REVIPLAST 56

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notícias

56 Out/Nov/Dez 2011

reviplast revista da indústria de plásticos

6,57 e

Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

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reviplast

Nยบ 56 Out/Nov/Dez 2011


índice

notícias

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feiras

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homenagem

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matérias-primas

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embalagem

12

automóvel

15

reciclagem

18

moldes

20

injecção

21

periféricos

30

equipamentos

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mercado

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reviplast revista da indústria de plásticos

Em parceria com:

Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos. Publicidade: Ilda Ribeiro, Cristina Devesa, Luisa Santos. Propriedade: ODITÉCNICA-Centro de Promoção e Divulgação Técnico-Industrial Lda.. Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL. Telefone: 217 921 110. Fax: 217 921 113. E-mail: reviplast@revipack.com Depósito Legal: 13 783/88. ISSN 1647-8142.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS

Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

Publicação Trimestral. Preço de Capa: 6,57 e. Assinatura (6 edições): Edição impressa 28.65 e Edição electrónica: 17.64e © Oditécnica Todos os direitos reservados.

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notícias

BASF aumenta capacidade para EPS A BASF planeia aumentar a capacidade do material de isolamento em poliestireno expandido (EPS) Neopor®, na sua fábrica de Ludwigshafen (Alemanha) em etapas de 60 000 toneladas/ano, entre Dezembro de 2011 e Outubro de 2013. O EPS cinza Neopor é uma "versão avançada" do EPS Styropor®. A adição de partículas de grafite está na origem da côr cinza e do desempenho de isolamento até 20% acima do EPS branco. O aumento de capacidade será atingido através da expansão das unidades de produção actuais; este é o segundo aumento da capacidade de produção do Neopor em Ludwigshafen num período de três anos. Em 1998, a BASF foi o primeiro produtor de EPS a incluir um material de isolamento cinza no

seu portefólio. A tendência internacional para a adopção de materiais de isolamento de alta eficiência, particularmente para aplicações exteriores, continua em destaque. O isolamento térmico é reconhecidamente um dos principais factores para a redução das emissões de CO2, necessária para corresponder aos objectivos da legislação cada vez mais exigente em matéria de economia de energia. O Neopor é usado quer em construção nova, quer em remodelação de edifícios e presta um contributo significativo para a protecção climática. Na Alemanha, cerca de 30% de todos os materiais de isolamento baseados no EPS são usados em edifícios novos. A remodelação de edifícios absorve a maior fatia - 70% e as previsões apontam para o aumento desta quota para 75% em 2012.

O granulado cinzento Neopor é uma versão avançada do Styropor que contém partículas especiais de grafite que reflectem a radiação como um espelho e que reduzem as perdas de calor dos edifícios. O granulado é expandido pelos clientes da BASF e transformado em placas ou peça moldadas para isolar fachadas, coberturas e pavimentos.

KraussMaffei expande fábricas na China e na Eslováquia O grupo KraussMaffei decidiu duplicar as capacidades de produção das fábricas de Martin (Eslováquia) e Haiyan (China). A área de produção da fábrica de Haiyan aumentará de 12 000 m2 para cerca de 22 000 m2 para permitir a expanção da construção de máquinas de reacção e extrusão e iniciar a produção de máquinas de injecção Netstal e KraussMaffei para PET, bem como das máquinas de injecção da série MX da

KraussMaffei. A área de produção da fábrica de Martin vai aumentar de 6 600 m2 para 12 000 m2 para expandir a construção de robôs e máquinas de injecção da série EX, bem como de máquinas de reacção e trimming. Actualmente, a fábrica da Eslováquia produz máquinas da série AX, bem como armários eléctricos e moldes. As novas capacidades, na Eslováquia e na China, estarão operacionais no início de 2013.

API investe na produção e pesquisa de TPE e TPU A API Spa, um dos principais produtores de compostos termoplásticos (TPE, TPU e bioplásticos), anunciou investimentos significativos em equipamentos de produção e infraestruturas de I&D. O plano de investimentos inclui uma nova linha de produção de poliuretano termoplástico (TPU), elevando o total de linhas para 5 e aumentando a capacidade em 25%, duas novas linhas de produção de elastómeros termoplásticos (TPE) e bioplástico APINAT, aumentando a capacidade em 15%, um sistema integrado para embalagem e paletização automática, uma nova linha dedicada à produção de TPE e TPU micronizado, um novo sistema industrial de SCALE-UP, a renovação completa dos departamentos de amostragem e de produção de masterbatches e ainda novos laboratórios de Investigação e Desenvolvimento. 4

EuroMold 2011 com mais visitantes A 18ª edição da feira EuroMold, que terminou no dia 2 de Dezembro em Frankfurt (Alemanha), registou 57 955 visitantes, mais 4,8% que na feira de 2010 e também com um reforço do carácter internacional (visitantes de 97 países). Em volta do tema principal moldes e fabricação de moldes - a feira contou com uma participação acrescida de áreas complementares, como materiais, software, impressão 3D e prototipagem. A EuroMold teve a participação de 1324 expositores, de 38 países, dos quais 19 de Portugal.

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notĂ­cias

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feiras Plastivision:

Índia e Médio Oriente são mercados em expansão A AIPMA (The All India Plastics Manufacturers Association), formada por 17 associações indianas das indústrias de plásticos, organiza as feiras Plastivision na Índia e nos Emirados Árabes. A Plastivision Arabia terá lugar nos dias 14 a 17 de Maio de 2012, em Sharjah (Emirados Árabes Unidos), cidade portuária estratégica, a 15 km de Dubai. Realiza-se em paralelo com a ArabiaMold, graças a um acordo entre a AIPMA e a Demat (organizadora da EuroMold).

A região arábica tornou-se um dos principais players mundiais do sector dos plásticos. A produção global de 105 milhões de toneladas (2010) deverá aumentar 46% até 2015 e estão previstos investimentos de 75 mil milhões de dólares (USD) para expandir a indústria transformadora. O valor de mercado das indústrias de plásticos na região estima-se em 180 mil milhões de USD, com taxas de crescimento médio anual de 30%. A Plastivision India terá lugar nos dias 12 a 16 de Dezembro de 2013, em Mumbai (Índia). A mais recente edição realizou-se em Janeiro de 2011 e contou com mais de 1000 expositores, de 17 países, com uma área de exposição de 55 mil m2 e 73 mil visitantes. É a quinta feira de plásticos, a nível mundial.

A Índia é o terceiro produtor mundial de polímeros - cerca de 7 milhões de toneladas, repartidas por 17 produtores, com um investimento global de cerca de 12,6 mil milhões de euros e um volume de negócios na ordem dos 8,4 milhões de euros. É o oitavo país consumidor de plásticos, com um consumo per capita de 8 kg. A indústria indiana de transformação de plásticos conta com cerca de 55 mil empresas, com um volume de negócios de 10,08 mil milhões de euros. Na actividade transformadora predomina a injecção (70%), seguindo-se a extrusão (23%), o sopro (6%) e outros processos (1%). A indústria de plásticos emprega cerca de 4 milhões de pessoas.

NPE com programa de seminários paralelos A feira NPE 2012, que se realiza nos dias 1 a 5 de Abril em Orlando, (Florida, EUA) será completada com um extenso programa de conferências e seminários, com o objectivo de atrair visitantes da indústria de plásticos. A conferência da SPI incluirá 28 apresentações de especialistas, repartidas por cinco áreas temáticas: 1) Advocacia, questões regulatórias e segurança; 2) Bioplásticos; 3) Sustentabilidade; 4) Marketing; e 5) Produtos médicos.

A conferência ANTEC, organizada pela SPE (Society of Plastics Engineers) é a maior conferência técnica do sector a nível mundial. Em 2011, a ANTEC teve mais de 700 apresentações. O programa deste ano ainda está em elaboração, com base nos tópicos definidos para as várias sessões. Mais informações podem ver-se em www.4spe.org. Durante a NPE 2012, terá ainda lugar um seminário latino-americano com o tema genérico 'Tendências, Oportunidades e Tecnologi-

as no Sector de Plásticos', organizada pela editora Carvajal Información B2B. A feira NPE 2012 é organizada pela SPI, a associação norte-americana da indústria de plásticos. Mais informações em www.npe.org.

PLAST 2012 em Milão A feira PLAST, marcada para os dias 8 a 12 de Maio em Milão, contará com mais de 1100 expositores, de 40 países. Ocupará parte do enorme parque de feiras de Milão e será mais um indicador do clima de recuperação que se vive no sector. A feira tem periodicidade trienal e também é vista por expositores e visitantes como oportunidade para apresentar novidades tecnológicas. Este ano, terá ainda uma "feira satélite" - RUBBER 2012 - dedicada ao sector da borracha. Noutros pavilhões, decorrem em simultâneo as feiras XYLEXPO

(tecnologias da madeira) e FLUITRANS COMPOMAC (transmissão de potência e mecatrónica). O programa da feira inclui várias conferências técnicas, com os seguintes temas: 9 de Maio

"Terra, Água e Ar - Impactos e Sustentabilidade do PVC" "Investigação Italiana sobre Embalagem Activa, em especial com Nanomateriais"

10 de Maio

"EPS entre a Energia e o Ambiente - Como Economizar Energia e Vapor e Limitar as Emissões no Processo Produtivo" "Marcas de Qualidade para Aumentar o Desenvolvimento Competitivo das Organizações - Esquemas de Certificação para Suportar a Sustentabilidade Ambiental"

10 e 11 de Maio 11 de Maio

"BIOLOPACK - 2º Congresso Internacional dos Bipolímeros" "Materiais Plásticos numa Cadeia de Produção Agrícola de Qualidade" "Nanocompósitos Poliméricos Termicamente Condutores: Resultados e Perspectivas do Projecto Thermonano"

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feiras Início

Fim

01/Fev/12 06/Fev/12

Feira

Tema

Local

PLASTINDIA

Plásticos e borracha

País

Web

Nova Deli

India

www.plastindia.org

Anaheim

E.U.A.

www.plastecwest.com

Tóquio

Japão www.convertechjapan.com

14/Fev/12 16/Dez/12

PLASTEC WEST

Plásticos

15/Fev/12 17/Fev/12

CMM JAPAN & JSP

Logistica, embalagem, borracha

16/Fev/12 19/Fev/12

PLAS PRINT PACK

Plásticos, impressão e embalagem Dhaka Bangladesh www.exh.packsourcing.com/exhibition/en/70

17/Fev/12 20/Fev/12

PLASTICA

Plásticos

Atenas

Grécia

www.3ek.com/gr/plastica

26/Fev/12 29/Fev/12

PLASTEX

Plásticos

Cairo

Egipto

www.plastex-online.com

28/Fev/12 01/Mar/12

POLYURETHANEX

Plásticos

Moscovo

Rússia

www.minexpo.ru/eng

28/Fev/12 01/Mar/12

COMPOSITE EXPO

Compósitos

Moscovo

Russia

www.mirexpo.ru/eng/

29/Fev/12 02/Mar/12

PLASTICS & RUBBER

Plasticos e borracha

Ho Chi Minh City Vietnam

06/Mar/12 08/Mar/12

TYREXPO AFRICA

Borracha

Joanesburgo

África do Sul www.eci-international.com/index.html

08/Mar/12 10/Mar/12

RUBBER TECHNOLOGY

Borracha

Bangecoque

Tailândia

www.rubbertechnology-expo.com

13/Mar/12 15/Mar/12

OMAN PLAST

Plásticos

Muscat

Oman

www.silverstaroman.com

17/Mar/12 19/Mar/12

PLAST, PRINT PACK

Plásticos, impressão e embalagem Lahore Paquistão

www.plasprintpack.com.pk/home.html

20/Mar/12 23/Mar/12

FMU

Ferramentas e moldes

S. Paulo

www.arkevents.com.br

21/Mar/12 24/Mar/12

KFO

Moldes

Bad Salzuflen Alemanha

www.messezentrum.de

21/Mar/12 23/Mar/12

PLAST SERBIA 2012

Plásticos

Novi Sad

www.plast.si

22/Mar/12 24/Mar/12

EPLA

Plásticos e borracha, máquinas e equipamentos.

