendência para o encarecimento das matérias-primas vai manter-se, impulsionada pelo aumento da procura devido sobretudo aos países emergentes como a China. Na Alemanha, o Instituto Federal das Geociências alertou recentemente para o risco sério de dificuldades no fornecimento de matérias-primas. As indústrias alemãs estão a pagar cerca de 12 cêntimos por kWh, mais 25% que há cinco anos. Em vários países europeus, os preços da energia estão a subir, pressionados pelas importações de petróleo, gás e carvão. Esta situação atinge os fabricantes de embalagens industriais. Para fabricar contentores, paletes e componentes técnicos de plástico que sejam simultaneamente leves e robustos, são necessários processos de injecção que requerem energia e matérias-primas que deixaram de estar ilimitadamente disponíveis. "A longo prazo, isto significa que teremos aumentos dos preços de todas as embalagens industriais, e, mais tarde ou mais cedo, a disponibilidade será também um factor crucial" - diz Udo Schwabe, marketing manager da filial alemã da Utz, grupo suiço especializado na fabricação de contentores industriais. O aumento dos custos de transporte vai exacerbar este problema.
Tudo isto desafia as capacidades dos fabricantes. As embalagens industriais têm que ser identificáveis para poderem ser controladas nos diferentes sistemas logísticos. Neste aspecto, a codificação é essencial para optimizar quer a logística interna, quer a logística externa. A indústria tem fornecido respostas para esta tendência, quer ao nível dos equipamentos e sistemas de codificação, quer ao nível dos sistemas de etiquetagem. A rotulagem no molde começou a ser utilizada também nas embalagens industriais. A racionalização do espaço continua na ordem do dia, porque o espaço é precioso num contexto de altos custos de transporte. Racionalizar significa usar dimensões e formatos que optimizam o espaço das cargas e também utilizar embalagens que ocupam menos volume, quer em cheio, quer em vazio (contentores, dobráveis, empilháveios e encaixáveis). A próxima feira INTERPACK, que se realiza nos dias 8 a 14 de Maio em Dusseldorf, Alemanha, será mais uma oportunidade para encontrar as novas estratégias e soluções dos principais fabricantes de embalagens industriais. Entre eles, a Greif (sede em Colónia), que vai mostrar o seu conceito "The Safe Choice" (Escolha Segura): "Prosseguimos
Quando o produto é alimentar, a produção tem requesitos de higiene especiais. (Foto Schütz)
Por outro lado, os utilizadores de embalagens industriais estão mais exigentes. Seja qual for o sector - comércio grossista, indústria alimentar ou farmacêutica - todos querem reduzir a sua pegada de carbono e querem embalagens sustentáveis produzidas com um mínimo de recursos, mas sem comprometer a robustez. Estão também a investir na movimentação interna automática. Nº 223 Abril 2014
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embalagem industrial dois objectivos principais para benefício dos clientes. Primeiro, fazemos tudo o que podemos para manter os custos de embalagem o mais baixos possível a longo prazo. E segundo, queremos melhorar a situação dos ganhos para contribuir para a segurança a longo prazo a que chamamos Escolha Segura", diz Dirk Heidmeyer, director da Greif. O 'Xfach Folding Coil' da DS Smith Packaging destina-se ao transporte de vedantes de borracha, tubos, mangueiras ou cordames. Com apenas dois movimentos, é possível montar e colapsar esta bobina, e as duas partes permanecem ligadas mesmo quando colapsada, evitando a perda de componentes durante a viagem de retorno. Graças a uma construção robusta em cartão canelado, a bobina colapsável é indicada para uso múltiplo. A ideia, lançada em 2012, já recebeu vários prémios de embalagem.
