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Março 2014

revista da indústria de plásticos 6,57 €

Nº 70 Março 2014

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2 Fev/Mar

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Nº 70 Março 2014/ 2007


índice anunciantes (clique para ver) CODI

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DEMOUSTIER

5

ENERMETER

29

FOLHADELA REBELO

36

MOLDPLAS

2

OMYA

11

PLASEQUIP

43

PLASTIMAR

43

REIMAN

35

RIFRACOR

6

SALMON & Cia.

7

SEW-EURODRIVE

44

SISTRADE

23

STRATASYS

notícias

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matérias-primas

6

impressão 3D

12

embalagem

24

automóvel

26

moldes

27

injecção

28

extrusão

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reciclagem

37

electrónica

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equipamentos

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CAPA

Capa: "Impressão 3D multi-material a cores" da Stratasys. Leia o artigo na página 14. www.stratasys.com

reviplast Propriedade, Direcção e Edição: Carlos da Silva Campos Publicidade: Ilda Ribeiro, Luisa Santos Endereço Postal: APARTADO 30 2676-901 ODIVELAS PORTUGAL Telefone: 217 921 110 Fax: 217 921 113 E-mail: reviplast@revipack.com assinaturas.reviplast@gmail.com

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Gás de xisto impacta mercado do filme de PE A transformação do gás de xisto nos EUA vai ter um impacto significativo no aumento do consumo e do comércio global de filmes de PE, refere a AMI (Applied Market Information) num relatório publicado em Janeiro. O gás de xisto conduzirá a uma baixa significativa do custo do polietileno e a uma redução do custo da energia necessária para a subsequente produção de filme. É altamente provável que a América do norte tenha custo base do polímero a par com o custo do Médio Oriente, dando origem a que as exportações de filmes de PE a partir da América do norte possam conquistar mercado às exportações do Médio Oriente. Para além de 2018, esta possível vantagem de custo, combinada com a tecnologia, fará com que os produtores americanos de filmes de PE se tornem players mundiais. Outros factores que terão impacto no crescimento da produção de filmes de PE são os investimentos contínuos nas regiões orientadas para a exportação, como o Médio Oriente e o Sudoeste Asiático, bem como o crescimento das classes médias nas regiões menos desenvolvidas.

seguida pela região NAFTA com 17% de quota e pela Europa com 15%. Em 2018, a região nordeste da Ásia deverá aumentar a sua quota para 35%, a região NAFTA deverá manter a quota e a Europa deverá perder parte significativa da sua quota de mercado, em grande parte devido à continuação das dificuldades económicas em vários estados membros combinadas com os elevados custos das matérias-primas, da energia e dos custos de mão-de-obra e transportes. A Europa Ocidental continuará a crescer em termos de tonelagem apenas porque continua a ser um dos berços do desenvolvimento técnico de filmes de PE (tal como a região NAFTA). O sucesso está dependente da orientação do mercado para produtos de maior valor acrescentado. Entretanto, o Médio Oriente vai aumentar a sua quota de mercado aumentando a produção 10% por ano, tornando-se a região com maior

Em 2013, a região do nordeste da Ásia (incluindo a China), foi a maior região produtora, com um terço da produção global de filmes de PE,

Mercado global de Filmes de Sacos de Compras e Industriais Estiráveis e Retrácteis Agricultura e Construção Laminados e técnicos Higiene e Saúde Outros

crescimento em termos percentuais. O comércio inter-regional aumentou significativamente nos anos mais recentes atingindo cerca de 3 milhões de toneladas por ano, com o nordeste e sudoeste asiático a representar mais do volume transaccionado. Em 2018, este trading deverá aumentar cerca de meio milhão de toneladas por ano, impulsionado pelo aumento dos volumes de filme em bobina em vez de sacos, que poderão entrar em declínio por efeito de iniciativas ambientalistas em várias regiões.

No que respeita a aplicações finais, a maior taxa de crescimento é prevista para os filmes estiráveis. O mercado dos sacos de todos os tipos também deverá crescer apreciavelmente, tal como o dos filmes técnicos, dos sacos industriais e dos filmes retrácteis. Em termos de matérias-primas, o PEBD continuará em declínio em termos de quota de mercado, à medida que os transforPE (2013) madores preferem matérias-primas sofisti34% cadas lineares e formula16% ções complexas, com o 12% consequente crescimen9% to dos metalocenos e 3% dos graus de PELBD 26% alfa-olefínicos.

Autodesk adquiriu Delcam

O óscar dos biodegradáveis

A Autodesk (EUA) adquiriu a Delcam (Birmingham, Reino Unido). As empresas vendem gamas complementares de software, pelo que os programas de projecto, engenharia e entretenimento da Autodesk podem ser combinados com o software de projecto, fabricação e inspecção da Delcam para várias indústrias, incluindo automóvel, embalagem, plásticos, calçado e artigos de desporto. A Delcam tem mais de 30 escritórios espalhados pelo mundo, com cerca de 700 empregados. A Delcam tornar-se-á uma subsidiária da Autodesk. A Renishaw (Reino Unido), empresa especializada em equipamentos de metrologia industrial e fabricação aditiva, detentora de cerca de 20% do capital da Delcam aceitou vender a sua participação na Delcam.

O "Bioplastics Oskar" de 2013 foi atribuído à empresa alemã Helmut Lingemann (Wuppertal) pelo desenvolvimento dos perfis separadores NIROTEC EVO para janelas de vidros duplos e triplos. Os perfis são uma combinação de aço com perfis plásticos extrudidos em biopolímero, neste caso PLA, biopoliéster e aditivos. O prémio foi atribuído porque o júri considerou que a aplicação tem potencial para alargar consideravelmente o mercado dos biopolímeros. Segundo a empresa alemã, se todas as janelas duplas/triplas fossem equipadas com estes separadores, o consumo de biopolímero seria da ordem das 18 mil toneladas.

4 Fev/Mar

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MOLDPLÁS na Batalha A feira MOLDPLÁS, dedicada à exposição de máquinas, equipamentos, moldes e matérias-primas para as indústrias de plásticos, realiza-se na Exposalão, Batalha, nos dias 7 a 10 de Maio. Em paralelo, decorrerá também a feira TECNA, dedicada a máquinas e equipamentos para a indústria, tecnologia industrial, inovação, automação e robótica.

NPE 2015 O espaço disponível para a feira de plásticos NPE 2015 está praticamente esgotado. A escolha da localização dos stands desta feira é feita em função das preferências dos expositores mas decide-se por sorteio. O sorteio de espaço ocorreu nos dias 20 e 21 de Fevereiro, e preencheu 91% do espaço disponível. A NPE 2015 terá lugar no Orange County Convention Center de Orlando, Flórida (EUA), nos dias 23 a 27 de Março de 2015.

Cereplast anunciou reestruturação A Cereplast (Seymor, Indiana, EUA), produtor de bio-plásticos solicitou o estatuto de protecção ao abrigo do Código de Falências dos EUA e anunciou um plano de reestruturação. A principal causa do insucesso da Cereplast é atribuída pela administração à fraca procura de bioplásticos, quer nos EUA, quer na Europa e especialmente na Itália, onde a empresa esperava beneficiar da legislação sobre sacos de compras. Para tentar sobreviver, a empresa vai apostar em compostos e reciclados de poliolefinas e em bioplásticos baseados em PLA e algas. A Algaeplast, empresa associada, vai passar a vender licenças da sua tecnologia.

Coperion K-Tron Em 2010, o grupo Hillenbrand Process Equipment (sede nos EUA) adquiriu a K-Tron, fabricante de equipamentos de alimentação, dosagem e transporte pneumático. Em Dezembro de 2012, o mesmo grupo adquiriu a Coperion, empresa fabricante de extrusoras. A partir de Outubro de 2013, os equipamentos K-Tron passaram a ser comercializados sob a marca Coperion K-Tron. Nº 70 Março 2014

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matérias-primas Tosaf

SUKANO

condução de cabos de dados e de energia. Satisfazem os requisitos da norma IEC IEC 61386-1 em matéria de efeito retardante da chama. No passado utilizavam-se parafinas cloradas para este efeito, mas a regulamentação REACH afastou as cloroparafinas de cadeia curta, consideradas como SVHC (Substances of Very High Concern). Por outro lado, os fabricantes procuram também soluções não halogenadas e sem emissão de fumos - LS0H (Low Smoke Zero Halogen), designadamente a norma IEC 607541 . Os novos retardantes da Tosaf não têm aditivos clorados e permitem a conformidade com todas as normas referidas. São eficazes com baixa dosagem e não acarretam acréscimo de custos para o produtor de tubo. O grupo Tosaf foi criado em 1985 por associação dos grupos Megides e Ravago. Tem fábricas em Israel, Turquia, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Ucrânia. Emprega 800 pessoas e factura mais de 300 M€ por ano.

Os masterbatches desenvolvidos pela Sukano adicionam protecção antimicrobiana permanente para vestuário desportivo, resistindo a lavagens sucessivas (300 ciclos a 60 °C). Para o controlo da formação de odores, estes masterbatches podem ser combinados com a tecnologia PURE patenteada pela HeiQ (Suiça). Os novos masterbatches Bluesign® e Oekotex® adicionam prata ao polímero e a libertação de iões de prata confere às fibras um efeito antimicrobiano permanente, prevenindo a formação de odores.

Masterbatches Masterbatches retardantes antimicrobianos para para tubos corrugados fibras de poliéster A Tosaf (Israel) anunciou uma nova gama de masterbate poliamida ches "verdes" para a produção de tubos corrugados para

rPET melhorado Outro desenvolvimento recente da Sukano é uma gama de aditivos para melhorar as propriedades do rPET (PET reciclado), aproximando-o das propriedades do PET virgem e permitindo maiores incorporações de rPET. A aditivação melhora as propriedades de processamento, mecânicas e ópticas, garante a Sukano, que fornece soluções à medida das necessidades de cada aplicação do rPET, incluindo masterbatches slip/antiblock, agente expansor e outros. O transformador pode usar os vários masterbatches individualmente ou combiná-los.

Branco mais branco Para as aplicações de PET que exijam um branco opaco e brilhante, tais como tabuleiros e filmes para revestimento, a Sukano tem um masterbatch branco especial. Dispersa bem e produz o efeito óptico desejado com uma baixa dosagem. 6 Fev/Mar

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Clariant

ColorForward™ 2014 O Guia de Cores 2014 da Clariant – ColorForward 2014 – está disponível. É um indicador para designers e produtores de artigos de consumo que pretendam saber as tendências e cores da moda. O guia já vai na sua 8ª edição. Na origem do guia está a pesquisa conjugada de um grupo de peritos de várias indústrias. Para além das cores, são indicadas tendências “societais”. Para este ano, o painel de peritos identificou as seguintes: “Keep It Real” – os consumidores querem produtos e marcas tangíveis e transparentes. Uma das cores do guia – “genuine” - exprime esta ideia, com a reminiscência da percepção e sabor de uma azeitona. “Re|use|full” – à saída da recessão, o consumidor está farto e desapontado com os velhos hábitos de desperdício, e valoriza tudo o que seja durável e reaproveitável. “There to Share” – o uso geral das redes sociais e da internet cria um sentido de aproximação, de colaboração e de partilha. “Vamos Jogar Bola” – expressa na língua portuguesa, esta tendência está obviamente relacionada com o Brasil, o modo de ser do povo brasileiro e a visibilidade que vai ter devido ao mundial de futebol. A cor que melhor exprime esta tendência é o verde “Tapirapé Splash”. As tendências e cores encontram correspondência nos masterbatches de cor comercializados pela Clariant. O mesmo guia de cores está também disponível numa versão para fibras e têxteis: ColorForward Interiors.

3B

Fibras de vidro A 3B, fabricante de fibras de vidro lançou a nova gama de fibras de vidro DS 8800-11P compatíveis com contacto alimentar e destinadas a reforçar termoplásticos de alta temperatura como PES, PSU, PESU, PPS, PEI, PEEK, etc.. Para além de peças e artigos destinados a contacto alimentar, estas novas fibras são também indicadas para aplicações nos sectores automóvel, peças técnicas, aerospacial, etc.. A fibra DS 1135-10N foi entretanto lançada para reforço de poliamidas PA6, PA66, PA610, copolímeros PA6/66 e PA semi-aromática, sobretudo para aplicações auto e eléctricas. Nº 70 Março 2014

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matérias-primas Corbion Purac

Filmes de PLA resistentes a altas temperaturas A Innovia, produtor de filmes e a Corbion Purac, produtor de ácido láctico e derivados, juntaram forças para desenvolver um filme de PLA transparente e resistente a altas temperaturas. Está vencido um dos principais obstáculos à utilização do PLA em múltiplas aplicações no sector da embalagem flexivel. Estes novos filmes têm estabilidade térmica similar à dos filmes de PET e por isso podem suportar as temperaturas de esterilização e outros tratamerntos térmicos. Também se podem usar os novos filmes de PLA em aplicações industriais como filmes de protecção, janelas e ecrãs de smartphones. Na base deste novo PLA estão monómeros de ácido láctico produzidos a partir de fontes renováveis sem modificação genética, tais como a cana de açúcar. O homopolímero de PLA já provou a capacidade para suportar água a ferver, igualando outros polímeros baseados no petróleo.