Poznan Polónia www.epla.pl/en

27/Mar/12 29/Mar/12

JEC COMPOSITES

Compósitos

Paris

França

www.jeccomposites.com

29/Mar/12 31/Mar/12

PLASTIXEXPO

Plásticos

Parma

Itália

www.senaf.it

01/Abr/12

05/Abr/12

NPE 2012

Plásticos

Orlando

E.U.A.

www.npe.org

10/Abr/12

13/Abr/12

PLASTSHOW

Plásticos

São Paulo

Brasil

www.arandanet.com.br

11/Abr/12

14/Abr/12

INDOPLAS

Plásticos

Jacarta

Indonésia

www.indoplas.com

17/Abr/12

19/Abr/12

UTECH EUROPE

Poliuretanos

Maastrich

Holanda

www.utecheurope.eu

18/Abr/12

21/Abr/12

INTERMOLD

Moldes

Osaka

Japão

www.intermold.jp/english/

18/Abr/12

21/Abr/12

CHINAPLAS

Plásticos e Borracha

Shangai

China

www.chinaplasonline.com

19/Abr/12

22/Abr/12

DIEMOULD

Moldes

Mumbai

India

www.tagmaindia.org/fact-sheet-2012.php

02/Mai/12

03/Mai/12

PLASTEC SOUTH

Plásticos

Charlotte

E.U.A.

www.canontradeshows.com

Brasil Sérvia

www.plasticsvietnam.com

homenagem A vida de uma pessoa não dura para sempre, mas termina sempre cedo demais. Duas pessoas deixaram recentemente a comunidade de profissionais das indústrias de moldes e plásticos. E ambas merecem ser recordadas na revista que serve e une essa comunidade.

Leonel Costa

Raul Mira de Azevedo

“Temos experiência, temos capacidade, temos know how – podemos dar um contributo válido para as indústrias de alta exigência”. Estas palavras de Leonel Costa, no Seminário de Plásticos que se realizou no final de Outubro são um bom exemplo do estilo proactivo que caracterizou o empresário. Leonel Costa dirigia a LN Moldes, uma das mais importantes empresas do sector, e cumpria o seu terceiro mandato consecutivo como presidente da CEFAMOL, a Associação Portuguesa da Indústria de Moldes. Há empresários que serão recordados pelo contributo que deram para o prestígio mundial dos moldes portugueses. Há empresário que serão citados pelo seu contributo para o futuro da indústria portuguesa. Leonel Costa será recordado por ambos os motivos.

Um material novo, uma tecnologia nova, são sempre mais difíceis de introduzir no mercado, sobretudo quando essa introdução envolve investimentos significativos. Nos anos 80 do século passado, Raul Mira de Azevedo deu conta da expansão do PET e decidiu trazer a tecnologia para Portugal. "Nos E.U.A. e na Europa Ocidental, a embalagem de PET está a ser um sucesso. As empresas engarrafadoras portuguesas podem ter o mesmo sucesso com as vantagens desta embalagem" - disse na altura à revista REVIPACK. Com a GEEG Plásticos, e em representação da Nissei (Japão), Mira de Azevedo concretizou a ideia e esteve na origem da primeira linha de engarrafamento de águas em garrafas PET (Águas do Vimeiro). O perfil discreto que sempre cultivou não dispensa esta referência ao seu contributo inovador e precursor.

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matĂŠrias-primas

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matérias-primas Clariant

Novos retardantes para epoxy

breves

A Clariant lançou dois novos aditivos retardantes não halogenados, de baixa dosagem, para resinas epoxy em aplicações eléctricas e electrónicas, designadamente as placas de circuitos impressos. Os retardantes Exolit® EP 150 e EP 200 foram especificamente desenvolvidos para laminados epoxídicos e apresentados em Novembro de 2011 em conferências técnicas em Taiwan e na Alemanha. Têm elevados teores de fósforo - respectivamente de 25% e 29%, o que permite obter o efeito retardante com baixa dosagem.

A FKuR (Alemanha) vai iniciar a produção e comercialização de compostos baseados no PE verde da Braskem (Brasil). A fábrica será localizada no estado do Texas e não no Michigan como inicialmente previsto. A FKuR produz compostos baseados em bioplásticos de vários produtores. A Braskem optou por nomear a FKuR como parceiro de distribuição do PE verde para a Europa.

Por exemplo, o nível UL 94 V0 pode ser atingido com uma adição 50% inferior à necessária com retardantes convencionais. O Exolit EP 150 é um líquido de baixa viscosidade utilizável como retardante para processos de infiltração. O Exolit EP 200 apresenta-se em forma sólida, funde às temperaturas de processamento normais. Os laminados produzidos com os retardantes Exolit EP têm as propriedades mecânicas, eléctricas e electrónicas requeridas pelas especificações IPC.

PE Verde no estádio de Amsterdão O estádio Amsterdam ArenA vai substituir os bancos actuais por novos "sugar seats" fabricados com o "polietileno verde" produzido no Brasil com base no etanol obtido a partir da cana-de-açúcar, um processo desenvolvido pela Braskem com tecnologia própria e reservada (a empresa brasileira não vende licenças). Depois de uma primeira etapa com a substituição de 2000 bancos, serão gradual-

mente substituídos os restantes 52 mil lugares. O polietileno verde é produzido desde Setembro de 2010 na cidade de Triunfo (Rio Grande do Sul, Brasil). Nos mercados de exportação, a Braskem aposta em aplicações emblemáticas e tem concretizado contratos de fornecimento com grandes clientes, tais como Procter & Gamble, Nestlé, Toyota Tsusho, Natura, Tetra Pak, Danone e Chanel.

Mercado das PA em análise O mercado mundial das poliamidas PA6 e PA66 atinge os 7 milhões de toneladas, dos quais cerca de 40% são utilizadas como "plásticos de engenharia", sobretudo na indústria automóvel, e 20% na indústria de fibras têxteis. O mercado poderá ser afectado pela desaceleração do sector automóvel e pela concorrência de novas soluções têxteis baseadas no poliéster. A China, que consome actualmente 30% da produção de PA vai aumentar a capacidade de produção de caprolactam, a matéria-prima de base para a produção de PA6, de 670 mil toneladas/ano para 2,98 milhões de toneladas/ano, até 2016.O futuro da produção e do mercado das poliamidas vai ser debatido nos dias 27 e 28 de Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

Fevereiro, em Frankfurt, no European Nylon Symposium 2012 organizado pela consultora PCI (Bad Homburg, Alemanha). Mais informação em www.pcinylon.com

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A IMCD passou a incluir no seu portefólio de distribuição a gama de compostos de PVC/TPU Apex® P-55003 e P-55004 da Teknor Apex utilizados na produção de cabos industriais. As fábricas da Sabic em Campinas (Brasil) e Tortuguitas (Argentina) foram certificadas para a produção de resinas biocompatíveis baseadas nos policarbonatos Lexan. As resinas têm aprovação das autoridades norte-americanas (FDA) para utilização em aplicações médicas. Este mercado está a crescer na América Latina ao ritmo de 4,8% ao ano desde 2008. A Dow Polyurethanes (EUA) e a Cannon SpA (Itália) estão a lançar a nova tecnologia PASCAL™ para isolamento térmico de frigoríficos e arcas congeladoras, com capacidade para aumentar a eficiência energética até 10%. O novo processo tem igualmente vantagens na parte fabril, designadamente a redução do tempo de enchimento. O processo envolve um grau específico de poliuretano que aumenta o isolamento mas mantem a condutividade térmica e a adesão. A Cabot anunciou o lançamento dos novos compostos elastómeros Transfinity™ com desempenho melhorado para aplicações que exigem durabilidade e maior resistência ao desgaste e às vibrações. A formulação baseia-se em látex e cargas de reforço, tais como negro de fumo. O fabrico segue um processo patenteado. Os mercados finais incluem a produção de pneus especiais e diversos componentes para as indústrias de veículos militares e aeronaves. A redução de peso proporciona também a oportunidade de utilização no sector automóvel. 9


matérias-primas Sabic

SABIC

PC para identificação

Capacetes de protecção

A SABIC desenvolveu duas novas tecnologias para filmes de PC (policarbonato) LEXAN destinados à produção de cartões e com características especialmente estudadas para protecção contra danificação e furto de identidade. O filme coextrudido Lexan SDCX e o filme Lexan SC92E com revestimento duro são as duas soluções que a SABIC disponibiliza para o mercado da "ID". O filme coextrudido Lexan SDCX combina uma camada interna de filme de PC branco e opaco com uma camada tansparente, gravável a laser. A coextrusão evita as desvantagens dos cartões baseados na laminação de filmes finos. O filme é produzido em "clean room" classe 10 000 e está disponível em versões de 30 a 75 μm (camada gravável) e 120-275 μm (espessura total).

O filme Lexan SC92E tem um revestimento com resistência acrescida ao risco e aos químicos. Permite fabricar cartões de identificação com mais tempo de vida. O filme está disponível com as espessuras de 100 e 175 μm.

Borealis/Borouge

Plásticos para cablagens A Borealis e a Borouge marcam presença na feira WIRE (Dusseldorf, Alemanha, de 25 a 30 de Março) para apresentar os graus específicos Supercure™ para diversas aplicações na indústria de cablagem, desde os cabos de baixa tensão até aos cabos de tensão extra-alta, passando pelos cabos de fibra óptica e comunicação de dados. Na gama de materiais para cablagem

destacam-se os polietilenos de ligações cruzadas (XLPE, PELC) com elevada pureza e desempenho de isolamento.

Os capacetes 3M Versaflo, utilizados como protecção no trabalho, são mais confortáveis devido ao baixo peso dos materiais em que são fabricados. Os modelos mais recentes são fabricados com ligas de PC/PBT Xenoy e PC Lexan OQ (Optical Quality), da Sabic Innovative Plastics. O peso foi reduzido entre 15 e 20% aumentando o conforto dos utilizadores, mas mantendo a elevada resistência ao impacto. Os capacetes 3M Versaflo são utlizados como protecção dos olhos e como respiradores em postos de trabalho como fundições, secções de acabamento de automóveis, indústrias químicas e obras de construção.

Polyscope

ABS com mais performance A Polyscope Polymers (Geleen, Holanda) indica a utilização dos copolímeros XIRAN® SMA (anidrido maleico estireno) para modificar as propriedades de termoplásticos. Devido à sua elevada temperatura de transição vítrea (145-175°C), estes copolímeros permitem aumentar significativamente o de-

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sempenho de vários materiais, virgens ou reciclados, com destaque para o ABS (acrilonitrilo-butadieno-estireno) e os acrílicos como o PMMA (polimetilo-metacrilato). Está disponível numa gama larga de pesos moleculares e teores de MA (anidrido maleico). A melhoria da estabilidade térmica permite alargar as aplicações para os termoplásticos e torná-los mais fáceis de ligar, pintar ou imprimir. O XIRAN® SMA pode também ser usado como aditivo compatibilizante, designadamente para obter ligas PA/ABS. A adição de XIRAN® SMA com teores entre 1,5 e 3,3 % aumenta tipicamente o ponto Vicat (ponto de amolecimento) em cerca de 1 °C.

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Toray Plastics

Filme para IMD A tecnologia de dupla superfície da Toray Plastics (EUA) permite produzir filme de PET multi-camadas com superfície super-lisa e super-rugosa para aplicações de decoração no molde (IMD, in mould decoration). O filme Lumirror® FA6 apresenta uma superfície favorável à aplicação de revestimentos decorativos durante o processo de transformação. Os novos filmes têm também elevada estabilidade térmica e boa maquinabilidade. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011


matérias-primas

Os polímeros na indústria fotovoltaica A conferência AMI Polymers in Photovoltaics vai realizar-se nos dias 24 a 26 de Abril de 2012 em Colónia (Alemanha). Especialistas da indústria de polímeros e da indústria fotovoltaica vão debater as soluções mais eficientes para componentes como encapsulantes para silicone, chapas de protecção, materiais leves alternativos ao vidro para a face frontal dos painéis, novos suportes para a deposição de silicone, vedantes e adesivos. O Dr. Henning Wicht, analista do mercado da energia solar desde há anos, fará a intervenção inicial sobre os desafios que se colocam à indústria fotovoltaica. Em seguida, o Dr. Ivan Sinicco, da Oerlikon Solar, abordará o tema do controlo da qualidade da produção de painéis. A procura de soluções de produção custo-eficientes será o tema da intervenção do Dr. Ronald Lange com uma intervenção sobre design de módulos e utilização de polímeros. A AMUT (Itália) fará uma apresentação sobre tecnologia de extrusão para encapsulantes. A Feron recebeu um prémio pelo desenvolvimento de uma chapa para a face posterior de painéis, baseada em PET com revestimento em ambos os lados. A DuPont fornece diver-

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sos polímeros para esta indústria, designadamente os filmes de poliéster da DuPont Teijin Films. O Sr. Michele Vannini vai discutir o tema da perda de quota de mercado dos fluoropolímeros e os vários materiais alternativos para as chapas da face posterior dos painéis. A Renolit Belgium, por seu turno, vai apresentar a solução de produção de módulos fotovoltaicos com utilização de adesivos. Espera-se também a apresentação de diversas novidades. Entre elas, um poliuretano estável à luz da BASF, testado em estruturas para painéis solares. A SolarExcel (Holanda) desenvolveu uma chapa texturada para painéis fotovoltaicos para aumentar a eficiência a baixo custo. Entretanto, a Universidade Heriot Watt tem vindo a investigar o aumento de desempenho dos polímeros através da adição de materiais luminescentes. A Hanwha Solarone, fabricante chinesa de módulos fotovoltaicos estudou a produção de encapsulantes fiáveis a custo reduzido. Os testes de desempenho são cada vez mais rigorosos. Em França, o Prof. Emilie Planes trabalhou com a EDF Energy usando técnicas de microscopia IR e Raman para examinar encapsulantes em processo de enve-

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lhecimento acelerado. A EPFL (Suíça) analisou a aptidão dos vários polímeros para o encapsulamento de filmes finos de silicone. Empresas como a Momentive Performance Materials, a MAP (Françe) e a Traxle Solar (República Checa, em colaboração com investigadores da Rússia) procuram influenciar o mercado no sentido da utilização de encapsulantes de silicone. Os polímeros estão a ser considerados como um substituto do silicone nos chamados fotovoltaicos orgânicos. A Merck KGaA investigou a aplicação de polímeros para células solares impressas orgânicas, contando com a colaboração de investigadores da Universidade de Tecnologia de Chemnitz.