A Schütz, especialista alemã em embalagens industriais, aposta em soluções extra-seguras. As inovações incluem as embalagens 'Foodcert' para a indústria alimentar, baseadas na recente norma FSSC 22000 (Food Safety System Certification). Esta norma apela, entre outros aspectos, às elevadas precauções de higiene durante a produção para minimizar o risco de contaminação. A Schütz fornece estas embalagens em regime "just in time", para evitar os riscos de contaminação inerentes à armazenagem prolongada. A empresa afirma que é o único fabricante de IBCs (Intermediate bulk containers) e de bidões a submeter as suas fábricas a este género de auditorias. Os IBCs, contentores Cada vez mais, a reciclagem é uma das vias para reduzir o custo das embalagens industriais, como é o caso dos IBCs em plástico. (Foto: Schütz)
plásticos com forma cúbica, são largamente usados como meio de recolha e transporte. A Schütz desenvolveu também um novo IBC-palete fabricado com reciclado obtido a partir de IBCs usados. É uma dupla solução que combina a necessidade de reduzir custos de matérias-primas com o desempenho ambiental. O material reciclado tem a mesma resistência aos químicos e a mesma resistência mecânica. A Utz também apostou na reciclagem e tem o seu próprio centro de reciclagem, em que as caixas e paletes usadas são reprocessadas e transformadas em granulado. A empresa está também a desenvolver novos materiais, designadamente compostos de madeira-plástico. Para reduzir os custos da energia, a Utz investiu em sistemas fotovoltaicos e numa unidade de geração de energia e calor. "São investimentos pesados no curto prazo, mas a longo prazo, ficamos menos dependentes das flutuações da electricidade e das intervenções governamentais nos preços" - diz Udo Schwabe, da Utz. Para além da sustentabilidade e da redução de custos, a Utz investiu na flexibilidade da produção e na rapidez das entregas. "Uma coisa é certa" - diz Schwabe - "a procura já não está orientada para a solução universal para embalagens reutilizáveis, como estava há alguns anos, mas para soluções geradas para indústrias e clientes específicos". Em colaboração com indústrias da carne e com a organização de normalização internacional GS1, a Utz desenvolveu um novo contentor para carnes - o "e-performance" - com uma geometria de base e dos cantos especialmente robusta e com rótulos IML nos quatro lados, para uma identificação mais fácil ao longo da cadeia.
Contentor 'e-performance' para carnes, com rotulagem IML nos quatro lados. (Foto: Utz)
Outro exemplo da Utz no sentido da redução do espaço é o dos carrinhos (dollies) para transporte interno de caixas empilhadas. Um dos modelos recentes tem quatro recessos na plataforma de base, de modo a acomodar os rodízios de outro carrinho. Deste modo, os carrinhos podem sem empilhados em vazio, ocupando menos espaço. E também se podem sobrepor dois conjuntos de caixas empilhadas com o respectivo carrinho. No sentido da customização, pode referir-se a embalagem de transporte desenhada pela Opel e fabricada pela Utz para blocos e cabeças de motor. É uma solução baseada em peças normalizadas de PP, com características modulares, de montar e desmontar, e com peças
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embalagem industrial Mosca
Cintagem de paletes
Novos sistemas de cintagem A Mosca vai apresentar na Interpack a nova máquina de cintar SoniX TR-6, totalmente automática, para integração em linhas de embalagem e nos sistemas de controlo em rede. Inclui interface com operador com painel táctil. Para além da versão 'Base', com painel MSCB-1 e teclado, a Mosca vai apresentar a versão 'Pro', que inclui o painel HMI táctil a cores da B&R, numerosos programas de cintagem e funções de pré-programação e controlo/diagnóstico remoto. Em ambas as versões, a cabeça de cintagem funciona com soldadura por ultrassons SoniXs. Pode ser programada a aplicação de cintas com ajuste preciso, designadamente para "selagem" de caixas de plástico reutilizáveis (ver foto). A posição da caixa é detectada por sensores/barreiras fazendo com que as cintas acertem na posição certa.
Mover o máximo de produtos com o mínimo de esforço. Caixas e carrinhos empilháveis. (Foto Utz Group)
específicas para adaptação de produtos diferenciados e variáveis. O conceito recebeu a designação de “Universal Powertrain Make Part Dunnage” e permite dispor de uma solução para transporte de motores muito diferentes, com um stock optimizado de peças normalizadas que permitem montar a embalagem.
Quando se trata de produtos de grande dimensão, o modo de transporte é tão ou mais importante que a embalagem. (Foto: Schütz)
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Outra novidade da Mosca é a máquina de cintagem de paletes KZV-111, também equipada com cabeça de soldadura por ultrassons SoniXs. Para assegurar a estabilização da carga, a tensão da cinta fica com distribuição uniforme. A máquina ajusta-se automaticamente a paletes com alturas diferentes e funciona com menor consumo de energia. A altura do transportador é ajustável, facilitando a integração em linhas automáticas. A Mosca também disposibiliza uma opção de upgrade de máquinas de cintagem de paletes para a operação a alta velocidade (HS).
