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63 Janeiro 2013

reviplast revista da indústria de plásticos

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índice anunciantes (clique para ver) AGI AGI – FANUC AGI – PIOVAN AGI – RAPID AGI – WEMO DELTAPLÁS FLUIDOTRÓNICA OMYA PLASEQUIP PLASTIMAR REIMAN RIFRACOR ROBOPLAN SALMON & Cia. SEW-EURODRIVE SISTRADE SPE VELOX

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Capa: Foto de David Ritter

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matérias-primas

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embalagem

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automóvel

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injecção

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extrusão

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equipamentos

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conferências

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mercado

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reviplast Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL Telefone: 217 921 110 Fax: 217 921 113 E-mail: reviplast@revipack.com

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notícias Projecto VECTOR

Desenvolvimento de conectores de elevada precisão para ligações rápidas em cabo de fibra óptica Está em marcha uma nova iniciativa europeia para a indústria de telecomunicações. O projecto VECTOR (Versatile Easy installable Connector implementing new Technologies for accelerated fiber Optic network Roll-outs in Europe) foi lançado em Outubro de 2012 e é uma parceria entre universidades europeias e a indústria de telecomunicações com o objectivo de efectuar actividades de investigação para o desenvolvimento de um sistema de conector de fibra óptica instalável no terreno. Este sistema irá acelerar bastante a implantação de redes alargadas de fibra óptica. Entre os parceiros do projecto VECTOR está a Celoplás, empresa portuguesa do sector da transformação de plásticos. A internet de alta velocidade requer o acesso a ligações em cabo de fibra óptica. Para a distribuição de sinal em redes de fibra óptica, as fibras têm que ser conectadas umas às outras, preferencialmente de forma reconfigurável. A instalação no terreno de conectores em fibras ópticas de tamanho tão reduzido requer pessoal altamente especializado e uma série de ferramentas específicas. O pó e a sujidade tornam praticamente impossível obter conexões no terreno com um nível de qualidade próximo do que é conseguido num ambiente de fábrica ou laboratório. O resultado da actual investigação promete ser um sistema de conexão que garanta um desempenho “de fábrica” durante a instalação no terreno. O projecto VECTOR explora os mais recentes desenvolvimentos no campo dos materiais termorretrácteis, nano-materiais, géis de alta tecnologia, microfabricação e sistemas de alinhamento micromecânicos para conseguir conexões ópticas com especificações superiores. Parceiros de toda a Europa juntaram-se para atingir os objectivos do 4 Fev/Mar

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projecto. O projecto é financiado pelo programa da União Europeia “Seventh Framework” (FP7) e coordenado pela TE Connectivity (através da sua filial na Bélgica, Tyco Electronics Raychem BVBA). O projecto VECTOR conta também com as contribuições da DEMCON Advanced Mechatronics BV (Holanda), Celoplás – Plásticos para a Indústria SA (Portugal), Vrije Universiteit Brussel e Universiteit Gent (Bélgica), Telecom Italia S.p.A. (Itália) e Telekom Deutschland GmbH (Alemanha). Stéphane Berghmans, coordenador do projecto na TE Connectivity, testemunha: “A actual tecnologia de conexão requer uma extensa e exaustiva pré-engenharia e mão-de-obra altamente especializada para a implantação dos sistemas no terreno. Isto torna a instalação lenta, pouco fiável e, em última análise, aumenta o custo por conexão para valores difíceis de gerir. Com o projecto VECTOR pretendemos que as conexões de fibra óptica sejam tão simples como as conexões de cabos eléctricos e, assim, levar a todas as famílias europeias internet ultra-rápida a preços acessíveis”. Nº 000 Nº 63 Janeiro 2013/ 2007


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CELOPLÁS A Celoplás – Plásticos para a Indústria S.A. é uma PME, com sede no Norte de Portugal. Actualmente, 133 pessoas trabalham na empresa numa área coberta de 10.000 m². Durante os últimos 20 anos, a Celoplás esteve envolvida na concepção, no desenvolvimento e fabrico de peças de alta precisão produzidas por injecção, usando toda a gama de termoplásticos e termoendurecíveis disponíveis no mercado bem como a injecção de silicones líquidos. Para complementar os processos descritos anteriormente, a empresa tem também competências no projecto e fabrico de moldes de injecção (convencional, moldação sobreposta e multicomponentes) bem como todas as ferramentas ou equipamentos necessários para posterior manipulação e/ou operações complexas de montagem automática. A empresa está actualmente a reforçar os seus investimentos em I&D, nomeadamente no desenvolvimento de competências em tecnologias micro

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(moldação, fabrico de moldes e metrologia) bem como tecnologias de moldação por injecção de pós metálicos e cerâmicos para os sectores médico, fotónico, electrónico e automóvel. Os investimentos em I&D representam 4 a 5 % do volume de negócios da empresa. Actualmente a empresa está envolvida em outros projectos de I&D de importância elevada para o seu futuro. Para mais informação sobre a empresa, clicar no ícone ao lado.

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Casfil investe em nova linha de BOPP A Casfil (Vila das Aves) anunciou o investimento numa nova linha de produção de filme de polipropileno biorientado (BOPP) com o objectivo de "satisfazer a procura crescente quer no mercado doméstico, quer nos mercados de exportação", referiu o Sr. Ferreira Pinto, presidente da empresa. Especializada na produção e transformação de filmes de BOPP, CPP (PP cast) e PELBD (polietileno linear de baixa densidade), a Casfil serve vários segmentos de mercado: embalagem de consumo, industrial, agricultura e aplicações médicas. O equipamento escolhido para este investimento é fabricado pela empresa alemã Brückner, uma das principais construtoras de linhas de produção de filmes plásticos. Tal

como sucedeu com o investimento anterior, a Brückner é responsável por uma instalação completa e "chave-namão". A linha de produção tem uma largura de trabalho de 8,7 m e uma velocidade de 525 m/min (6 350 kg/h). "É um investimento de longo prazo que encaixa perfeitamente na nossa estratégia: fornecer filmes da mais alta qualidade, produzidos em equipamentos de primeira classe com a máxima produtividade e eficiência energética" - referiu o Sr. Ferreira Pinto.

Forte presença portuguesa na 19ª EuroMold A 19ª Euromold, feira internacional da fabricação de moldes e ferramentas, design e desenvolvimento de aplicações, teve lugar nos dias 27 a 30 de Novembro de 2012, em Frankfurt/Main (Alemanha) e contou com cerca de 1500 expositores de 45 países e 60 mil visitantes. Com uma área de 75 000 m², a edição deste ano destacou a Áustria como país parceiro, a indústria de joalharia como área temática e incluiu um extenso programa de conferências e encontros empresariais. A indústria portuguesa de engenharia e moldes foi representada por 21 empresas: DRT, Engenhotec, E&T, FastRotator, Fozmoldes, GECO, Heto, JDD, Moldoeste, Moldoplástico, Moliporex, PMM, PMPM, Retratideia, Ribermold, Santos & Schulz, Tecmolde, Tecnifreza, Tecnimoplas, TJ Moldes e Wuhan Industries. O conceito da EuroMold "Da ideia ao Protótipo e à Produção em Série" abrange toda a cadeia de produção, desde os designers aos fabricantes de moldes, fabricantes de máquinas-ferramentas, empresas de subcontratação e utilizadores. As áreas principais da EuroMold são a fabricação de moldes, a prototipagem rápida, as

soluções de CAD/CAM, simulação e realidade virtual, as ferramentas e máquinas-ferramentas, a engenharia e o design. A EuroMold aumentou o número de expositores que participam pela primeira vez. Depois da Alemanha (48.4%), os países com maior peso nesta categoria são a Itália (10.9 %), a Áustria e Portugal (cada com 6.3%), a França, a Turquia e a Coreia (cada com 4.7 %).

Moldes Portugueses na Fakuma... Oito empresas portuguesas - LN Moldes, MoldesCatarino, Moldes RP, Moldegama, Moldoeste, Moliporex, Plastimago e RGE Moldes - marcaram presença na feira FAKUMA, que decorreu em Friedrichshafen (Alemanha) nos dias 16 a 20 de Outubro. A participação portuguesa assumiu a marca promocional do sector “Engineering & Tooling from Portugal - 2012”.

... e na INTERPLASTICA 2013 Quatro empresas portuguesas - Geco, LN Moldes, Moldes RP e Tecmolde –marcaram presença na feira INTERPLASTICA, que teve lugar nos dias 29 de Janeiro e 1 de Fevereiro em Moscovo (Rússia). A participação foi a primeira das várias acções promocionais que fazem parte do Projecto de Internacionalização “Engineering & Tooling from Portugal 2013”, lançado pela CEFAMOL, a associação portuguesa das indústrias de moldes, com o apoio do programa QREN. 6 Fev/Mar

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matérias-primas

Membranas impermeáveis Das tradicionais membranas de betume para telhados até aos novos materiais sintéticos mono-camada, as membranas impermeáveis provocaram mudanças significativas na engenharia civil e na construção. Os chamados "geo-sintéticos" estão presentes num leque de mercados que inclui também os reservatórios, diques, aterros, túneis, bem como aplicações mais recentes como os jardins e os reflectores solares. O tema esteve em foco na conferência Waterproof Membranes 2012, organizada pela AMI em Dusseldorf (Alemanha), nos dias 11 a 13 de Dezembro de 2012. Em destaque o tema da longevidade das membranas sintéticas. As membranas de EPDM em uso há mais de 50 anos. O Centro de Polímeros de Loeben desenvolve estudos de envelhecimento de membranas de PEAD. As seguradoras estabelecem as suas próprias exigências em matéria de resistência ao vento e ao fogo. Durante a conferência, foram apresentados vários casos de aplicação com o revestimento de um túnel ferroviário na Alemanha, com tecnologia da GSE Lining, ou as geomembranas da HDR Engineering, com sistemas solares integrados, para cobertura de aterros. Outro foco de atenção é a utilização de soluções "verdes" como os revestimentos vegetais (rizomas) para paredes e coberturas, estudados pelo Instituto de Horticultura da Alemanha. A Derbigum desenvolve membranas impermeáveis a partir de materiais vegetais. A Liteeartgh desenvolve um sistema de turfa sintética. A Bevad (Bélgica) investiga o potencial de reciclagem de betumes. A Minelco fornece retardantes não halogena-

dos para membranas e a Hunstsman tem pigmentos inovadores para permitir a coloração de telhados. A Neptune Coatings é outra das empresas activas no desenvolvimento e comparação de desempenho dos revestimentos e das membranas líquidas. A Dow produz poliolefinas específicas para a produção de membranas mono-camada. Na conferência da AMI estiveram igualmente presentes a Boato, um dos principais fornecedores globais de tecnologia para membranas de betume, e a Davis Standard, fornecedor de sistemas de produção de membranas sintéticas. A Milliken apresentou os seus aditivos para esta área e a Leister procurou esclarecer os erros típicos na soldadura de membranas impermeáveis.