Multiplicam-se as aplicações do PLA. A SUPLA e a Kuender desenvolveram o primeiro de écran táctil com a parte opaca injectada em PLA branco de alto brilho, com elevada resistência mecânica e ao risco (ver caixa na página seguinte). A OS-Tech desenvolveu uma peça em PLA para as cabeças de impressoras de jacto de tinta e para os tinteiros. Desenvolveu também um conjunto inovador de altifalantes também fabricados em PLA. 8 Fev/Mar

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stand. A WinGram apresentou tampas de PLA resistente à temperatura, para copos de bebidas quentes. Da colaboração entre a Wder e a Zawatz surgiu uma nova linha de mobiliário com design idêntico à madeira, fabricado em PLA reforçado com fibras naturais.

O sector automóvel também está a ser conquistado pelo PLA. A Corbion Purac apresentou na K 2013 uma nova caixa de filtro de ar e várias peças para interiores de automóveis fabricadas em compostos de PLA com base nos lactidos da gama Plantura™. Esta gama foi desenvolvida especialmente para aplicações duráveis, com hidrólise melhorada e resistência até 140 °C com reforço com fibras. As peças apresentadas na K 2013 são fabricadas pela Röchling Automotive. A Synbra e a TECNIQ desenvolveram a primeira prancha de surf em espuma rígida de PLA, com um processo patenteado. As propriedades são similares às do EPS e a nova espuma pode ser usada em aplicações de embalagem e isolamento térmico. Outro desenvolvimento precursor é o dos ladrilhos para pavimento que resultam de um projecto conjunto das empresas Desso, Bonar, Peter Holland, Synbra e Corbion Bonar.

São também múltiplas as aplicações que evidenciam as possibilidades de coloração do PLA. A Pezy utilizou PLA com masterbatches da Peter Holland para injectar peças de alto brilho e cores vivas para aplicações domésticas. Empresas como a Grabio, DJ Toys e a Gigo utilizaram o PLA para peças de brinquedos como um impulsor de moinho de vento ou uma consola para crianças.

A Huhtamaki desenvolveu uma chávena de café em PLA capaz de suportar altas temperaturas e de substituir os copos de PS. As novas chávenas foram utilizadas pela Corbion Purac para… servir café no

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matérias-primas SunChemical

Tintas para plásticos A ColorFabb (Helian Polymers) utiliza filamento de PLA como alternativa ao filamento de ABS para produzir peças coloridas pelo processo de impressão 3D. A Yangtze Labre está a comercializar uma gama de filamentos e tecidos não tecidos de PLA. Estas fibras têm elevada absorvência e respirabilidade, em combinação com o toque suave. Definitivamente, o PLA está a ganhar terreno com grande diversidade de desenvolvimentos e aplicações: a Biotec e a FKuR têm-se distinguido como fabricantes de compostos. A Biotec com a gama de compostos Bioplast 2200 para aplicações duráveis fabricadas por injecção.

A FKuR com compostos para extrusão de filmes e outras aplicações de embalagem. A Corbion Purac e a BASF associaram-se na Succinity para produzir ácido succínico. A Hisun usa o Lactido L da Corbion Piurac para produzir o PLA estereoquimicamente puro (também referido como PLLA). A SUPLA, em conjunto com a Sulzer Chem investiu numa fábrica de PLA. A Corbion Purac está a disponibilizar resinas de PDLA que podem ser usadas como nucleante para aumentar a velocidade de cristalização do PLLA ou para fabricar PLA estereocomplexo. A tecnologia PLLA e PDLA está, aliás, na origem das várias aplicações duráveis referidas neste texto.

A SunChemical, um dos maiores fabricantes globais de tintas de impressão, estreou-se na K 2013 com a apresentação de várias gamas de tintas específicas para o sector, incluindo produtos e soluções para a "electrónica impressa", "tintas funcionais" e soluções de decoração para o sector automóvel. As tintas serigráficas industriais SunHytek foram formuladas para as exigências de impacte visual e durabilidade, que se colocam sobretudo para aplicações como a decoração de painéis de instrumentos em automóveis. São especialmente resistentes à humidade e às etiquetas auto-adesivas. A gama de brancos e pretos de alta densidade, em versões de base solvente e UV dão resposta aos requisitos industriais.

PLA na electrónica de consumo As fotos nada teriam de especial se o plástico branco que envolve o tablet PC não fosse PLA, polímero de ácido láctico, produzido a partir de origem vegetal (cana de açúcar). A SUPLA, fabricante das peças optou pelo PLA não só pelo seu perfil ambiental renovável e reciclável, mas também pelo indispensável desempenho técnico deste novo material: elevada resistência mecânica, acabamento brilhante, processamento estável e preciso. A Kuender, OEM/ODM de electrónica de consumo viu nesta ideia uma oportunidade para se distinguir num mercado sedento de inovações e apostou no desenvolvimento de combinações de PLA capazes de satisfazer as exigências do sector da electrónica de consumo. Para além das ligas de PLA, desenvolveu técnicas de injecção específicas para lidar com o novo material.

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Para a produção de cartões laminados, a SunChemical propõe a gama SunCarte, que inclui tintas para serigrafia e offset, adesivos e vernizes. Destacam-se nesta gama as características de elevada ligação/laminação, a consistência da reprodução de cores e a disponibilidade de cores metálicas.

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matérias-primas

Breves A DOW Polyurethanes aumentou a capacidade de produção de poliol e copolímeros da fábrica de Freeport (Texas, EUA), com tecnologia de catalisadores DMC, destinados à produção de revestimentos, adesivos e elastómeros para o mercado norte-americano. A Victrex Polymer Solutions focou a sua presença na K 2013 no tema da substituição de metais, evidenciando as vantagens do PEEK em resistência, facilidade de processamento, versatilidade de design e custos. A Songwon (Ulsan. Coreia do Sul) lançou a gama de estabilizantes SONGXTEND™ para poliolefinas. A gama inclui estabilizantes de uso geral para PP e estabilizantes para finalidades específicas para peças auto.

A RTP Company lançou uma nova gama de compostos com propriedades retardantes para aplicações de canalização de ar com requisitos UL 2043. Os compostos podem basear-se em poliolefinas, poliamidas ou outros plásticos técnicos.

Solvay

PA para dispositivos eléctricos A nova poliamida Technyl® One da Solvay agrega propriedades de fluidez e processamento que permitem aos fabricantes de material eléctrico prosseguir a tendência de miniaturização. O melhor desempenho eléctrico torna este novo material adequado para aplicações como disjuntores e contactores de alta tensão. A Schneider Electric é um dos fabricantes que ensaiou e adoptou a nova poliamida. As aplicações piloto incluem mini-disjuntores, disjuntores em caixa moldada e também contactores. Além da personalização do material para os requisitos específicos do produto final, incluindo amostragem de cor, a Solvay Engineering Plastics também apoia os seus clientes com suporte de design e testes. Em contraste com matrizes de alta temperatura, a Technyl® One permite ampla janela de processamento, preenchimento preciso e bom aspecto superficial, mesmo com 50% de reforço de fibra de vidro. Além disso, não há efeitos de corrosão dos moldes e máquinas de injecção, assegura a Solvay.

O primeiro grau de Technyl® One apresentado pela Solvay Engineering Plastics é uma solução retardante de chamas, não halogenada, com avaliação UL94 V0 em espessura de parede de somente 0,4 mm e propriedades de envelhecimento térmico sem precedentes (RTI - indicador térmico relativo - eléctrico de 150ºC).

A Emery Oleochemicals (Loxstedt, Alemanha) investiu 20 milhões de euros num centro de desenvolvimento de aditivos baseados em fontes renováveis e reforçou a aposta nos "aditivos verdes" com o aumento da capacidade de produção em Loxstedt e a construção de uma fábrica na Malásia. A Emery comercializa aditivos sob as marcas LOXIOL®, EDENOL® e EMEROX®. 10 Fev/Mar

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Solvay

Barreira para tubos A nova PA 6.10 Technyl® eXten D 236AL da Solvay supera as propriedades térmicas das PA 12 e é recomendada para aumentar a durabilidade e resistência dos tubos à radiação UV. A principal aplicação deste novo material é o revestimento-barreira de tubos de alumínio em circuitos de refrigeração e ar condicionado, como alternativa ao cobre, designadamente em electrodomésticos, automóveis e edifícios. A Solvay destaca a elevada fluidez, a boa adesão a metais, a alta resistência química, a baixa absorção de humidade, a resistência à radiação UV, e também o facto de se tratar de uma poliamida obtida a partir de materiais renováveis. As pripriedades barreira aos fluidos são essenciais para assegurar a protecção contra oxidação e corrosão.

SUKANO

Slip/Antiblock para poliamidas Há 25 anos, a Sukano inventou o concentrado slip/antiblock para poliéster. Recentemente, lançou no mercado um novo concentrado transparente e isento de silicone para poliamida. É indicado para filmes de PA que devam ter propriedades ópticas e mecâncias especiais.

Ashland

Resinas Aropol para turbinas offshore A primeira turbina eólica offshore instalada ao largo da costa da América do Norte foi fabricada com resinas Aropol™ da Ashland Performance Materials. Trata-se de uma turbina protótipo, à escala, em que a tradicional torre metálica deu lugar a uma torre em compósito, mais leve e mais resistente à corrosão. Nº 70 Março 2014

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impressão 3D Mais cedo do que se pensa, as impressoras 3D serão equipamento "de

rotina" na generalidade das indústrias de plásticos. Há bem poucos anos, esta afirmação seria visionária. Hoje, já não há razões para duvidar. Dos protótipos realistas ou funcionais às pequenas séries, a impressão 3D e a "fabricação aditiva" já está a gerar novas utilidades, soluções e modelos de negócio. Por isso, a REVIPLAST dedica-lhe uma boa parte desta edição.

Que resta dos laboratórios fotográficos onde se entregavam os rolos "para revelar"? Desapareceram num ápice quando surgiram as máquinas automáticas de revelação. Depois, com a chegada da foto digital, a "revelação" deixou de fazer parte do vocabulário dos amadores da fotografia (ou pelo menos da maior parte deles). O próprio conceito de "máquina fotográfica" é um conceito vago, porque até os tablets, os smartphones e os vulgares telemóveis tiram fotografias... Com a chegada da impressão 3D e a sua rápida expansão, algo de semelhante começou a acontecer. Os pequenos brinquedos, acessórios de vestuário ou moda ou qualquer outro objecto antes produzido por injecção podem ser produzidos "na hora", por medida e "a la carte". Com alguma imaginação, software de desenho, impressora 3D e materiais compatíveis, uma pequena loja poderá vender bonecos, pulseiras, ganchos para o cabelo, brincos ou mesmo uma tampa de telemóvel para substituir uma que partiu…Isto significa que a impressão 3D low cost (que já existe - ver artigo nesta edição) pode ser uma ameaça para os fabricantes desse tipo de peças e sobretudo para os importadores de peças que vêm da Ásia.

Impressão 3D Há que

estar atento

Mais relevante ainda é a entrada da impressão 3D no mercado "profissional". Não é por acaso que uma das mais conhecidas empresas construtoras de máquinas de injecção colocou no mercado uma máquina de fabricação aditiva (ver artigo nesta edição). Ao incluir a impressão 3D no seu portefólio de soluções, essa empresa está a dar um sinal de complementaridade e a transformar uma potencial ameaça numa oportunidade. A impressão 3D profissional já permite produzir protótipos funcionais e realistas em pequenas ou médias séries, a cores e sem pós-processamento (ver os vários artigos incluídos nesta edição). E também permite fabricar moldes protótipo, reduzindo drasticamente os tempos e os custos de desenvolvimento de novos produtos ou de pequenas séries (ver artigo nesta edição). O tema da impressão 3D envolve pelo menos quatro ângulos de análise: as impressoras 3D, cada vez mais potentes e comercialmente acessíveis, os materiais, em que se destacam o ABS e o PLA (para além das expectativas quanto a metalóides como o "grafeno" - ver artigo nesta edição), o software de criação e alteração de modelos, desenvolvido pelas empresas especialistas em CAD3D e pelos fornecedores de equipamentos e, finalmente, as estratégias e modelos de negócios para tirar partido desta tecnologia. Tudo isto não vai passar ao lado das indústrias de plásticos e moldes. Vai passar-se DENTRO do sector. Há que estar atento. 12 Fev/Mar

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impressão 3D

408,5 M USD O mercado global das matérias-primas plásticas para impressão 3D poderá passar de um valor de 70,5 milhões de dólares (M USD) em 2012 para 209,6 M USD em 2018, com um aumento médio anual de 19,9% entre 2013 e 2018, prevê a Markets & Markets num relatório recente. O ABS e o PLA, à frente das poliamidas e dos fotopolímeros, são os principais materiais para impressão 3D, numa lista que também inclui metais (aço, prata, ouro, titânio, alumínio), cerâmicos (vidro, sílica, quartzo), ceras, têxteis e papéis. Em conjunto, os materiais para impressão 3D poderão vir a

representar um volume global de negócios de 408, 5 M USD. O maior mercado da impressão 3D está na América do Norte (dados de 2012), seguida da região Ásia-Pacífico. Em conjunto, as duas regiões representaram 68% do mercado em 2012. As previsões de crescimento até 2018 são desiguais: 27,6% ao ano na região Ásia-Pacífico e 15,7% na Europa. Pelo lado da oferta, o mercado conta com numerosos fornecedores, mas 75% das vendas são realizadas por apenas quatro empresas: 3D Systems (EUA), Stratasys (EUA); Arcam (Suécia) e ExOne (Alemanha).