Tracker Case Caixas em plástico reforçado com fibras, com estrutura robusta de alta resistência mecânica, térmica e química; travamento interior com espumas plásticas cortadas por medida, chips identificadores com baterias de longa duração, localizadores portáteis, mapas Google - tudo isto já existe. A GWP Protective (Reino Unido) combinou tudo para criar as Tracker Cases, caixas de transporte facilmente localizáveis. Os mercados de utilização são os mais diversos: aplicações militares, laboratórios off shore, equipamentos para expedições e desporto, obras de arte e antiguidades, equipamento médico e de emergência, etc.. Os dispositivos colocados nas caixas são verdadeiras "pulseiras electrónicas", permitem definir perímetros de utilização e alarmes, e permitem localizar as caixas através de aplicações tão conhecidas como Google Maps ou Street View.
Papel anti-corrosão O VpCI®-144 é um novo papel de protecção contra-corrosão, desenvolvido pela Cortec (St. Paul, Minnesota, EUA) com base em papel kraft revestido com a mistura anti-corrosiva Nano VpCI®. É uma alternativa aos papéis encerados e revestidos com polietileno, mas com igual resistência à humidade e também com resistência aos óleos e gorduras. Depois de cumprir a sua função de protecção contra a corrosão, este papel pode ser reciclado juntamente com outros papéis kraft.
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impressão
Segurança alimentar e tintas UV Há muito a dizer a favor das tintas de secagem por radiação UV, como os principais construtores e utilizadores de equipamentos para impressão de embalagens já descobriram. Como as tintas UV (e as suas irmãs EB, com secagem por radiação de feixes de electrões, menos usadas na impressão de embalagens) curam em menos tempo, os processos são mais eficientes e dispensam os tradicionais túneis de secagem. As tintas UV facultam alta qualidade gráfica e como a cura é mais rápida, reduzem o "dot gain" típico das tintas líquidas. E mais importante que tudo, as tintas UV não emitem COVs, constituindo uma alternativa mais amiga do ambiente às tintas baseadas em solventes. A RadTech Europe é a associação industrial dedicada à promoção da secagem UV e o sector da impressão de embalagens é uma das áreas a que se estende essa promoção. As tintas UV são relativamente novas no mundo da impressão de embalagens e, como sempre acontece com tecnologias recentes, há que aprender algumas lições. Desde cedo, as tintas UV usadas na impressão de embalagens para leite infantil e para cereais de pequeno almoço evidenciaram a migração de um composto químico - o ITX - da embalagem para o próprio produto. É importante salientar que, embora algumas das estruturas de embalagens actuais possam actuar como barreira à migração, apenas dois materiais - o vidro e o metal - são considerados como barreiras absolutas. A permeação de possíveis contaminantes através do material de embalagem, incluindo a migração da tinta, é por isso possível. Um factor adicional de contaminação é a possibilidade de libertação ("set-off") da tinta, ou seja, a passagem da tinta da face exterior da embalagem - que é empilhada ou, no caso das etiquetas, que é aplicada automaticamente - para o lado interior, isto é, a superfície que está em contacto com o produto contido na embalagem. Fenómenos como este , lado a lado com os debates relacionados com o BPA e o contacto humano -. estão no centro da agenda da RadTech Europe no que respeita à segurança dos consumidores. A RadTech Europe está envolvida com toda a cadeia de fornecimento, desde os fornecedores de componentes da tinta até às empresas de marca e retalhistas. Está
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planeado um seminário sobre embalagem alimentar para o segundo semestre de 2014, como parte do programa de actividades e de comunicação da associação. Para fazer face às questões de migrações, a Nestlé instituiu as suas próprias normas relativas a embalagem alimentar. Esta iniciativa também contribuiu para as decisões de regulamentação europeia em matéria de tintas para embalagem alimentar, reflectindo a importância do tema para todos os que estão envolvidos na cadeia de fornecimento de embalagens. A RadTech Europe e outras associações técnicas, como a EuPIA (associação europeia das tintas de impressão) e o CEFIC (conselho da indústria química europeia), estão activas na abordagem deste tema junto das autoridades da União Europeia e em linha com os requesitos do regulamento REACH. Embora ainda não exista legislação europeia específica sobre tintas de impressão para embalagens alimentares, a boa prática de fabricação para todos os materiais destinados a entrar em contacto com alimentos incluindo as tintas - estão abrangidos pelo Regulamento 2023/2006 e pela Directiva 2007/42/CE, relativa às embalagens impressas de