Educar 123 Dezembro 2018 / Janeiro 2019

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Editorial

Papai Noel Os olhos do

O sinal estava vermelho e em menos de 30 segundos eu

As frases que eu havia ensaiado deram lugar a pala-

daria partida. Durante aquele instante, tive tempo suficien-

vras ternas de puro agradecimento – porque ele trouxe

te para viajar no pensamento, imaginar um cenário, ensaiar a

de volta um sentimento há muito tempo adormecido.

minha fala, treinar mentalmente as minhas atitudes. Visuali-

Ele reacendeu memórias vividas muitos anos atrás, me-

zei o momento, me vi tímida no começo e meio tagarela um

mórias de quando era criança. Ele me proporcionou viver,

pouco depois. Saberia exatamente como iria agir.

novamente, a fantasia e a emoção da época. E sem ao me-

Sinal verde, engatei a primeira e segui em frente, rumo ao extraordinário. Minutos mais tarde, já no destino final e carro estacionado na porta, segurei minha respiração, e

nos perceber, ofereceu a mim, à minha família e a todos os nossos leitores, um presente de Natal memorável: a sua presença aqui, na capa de nossa Educar. Para muitos, ele é o "Sr. Antônio". Para nós, o mais au-

rapidamente recordei as frases prontas que iria falar. Ele entrou no carro, e eu, em “modo estátua”, imediatamente me vi criança de novo. O brilho que havia em

têntico e divino Papai Noel. E dono dos olhos mais meigos e sinceros deste Natal.

seus olhos não enganava: ele era, sim, o Papai Noel. Dele vinha uma fala doce, postura calma, um andar cuidadoso, um sorriso angelical que avançava, a fundo, no meu coração – o mais autêntico Papai Noel estava ali, entre nós, e Ótimas festas

eu não muito falei, porém muito sorri.

e até 2019!

Já no estúdio que a fotógrafa Jú Hobold (Eu Que Ti - Fotografia) preparou com tanto zelo, ele posou para a câmera, interagiu com nossas pequenas modelos Isabella e Maria Eduarda, e fez da nossa capa um evento pautado por

Priscilla Koerich @prikoerich

euforia e satisfação.

Agradecimento especial

Sr. Antônio - (48) 99169-8411 Papai Noel

A nossa amiga e fotógrafa

Luzmery Medina (@DoceLuz) - Biscoitos decorados

Juçara Hobold (@Eu Que Ti)

Edição 123 | ano 11 Dezembro 2018 - Janeiro 2019 Editora Priscilla Koerich CRP-12/04578 Arte Eduardo Carvalho Motta Revisão Cláudia Prates

Colaboradores desta Edição Auxiliadora Mesquita Carolina Fernandes Cláudia Prates Claudio Moreira Fernanda Moura Pricilla Kesley Priscila Cruz Fotos de Capa Juçara Hobold

As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. Impressão

Aos pais: José Eduardo Vieira e Cristine de Barros

A Revista Educar, publicação bimestral da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem distribuição gratuita e direcionada aos pais, em inúmeros pontos comerciais e instituições de ensino de Joinville, Florianópolis e São José / SC. Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br

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Variedades

Por Auxiliadora Mesquita

AS NOVIDADES QUENTINHAS,

direto do forno Vamos a la playa, ôôô-ôô

Min e as mãozinhas

Esse é o nome da primeira animação in-

Verão chegando, é hora de deixar os pequenos

fantil totalmente em Libras, a Língua Brasilei-

curtindo uma praia! Mas criança na praia

ra de Sinais. Ela está disponível no YouTube e

é trabalho na certa e, portanto, organizar é

é voltada para as crianças com surdez. Agora,

preciso. Primeiro, é importante se lembrar de

o público infanto-juvenil com limitações au-

algumas regrinhas básicas: bebês ao sol só por

ditivas vai poder curtir uma produção espe-

20 a 30 minutos e sempre evitando o horário de

cialmente voltada para eles e acessível numa

10 às 16 horas. Esse horário também deve

plataforma simples e conhecida.