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embalagem Sidel

Evolução na estiragem-sopro de PET A nova máquina de estiragem-sopro de PET SBO Compact2, da Sidel, apresenta progressos em robustez, eficiência energética e qualidade da garrafa. Tradicionalmente, o processo de estiragem utiliza actuadores hidráulicos para accionar o movimento vertical do pistão de estiragem. Na nova máquina, o sistema foi substituído por um accionamento eléctrico baseado em servomotor. O novo sistema de estiragem da pré-forma permite um melhor controlo da posição e do movimento e com isso melhora a repetitividade do processo. Por outro lado, também torna a máquina mais flexível, dado que, em caso de mudança de formato, deixa de ser necessário o ajuste manual dos sensores. A velocidade de estiragem aumenta entre 1 e 1,3 m por segundo, o que significa que a cadência de produção da máquina pode aumentar. A Sidel também introduziu várias modificações noutros aspectos da máquina, com destaque

para o sistema de alimentação de pré-formas e para a interface do operador (HMI). Os rolos orientadores foram estendidos para aumentar a estabilidade das pré-formas e garantir uma alimentação regular. Na intercade, foram incluídas no painel novas funções para tornar a operação mais ergonómica. As mudanças de formato são agora

inteiramente operadas no painel, não sendo necessária qualquer intervenção na própria máquina. As novas máquinas destinam-se à produção de garrafas PET para refrigerantes, águas, sumos bebidas lácteas, cosméticos, detergentes, etc, com formatos simpes ou standard, com capacidades entre 0,2 e 10 litros. Também podem trabalhar com outros plásticos, bem como com formatos mais complexos, tais como embalagens assimétricas, achatadas (com sistema de aquecimento preferencial) e ou com gargalo descentrado. As primeiras máquinas SBO Compact2 foram instaladas na África do Sul e na América Latina. A gama completa inclui os modelos SBO 4, SBO 4 PH, SBO 3 XL, SBO 3 PH e SBO 2 XXL PH, com velocidades que vão desde 2400 a 7200 garrafas/hora.

Embalagens DeepGrip™ PET com asas Em 2010, a Sidel apresentou um processo de moldação de garrafas PET com duas concavidades profundas para servir de pega. O processo DeepGrip™ foi lançado para as garrafas com capacidade igual ou superior a 3 litros, visando em especial os mercados das águas e dos óleos. A tecnologia de "punching-conforming" resultou da parceria entre a Sidel e a PTI e veio pôr fim às limitações tradicionais do processo de moldação em matéria de pegas. Ao contrário do que sucede com os processos em que a pega é produzida em separado

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e aplicada posteriormente nas garrafas, o novo processo baseia-se numa solução técnica mais simples e completamente diferente. A garrafa é produzida com duas saliências laterais e transferida para um segundo molde onde dois pistões empurram as saliências para dentro, uma contra a outra. Durante esta etapa de "punching", a pressão interior da garrafa é mantida a 50 bar, de forma a evitar a deformação. A APPE adoptou esta tecnologia e está a utilizá-la para embalagens PET até 7 litros.

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embalagem Velox

W.M. Wrapping Machinery

Resinas BAREX® para embalagens de cosméticos

Termoformagem com tecnologia suiça

As resinas BAREX® pertencem ao grupo de copolímeros de acrilonitrilo-metilo acrilato a apresentam uma combinação de resistência química, inércia e propriedades barreira, ideal para aplicações de embalagem de cosméticos e bio-cosméticos, especialmente produtos sensíveis ao oxigénio. Fórmulas com ingredientes mais sensíveis à oxidação, tais como óleos vegetais, e polifenóis, são protegidos de forma mais eficaz, contribuindo para prolongar o tempo de vida útil dos produtos. Diversamente do que sucede com as barreiras baseadas no EVOH, as propriedades barreira das resinas BAREX® não dependem do teor de humidade. As bolsas interiores para dispensadores sem ar são uma das aplicações para as resinas BAREX®, para além da conformidade com as normas europeias para contacto alimentar e para uso farmacêutico. São fabricadas em Lima (Ohio, EUA) por uma divisão da Ineos USA LLC (Delaware, EUA), um dos maiores produtores mundiais de acrilonitrilo. A distribuição na Europa é assegurada pela VELOX (Hamburgo, Alemanha).

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A W.M. Wrapping Machinery (Suiça) anunciou a apresentação de uma nova versão da máquina de termoformagem FC 780E Speedmaster Plus nas feiras NPE (Orlando, Florida, EUA) e PLAST (Milão, Itália), ambas em 2012. É uma máquina alimentada a partir de bobina de folha plástica, com moldação por vácuo e pressão e corte por lâminas de aço.

A nova versão "Plus" inclui diversas melhorias técnicas, designadamente ao nível da electrónica de controlo, baseada num PC industrial da B&R. A máquina FC 780E Speedmaster Plus tem uma estação de moldação com 4 colunas, força de fecho de 75 toneladas e também pode ser configurada com corte no molde. Uma segunda estação, também com 4 colunas e força de corte de 60 toneladas destina-se ao corte em separado por lâmina de aço. A jusante, a máquina tem um sistema de empilhamento accionado por servo-motores.

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automóvel

Sector automóvel: indicadores para reflectir Segundo a AFIA, o sector nacional de componentes para a indústria automóvel conta com 180 empresas, com uma facturação global de 5,116 mil milhões de euros (dados de 2009). O sector pesa 3% no PIB, 8% nas exportações e 4,7% no emprego, indicadores mais do que suficientes para reconhecer que a recuperação da economia portuguesa passa por este sector. As indústrias de componentes exportam cerca de 80% da sua produção, o que não é de estranhar, dada a exiguidade da indústria de montagem de automóveis em Portugal. Mais de metade (55%) das indústrias de componentes são "Tier 1". Os fornecedores de terceira linha ("Tier 3") são apenas 7% e os fornecedores para o mercado pós-venda ("aftermarket") são 12,8%. Ainda segundo a AFIA, as indústrias de plásticos e compósitos representaram, em 2009, 19,5% da facturação do sector de componentes, o que as coloca perto dos mil milhões de euros de facturação. A fabricação de moldes, por seu turno representou 2,7% do volume de negócios da indústria de componentes, com uma facturação na ordem dos 138 milhões de euros. Segundo a CEFAMOL, o sector é composto por 532 empresas, 8250 trabalhadores, com uma facturação global de 350 milhões de euros e exportações de 318,2 milhões de euros (dados de 2010). Para além da vocação exportadora, a indústria de moldes é reconhecida no mercado mundial pela sua competência, designadamente em moldes complexos. O sector automóvel absorve 72% da facturação da indústria de moldes. Em conjunto, as duas indústrias - plásticos e moldes representam , em termos directos e contando apenas com a produção para o sector automóvel, cerca de 1% do PIB, 2% das exportações e 1% do emprego.

As estatísticas europeias mostram a continuidade da tendência para a descida das vendas de automóveis. Aliás, o clima económico reduz os efeitos das campanhas de "troca de carro". Os europeus vão adiar a troca até que a economia melhore.

Vantagem ou vulnerabilidade?

EVOLUÇÃO DA PROCURA DE COMERCIAIS LIGEIROS VERSUS EVOLUÇÃO DO PIB NA UE (1997 - 2010)

EVOLUÇÃO DA PROCURA DE LIGEIROS DE PASSAGEIROS NA UE (1990 - 2010)

No segmento dos veículos comerciais, é também nítida a prudência dos clientes. No quadro seguinte, vemos como, apesar da recuperação do PIB, as vendas de veículos comerciais pouco recuperaram. As vendas estão ao níveis de 1997!

A especialização das indústrias nacionais orientadas para o sector automóvel é uma lâmina de dois gumes. A especialização tem virtudes técnicas, mas expõe as indústrias aos altos e baixos da indústria automóvel. Os últimos anos foram elucidativos a este respeito. A queda da produção na Europa teve o efeito de uma onda de choque nas indústrias fornecedoras. Em Portugal, o efeito só não foi mais profundo porque algumas empresas beneficiaram do facto de serem mais pequenas e de terem ficado com encomendas de fábricas de maior dimensão que fecharam noutros países. O quadro seguinte mostra a queda de 2009 nos mercados maduros, em contraste com o "boom" nos mercados emergentes, designadamente a China e a Índia.

LIGEIROS DE PASSAGEIROS - 2009 Produção1 Unidades Δ% 09/07 13.985.800 Europa -18% 601,400 Russia -53% 5.608.000 EUA 2 -47% 6.840.700 -31% Japão 1.813.200 Índia 23% 8.139.500 China 51%

Procura3 Europa Russia EUA 2 Japão Índia China

Unidades Δ% 09/07 14.481.545 -10% 1.465.917 -42% 10.402.215 -35% 3.923.740 -11% 1.815.205 20% 8.380.870 58%

VEÍCULOS COMERCIAIS - 2009 Produção Unidades Δ% 09/07 Total 922.614 -52% Camiões 175.370 -63% Comerciais 722.301 -49% ligeiros 1

Procura5 Total Camiões Comerciais ligeiros

Unidades Δ% 09/07 1.706.996 -38% 245.915 -45% 1.421.770 -38%

Previsão IHS; 2Incluindo comerciais ligeiros; 3Fonte: VDA; 4UE + EFTA; 5Fonte: ACEA

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A indústria automóvel europeia, habituada a um mercado baseado no volume, na frequência dos novos modelos e face lifts e no marketing agressivo para trocar de carro, vai ter que se habituar a outro paradigma. O mercado europeu tem espaço para o crescimento de segmentos novos, como os eléctricos, por exemplo. Mas se a indústria quiser manter as quantidades elevadas, terá que oferecer ao mercado carros bem mais baratos. É claro que isto representa um desafio para as indústrias de moldes e plásticos.

Viver da exportação As estatísticas de 2010 não permitem falar propriamente de "recuperação" em 2010. É verdade que a produção aumentou, mas não corresponde a aumento das vendas no mercado europeu (veículos novos registados). A indústria automóvel nacional parecia capaz de contrariar essa tendência. Em 2010, a produção nacional aumentou e as vendas também. Mas os números de 2011 vieram acabar com todas as ilusões.

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automóvel MERCADO AUTOMÓVEL (Portugal) Jan-Dez2009 Δ% 09/08 Jan-Dez2010 Δ% 10/09 161.013 -24,5% 223.464 38,8% Ligeiros de Passageiros 38.906 -29,8% 45.669 17,4% Comerciais Ligeiros -2,6% 3.213 -42,0% 3.130 Comerciais Pesados 628 -21,3% 491 -21,8% Autocarros

Registo (Portugal)

Produção (novos) Ligeiros de Passageiros Comerciais Ligeiros Comerciais Pesados Autocarros

Exportação Ligeiros de Passageiros Comerciais Ligeiros Comerciais Pesados Autocarros

Jan-Dez2009 Δ% 09/08 Jan-Dez2010 Δ% 10/09 12,7% 114.563 101.680 -23,1% 79,4% 39.770 22.172 -38,7% 4.320 107,8% 2.079 -68,5% 70 -16,7% 84 -33,3% Jan-Dez2009 Δ% 09/08 Jan-Dez2010 Δ% 10/09 12,5% 113.113 100.539 -23,2% 83,6% 37.668 20.519 -37,3% 3.795 112,1% 1.789 -70,2% 15 -63,4% 41 -67,5%

No período Janeiro-Setembro de 2011, e segundo a ACAP, a produção aumentou 25,7%.