filme de celulose regenerada, os quais NÃO devem entrar em contacto com alimentos. Adicionalmente, o decreto suiço sobre materiais e produtos para contacto com alimentos - frequentemente usado como norma pela indústria - continua a aperfeiçoar uma lista de substâncias permitidas, à medida que o conhecimento avança. Embora os componentes das tintas de impressão não estejam especificamente listados, todos os componentes listados estão sujeitos a limites específicos de migração e a teores máximos. A Alemanha também está a preparar legislação sobre este assunto. Os associados da RadTech Europe participam nestes trabalhos, contribuindo com os seus conhecimentos para estabelecer os limites de migração mais elevados possível e, com a EuPIA, têm colaborado no desenvolvimento de dossiês REACH e na compilação de dados sobre migração para submeter às autoridades da Suiça e da Alemanha. A EuPIA desenvolveu as suas próprias orientações para as indústrias gráficas em matéria de matérias-primas utilizadas como constituintes das tintas para embalagens alimentares e essas orientações são hoje norma industrial. Existe uma Declaração de Composição normalizada que os membros da EuPIA fornecem aos impressores de embalagens e às demais empresas na cadeia da embalagem, confirmando que as tintas fornecidas estão adequadas à finalidade. Os impressores são encorajados a efectuar os seus próprios ensaios de migração conforme for mais adequado em função das embalagens que imprimem, de modo a terem um mecanismo "à prova de falhas". A indústria também continua a inovar, com tintas que apresentam menores níveis de migração associados com a secagem por radiação.
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impressão Clariant
ColorForward™ 2014 O Guia de Cores 2014 da Clariant – ColorForward 2014 – está disponível. É um indicador para designers e produtores de artigos de consumo que pretendam saber as tendências e cores da moda. O guia já vai na sua 8ª edição. Na origem deste guia está a pesquisa conjugada de um grupo de peritos de várias indústrias. Para além das cores, estes peritos identificam tendências “societais”. Para este ano, o painel de peritos identificou as seguintes: “Keep It Real” – os consumidores querem produtos e marcas tangíveis e transparentes. Uma das cores do guia – “genuine” - exprime esta ideia, com a reminiscência da percepção e sabor de uma azeitona. “Re|use|full” – à saída da recessão, o consumidor está farto e desapon-
devido ao mundial de futebol. A cor que melhor exprime esta tendência é o verde “Tapirapé Splash”. As tendências e cores encontram correspondência nos masterbatches de cor comercializados pela Clariant. tado com os velhos hábitos de desperdício, e valoriza tudo o que seja durável e reaproveitável. “There to Share” – o uso geral das redes sociais e da internet cria um sentido de aproximação, de colaboração e de partilha. “Vamos Jogar Bola” – expressa na língua portuguesa, esta tendência está obviamente relacionada com o Brasil, o modo de ser do povo brasileiro e a visibilidade que vai ter
O mesmo guia de cores está também disponível numa versão para fibras e têxteis: ColorForward Interiors.
O primeiro objectivo da RadTech Europe é frontal: assegurar que os detentores de marcas podem usar com segurança tintas com secagem por radiação em aplicações alimentares, sem colocar o consumidor em risco e de modo a tirar todos os benefícios. A secagem por radiação tem uma história longa e bem sucedida em muitos outros sectores da indústria, incluindo pavimentos, automóveis, componentes electrónicos, aplicações domésticas, embalagens metálicas e plásticos rígidos. Não há razão para a embalagem alimentar ser uma excepção. David Helsby Presidente da associação RadTech Europe (The Hague, Holanda) www.radtech-europe.com
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etiquetagem e codificação Domino
Etiquetagem de paletes Tinta amarela
A impressora-etiquetadora de paletes M220 da Domino possui uma cabeça por contacto que permite um movimento a 180° e a aplicação de etiquetas em dois lados adjacentes da palete. Está disponível em alumínio ou em aço inoxidável, leitor de verificação (opcional) e unidade de controlo do ambiente. A versão em aço inoxidável é particularmente adequada para o sector das bebidas.
Tintas pretas A tinta preta 2BK026, desenvolvida para a impressora de jacto de tinta em contínuo A420i, é indicada pela Domino principalmente para aplicações de marcação a quente no sector alimentar, designadamente a marcação de saquetas de embalagens de alimentos secos. A 2BK030 é igualmente uma tinta preta de secagem rápida concebida especificamente para aplicações alimentares. Tem elevada resistência a gorduras, óleos alimentares e ao calor. É adequada para ambientes de produção com temperaturas elevadas e esterilização a vapor.