ser evitado para as crian-

É uma iniciativa mais do que bem-vinda, já

ças maiores e o tempo ao

que o Ministério da Saúde estima que existam

sol deve ser controlado.

em torno de 10 milhões de deficientes auditivos no Brasil. Desse universo, a turminha de 3

Outros cuidados incluem: Bloqueador solar, antes de sair de

Olho vivo nas comidinhas de praia.

casa e repetindo a cada duas horas

Melhor levar frutas, biscoitos ou

ou quando molhar/enxugar. Cha-

petiscos de casa.

péu ou bonezinho para proteger o

Uma piscina plástica para encher

couro cabeludo.

de água doce – vira o espaço perfei-

Repelente! Mas só para os bebês

to para brincar com segurança. E

com mais de 6 meses.

levar brinquedos, é claro.

Água, suco ou água de coco – e in-

Toalhas: elas protegem do vento,

sistir para que bebam. Para os be-

secam, cobrem ou forram.

bês, a melhor opção continua sen-

Talco ou amido de milho: ajuda a

do o leite da mamãe.

tirar a areia do corpo.

a 6 anos agora tem essa opção de diversão nos desenhos animados criados por Paulo Henrique dos Santos. Em episódios curtos de 10 minutos, a ideia é que em cada capítulo sejam mostrados cinco sinais de Libras.

www.youtube.com/Min e as mãozinhas

As grávidas são mais picadas por mosquitos? Alto verão, calor, umidade e aqueles

Uma hipótese dos pesquisadores é que o meta-

convidados que adoram essa tempora-

bolismo na gravidez fica mais acelerado, com as ges-

da logo reaparecem: os mosquitos. Além

tantes exalando mais gás carbônico, o que atrairia os

do incômodo, os mosquitos também

mosquitos. A temperatura corporal da grávida tam-

trazem doenças graves, especialmen-

bém aumenta, o que pode facilitar para o mosquito

te para as gestantes. Para piorar, muita

detectar substâncias que estão sendo exaladas. Mas

gente afirma que as grávidas “atraem”

são apenas hipóteses. O mais importante é se pro-

mais insetos. Um estudo da Universi-

teger! Como? Evitando locais onde há mais mos-

dade de Durham, no Reino Unido, su-

quitos; mantendo casa e quintal limpos; usando

gere que essa atração é real. O estudo foi

repelente adequado para grávidas; vestindo

feito com 72 mulheres – 36 grávidas e 36

calças e blusas de manga comprida; instalan-

não. O resultado: as grávidas levaram o

do mosquiteiros, telas e protetores. E ficando

dobro de picadas em relação às outras.

atenta a qualquer sinal de alteração na saúde.

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EDUCAR

O papai vai trocar fralda

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Crianças precisam de ar limpo

Foi publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo

Ar limpo – é o que pede a OMS, a Organização Mundial

uma lei que obriga shoppings e outros estabelecimentos

de Saúde, agência de saúde da ONU. Um relatório recente

de grande circulação a construir ou adaptar fraldários. A

concluiu que a poluição do ar está prejudicando seriamen-

novidade? Também vai ter nos banheiros masculinos. A

te o desenvolvimento cerebral e a saúde das crianças. De

ideia é que a cidade se ajuste aos novos tempos e aos novos

acordo com os estudos, nove em cada dez crianças estão em

pais. Afinal, não é tão incomum ver um papai saindo para

contato direto com ar poluído o suficiente para causar sérios

passear sozinho com seus filhos, incluindo aí os bebês. E os

riscos à sua saúde. A OMS ainda destaca que esse impacto

pais participam cada vez mais dos cuidados com os filhos

da poluição é mais forte em países de renda média ou baixa.

em casa.