Fraunhofer

"Bio-azulejos" são alternativa à cerâmica Até os azulejos podem ser baseados em materiais renováveis. Os investigadores dos Instituto Fraunhofer (Alemanha) vão apresentar na International Green Week (Berlim, 18 a 27 de Janeiro) novos compósitos bioestáveis que podem ser usados em arquitectura e design de interiores. Os novos materiais consistem numa mistura de resina epoxi de óleo de linhaça, várias fibras naturais e terra de diatomácias, um material extraído de diatomácias fossilizadas. Os novos biomateriais para azulejos, como os que foram deseníndice 8 reviplast Fev/Mar

volvidos pelo Instituto Fraunhofer de Mecânica de Materiais (IWM) de Halle (Alemanha), são amigos do ambiente, leves e - dependendo da fabricação e das propriedades do material - mais eficientes do ponto de vista dos recursos e da energia, comparativamente aos materiais cerâmicos convencionais. "O compósito não é rígido como o vidro nem quebradiço como a epoxi convencional, mas flexível e dobrável" - diz Andreas Krombholz, cientista da divisão de compósitos naturais do IWM. Os novos compósitos abrem novas perspectivas à arquitectura. No processo de moldação, podem ser formatados com maior grau de liberdade, em quadrados, triângulos ou círculos, por exemplo. As combinações e cores podem ser a pedido. Adicionando pigmentos fluorescentes à mistura, podem obter-se azulejos luminosos. Isto significa que podem ser usados, em exteriores e interiores, como sinalizadores luminosos em paredes ou pavimentos. Os bioazulejos também podem ser instalados em cozinhas ou casas de banho, bem como em coberturas de solo interiores. Nº 000 Nº 63 Janeiro 2013/ 2007


A Era da Química Verde A longo prazo será necessário encontrar substitutos para os combustíveis fósseis, por razões de escassez e de preço. Na conferência Green Chemistry realizada pela AMI em Colónia (Alemanha), peritos dos sectores agrícola, da engenharia química, da biotecnologia e da indústria de polímeros debateram o tema com gestores de sustentabilidade, detentores de marcas e gestores do sector automóvel. Segundo o estudo da LMC International, a disponibilidade mundial de milho e mandioca era da ordem de 1,7 mil milhões de toneladas em 2010/2011, e a disponibilidade de açúcar (cana e beterraba) na ordem dos 160 milhões de toneladas, com o Brasil a liderar a produção. Nos óleos vegetais, predomina a palma, com 48 milhões de toneladas (85% das quais colhidas das árvores na Indonésia e na Malásia), enquanto os restantes óleos provêm das sementes. No sector agrícola, fala-se de uma "batalha pelos hectares", iniciada em 2002 com o bioetanol/biocombustível. Até 2010, a área cultivada aumentou 70 milhões de hectares. Para além dos biocombustíveis, outros factores potenciaram essa evolução. Por exemplo, o aumento do rendimento per capita na Ásia e o consequente aumento da procura de produtos alimentares (alimentação humana e animal). Entre as regiões visadas para expansão da área de cultivo está o Mar Negro, a América do Sul e o Sudoeste Asiático. Depois dos biocombustíveis e da procura alimentar, o terceiro factor é a emergência dos bioplásticos e outros produtos químicos derivados de matérias-primas agrícolas. O desafio é encontrar um modo sustentável de explorar os recursos. Os detentores de marcas, com destaque para as multinacionais do sector alimentar, e os retalhistas, como a Walmart, a Carrefour e a Tesco, têm vindo a estudar com profundidade a questão do abastecimento sustentável. O Dr. Jan Kees Vis, da Unilever, é uma das pessoas envolvidas em projectos como a mesa redonda 'Sustainable Palm Oil'. A Unilever quer duplicar o tamanho da empresa, mas reduzir o impacto ambiental da sua actividade. O plano inclui garantir que 100% dos seus abastecimentos provêm de matérias-primas de agricultura sustentável, incluindo o óleo de palma (1,4 milhões de toneladas/ano, necessárias para os tensioactivos), o papel, a soja, o açúcar e outros óleos. A Unilever adoptou um Código de Agricultura Sustentável e pretende usar produtos certificados, designadamente pela Rainforest Alliance e pela Fair Trade. Muitos outros assutos estão na ordem do dia, como a segurança dos fornecimentos alimentares. Também a indústria automóvel está a pressionar neste campo. A Ford Motor Company deu alguns passos significativos na área das fontes renováveis, tais como a [Continua nas próximas páginas]

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matérias-primas

A Era da Química Verde adopção da espuma de poliuretano baseada no poliol de soja, que representa um corte de 14,3 milhões de toneladas de CO2 nas emissões. O facto de se fabricarem 4,8 milhões de automóveis por ano implica que os materiais alternativos tenham que estar disponíveis em grande quantidade. No caso da soja, o United Soybean Board prontificou-se a encontrar um uso para o óleo enquanto a soja era cultivada para alimentação animal e o óleo era apenas um subproduto. Também se utilizam materiais reciclados e fibras de reforço como o cânhamo, o sisal e a palha de trigo. A Ford está a usar um bio-TPO da Merquinsa Mercados Quimicos (adquirida pela Lubrizol), em que o componente poliol tem uma origem renovável. Há dois anos, este material foi adoptado para o fabrico das solas do calçado desportivo Brooks. Outras aplicações incluem os óculos de esqui da Smith Optics e diversos produtos de consumo produzidos por injecção. O material tem menos 40% de emissões de CO2 comparativamente ao poliuretano convencional (de acordo com a norma PAS 2050 relativa às emissões de gases com efeito de estufa). A indústria brasileira de cana-de-açúcar é a maior do mundo. A Braskem está a utilizar este açúcar como matéria de base para a produção do polietileno e polipropileno "verde", actualmente com as capacidades de 200 000 e 30 000 toneladas/ano, respectivamente. 86,5 toneladas de cana-de-açúcar produzem 7200 litros de etanol e 3 toneladas e PE. O Brasil tem várias áreas de solo arável que podem ser usadas para desenvolver esta indústria e a Braskem está a estudar todos os aspectos, designadamente formas para aumentar o rendimento. A empresa usa etanol certificado pela BonScro. Registaram-se nos últimos anos vários avanços tecnológicos na produção de derivados da celulose ( o chamado feedstock de segunda geração). O M&G Group, detentor da tecnologia PROESA construiu uma fábrica piloto em 2009, a qual gera açúcar C5 e C6 num processo contínuo. A fábrica esteve em operação contínua e durante 400 dias foram testadas várias enzimas e 15 tipos de biomassa. A fábrica de demonstração Crescentino terá uma capacidade de produção de etanol celulósico na ordem das 40 mil t/ano e irá produzir 15 MW de electricidade a partir do subproduto lenhina.

[Continuação]

O centro de investigação VTT, na Finlândia, examinou o potencial das florestas do país, onde a taxa de crescimento de árvores deverá aumentar 25% nos próximos 5 anos devido ao aquecimento global. O centro VTT dirigiu o projecto de fabrico de etanol a partir da lenhocelulose, um projecto que envolveu a UPM e que incluiu o papel reciclado. O biometano também pode ser usado na cadeia de fornecimento das olefinas: desde os anos 80 que a Mobil investiga o potencial dos processos MTO Methanol to Olefins, visando chegar ao PE e ao PP. A Total Petrochemicals construiu uma fábrica de demonstração em Feluy, em 2010. O centro VRTT também experimentou a produção de PEBD a partir de óleos de madeira. A produção global de biomassa ronda os 165 mil milhões de toneladas/ano, 50% celulose e 24% hemicelulose. A Suid-Chemie AG encara os açúcares como o novo petróleo e associou-se à SABIC para desenvolver o processo 'sunliquid' em que a lenhocelulose é convertida em açúcar fermentável de segunda geração ou etanol, que posteriormente serve para produzir os monómeros para plásticos como o PE e o PET. Cerca de 4 toneladas de palha rendem 1 tonelada de etanol. O processo resulta com várias matérias-primas de base. A fonte de lenhocelulose com maior potencial é a palha de arroz, com cerca de 750 milhões de toneladas. A Sud-Chemie conta também com a tecnologia Liquibeet em que se usam enzimas para liquefazer o açúcar de beterraba. A Petro Scientech, fundada em 1991 em Mumbai e Princetom, tem tecnologia capaz de converter etanol e etileno, praticamente a 100%, com uma selectividade de etileno na ordem dos 99%. Forneceu essa tecnologia a empresas como a Oswal (Índia), que tira o máximo partido da cana-de-açúcar: vende o açúcar, vende o bagaço para as centrais eléctricas e os melaços são usados para produzir etanol industrial que subsequentemente dá origem a PE. A Greecol Taiwan (uma joint venture entre a CMFC e a Toyota Tshuho) tem tecnologia para produzir monómeros de base para um bio-PET. A primeira fábrica deve arrancar ainda este ano. A produção de bio-PET é uma das áreas onde se têm registado progressos significativos. A Avantium gerou um 'drop-in técnico' com o ácido tereftálico obtido a partir de ácido furano-dicarboxílico (FDCA) sintetizado por desidratação e oxidação de hidratos de carbono. Este FDCA também pode ser usado na cadeia de produção de poliuretanos e poliamidas. Entre os parceiros neste projecto estão grandes emnpresas químicas e detentores de marcas: Teijin, Coca Cola, Solvay, Rodhia e Danone. O PEF foi testado para extrusão-sopro, produção de fibras e extrusão de filmes e apresenta uma barreira aos gases superior à do PET. A primeira fábrica foi projectada para Chemelot (Holanda), com uma capacidade para 40 mil toneladas/ano.

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A universidade de Wageningem estudou vários produtos agrícolas como fontes de matérias-primas para a indústria química, procurando algas para ácidos gordos, dentes-de-leão para látex, e águas para biorefinação, entre muitos outros projectos. Os investigadores examinaram vias possíveis para um vasto leque de biomonómeros, incluindo furanos para produção de poliamidas e poliésteres. A biocatálise é a tecnologia preferida com condições de reacção relativamente suaves. A Novozymes tem a maior quota no mercado global das enzimas industriais, baseada em 60 anos de experiência. A empresa encara os químicos renováveis como chave para uma resposta às necessidades que derivam do aumento da população mundial. A indústria de químicos renováveis, actualmente empurrada pela tecnologia, tenderá a ser puxada pelo mercado. A engenharia química tem vindo a ser optimizada e a indústria de biotecnologia precisa de competir em custo e desempenho. A Genzyme tem a tecnologia Cellic para produzir etanol a partir da biomassa a um custo de 2 a 2,5 USD por gallon e espera-se que surjam entretanto novas enzimas ainda mais competitivas. A empresa tem uma parceria com o M&G Group na fábrica de etanol celulósico e está também envolvida em projectos com a Cargill, Braskem e a ADM. O trabalho com a Cargill envolve a produção de ácido acrílico de origem bio, destinado a aplicações como fraldas, revestimentos e adesivos. Outras empresas estão na corrida da tecnologia das enzimas para obter monómeros a partir de fontes renováveis, como a Global Bioenergies. A fermentação directa pode originar propileno e butadieno. A Synthos está associada a este projecto. Desenvolve métodos possíveis com vários clientes e usa bases de dados de enzimas para encontrar catalizadores para clonagem em bactéria. Já foi encontrado um caminho para o isobuteno. A utilização de catalizadores mais convencionais foi revista pelo Instituto de Catálise de Leibniz, que tem, investigado a produção de monómeros a partir de óleos vegetais. O mercado alemão dos óleos vegetais é da ordem das 5,16 milhões de toneladas de óleo de colza, 50 mil toneladas de óleo de girassol, às quais acrescem as importações de girassol, linhaça, soja (dos EUA), óleo de ricino (Índia), óleo de palma e de coco (Malásia, Indonésia). Estes óleos podem ser usados na síntese de poliuretano, poliéster, poliamida, poliacrilato e resina epoxi. Por exemplo, a Emery Oleochemicals chegou à ozonólise de ácido oleico que pode ser usado na poliamida 6.9. A Evonik tem caminhos químicos para levar o ácido ricinoleico até à poliamida 10.10 e 6.10. A Arkema tem poliamida 11 a partir de ácido 11-undacanóico obtido a partir do óleo de ricino. A BASF também já fabricou poliamida 6.10 e polióis a partir de óleo de ricino. A indústria precisa de encontrar fontes competitivas e isso inclui plantas com elevados teores de ácidos [Continua nas próximas páginas]