Software cada vez mais fácil Quando a Microsoft incluiu a funcionalidade "3D printing pipeline" no Windows 8.1, em meados de 2013, tornou-se claro que a impressão 3D vai ser mais um "standard" generalizado. Ficheiros 3D prontos a enviar para impressoras 3D, tais como os criados pela aplicação 123Design da Autodesk, podem ser enviados por correio electrónico e o destinatário pode abri-los e usar a função "imprimir" para iniciar a impressão 3D.

ABS para impressão 3D A LG Chem (Coreia do Sul) investiu no negócio do ABS para impressão 3D.

Por enquanto, é um nicho de mercado, comparativamente aos principais mercados de aplicações do ABS, mas a LG Chem vê na impressão 3D um elevado potencial de crescimento de vendas. A LG Chem vende o ABS em matéria-prima a empresas que o transformam para ser utilizado nas impressoras 3D. Entre os clientes finais está a Stratasys.

O processo de criação das malhas e camadas para a impressão 3D pode ser totalmente automatizado e "oculto" para o utilizador. A Autodesk mostrou que isso é possível e foi ao ponto de disponibilizar uma "app" gratuita, a 123Design. Para mais informação sobre esta aplicação, clicar nos ícones ao lado.

Inovação na produção de moldes protótipo A CODI organiza um evento de apresentação de tecnologias inovadoras de produção de Moldes Protótipo, que terá lugar já no dia 26 de Março. Cada vez mais, as tecnologias, o aumento da produtividade e a inovação são variáveis que captam o interesse das empresas, dado o ambiente de constante mudança e exigência do mercado. A tecnologia Polyjet, com vantagens demonstradas de custo e rapidez de fabrico de moldes protótipo, além das suas valências na produção de protótipos de alta resolução, apresenta-se como uma excelente solução para a indústria. Nº 70 Março 2014

Durante este evento, os participantes poderão ficar a conhecer a impressora 3D Objet 500 Connex 3, a única que lhe permite imprimir modelos com múltiplos materiais e múltiplas cores. Permite ainda obter peças com variadíssimas combinações entre os diferentes materiais rígidos, flexíveis e transparentes (materiais digitais) numa só impressão. A inscrição neste evento pode ser solicitada, clicando num dos ícones anexos.

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impressão 3D Stratasys

Impressão 3D multi-material a cores A nova impressora Objet500 Connex3 Color marca uma nova etapa no campo da fabricação aditiva por impressão 3D. A possibilidade de lidar com vários materiais e de criar objectos com várias cores vai mudar o design, a engenharia, a produção de protótipos e os próprios processos de produção. Podem combinar-se materiais rígidos e flexíveis, opacos e transparentes, na mesma etapa, o que abre caminho a características inéditas de protótipos funcionais e de pequenas séries de peças. Com esta impressora, é agora possível reproduzir cores vivas e obter acabamentos de superfície finais, sem necessidade de pintura posterior. Os processos de prototipagem, como auxiliares da decisão de validação, podem tornar-se mais rápidos e económicos. O protótipo é mais realista, antecipa com mais fidelidade a peça final e é obtido em menos tempo com menos custos. A nova impressora Objet500 Connex3 Color permite criar, por exemplo, protótipos de óculos, combinando material opaco e transparente, objectos totalmente flexíveis ou com partes rígidas e flexíveis. Como a criação dos protótipos é feita numa só passagem, o processo é rápido. A validação pode ser feita com a observação e manipulação de várias alternativas criadas na impressora. A escolha do design e das cores

14 Fev/Mar

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pode agora ser tomada com protótipos realistas e funcionais, sem ter que se recorrer aos métodos de produção mais demorados e dispendiosos. As fotos que acompanham este artigo representam protótipos produzidos com esta impressora.

Na base desta nova impressora 3D está uma tecnologia inovadora de triplo jacto que aplica três matérias-primas diferentes na mesma passagem. Consoante as necessidades, podem combinar-se materiais rígidos, flexíveis, opacos e transparentes, bem como materiais de alta temperatura para simular plásticos de engenharia. São possíveis de realizar centenas de cores vibrantes.

parte: gama "Vero" (várias cores, translúcidas e opacas), "Tango" (material flexível similar a borracha, translúcido e opaco), MED610, ABS Digital (marfim e verde), RGD430 (rígidos), RGD525 (altas temperaturas), RGD720 ("FullCure"). A Stratasys fornece uma paleta de cores que auxilia a escolha dos materiais a utilizar consoante as cores que se pretende aplicar na peça. Com apenas três materiais por exemplo, VeroCyan, VeroMagenta e VeroYellow - podem obter-se centenas de combinações de cores. A área máxima de impressão 3D é de 490 x 390 x 200 mm, suficiente para a esmagadora maioria das peças. Para produzir protótipos com dimensões maiores, a peça pode ser segmentada.

Da lista de materiais que se podem usar com esta impressora fazem

A Trek Biclycle, fabricante de bicicletas de Waterloo (Wisconsin,

Jacto tri-material

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impressão 3D

EUA) foi um dos primeiros utilizadores da impressora Objet500 Connex3 Color. Nesta empresa, o desenvolvimento de bibicletas mais leves, mais aerodinâmicas e atractivas faz com que a prototipagem seja indispensável. A tecnologia de impressão 3D permitiu substituir os processos tradicionais de maquinação CNC de protótipos, que eram demasiado demorados. Com a nova impressora, os processos de desenvolvimento de novos componentes das bicicletas tornaram-se rápidos, iterativos e realistas. A diversidade de materiais permite não só avaliar os efeitos de cores, mas também produzir protótipos funcionais para serem submetidos a testes. A gama de materiais inclui materiais com rigidez Shore A27 a Shore A95, bem como materiais resistentes a altas temperaturas. O ABS é um dos polímeros mais conhecidos e utilizados na indústria de plásticos. A versão digital deste polímero é o principal material utilizado nas novas impressoras 3D.

Simular a injecção multi-material Ao longo dos últimos dez anos, generalizaram-se as aplicações industriais da injecção bi e multi-material, permitindo efeitos gráficos por contraste de cores e efeitos tácteis por contraste entre materiais rígidos e flexíveis. Com as novas

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possibilidades abertas pela impressora Objet500 Connex3 Color, a tecnologia de impressão 3D pode simular o resultado da bi-injecção ou tri-injecção, quer em termos de cores, quer em termos de contraste rígido/flexível. Para mais informação sobre esta impressora, clicar no ícone ao lado. Para ver esta nova impressora em acção, clicar no segundo ícone. A Stratasys Ltd está sediada em Minneapolis (Minnesotta, EUA) e em Rehovot (Israel) e detém as patentes das tecnologias FDM® e PolyJet™ para impressão 3D directamente a partir de ficheiros CAD 3D, para além de mais de 500 outras paten-

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tes. Emprega mais de 1700 pessoas e tem visto a sua capacidade de inovação tecnológica reconhecida em mais de 20 prémios.

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impressão 3D 3D Systems

Impressora 3D a cores A 3D Systems (EUA e Alemanha) lançou em Dezembro de 2013 a impressora 3D profissional ProJet® 4500 Fullcolor Plastic, capaz de produzir peças plásticas, modelos e protótipos funcionais, numa só passagem e a cores, com alta resolução e materiais rígidos e semi-rígidos. A impressora ProJet 4500 baseia-se na tecnologia CJP (ColorJet Printing) da 3D Systems e beneficia de uma nova gama de materiais VisiJet® C4 Spectrum, que permitem obter peças rígidas e semi-rígidas de alta resolução, com cores com definição tipo Pantone e acabamento de superfície superior, combinando os tons ciano, magenta e amarelo, pixel a pixel. Está disponível uma palete de 2.000.000 cores. O novo processo de produção de peças e protótipos reduz as perdas e resíduos de material, até porque inclui a reciclagem de material no próprio processo. As peças coloridas saem da impressora sem necessidade de pós-processamento ou pintura. Produtos de consumo ou uso doméstico, brinquedos, artigos coleccionáveis, artigos de uso médico, modelos para arquitectura, acessórios de marketing ou moda, etc. são algumas das aplicações possíveis para esta tecnologia de impressão 3D a côres.

Seminário 3D PRINTING 2.0 Integrado numa iniciativa mundial lançada pela 3D SYSTEMS para apresentar as novas soluções avançadas de design e fabrico com tecnologias de impressão 3D, o seminário 3D PRINTING 2.0 chega a Portugal e tem datas marcadas para os dias: - 27 de Março, em Leiria, nas instalações da Isicom - 03 de Abril, em Lisboa (em local a definir) - 10 de Abril, em Aveiro, nas instalações da Isicom Neste seminário, serão divulgadas novidades em impressão 3D Color Jet – agora também em plástico; Impressão 3D Multi Jet, com bi-material e mistura de materiais; Fabrico de grandes dimensões com performance e qualidade SLA; Impressão 3D SLS de peças com qualidades semelhantes a injecção; Impressão 3D Direct Metal numa larga gama de metais e cerâmicas; Opções para impressão 3D de joalharia e próteses dentárias; Impressoras 3D multi-material para o consumidor pro, abaixo de 5.000. Os participantes poderão adquirir e actualizar informação sobre a escolha da impressora 3D mais adequada para cada aplicação e sobre a evolução futura desta tecnologia. Para solicitar mais informação sobre o seminário 3D printing 2.0, clicar na imagem.

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A 3D Systems inventou as impressoras 3D baseadas na tecnologia CJP em 1994. Actualmente, as impressoras CJP estão entre as mais conhecidas no mercado profissional. Clicando no ícone ao lado, pode ver-se um pequeno filme de apresentação desta tecnologia. Para mais informação, clicar no segundo ícone.

NPE3D durante a NPE 2015 A próxima feira de plásticos NPE 2015, que se realizará nos dias 23 a 27 de Março em Orlando (Florida, EUA) incluirá um evento específico dedicado à impressão 3D A NPD3D, com exposição e conferência internacional. O evento deverá passar a realizar-se anualmente (enquanto a NPE é trienal), reflectindo o interesse crescente das indústrias de plásticos pela tecnologia de fabricação aditiva. Para mais informações sobre este evento, clicar no ícone ao lado.

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impressão 3D BEEVERYCREATIVE

Impressora 3D made in Portugal BEETHEFIRST 3D é o nome da primeira impressora 3D desenvolvida pela BEEVERYCREATIVE (Gafanha d'Aquém) e apresentada no 3D Printshow de Londres e de Nova Iorque.

Trabalha com filamento de PLA de 1,75 mm, aplica camadas de 100 µm (alta resolução) a 300 µm e tem uma área de impressão de 190mm x 135mm x 125mm. Destaca-se pelo design e pela facilidade de transporte. É compatível com os principais sistemas operativos (Windows, Linux, Mac OS X). É fornecida com o software BEESOFT (open source). Para ver esta impressora em acção, clicar no ícone ao lado. A BEEVERYCREATIVE comercializa a impressora e também os

Moldes rápidos e baratos Um molde convencional pode custar dezenas de milhares de euros e um tempo de espera de semanas. Um molde impresso (3D) pode custar alguns milhares de euros e um tempo de espera de horas ou dias. Para pequenas séries ou séries teste, as vantagens são evidentes. Mas…há sempre um mas: há que contar com imperfeições do processo e com os custos das iterações. Por enquanto, ainda não é possível replicar nos moldes impressos a tolerâncias apertadas dos moldes convencionais. Os moldes impressos podem ser usados nos vários processos: injecção, extrusão-sopro, termoformagem, vácuo, etc. Os processos, e

sobretudo a temperatura a que os moldes irão ser repetidamente sujeitos, determinam o material a usar na impressão de moldes. Se o parâmetro crítico for a temperatura, é natural que se recomendem materiais de elevada resistência térmica com as polifenilsulfonas (PPSF/ PPSU) ou o polieterimida Ultem 9085 (SABIC). Se requer maior resistência à impressão e ao impacto, então a recomendação poderá orientar-se para as ligas de PC-ABS (policarbonato e acrilonitrilo-butadieno-estireno). Para aplicações gerais, o "ABS digital" tem as características adequadas. Clicando no ícone ao lado, pode ver-se a produção de uma peça protótipo numa máquina de injecção convencional, usando moldes de "ABS digital". Para mais informação sobre materiais para impressão 3D, clicar no segundo ícone.

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filamentos de PLA, com várias opções de cores. Para ver a lista de características completa, clicar no ícone ao lado.