PRODUÇÃO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL Setembro 2011 Unidades Δ% 11/10 13.515 -17,5% Ligeiros de Passageiros 3.405 Comerciais Ligeiros 1,8% 118 Veículos Pesados -75,5% 3.523 -7,9% Veículos Comerciais 11,1% Total Mercado Automóvel 17.038

Janeiro - Setembro 2011 Unidades Δ% 11/10 31,4% 110.362 12,8% 31.556 -10,3% 2.948 10,4% 34.504 25,7% 144.866

Fonte: ACAP

Mas, no mesmo período, as vendas cairam 23,4%.

VENDAS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL Setembro 2011 Ligeiros de Passageiros Comerciais Ligeiros Total de Ligeiros Veículos Pesados Total Mercado Automóvel

9.220 2.428 11.648 190 11.838

-33,8% -35,1% -34,0% -48,9% -34,3%

Janeiro - Setembro 2011 123.540 24.034 147.574 2.453 150.027

-23,5% -24,8% -23,7% -6,0% -23,4%

Fonte: ACAP

As estatísticas da ACAP são anteriores ao anúncio das medidas de restrição da economia anunciadas pelo governo. Não restam dúvidas de que o mercado automóvel doméstico vai continuar a cair. As indústrias nacionais só poderão crescer à custa da exportação. Felizmente neste caso, as indústrias de moldes e de plásticos não estão - em termos globais - dependentes dos clientes nacionais. Portugal conta com apenas 5 fábricas de veículos: 1 de ligeiros de passageiros (Autoeuropa/VW, Palmela), 2 de comerciais ligeiros (PSA, Mangualde e Toyota Caetano, Ovar), 1 de pesados (Daimler/Mitsubishi Fuso, Tramagal) e 1 de autocarros (Caetanobus/Globus, V.N.Gaia).

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS A MOTOR (unidade) UE 27 Portugal 16

2008

2009

18.432.198 175.155

15.208.784 126.015

Δ% 09/08

2010

Δ% 10/09

-17,5% 16.904.436 158.723 -28,0%

11,1% 26,0%

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Apesar de contar com uma indústria de componentes competente, da metalomecânica à electrónica, dos moldes aos plásticos, dos pneus ao design, Portugal exporta quase todos os veículos que produz e importa quase todos os veículos que os portugueses compram. Moldes e peças made in Portugal estão nos melhores carros europeus, que os portugueses compram. Mas se surgisse um carro português, seria provavelmente preterido pelas tendências anti-nacionais de que muitos portugueses ainda não se livraram e que os marketeers e publicitários do sector receiam não conseguir vencer.

O factor China/Índia A China já representa, só por si, mais de um quinto do mercado automóvel global - quase tanto quanto os E.U.A. - e cresceu em 2010 34,4%. No comércio global, pesa apenas 2,2% nas importações, mas pesa 15% nas exportações. A Índia, por seu turno, representa apenas 4,3% do mercado automóvel mundial. Mais de 70% dos veículos a motor em uso na Índia são veículos de duas rodas. Os veículos de 4 rodas são, na sua maior parte, importados (o país pesa 5,7% nas importações) e as exportações de automóveis não têm expressão significativa (0,2% das exportações globais). Esta situação, todavia, vai mudar. LIGEIROS DE PASSAGEIROS EUROPA UE EFTA Russia Turquia Europa - Outros AMÉRICA NAFTA incluindo EUA MERCOSUR incluindo Brasil ÁSIA Japão Coreia do Sul China Índia Ásia - Outros OUTROS TOTAL MUNDIAL

2009 16.592.720 14.132.346 366.713 1.465.742 369.819 258.100 16.091.747 12.612.934 10.401.682 3.478.813 3.008.742 16.586.867 3.923.741 1.235.736 8.380.870 1.816.878 1.229.642 819.635 50.090.969

2010 16.458.355 13.360.599 425.099 1.910.573 509.784 252.300 17.926.495 13.927.945 11.554.576 3.998.550 3.328.946 20.743.867 4.212.267 1.308.326 11.265.712 2.386.828 1.570.734 933.246 56.061.963

Δ% 10/09 Quota % -0,8% 29,4% -5,5% 23,8% 15,9% 0,8% 30,3% 3,4% 37,8% 0,9% -2,2% 0,5% 11,4% 32,0% 10,4% 24,8% 11,1% 20,6% 14,9% 7,1% 10,6% 5,9% 25,1% 37,0% 7,4% 7,5% 5,9% 2,3% 34,4% 20,1% 31,4% 4,3% 27,7% 2,8% 13,9% 1,7% 11,9% 100,0%

No mercado automóvel indiano, desapareceu o fosso entre o veículo de duas rodas mais caro (1000 dólares) e o carro mais barato (5000 dólares). O Nano, da Tata Motors, inaugurou o segmento "sub-A" com carros com preços na ordem dos 2500 USD. A Bajaj Motors segue pelo mesmo caminho. Este novo segmento não vai limitar-se a mudar o mercado doméstico indiano (actualmente 65% dos carros são dos segmentos A e B). Vai alterar profundamente o mercado mundial. Internamente, o número de carros em circulação na índia deverá passar de 1,7 milhões (2008) para 2,4 milhões em 2013. A India deverá ser responsável por uma quinta parte do aumento global de carros em circulação. A China e a Índia têm vários aspectos em comum: a população, a classe média emergente, as políticas fortemente proteccionistas e os apoios à exportação. Em princípio, será mais fácil a exportação de componentes para a Índia, do que a exportação de automóveis. O aumento da procura tenderá a ser respondido sobretudo pela produção local, onde já estão baseadas as principais marcas globais Nº 56 Out/Nov/Dez 2011


automóvel (por si ou em associação com empresas locais). O potencial de negócio das indústrias europeias e portuguesas de componentes no mercado indiano será fortemente influenciado pelas tarifas aduaneiras e por outro tipo de barreiras. Entretanto, no mercado europeu, serão as barreiras técnicas as únicas a poder impedir a invasão de carros "sub-A". Para transformar um desses "minis" indianos num carro conforme com as especificações de segurança que vigoram na Europa, o preço irá, no mínimo dos mínimos, duplicar. Mesmo assim, não está garantido que seja possível impedir tal invasão...

Eléctricos por descolar Apesar de as vendas terem decuplicado, os carros eléctricos não têm expressão quantitativa no mercado europeu. No 1º semestre de 2011 foram vendidos em toda a Europa 5 222 carros eléctricos, o que significa que a quota de mercado dos eléctricos não passa dos 0,07%. Apenas a Noruega tem uma quota de mercado acima de 1%. As estatísticas deste segmento, apuradas pela consultora Jato, evidenciam a discrepância entre as quotas de mercado e as políticas de subsídios. A Alemanha tem o incentivo mais baixo, mas é também o único país com vendas de carros eléctricos acima das 1000 unidades. A Dinamarca, com subsídios acima dos 20 mil euros, apresenta apenas 283 unidades e uma quota de 0,32%. Os números indicam que, para além dos incentivos, há outros factores que pesam mais do que se esperava: a rede de "reabastecimento", o acesso a zonas vedadas

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VENDA DE VEÍCULOS ELÉCTRICOS 1º Semestre 2011 (UE) Países

Nº de carros

Quota %

Incentivo (Agosto 2011)

Alemanha França Noruega Grã-Bretanha Áustria Dinamarca Holanda Espanha Suécia Itália Portugal Bélgica República Checa Irlanda Roménia Suíça Outros Países* TOTAL

1.020 953 850 599 347 283 269 122 111 103 93 85 43 36 2 239 67 5.222

0,06% 0,08% 1,23% 0,06% 0,18% 0,32% 0,08% 0,03% 0,07% 0,01% 0,10% 0,03% 0,05% 0,05% 0,00% 0,15% N/A 0,07%

380 5.000 17.524 6.400 2.571 20.588 4.936 6.500 470 1.200 9.442 10.907 271 5.000 3.700 0 N/A

* Outros Países: Croácia, Estónia, Finlândia, Hungria, Luxemburgo, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia

a outros carros (Oslo), a isenção de taxas de trânsito (como a Congestion Charge de Londres), estão provavelmente entre esses factores. Portugal é o quarto país em subsídios aos carros eléctricos. No primeiro semestre deste ano, foram registados 93 carros eléctricos, a que corresponde uma quota de 0,1%.

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reciclagem Hamos

Reciclagem de plásticos a partir dos REEE A incorporação crescente de materiais plásticos nos equipamentos eléctricos e electrónicos faz com que as actividades de recuperação de materiais deixem se estar focadas apenas nos metais. Os equipamentos eléctricos e electrónicos podem gerar fracções de plásticos como ABS (acrilonitrilobutadieno-estireno), PS (poliestireno) e PP (polipropileno) passíveis de serem reprocessados e dar origem a novas peças para os mais diversos fins. A Hamos (Penzberg, Alemanha), especialista em tecnologia de separação electrostática, é um dos fornecedores de equipamentos destinados a obter fracções plásticas separadas. As linhas KRS permitem lidar com materiais com elevada contaminação com metais, outros plásticos, madeira e elastómeros. São sistemas criados para operação totalmente automática e em contínuo (a 3 turnos, se necessário). Além disso, são adaptáveis a variações da composição dos materiais, ou seja, podem ajustar-se a várias misturas de diferentes plásticos. Depois de fragmentada e separada dos fragmentos metálicos de maior dimensão, a mistura de plásticos passa por uma primeira etapa destinada a separar a fracção leve. Em sequência, as diversas fracções são separadas entre si em função do seu peso específico, num sistema de separação húmida. As fracções mistas estirénica (ABSPS) e poliolefínica (PE-PP) são depois submetidas a secagem mecânica e térmica. Os separadores electrostáticos KWS separam

Linha de reciclagem KRS para REEE: separação húmida

Hamos KWS e RSS

os resíduos de metais e outros contaminantes condutores, as borrachas e madeiras. A jusante, as duas fracções plásticas mistas passam pelos separadores electrostáticos EKS para dar origem a fracções mono-material. Posteriormente, as borrachas e elastómeros ainda podem ser isoladas com os separadores RSS, aumentando assim o grau de pureza dos recuperados finais. Se nececessário, as fracções plásticas podem ainda ser automaticamente triadas por cores, utilizando separadores opto-electrónicos.

fundem nem são moldáveis de novo e afectam seriamente a recuperação dos termoplásticos. O problema tende a agravar-se, já que os elastómeros são cada vez mais utilizados em equipamentos eléctricos e electrónicos e também em múltiplas peças e componentes do automóvel. As propriedades mecânicas e sensoriais dos elastómeros, designadamente a flexibilidade e toque suave são requeridas por razões de segurança e ergonomia. A única forma de compatibilizar a utilização crescente de elastómeros com os objectivos de reciclagem é a separação dos elastómeros. A Hamos desenvolveu um sistema de separação automática a seco para isolar os elastómeros na reciclagem de REEE e de resíduos de VFV. O separador RSS processa resíduos provenientes do destroçador e divide-os em duas fracções: uma com elevada concentração de elastómeros e outra praticamente sem eles. A solução proposta pela Hamos combina o separador electrostático KWS e o separador de elastómeros RSS, como se vê na imagem. O separador RSS pode ser fornecido como equipamento isolado ou completado com sistema logístico complementar. A Hamos é representada em Portugal pela PLASequip.