O dano mais óbvio são as mortes por infecções respirató-

Os vereadores que criaram o projeto pensam que é pre-

rias agudas. Mas a poluição também aumenta a probabilida-

ciso adaptar os espaços coletivos a uma prática que já vem

de de partos prematuros e suas consequências, bem como a

acontecendo dentro das famílias, com os pais dividindo

incidência de asma e câncer. O desenvolvimento neurológi-

tarefas e participando ativamente do dia a dia das crianças.

co também tem sido afetado. A OMS sugere medidas urgen-

Alguns estudiosos acreditam que além de resolver um pro-

tes, incluindo tecnologias mais limpas nos transportes, na

blema prático, esse tipo de iniciativa pode ser uma estraté-

indústria e no ambiente doméstico. Melhor gerenciamento

gia importante para criar uma sociedade mais voltada para

do lixo e um planejamento urbano responsável também se-

o cuidado com o outro e mais justa.

riam fundamentais.

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Desenvolvimento

EDUCAR

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Fernanda Mello

E os meninos? Por Fernanda Mello de Moura - Pedagoga

O

mundo passou por drásticas mu-

Como podemos exigir que um ho-

uma tendência a enxergar somente a mu-

danças após as guerras mundiais.

mem converse e consiga expor o que

lher como quem ainda precisa de muita

E uma delas foi o papel que as mulheres

sente se ele nunca pôde vivenciar uma si-

atenção. E não estou desmerecendo as

desempenham. Elas se transformaram e,

tuação como essa? Se todas as vezes que

dificuldades que as mulheres enfrentam.

atualmente, discute-se com bastante fre-

teve oportunidade de se abrir teve que

No entanto, percebo que é difícil encon-

quência, os seus direitos, as suas novas e

engolir o choro e se calar?

trar quem valorize todo o esforço que os

antigas funções sociais, enfim, as dores e alegrias de ser mulher.

Como podemos exigir que os homens se sintam à vontade cuidando de

homens modernos fazem para mudar e tentar serem melhores a cada dia.

No entanto, parece-me que os ho-

seus filhos se sua referência masculina

Precisamos parar de padronizar o

mens também tiveram que se transfor-

nunca desempenhou esse papel e sem-

conceito de homem, afinal, cada um é

mar e, assim como as mulheres, estão

pre lhes foi dito que “homem não brinca

diferente do outro. Precisamos também

se reinventando para se adequar neste

de boneca”?

enfatizar e falar mais sobre os homens de

novo desenho de sociedade. Por isso, me

Será que não estamos impondo uma

pergunto: “e os meninos, não estamos

educação baseada em conceitos antigos,

bem, que valorizam as mulheres e respei-

nos esquecendo deles?”.

e quando eles crescem, exigimos que

Por isso, quero parabenizar todos os

tam os seus filhos.

Estamos educando nossas meninas

sejam homens modernos? Importante

homens que assumem as tarefas domés-

para serem independentes e multifun-

pararmos para pensar o que estamos di-

ticas, que lutam bravamente para ter um

cionais, mas e quanto aos meninos? Esta-

zendo para as crianças e nos responsabi-

emprego e que ainda arranjam tempo

mos os educando para que consigam de-

lizarmos por tudo o que repetimos sem

para estudar, cuidar dos filhos e de seus

sempenhar esses novos papeis que, hoje

antes refletir.

relacionamentos. Vocês são nossas refe-

em dia, lhes são atribuídos? Será que estamos ouvindo os seus sentimentos, permitindo que eles chorem e que sejam mais sensíveis? Será que ainda não estranhamos quando vemos um menino brincando de boneca ou de limpar a casa?

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Será que não estamos impondo uma educação baseada em conceitos antigos, e quando eles crescem, exigimos que sejam homens modernos?

Não deve ser fácil ser homem hoje

rências para construirmos uma socieda-

em dia! Vejo que a sociedade ainda tem

de sem tantas discórdias e segmentações.

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Dicas

PUBLIEDITORIAL

Odontopediatria na PREVENÇÃO e INTERVENÇÃO das oclusopatias na dentição decídua, mista e permanente.