Packaging design A impressão 3D pode ser uma ferramenta valiosa nos processos de venda de embalagens e de desenvolvimento de novas embalagens. Frequentemente, os dois processos estão interligados, sobretudo quando o cliente não escolhe um modelo de catálogo nem traz consigo o modelo que quer. O processo de packaging design é então "colaborativo" e "iterativo". Há muito que existem programas que geram imagens fotorealistas das embalagens, simulando formas 3D, cores, reflexos e até a colocação dos rótulos. Há muito que existem sistemas de prototipagem rápida que produzem "mockups" em tamanho real, para que o cliente tenha nas mãos a forma da futura embalagem. Com a chegada das impressoras 3D, os protótipos podem ser ainda mais realistas, em forma, textura, côr e transparência. índice

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impressão 3D Stratasys

Moldar plásticos com moldes de plástico A tecnologia de impressão tridimensional (3D) permite produzir moldes ou detalhes de moldes para injecção de plásticos. Para que se possam injectar peças de plástico com moldes de plástico é necessário combinar a tecnologia de fabrico aditivo (impressão 3D) com materiais que suportem as condições mecânicas e térmicas do processo de injecção. Esta é a ideia de base dos moldes PolyJet fabricados em ABS pelas impressoras 3D ObJet, da Stratasys (EUA). Os moldes PolyJet, com o recurso a materiais plásticos, constituem-se como uma alternativa lógica para protótipos e pequenas séries, ao contrário dos moldes de aço que suportam grandes séries. A impressão 3D convencional é ideal para prototipagem e séries até 10 peças. Entre as 100 e as mais de 10 000 peças, são os moldes de alumínio os mais acessíveis, quando comparados com os de aço. Para séries de 10 a 100 peças, tem ao

seu dispor diversas alternativas como a maquinação de termoplásticos ou os moldes de silicone (termofixo). Segundo a Stratasys, a tecnologia PolyJet oferece vantagens no segmento entre as 10 e as 100 peças, quer em termos de custo dos moldes quer em termos de custo por peça. Os moldes de ABS podem fabricar-se em horas, enquanto os moldes de alumínio requerem vários dias. Por outro lado, o processo é compatível com processos de desenvolvimento com várias iterações e com peças de geometria complexa. As peças-protótipo são fabrica-

das no mesmo material e com o mesmo processo das peças de série. O processo de impressão 3D permite fabricar moldes por camadas sucessivas de 30 µm, com paredes e detalhes finos e com precisão na ordem de 0,1 mm. O ABS tem resistência térmica e fluidez adequadas para este processo. A tecnologia dos moldes de ABS produzidos pelo processo PolyJet da Stratasys foi testada na Irlanda pela Nypro Healthcare. A experiência permitiu identificar os parâmetros a alterar no processo de injecção, designadamente o nível e o tempo de pressão. A experiência em condições reais foi bem sucedida e demonstrou o potencial do processo PolyJet para as etapas de desenvolvimento, prototipagem e avaliação de peças plásticas. A tecnologia do “ABS Digital” da Stratasys reduz drasticamente os tempos e custos de prototipagem. Para mais informação sobre este processo, clicar no ícone em baixo.

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automóvel

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impressão 3D

Novos materiais para impressão 3D do grafeno ao 3DTDS A generalização dos processos de impressão 3D e fabricação aditiva coloca na agenda a procura de novos materiais. Da prototipagem às pequenas séries, estes processos necessitam de um material que permita obter o melhor acabamento possível. Em 2004, um grupo de cientistas da Universidade de Manchester (Reino Unido) descobriram o grafeno, um novo material obtido a partir da grafite. Recentemente, a American Graphite Technologies (AGT) estabeleceu uma parceria com a Academia de Ciências da Ucrânia e o Instituto Kharkiv de Física e Tecnologia para desenvolver tecnologia de impressão 3D que usa o grafeno como principal material. O grafeno apresenta uma dureza superior à do diamante e do aço. Os átomos de carbono que formam o grafeno interligam-se de forma impenetrável. Por mais finas que sejam, as peças de grafeno são mais fortes que qualquer outro material até agora usado em impressão 3D. Outra diferença relevante é o facto de o grafeno ter propriedades condutoras da electricidade superiores às do cobre. Isto significa que, com o grafeno se podem imprimir écrãs de TV, PCs ou telemóveis. Apesar da sua dureza e resistência, o grafeno é um material altamente flexível, que pode tomar a forma que se desejar. E pode também ser dobrado, estirado ou torcido, o que significa que pode ser usado para fabricar peças destinadas a ter um comportamento similar ao da borracha. Outra característica é o baixo peso. O ABS e o PLA são os principais materiais actualmente usados na impressão 3D, e reunem características adequadas para muitas aplicações. No entanto, estes materiais têm limitações para peças de grande dimensão. Com o grafeno, essa limitação deixa de ser um problema, porque a resistência mecânica da peça não está dependente da dimensão. Esta característica também confere uma vantagem 20 Fev/Mar

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económica do grafeno. É possível obter peças mais resistentes com menos custo de material. Entre as aplicações possíveis para o grafeno estão os écrãs, componentes electrónicos, sensores e células solares. A AGT prevê numerosas aplicações nos sectores da ciência, saúde e em aplicações militares (sobre as aplicações do grafeno, ver o filme acessível clicando no ícone ao lado). No início, o grafeno era um material 2D, formado por uma unica camada de átomos. Os investigadores estão a desenvolver processos para criar um grafeno com propriedades tridimensionais.

3DTDS Cientistas das universidades de Oxford e Stanford e dos laboratórios Diamond Light Source, Rutherford Appleton e Berkeley Lab's Advanced Light SourceMas os cientistas descobriram um material com estrutura electrónica similar à do

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grafeno mas com três dimensões. A descoberta foi anunciada em 2013: trata-se de um composto de bismuto trisódico (Na3Bi) que dá origem a um semi-metal com topologia tridimensional, designado 3DTDS (three-dimensional topological Dirac semi-metal). O 3DTDS tem as mesmas características do grafeno, mas com mais mobilidade dos electrões, donde advém a topologia tridimensional. Por outro lado, tem propriedades que permitem armazenar e "ler" informação, o que abre o caminho a dispositivos electrónicos mais rápidos (transporte de informação na corrente eléctrica). Por outro lado, este novo material tem uma magnetoresistência muito superior, o que torna possível armazenar muito mais informação, com mais velocidade e menor consumo. No mesmo volume de um disco rígido de 1 terabyte será possível armazenar 10 terabytes. Por enquanto, o 3DTDS ainda é um composto instável, mas os cientistas estão a trabalhar no assunto.

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impressão 3D Arburg

Aposta na fabricação aditiva A Arburg investiu na tecnologia de fabricação aditiva, com o lançamento da impressora "freeformer" e o processo AFK (Arburg KunststoffeFreiformer), durante a feira K 2013, em Dusseldorf. A empresa alemã faz questão de salientar que este lançamento é mais do que mais uma solução de impressão 3D ou estereolitografia. O processo AKF produz peças plásticas sem molde, por deposição de camadas sucessivas, tendo por base ficheiros CAD 3D convertidos em ficheiros STL (ficheiros camada a camada, o formato típico para estereolitografia e outros processos de fabricação aditiva). No equipamento Freeformer, está incluído o cilindro de plastificação (tal como numa máquina de injecção). Mas a partir deste ponto, tudo é diferente: o plástico fundido é doseado gota a gota por um sistema de aplicação gota a gota (é, digamos, um sistema de ink jet adaptado para…jacto de plástico!). O aplicador é estacionário, e é o suporte da peça em fabricação que se desloca para obter a deposição sucessiva das camadas. O equipamento pode ter dois aplicadores e aplicar outros tantos materiais, o que permite fabricar peças bi-material.

Peça bi-material fabricada pelo Freeformer. Neste caso uma combinação de termoplástico rígido e elastómero flexível.

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Na descrição do princípio de funcionamento, o processo não difere da descrição essencial de qualquer processo de impressão 3D. Mas há uma enorme diferença: enquanto os processos de impressão 3D trabalham com materais especiais o processo AKF permite processar polímeros e aditivos standard. A enorme diferença - em material e em preço - faz com que se possa considerar este processo como uma revolução: a Arburg não só criou mais um processo de transformação de plásticos como também criou mais um processo de fabricação aditiva. Clicando no ícone ao lado, ou lendo o código QR, podem ver-se animações do processo AKF. O processo não vai substituir a injecção. Destina-se à produção de protótipos, protótipos funcionais e micro-séries. O processo permite produzir peças bi-material (incluindo combinações rígido, flexível) e com geometria complexa. O suporte da peça é móvel e não apenas nos

O aplicador permanece estacionário, enquanto o suporte da peça se movimenta em 5 eixos.

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O Freeformer da Arburg. Uma combinação inovadora de um cilindro de plastificação com uma "impressora" de jacto gota-a-gota que trabalha com plásticos e aditivos standard!

sentidos X e Y. Com 5 eixos, o suporte pode efectuar rotações e movimentos combinados e complexos, consoante a peça em fabrico. No final, a peça-protótipo ou peça funcional está pronta para a sua finalidade e não precisa de maquinação adicional. O processo AKF não gera poeiras nem fumos e o Freeformer pode ser instalado em ambiente de "sala de exposição". É um equipamento plug and play. Naturalmente não substitui a produção em série (tal como esta não substitui a produção de protótipos ou micro-séries). O processo é lento e incomparável com os ciclos ultra-rápidos da injecção. Com o proceso AKF, torna-se possível produzir peças técnicas de substituição e resolver situações de substituição de uma só peça ou de um número reduzido de peças. O fabricante de plásticos pode ter, lado a lado com unidade fabril de injecção de grandes séries, um "service bureau" para peças únicas e micro-séries. índice

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impressão 3D

Impressão 3D A era low cost A par com os sistemas profissionais e industriais, surgiram no mercado impressoras 3D com capacidade para produzir pequenas peças com considerável precisão e rapidez, e com preços "de combate". Os modelos mais acessíveis têm o estritamente essencial. Em alguns casos, são fornecidas em "kit" para o utilizador montar e não são mais do que uma estrutura de suporte para os componentes essenciais: a bobina do filamento plástico, a cabeça de extrusão-impressão, a mesa de impressão e a electrónica. É o caso da impressora K8200, que está a ser comercializada pelo distribuidor Velleman (Bélgica) a preços na ordem dos 800 euros. A impressora K8200 trabalha com bobinas de filamento de ABS (um plástico técnico bem conhecido) ou PLA (um bioplástico baseado no milho, biodegradável) e tem uma área de impressão de 20 x 20 x 20 cm.

A Felix Robotics (Holanda) também vende impressoras 3D em "kit", com área de impressão de 45 x 50 x 53 cm, com preços a partir dos 999 euros. O tempo de montagem da impressora vai de 4 a 40 horas, em função da habilidade do montador… (ver filme). As impressoras Felix podem trabalhar com filamento de ABS, PLA ou elastómero termoplástico Arnitel (uma borracha sintética da DuPont, baseada em copoliéster).

Clicando no ícone ao lado, pode ver-se esta impressora em funcionamento.

Proliferam os distribuidores de impressoras 3D, há muito por onde escolher. Para ver uma lista de distribuidores, clicar no ícone ao lado.

Noutros casos, a impressora é fornecida montada, mas o conceito é similar: nada de design, apenas os componentes essenciais. É o caso da impressora PiBot 599, apresentada on line pelo distribuidor PiBot (Guangxi, China) a um preço de 599 euros. A dificuldade da aquisição não é o preço, mas a ruptura dos stocks. As impressoras 3D estão na moda e esgotam com facilidade.

A Gadgets3D (Hong Kong e Polónia) vende as impressoras Mendel Max em kit, a partir de 599 euros e anunciou uma impressora Rep-Rap em "kit pré-configurado", a partir de 499 euros.

três cores e que é apresentada a 799 euros pela RePrap. Tem uma área de impressão generosa (47 x 45 x 40 cm), e trabalha com filamentos de ABS ou PLA. O seu funcionamento pode ser visto no filme acessível através do ícone ao lado. O baixo preço consegue-se com a apresentação em kit: todo o trabalho de montagem fica para o utilizador final. A foto mostra o kit da impressora He3D.

Para que servem? Com estas impressoras 3D low cost podem produzir-se peças de pequena dimensão, tais como peças decorativas, peças para jogos, peças técnicas de substituição em situações de emergência ou pequenos protótipos. As fotos mostram algumas das peças que se podem fabricar com as impressoras atrás referidas.

A cores Aumentando o número de cabeças de impressão e os alimentadores de filamento, as impressoras 3D podem ser "policromáticas". É o caso da impressora He3D, que imprime a Vasos decorativos fabricados com a impressora K8200

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Outras peças fabricadas com a impressora K8200

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impressão 3D

Peças fabricadas com a impressora Felix.

Peças de jogos fabricadas com a impressora He3D.

Peça decorativa fabricada com a impressora PiBot 599.

A ter em conta

O comprador não pode esperar que o kit traga qualquer know how associado e todas as experiências, tentativas e desperdícios até chegar à peça que pretende (se lá chegar) são por sua conta. Se uma das peças do kit se estragar, pode ser que a consiga comprar on line. Ou pode ser que tenha que comprar outro kit. O conceito low cost é relativo. A impressão 3D profissional/industrial é uma área diferente. Exige investimento, mas é mais seguro que se sabe aquilo com que se pode contar.

O primeiro facto a ter em conta em matéria de impressão 3D é este: estas impressoras low cost não servem para aplicações industriais. Não se pode esperar destas impressoras que produzam peças com precisão dimensional, nem se podem confiar produções ou protótipos com compromissos de prazo e qualidade a impressoras desta gama. Estas impressoras não foram feitas para o mercado profissional. Quanto muito, podem ser a base de pequenos negócios de artesanato ou soluções para pequenos protótipos ou "peças de emergência", para substituir temporariamente uma roda dentada que se danificou. As impressoras low cost são vendidas sem software. Regra geral têm apenas a ligação (USB) com PC e são compatíveis com um software específico, também ele básico. Para poder tirar partido da impressora 3D, o utilizador tem que ter a peça em ficheiro (formato .stl) e precisa de adquirir um software de slicing, isto é, que "corta" o projecto da peça em "fatias" (cuja impressão sobreposta cria a peça tridimensional). As impressoras acima referidas são compatíveis com o software Repetier Host, da Hot-World (Alemanha). É um software gratuito, disponivel on line (e suportado pela publicidade dos vendedores de impressoras e filamentos e pelas doações dos utilizadores). Por outro lado, o baixo preço tem as suas implicações. Estas impressoras não têm qualquer serviço associado.