Separador de elastómeros A presença de elastómeros é um contratempo sério para a reciclagem de termoplásticos, especialmente nos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE) e nos resíduos de veículos em fim de vida (VFV). Os elastómeros, como silicones e outras borrachas sintéticas são termofixos, não Linha de reciclagem KRS para REEE: separação a seco

Após a separação: PS limpo

Plásticos contidos nos REEE

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Fracção plásticos dos REEE

Após a separação: fragmentos de ABS

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Após a separação: ABS regranulado

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moldes SIPA

Mais eficiência no arrefecimento de moldes PET A SIPA apresentou recentemente o sistema CoolLife para melhorar a eficiência no arrefecimento de moldes de pré-formas PET. Através de uma melhoria da distribuição dos canais de forma a abranger todas as cavidades e as várias zonas da pré-forma, o sistema permite aumentar a circulação de água com menor consumo e, sobretudo, melhorar o arrefecimento com a água a temperaturas superiores. O segredo da eficiência do arrefecimento está na distribuição: através da divisão e da canalização paralela, é possível aumentar a circulação de água por cada cavidade e, ao mesmo tempo, reduzir para metade o consumo. O diferencial de temperatura da água num sistema convencional é de 1 °C. No sistema CoolLife, o diferencial de

temperatura é de 3 °C, o qual pode ser atingido com metade do caudal de água e com a água a uma temperatura de 14 °C em vez de 8 °C. Isto significa que se podem realizar consideráveis economias na produção de pré-formas. Menos consumo de água significa menos bombas e menos energia. Temperaturas mais elevadas significam menor necessidade de capacidade de arrefecimento. Os novos canais de água são agora standard nos equipamentos SIPA. O arranjo dos canais de água em "double decker" em torno da rosca da pré-forma aumenta a área do efeito de arrefecimento nesta zona, cuja importância é conhecida. Por outro lado, o macho do molde e o anel da rosca foram optimizados para um arrefecimento melhorado. Como opção, a SIPA também disponibiliza o IceCool, um sistema de arrefecimento em que os canais de água se ajustam à

geometria da área da rosca, com uma área de efeito de arrefecimento ainda maior e com uma configuração que induz um caudal turbulento. Para criar estes canais, a SIPA usa os recursos mais recentes da tecnologia. O IceCool permite reduzir o tempo de arrefecimento até 25% e o tempo de ciclo até 15%, ao mesmo tempo que a melhoria do arrefecimento minimiza a distorção da pré-forma. A SIPA fornece moldes de pré-formas completos para qualquer máquina de injecção de PET, até 96 cavidades, metades frias para metades quentes pré-existentes (até 144 cavidades), metades quentes para metades frias pré-existentes (até 96 cavidades) bem como kits para transformação de moldes pré-existentes.

Synventive

Valve gate eléctrica A Synventive patenteou e lançou a nova valve gate eléctrica eGate, destinada a moldes de canais quentes, com novas possibilidades de controlo da posição, velocidade, aceleração e curso dos pinos da válvula. As aplicações de injecção que requerem injecção sequencial/multi-material e em que as peças finais têm que apresentar acabamento superficial perfeito são as que mais podem beneficiar destas novas valve gates eléctricas. As eGates são especialmente indicadas para máquinas de injecção 20

eléctricas, ilhas de produção em salas limpas e, em geral, para todas as aplicações em que a precisão e controlo sejam factores críticos. As eGates permitem eliminar o problema das linhas de fluxo em peças com vários pontos de ataque (multi-gate) e resolver rapidamente problemas de desequilíbrio. As eGates são fornecidas com controlador próprio, com o software eGate Shop, capaz de controlar até 64 zonas individuais. A precisão de controlo de posição dos pinos é da ordem dos 0,01 mm.

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injecção Arburg

Injecção vertical + robô com o mesmo controlo A Arburg apresentou na feira Swiss Plastics 2012 (Lucerna, 17 a 19 de Janeiro) uma célula de produção totalmente automatizada para produção de uma miniatura (brinquedo) de um automóvel 'buggy'. A célula é composta por uma máquina de injecção vertical Allrounder 375 V e por um robô Kuka de 6 eixos, ambos controlados pelo mesmo sistema Selogica. As soluções automatizadas têm um interesse crescente no momento actual. A capacidade do sistema de controlo Selogica para controlar toda a célula simplifica as tarefas de programação e operação, graças à sequência de programação em modo gráfico e à interface de utilizador do Selogica. Basta uma sessão de treino para que o operador possa encarregar-se da programação das

sequêcias robóticas. As funcionalidades de integração do Selogica excedem os padrões de interface Euromap e proporcionam funcionalidades como a sincronização de movimentos e a simplificação do arranque da máquina. Em resultado, os tempos de set up e de ciclo podem ser encurtados. Também há a destacar nesta célula de produção o reduzido atravancamento e a elevada flexibilidade e grau de liberdade do sistema robotizado. Nesta aplicação específica, o robô encarrega-se de posicionar os insertos metálicos (eixos das rodas) no molde. Num ciclo de 30 segundos, são encapsuladas as rodas nos insertos metálicos e injectados o chassis e o topo do 'buggy'. Depois, o robô retira os quatro componentes e monta-os na bancada oposta à máquina de injecção, dando origem ao 'buggy' completo.

45 anos a produzir clips para suspensórios Com o concurso "Milagre Económico", a Arburg quis localizar a máquina de injecção Allrounder com mais anos de produção no seu comprador original. O prémio era aliciante: nada menos que uma máquina de injecção eléctrica da série Edrive. O vencedor do concurso, anunciado no dia 8 de Dezembro em Lossburg, foi a empresa alemã Wilh. Wissner, de Göppingen, que tem uma Allrounder 370 E em operação desde 1966 para produzir clips para suspensórios. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

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injecção ARBURG

Híbridas e eléctricas A ARBURG apresentou na Brasilplast 2011 uma máquina de injecção híbrida Allrounder 720 H de 3.200 kN de força de fecho, e o novo robô Integralpicker V, com três eixos servo-eléctricos. Demonstrada com a produção de tampas de rosca com 40 mm de diâmetro, a máquina apresenta um desempenho de 45,6 kg/h e um tempo de ciclo de 11,8 segundos, com molde de 24 cavidades. A segunda demonstração foi efectuada com uma máquina Allrounder 320 Golden Edition de 500 kN, com ciclo de 20 segundos para produzir todas as peças de um modelo de um brinquedo, um carrinho buggy.

Na Fakuma, a Arburg decidiu colocar o ênfase na tecnologia das máquinas eléctricas, com a série Edrive, com máquinas desde a Allrounder 370 E com 600 kN de força de fecho e unidade de injecção 170 até à Allrounder 570 E com força de fecho de 2,000 kN e unidade de injecção 800. As máquinas Edrive são configuradas para um leque de aplicações mais amplo que o das máquinas de alta performance das séries Alldrive e Hidrive (híbridas). Colocadas no mercado com preços mais acessíveis, as Allrounder E são apresentadas como alternativa às máquinas hidráulicas convencionais, oferecendo tempos de ciclo mais curtos, movimentos simultâneos e mais eficiência energética, graças aos novos servo-accionamentos e à recuperação da energia do freio. A economia de energia pode ir dos 25 aos 50% em comparação com as máquinas hidráulicas.

A eficiência energética foi também o foco da presença da Arburg na feira feira de engenharia MSV (Crno, Rep. Checa, de 3 a 7 de Outubro). Nesta feira, a Arburg apresentou uma Allrounder 520 E, da nova série Edrive, 22

uma Allrounder 570 H (híbrida) para injecção de peças de paredes finas e ainda um robô de seis eixos fácil de programar. A nova série de máquinas eléctricas é composta pelos modelos 370 E, 470 E, 520 E e 570 E, com forças de fecho de 600, 1,000, 1,500 e 2,000 kN. Cada máquina pode ser combinada com unidades de injecção de tamanhos 70, 170, 290, 400 e 800. Na feira MSV, a máquina Allrounder 520 E com força de fecho de 1,500 kN e unidade de injecção de tamanho 400, foi demonstrada com a produção de tabuleiros de CD em PS, com 35 g e um tempo de ciclo de 15 segundos. A máquina Allrounder 570 H com força de fecho de 2000 kN e unidade de unidade de injecção de tamanho 800, serviu para demonstrar a alta velocidade com ciclos curtos com uma máquina híbrida (fecho servoeléctrico e injecção com acumulador hidráulico). Equipada com molde stack (Männer) de

4+4 cavidades, a máquina produziu tampas de paredes finas com 4,52 g, com um tempo de ciclo de 4,4 segundos. A Arburg foi uma das empresas precursoras na integração dos robôs no controlo da máquina de injecção. Nesta feira, os visitantes tiveram a oportunidade de experimentar a programação de um robô de seis eixos no controlo Selógica da máquina de injecção Hands-on programming of six-axis robotic systems. Segundo a Arburg, esta integração permite reduzir o tempo de programação de movimentos complexos até 70%.

Processo PIM produção de micro-peças A Arburg marcou presença na feira Euro PM 2011, em Barcelona, nos dias 9 a 12 de Outubro, para expor a sua tecnologia de injecção de plásticos e pós cerâmicos e metálicos (PIM, powder injection molding). Esta tecnologia tem vindo a desenvolver o seu potencial para a produção de micro-peças, vencendo as dificuldades colocadas pelas geometrias complexas e pelas tolerâncias inferiores ao micrometro. O módulo de injecção da Arburg é compatível com granulados standard e combina um parafuso semfim de fusão com um parafuso de injecção de 8 mm. Este último é um semfim meramente transportador, ligado a uma válvula sem retorno e actua segundo o princípio parafuso/pistão. Isto significa que é possível obter quantidades injectadas muito baixas com grande precisão, respeitando distâncias e o princípio FIFO (first in - first out), de forma a proteger ao máximo os materiais.

mento especial para o processo PIM inclui, por exemplo, um módulo de cilindro de alta resistência ao desgaste, um parafuso com geometria especial adaptada ao processo e um parafuso com regulação de posição. A Arburg continua a testar e investigar variantes do processo, abrangendo desde a mistura e preparação de materiais até à separação e sinterização das peças moldadas. Para além das máquinas de injecção, a Arburg fornece ainda soluções de automatização, apoio técnico ao desenvolvimento de aplicações e cursos de formação sobre este processo.

Basicamente, as mesmas máquinas de injecção de plásticos são igualmente indicadas para injecção-moldação de pós. O equipa-

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injecção KraussMaffei

Hidráulica de placa dupla A KraussMaffei marcou para a Plastindia 2012 a apresentação da máquina de injecção hidráulica CX 110-380 ClassiX e escolheu a produção de tampas para embalagens de iogurte. A máquina é uma alternativa económica para aplicações que exigem alto desempenho. Destacam-se as placas de grande dimensão, destinadas a suportar moldes de maior dimensão, designadamente moldes multi-cavidade. A máquina CX ClassiX tem uma bomba adicional destinada a assegurar o movimento paralelo do ejector e, conse-

quentemente, a encurtar o tempo de ciclo. A água de arrefecimento é canalizada directamente através da placa que suporta os moldes, de modo a facilitar e tornar mais rápida a mudança de moldes. A unidade de fecho proporciona um acesso mais fácil para a entrada do robô.

Máquina eléctrica para artigos médicos A máquina de injecção eléctrica EX 160-750 CleanForm foi o modelo escolhido pela KraussMaffei para a participação na feira INTERPLASTICA (Moscovo). É uma máquina projectada para moldações complexas e oferece elevado dinamismo e precisão. O elevado paralelismo das placas é uma característica especialmente relevante para aplicações com moldes multi-cavidades. Os modelos CleanForm podem ser instalados em salas limpas Classe A. Os custos de produção podem ser reduzidos até 25% se se optar pela embalagem estéril logo após a desmoldação. A máquina tem acesso fácil para os procedimentos de limpeza típicos das salas limpas. O sistema de joelheiras tem lubrificação em circuito fechado com cinco pontos de lubrificação completamente encapsulados. As colunas não servem de guias para o movimento das placas, de forma a evitar fontes de impurezas. A célula de produção pode operar virtualmente sem emissão de calor ou partículas.

Este conjunto de características é indicado para a produção de artigos médicos e de embalagem. Cada eixo da máquina tem o seu próprio accionamento eléctrico, o que significa que a unidade de injecção e o ejector podem ser operadas em paralelo, com redução do tempo de ciclo.

As máquinas da série EX podem ser equipadas com diferentes unidades de injecção, consoante a aplicação ou peça que se pretende fabricar. A KraussMaffei tem unidades de injecção que abrangem desde pequenas peças de precisão até peças de maior dimensão e peso.