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A nova tinta amarela 2YL912, compatível com as impressoras de jacto de tinta da série A da Domino, suporta temperaturas até 45 °C. Indicada para a marcação de embalagens com fundos de cor escura, esta tinta pode ser aplicada no rótulo ou no próprio vidro. Pode ser armazedada durante um ano sem perda de características.
Secagem rápida para embalagens alimentares A nova tinta BK652 tem um tempo de secagem inferior a meio segundo e é quatro vezes mais resistente ao desbotamento. É recomendada para linhas de embalagem de alta velocidade e está disponível com as impressoras de jacto de tinta térmico da série G da Domino, para impressão de textos, gráficos e códigos 1D e 2D em superfícies porosas e semi-porosas.
Impressão digital A impressora monocromática K600i assegura impressões por jacto de tinta com resolução de 600 dpi e velocidade entre 50 e 150 m/min. Pode ser configurada para larguras de impressão de 108 mm a 558 mm e permite a personalização completa das impressões. Destina-se sobretudo a linhas de impressão de "mailings". Nº 223 Abril 2014
etiquetagem e codificação Domino
TTO para Coca-Cola
A impressora Bitjet+ v4.5 combina velocidade e versatilidade. Pode ser integrada em máquinas impressoras bobina-a-bobina, dobradoras-coladoras, impressoras de cartões, encadernadoras, embaladoras e envolvedoras. Suporta velocidades de impressão até 800 m/min. e é indicada para operações de personalização, numeração, impressão de gráficos, códigos de barras e 2D sobre qualquer tipo de suporte, sem necessidade de equipamento de secagem.
As linhas de embalagem da Coca-Cola em Knetzgau (Alemanha) estão equipadas com impressoras de transferência térmica (TTO) V320i da Domino, para marcação dos packs sob filme retráctil com os prazos de consumo preferencial. As impressoras estão instaladas à saída da agrupadora-envolvedora KHS Kisters. Montadas sobre uma barra móvel, as impressoras são fáceis de aceder e de ajustar à mudança de formato do sixpack. A impressão por transferência térmica subsituiu a marcação dos packs por jacto de tinta (impressoras instaladas à saída do túnel de retracção). A turbulência do ar numa zona de actuação dos ventiladores à saída do túnel causava sujidade na cabeça de impressão e menor qualidade de impressão. As impressoras TTO não são afectadas pelos ventiladores. A cadência da agrupadora-envolvedora varia entre 40 e 80 sixpacks por minuto. A impressão ajusta-se automaticamente às mudanças de velocidade da máquina. As impressoras têm uma consola táctil, posicionada ao lado da linha, para inserção e selecção das mensagens a imprimir. A opção pelas impressoras V320i foi decidida na sequência dos resultados da instalação piloto na linha de embalagem de Genshagen.
Novo laser O novo codificador laser F220i é uma das novidades anunciadas pela Domino para a próxima INTERPACK. O novo laser é compatível com várias superfícies, incluindo metais e plásticos e permite marcar várias linhas na mesma passagem, com contraste mais nítido, variedade de tamanhos e adaptação à velocidade da linha de embalagem ou engarrafamento. A Domino indica que o tempo entre intervenções de manutenção é de 100 000 horas.
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etiquetagem e codificação HAPA
Soluções combinadas de impressão e marcação A HAPA (Suiça) vai apresentar na Interpack o seu portefólio de soluçoes de impressão para embalagens de medicamentos, cosméticos e produtos alimentares. As soluções repartem-se por várias aplicações. No sector dos sistemas híbridos, destaca-se a combinação entre impressão flexográfica UV e jacto de tinta gota a gota UV, com o novo painel de controlo multi-táctil. O sistema de marcação directa "redcube" pode ser utilizado para marcar vários tipos de embalagens, desde caixas de cartolina de medicamentos até frascos de plástico saídos de sistemas BFS (blow fill seal, enchimento no molde). Na Interpack, o redcube vai ser apresentado em combinação com um sistema de marcação e verificação Laetus. A HAPA fornece equipamentos e tintas, sendo estas formuladas e fornecidas à medida da aplicação do utilizador.