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matérias-primas

A Era da Química Verde gordos, como o óleo de girassol altamente oleico. Também existe potencial de obtenção de óleos a partir de bactérias ou algas. A Royal DSM produz poliamida 410, copoliéster termoplástico e resina UP a partir de fontes bio. O projecto Biosuccinium da Roquette, para produzir ácido succínico num processo baseado em fermento, traduz-se numa fábrica em Itália com capacidade para 10 mil t/ano e também existem planos para produzir ácido adípico, precursor da poliamida 66, a partir de origem renovável. O esforço de investigação e desenvolvimento está longe de ser o maior obstáculo para estas empresas que definiram a sustentabilidade como a área prioriotária do seu negócio. São frequentemente questionadas pelo facto de, alegadamente, competirem com a cadeia alimentar. Por outro lado, o mercado está longe de estar disposto a pagar mais para ter produtos de origem sustentável. Quem quiser vender novos e extraordinários materiais de origem sustentável, não poderá limitar-se a ter o materrial na quantidade e com as propriedades necessárias. Terá que o oferecer a preço competitivo. A Cathay Industrial Biotech (China) é o maior produtor mundial de biobutanol e está a investir na tecnologia da lenhocelulose. Também comercializa um monómero para poliamida 5 obtido a partir de lisina via decarboxilação

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[Continuação] para pentametilenodiamina, que pode ser combinada com um di-ácido bio. O problema das impurezas no bioprocesso colocou alguns obstáculos, mas o novo monómero pode ser usado em poliamidas 5, 10, 5.6, 5.4 ou 5.X. A empresa procura parceiros para desenvolver estes materiais. Existe grande interesse pela tecnologia de sintetização de polímeros a partir de dióxido de carbono. Várias empresas - BayerMaterialScience e BASF (na Europa), Novomer (nos EUA), SK Innovation (na Coreia) e Mengxi (China) - estão envolvidas na produção de carbonato de PP. A BASF está sobretudo interessada em reduzir os custos do monómero, os custos da compra de direitos de emissão de CO2, e em aproveitar a abundância de CO2 das centrais eléctricas. O material está a ser testado em várias aplicações, tais como a substituição de ABS em aplicações eléctricas, em filmes agrícolas ou em revestimentos para papel. Alguns dos obstáculos são a baixa actividade dos catalisadores e a necessidade de remover o catalizador depois da polimerização. A BMS produziu polióis de poliéter-polocarbonato a partir de CO2 para uso em poliuretano, e também produziu um carbonato de PP. O CO2 é capturado numa central eléctrica a carvão e levado à reacção com óxido de propileno. O processo permite à empresa reduzir os subprodutos e melhorar o uso de catalisadores até

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matérias-primas atingir o nível de "dream production". Foi testada uma espuma para pavimentos. A indústria da bio-química fina está a enfrentar a realidade das dificuldades tecnológicas. Uma das questões a resolver é a das mudanças na operação dos crackers que irão reduzir o fornecimento dos monómeros C4-C5 para elastómeros. O Instituto Materia Nova tem pesquisado os blocos construtivos para polímeros, incluindo o ácido succínico (DSM, Bioamber, Roquette, Mitsubishi Chemical), sorbitol (Cargill, ADM, Roquette), propileno (Braskem, DuPont/Tate & Lyle), butadiene (Goodyear, Lanxess, Michelin, Synthos, Genomatica) e o caprolactam (Draths). A Solvay tem uma fábrica-piloto de 60 000 toneladas de PVC parcialmente bio. Segundo Vincent Berthe, a plataforma de biobutanol poderá tornar-se maior que a do bioetanol, já que o biobutanol se pode obter directamente por fermentação da glucose. O esforço de investigação e desenvolvimento está longe de ser o maior obstáculo para estas empresas que definiram a sustentabilidade como a área prioriotária do seu negócio. São frequentemente questionadas pelo facto de, alegadamente, competirem com a cadeia alimentar. A questão da sustentabilidade continua envolta na equação do uso da terra e do impacto na agricultura.

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A utilização não alimentar de produtos agrícolas está longe de ser uma novidade e nos EUA, cerca de 40% dos açúcares e dos amidos já são cultivados para fins não alimentares. Segundo John Williams, está disponível uma área entre 250 e 800 milhões de hectares para colheitas destinadas à bioenergia e a produtos químicos, sem prejudicar as áreas florestais, as áreas protegidas e as áreas necessárias para a expansão da produção agrícola. A União Europeia tem metas de energia renovável que colocam pressão na cadeia de abastecimento de biomassa. Tudo isto faz com que o futuro seja mais difícil de prever. Os cálculos para 2030 e 2050 têm em conta cenários variados. A previsão NNFCC indica que os bioplásticos atingirão 1% do mercado em 2020, atingindo 3 a 5 milhões de toneladas, 10% em 2030 com 43 milhões de toneladas e 20% do mercado em 2050, com 155 milhões de toneladas. Por outro lado, o mercado está longe de estar disposto a pagar mais para ter produtos de origem sustentável. Quem quiser vendar novos e extraordinários materiais de origem sustentável, não poderá limitar-se a ter o material na quantidade e com as propriedades necessárias. Terá que o oferecer a preço competitivo. Mas esse poderá ser um problema temporário. Os biopolímeros e, em geral, os produtos químicos baseados em fontes renováveis, vêm e virão para ficar.

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matérias-primas

Isolamento térmico e energia solar no mesmo painel A SABIC lançou no mercado os primeiros painéis de policarbonato BIPV, que combinam flexibilidade de design, isolamento térmico e produção de energia solar foto-voltaica. Com aproximadamente 70 GW de potência instalada, os sistemas foto-voltaicos tornaram-se a terceira fonte de energia renovável, a seguir à hidroeléctrica e eólica. A procura aumenta mas é selectiva, na medida em que os instaladores e os utilizadores procuram soluções com melhor relação desempenho/custo. Uma das formas de reduzir custos consiste em integrar a funcionalidade foto-voltaica nos materiais de construção. Essa é a base dos novos paineis de policarbonato (PC) Lexan BIPV (Building Integrated Photovoltaic) que incluem módulos foto-voltaicos. As propriedades de isolamento térmico e as características de liberdade de design e de facilidade de instalação dos plainéis Lexan Thermoclear são agora combinadas com as células foto-voltaicas cristalinas desenvolvidas pela Solbian Energie Alternative. Os novos painéis estão disponíveis em várias estruturas, configurações e cores e permitem instalações mais discretas e estéticas. Os painéis Lexan BIPV podem ser curvados no local de instalação e podem ser utilizados em alpendres, fachadas, tejadilhos, clarabóias, etc.. Podem comportar duas soluções de econo-

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mia de energia em edifícios: utilização da luz solar para iluminação interior e produção de energia. São também muito mais leves, o que torna o transporte e a instalação mais fáceis. Estão disponíveis em espessuras de 10, 16, 20, 25 e 40 mm, com estrutura em X ou rectangular. As cores disponíveis são o transparente, branco opalino, bronze, verde, azul e cinza. Os painéis BIPV são conformes com as normas EN ISO/IEC 17025, EIC 61215 e IEC 61730-2. Disponíveis no mercado desde Junho de 2012, já tiveram uma instalação numa das instalações da SABIC em Itália. Em Portugal, são comercializados pela empresa AGI Augusto Guimarães & Irmão. A SABIC tem vários materiais com aplicação na produção de painéis foto-voltaicos. É o caso das resinas Noryl para caixas de ligação e armários eléctricos. O material dá liberdade de design aos projectistas, permite detalhes pequenos e geometricamente complexos e tem o leque de propriedades adequado para este tipo de aplicações: resistência térmica, retardamento de chama, etc.. O grau Noryl N190X é também indicado para os armários de baterias, dada a sua elevada resistência tér-

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mica e química. A resina Noryl também está a ser aplicada na extrusão de filme para as folhas de base dos painéis. No fabrico de painéis solares, podem utilizar-se ainda vários outros materiais do programa de fabrico da SABIC, tais como os compostos LNP Thermocomp para fixações, ou os compostos LNP Lubricomp para peças móveis. O composto LNP Thermocomp PF00DS, reforçado com fibra de vidro, permite a integração de peças e a rigidez estrutural exigida para peças de fixação. O composto LNP Lubricomp DL002 é um material lubrificado e a sua utilização em componentes móveis dos painéis pode contribuir para a redução dos custos de manutenção, eliminando a necessidade de lubrificantes externos.

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matérias-primas VTT

Primeira estação (vale) do teleférico de Gaislachkogl © Bergbahnen Sölden, A. Niederstrasser

Compósitos com fibra de turfa O Centro de Investigação VTT (Finlândia) desenvolveu métodos de processamento da camada superficial de turfa para produzir compostos termoplásticos passíveis de transformação em materiais de consumo ou materiais de construção. Para além da sua origem renovável, os novos "biocompostos" são económicos, resistem à humidade e ao impacto. Segundo o VTT, as fibras longas de turfa podem ser usadas quer como material de reforço, quer como carga. Para além da produção de compostos, os novos materiais podem ser transformados por extrusão e injecção.

3M

Placas de fluorpolímeros para coberturas resistentes A estação do teleférico de Gaislachkogl nos Alpes Austríacos foi construída com placas de ETFE Dyneon™, que reunem características de leveza e alta resistência às baixas temperaturas, ventos, radiação UV, etc.. O teleférico tem três estações, a altitudes de 1 363 m, 2 174 m e 3 040 m acima do nível do mar. As placas de fluorpolímero ETFE da Dyneon, empresa integrada na 3M, foram produzidas (por extrusão) pela Nowofol (Siegsdorf, Alemanha) e utilizadas pela primeira vez neste tipo de construção pela Texlon, empresa suíça especializada em hangares e coberturas. As placas Nowoflon® ET 6235Z têm uma espessura entre 12 e 250 µm de suportam ventos na ordem dos 300 km/h, e podem ser incolores ou coloridas. Têm ainda uma propriedade que evita a acumulação de neve. Terceira estação (topo) © Bergbahnen Sölden, A. Niederstrasser

Biesterfeld reforça portefólio de distribuição de elastómeros A Biesterfeld AG adquiriu a Küttner GmbH (Römerberg/ Speyer (Alemanha), ampliando desse modo o seu portefólio de distribuição de elastómeros termoplásticos e outros elastómeros, uma área de negócios iniciada em 2010 com a aquisição da SMPC (Cherisy, França), a principal distribuidora local de elastómeros e aditivos. A aquisição da Küttner inclui a subsidiária da Rússia. A Küttner factura 25 milhões de euros e conta com 15 empregados. Distribui sobretudo produtos da ExxonMobil Chemical e Cabot. 16 Fev/Mar

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embalagem SABIC

Soluções para cosmética A participação da SABIC na feira PCD 2012 (Paris, França) indica uma aposta forte nas indústrias da cosmética. A SABIC apresenta matérias-primas com novas características e também serviços de apoio aos fabricantes. O leque de características em destaque inclui as propriedades barreira (tempo de vida útil dos produtos) e as propriedades estéticas, num leque de produtos que abrange poliolefinas e plásticos técnicos. Os serviços vão desde o apoio técnico ao desenvolvimento de produtos como frascos, tubos, tampas, dispensadores, aplicadores de baton, máscaras e outros acessórios, até à afinação de cores.