Por Dra.Camila de Bona

CRO-SC 7188

O odontopediatra é um dos profissio-

É muito importante a criança ser acom-

nais que tem a oportunidade, o privilégio

panhada por um odontopediatra apto para

de acompanhar toda a evolução oral do

avaliar e tratar e que esteja atento para as

paciente infanto-juvenil, desde o nascimen-

oclusopatias, que possa além de diagnosticar

to. O monitoramento do desenvolvimento

e prever as possíveis ocorrências danosas ao

da oclusão (decídua, mista e permanente)

paciente oriundas se uma alteração funcio-

bem como procedimentos clínicos preven-

nal, óssea (esquelética) e /ou dentária. Ouvir

tivos baseados em evidências científicas

Problemas esqueléticos, envolvendo

que precisa esperar toda a dentição decídua (de leite) ser trocada pela dentição permanente ou ter que esperar crescer “errado” ou “torto” para só tratar na pré- adolescência, já não condiz com a realidade.

alterações nas arcadas e no mal posiciona-

A incidência de oclusopatias na dentição

mento dentário, podem ser interceptados

decídua é muito alta, sendo extremamente

ou corrigidos. Para isto, é necessário acom-

comum mordida aberta, mordida cruzada,

panhamento constante e dinâmico do cres-

desvio de linha média, atresia maxilar, mal po-

cimento e desenvolvimento desde a fase

sicionamento dentário.

tem proporcionado gerações sem lesões de cárie, erosões de esmalte, doença periodontal e oclusopatias.

da lactação até o final da adolescência. A finalidade deste monitoramento é estabelecer arcadas dentárias inter-relacionadas em uma oclusão equilibrada que resulte em um sorriso saudável, estético e harmonioso com a face.

antes

Normalmente, nos deparamos com esta pergunta: “qual a idade ideal para o início do

Vantagens: • O rosto ganha mais harmonia. • A alimentação fica mais eficiente, pois ocorre a melhora da relação entre maxila e mandíbula. • A forma de a criança respirar melhora, consequentemente o déficit de atenção é reduzido e as noites de sono são melhoradas. • Pode minimizar ou evitar futuros tratamentos ortodônticos. •

Pode melhorar problemas como ronco, dores de cabeça.

• Pode eliminar problemas de ATM e ranger dos dentes. • O bullying devido problemas no posicionamento dental é eliminado.

tratamento?” É concordante que o tratamento precoce das oclusopatias promove resultados mais satisfatórios, rápidos e com mais estabilidade no tratamento.

depois

antes

depois

antes

Dra.Camila de Bona Cirurgiã dentista Odontopediatra

depois

CRO-SC 7188

camiladebonaodontopediatria

www.camiladebona.com.br Rua Domingos André Zamini, 277 - sala 914 -São José (Centro Empresarial Terra Firme - ao lado do Shopping Itaguaçú)


Atendimento personalizado para seu filho. O consultório da Dra. Camila de Bona está voltado para o atendimento exclusivo de bebês, crianças e adolescentes em um ambiente agradável, perfeitamente adequado a seu público. Agende uma consulta

www.camiladebona.com.br

48 3029 3355 -

48 9 9189 3355


Educação

EDUCAR

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Professores

importam!

Por Priscilla Cruz* e Mariana Mandelli, do Todos Pela Educação

hora da aula passava voando? Os da-

Diálogo, compreensão, cuidado,

cansados (e alegres) de dizer que

dos também explicam isso: um bom

carinho e escuta são elementos que,

o professor é o principal profissional

professor pode aumentar o interesse

misturados a boas práticas de ensino,

do País! Apesar de todas as evidências

das crianças e jovens pelos estudos. A

permitem que o estudante efetiva-

nessa direção, falta valorizarmos o

pesquisa da Faculdade Latino-Americana

mente aprenda em um ambiente cons-

mestre de nossos filhos na dimensão

de Ciências Sociais (Flacso) "Juventudes

trutivo e produtivo. Confira as dicas

equivalente ao seu papel na sociedade

na escola, sentidos e buscas: Por que fre-

– a de alguém que pode mudar a vida

quentam?" também de 2015, revelou

dos pequenos para sempre, garantindo

que, segundo os próprios alunos, além

aprendizagens, apontando novas possi-

de saber bem o conteúdo, o professor

bilidades, melhorando sua autoestima e

deve se mostrar disposto ao diálogo e

apoiando os projetos de vida.

a estabelecer um vínculo de respeito.