Delektron / TSC
Gebo Cermex
Etiquetagem de caixas e paletes
Secar antes de rotular
A Dalektron (Alemanha) criou uma solução de etiquetagem automática de caixas ou paletes, com base em impressoras de transferência térmica TSC. O sistema MCA3500 foi projectado para caixas ou paletes de dimensões variáveis que passam no transportador. O funcionamento do braço aplicador de etiquetas é accionado por sensor ultrassónico, seguindo-se a impressão e aplicação automática da etiqueta na face lateral da caixa ou palete. O sistema trabalha com etiquetas até 105 x 150 mm (área de impressão até 104 mm) e pode assegurar cadências até 720 etiquetas por hora. A impressora TSC pode estar ligada em rede ou operar com dados em cartão SD. O sistema da Dalektron pode ser equipado com os vários modelos de impressoras RSC, em função das necessidades de velocidade e resolução. 30
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A humidade e a condensação são inimigas da rotulagem a alta velocidade e dos sistemas de inspecção e leitura automática. O novo sistema OptiDry® da Gebo Cermex vem responder à necessidade de pré-secagem das embalagens, podendo adaptar-se a linhas de bebidas em vidro, plástico, metal, qualquer que seja o formato. O fluxo de ar quente é ajustável em função do formato da embalagem (corpo e gargalo), de forma a obter uma secagem o mais eficiente possível. O ajuste e mudança de formatos pode ser feito manualmente ou motorizado. O consumo de energia é reduzido ao mínimo, já que o sistema se baseia numa só ventoínha controlada por inversor de frequência de 7,5 ou 15 kW. A cobertura do sistema permite reduzir o ruído audível a 80 dB. Apresentado na feira Driktec 2013, o sistema OptiDry® obteve rápida aceitação na indústria, tendo sido instalados 32 sistemas.
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máquinas LANICO
Fecho de latas A Lanico (Braunschweig, Alemanha) vai apresentar na INTERPACK uma gama de máquinas para fecho (cravação) de embalagens metálicas, abrangendo diferentes cadências. A máquina V110 SVA 50 T, totalmente automática é indicada para pequenas produções e para utilização em laboratório. Construída integralmente em aço inox, pode ser facilmente integrada com máquina enchedora de produtos pulverilentos ou pastosos. Quatro rolos de cravação asseguram uma cadência até 3000 latas/hora. A máquina suporta alturas entre 45 e 250 mm (mudança em 2 minutos) e diâmetros entre 56 e 113 mm (mudança em 10 minutos). Os accionamentos com inversor de frequência asseguram um arranque suave, com controlo por painel táctil. A máquina também pode incluir um sistema de injecção de gás inerte para produtos sensíveis ao oxigénio. A Lanico vai também apresentar máquinas semi-automáticas de cravação para retalho, laboratório e aplicações gerais. É o caso da V 110 PH, também em aço inox, que pode operar quer em ambientes secos, quer em ambientes húmidos, com cadência até 850 latas/ hora. Permite mudanças de Nº 223 Abril 2014
Formadoras de latas Com as cravadoras na INTERPACK, uma feira destinada a embaladores, a Lanico estará simultaneamente presente na METPACK, em Essen, com uma nova máquina para formar embalagens metálicas.
altura entre 26 e 300 mm e diâmetros entre 42 e 163 mm. As peças normalizadas permutáveis permitem efectuar a mudança em poucos minutos. A V 10 ECO é uma versão semi-automática e preço mais acessível, destinada a pequenas produções, tais como produções artesanais, e também utilizações em laboratório. Igualmente em aço inox, permite mudanças entre 26 e 120 mm de altura e 73 a 113 mm de diâmetro. Está equipada com dois rolos cravadores. A Lanico fabrica cravadoras há quase 100 anos e já vendeu e instalou mais de 100 mil máquinas.
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A máquina CF 411 assegura médias e altas cadências (até 300 latas por minuto!) de formação de latas com diâmetros entre 73 e 200 mm e formatos tão diversos como: três peças necked-in para produtos alimentares, general line para tintas ou barris (kegs) para cerveja. Equipada com três carrocéis, a máquina pode processar vários tipos de chapa e executa várias operações de necking, die-necking, flange, cravação, estriamento, etc.. Destaca-se nesta máquina o novo sistema "Express Dia Change" que minimiza os tempos de mudança de formato.