Poliolefinas Tubos Para o segmento dos tubos, o portefólio da SABIC inclui uma gama de graus de PE e PP, para o fabrico de corpos cilíndricos, ombros e tampas. Por exemplo, o grau de PEAD F4520 para tubos mono-camada, coextrusões e laminados, é compatível com as exigências de decoração e impressão típicas do sector da cosmética. Este grau é compatível com outros graus de PE com índice de fluidez idêntico e já teve aprovação por parte de várias empresas. Frascos Para além de toda a gama de PE e PP para extrusão-sopro de frascos e garrafas, o grau mais recente da SABIC é o copolímero de PP QRYSTAL QR681K, com boa transparência, propriedades mecânicas e temperaturas de processamento mais baixas, permitindo economizar energia e encurtar os tempos de ciclo. Tampas e dispensadores Também neste sector, a gama de PE e PP da SABIC pode responder aos requisitos organolépticos, resistência à tensão e ao embranquecimento, etc.. A gama de copolímeros de PP QRYSTAL é também uma opção para este sector. Por exemplo, os graus específicos para injecção de tampas de latas, com índices de fluidez entre 25 e 80, têm elevada transparência e boa processabilidade. O desenvolvimento mais recente para pulverizadores (aerossóis) é o copolímero de PP Flowpact FPC55 com elevadas propriedades de impacto. A SABIC indica que este novo grau pode proporcionar reduções do tempo de ciclo até 15%.

Termoplásticos de engenharia A SABIC apresentou também uma gama de plásticos técnicos que podem ser usados na produção de embalagens de cosméticos, na sua maioria com aprovação FDA (EUA) para contacto alimentar e registo REACH. Nº 63 Janeiro 2013/

A resina CYCOLOY™, uma liga de PC e ABS, com o grau específico HC1204HF, destaca-se pela combinação de propriedades de coloração, resistência ao impacto, fluidez e resistência química. É indicada quer para a produção de frascos/boiões, quer para a injecção de tampas. Outra alternativa para este último grupo de aplicações é a resina VALOX™ 7062HP que permite criar sensações de peça pesada e outros efeitos estéticos. O comportamento térmico do PBT permite aos utilizadores tirar partido de operações adicionais, tais como a metalização sob vácuo. A resina VALOX, graças à resistência química e ao atrito, é igualmente indicada para o fabrico de embalagens para baton e máscaras de cosmética. Para as aplicações que envolvem operações secundárias de decoração, os compostos THERMOCOMP™ HSG são outra solução oferecida pela SABIC. Para o fabrico de bombas e válvulas para dispensadores, a SABIC recomenda os graus de PBT cristalino VALOX™ 325F e HX312C, com elevada resistência química, mecanica, boa fluidez e estabilidade dimensional. A elevada fluidez é favoravel às aplicações com paredes muito finas. Os copolímeros VALOX iQ™, como é o caso do grau VALOX iQ 420HP, baseiam-se no PBT combinado com PET reciclado pós-consumo e são indicados para aplicações em que se exige uma longa duração. Para além das propriedades de durabilidade e ambientais, estes copolímeros peritem a coloração em massa, evitando a pintura secundária. Para as tampas de embalagens spray, pode ser usado o PC LEXAN™, estando disponíveis graus aprovados para contacto alimentar, transparentes ou opacos. A elevada fluidez permite grande liberdade de moldação.

Os serviços Através dos serviços COLORXPRESS™, a SABIC pode ajudar os clientes a definir com precisão a côr para as suas embalagens e acessórios de produtos de cosmética. O centro de inovação da SABIC em Bergen op Zoom (Holanda), com uma experiência de mais de 30 anos, pode oferecer um leque de mais de 18 000 cores ou efeitos especiais.

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embalagem

Filme compostável para chá A gama de chás orgânicos da marca Lebensbaum (Alemanha) está no mercado em saquetas fabricadas com filme de celulose NatureFlex™ NVR, fabricado pela Innovia Films (Reino Unido). A seu favor, este filme tem dois argumentos ambientais: a origem renovável e a compostabilidade. As saquetas podem ser descartadas com os resíduos orgânicos comuns, e decompõem-se quer em estações de compostagem industriais, quer em compostores domésticos. Ao longo do seu ciclo de vida, os filmes NatureFlex™ NVR mantêm as propriedades necessárias para a transformação - maleabilidade inerente, propriedades anti-estáticas, larga faixa de termo-selagem e para a função embalagem: alto brilho e transparência, resistência a gordura e óleo, boa barreira contra gases, aromas e óleos minerais.

Novo PP para baldes O novo grau de PP (polipropileno) Bormod™ BH381MO, da Borealis, foi formulado para a fabricação de baldes utilizados para colas, tintas, produtos alimentares, etc.. É um copolímero heterofásico, baseado na tecnologia de nucleação da Borealis, com propriedades acrescidas de fluidez e processabilidade, que permite reduzir a espessura e peso dos baldes, dada a maior resistência mecânica do produto final. Tem índice de fluidez de 35 (próximo dos 45 habituais em graus de PP) e um módulo de tensão de 1700 MPa (bem acima dos 150 MPa habituais em PP com fluidez 30). Estas características permitem baixar a temperatura de processamento, facilitam a moldação e desmoldação de peças mais complexas, e permitem reduzir o tempo de ciclo. O novo material foi testado em colaboração com a Wolf Plastics, fabricante austríaca de embalagens.

Frascos de rebuçados

PELBD para embalagem A Braskem anunciou o desenvolvimento de um novo grau de PELBD (polietileno linear de baixa densidade) para a produção de filmes de embalagem. O novo grau tem a referência LF1020/21AF e pode ser combinado com outros graus, incluindo metalocenos. índice 18 Fev/Mar

Estão de volta os frascos de rebuçados, com abertura larga e posição inclinada a 45 ° no balcão. A imagem tradicional volta agora, mas em plástico. No Reino Unido, os rebuçados "Moments" da Thorntons , com a sua clássica apresentação em twist wrap, vão ter uma promoção de Natal/fim-de-ano com os novos frascos fabricados pela RPC Containers Blackburn and Halstead. Para melhor imitar o aspecto do vidro, estes frascos de 600 g são fabricados em PET transparente,

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para deixar brilhar as cores dos próprios rebuçados, como se exige na embalagem com funções de display. As etiquetas laterais são aplicadas em linha pelo fornecedor dos frascos. Também digno de nota é o empilhamento facilitado dos frascos durante o transporte e armazenagem, conseguido com o encaixe do topo na concavidade do fundo.

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Fraunhofer

KHS

PLA mais resistente à temperatura

Recuperação de ar na estiragem-sopro

As indústrias de embalagem têm vindo a recorrer a biopolímeros baseados em polímeros de ácido láctico (PLA), O PLA é obtido a partir do amido de milho e é completamente biodegradável. Até muito recentemente, o PLA tinha a limitação de perder a rigidez a partir dos 60 °C, o que afastava as aplicações que envolvem temperaturas superiores. Os investigadores do Instituto Fraunhofer de Pesquisas Aplicadas de Polímeros (IAP), de Potsdam (Alemanha), encontraram uma forma de aumentar a resistência térmica deste bioplástico. Uma das aplicações mais interessantes é na indústria de embalagem alimentar: o enchimento de copos de iogurte a temperaturas mais elevadas. Os copos fabricados em "estereo-complexos" de PLA mantêm a forma e permanecem estáveis mesmo a temperaturas até aos 120 °C. O Dr. Johannes Ganster, director de divisão do IAP, explica o princípio: "para tornar os plásticos de PLA mais estáveis a temperaturas mais elevadas, introduzimos estereo-complexos com componentes especiais de L-lactida e D-lactida. Estas moléculas rotativas nas direcções esquerda e direita complementam-se entre si para tornar a liga mais estável". Várias empresas já mostraram interesse, considerando o potencial. A produção de biopolímeros de PLA é independente da escassez progressiva do petróleo. Além disso, o novo material é compostável e também pode ser reciclado por decomposição em ácido láctico. A grande vantagem está no facto de poder ser são durável como qualquer plástico baseado no petróleo, e pode ser usado para muitos outros produtos, como filmes de protecção, caixas de computadores e sacos de compras. O IAP está actualmente a trabalhar com um fabricante alemão interessado em utilizar este novo material.

O processo Airback Plus da KHS (Alemanha) permite aumentar a recuperação de ar comprimido de 10% para 40% nos processos de estiragem-sopro. É uma evolução a partir do processo Airback, que recupera o ar do interior da garrafa após a operação de sopro, transferindo-o para a operação de pré-sopro de uma nova pré-forma. Agora, o ar é conduzido sob pressão para a etapa de sopro. O novo processo permite reduzir o consumo de ar comprimido, utilizar compressores de menor dimensão e, consequentemente, economizar energia. O processo está disponível apenas para novas máquinas de estiragem-sopro da KHS InnoPET Blomax.

Sacmi

Cerveja em PET A Sacmi participou na feira UPAK 2013 (Moscovo, Rússia, de 19 de Janeiro a 1 de Fevereiro) com uma solução nova para engarrafamento de cerveja em PET, resultante da solução apresentada em 2011. Como aspectos novos, destacam-se a réplica da cápsula coroa numa cápsula plástica mono-peça, o controlo melhorado da eliminação do oxigénio residual (essencial para o tempo de vida útil da cerveja), os módulos de enchimento volumétrico 'ultraclean' e ainda outras melhorias introduzidas nos equipamentos. As cervejeiras russas têm-se mostrado mais dispostas a apostar na garrafa PET e a Sacmi é um dos fornecedores com soluções completas que incluem o fabrico de garrafas e cápsulas, o enchimento e a rotulagem. Recentemente, as autoridades russas confirmaram a possibilidade do engarrafamento de cervejas em PET. Nº 63 Janeiro 2013/

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20 Fev/Mar

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automóvel VANGEST

Potencial do design e da engenharia portuguesa na construção automóvel O JH 12, carro todo-o-terreno projectado pela Grandesign (Grupo VANGEST) e apresentado em Julho de 2012 na Marinha Grande, é uma realização de primeira relevância no que respeita ao potencial do design e engenharia portuguesa. Para além do elevado grau de incorporação nacional (à excepção do motor - BMW - e dos pneus, todos os componentes essenciais são de projecto e fabricação nacional), este novo carro é o resultado da combinação de competências que caracteriza o grupo VANGEST, incluindo o design e projecto, a escolha dos materiais (fibras de vidro/carbono, Kevlar), as ferramentas/moldes, a modelização e simulação, a fabricação e montagem. Ao lado lúdico e passional da competição TT (Carlos Oliveira, administrador do grupo VANGEST, é piloto da modalidade, com um currículo que inclui uma partipação no Dakar), juntam-se duas perspectivas de negócio. No

mais imediato, a capacidade de engenharia e construção de automóveis de competição (um segmento de mercado específico e não baseado na produção em grandes séries). A esta vertente de negócio junta-se todo o leque de segmentos de mercado que podem ser servidos pelas competências das empresas do grupo, e que vão muito para além do sector automóvel. Aeronáutica, artigos de desporto, artigos médicos, artigos eléctricos e electrónicos, etc. são áreas em que a marca VANGEST tem vindo a conquistar reputação e referências. O futuro da indústria portuguesa passa pela concretização de exemplos como este, em que a competência para "executar" leva engenharia associada. Clicando nos dois ícones, podem ver-se os filmes de apresentação do carro JH 12 e a reportagem da Sport TV sobre o lançamento do mesmo.