Peças com várias cores, fabricadas com a impressora He3D.

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embalagem Sipa

XTREME : produção de pré-formas por injecção-compressão A Sipa (Itália) investiu na tecnologia de injecção-compressão para a produção de pré-formas PET. O sistema XTREME afasta-se dos processos de injecção actualmente generalizados para este tipo de produto intermédio. Segundo a empresa italiana, o novo processo permite retirar até 10% do peso às pré-formas sem lhes retirar propriedades importantes. A redução de peso é crucial para todos os envolvidos: produtores de garrafas, engarrafadores, consumidores e também dos "gestores de resíduos".

Com os processos de injecção "tradicionais" rácios comprimento espessura acima de 50 eram considerados impossíveis, mas o sistema XTREME consegue rácios até 80. O processo de injecção-compressão consegue preencher as cavidades muito finas, mantendo os moldes ligeiramente abertos quando a injecção se inicia e fechando-os quando a dosagem termina. Isto significa menor pressão de injecção, menos força de fecho, mais tempo de vida do molde, menos tensão do material, menor nível de acetaldeído e menor quebra da viscosidade intrínseca do PET.

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Numa pré-forma tradicional, a espessura da base depende mais da cavidade do molde do que do desempenho da garrafa. O sistema XTREME supera essa limitação e com isso torna possível produzir uma pré-forma para garrafa de 500 ml com apenas 6 g. O sistema é especialmente indicado pela Sipa para pré-formas até 1,5 l, mas também pode ser usado para pré-formas de garrafas até 2,5 l. No sistema XTREME, a abertura e fecho do molde operam numa came, e por isso o tempo de ciclo é apenas uma fracção do ciclo de uma máquina de injecção convencional. Além disso, o equipamento trabalha com temperaturas mais baixas e gasta menos 10% da energia de uma máquina de injecção com a mesma produção. Também ocupa menos espaço: uma máquina XTREME com molde de 72 cavidades ocupa apenas 34,5 m2, menos 30 m2 comparativamente à máquina de injecção de pré-formas XFORM, também da Sipa e uma das mais compactas do mercado. O sistema XTREME não é especialmente complexo. Baseia-se em válvulas pneumáticas e o layout mecânico tem semelhanças com os sistemas rotativos de estiragem-sopro. Não usa sistemas hidráulicos, o que representa um benefício em termos de limpeza. A operação pneumática tem menor sensibilidade aos micro-cortes de potência e à qualidade da alimentação eléctrica (um problema recorrente em países em vias de desenvolvimento).

Flexibilidade O novo sistema desenvolvido pela Sipa é também mais atractivo para fabricantes de pré- formas com grande diversidade de produtos. Os moldes são mais leves e mais fáceis de mudar. O tempo para mudar um molde de 72 cavidades de uma máquina XTREME é de cerca de 45 minutos, cerca de uma quarta parte do tempo necessário para mudar um molde com igual número de

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embalagem cavidades numa máquina de injecção. O sistema também permite produzir duas pré-formas diferentes em simultâneo. O controlo de qualidade a 100% pode ser efectuado automaticamente com um sistema optoelectrónico, reduzindo ao mínimo a necessidade de intervenção manual.

Netstal

No XTREME, os moldes são montados em blocos de três num carrossel de alta velocidade servido por uma extrusora. Esta roda continuamente, fornecendo o material aos doseadores instalados sob os moldes, montados na vertical. Não existe sistema de canais quentes no sentido convencional. A pressão envolvida no processo é apenas uma fracção da utilizada num processo de injecção, o que diminui os níveis de tensão na pré-forma, contribuindo para a melhoria das propriedades mecânicas e ópticas. A roda de compressão das pré-formas gira e, antes de completar um cíclo, os moldes abrem e as pré-formas são extraídas por uma estrela de transferência para um arrefecedor, onde irão permanecer até a temperatura ser suficiente baixa para serem armazenadas.

As máquinas PET-LINE 2400 e PET-LINE 4000 representam o mais recente avanço da Netstal na área da injecção de pré-formas PET, uma das especialidades do construtor suiço. Numerosas modificações introduzidas nas máquinas, com destaque para o pacote de accionamento Eco Powerunit, encurtam os tempos de ciclo e reduzem os consumos de energia. A tecnologia de dupla válvula permite velocidades até 2200 mm/s e níveis extremos de aceleração, com o consequente benefício em termos de tempo, quantidade de material e custos de produção.

Injecção de pré-formas PET

Todas estas vantagens valeriam pouco se o sistema não fosse competitivo em termos de custo. A Sipa assegura que o XTREME proporciona economias em peso, energia, material, aditivos e manutenção - suficientes para resultar num custo total de utilização (TCO) "muito competitivo".

Uniloy

Coextrusão-sopro versátil A Logoplaste instalou uma máquina de coextrusão-sopro no seu Innovation Lab dos E.U.A., em Plainfield, Illinois. Trata-se de uma máquina Uniloy/B&W tipo UMS com capacidade para produzir embalagens com capacidade até 5 l e estrutura até 3 camadas a partir da mesma parison. Trata-se de uma máquina mono-estação com versatilidade para produzir diversos tipos e formatos de embalagem. O iLab Plainfield está equipado para o desenvolvimento de embalagens plásticas de vários tipos. Para além da máquina de coextrusão-sopro, o Logoplaste Innovation Lab está equipado com uma máquina de injecção Ferromatik KTEC 85S para desenvolvimento de tampas e pré-formas PET e uma máquina SIPA SFL4/3 de reaquecimento-estiragem-sopro para desenvolvimento de garrafas e validação de moldes, para além de toda uma série de equipamentos de medida e controlo de resistência Nº 70 Março 2014

mecânica, espectofotometria, CMM, análise de perfis de espessura AGR, ensaio de queda, controlo de estanqueidade, etc.. Plainfield é um dos quatro locais do iLab. Fundada em 1976 em Portugal, a Logoplaste foi pioneira na produção in-house, e internacionalizou o conceito "hole in the wall". Tem mais de 60 fábricas espalhadas por 16 países, de 4 continentes, e é um dos 5 maiores produtores europeus de embalagens de plástico rígido. O Logoplast Innovation Lab desdobra-se em quatro locais: dois na Europa (Portugal e Reino Unido), um dos EUA e o quarto no Brasil.

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automóvel KraussMaffei

Inovação no processo RTM para peças reforçadas com fibra de carbono O fabrico de uma peça de cobertura de tejadilho para o automóvel Roding Roadster R1 serviu para demonstrar, durante a K 2013, o novo processo de reacção (RTM) da KraussMaffei. A novidade está na possibilidade de produzir peças reforçadas - fibras de carbono numa matriz de poliuretano - com dimensão considerável 0.6 m² neste caso, prontas para a etapa de pintura sem ter que passar por qualquer tratamento de primário ou pré-pintura. A estrutura de fibras não fica visível à superfície da peça. O novo processo apresentado pela KraussMaffei utiliza a tecnologia C-PLY™ Spread da Chomarat, especialista em reforços têxteis para materiais compósitos. É totalmente automático e a eliminação das operações de polimento também reduz custos. O Roding Roadster R1 é um carro desportivo leve apenas 950 kg, dos quais 120 kg de fibra de carbono com potência de 320 hp. A peça fabricada com a tecnologia da KM tem 2 mm de espessura total e uma camada superficial de 0,2 mm de espessura, com um teor de fibra de carbono na ordem de 50%. A matriz de poliuretano baseia-se no sistema Henkel PU. No centro desta célula de produção está o novo suporte de moldes CMC (compact mold carrier) e a força de fecho de 3800 kN. A área de 1300 x 1300 mm para fixação dos moldes, com um curso paralelo de 250 mm é especialmente indicada para peças auto com dimensão até 1 m². A rapidez dos movimentos de fecho e o elevado paralelismo asseguram ciclos mais curtos sem comprometer a qualidade das peças. A acessibilidade pelos quatro lados facilita a operação e automação. Duas máquinas doseadoras RimStar Nano 4/4 equipadas para processos a alta temperatura (até 80 °C) preparam a matriz de PUR. As bombas com tratamento anti-desgaste das máquinas RimStar são adequadas para processamento de matrizes poliméricas de poliamida (PA), poliuretano (PUR) e resina epoxi. As máquinas contam ainda com um sistema de depósito assistido por vácuo e um sistema de controlo da temperatura de elevada precisão, assegurando estabilidade térmica do material até à cabeça misturadora. O poliuretano para a peça de suporte e para a respectiva superfície é vertido quando o molde está ligeiramente aberto (RTM compressão), o que produz apenas uma 26 Fev/Mar

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fluidez com menos resistência e, consequentemente, uma maior rapidez. Depois o molde fecha para moldar o material. O processo assegura não só a impregnação das fibras, mas também evita que se desloquem. Por outro lado, as relações de enchimento podem ser alteradas sem que isso afecte a pressão ou a qualidade da mistura. As duas cabeças misturadoras estão também equipadas com uma unidade de vácuo e sopro. O molde RTM com polimento de alto brilho conta com um sistema vedante especial. O poliuretano pode ser injectado com apoio de vácuo, mesmo quando o molde está ligeiramente aberto. A máquina pode, no entanto, ser utilizada para um processo de injecção convencional. Um sistema de ventilação específico assegura a distribuição da tinta por todo o molde. Os sensores integrados permitem monitorizar e optimizar o enchimento do molde, com feedback imediato. Finalmente, o sistema de ejecção facilita a operação dos robôs que se encarregam de retirar as peças.

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moldes ELMET e ENGEL

Injecção de silicone com cura UV LED A Elmet (Oftering, Áustria) apresentou na K 2013 (no stand da Momentive Performance Materials) um novo processo de cura de elastómero de silicone líquida (LSR) por luz UV LED, como alternativa aos métodos de cura a altas temperaturas. O novo método faz com que seja possível a co-injecção de LSR com termoplásticos comuns e menos resistentes a altas temperaturas, tais como o PP, o PE ou o PMMA (polimetilometacrilato), em vez de recorrer a termoplásticos mais resistentes a altas temperaturas, como as PA e o PBT. Deste modo, ampliam-se as possibilidades e aplicações para peças compósitas rígido/suave. É o caso de uma saboneteira de PP translúcido com uma base de fixação de silicone. Para fabricar esta peça, a Elmet desenvolveu um sistema completo de produção, contando com a colaboração da ENGEL (tecnologia de injecção) e da Momentive (matérias-primas). O aspecto-chave do novo sistema é um molde inovador, montado numa máquina de injecção standard, neste caso uma máquina ENGEL e-mac 170/50. Neste molde de aço, começa por ser injectado o PP transparente à radiação UV. Depois, a peça é desmoldada e transferida

para uma zona mais elevada do molde, seguindo-se a injecção da base de LSR sobre a peça de PP. Na etapa final de moldação, o componente de silicone é submetido à luz UV, que atravessa a peça de PP. A fonte de luz é formada por lâmpadas LED de longa duração. O ponto de activação e o tempo de emissão destes LEDs pode ser definido em função da reacção de cura, de modo a reduzir o consumo de energia e o tempo de ciclo.

Outro aspecto inovador é a unidade de injecção de LSR, com accionamento pneumático e controlo integrado no sistema de controlo da máquina de injecção. Esta unidade garante precisão, repetibilidade da pressão e velocidade e, por conseguinte a estabilidade necessária para o processo. O sistema doseador compacto TOP 1000 Mini é também uma novidade, assegurando a dosagem precisa de LSR.

HASCO

Travamentos com revestimento DLC Os dispositivos de travamento são usados sobretudo em moldes com múltiplos movimentos de pratos. Podem estar submetidos a cargas elevadas, em função das dimensões da peça e do molde. As novas unidades da HASCO oferecem uma série de opções para encontrar a solução mais adequada a cada caso. Os dispositivos de travamento Z170/…, Z171/… e Z174/… têm revestimento DLC nas superfícies funcionais, de modo a reduzir o atrito e desgaste. São especialmente indicados para células de produção de peças para uso alimentar e médico, dado o funcionamento sem lubrificantes, compatível com os requisitos de sala limpa. Nº 70 Março 2014

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injecção Kaufmann

Injecção, moldação a vácuo e espuma no mesmo molde A Kaufmann melhorou o processo Varysoft para a produção de peças de toque suave e com melhor aperto. Na base do novo processo está a um novo molde multi-função que combina injecção, moldação e relevo a vácuo e formação de espuma. O processo está actualmente a ser utilizado para fabricar a parte direita de um painel de instrumentos para a Hyundai Kia Motor Co. e foi exibido pela ENGEL durante a K 2013, com uma máquina ENGEL duo 3550/650 pico combi M. O novo molde multi-função dá à peça o "efeito grão" durante a fase de formação a vácuo e determina a espessura da espuma de poliuretano (PUR) com a espessura precisa estabelecida. A peça final resulta

com alta qualidade táctil, baixo peso e menos custos de produção. O molde multi-funções para o processo Varysoft está equipado com placas rotativas e opera em duas etapas. Na primeira, a sub-estrutura da peça é injectada na metade estacionária do molde enquanto, em simultâneo, o material decorativo pré-aquecido - neste caso um filme poliolefínico (TPO) - é colocado na segunda metade do molde e pré-formado. A operação de formação a vácuo dá à peça a sua geometria superficial e cria as zonas de transição para diferentes espessuras de espuma e as aberturas para os instrumentos e outros dispositivos do painel. O "efeito grão" desejado e a imitação da

costura decorativa também é formada por relevo no filme de TPO nesta etapa. Finalmentem, o PUR é injectado para o espaço entre a sub-estrutura e o filme, e est\a camada de espuma dá à peça o seu toque suave.