Não faltam, aliás, pesquisas que

Será que essas são características dos

mostrem o quanto um bom relacio-

docentes da escola de seus filhos? Que

namento entre estudantes e docentes

tal levar isso em consideração quando

pode fazer a diferença e você pai ou

matricular seu filho para o próximo

mãe, como parte importante da Edu-

ano letivo?

da American Psychological Association (APA) que indicam como os professores desenvolvem vínculos positivos com suas turmas: ele deve mostrar que estar com elas é prazeroso, interagindo com respeito e oferecendo sempre espaços para que os alunos reflitam sobre suas habilidades; ele também deve ter conhecimento da vida que as crianças e jovens levam fora da escola, sabendo inclusive detalhes de seus interesses e emoções. Já a Australian So-

cação, tem de estar por dentro disso.

Você sabia que, por exemplo,

Em 2015, o relatório Global Survey of

quanto mais ajuda individual o pro-

Teacher Effectiveness mostrou que a

fessor dá aos seus alunos, menor o

aproximação entre professor e aluno

nível de ansiedade deles? O contrário

é uma das chaves para uma Educação

também é verdadeiro: quanto mais o

de qualidade. No caso dos alunos brasi-

docente subestima o estudante, mais

leiros, a característica de um bom pro-

ansiedade ele traz para a vida escolar

seguinte frase de Paulo Freire, terceiro

desse jovem. Esses são os resultados

acadêmico mais citado no mundo: "Me

de um levantamento com base no

movo como educador, porque, primeiro, me

Programa Internacional de Avaliação de

movo como gente". Ano que vem, você já

Estudantes (Pisa).

sabe: professores importam!

fessor mais mencionada por eles foi a paciência (13%). E quem nunca teve aquele professor que era tão, mas tão legal que a

ciety for Evidence Based Teaching resume o assunto em três pontos: carinho/receptividade, empatia e tempo. Viu só? São muitos os ingredientes para criar um vínculo forte entre alunos e professores, mas podemos resumi-los na

Você sabia que, por exemplo, quanto mais ajuda individual o professor dá aos seus alunos, menor o nível de ansiedade deles?

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www.TodosPelaEducacao.org.br

*Mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, sócia-fundadora e presidente-executiva do Todos Pela Educação (TPE).

N

o Todos Pela Educação estamos



Capa Natal

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EDUCAR

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imaginação!

Papai Noel - Um presente da

No mundo ocidental ele é o

velhinho mais conhecido de todos – o bom Noel, com seu saco de presentes e seu trenó encantado. Viajando ao redor do planeta e entregando mimos a todos que esperam sua passagem, ele é um símbolo da generosidade, da alegria e da fé. Mas ele também é a lembrança de como a fantasia é poderosa

C

rescer não é fácil e para os seres humanos ainda traz uma lista longa de etapas a cumprir e habilidades para alcançar. Desde nossos primeiros dias no colo estamos constantemente decifrando o mundo ao nosso re-

dor e tentando fazer com que ele faça sentido. Temos ferramentas especiais e de uma delas as crianças tem amplo domínio e destreza: a fantasia. A fantasia e a imaginação fazem parte do desenvolvimento infantil e são fundamentais para o crescimento saudável de nossas crianças. E ela está presente ao longo de nossa adolescência e vida adulta também - de outro modo, como seríamos capazes de ler um livro ou “entrar” num filme enquanto assistimos? Fantasiar e imaginar são parte de nossa capacidade de criar, inventar e solucionar. E é quando somos pequenos – ali por volta dos 3 aos 6 anos – que essa fantasia está à toda! É nesse momento que super-heróis são praticamente de carne e osso, objetos pela casa se transformam em tudo o que queremos e Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa ou a Fada do Dente estão entre as criaturas mais cotadas para

e importante para as crianças.

dominar a Terra.