Projecto GreenMotion disponibiliza apresentações As apresentações da Jornada “GreenMotion - Transferência de Eco-materiais à indústria automóvel”, realizada em Junho de 2012 no PIEP com a participação de cerca de 60 industriais e representantes de outras entidades da EuroRegião Norte de Portugal-Galiza, estão disponíveis na internet. Para aceder, clicar no ícone. Para além das palestras, os participantes puderam experimentar a Plataforma Virtual criada neste projecto através do demonstrador virtual (tablier de um automóvel) colocado ao seu dispor, com os resultados obtidos até ao momento no âmbito do Projecto.

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A abertura da jornada foi feita por Carlos Bernardo, Presidente do Conselho de Administração do PIEP, que deu as boas vindas à plateia e fez o enquadramento deste projecto fazendo uma introdução global ao documento “Vision 2050: The new agenda for business”. De seguida, o Director Geral do PIEP, Rui Magalhães, apresentou as linhas de investigação em curso no Pólo, dando ênfase à investigação em novos materiais. Raquel Ledo, do CTAG, da área de produtos/processo plástico, introduziu o projecto através de uma apresentação específica sobre o uso de materiais ecológicos nos veículos e da plataforma GreenMotion. índice reviplast 21


automóvel Ana Rita Campos, do PIEP, continuou com uma apresentação sobre os primeiros resultados obtidos no projecto e trabalho futuro. Carla Simões, do Instituto de Polímeros e Compósitos da Universidade do Minho, apresentou a palestra “Utilização de ferramentas actuais de avaliação de sustentabilidade de produtos”. A sessão continuou, depois da visita às instalações do PIEP, com a intervenção de Xavier Le Fur, representante da Sonae Indústria, que apresentou um trabalho sobre a aplicação de madeira como reforço de matrizes plásticas, e as vantagens da sua utilização.

Por sua vez, Torsten Sieweke e Xavier Mir, representantes da SABIC, expuseram uma visão de sustentabilidade na indústria automóvel com compósitos à base de polipropileno, reforçados com materiais naturais.

Wittmann Battenfeld

MacroPower para faróis de automóveis A Plasttechnik Hohleborn GmbH (Floh-Seligenthal, Turingia, Alemanha) ampliou a capacidade de produção com a aquisição de duas máquinas de injecção MacroPower, da Wittmann Battenfeld. A empresa alemã especializou-se na produção de peças termoplásticas com geometria complexa, designadamente para faróis de automóveis, abrangendo quer as peças "funcionais" (suporte dos faróis), quer as peças "de design" (frontais). A parceria com a SINNTEC Pulverspritzguß GmbH, permite à Plasttechnik Hohleborn aplicar a tecnologia MIM (metal injection molding).

Actualmente, a Plasttechnik Hohleborn dispõe de 13 máquinas de injecção, com forças de fecho entre 35 e 1000 toneladas, das quais 12 são Battenfeld. Nos anos mais recentes, investiu em máquinas de maior dimensão e instalou um pórtico de 20 toneladas. A gama de produtos traduz-se em ciclos caracterizados pela injecção de pequenas quantidades (sem-fins de diâmetro reduzido) em moldes de maior dimensão. Por este motivo, a partir das 270 toneladas de força de fecho, todas as máquinas, designadamente as máquinas de injecção hidráulicas HM 400 e HM 500 bem como as máquinas MacroPower mais recentes, têm colunas alongadas. As máquina MacroPower têm essa característica única de conseguir combinar o amplo espaço dos moldes com as dimensões compactas. Por outro lado, incluem a opção ServoPower, um conceito de eficiência energética baseado num servo-motor de elevado dinamismo em vez do motor trifásico de velocidade constante. As bombas hidráulicas de pistão axial têm velocidade controlada electricamente. A máquina MocroPower 1000 (1000 toneladas de força de fecho) é utilizada para produzir peças para faróis e está equipada com um molde que pesa mais de

Michael Ullrich e Gerald Ullrich, directores da Plasttechnik Hohleborn GmbH, com a peça de suporte do farol frontal do Opel Astra coupé, a maior peça produzida na máquina MacroPower 1000.

Peça de suporte para o farol frontal do Opel Astra coupé, produzida na máquina MacroPower 650.

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Peça de suporte do farol do VW CC. Faz parte de uma montagem com 5 componentes. Nº 000 Nº 63 Janeiro 2013/ 2007


automóvel 13 toneladas. A máquina MacroPower de 650 toneladas é utilizada sobretudo para "peças de design" para a parte frontal dos faróis. A gama MacroPower é a gama de máquinas de injecção de maior dimensão da Wittmann Battenfeld. Caracterizase pelas dimensões compactas, pela alta velocidade, pela precisão e operação limpa e a baixo ruído. Os guiamentos lineares que suportam o movimento da placa móvel asseguram um espaço limpo para o molde e

Michael Ullrich com vários faróis produzidos pela Plasttechnik Hohleborn.

O molde para a peça de suporte do farol do Opel Astra requer uma máquina com espaço extra.

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a protecção deste. A velocidade advem da rapidez dos movimentos e dos tempos curtos de fecho e aumento da pressão, graças ao sistema 'QUICKLOCK' desenvolvido pela Wittmann Battenfeld. Outro detalhe relevante nesta gama de máquinas é a facilidade de inserção de moldes pela parte traseira da máquina. Na maior parte dos casos, os moldes de maior dimensão podem ser inseridos sem dispositivo de remoção das colunas.

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injecção ENGEL

Aplicações médicas: menos custo unitário

Embalagem: mais velocidade

Na secção do simpósio de Junho de 2012 dedicada às aplicações médicas, esteve em foco a máquina eléctrica ENGEL e-motion. Foram exibidas três máquinas com sala limpa para produção em grande série de artigos médicos descartáveis, seguindo a tendência actual para os moldes multi-cavidade: - Uma máquina ENGEL e-motion 80H/80W/180 T WP combi para produzir peças para auto-injectores para a marca SHL (Suécia), com uma solução bi-componente com placa rotativa e molde de 16-16 cavidades da Hack (Kirchheim, Alemanha);

Com tempos de ciclo abaixo dos 3 segundos e velocidades de injecção até 460 mm/seg., as máquinas eléctricas ENGEL e-cap dão resposta às necessidades de alta velocidade colocadas pelas indústrias de embalagem. Durante o simpósito 2012, a ENGEL apresentou uma máquina ENGEL e-cap 3440/420 a produzir à cadência de 130 mil tampas por hora, com um ciclo de 2,8 segundos. Cada tampa, incluindo o selo de inviolabilidade, pesa apenas 1,3 g, o que permite reduzir os custos unitários. Nesta aplicação será instalado um sistema de inspecção por câmara, fornecido pela IMD Vista (Brügg, Suíça).

- Uma máquina ENGEL emotion 200/100 T com molde de 4 cavidades da Zahoransky (Friburgo, Alemanha) para produzir tubos para seringas em COC/COP, já com as respectivas agulhas, que são inseridas na respectiva cavidade. A extracção das seringas é efectuada por um robô ENGEL easix. Esta operação ocorre em simultâneo com a colocação de novas seringas nas cavidades, para o ciclo seguinte. Deste modo, consegue-se encurtar o tempo de ciclo. No processo precedente, a sobre-moldação das seringas e a injecção dos tubos eram produzidas em máquinas separadas e era necessária uma terceira etapa para colar as duas peças.

A segunda demonstração foi uma máquina ENGEL s-duo 4500/ 700 pico, equipada com pacote ecodrive, para produção de baldes de 12 litros, e com uma unidade de injecção específica para alta velocidade e alta pressão. A sequência de movimento da unidade de fecho foi acelerada de forma a conseguir tempos de ciclo mais curtos e pouco usuais neste tipo de máquina.

- A terceira máquina para aplicações médicas foi uma ENGEL e-motion 310/100 T para produzir suportes para agulhas em PS, num molde de 16 cavidades fornecido pela Fostag (Stein am Rhein, Suiça) e com solução de automação da Hekuma. A aplicação destinou-se a demonstar a alta velocidade do processo.

A terceira demonstração para o sector da embalagem é a produção de embalagens de paredes finas mas com uma camada barreira no interior, destinada a proteger o produto da acção da luz e do oxigénio. Para este efeito, a célula de produção baseia-se numa máquina eléctrica ENGEL e-motion 310H/50V/180 T combi equipada com uma unidade de injecção de alta precisão para assegurar que a camada intermédia preenche toda a embalagem. À saída da máquina, as embalagens são inspeccionadas a 100 % por um sistema de visão. 24 Fev/Mar

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injecção ENGEL

Vulcanização a baixa temperatura No seu simpósio 2012, a ENGEL apresentou o novo método de vulcanização UV desenvolvido em colaboração (molde) com a Elmet (Oftering, Áustria) e implementado numa máquina de injecção ENGEL victory 200/80 LIM. A evolução dos silicones fazia prever este desenvolvimento. Enquanto os graus convencionais requerem temperaturas elevadas, os novos graus podem ser vulcanizados por radiação ultra-violeta à temperatura ambiente. A silicone líquida pode agora ser combinada com um vasto leque de termoplásticos directamente na máquina de injecção, alargando as opções possíveis para o fabrico de peças multi-componente. Mesmo os termoplásticos mais sensíveis à temperatura, como o PP podem agora ser processados com silicone numa só etapa. Durante o simpósio, a máquina produziu várias peças de silicone fornecido pela Momentive Performance Materials (Columbus, Ohio EUA). Para que a vulcanização UV possa ocorrer, é necessário que os insertos colocados nas cavidades do molde sejam permeáveis à luz. No simpósio, foi demonstrada a sobremoldação de PP sobre silicone líquida. O tempo de vulcanização UV foi de cerca de 20 segundos (com silicone convencional, as ligações cruzadas só se obtêm ao fim de cerca de um minuto). A máquina de injecção vertical ENGEL elast 2700/400 V compact foi apresentada a produzir cintas de amarração em TPE fornecido pela Kraiburg (Waldkraibirg, Alemanha), num molde de 8 cavidades da ÖKT (Hostim, República Checa). Como os elastómeros necessitam de mais tempo de aquecimento, esta aplicação evidencia a vantagem do pacote ecodrive. Por outro lado, esta máquina tem uma baixa altura de operação, o que facilita o acesso do operador. Uma máquina eléctrica ENGEL e-motion 740/180 T WP equipada com o alimentador roto feeder foi exibida a produzir caixas para lâmpadas. O roto feeder assegura fiabilidade no processamento de termofixos e silicone sólida. A alimentação em contínuo e a pressão constante resulta da acção combinada de uma tremonha rotante com sem-fim contrarotante.