Sumitomo (SHI) Demag

Precisão com máquinas eléctricas A Sumitomo (SHI) Demag marcou presença na INTERPLASTICA 2012 (Moscovo, 24 a 27 de Janeiro) com uma célula de produção das peças exteriores em poliestireno para as esferográficas da marca russa 'Krita'. A célula baseia-se numa máquina de injecção totalmente eléctrica IntElect 100-340, com força de fecho de 1.000 kN, com molde da Ruhla Werkzeugbau, robô linear Sepro Robotique e periféricos Moretto. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

O amplo espaço entre as colunas e os guiamentos lineares fazem com que a máquina IntElect seja compatível com moldes volumosos e multi-cavidades. Os accionamentos e a construção asseguram elevado dinamismo, precisão e reprodutibilidade. Actualmente, a gama de máquinas eléctricas

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IntElect inclui forças de fecho entre 500 e 4500 kN. 25


injecção CARFI

Como iniciar o desenvolvimento de um produto Caso de estudo aplicado à criação do canhão electrónico E-LOCK 1. Introdução O desenvolvimento de produto (DP) não é conceito novo. Em tempos primitivos, estava consignado criação de objectos particulares que respondessem a necessidades específicas do ser humano, como por exemplo, a concepção de uma lança, para caçar animais. No entanto, o DP só toma particular importância no Século XIX, coincidente com a revolução industrial, acontecimento intimamente relacionado com o aumento da procura, impulsionado pela explosão demográfica da altura. O aumento da concorrência, as rápidas mudanças tecnológicas, a diminuição do ciclo de vida dos produtos e o aumento do nível de exigência do cliente, requerem das empresas agilidade, produtividade e alta qualidade, pontos que dependem essencialmente da eficiência e eficácia da empresa no processo de I&D. Na fase inicial do desenvolvimento, a incerteza sobre o conceito de produto a desenvolver é elevada, mas diminui com o tempo, em função da experiência e conhecimento adquiridos. Ainda assim, é relevante salientar que é nesta fase que a maioria das soluções construtivas é apurada. O processo de filtragem de soluções de implementação do produto, no início do ciclo de I&D, suporta a maior fatia do custo de projecto, sendo esse valor superior a 2/3, e à medida que se avança na concepção, os custos de modificação incrementam consideravelmente, numa razão directamente proporcional, visto que um maior número de decisões previamente tomadas poderá ser invalidado. Subentende-se assim que as decisões de maior impacto deverão ser tomadas na fase do projecto onde exista o maior número de alternativas e grau de incerteza, mesmo que seja necessário despender mais tempo de análise nesta fase.

2. Metodologias Existe um factor importante que influencia directamente a forma como se aborda o desenvolvimento de produto, que se prende essencialmente com a maneira como diferentes áreas do conhecimento se identificam com o I&D, as chamadas visões parciais. De facto, a maneira como um engenheiro vê o desenvolvimento de produto é diferente da forma como um designer o faz, ou um administrador ou um marketeer. Se por um lado, o engenheiro está preocupado o dimensionamento e funcionalidade do produto, o designer está orientado para o aspecto e conceito visual e interactivo, o administrador para questões de organização e estratégia e o marketeer para identificação de público e mercado alvo, prospecções, entre outros. Isoladamente, estes campos do conhecimento produzem resultados ineficientes porque não existe troca de informação e partilha de soluções, resultando muitas vezes em ideias, conceitos ou formatos impossíveis de conjugar e formar um único conceito de produto. O desenvolvimento de produto é um processo integrado que requer trabalho de equipa. A forma como se integram as várias áreas de conhecimento, quando falamos de DP, remete-se para os chamados modelos de referência. Não existe um

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modelo único para conduzir o desenvolvimento de produto. Têm surgido várias abordagens nesse campo, a destacar: Harvard e MIT; Stuart Pugh; Don Clausing; Prasad; APQP da QS9000; NP EN4457. No que diz respeito à criação do canhão electrónico, a metodologia escolhida segue em grande parte as directrizes presentes na norma NP EN4457.

o produto deverá possuir. Os estudos de mercado são normalmente executados a dois níveis: qualitativos e quantitativos. Estes estudos ajudam a analisar o mercado, no sentido de perceber a porção do mesmo que poderá ver o produto como uma necessidade funcional imediata e, por outro lado, se o produto em questão criará uma aspiração ou emoção que progressivamente o levará a tornar-se uma necessidade quotidiana.

3. O pré-projecto Na fase inicial do desenvolvimento de produto, existe uma etapa de avaliação de mercado e das necessidades do cliente, estabelecimento de especificações, criação de conceitos de produto e avaliação de custos. Ao conjugar de todas estas etapas designamos de pré-projecto. Esta é uma componente importante do DP porque define concretamente o produto a desenvolver e viabiliza a concretização do mesmo, em função dos custos de projecto e produto, face ao target price definido pelo estudo de mercado. No caso específico do cilindro electrónico, existe um mercado alargado no que diz respeito a sistemas de acesso electrónico, pelo que foi necessário efectuar um estudo de mercado cuidado, para identificar as necessidades do cliente e onde é que o produto pode ser uma mais-valia, num mercado relativamente saturado de sistemas e soluções. 3.1. Identificar necessidades do cliente De um modo geral, identificar as necessidades do cliente é perceber o que o cliente quer, ou gostaria de ter num novo produto, e quanto estaria disposto a pagar pelo mesmo. Primeiramente é necessário identificar o mercado alvo . No caso específico do canhão electrónico poderão ser fabricantes de portas, construtores civis, arquitectos, projectistas, grandes empresas, ou por outro lado, distribuidores locais como armazenistas, empresas materiais construção, distribuição moderna ou chaveiros. Identificado o mercado alvo, efectuam-se sondagens a esse mercado, utilizando amostras do mesmo público, através de inquéritos, por exemplo. Pretende-se assim transferir as respostas do mercado, para um conjunto de especificações que

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3.2. Estabelecer especificações alvo O conjunto de respostas obtidas no ponto anterior estabelece as especificações do produto. Estas especificações iniciais não são estáticas, podendo ser alteradas ao longo do processo de desenvolvimento, acrescentando novas funcionalidades ao produto. Estas especificações têm de reflectir as necessidades do cliente e, por outro lado, criar valor acrescentado no mercado. A análise do valor acrescentado do produto é imperativa, pois desta resultam duas premissas: ou se cria um produto semelhante a outros já existentes e a mais-valia será o custo reduzido, ouse identificam especificações dentro das necessidades do cliente que se traduzem num produto distinto, e cria-se um novo conceito de produto no mercado. 3.3. Análise de produtos concorrentes É um ponto de extrema importância, visto que as especificações que são estabelecidas poderão convergir para um produto já existente. O estudo dos produtos correntes deve ser efectuado ao mesmo tempo que se faz o estudo de mercado, para que daí resultem especificações exclusivas. No caso do canhão electrónico, o estudo de mercado efectuado e a análise de produtos concorrentes revelou que os produtos actualmente existentes são muito caros e requerem modificações nas portas, bem como pessoal qualificado para aplicação dos mesmos. Desta análise concluiu-se que o produto a desenvolver deveria ser distinto dos restantes por ser simples, fácil de aplicar e de custo reduzido, características essas que viriam mais tarde a ser sedutoras quer para mercados de necessidade funcional, quer para mercados de necessidade aspiracional ou emocional. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011


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3.4. Gerar conceitos para o produto Estabelecidas as especificações iniciais , inicia-se a geração de conceitos para o produto, isto é, uma descrição aproximada da tecnologia, funcionalidades e forma . Esta etapa requer trabalho de equipa envolvendo as várias áreas de conhecimento, design, electrónica, mecânica, e marketing, entre outros. Apesar de a geração do conceito ser um processo criativo, a equipa pode beneficiar se usar um processo metódico. Este processo permite a exploração de todas as alternativas técnicas e reduz a possibilidade de criar conceitos não funcionais, tornando-se até por vezes, numa sequência iterativa, uma vez que a equipa volta frequentemente a passos anteriores para redefinir pormenores, tendo em conta novas soluções encontradas.

em cada conceito. No final, o conceito com pontuação mais elevada é o escolhido. No caso concreto do canhão electrónico, optou-se por uma selecção por prós e contras, resultando um conceito definido pelas seguintes características: - Sistema acesso sem chave; - 3 Componentes: um canhão, uma consola interface exterior e outra interior; - Fixação dos componentes com apenas 3 parafusos; - O canhão de perfil europeu, segundo a norma EN1303; - O acesso pelo exterior efectuado por teclado numérico; - Alarme de vandalismo; - Sistema alimentado por pilhas ou bateria.

3.5. Seleccionar o conceito de produto Esta é talvez a etapa que gera mais discussão, impulsionada pela visão parcial apresentada por cada área de conhecimento. No entanto, existem critérios de decisão para levar a cabo esta tarefa e, como sempre, existe um factor chave a considerar: responder às necessidades do cliente. Poderemos nomear: Decisões externas: O conceito é escolhido pelo público-alvo, ou por um cliente para o qual o produto está a ser desenvolvido, ou por outra entidade externa à empresa; Influência interna: Poderá ser a gestão de topo da empresa ou um membro influente da equipa de desenvolvimento a definir o conceito, correndo-se o risco do conceito ser escolhido por gosto pessoal e não pelo valor acrescentado que introduz; Intuição: O conceito é escolhido por “feeling” ou especulação do conceito que pode vir a ser uma referência no mercado; Prós e contras: É feita uma selecção por votos entre todos os membros da equipa, contemplando virtudes e defeitos inerentes a cada conceito; Protótipos: São construídos protótipos funcionais dos conceitos e em função da informação recolhida da avaliação, selecciona-se o conceito; Matrizes de decisão: É elaborado uma matriz contemplativa de aspectos importantes para a viabilidade do produto e pontua-se a cada aspecto

3.6. Reajustar especificações Fruto das escolhas efectuadas para definir o conceito de produto, mediante por exemplo a tecnologia a ser implementada, surgem oportunidades de adicionar ou redefinir novas especificações que acrescentam ainda mais valor ao produto e que, sem trazer grandes custos adicionais, elevam o grau de competitividade e distinção do mesmo. Por outro lado, o reajuste das especificações prende-se também com o facto de o conceito de produto escolhido resultar da combinação de vários conceitos provenientes de diferentes áreas de conhecimento.

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3.7. Fazer análise de custos Escolhido o conceito de produto, é necessário estimar os custos do produto e do projecto, para garantir que os mesmos estão dentro dos limites definidos pelo estudo de mercado. Não é tarefa fácil estimar estes custos numa fase inicial, sobretudo, quando o conhecimento na área de produto em questão não é elevado. É boa política estimar custos considerando coeficientes de segurança na casa dos 20%, quer nos custos de produto ou projecto, quer nas horas de desenvolvimento estimadas, de modo a absorver eventuais “deslizes” ou imprevistos que possam surgir, durante a fase de desenvolvimento. As especificações e os conceitos gerados para o produto já integram aspectos financeiros. O custo resultante deverá ser

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extrapolado para o PVP médio que o produto poderá atingir, contemplando todas as etapas do processo até chegar ao consumidor final (produção, logística, distribuição, margens de lucro, etc.).

4. A decisão de continuar Analisados os custos associados ao produto, a decisão de continuar depende em grande medida da convicção de que o conceito de produto está de acordo com as necessidades do mercado, que é credível e exequível, e que o valor não excede a expectativa de custo do cliente. Se estas circunstâncias se verificarem, reúnem-se as condições para iniciar o desenvolvimento do produto. Em todo o caso, poderá o valor do projecto estar fora do target price ou o conceito de produto desajustado relativamente à expectativa do cliente. Nesses casos poder-se-á voltar a gerar conceitos para o produto e percorrer novamente todas as etapas subsequentes, ou em último recurso, desistir do desenvolvimento desse produto, sendo esta uma decisão que requer ponderação, pois já muito investimento foi efectuado até esta fase, que não será rentabilizado. Nesta etapa inicial do desenvolvimento do produto, o objectivo fulcral deve manter-se claro: satisfazer necessidades do mercado através de um produto competitivo que exceda as expectativas dos clientes e que acrescente valor para todas as partes interessadas: os clientes, os utilizadores finais do produto, a empresa e as equipas de projecto e produção. F.Sousa (CARFI, S.A.)

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injecção Wittmann Battenfeld

Injecção e periféricos em Moscovo O grupo Wittmann preparou a sua participação na feira Interplastica 2012 (Moscovo, 24 a 27 de Janeiro) com dois tópicos principais: as máquinas de injecção Battenfeld com economia de energia e automação integrada, a gama de periféricos Wittmann e as tecnologias de injecção com pós metálicos ou cerâmicos (PIM, Powder Injection Molding) e BFMOLD. Para a demonstração do processo PIM, a Wittmann escolheu uma máquin a de injecção hidráulica HM 65/210 ServoPower, equipada com molde mono-cavidade (fabricado pela Wittner, Áustria). Em cada ciclo é produzida uma peça, neste caso um suporte de caneta, é retirada por um robô W823, com eixo telescópico vertical e capacidade de carga até 10 kg. A máquina HM tem servo-accionamentos de alto dinamismo e um modo de operar a bomba hidráulica capaz de obter economias de energia até 30% comparativamente com as máquinas hidráulicas standard.