Por: Auxiliadora Mesquita

ainda, não há motivo algum para negá-los. Eles são parte de um mundo de

Fotos: Eu Que Ti (Juçara Hobold)

símbolos que as crianças estão aprendendo a compreender e a utilizar, assim

Não há como negar a força desses personagens inventados. Mas, melhor

como a linguagem. Com a fantasia e a imaginação, nossos pequenos aprendem mais e melhor sobre o mundo, as relações entre as pessoas e o seu lugar no meio disso tudo.

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Capa Natal

Acreditar! – e mais tarde, desacreditar – fazem parte do

crescimento dos pequenos. Não há por que temer

nem forçar uma “verdade” que para os pequeninos não faz nenhum sentido. Em nós mesmos ainda

habita essa centelha que brilhava tão forte lá atrás, há muito tempo, no começo de tudo. Foi essa centelha de imaginação, que naqueles tempos de criança era força e brilho, que nos permitiu navegar por um mundo desconhecido e difícil. E ir, aos pouquinhos, distinguindo o real do imaginário, o certo do errado, a mentira da verdade. E é preciso distingui-los, principalmente quando somos adultos e devemos fazer a coisa certa. Mas para sua criança não é necessário forçar nada. Aliás, adiantaria pouco: “revelar” a verdade sobre seres inventados só vai chatear os pequenos. Afinal, eles “sabem” que os super-heróis voam, as fadas trocam moedas por dentes e o coelhinho é o rei do chocolate. Você aí, ô grandão, é que não está entendendo nada! Por isso, deixe o bom velhinho chegar, com seu sorriso incansável, seu colo generoso e sua sacola inesgotável. Deixe que ele venha, com seu cabelo macio e sua barba brilhante. E que venham também seus ajudantes mágicos e animais que tudo entendem. Porque Papai Noel chega, espalha seus presentes e se vai. É a vida: nossa crença na magia vai passar também. Mas com sorte e muito amor, nossa fé no sorriso, no colo e na generosidade vão crescer e ficar com sua criança para sempre!

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Comportamento

Cr ianças e

TECNOLOGIA: CONECTADAS COM SABEDORIA Para nós já é impossível viver sem nossos smartphones e computadores. Então, imagine para nossos pequenos, que nasceram num mundo assim, cheio de telas e tecnologias. E se por algum tempo havia o temor de que esse mundo fosse fazer mal aos nossos filhos, hoje já podemos olhar essa vida tecnológica com olhos mais sábios e mais flexíveis. Afinal, viver conectado pode fazer bem. Por Auxiliadora Mesquita

Geração Alpha

Como todo excesso, viver preso a celulares,

elas apresentam um maior potencial para resolver pro-

tablets e até à própria TV não tem como ser bom.

blemas do que o de seus pais e seus avós. E costumam ser

Deixar de lado as interações face a face, as brinca-

mais independentes. Bom, não é mesmo?

deiras ao ar livre e a exploração do mundo real vai

Ainda assim, os pediatras continuam recomen-

tornar a vida de nossas crianças muito mais pobre

dando restrições para os bebês até 2 anos. Essa é con-

e cheia de lacunas importantes. Mas como parte de

siderada uma fase muito especial no desenvolvimen-

uma vida com atividades variadas, a tecnologia e as

to de habilidades que necessitam da exploração do

telinhas só têm a acrescentar.

mundo concreto e da interação constante com outros

Essa é inclusive a recomendação que a Associa-

seres humanos, inclusive fisicamente. O mundo em 2

ção Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira

dimensões da tecnologia não pode substituir nosso

de Pediatria vêm fazendo desde 2016, quando novas

vasto mundo tridimensional.