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26 Fev/Mar

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injecção Netstal

Processo 'Preblow' reduz custos na produção de pré-formas O novo sistema Calitec® prolonga a etapa de arrefecimento da pré-forma PET com um sopro na área da base. A vantagem do processo, para o qual a Netstal tem pendente um registo de patente, reflecte-se nas etapas anteriores ao arrefecimento: melhor distribuição do material e tempo de ciclo mais curto. O processo 'Preblow' envolve o sopro da base da pré-forma imediatamente após a injecção, o que significa que essa zona, considerada crítica, pode ser modificada. A superfície é aumentada, mas a espessura é reduzida, o que irá facilitar o reaquecimento necessário para a etapa de estiragem-sopro. Segundo a Netstal, esta nova 'LightBase' é melhor que as bases 'EcoBase' e 'Cappello Design'. Durante um teste inicial com pré-formas para garrafas de 1 l de sumo, obteve-se uma redução de peso superior a 1 g. A espessura da parede aumentou de forma significativa. Durante a Chinaplas (Abril de 2012), a Netstal apresentou um sistema para produção de pré-formas de 15,8 g para água sem gás. Embora a garrafa apresente qualidade equivalente, a redução de espessura foi da ordem de 0,5 g por garrafa, o suficiente para gerar uma

economia de material de centenas de toneladas por ano. Neste caso, as pré-formas foram produzidas com molde de 128 cavidades, com um tempo de ciclo de 7,2 segundos.

Máquinas eléctricas em aplicações de embalagem A Netstal escolheu a área da embalagem para a participação na feira PLAST 2012. Uma máquina de injecção electrica ELION 1200-530 foi o modelo escolhido para demonstrar a produção de embalagens de paredes finas, com equipamento para rotulagem no molde do fabricante italiano Campetella, alimentador Motan, sistema de arrefecimento Frigofluid e molde SCS. Segundo a Netstal, a máquina eléctrica ELION, com recuperação de energia, permite economias de energia até 70% comparativamente às máquinas com accionamentos convencionais.

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injecção Cognex / Wittmann Battenfeld

Inspecção por visão artificial integrada na máquina de injecção O sistema de visão artificial Câmara In-Sight PowerVision da Cognex Micro (Cognex) pode ser integrado no controlo UNILOG B6 das máquinas de injecção Wittmann Battenfeld, tornando possível o controlo de qualidade das peças a 100 % através de câmaras digitais que inspeccionam as peças logo à saída da etapa de injecção. A máquina de micro-injecção MicroPower foi a primeira a ser equipada MicroPower 15 com o sistema de visão baseado na câmara inteligente In-Sight Micro ISM 1403-11 da COGNEX, com O movimento da PowerVision no controlo UNILOG capacidade para captar imagens susceptíveis de procescâmara é realizado samento de controlo dimensional. O programa PowerVicom um programa sion foi criado especificamente para a máquina MicroPodo robô vertical wer utilizando o software In-Sight da Cognexm e encarre- Scara W8VS2 da ga-se da maior parte das tarefas de inspecção e verificaWittmann. Para ção. A versão actual do PowerVision permite aos maior facilidade do clientes realizar controlos presenciais, assim como operador, foram inspecções de qualidade em 8 cavidades (máximo) de instaladas as metades de molde colocadas na mesa giratória da funções do programa máquina MicroPower. de aprendizagem que permitem a Quick Editor do controlo R8.2 A visualização baseia-se numa ligação entre a intarface configuração passo de utilizador VisioView da Cognex e o controlo UNILOG a passo de configurações baseadas em imagens. O robô B6 configurado com Windows XP. Os tempos de acesso que suporta a câmara transmite o sinal para a captura para o PowerVision e o controlo UNILOG B6 são praticada imagem juntamente com o número da cavidade mente tão curtos como os do painel VisionVieW da correspondente. Como a máquina MicroPower está Cognex. O UNILOG B6 só permite o acesso ao PowerVi- equipada com uma mesa giratória no lado do extractor sion depois de o utilizador se ter registado no sistema. para ciclos curtos, a metade de molde respectiva da Esta protecção é necessária para evitar alterações peça a medir também é transmitida à câmara. Em involuntárias do programa de medição ou dos parâmetros sequência, a informação relevante é transmitida ao robô, de configuração da câmara Cognex. Como a máquina de começando pela imagem gravada. A partir desse moinjecção tem portas USB e VGA, pode ser instalado um mento, o robô pode começar a mover-se, minimizando rato e um monitor adicional para correr o software os tempos de ciclo. Avaliada a imagem, o robô recebe a PowerVision, por exempo, mais perto da área das peças informação sobre as peças conformes e defeituosas. rejeitadas e introduzir ou alterar valores. No futuro, o sistema irá também documentar os registos estatísticos com a identificação dos vários tipos de defeitos. Muitos dos sistemas de iluminação instalados em aplicações de visão artificial exigem um transformador externo para controlar a intensidade da luz necessária para gravar a imagem. Neste caso, a intensidade de luz correcta é ajustada manualmente com a ajuda de um potenciómetro. A iluminação do sistema In-Sight Micro da Cognex difere porque é ligada directamente e controlada pela câmara. Além disso, a iluminação baseia-se em LEDs, com muito menor consumo de energia.

Câmara com iluminação por LED (flash) na máquina MicroPower

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injecção PRIAMUS

Sistema modular para controlo de processos de injecção A PRIAMUS lançou no mercado uma nova linha modular de software para controlo do processo de injecção, designada FILLCONTROL. O novo software é capaz de distinguir e controlar os parâmetreos essenciais de caudal, pressão, temperatura e contracção durante o processo. Estes parâmetros são automaticamente ajustados de forma a manter as características da peça em fabrico. As medidas de pressão e a temperatura nas cavidades do molde são obtidos por sensores. Deste modo, a observância dos parâmetros adequados da peça é assegurada iondependentemente da máquina, o que simplifica as transferências de moldes e os arranques de máquina. A solução da PRIAMUS consiste num conjunto de módulos independentes mas complementares, em vez de um só sistema completo. De acordo com a empresa, este conceito modular permite ao utilizador escolher e instalar apenas os módulos de que necessita, economizando custos. Em combinação com os novos dispositivos digitais PRIAMUS BlueLine, é possível estabelecer um sistema essencial de monitorização do processo. O pacote de controlo PRIAMUS também inclui a regulação e controlo automáticos para moldes de canais quentes. Estes sistemas têm dado provas desde há vários anos, com numerosas instalações. Os módulos disponíveis são os seguintes: FILLCONTROL Measure, para optimização e documentação do processo de injecção (gratuito); FILLCONTROL Monitor, como módulo de base para a monitorização profissional do processo; FILLCONTROL Switch, para o controlo inteligente das operações de comando; FILLCONTROL Control-H, para o controlo de canais quentes; e FILL CONTROL Control-M, para o controlo de parâmetros de máquina relativos a viscosidade, retracção e compressão.

Tecnologia de conexão Sensores de temperatura Os conectores não têm que ser considerados o ponto fraco dos sensores instalados nos moldes, desde que tenham a protecção adequada. Seguindo este princípio, a PRIAMUS desenvolveu uma conexão mais segura e á prova de erros de ligação ("fool-proof"). As novas caixas de ligação multi-canal podem ser montadas directamente no molde ou numa cavidade maquinada para economizar espaço. A gestão de cabos é simplificada, já que basta um cabo para a ligação de 8 canais ao sistema de amplificadores BlueLine. Segundo a PRIAMUS, esta solução proporciona mais consistência e qualidade de sinal que o método 'single-wire' e outros métodos disponíveis no mercado. Se forem necessários mais canais, podem ser instaladas várias caixas de ligação lado a lado. Nº 63 Janeiro 2013/

superficial do molde Para além dos sensores de pressão, a PRIAMUS é também especialista em tecnologia de medição da temperatura superficial dos moldes em processos de injecção. O controlo deste parâmetro em tempo real (resposta em milissegundos) permite optimizar o processo e melhorar a repetibilidade e qualidade das peças injectadas. Recentemente, a PRIAMUS redesenhou os sensores para os adaptar melhor a processos mais abrasivos, designadamente o processamento de materiais com mais aditivos ou cargas de reforço. Os novos sensores têm uma parte frontal com tratamento de endurecimento.

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extrusão battenfeld-cincinnati

Calandra multi-touch A calandra multi-touch é a mais recente proposta da battenfeld-cincinnati para os produtores de filmes que procuram maiores velocidades sem comprometer características de qualidade dos filmes, tais como transparência, precisão e uniformidade da espessura, essenciais, por exemplo, para aplicações de embalagem (termoformagem). A nova calandra é indicada para vários materiais, incluindo PS, PET, PP, EVA, coextrudidos, etc.. Na origem desta nova calandra está a assumpção de que a velocidade da

linha depende do número de etapas de calibração. Na calandra multi-touch, a ideia foi posta em prática com uma etapa preliminar com dois rolos, seguida de três, cinco ou sete rolos para calibração final. Os primeiros dois rolos têm diâmetros maiores para evitar a deflexão. Os rolos seguintes têm rolos mais pequenos, para obter folha ou filme plano, sem tensão.

À esquerda: filme produzido com calandra multi-touch. À direita: filme produzido com calandra convencional.

Em contrraste com as calandras convencionais baseadas em três rolos, a calandra multi-touch assegura um contacto mais consistente e uniforme entre o filme e a superfície dos rolos, a altas velocidades, assegurando desse modo um melhor arrefecimento de ambos os lados do filme. Os primeiros protótipos deste novo tipo de calandra foram construídos pela battenfeld-cincinnati em 2008. O conceito tem vindo a ser aperfeiçoado e optimizado. A primeira instalação em condições industriais reais está em funcionamento desde o Outono de 2011 numa empresa alemã. O sistema de sete rolos pós arrefecimento dá conta de produções na ordem dos 3600 kg/h de PP.

Davis-Standard

Extrusão plana de plásticos de alto peso molecular A Davis-Standard forneceu uma linha de extrusão plana para a produção de chapas de PEAD de alto peso molecular. A linha produz chapa, com 3,2 m de largura, à razão de 635 kg/h. Pode transformar PEAD de peso molecular elevado (HMW) ou ultra-elevado (UHMW), bem como outros graus de PEAD, PEBD e PP. A linha de extrusão é formada por uma extrusora Thermatic® de 200 mm com arrefecimento a ar, sem-fim com geometria cavity transfer mixer, painel de controlo de temperatura, dispositivo permutador de filtros, e calandra EX-M-PLAR® III de 4,191 mm, com controlo preciso de 30 Fev/Mar

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espessura. A maior parte da produção desta linha é tela com 12 mm de espessura. A nova linha foi instalada na Polymer Industries of Henagar (Alabama, EUA), para fabricar telas para revestimento interior de camiões de transporte de resíduos. O peso molecular ultra-elevado aumenta consideravelmente a resistência das telas e a Polymer Industries optou

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por ter capacidade própria de produção. O PE de peso molecular elevado é também utilizado na produção de materiais abrasivos para o sector da construção. Nº 000 Nº 63 Janeiro 2013/ 2007


extrusão KREYENBORG

Novo permutador de filtros O novo sistema de mudança automátida de filtros K-SWE-4K-75-V/ RS, apresentado na feira NPE pela Kreyenborg, aumenta a eficiência do sistema de refluxo e consegue prolongar o tempo de vida útil dos filtros. Mantém-se a "tecnologia 75%" que consiste num sistema de 4 filtros, dos quais pelo menos 3 estão sempre em produção. Apenas um dos filtros é retirado para mudança ou refluxo. Este princípio de funcionamento destina-se a manter um caudal e pressão constante. A tecnologia 75% está abrangida por patente registada pela Kreyenborg.