Negri Bossi

Células chave-na-mão A Negri Bossi apresentou 8 células de produção na K 2013, para demonstrar várias aplicações das suas máquinas de injecção com placas duplas, tecnologia toggleclamp e dispositivos Smart Energy. A máquina mais pequena da série de placas duplas é a Bi-Power VH 1000, capaz de assegurar altas velocidades na produção de peças de grande dimensão e geometria complexa. A segunda apresentação foi uma versão de 650 toneladas da máquina Vector, com robô integrado, para produzir discos de PC para faróis dianteiros.

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A terceira foi uma máquina Canbio 210, também com robô Sytrama integrado, para produzir escudos térmicos em PA 66 com 25% de fibra de vidro. Todas as máquinas na gama de forças de fecho de 160 a 500 toneladas são equipadas com as novas unidades de fecho Smart Flex e têm V-rails para guiar a deslocação da placa móvel, criando uma zona de moldação sem óleos. A versão totalmente eléctrica da máquina Vesta 3000 esteve também em exibição. Para além do fecho smart Flex, esta máquina foi equipada com um novo actuador ultra-rápido de rolamentos de esferas, para corresponder às exigências de ciclos rápidos nos sectores médico e embalagem. Outra solução para o sector médico é a versão eléctrica da máquina Eleos 65, uma máquina de placas duplas extremamente compacta que foi demonstrada com a moldação de um componente de seringa em PP.

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A máquina hidráulica EOS 120 com inversor e bomba de capacidade variável, foi demonstrada com uma versão para injecção de LSR. A Negri Bossi apresentou ainda uma célula de produção para fabrico de tubos de ensaio em PET, com máquina de injecção Janus (híbrida), molde de 32 cavidades (Gefit) e alimentadores Piovan.

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injecção Witmann Battenfeld

Opção de accionamento para máquinas MacroPower A Wittmann Batenfeld amplicou a série MacroPower com o modelo 1500, de 1600 toneladas, o maior de sempre desta série, que passa a ter uma extensão de 400 a 1600 toneladas. Desenho compacto, alta velocidade, facilidade de operação e de limpeza são características destacadas pela WB. Na K 2013, foi apresentada uma máquina Macro-Power 500/8800 com tecnologia servoPower a fabricar um colector com 4 aberturas para tubos, com molde ifw Mould tec com dispositivos tiramacho equipados com vávulas P/Q. É uma peça de PP (Borealis) destinada a longa duração (50 anos!), o que requer um processo estável e rigoroso. A ampla distância entre colunas permite instalar o molde com os 4 dispositivos tiramacho. O robô WITTMANN W853 retira as peças e empilha-as. Colector com tubo de bifurcação.

O rendimento e custo-eficiência da máquina MacroPower 1500 resultam também do acionamento ServoPower, do sistema de fecho de dois pratos em combinação com dois cilindros de injecção paralelos e do sistema de bloqueio QUICKLOCK®. Este sistema, integrado no prato móvel, torna possível reduzir a longitude das colunas de fecho.

Molde ifw Mould tec.

MacroPower1100

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MacroPower 1500 equipada com accionamento ServoPower.

Como standard, as máquinas MacroPower são equipadas com motor trifásico com bombas de caudal variável ajustado electricamente. Como opção, podem ser equipadas com o ServoPower apresentado na K 2013, formado por um servomotor de alto dinamismo e uma bomba de pistões axiais ajustáveis electricamente com deslocamento variável. Neste sistema, a entrega é regulada através da velocidade do motor ou do ângulo de rotação da bomba hidráulica. Deste modo, é calculada, para cada ponto de operação, a melhor combinação de eficiência da bomba e velocidade do motor. O consumo de energia é reduzido em cerca de 30% e o ruído é limitado abaixo dos 70 dB.

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injecção Netstal

Duas novas máquinas A máquimna totalmente eléctrica ELION 200 e a máquina EVOS 4500 com accionamento Eco Powerunit integrado foram as duas novidades apresentadas pela Netstal na K 2013. A série eléctrica ELION foi alargada para incluir a variável 2200 de força de fecho. A série caracteriza-se pela precisão, rapidez e tem sido instalada frequentemente em salas limpas. Na K 2013, foi demonstrada com a produção de seringas de PP (Basell) de 1,54 g, com um tempo de ciclo total de 9,6 segundos. A máquina estava equipada com molde de 48 cavidades, fabricado pela Tanner (Suiça), alimentadores-doseadores Motan (Alemanha) e arrefecimento efcooling (Suiça).

A utilização do estado da arte em accionamentos hidráulicos em conjugação com um motor síncrono de velocidade variável permite ajustar o desempenho do accionamento a todo o tempo conforme as necessidades do ciclo de produção. Dependendo da aplicação, esta configuração pode reduzir o consumo de energia até 30% comparativamente aos accionamentos hidráulicos convencionais. A máquina EVOS 4500 apresentada em estreia na K 2013, usa esta combinação, com o accionamento Eco Powerunit idêntico ao da série ELION. Foi demonstrada com um molde de 12 cavidades (Bianchi) para a produção de copos de PS (Edistir), com um tempo de ciclo de apenas 2,5 segundos. O sistema de automação para esta demonstração foi fornecido pela Campetella (Itália). Os alimentadores-doseadores Motan e o arrefecimento efcooling completaram a célula de produção.

Para além das duas estreias a Netstal mostrou a máquina ELION 4200, de 4200 kN de força de fecho, previamente apresentada na feira drinktec 2013. Equipada com molde de 96 cavidades (Schöttli), a máquina produz tampas de PEAD para garrafas com um tempo de ciclo de 2 segundos.

Lüttgens

Sumitomo (SHI) Demag

Numa feira dominada pelas tecnologias de peças leves, a Lüttgens (Heiligenhaus, Alemanha) apresentou uma solução para produzir uma peça híbrida (metal e plástico) para o sistema de fecho da bagageira. É uma peça de 70 mm de comprimento que pesa apenas 13 g. A pequena peça metálica é sobremoldada com poliamida reforçada com fibra de vidro. A Lüttgens também fornece moldes e o sistema de manipulação.

A Sumitomo (SHI) Demag configurou uma célula de produção de ecrãs multi-tácteis, combinando processos IML e IMD. A célula tem por base uma máquina de injecção Systec 210 com 2100 kN de força de fecho. A máquina injecta PMMA sobre filme funcional, posicionado por um sistema IML (in mould labelling) desenvolvido pela PolyIC (Grupo Kurz). Depois, a peça é decorada com um sistema IMD (in mould decoration) desenvolvido pela Kurz. Todas as etapas ocorrem em ambiente de sala limpa ISO 7. As folhas condutoras IML podem ser usadas em ecrãs tácteis para substituir as filhas actuais que são geralmente baseadas no óxido de estanho e índio (folhas ITO). As alternativas às folhas ITO ganham interesse especial com a subida dos preços do índio (metal raro).

Híbridas leves

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Ecrãs multi-tácteis

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injecção Inautom

Recorde europeu nas vendas de máquinas eléctricas A Inautom concretizou a venda da maior máquina de injecção eléctrica alguma vez vendida na Europa: uma máquina JSW 1300 T, fabricada no Japão pela JSW - Japan Steel Works. A JSW tem mais de três décadas de experiência no desenvolvimento e construção de máquinas de injecção e é a única empresa, a nível mundial com uma gama de máquinas eléctricas de 35 a 3000 toneladas de força de fecho. São reconhecidas as vantagens das máquinas eléctricas comparativamente às máquinas hidráulicas. São, em geral, mais precisas, asseguram uma operação mais limpa (ausência de contaminações com óleo), consomem menos energia, têm menos emissões de CO2 e menos custos de manutenção. Como são isentas de óleo, as máquinas eléctricas não necessitam de refrigeração do óleo, o que elimina uma parte significativa dos custos de energia. A redução dos custos de energia e de manutenção (óleos, filtros, vedantes, bombas, etc.) permite amortizar rapidamente a diferença de preço entre uma máquina totalmente eléctrica e uma máquina hidráulica. Líder nas vendas de máquinas de injecção, a INAUTOM apostou na parceria com a JSW para dispor de uma gama completa de máquinas totalmente eléctricas. Entre as instalações recentemente concretizadas estão duas máquinas JSW350 T e JSW 1300T - adquiridas pela JOALPE para a sua unidade fabril de Tortozendo, Covilhã. A JOALPE passou a ser a empresa com a maior máquina de injecção elécrica na Europa.

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Actuação internacional A INAUTOM actua no mercado europeu e africano como parceiro especialista em máquinas, desenvolvimento de projectos e serviços de assistência técnica. Tem delegações na Suécia, Estónia, Lituânia, Letónia, Marrocos, Moçambique, Angola e vai estar presente em Maio na Feira de Plásticos na Polónia para lançar a INAUTOM POLAND.

A opção por máquinas totalmente eléctricas também foi tomada por empresas de referência como a SITECNA, fabricante de embalagens, a PROMOPLÁS, fabricante de utilidades domésticas, e a EHTP (grupo Vangest), fabricante de peças e componentes de precisão para os sectores automóvel, médico e alimentar.

Com estas referências, a INAUTOM espera alargar o mercado das máquinas eléctricas nos próximos anos.

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Na área dos equipamentos para as indústrias de plásticos, a INAUTOM comercializa a gama de máquinas de injecção hidráulicas EURO-INJ, as máquinas de injecção vertical MULTIPLAS, as máquinas de extrusão-sopro KAI MEI, as máquinas de injecção de pré-formas PET HUAYAN e as máquinas de sopro de pré-formas PET CHUMPOWER. As várias gamas de máquinas são completadas com equipamentos periféricos, tais como Refrigeradores, Moinhos, Estufas, Alimentadores, Robôs e Transportadores. A Inautom tem também uma divisão dedicada à comercialização e assistência técnica de máquinas-ferramentas para as indústrias de moldes e metalomecânica. índice 31


injecção Maplan

Vedantes em elastómero, silicone e TPE A Kako, fabricante de vedantes para automóveis com sede em Heilbronn (Alemanha) tem uma fábrica na China desde 2008. Os vedantes têm que suportar temperaturas na ordem dos 150 °C e têm que ter um tempo de vida útil igual ao do automóvel. O diâmetro exterior varia entre 100 e 300 mm. Em quase todos os casos, estes vedantes envolvem combinações metal-elastómero e injecção de vários materiais, tais como FPM, HNBR, ACM, AEM e NBR. Para os fabricar, a Kaco utiliza uma máquina Maplan com configuração especial: MTF200HF200/320editionS com controlo de ecrã táctil PC5000.

Máquina Maplan MTF200HF200/320editionS com “Fast Double Shuttle”.

Unidade de injecção horizontal de 200 cm3 com sistema hidráulico como bico FIFO. Está ligada à placa móvel e desloca-se durante a etapa de fecho, mantendo-se ligada ao canal frio.

A máquina consiste numa unidade de injecção superior de 200 cm3 e uma unidade de injecção horizontal, também de 200 cm3, com pressão de injecção de 2 500 bar. A força de fecho é de 3 200 kN.

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O molde instalado nesta máquina segue o princípio "fast double shuttle", em que o fecho rápido se deve aos movimentos hidráulicos paralelos da máquina, com uma economia de 10% do tempo de ciclo. O sistema de canais frios contribui para optimizar a distribuição do elastómero e economiza material. A injecção limpa é executada pela unidade horizontal, que é móvel. Devido à pressão de contacto, o elastómero pode libertar a tensão na direcção da unidade de injecção.

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O canal frio permanece limpo e sem resíduos de elastómero dos ciclos anteriores.

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injecção REP

Nova geração de máquinas para injecção de borracha A linha G10 é a mais recente geração de máquinas da REP International (Corbas, França) para injecção de peças de borracha. A reputação do construtor francês não foi desiludida na K 2013. A nova máquina V710 resulta de várias mudanças. Com força de fecho de 500 toneladas, esta máquina tem o sistema de injecção patenteado pela REP e permite uma ampla variedade de combinações volume/pressão, até aos 3000 bar. A centragem precisa da injecção no molde assegura a constância da injecção e, por conseguinte, a qualidade da peça moldada. A unidade de fecho em 3 etapas combina desempenho e robustez. O sistema de bloqueio permite um amplo curso de abertura com uma velocidade de deslocamento consideravelmente mais elevada comparativamente aos sistemas telescópicos ou outras soluções complexas. Por outro lado, este sistema tem menos tensão mecânica e por isso requer menos manutenção. A precisão dos cursos de abertura/fecho permite um controlo fiável da desgasificação e a estabilidade de todo o conjunto garante a qualidade da linha de partição.