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máquinas Aplisens
Monitorização de nível As sondas hidrostáticas da Aplisens facilitam o controlo da medição de nível em inúmeras aplicações e indústrias. O seu princípio de funcionamento baseia-se na lei da hidrostática segundo a qual a pressão do fundo do reservatório é proporcional ao nível de líquido. A sonda hidrostática compara a pressão do fundo do reservatório com a pressão atmosférica (medida através de um tubo capilar no interior do cabo até à superfície) para determinar o nível. Por conseguinte, a electrónica interna da sonda processa a pressão e cria um sinal analógico proporcional ao nível. As novas sondas hidrostáticas Aplisens destacam-se pela sua alta precisão e estabilidade, uma vez que o elemento sensor é de silício, sendo mais preciso e estável que os usuais sensores cerâmicos. Com versões mais precisas que os
medidores ultrassónicos e construção standard em aço inoxidável e hastellyo e Teflon, estes equipamentos oferecem uma resistência considerável contra líquidos agressivos e permitem sobrepressões até 10 vezes o seu calibre. A protecção eléctrica da sonda é garantida pelo descarregador de sobretensões incorporado e a gama de temperatura de funcionamento standard varia entre -40ºC e 120ºC sendo possível a sua aplicação em qualquer situação, inclusive as mais exigentes.
As sondas hidrostáticas estão disponíveis numa grande variedade de modelos e versões desenvolvidos especificamente para águas residuais, líquidos viscosos e densos, para depósitos especialmente pequenos ou pressurizados, depósitos de combustível, aplicações standard e algumas versões estão ainda disponíveis com protocolo de comunicação HART, Modbus RTU. As sondas hidrostáticas podem ser aplicadas em tanques, caldeiras, furos, águas residuais, estações elevatórias, líquidos viscosos (azeite, óleos, químicos) ou com partículas suspensas, camiões cisterna, depósitos pressurizados, sistemas de refrigeração, sistemas de calibração, altas temperaturas, e muito mais. As sondas Aplisens têm suporte técnico e comercial em Portugal através da Zeben - Sistemas Electrónicos.
MSR
Monitorizar dados a partir do interior da embalagem Os dataloggers MSR além de serem utilizados na monitorização de condições ambientais podem ser também utilizados no desenvolvimento de produtos, gravando todos os dados de forma confiável dentro da própria embalagem. Até à data, os dataloggers apenas foram utilizados na indústria alimentar para a monitorização das condições ambientais nos armazéns, adegas ou durante o transporte de bens alimentares. A bebida “Pures” da marca alemã Reh Kendermann utilizou o datalogger MSR145 para monitorizar a temperatura e pressão dentro da garrafas. 32
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Durante a sua produção a bebida “Pures” é carbonatada e tratada termicamente. O primeiro factor que poderá afectar a qualidade da bebida é a pasteurização. A manutenção do tempo e da temperatura são factores muito importantes, pois as baixas temperaturas podem afectar a preservação do produto enquanto que as altas temperaturas podem fazer com que as tampas das embalagens rebentem. Para obter os registos de forma mais exacta a empresa produtora colocou os dataloggers dentro das garrafas e o dispositivo foi sujeito ao processo de pasteurização juntamento com o produto. A utilização do datalogger MSR145 permitiu a verificação e normalização de parâmetros de processos fundamen-
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tais relativos ao desenvolvimento de produto e normas de segurança no menor espaço de tempo e com os menores requisitos de testes possíveis. Devido ao facto dos dados terem sido gravados sobre condições reais foram apenas necessários dois testes de larga escala até que o produto estivesse pronto para comercialização. A MSR é representada em Portugal pela Zeben – Sistemas Electrónicos. Nº 223 Abril 2014
accionamentos Vacon
Variadores de velocidade O novo variador compacto Vacon 100X está disponível numa faixa de potência de até 30kW para aplicações pesadas e extremamente exigentes. Tem certificação IP66/tipo 4X, filtros RFI, filtros de harmónicos de série e integra a nova tecnologia de condensadores de lâminas de plástico, sem electrolítico, que permitem longos períodos de armazenamento sem que haja a necessidade de os despertar. Estes condensadores têm uma vida útil até 10 vezes superior face aos condensadores tradicionais. O funcionamento sem disparos está garantido graças aos sofisticados princípios de controlo de motor, às características de protecção do conjunto variador/motor, à selecção de componentes e à eficácia da sua refrigeração. O novo variador resiste a vibrações 3G (de acordo com 3M7/ IEC 60068-2) e a impactos mecâni-
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cos até 25G. Suporta a comunicação RS485 Modbus e Ethernet incorporada de série. O novo Vacon 100X está preparado para suportar motores de indução ou de ímanes permanentes, oferece um modo de paragem segura de acordo com SIL3. Além disso, cumpre as especificações da norma EN610003-12, e vem de série com chopper de travagem integrado. O Vacon 100X é fornecido com a aplicação Vacon Programming que permite a integração de primeira classe em inúmeras aplicações para OEM´s, e o seu funcionamento é possível em aplicações/indústrias com temperaturas entre -40°C a +60°C. A comercialização e suporte técnico dos variadores Vacon são assegurados em Portugal pela Zeben – Sistemas Electrónicos.