Com a máquina totalmente eléctrica EcoPower 180/750, a Wittmann concretiza mais uma demonstração da tecnologia BFMOLD™, que consiste na utilização do espaço sob a cavidade do molde para tornar mais rápidos os ciclos de aquecimento e arrefecimento. O processo permite não só encurtar o tempo de ciclo, mas também melhorar a qualidade das peças eliminando problemas como as marcas de afundamento, linhas de junção, etc.. A Wittmann escolheu para a demonstração a produção de écrans de alto brilho, retirados por um robô W821 com eixo vertical simples e capacidade de carga de 10 kg. Todos os robôs Wittmann são equipados com o novo controlo R8.2, com funções praticamente ilimitadas e numerosas opções suplementares, tais como módulos E/S, eixos rotativos servo-accionados, ferramentas especiais e modelos de alta velocidade. O novo control tem funções em tempo real como TruePath, SoftTorque, SmartRemoval, EcoMode, SmartVacuum, etc., que contribuem para aumentar a velocidade de produção e simplificar funções complexas.

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injecção TecnoMatic

Robôs originais e compactos O X-Robot foi projectado pela TecnoMatic como solução flexível e económica para células de injecção de pequena e média dimensão. A configuração original permite-lhe "saltar" as guardas da máquina de injecção e a combinação de eixos eléctricos e pneumáticos permite a automatização económica sem comprometer a performance. A TecnoMatic (Itália) é um construtor especializado em robôs e dispõe de uma gama competa que inclui robôs de entrada lateral, robôs compactos para células de produção com constrangimentos de espaço, robôs com estrutura em aço para aplicações que exigem robustez acrescida, manipuladores cartesianos, robôs pica-gitos e, mais recentemente, o RoboBrush, um robô equipado com escova para limpeza automática do molde. A TecnoMatic é representada em Portugal pela Paulo, Pinto e Figueiredo, Lda. (Marinha Grande).

RJG

Sistema eDART ™ O eDART System™ da empresa norte-americana RJG passou a ter uma interface de utilizador mais simples e fácil. O eDART é um sistema de monitorização e controlo para processos de injecção, baseado em sensores, processador e interface de monitorização e controlo.

Ferromatik Milacron

Eléctricas para todos A Ferromatik Milacron apresentou na feira Swiss Plastics (Lucerne, 17 a 19 de Janeiro) o modelo mais pequeno da sua série de máquinas de injecção eléctricas ELEKTRON. A máquina ELEKTRON 50 tem força de fecho de 500 kN, está equipada com unidade de injecção 120 e sem-fim de três zonas com diâmetro de 25 mm. A demonstração foi efectuada com molde de duas cavidades (Brac-Werke, Suiça), para produzir copos de laboratório em PP, de 2,8 g cada. A gama de máquinas eléctricas ELEKTRON vai até aos 3500 kN de força de fecho, com unidades de injecção com tamanhos de 55 a 1540, num total de 23 combinações possíveis, cada qual com três diametros de sem-fim.

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periféricos Wittmann Battenfeld

Novidades em periféricos Servo-robô O novo robô W818 da Wittmann baseia-se no seu antecessor W711, mas suporta cargas até 6 kg e cursos verticais até 1200 mm. Está equipado com três servomotores e encoders absolutos para todos os eixos lineares. Estão também disponíveis eixos rotativos opcionais para funções adicionais

anteriormente desempenhadas apenas por robôs 'jointed-arm'. O servo-eixo VB é capaz de rodar a ferramenta e o eixo pivotante C entre 0 e 270°, enquanto o servo-eixo C roda a ferramenta entre 0 e 180°. Todas as posições de cada eixo rotativo podem ser programadas com uma precisão de 0,01°. Estes eixos rotativos, combinados com o módulo de planeamento TruePath do controlador R8.2, permite movimentos com precisão coordenada em qualquer direcção no espaço tridimensional, incluindo movimentos paralelos dos eixos lineares e rotativos.

SmartStart. A função SmartStart permite um "arranque cego" do robô, que não requer conhecimento especial do operador. O robô é simplesmente activado com observância das precauções de segurança e das condições operacionais da máquina. A função QuickEdit permite o ajuste rápido individual da estrutura e a visualização pelo utilizador do programa de aprendizagem. O novo controlador está disponível para todos os tamanhos de robô, desde o mais pequeno W801 com capacidade de carga de 3 kg, até ao W873, capaz de movimentar cargas até 125 kg. Todos os robôs horizontais de alta velocidade das séries W827 W837 e W847 podem ser fornecidos com o novo controlador.

Novos gravimétricos

Separadores FEEDMAX B Os separadores de material FEEDMAX B para sistemas de alimentação centralizada surgem com um design fora do comum e destacam-se pela sua facilidade de operação e pela sua adequação a todas as aplicações. O vasto leque de alimentadores da Wittmann abrange desde os volumes de 0,5 a 80 l. Nos separadores FEEDMAX B todas as peças em contacto com o material são construídas em aço inox. Estão equipados com válvulas de vácuo pneumaticamente operedas e reconhecidas pela sua fiabilidade. O desenho dos tambores favorece a limpeza, aspecto especialmente relevante no caso de mudanças de côr frequentes.

O misturador / doseador gravimétrico GRAVIMAX 14V distingue-se do modelo precedente GMX 14R pelo design renovado mas mantém o sistema de medição RTLS (Real Time Live Scale). O novo modelo apresenta válvulas de aço inox resistentes ao desgaste mas com elevada precisão. O mecanismo inteligente permite medir de forma consistente e na mesma válvula material virgem e reciclado, mesmo que tenha fluidez reduzida. O misturador / doseador GRAVIMAX 14V permite atingir produções até 100 kg/h e está equipado com duas células de carga e um misturador esférico capaz de assegurar a homogeneidade de cada lote.

Controlador R8.2

Controlo de temperatura

O novo controlador R8.2 para robôs proporciona um leque aumentado de funcionalidades, juntamente com um acesso mais fácil, mesmo para operadores sem treino especial. Destacam-se as funções em tempo real, tais como SoftTorque, EcoMode, TruePath e PartTrack, que permitem resolver rapidamente funções e sequências antes consideradas complexas. Todas estas funções já estavam disponíveis no predecessor controlador R8. Agora, o novo controlador R8.2 apresenta as funções adicionais QuickEdit e

Os novos controladores de temperatura TEMPRO plus D garantem a estabilidade térmica necessária aos processos de transformação, juntamente com uma interface de

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periféricos

utilização que facilita a visualização e a gestão optimizada. Destaca-se o painel LCD policromático de 5,7 polegadas e a disponibilidade de vários botões configuráveis em função das necessidades de cada instalação concreta. Os controladores de temperatura TEMPRO abrangem um amplo leque de aplicações, desde os sistemas abertos com temperatura de processamento até 90 °C até aos sistemas pressurizados com temperaturas até 180 °. Todos os modelos estão disponíveis em versões de um ou dois circuitos. Utilizam a

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água como fluido portador de calor, o que permite o aquecimento rápido, uma regulação mais exacta, caudais mais elevados e uma melhor distribuição dentro da cavidade. Para um controlo mais efectivo do processo, o perfil de temperaturas pode ser registado e visualizado graças a uma nova função de osciloscópio.

Novos secadores No capítulo dos secadores, a novidade é o DRYMAX Aton, uma nova versão do secador de roda apresentado na K 2010 e com provas dadas na indústria. Segundo a Wittmann, este secador oferece a melhor combinação entre ponto de orvalho constante, eficiência energética e baixa manutenção. Na feira EQUIPLAST, a Wittmann apresentou um modelo com capacidade de ar seco de 120 m³/h, com um silo de 300 l. Todas as partes em contacto com o material são em aço inox. O secador pode operar em modo normal como secador de roda ou em EcoMode como secador de cartridge.

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periféricos Pelletron

Nova abordagem do transporte pneumático O sistema de transporte de matérias-primas pellecon3 da Pelletron foi projectado para reduzir a turbulência e a formação de poeira e "cabelos de anjo" no interior das condutas, de modo a reduzir os problemas de qualidade ligados a essas ocorrências. Granulados de plásticos como o PE ou o PP formam facilmente "cabelos de anjo" durante o transporte pneumático, em resultado do atrito e da temperatura. Em vez de granulados homogéneos, o que chega ao alimentador da máquina é um granulado heterogénio, com partículas e fios gerados ao longo das condutas. O pellecon3 é apresentado pela Pelletron para evitar esse problema, através das características de design de três componentes principais: as condutas STRANDPHASE®, os joelhos (curvas) Pellbows® e os despoeiradores DeDuster®.

quina/curva e a evitar a formação dos remoinhos típicos nos joelhos das condutas. A perda de pressão nos Pellbows é apenas ligeiramente maior que nos joelhos convencionais de raio mais apertado. Este novo design facilita a fluidez do produto e evita a formação de acumulações e aglomerados. A simples passagem do mesmo volume de ar e à mesma pressão é suficiente para remover todo o material. O Peellbow® é especialmente indicado para condutas destinadas a pellets/granulados/pós abrasivos. Pode ser fornecido em aço inox, alumínio ou ferro fundido e pode adaptar-se a qualquer diâmetro de conduta.

O despoeirador DeDuster® remove poeiras e "cabelos de anjo", baixando o teor destas formações para um nível abaixo das 30 ppm. Segundo a Pelletron, é o dispositivo mais eficiente que existe para este efeito. Está disponível para capacidades até 500 kg/h e é capaz de remover partículas com dimensão na ordem do micrometro. É o equipamento ideal para "limpar" todo o tipo de materiais granulados antes de serem processados ou embalados.

A Pelletron é representada em Portugal pela Plasequip.

Plastic Systems As condutas STRANDPHASE® visam o transporte "gentil" das matérias-primas, apostando na redução da velocidade para reduzir o atrito e quebra dos grãos ou pellets e, consequentemente, baixar a formação de fragmentos, "cabelos de anjo" e poeira. As condutas STRANDPHASE® não precisam de suportes especiais e, em muitos casos, têm diâmetro inferior ao das condutas de sistemas de transporte convencionais baseados na combinação de baixa velocidade com elevada densidade. Os joelhos Pellbow® apresentam um design patenteado e especialmente estudado, com uma câmara alargada destinada a reduzir o impacto e o atrito dos grãos na zona da es32

Desumidificadores DWC A Plastic Systems (Itália) lançou recentemente a nova série de Desumidificadores DWC com silo e sistema de alimentação integrado e com rotor dessecante em formato "favo de mel" para um melhor desempenho do processo com intervenção mínima do operador. A nova série inclui três modelos, com rendimentos entre 70 e 600 mc/h, podendo ser operados individualmente ou em modo centralizado para a preparação de materiais. Com ponto de orvalho entre -25°C e 50 °C,os novos desumidificadores integram controlo do caudal de ar por inversor de frequência, controlo do nível de material por célula de carga, controlo da alimentação do depósito e da máquina e podem incluir (opção) painel de comando táctil. A comercialização da gama de equipamentos periféricos da Plastic Systems em Portugal é assegurada pela Paulo Pinto & Figueiredo Lda. (Marinha Grande).

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periféricos IBE

Gravimetria em contínuo para granulados, líquidos ou pós A IBE (sede em Estarreja e fábrica na Maia) desenvolveu um novo doseador e misturador automático para produtos de fluxo difícil (não livre), tais como carbonato de cálcio, dióxido de titânio, pigmentos em pó ou tintas e pigmentos na forma líquida. O DOSIGRAV XC4 é a versão mais recente da gama de doseadores gravimétricos DOSIGRAV, integralmente projectados e fabricados em Portugal e com provas dadas em múltiplas instalações em vários países. A mistura e dosagem precisa de produtos de fluxo difícil (por exemplo, com tendência para aglomerar), coloca várias dificuldades, o que levou a IBE a desenvolver uma solução técnica capaz de assegurar graus de precisão similares aos obtidos com produtos 'free flow'. O DOSIGRAV XC4 pode funcionar como doseador, como misturador, ou com ambas as funções. É especialmente indicado para utilização nas linhas de fabricação de compostos, que frequentemente lidam com materiais de fluxo difícil. Para além da solução técnica desenvolvida para estas funções, a IBE desenvolveu software e sistema de controlo-comando. O software pode ser facilmente integrado no sistema de gestão da produção do utilizador. Os dados de produção podem ser registados em tempo real. O DOSIGRAV XC4 pode ser ligado a máquina, autómato ou PC por porta série ou USB.