A máquina foi também melhorada no que respeita a acessibilidade e redução do espaço. A altura de trabalho é constante qualquer que seja a altura do molde. As janelas lateral e posterior aumentam a visibilidade do processo, reforçada com a faixa luminosa. A máquina tem também espaço para a instalação do sistema de extracção de fumos. Na fase da construção, a REP procurou maximizar a incorporação de componentes sem lubrificação e com baixo risco de desgaste, para reduzir custos e tempos de manutenção. A máquina V710, como todas as que se seguirão da mesma linha G10, tem um novo painel de controlo, multi-tarefa e intuitivo. O ecrã de 21,5 polegadas permite exibir simultaneamente duas áreas: uma área de introdução de parâmetros e outra de monitorização do processo. Pela primeira vez nas máquinas de injecção de borracha, o sistema de controlo inclui também software de manutenção preventiva. A máquina efectua funções de diagnóstico automaticas, detecta anomalias e desgaste de componentes e avisa antecipadamente o operador, indicando o procedimento necessário. A função de auto-regulação é

outro avanço nesta linha G10 e inclui a optimização automática dos parâmetros de velocidade. Todas as máquinas G10 têm modem 3G para suporte e assistência remota. No que respeita à eficiência energética, a REP investiu em três pontos. Em primeiro lugar, no isolamento da placa aquecedora, para reduzir a energia de aquecimento do molde em cerca de 16%. Em segundo lugar, instalou um tapete isolador adicional na unidade de injecção, para reduzir a energia necessária para preparar o composto, em cerca de 15%. Em terceiro lugar, a servobomba com motor síncrono controlado por variador de velocidade reduz o consumo de energia em cerca de 40%. Graças a estas medidas, é possível operar a combinação máxima de volume e pressão sem afectar o desempemnho da máquina. A REP é representada em Portugal por Folhadela Rebelo Lda..

Demag

Menos 60% de energia O conceito de accionamento activeDrive das máquinas de injecção hidráulicas Systec permite reduções do consumo de energia até 60%, afirma a Sumitomo (SHI) Demag.

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A série Systec está disponível com forças de fecho de 360 a 1200 kN com unidade de fecho totalmente hidráulica e de 1600 a 20 000 kN com unidade de fecho de alavanta articulada. A combinação do servomotor de alto dinamismo controlado por conversor de frequência com a bomba constante permite reduções de consumo de energia de 30 a 60%, comparativamente a máquinas hidráulicas standard.

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As máquinas hidráulicas Systec e as máquinas híbridas El-Exis são fabricadas em Schwaig (Alemanha). índice

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extrusão Torninova

BUSS

A nova linha COEX BUBBLE™ foi demonstrada pela Torninova (Perugia, Itália) durante uma apresentação "open house" nos dias 29 a 31 de Janeiro. Com velocidade máxima de 135 m/min e produção de 1250 kg/h, esta nova linha tem um novo sistema patenteado de duplo sem-fim e produz filmes de bolha de ar com 10 camadas, incluindo camada barreira de poliamida. De acordo com a Torninova, a nova linha de grandes dimensões tem capacidade para produzir filme bolha de ar de 30 g/m2 com 100% de reciclado. Matérias-primas com índices de fluidez muito diferentes podem ser misturadas, graças à nova tecnologia de duplo sem-fim. Outra funcionalidade é a nova bobinadora TRIPLEX, com recarga automática de tubo (core), com a capacidade para trabalhar sem tubo (coreless) e de mudar do modo 'core' para 'coreless' sem interromper o funcionamento. Os filmes bolha de ar, com grande diversidade de aplicações, podem ser coextrudidos e formados a altas velocidades, mantendo a resistência e a circularidade das bolhas. A nova linha COEX BUBBLE™ tem os rolos cast posicionados entre a saída da fieira e o rolo de formação.

janela de processamento de compostos de PVC. É a terceira geração da série quantec deste construtor suíço com 12 anos de experiência neste domínio. A nova extrusora é mais acessível em termos de preço e também permite reduzir os custos operacionais. A quantec G3 incorpora a tecnologia 4-flight e apresenta uma secção de processamento mais longa, até 14 L/D (em que L é o comprimento da secção de processamento e D o diâmetro do fuso), para melhorar a mistura e aumentar o rendimento. A BUSS introduziu diversas modificações nas relações geométricas com o objectivo de aumentar a produção a velocidade constante. Na geometria do fuso, as modificações foram também no sentido de evitar o sobreaquecimento do material. A configuração do fuso pode ser adaptada aos requisitos específicos dos compostos a fabricar.

Filme bolha Extrusão de compostos de PVC nova extrusora quantec G3 A quantec G3 é fornecida como linha de ar em linha Amelhora o rendimento e alarga a de composição chave-na-mão. Inclui,

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a montante, um sistema de alimentação optimizado, e, a jusante, um sistema de descarga com peletizador. As unidades de aquecimento/ arrefecimento para a zona de mistura/amassamento e para a extrusão de descarga estão incorporadas na máquina, tal como o aquecimento eléctrico das demais zonas. O armário de controlo está montado directamente na máquina e é fornecido testado e pronto a funcionar.

Coextrusão e corte a 800 m/min A nova linha de coextrusão cast COMPACT STRETCH 2.000™ da Torninova (Itália) assegura a produção de filmes estiráveis de vários materiais (LLDPE C4-C6-C8, mLLDPE, ligas de VLDPE, PP), composições (3, 5 ,7 camadas e multi/ nano camadas) e espessuras (entre 7 e 50 µm). Tem auto-ajuste da fieira, duplo sistema de rolos de arrefecimento, controlo de espessura e accionamentos especiais.

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É um sistema completo, da extrusão ao corte e formação das bobinas individuais de filme estirável. Cada extrusora dispõe de alimentadores para 6 ingredientes. Inclui corte da apara e recuperação no próprio processo. Dispõe de controlo SIMATIC WinCC (Siemens), assegura velocidade até 800 m/min e destaca-se pela extrema compacidade, ideal para fábricas com limitações de espaço.

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extrusão KraussMaffei Berstorff

Novo controlo centralizado

A KraussMaffei Bestorf apresentou na K 2013 o novo sistema de controlo centralizado C6 para linhas de extrusão. O C6 combina pela primeira vez várias funcionalidades que representam o "estado da arte" e que já deram provas. O propósito foi centralizar no mesmo posto de controlo todos os parâmetros de todos os equipamentos que formam a linha de extrusão, tirando ao mesmo tempo partido das tecnologias multi-táctil (num ecrã de 24 polegadas) e RFID.

Linhas modulares para compostos A construção modular apoiada em estruturas metálicas é a solução proposta pela KraussMaffei Berstorff para a instalação de linhas de produção de compostos plásticos. O conceito ModulPlus permite reduzir dois meses no tempo de instalação e até 20% dos custos. Até à data, a empresa vendeu quatro linhas ModulPlus, instaladas na Dinamarca e na China, depois de mais de 100 linhas modulares vendidas e instaladas. Para reduzir tempos e custos, a KraussMaffei Bestorff manteve os módulos de dosagem e alimentação, peletização integrados em estruturas metálicas e completamente montados de origem (Hanover), mas a extrusora (de duplo sem-fim) não está integrada numa estrutura de aço e fica ao nível do solo, com acesso total. Nº 70 Março 2014

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extrusão

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reciclagem S+S

Erema

Separadores Reciclagem in house EREMA (Áustria) vai apreautomáticos de metais Asentar na INTERPACK (Dusseldorf, Alemanha, 8 a 14 de e cores Maio de 2014) o novo sistema O separador de metais RAPID PRO-SENSE e o FLAKE PURIFIER são os equipamentos mais recentes da S+S para a área da recuperação de plásticos. A tecnologia de frequência de alta resolução (HFR) confere ao RAPID PRO-SENSE uma elevada sensibilidade, necessária para garantir a extracção de metais em fluxos de materiais em queda vertical. O design modular permite configurar este separador de acordo com as necessidades especiais da aplicação. Estão também disponíveis diversas funções de limpeza e auto-limpeza. O FLAKE PURIFIER é um equipamento com três sensores para separação de metais, cores e diferentes tipos de plásticos. Na separação do PET, por exemplo, é essencial detectar a presença de PVC e PLA, materiais incompatíveis para a reciclagem. A combinação com sensores de câmara permite identificar e separar cores, com sensibilidade para pequenas diferenças. As partículas metálicas são detectadas por sensores indutivos. A separação é efectuada por sopro de ar, com o menor consumo de ar comprimido possível com a menor perda de material.

automático INTAREMA 504 K para reciclagem da apara lateral de PE integrada no processo de produção. O sistema baseia-se numa pequena extrusora e vem alargar a série INTAREMA lançada em 2013 com os modelos T e TE (para apara lateral de PE, PEBD, PP, BOPA, PA/PET, PLA etc.) e TVEplus (para materiais flexíveis com elevada carga de impressão ou resíduos pós-consumo). A extrusora INTAREKA K vem tomar o lugar da extrusora KAG, agora totalmente automática, equipada com a tecnologia Counter Current, o sistema ecoSAVE® com accionamento directo, écrã táctil e o sistema Smart Start.

A extrusora INTAREMA 1108 T assegura produções até 600 kg/h de BOPP transparente. Nas extrusoras INTAREMA (designação abreviada de INverse + TAngential + eREMA®), o posicionamento tangencial da extrusora relativamente ao sistema de corte/compactação permite melhorar a qualidade e desempenho. Por outro lado, foi optimizado o dimensionamento do referido sistema em relação ao diâmetro do fuso da extrusora, de modo a facilitar a entrada e preparação do material. As dimensões acrescidas do sistema de corte/compactação e o consequente aumento do tempo de residência permitem uma distribuição mais homogénea da temperatura.

NGR adquiriu Collin A NGR (Áustria), construtor de equipamentos de reciclagem de plásticos, adquiriu uma posição maioritária na empresa Dr. Collin GmbH (Alemanha), construtor de equipamentos compactos de extrusão (sopro e linear) e estiramento de filmes, extrusoras de laboratório e linhas-piloto para aplicações médicas. A Dr. Collin continuará a operar de forma independente, mas as duas empresas passam a actuar integradas no mesmo grupo. Nº 70 Março 2014

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electrónica

Circuitos orgânicos e impressos revolucionam microelectrónica Os plásticos com propriedades modificáveis, dimensionalmente estáveis como os termoplásticos, os termoendurecíveis ou elastómeros, filmes ou revestimentos, granulados ou expandidos, fazem parte do dia-a-dia e estão presentes nos objectos mais simples e nos componentes estruturais e sofisticados dos automóveis ou dos edifícios. A diversidade dos plásticos aumentou com uma nova dimensão: com a modificação molecular adequada, os plásticos podem ser usados como condutores ou semi-condutores (embora ainda com limitações). Eles estão na origem da electrónica "orgânica" e "impressa". Orgânica porque os transístores, sensores e LEDs não se baseiam no silício ou no arsenieto de gálio, mas nos derivados do carbono. Impressa porque os circuitos bi-dimensionais podem ser impressos "from the reel" com precisão de apenas algumas dezenas de micrometros, sobre suportes flexíveis e transparentes, usando processos convencionais de larga utilização como a flexografia, a serigrafia ou o jacto de tinta.

Integração nos objectos Surgem novas superfícies com funcionalidades electrónicas ou fotónicas, em objectos tri-dimensionais ou mesmo em têxteis. Podem formar-se sensores tácteis capacitivos, campos luminosos largos com OLEDs (diodos orgânicos emissores de luz), sensores e detectores de temperatura e humidade e outros dados ambientais ou médicos. Podem actuar como células solares orgânicas. Ou como baterias impressas, planas para dispositivos miniaturizados. Torna-se possível criar objectos "inteligentes" e ligá-los à "internet das coisas".

Ecrás OLED Os ecrãs OLED dos telemóveis e smartphones já se massificaram e com isso as vendas de electrónica orgânica chegaram aos 9 mil milhões de USD em 2012. A previsão aponta para um valor de 200 mil milhões de USD em 2025. Já estão disponíveis no mercado ecrãs de 55 polegadas, de alta intensidade de côr e elevado contraste, para televisões (Sansung, LG, por exemplo), mas ainda a preços na ordem dos 10 000 USD.

Ecrãs flexíveis para e-readers Os e-readers da Amazon e da Sony com "papel electrónico" da E-Ink ganharam popularidade pela eficiência energética do princípio de funcionamento dos seus displays electroforéticos. São ideais para mostrar conteúdos estáticos, como as páginas de livros. O próximo desenvolvimento irá trazer ecrãs mais leves, flexíveis e talvez mesmo dobráveis para e-readers e tablets sem a pesada cobertura de vidro. A Plastic Logic registou um assinalável projecto com os blackplanes de transístores de filme fino orgânico (OTFTs), a matriz activa para controlo individual de píxeis. O que está ainda a dificultar o desenvolvimento das soluções fotovoltaicas orgâncias e da tecnologia dos ecrãs é o seu encapsulamento hermético para proteger os eléctrodos da corrosão causada pelo vapor de água. A solução pode estar em filmes barreira laminados baseados em dióxido de silício.