cartilhas foram divulgadas. Naquela ocasião, os espe-

Para todas as idades e gerações, as recomen-

cialistas reconheceram que mais importante do que

dações do equilíbrio e da sabedoria continuam

o tempo que as crianças passam em frente a telinhas

valendo. Afinal, passar todo o tempo no tablet,

e telonas, vale o cuidado dos pais com o tipo de con-

celular ou TV impedem que crianças e adolescen-

teúdo que estão tendo acesso. É que não tem como

tes tenham outras atividades essenciais para seu

escapar: acompanhamento e supervisão dos pais con-

desenvolvimento físico, mental, emocional e so-

tinuam sendo fundamentais.

cial – sono bom e suficiente, movimentos físicos,

E papai e mamãe têm que ser rápidos. Afinal, essa é a Geração Alpha, que em 2 ou

variadas brincadeiras!

3 segundos descobre como fazer coisas

Outras restrições são úteis para aumentar a in-

que você nem sabia que existiam no seu

teração em casa e também para não prejudicar a saú-

smartphone. Chamada assim pelo so-

de. É o caso, por exemplo, de não convidar os apare-

ciólogo australiano Mark McCrindle, essas

lhos digitais para as refeições! E de combinar que

crianças, nascidas a partir de 2010, já vieram

eles sejam desligados pelo menos uma hora antes

ao mundo imersas na tecnologia digital. O

de dormir, já que está comprovado que a luz emitida

pesquisador descobriu nisso uma vantagem:

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de preferência ao ar livre, e brincadeiras. Muitas e

pelas telas atrapalham nosso sono.


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Guia rápido: Para os bebês de até 18 meses – melhor ficar só com os videochats. Entre 18 e 24 meses – jogos simples de apertar “respostas”, por exemplo, e os videochats são uma boa pedida para estimular e distrair. Dos 2 aos 5 anos – existem muitos jogos divertidos e educativos. E os programas de TV e apps para essa faixa etária podem ajudar na alfabetização, no desenvolvimento matemático e de habilidades sociais. É importante não exceder no tempo: até 1 hora por dia.

Web - dicas úteis:

Acima dos 5 anos – para as crianças acima dessa idade, a escola já vai ser um fator

- Instale antivírus, anti-spam e proteção contra

importante. Muitos vão querer pesquisar sobre assuntos ou mesmo interagir com

malwares nos equipamentos de casa e nos

colegas. Existem benefícios no uso da tecnologia a partir dessa idade, em especial

tablets e smartphones.

para crianças com problemas de atenção ou memorização. É também a idade em que começam a surgir preferências por jogos ou “youtubers”. É preciso ficar de olho no conteúdo. Alertas importantes são jogos ou filmes com ritmo acelerado ou conteúdo violento. E fique atento também a apps com vendas, a surpresa na conta pode ser grande.

- Oriente a não clicar em links que não sabem ou não tenham certeza de onde vieram. - Configure a privacidade das contas dos filhos. - Tenha a senha de acesso de seus filhos. Sim, para alguns é polêmico, mas costuma ser fundamental para dar aquela olhada nas

Rede de segurança

“amizades” e no que está sendo postado.

Alguns cuidados envolvem problemas mais graves e assustadores. A se-

gurança no uso da web, principalmente nas redes sociais e de mensagens, deve ser conversada desde cedo com nossos filhos. Em 2015/2016, O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC) fez uma pesquisa com crianças e adolescentes com idades variando entre 9 e 17 anos. Quase metade dos perfis era público, ideia absolutamente não recomendada pelos especialistas. Pelo contrário, profissionais das delegacias de crimes cibernéticos são enfáticos na recomendação de que as redes de-

- Informe-se previamente sobre o jogo que está sendo pedido ou jogado, pois só assim é possível saber se é recomendado para sua criança ou adolescente.