Controlo de energia integrado O novo doseador e misturador completa a capacidade de resposta da IBE, abrangendo aplicações com exigências especiais. Os equipamentos desenvolvidos e fabricados em Portugal pela IBE estão instalados em mais de 40 países e são conhecidos pela sua fiabilidade. A IBE é um dos poucos fabricantes que associa uma garantia de longa duração - 10 anos - aos seus equipamentos. Em linha com as preocupações da indústria transformadora de plásticos - e da indústria em geral - o DOSIGRAV XC4 pode ter um módulo integrado de medição automática de energia. O utilizador pode monitorizar a evolução do consumo de energia por kg de material processado. A eficiência energética e precisão de dosagem de matérias-primas são duas exigências prioriárias neste tipo de equipamento.

O DOSIGRAV é facilmente integrável em qualquer sistema automático ou manual de transporte de matéria-prima. Nos sistemas de transporte automático, o DOSIGRAV assegura a dosagem precisa e não necessita de intervenção humana para calibrar ou verificar o funcionamento do sistema. Estas funções são realizadas automaticamente por um sistema electrónico de controlo multiprocessador, com software dedicado. Segundo a IBE, o DOSIGRAV "é provavelmente o único doseador que permite ao material já misturado ser transportado por longas distâncias garantindo a não separação dos componentes durante o transporte". Isto significa que a preparação dos materiais pode ser feita com rigor a maior distância das máquinas de transformação (extrusoras, máquinas de injecção, máquinas de sopro, etc.), designadamente em estações de mistura centralizadas, seguindo-se o transporte para as máquinas por transporte pneumático. Para assegurar a protecção das receitas da empresa (composição dos produtos), a programação e visualização de dados requer a utilização de uma chave fornecida com o equipamento. O operador apenas pode aceder a cada uma das receitas pré-programadas através do número dessa receita. Eventuais erros de programação ou situações anómalas são detectadas e assinaladas ao programador. A programação e todos os outros comandos podem ser realizados a partir de um computador central que também pode monitorizar, adquirir e armazenar os dados reais da produção (IBEBUS).

O princípio de dosagem dos equipamentos DOSIGRAV assegura medidas precisas, individuais e simultâneas de peso de pequenas quantidades de cada componente (microlotes) . Mesmo no caso de receitas extremas, o erro relativo de dosagem de cada componente sobre si próprio é inferior a 0,2%. Para outras receitas menos desfavoráveis atingem-se precisões ainda mais elevadas. É de notar que a referida margem de erro se refere a cada componente, e não à mistura, o que significa que a tolerância do DOSIGRAV é mais apertada e difícil de igualar. A entrada e a saída de material da respectiva unidade de pesagem baseiam-se em válvulas especiais de débito variável. Todo o sistema - patenteado pela IBE - é extremamente robusto, sem manutenção e sem necessidade de calibração regular. Graças à filosofia de dosagem gravimétrica adoptada, variações da densidade aparente, de granulometria e do grau de compactação dos materiais utilizados ou vibrações não afectam a qualidade das misturas. As partes que estão em contacto com os materiais são desmontáveis sem necessidade de qualquer ferramenta, para permitir uma limpeza e mudança de material simples e rápida. A concepção modular do doseador tornou possível a utilização de elementos idênticos para todos os componentes e, portanto, permutáveis entre si. Toda a operação é extremamente simples e intuitiva. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

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periféricos Motan Colortronic

A maior encomenda de sempre O grupo Motan Colortronic recebeu a sua maior encomenda de sempre quando ganhou o contrato para o fornecimento do sistema centralizado e completo para a alimentação de matérias-primas na fábrica da LEGO em Monterrey, México. A instalação foi concluída em Abril de 2011 e envolveu mais de 500 misturadores-doseadores gravimétricos GRAVICOLOR e mais de 1500 alimentadores METRO. A Motan instalou também 24 silos exteriores de grande capacidade, equipados com células de carga e ligados às 48 unidades automáticas METROLINK para selecção e distribuição de matérias-primas destinadas às máquinas de injecção. O sistema envolve mais de 100 km de condutas de alimentação de matérias-primas. A secagem é efectuada por 16 secadores LUXOR, com capacidade para 2400 m³, e 104 tambores de secagem. Todo o processo de gestão e pré-processamento de matérias-primas, incluindo secagem, mistura, transporte e armazenagem, é controlado e monitorizado pelo sistema CONTROLnet, que beneficia da comunicação Ethernet e faculta visualização de alto nível.

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A fábrica da LEGO em Monterrey trabalha 363 dias por ano e fornece os mercados da América do Norte, Central e Sul. O sistema de alimentação tem que garantir a elevada flexibilidade, designadamente a mudança rápida de cores. Todos os misturadores-doseadores gravimétricos foram instalados em estruturas amovíveis, para poderem ser limpos numa área separada sempre que ocorrem mudanças de côr. Dada a quantidade de equipamentos instalados, a LEGO exigiu também a disponibilidade permanente do serviço de assistência técnica.

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A Motan tem serviços técnicos em Monterrey, Mexico City e San Diego, e pode assegurar uma assistência 24/7. Cada linha de produção, com cerca de 25 máquinas de injecção, é alimentada com material virgem e reciclado a partir de dois canais de transporte por vácuo, utilizando os sopradores Velocis da Elmo Rietschle (Gardner Denver). Os sopradores estão equipados com conversores de frequência, o que permite um transporte menos agressivo para o material e uma operação com menor ruído.

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equipamentos SysAdvance

Geradores de Azoto e Oxigénio com certificação ATEX A SysAdvance desenvolveu versões ATEX dos seus geradores de azoto e oxigénio, adequados para instalação em zonas com atmosfera explosiva. Os novos geradores têm classificação de Equipamento de categoria 3 com certificado para instalação em zona II. Com pureza até 99,999% no caso do Azoto e de 95% no caso do Oxigénio, os geradores cumprem todas as normas de segurança estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 112/96. Estes equipamentos estão indicados para aplicação em refinarias e localizações com atmosferas potencialmente explosivas.

Coperion adquire PELL-TEC A Coperion, especialista em extrusoras, adquiriu uma participação maioritária na PELL-TEC, especialista em equipamentos de peletização. As duas empresas têm cooperado nos planos técnico e comercial ao longo dos anos. Com esta aquisição, a Coperion aproxima-se do objectivo: ser um fornecedor de sistemas completos, a par com o fornecimento de soluções de peletização para extrusoras de pequena e média dimensão. Com 10 anos de actividade, a PELL-TEC desenvolveu equipamentos com elevada flexibilidade e capacidade de produção até 6000 t/h.

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equipamentos FiPa

Braços angulares e Porta-ventosas ajustáveis A FIPA desenvolveu novos braços angulares e porta-ventosas universais compatíveis com a sua gama de componentes, mas com estrutura modular e optimizada para redução de peso. Os novos porta-ventosas ajustáveis pesam cerca de 50% menos que os modelos precedentes. Os braços angulares têm um peso inferior em cerca de 22%. Graças à aposta na construção leve, a FIPA favorece a redução dos tempos de ciclo e dos consumos de energia. Quer os porta-ventosas, quer os braços angulares oferecem ainda elevada flexibilidade na aplicação, devido à possibilidade de ajuste angular contínuo. Os porta-ventosas (ver foto) estão disponíveis em 12 modelos com vários diâmetros de aperto, comprimentos e roscas de ligação. Têm também uma instalação e remoção segura, sem qualquer anel de pressão. O peso varia, consoante os modelos, entre 15 e 16 g. Os braços angulares ajustáveis utilizam um aperto inovador que evita qualquer alteração angular acidental devido a excesso de tensão na cabeça de aperto. Por outro lado, e nos casos em que não é necessário o ajuste angular, pode ser usado um braço angular fixo, com aperto directo. A gama é composta por 12 modelos, com vários diâmetros e comprimentos de eixo e diâmetros de aperto. O peso varia, consoante os modelos, entre 29 e 119 g.

Novo catálogo de ventosas Está disponível um novo catálogo de ventosas, com mais de 2100 modelos diferentes, incluindo todas as últimas inovações dispostas de acordo com os vários tipos de indústria, aplicações e séries. O novo catálogo pode ser obtido no endereço internet da Fluidotrónica.

HEPCO

Nova gama de anéis guia A gama de tecnologia linear da HepcoMotion, conta agora com anéis de guia para circuitos de movimento circular, de tamanhos e variações ilimitados, com possibilidade de serem traccionados por meio de correia. Esta inovação vem alargar a gama de guiamentos curvos PRT2, potenciando a flexibilidade. Os novos anéis-guia estão disponíveis em seis tamanhos completos com polias e correias dentadas como uma solução simples e integrada para movimentos curvilíneos guiados. As polias projectadas pela HepcoMotion, têm um conceito de auto-alinhamento na geometria em "V" que elimina a necessidade de flanges, possibilitando assim montagem com elevado desempenho. Grande capacidade de forças motrizes e velocidades - até 5 m/s na periferia - são características complementadas com alta precisão e baixo "backlash". Também é possível a utilização isenta de lubrificação ou re-ajustes, propriedades que tornam esta solução silenciosa. A gama PRT2 está também disponível em aço inoxidável. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011

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equipamentos SEW-EURODRIVE

VARIOLUTION®: Armazém automático com unidade de regeneração de energia Os sistemas VARIOLUTION® da SEW-EURODRIVE são soluções escaláveis que podem ser usados em armazéns automáticos e que combinam a experiência e a tecnologia de accionamentos com software específico (SRS) para as tarefas de armazenamento automático, incluindo a gestão de encomendas. Os sistemas VARIOLUTION® são

configuráveis para armazéns quer de pequenas peças, quer de paletes. Constituem uma solução completa e energeticamente eficiente, baseada em accionamentos SEW-EURODRIVE. O software específico (SRS), ao optimizar os movimentos horizontais e verticais, consegue reduções do consumo de energia que podem ir até aos 25%.

O controlador MOVI-PLC® integrado no servo-controlador MOVIAXIS® coordena todos os accionamentos. O módulo de regeneração de energia integrado no sistema, em conjugação com as capacidades do software (SRS), permite elevar a economia de energia até 50%. Com os sistemas VARIOLUTION®, abrem-se novas perspectivas para os construtores e utilizadores de instalações de armazenamento automático. Não só se conseguem automatizar todas as operações do armazém, como se podem atingir níveis de eficiência energética sem precedentes.

Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC 2011-2012) Aplicação de Variadores Electrónicos Velocidade em motores eléctricos Desde a primeira edição do programa GERE em 2008, uma iniciativa da ADENE - Agência para a Energia que a SEW-EURODRIVE PORTUGAL estabeleceu uma parceria para a promoção da medida “Aplicação de Variadores Electrónicos de Velocidade em Siste-mas de Bombagem e Ventilação”, colocando em prática todo o know-how adquirido ao longo de vários anos em inúmeras aplicações. A SEW-EURODRIVE PORTUGAL cotou-se como empresa líder das diferentes edições da medida, destacando-se não só pela quantidade de VEV instalados mas também pela qualidade do serviço prestado, tendo dessa forma contribuído para uma significativa redução efectiva do consumo de energia eléctrica, da emissão de gases poluentes, e consequente o aumento da competitividade no sector industrial e agrícola. 38

No seguimento dos anteriores projectos, a SEW-EURODRIVE juntou-se novamente à ADENE em mais uma edição da iniciativa para promoção da gestão eficiente da força motriz: “Variadores Electrónicos de Velocidade, comparticipada pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Ener-géticos) aprovada no PPEC 2011-12. Nesta medida será concedido a 70 empresas, um incentivo a fundo perdido até 70% sobre o custo de aquisição de 140 motores eléctricos associados a sistemas de bombagem, ventilação e compressão de ar, nas seguintes condições: - Objectivo de poupança energética superior a 25%; - Gama de potências disponíveis: 55 a 160kW; - O fornecimento inclui: VEV; comissionamento; relatório da auditoria energética (antes e após a instalação);

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- O cliente deverá ter CAE (Classificação Portuguesa de Actividades Económicas) Agricultura e Indústria. Nº 56 Out/Nov/Dez 2011


mercado máquinas

software

agentes de limpeza

matérias-primas

peças técnicas

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