Aplicações diversificadas

A quinta edição do Roadmap da OE-A (Organic and Printed Electronics Association), um grupo de trabalho da VDMA (Federação Alemã da Engenharia), com mais de 220 membros espalhados pelo mundo, ilustra o estado da evolução e as tendências da electrónica orgânica, para um período de dez anos.

Estão em desenvolvimento aplicações várias nos sectores automóvel, farmacêutico, na electrónica de consumo e até no sector da embalagem (embalagens "inteligentes" para alimentos, medicamentos e outros produtos de consumo). Com etiquetas de identificação por rádiofrequência (RFID), as embalagens inteligentes podem aumentar a eficiência da gestão de mercadorias, actuali-

Ecrã flexível electroforético para e-readers e tablets, com um backplane de transístores orgânicos (OTFT). Foto: Plastic Logic

Baterias planas (Ni hidrido metálico) impressas em filme a partir de bobina. Foto: Varta

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electrónica

Componente impresso com memória endereçável não volátil e transístor lógico como exemplo de integração de sistemas em electrónica orgânica. Foto: Thinfilm / PARC

Embalagem inteligente para medicamento com memória legível por smartphone. Foto: Holst Centre

zar informação, informar o consumidor sobre datas-limite de consumo, detectar falhas na cadeia de frio para produtos sensíveis e ou garantir a autenticidade de produtos especiais estabelecendo ligações com as cadeias de fornecimento rastreáveis. Nos automóveis, os indicadores e interruptores mecânicos vão dar lugar a displays orgânicos e a sensores tácteis. Os LEDs actuais vão dar lugar a OLEDs.

building-integrated photovoltaics). Também já estão disponíveis componentes de memória sob a forma de filmes ferroeléctricos não voláteis (Thinfilm, Noruega). Estes filmes podem ser combinados com transístores lógicos da PARC (Califórnia, EUA) para dar origem a módulos de memória endereçáveis por software. Com um termistor impressão como sensor de temperatura, um display e uma bateria impressa, pode criar-se um sistema de medida completo.

Iluminação OLED As fontes de luz OLED estão já a competir com os LEDs e as lâmpadas de halogénio. Elas prometem luz com controlo dinâmico de cor, emitida uniformemente para uma área larga e aptidão para se adaptarem a objectos típicos das residências.

Baterias e células FV orgânicas As células fotovoltaicas orgânicas (OPV, organic photovoltaics) já estão disponíveis comercialmente em carregadores dispositivos móveis e de consumo. No futuro serão aplicadas nos automóveis e edifícios (BIPV,

As baterias impressas são também dos focos da integração de sistemas. Podem ser integradas com ecrã e campos luminosos, sensores tácteis e células solares em embalagens, têxteis e outros artigos de consumo, acrescentando-lhes um novo nível de valor e funcionalidade. Não espanta que a electrónica orgânica e impressa tenha estado em, foco durante a feira K 2013, com uma exposição específica, no passado mês de Outubro. Esta é uma área por onde passa o futuro dos plásticos.

Exemplo de embalagem inteligente para alimentos ou bens de consumo com efeito “HiLight”. Foto: Karl Knauer GmbH

Demonstração de um sensor capacitivo multi-toque com cobertura de filme condutor transparente. Foto: PolyIC Nº 70 Março 2014

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equipamentos Steinbichler

Solução compacta para digitalização 3D A par do lançamento por parte da empresa mãe alemã, a Steinbichler Portugal, lançou no mercado ibérico o novo scanner COMET 6 16M para digitalização 3D – processo principalmente direccionado para o controlo dimensional e engenharia inversa. O novo scanner está equipado com câmara de 16 megapixéis de alta resolução que assegura precisão de pormenor na digitalização de objectos com geometrias complexas. O COMET 6 16M baseia-se numa construção modular com tecnologia de câmara única e permite um rápido ajuste das dimensões do campo de medição. O design compacto do sensor em combinação com o novo sistema de manipulação garante a máxima facilidade de uso e manuseamento ergonómico. O ajuste é simples e rápido e o operador pode escolher a combinação mais adequada de resolução e velocidade. A curta distância de trabalho, mesmo no caso de campos de medição muito grandes, permite, especialmente em espaços apertados, um manuseamento fácil e sem perdas de tempo. A peça central do COMET 6 16M é a nova unidade de projecção, com um

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LED de alto brilho e uma óptica inovadora. A projecção adaptativa integrada no sensor permite um ajuste da quantidade de luz projetada sobre a superfície do objecto. Os efeitos não desejáveis como, por exemplo, super-exposições, são reduzidos ao mínimo.

Novo software Outro lançamento recente da Steinbichler Portugal é o software colin3D para captação, processamento e comparação de dados de digitalização. A plataforma do software constitui um complemento-chave do COMET, do sistema de fotogrametria COMET e do sensor T-SCAN e sintoniza-se de forma ideal com estes sistemas da Steinbichler. O programa reconhece automaticamente a estratégia ideal para reunir captações individuais (matching) e conduz o operador para o resultado ideal através de uma interface do utilizador totalmente reconfigurada e orientada para o projecto. Através da integração do CAD, o utilizador recebe, a todo o momento, um feedback sobre a superfície do objecto.

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Para o rápido e eficaz posicionamento do sistema T-SCAN, o campo de medição e o scanner podem ser opcionalmente visualizados ou ocultados no colin3D e facilitar, assim, a determinação da posição de rastreio ideal. Os programas de medição para aplicações com a mesa giratória COMETrotary ou COMETdual rotary são fáceis de criar e de executar. Todas as medições individuais de uma sequência de medições são controladas em termos de qualidade e, se necessário, repetidas automaticamente. Com base numa experiência de longa data em programação com sistemas operativos de 64 bits e respectivos hardwares, tais como placas gráficas e sistemas multiprocessador, os novos algoritmos do colin3D atingem o máximo desempenho e qualidade dos dados. A interface do utilizador, extremamente fácil de utilizar e reduzida ao essencial, permite ao operador uma familiarização particularmente rápida e um trabalho confortável. A estrutura do menu, uniforme e adaptada ao ritmo de trabalho, foi construída tendo por base uma estrutura lógica e por passos e foi simplificada para as possibilidades de configuração relevantes para a aplicação. Para o controlo dos componentes, os dados lidos podem ser harmonizados por meio de um alinhamento “best-fit” simples sobre a superfície de um modelo de CAD. O colin3D inclui uma representação em cores falsas com gradação de cor e valores fixos. O operador pode colocar o flyer individualmente sobre a superfície para uma análise mais exacta das diferenças. Os protocolos para documentação dos resultados de medição podem ser fácil e rapidamente gerados e administrados. Nº 70 Março 2014/ 2007


equipamentos Guillard

Corte e enrolamento servo pode servir várias linhas de extrusão de tubo A Guillard desenvolveu um novo sistema de corte de tubo equipado com servomotor AC com controlo digital. Está disponível em três versões, para diâmetros máximos de tubo de 30, 40 e 100 mm. Inclui alimentador de dupla correia transportadora (caterpiller) e pode ter configuração multi-pista para servir até seis linhas de extrusão de tubo. O equipamento tem ainda comunicação internet e 3G para controlo e assistência remota. O novo enrolador de tubo é, por seu turno, um equipamento de duas cabeças com arranjo vertical dos tambores de enrolamento, de forma a economizar espaço. Integra um controlo de velocidade sem contacto para garantir um enrolamento com baixa tensão e sem risco de distorção do tubo.

SEW-EURODRIVE

Motores DR com novo design para todas as classes de eficiência O portefólio de motores da série modular DR foi alargado com o novo design LSPM (line start permanent magnet), fabricado para as classes de eficiência IE2, IE3, e IE4. Os novos motores combinam as melhores funcionalidades dos motores síncronos e assíncronos e podem ser instalados quer com alimentação directa quer com conversor de frequência. O motor LSPM é um motor AC assíncrono com rótor tipo gaiola de esquilo com ímanes permanentes adicionais. Depois do arranque assíncrono, o motor sincroniza com a frequência de operação e passa a trabalhar em modo síncrono. Foi projectado para operação sem perdas de rótor e/ou de excitação, para uma maior eficiência. Deste modo, combina a robustez de um motor assíncrono com a operação de baixas perdas de um motor síncrono. Os motores de quatro pólos LSPM da SEW-EURODRIVE estão disponíveis com quatro alturas de veio e oito tamanhos, do 71S até ao 100L. Nº 70 Março 2014

As classes de eficiência são identificadas por um código de três letras. Uma vantagem adicional é o tamanho, duas vezes menor que um motor de série equivalente com a mesma potência e a mesma classe de eficiência energética. O motor LSPM pode ser alimentado directamente a partir da rede ou através de um conversor de frequência. É compatível com os Classe de eficiência Motores SEW conversores MOVITRAC® ® IE4 Eficiência Super Premium MOVIGEAR® B e MOVITRAC LTP-B IE3 - Eficiência Premium DRP instalados no quadro IE2 Elevada Eficiência DRE eléctrico, com o conversor ® IE1 Eficiência Standard DRS descentralizado MOVIFIT FC ou com o conversor integrado MOVIMOT®. estabilidade a alta velocidade, como por exemplo nos accionamentos de Vários motores podem ser ligados maquinaria têxtil, sistemas de ao mesmo conversor de frequência, bombagem ou em transportadores de modo a formar um grupo de de bagagem nos aeroportos. São accionamentos. O motor LSPM uma excelente alternativa aos atinge todo o seu potencial de motores de corrente alternada, economia de energia em operação especialmente quando se procura contínua, como é o caso do acciona- uma maior eficiência. mento de bombas. Devido às suas características de operação síncroPara mais informação, na, os motores LSPM são muito clicar no ícone utilizados em aplicações com ao lado.

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equipamentos SEW-EURODRIVE

MOVI-PLC® power nova classe de performance Com o lançamento do MOVI-PLC® power, a SEW-EURODRIVE ampliou o portefólio de controladores do movimento (Motion Controller) IEC61131-3 disponibilizando uma nova classe de performance. O elevado nível de escalabilidade e integração de toda a família de produtos permite estruturas optimizadas de automação para toda e qualquer aplicação. O novo controlador MOVI-PLC® power é a solução ideal para aplicações de controlo do movimento com processamento central. Pode ser usado como módulo mestre para o sistema de servo-accionamentos multi-eixo MOVIAXIS® ou como controlador compacto juntamente com os Variadores Tecnológicos MOVIDRIVE® B. O microprocessador integrado Core2Duo da Intel permite controlar até 64 eixos por milissegundo e tem capacidade de

processamento suficiente para programas de aplicação sofisticados. Esta elevada performance é transferida sincronizadamente para os accionamentos através do sistema de bus SBUSPLUS (EtherCAT” on board). O cartão de memória CFast para firmware, aplicação e dados do utilizador facilita a substituição rápida da unidade e permite um acesso extremamente rápido aos dados. Estão disponíveis variantes com Profibus, Profinet, Ethernet/IP e Modbus TCP para ligação a sistemas de controlo não-SEW. O sistema pode ser expandido com Windows 7 Embedded inserindo um segundo cartão CFast card. Com isto, o MOVI-PLC® power é um perfeito controlador de automação que combina movimento, lógica de controlo e visualização num só sistema.

As actividades de engenharia são levadas a cabo com o software MOVITOOLS® MotionStudio, que pode correr em PC ou instalado no cartão CFast Windows. Graças ao elevado poder de processamento o ambiente de engenharia completo, incluindo a simulação cinemática 3D, pode correr no MOVI-PLC®. O novo MOVI-PLC® é totalmente compatível com as classes de performance "basic", "standard", e "advanced". Uma vez estabelecido o código, ele pode migrar entre as diferentes classes de performance.

MOVIGEAR® novo paradigma em rentabilidade e funcionalidade O acionamento mecatrónico MOVIGEAR® apresenta várias vantagens comparativamente às soluções tradicionais de accionamentos. Combina as três competências principais da SEW-EURODRIVE num só equipamento compacto: redutor, motor e variador electrónico. A integração e coordenação das três componentes do accionamento proporcionam maior fiabilidade, mais tempo de serviço e, consequentemente, um grau mais

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elevado de disponibilidade do sistema. O MOVIGEAR® tira o melhor partido das vantagens técnicas e económicas das três componentes do accionamento. Isto faz com que a sua utilização seja perfeitamente adequada para instalação de sistemas transportadores mais eficientes e económicos.

Novidades: MOVIGEAR® Binary e MOVIGEAR® AS-Interface A série de accionamentos mecatrónicos MOVIGEAR® foi recentemente alargada com o lançamento do MOVIGEAR® binary e do MOVIGEAR® AS-Interface. As duas inovações foram desenvolvidas para proporcionar uma solução económica para aplicações stand-alone e sistemas com funções básicas de accionamentos.

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Destaca-se a economia de energia até 50%, dependendo da aplicação, comparativamente às soluções tradicionais de accionamentos. Os dois novos produtos são fáceis de operar. O arranque é rápido e pode ser efectuado sem PC, usando os micro interruptores e o potenciómetro integrados, enquanto a opção de operação on-site/manual usando entradas binárias torna a operação extremamente prática. Outra nova funcionalidade é a integração da função de segurança STO (Safe Torque Off), que permite o arranque das máquinas e sistemas em conformidade com as actuais normas de segurança.

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