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accionamentos
Classe de eficiência energética IE4 para instalações descentralizadas Sistemas de accionamento mecatrónico: MOVIGEAR® e motor electrónico DRC O aumento dos preços da energia não é a única razão para os fabricantes e operadores de máquinas fazerem face aos desafios da economia de energia. A redução de custos e o aumento da rentabilidade também são tidos em conta quando se planeiam novos sistemas ou a expansão de unidades de produção existentes. As instalações descentralizadas já são utilizadas desde o final da década de 90 como uma alternativa, rentável, às soluções centralizadas para grandes máquinas ou sistemas de produção. É, em particular, em grandes unidades de produção que os conceitos de instalação descentralizada podem ajudar a obter uma impressionante redução de custos. Ao contrário das soluções centralizadas, o espaço do quadro eléctrico e a quantidade de cabos é significativamente reduzida. Por exemplo, o sistema de accionamento mecatrónico MOVIGEAR® ou o motor electrónico DRC com comunicação SNI (Instalação em rede de linha única) requer apenas um cabo para transferência de energia e informação. Os componentes descentralizados da SEW-EURODRIVE sempre foram inovadores. O MOVIMOT®, moto-redutor com conversor de frequência integrado, é utilizado com sucesso há décadas em muitos sistemas de transporte e nos mais diversos sectores. O sistema de accionamento mecatrónico MOVIGEAR® e o motor electrónico DRC são duas soluções da SEW-EURODRIVE com classe de eficiência energética IE4. Com o MOVIGEAR®, sistema de accionamento mecatrónico para a tecnologia de movimentação horizontal de materiais, a SEW-EURODRIVE estabeleceu, já em 2008, padrões totalmente novos em termos de rentabilidade e de funcionalidade. O MOVIGEAR® não só combina um redutor com um motor e os componentes electrónicos num único produto, como também, e acima de tudo, garante que as vantagens técnicas e económicas destes três componentes de accionamento sejam mantidas e utilizadas de uma forma optimizada. Além disso, o MOVIGEAR® está em conformidade com a classe de eficiência IE4 (Super Premium Efficiency). Desde o início de 2012 que o motor electrónico DRC deu novo impulso às instalações descentralizadas: o seu 34
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campo de utilização versátil, devido à sua flexibilidade na montagem em qualquer tipo de redutor e freio mecânico opcional, fazem com que o motor electrónico DRC represente a tecnologia inovadora de accionamento e um produto de elevada qualidade "made by SEW-EURODRIVE".
Eficiência energética reduz custos de energia e de operação O recurso a qualquer oportunidade para economizar energia não é apenas uma contribuição importante para a conservação do meio ambiente, pois também compensa financeiramente. Isso afecta a seleção e o projecto da moderna tecnologia de accionamentos. A tecnologia de accionamento utilizada e a sua eficiência global desempenham um papel crucial na redução, de forma sustentável, do consumo de energia em aplicações industriais. Uma equação simples ilustra isso: PEntrada= PSaída+ PPerdas Isto significa que os custos da energia eléctrica à entrada (PEntrada) são calculados a partir da energia mecânica efectivamente necessária (PSaída) mais as perdas resultantes da eficiência global (PPerdas). O seguinte aplica-se se não considerarmos a aplicação e o sistema: os custos de energia só podem ser reduzidos se as perdas de energia durante a operação da instalação forem mantidas o mais baixo possível. Duas entidades independentes reconheceram o potencial de economia de energia do accionamento mecatrónico MOVIGEAR®: o Departamento de Ciências Aplicadas à Engenharia da Universidade de Ciências Aplicadas de Kaiserslautern e a TÜV SÜD. "Uma comparação dos resultados dos testes mostra uma vantagem significativa de eficiência do accionamento MOVIGEAR® ao longo de todo o perfil carga". A TÜV SÜD confirma que o MOVIGEAR® requer até 50% menos energia, em comparação com outros sistemas de accionamento disponíveis no mercado, e atribui ao sistema de accionamento mecatrónico o certificado "Energy-Efficient Plant Technology".
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mercado máquinas e materiais de embalagem
embalagem alimentar
cartão canelado
caixas e paletes de madeira
embalagem de plástico
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