Neste novo modelo, os retentores dos filtros foram optimizados para aumentar a eficiência do refluxo. Os pistões também foram redesenhados, de forma a tornar o equipamento mais compacto. Antes da acção de refluxo, o material necessário para o mesmo é armazenado por um movimento reverso do pistão, criando um reservatório. Em seguida esse material é comprimido contra o filtro para provocar a limpeza. Durante a produção normal, este reservatório está sempre

preenchido pelo volume do pistão, evitando assim qualquer ponto de estagnação do material.

BUSS

Extrusora de laboratório para desenvolvimento compostos A Buss (Pratteln, Suíça) apresentou recentemente a extrusora de laboratório MX para homogeneização de compostos, com capacidade para 5 a 25 kg/h e com velocidade máxima de 800 rpm. É mais um modelo baseado na tecnologia 'four-flight', que combina os movimentos de rotação e de oscilação para optimizar a mistura nos sentidos axial e transversal. É a primeira vez que esta tecnologia está disponível numa extrusora de laboratório. Tal como todas as extrusoras MX, a MX 30 é especialmente indicada para formulação de compostos com polímeros sensíveis à temperatura e ao cisalhamento ou com cargas elevadas. Na produção de compostos com retardantes sem halogenados para revestimento de cabos, a temperatura do material deve ser mantida abaixo dos 180 °C, para evitar que o retardante ATH [tri-hidrato de alumínio, Nº 63 Janeiro 2013/

Al(OH)3], incorporado no material com teores entre 55 e 70 %, entre em decomposição.

MX 30

Na produção de compostos de peróxido e polietileno de ligações cruzadas (PELX ou XLPE), a temperatura máxima é ainda mais baixa 125 °, para evitar a decomposição do peróxido e o início de reacções de cruzamento de ligações.

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Nos compostos para cabos baseados em silanos passíveis de ligações cruzadas, o silano líquido é injectado directamente no polímero através de um injector especial, especialmente nos casos em que o composto se destina a ser usado no isolamento de cabos de baixa tensão e inclui retardantes. Outra aplicação típica é a produção de compostos para cabos baseados em poliolefinas semi-condutoras com até 40% de negro de fumo. Tipicamente, estes materiais têm densidade aparente muito baixa e devem ser introduzidos na extrusora com precisão absoluta e misturados de forma homogénea com o cisalhamento adequado e sem destruir as suas propriedades estruturais. Os vários acessórios, incluindo sistemas de dosagem de matérias-primas e diferentes peletizadores, fazem com que a extrusora MX 30 possa formar uma linha de produção de compostos em pequena escala, passível de ser usada em testes de desenvolvimento ou mesmo para a produção de pequenas quantidades. índice

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extrusão battenfeld-cincinnati

Extrusão de folha de PE/PP A mudança rápida de rolos é um dos aspectos mais importantes das novas linhas de extrusão de folhas PE/PP da battenfeld-cincinnati, na medida em que dá mais flexibilidade ao planeamento da produção.

As linhas deste construtor destinam-se à produção de folha/chapa com espessura entre 1 e 15 µm sobretudo para termoformagem, com aplicações técnicas na indústria automóvel, embalagens para jardinagem e floricultura e embalagens em geral. Para garantir a homogeneidade da plastificação, as extrusoras estão equipadas com sem-fim barreira e

secção de mistura. A extrusora monofuso 1-120-35B é uma solução típica para estas linhas. Está equipada com permutador de filtro, bomba de material e misturador. O rendimento de 300 a 400 kg/h pode ser atingido quer com material virgem quer com 100% de material recuperado no processo de termoformagem.

EDI

Fieira plana de 3 m A LLC Rowmark (EUA) dispõe de uma nova linha de extrusão de chapa plástica, até três camadas e com espessura entre 2,5 e 9,5 mm, equipada com uma fieira plana Ultraflex®, fabricada por medida pela EDI (Extrusion Dies Industries, LLC), com a largura pouco comum de 3,050 mm. A estrutura tri-camada permite à Rowmark combinar as propriedades de vários materiais (acabamento de superfície, côr, resistência UV, etc.), mas coloca especiais exigências à fileira plana. A fieira desenvolvida pela EDI assegura não só a distribuição uniforme do material a toda a largura, mas também a justaposição e a regulação precisa da espessura de cada camada. Na imagem, pode ver-se a fieira Ultraflex vista por trás. 32 Fev/Mar

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Outro aspecto decisivo neste tipo de aplicação é a facilidade de mudança de trabalho. O sistema FastGap™ permite regular a espessura da chama com um ponto único de ajuste da abertura do lábio da fieira para cada camada. O sistema FastGap torna possível ajustar a posição do lábio inferior móvel da fieira, variando a espessura da chapa dentro de uma faixa de 6,4 mm sem necessidade de parar a máquina. O lábio superior flexível da fieira permite adicionar mais 2,5 mm de espessura. A Rowmark processa acrílicos, ABS, e combinações de TPE/ poliolefinas para chapas e bobinas para termoformagem. A empresa é conhecida no mercado das chapas espes-

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sas para termoformagem de peças e acessórios para transporte, agricultura, deflectores de vento, etc.. Para esta nova linha de produção, e para além da fieira da EDI, a Rowmark investiu 3,5 milhões de USD num projecto que envolveu o recondicionamento e instalação de três extrusoras num sistema construído pela Mega Machinery. Na segunda foto, uma imagem da nova linha, vista a partir do final.

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equipamentos FIPA

Ejectores com economia de ar No topo da escala de prioridades dos fabricantes de peças plásticas está a redução do consumo de energia e a redução dos tempos de ciclo nos processos de injecção. Regra geral, a abordagem do tema da economia de energia está focada na electricidade e no calor, mas o ar comprimido tem um potencial não menos importante neste capítulo. A Fipa (Alemanha) desenvolveu uma nova gama de ejectores com função economizadora de ar comprimido, sem comprometer os tempos de ciclo. A economia de ar comprimido é obtida através da regulação integrada de pressão, o que faz com que a ejecção se adapte à porosidade da peça.

Os novos ejectores das séries EKPP, EKP e EMM, equipados com regulação automática de pressão, reduzem o consumo de ar comprimido até 50% por peça, independentemente da porosidade. Para peças maciças, os ejectores das séries EMA e EKP-LSE permitem economias de ar até 97 %. Os sistemas industriais de ar comprimido operam normalmente a 4 a 8 bar. Todos os ejectores da FIPA usam a pressão interna de 3,5 bar e atingem o nível máximo de vácuo a 4 bar. Qualquer que seja a pressão de alimentação, estes ejectores FIPA só usam 3,5 bar. Por outro lado, a pressão mais baixa também significa menos tempo para atingir o nível de vácuo necessário, contribuindo para encurtar o ciclo. A regulação automática faz com que deixe de haver consumo de ar quando se atingir o ponto de "peça agarrada". É por isso que, quanto menor for a porosidade da peça, maior será a economia de ar. Além disso, os ejectores FIPA pesam cerca de 250 g, menos 50% comparativamente a outros ejectores disponíveis no mercado. A FIPA é representada em Portugal pela Fluidotrónica. Nº 63 Janeiro 2013/

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equipamentos KraussMaffei

Construção leve com compostos de fibras A formulação de compostos plásticos reforçados com fibra de vidro e as tecnologias de processamento por moldação e pós-moldação estão a abrir novas aplicações para os materiais plásticos e novas perspectivas de construção leve em diversos sectores de actividade. As indústrias automóvel, de materiais de construção e mobiliário continuam atentas e interessadas nesta linha de desenvolvimento. A KraussMaffei é um dos maiores especialistas mundiais em tecnologia de moldação de compostos reforçados. O seu portefólio de tecnologias inclui um amplo conjunto de processos.

Sistema de produção de laboratório para o processo HD-RTM, composto por uma unidade de dosagem térmica RimStar, uma cabeça misturadora HD-RTM e um sistema de moldes SFT-MX600

O processo RTM (resin transfer molding) de alta pressão (HD-RTM) é outra das possibilidades para o fabrico de peças leves, designadamente com plásticos reforçados com fibra de carbono. O processo inicia-se com uma etapa de junção das fibras e de produção de pré-formas com fibras secas. Depois, são guiadas para um molde especialmente projectado e fabricado pela KraussMaffei. O siste-

A unidade de mistura e dosagem térmica RimStar processa os plásticos reactivos.

A injecção de materiais reforçados com fibras longas (LFI) pode ser combinada com a pintura no molde para peças de grande dimensão para camiões e maquinaria agrícola, obtendo elevada qualidade superficial a custos razoáveis. 34 Fev/Mar

O dispositivo de vácuo integrado na cabeça de fresagem evita a contaminação da peça na célula de fresagem.

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ma de moldes SFT-MX600 partilha vários componentes com a tecnologia de injecção e tem um conceito modular que permite a adaptação a aplicações específicas. Pode, por exemplo, incluir uma unidade de dosagem e mistura térmica RimStar equipada com uma bomba de aço inoxidável desenvolvida pela KraussMaffei em Munique. A cabeça misturadora combina os componentes do material a alta pressão, efectua a dosagem dos aditivos desmoldantes e alimenta o material matriz ao molde a baixa pressão. As fibras de carbono são impregnadas com a resina no molde fechado, seguindo-se o endurecimento num

Sistema de maquinação RoutingStar com extractor, para acabamento pós moldação de peças de plástico reforçado com fibra de carbono.

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equipamentos

tempo de ciclo inferior a 4 minutos. As peças de plastico reforçado com fibra de carbono são então removidas e transferidas para acabamento numa célula de maquinação RoutingStar. Aqui, diversas ferramentas adequadas aos plásticos reforçados

Célula de produção compacta FiberForm para extrusão-revestimento e injecção posterior de placas compósitas, com robô linear.

e um extractor patenteado executam uma maquinação de acabamento com baixa emissão de poeiras e baixa contaminação dos componentes. O recurso ao processo HD-RTM está a aumentar nas indústrias de fabricação em série de produtos de alta tecnologia. Este processo é especialmente indicado para produção automatizada e económica de peças leves mas com elevadas propriedades de resistência mecânica. A possibilidade de produzir estas peças através do processamento a alta pressão de resinas altamente reactivas, e, consequentemente, com tempos de ciclo mais curtos, vem dar resposta às necessidades da indústria automóvel.

Alternativa eficiente e económica

para processamento de PUR A KraussMaffei apresentou na Fakuma 2012 a EcoStar 16/16, o modelo standard da sua gama de máquinas para mistura e dosagem de PUR. O modelo foi projectado para a generalidade das aplicações do processo de moldação por reacção e proporciona elevada eficiência com um investimento moderado. A máquina está equipada com a cabeça misturadora MK 8/12 ULKP-2KVV, com dispositivo de auto-limpeza incluíudo. Com uma relação de mistura de 1:1, a máquina tem uma capacidade de débito total de 40 a 550 g/s (gramas Nº 63 Janeiro 2013/

por segundo) ou 40 a 220 g/s para molde aberto - capacidade indicada para a generalidade das aplicações.

UNICOR Corrugators

Tubo Corrugado para o Iraque A Unicor (Alemanha) forneceu ao governo iraquiano dois corrugadores UC 130 para produção de tubo corrugado (canelado) de PVC. A encomenda foi feita pelo Ministério dos Recursos Aquíferos do Iraque e destina-se à produção de tubo de drenagem com diâmetro até 130 mm. A situação de alto risco do Iraque impediu a deslocação de técnicos da Unicor, pelo que o comissionamento dos corrugadores UC 130 foi efectuado por controlo remoto e comunicação via internet. Previamente, três técnicos iraquianos tiveram formação específica no centro técnico da Unicor em Hassfurt. O sistema de manutenção remota da Unicor (RMU, remote maintenance unit) inclui uma câmara, interface de tradução e ainda a possibilidade de activação e ajuste de comandos da máquina a partir da Alemanha.

A versão básica da máquina EcoStar tem funcionalidades como os depósitos de material de parede dupla, monitorização de nível, medição de caudal e sistema de controlo Simatic S7 (Siemens). Estão disponíveis vários volumes de alimentação e outras opções para adaptar o sistema EcoStar às necessidades do utilizador. Existem cabeças misturadoras específicas para mistura a alta pressão (linear ou transfer).

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equipamentos motan-colortronic

Sistema de dosagem-mistura Está disponível a versão mais recente do sistema gravimétrico de dosagem e mistura COLORBLEND 95 da motan-colortronic, o principal produto em exposição na feira MEDTEC (Estugarda, Alemanha, 26 a 28 de Fevereiro), dedicada às tecnologias e equipamentos para aplicações médicas. O sistema ULTRABLEND 95 foi projectado para cumprir os requisitos mais exigentes de processamento de termoplásticos em condições de máxima higiene. A Aero Pump (Hochheim), fabricante de dispositivos médicos, com uma produção anual acima dos 140 milhões de

doseadores e pulverizadores, utiliza na sua fábrica mais de 50 sistemas ULTRABLEND instalados em máquinas de injecção. O doseador-misturador gravimétrico UTRABLEND foi desenvolvido para materiais (matérias-primas e aditivos) de queda livre, com construção em inox com polimento eléctrico, para garantir parâmetros de limpeza elevados e baixa manutenção. Os depósitos e câmaras de mistura não têm "zonas mortas" e todas as junções têm soldadura total. Deste modo, evita-se a formação de aglomerados bem como a contaminação entre lotes.

Steinbichler

Inspecção de superfícies portátil O ABISoptimizer é o primeiro sistema de inspecção de superfíceis portátil, destinado a utilização em aplicações industriais de controlo da qualidade. Para além da portabilidade, o novo sistema pode ser operado com rapidez e facilidade, contando com um software intuitivo para o utilizador. O vídeo acessível através do ícone ao lado apresenta uma demonstração do funcionamento deste sistema. 36 Fev/Mar

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Para mais informação (em inglês), clicar no ícone seguinte.

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O sistema é especialmente indicado para dosagem precisa de quantidades muito pequenas de material para injecção, extrusão ou extrusão-sopro. Podem ser programadas misturas de até 4 materiais, por peso, sequencialmente, com a precisão especificada na receita. Seguidamente os quatro materiais são misturados de modo homogéneo na câmara de mistura subsequente (4,5 l de volume) e alimentados à máquina de processamento. A quantidade mínima por componente é de 4 g (lotes de 900 g). Com dois materiais, o sistema proporciona cadências de 260 kg/h. A unidade gravimétrica é também indicada para aplicações com mudanças frequentes: todas as partes em contacto com os materiais são rapidamente removidas e limpas, enquanto o sistema de dosagem permanece fechado. O sistema de célula de carga compensa o efeito de qualquer vibração proveniente da máquina de processamento, garantindo deste modo a elevada precisão na dosagem. O ULTRABLEND é controlado pelo sistema GRAVInet com ecrã táctil a cores, comunicação Ethernet que permite o controlo remoto a partir de PC. Os equipamentos motan-colortronic têm comercialização e assistência técnica em Portugal através da Plasequip. Nº 000 Nº 63 Janeiro 2013/ 2007


equipamentos SINGLE

Novas funcionalidades dos termorreguladores ATT A SINGLE (Hochdorf, Alemanha), adicionou novas funcionalidades aos termorreguladores baseados na tecnologia ATT (Alternate Temperature Technology), que permite um controlo eficiente da temperatura dos moldes de injecção e injecção-compressão. O controlo Variotherm da temperatura do molde envolve o aquecimento prévio (antes da injecção) da cavidade até uma temperatura superior ao ponto de transição vítrea do material. A tecnologia ATT permite melhorar o acabamento e os

detalhes da superfície da peça injectada. As novas funcionalidades vêm introduzir mais versatilidade na produção de peças compósitas. Entre elas, a possibilidade de temporizar a activação de vários módulos de válvula por sistema e a selecção livre de temperaturas mínimas e máximas por cada secção do molde. Estas funcionalidades permitem ainda optimizar o consumo de energia. São o resultado da investigação levada a cabo com o Centro de Inovação de Plásticos Steibeis, da Universidade de Aalen, e

Eurochiller

Refrigeradores ADCOOLER A Eurochiller desenvolveu um novo refrigerador capaz de combinar a eficiência térmica de um sistema adiabático com a economia de energia de um secador a seco. O refrigerador ADCOOLER é indicado para todos os processos industriais que requerem água e é apresentado como alternativa às torres de arrefecimento evaporativas. Como principais vantagens do ADCOOLER, podem referir-se as seguintes: ausência de consumo de água de processo, eliminação do risco de contaminação do ar, baixa formação de depósito, ausência de tratamento químico da água, ausência de perda de água, bom desempenho mesmo a temperaturas acima de 40 °C, permuta de calor eficiente (permuta ar/água a 5 °C), baixo nível de ruído e construção modular (possibilidade de aumentar a capacidade de refrigeração). Nº 63 Janeiro 2013/

Tirando partido da evaporação de uma pequena quantidade de água, o ADCOOLER pode aproximar-se da temperatura de termómetro húmido (isto é, a temperatura da água que sai do refrigerador é sempre menor que a temperatura ambiente). A Eurochiller (Itália) é representada em Portugal pela empresa Paulo Pinto & Figueiredo, Lda.

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a patente do sistema está pendente. A mais recente geração dos sistemas ATT também proporciona uma nova opção de gravação de dados: os parâmetros do processo podem ser registados num suporte externo, via interface USB. A SINGLE ganhou experiência na optimização dos processos de injecção de espumas, na melhoria da produtividade dos processos bi-componente e tri-componente com moldes rotativos e nos processos com moldes verticais. Esta experiência beneficia também os processos com materiais compósitos, que requerem mudanças rápidas de temperatura. Em segundos, o sistema ATT alterna entre dois circuitos com fluidos de arrefecimento de temperaturas diferentes e aquece ou arrefece activamente o molde. A SINGLE disponibiliza uma ampla variedade de sistemas ATT para temperaturas até 200 °C. Esses sistemas permitem mudanças de temperatura de mais de 100 °C em insertos utilizados em áreas críticas ou mesmo em moldes completos de pequena dimensão. Como alternativa, em ciclos longos, são possíveis mudanças de temperatura mais lentas, com sistemas de controlo standard: graças à programação customizada, estes sistemas podem alterar a temperatura do fluido, de forma a que na produção de compósitos o molde se mantenha frio na fase de enchimento e quente na fase de cura. A SINGLE é representada em Portugal por Folhadela Rebelo, Lda.. índice

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agenda

feiras CLICAR NO NOME DA FEIRA PARA OBTER MAIS INFORMAÇÃO

Início 26-Fev-13 06-Mar-13 12-Mar-13 12-Mar-13 19-Mar-13 03-Abr-13 03-Abr-13 06-Abr-13 08-Abr-13 23-Abr-13 20-Mai-13 21-Mai-13 24-Mai-13 04-Jul-13 17-Set-13 01-Out-13 16-Out-13 29-Out-13 30-Out-13

Fim 28-Fev-13 07-Mar-13 15-Mar-13 15-Mar-13 21-Mar-13 06-Abr-13 05-Abr-13 08-Abr-13 10-Abr-13 26-Abr-13 23-Mai-13 23-Mai-13 26-Mai-13 07-Jul-13 19-Set-13 3-Out-13 23-Out-13 01-Nov-13 01-Nov-13

Feira MEDTEC PLASTEC SOUTH PLASTIMAGEN PROPAK AFRICA ICE EUROPE TIPREX PLASTEX EXPOCOSMÉTICA WMR ENVIBRNO CHINAPLAS PULIRE PPP AFRICA 2013 IMTOS TUBE SOUTHEAST ASIA TUBOTECH K 2013 PLASTIX SIBERIA PLASTEX UKRAINE

Tema Tecnologias médicas Plásticos Plásticos Embalagem Transformação de materiais Plásticos e borrachas Plásticos Cosmética Reciclagem Ambiente Plásticos, borracha Ambiente Embalagem, plástico e impressão Máquinas-ferramentas Tubos Tubos, válvulas Plásticos Plásticos Plásticos

Local Estugarda Orlando Cidade Do México Joanesburgo Munique Bancoque Tashkent Matosinhos Uttar Pradesh Brno Guanzhou Verona

País Alemanha E.U.A. México África Sul Alemanha Bancoque Uzbequistão Portugal India Rep. Checa China Itália

Dar-es-Salaam Nova Deli Banguecoque São Paulo Dusseldorf Nobosibirsk Kiev

Tanzânia Índia Banguecoque Brasil Alemanha Rússia Ucrânia

conferências CLICAR NO NOME PARA OBTER MAIS INFORMAÇÃO CLICAR EM 'e-mail' PARA CONTACTAR ORGANIZAÇÃO

Início 06-Mar-13 11-Mar-13 12-Mar-13 13-Mar-13 02-Abr-13 09-Abr-13 14-Mai-13 30-Mai-13 18-Jun-13 15-Jul-13 10-Set-13 03-Nov-13 19-Nov-13 03-Dez-13 38 Fev/Mar

Fim 06-Mar-13 12-Mar-13 12-Mar-13 13-Mar-13 04-Abr-13 09-Abr-13 16-Mai-13 31-Mai-13 20-Jun-13 19-Jul-13 12-Set-13 05-Nov-13 21-Nov-13 05-Dez-13 índice

Título Tema ADDITIVES & COLORS Aditivos e Corantes PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET KOPLAS Plásticos e borracha PLASTIMAGEN Plásticos PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET PERMEATION MEASUREMENT Medição de Permeabilidade PTI PPSB (curso) Emb. de Plástico p. Bebidas FORUM PLASTURGIE & COMPOSITES Plásticos PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET PPS 29 Processamento de Polímeros PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET PTI PPSB (curso) Emb. de Plástico p. Bebidas PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET PTI PET (curso) Tecnologias e Aplicações PET

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mercado máquinas

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agentes de limpeza

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