Mão na mão e olho no olho

Tanta recomendação parece um exa-

vam ser privadas. E que seus amigos “digitais” devem ser os amigos que você

gero. Mas a realidade está aí para mostrar o

já conhece na vida real!

lado maravilhoso (e imprescindível) da tecMas a pesquisa viu mais – nesses perfis, 76%

nologia e também sua face obscura e peri-

das crianças e adolescentes revelavam o sobre-

gosa. Conteúdos úteis e interessantes estão

nome, 31% davam o número do telefone, e entre

ao alcance das mãos. Conteúdos impróprios

20 a 40% diziam onde estudavam, onde mora-

também. E até coisas que nem deveriam

vam e até onde estavam naquele momento. Um

existir... Saber usar é o segredo. Ensinar nos-

quadro de vulnerabilidade que assusta qualquer

sos filhos esse bom uso é a chave para uma

pai ou mãe.

convivência prazerosa e cheia de benefícios,

Orientar a não postar informações sobre a

para eles e para toda a família.

vida pessoal (onde estuda, onde está, para onde

Afinal, não é possível nem recomendá-

vai, endereço e telefone) é fundamental. Tam-

vel guardar nossa família do mundo digital.

bém é preciso ser claro sobre o risco de marcar

Pelo contrário, com sua presença cada vez

encontros com desconhecidos sem a presença

maior e mais acessível, o caminho é apren-

de um adulto da família. E lembrar aos filhos que

der a usar. E como eles aprendem a andar se-

é preciso usar a webcam com cuidado – caiu na

gurando nossas mãos, também aqui é nosso

rede, é peixe! E em tempo de “fake news”, já é bom

papel amparar, mostrar e guiar. De mãos

ir preparando os pequenos: não devemos com-

dadas e conversando, olho no olho, a família

partilhar o que não conseguimos confirmar.

vai descobrindo o seu jeito de ser digital.

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Interação entre pais e filhos

EDUCAR

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Férias

Texto: Auxiliadora Mesquita - Ilustração: Cláudia Prates

F

érias pra que te quero! Todo mun-

ainda costuma sobrar para ela toda a par-

com jeitinho e um pouco de generosida-

do (ou quase) adora férias. Para a

te “não-férias” das férias: cuidar para que

de de cada um as férias vão ficar sob me-

maioria de nós, é uma chance de liber-

todo mundo esteja alimentado, limpo e

dida. Só não vale se esquecer dos peque-

dade, diversão e de ficar junto de quem

no horário. Assim não vale! Ela também

nos. Que tal ouvir as crianças para receber

se gosta. Mas é também nas férias que

tem que pensar naquilo que vai fazê-la

sugestões e ideias? É verdade que você

a convivência constante e sem rotina

feliz, relaxada e renovada.

pode ouvir coisas bem malucas, mas até

pode criar atritos e conflitos. Para tudo

Nesse pensa daqui, pensa dali,

essas podem ter uma versão “pé no chão”,

correr bem, o caminho mais bacana é

que vai agradar aos pequenos e ainda tra-

planejar junto.

zer boas surpresas para os pais.

Com planejamento, a família des-

E por falar em surpresas, uma últi-

cobre as expectativas de cada um. Pa-

ma lembrancinha de viagem: elas vão

pai quer ficar de pernas pro ar ou quer

aparecer. As boas, as sem importância e

colocar em dia as aventuras radicais? É

as que têm potencial para estragar o hu-

do tipo que ama um lugar novo ou quer

mor. Seja qual for a surpresa da vez, só

ficar tranquilo na cidade natal? Já a Ma-

existe um jeito de estar preparado: amor

mãe tem que ter vez também. Afinal,

e união. O resto se resolve. Boas Férias!

a mascoti nha da

ed ucar

s ria

Pipo ca

a de f é poc Pi

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Interação entre pais e filhos Achei pra você

Férias

As Férias de Peppa , (Disponível em DVD e no Youtube)

mos. Trabalhar e estudar deixa o nosso corpo cansado e a nossa cabeça também.

São 18 minutinhos de

corpo fica feliz e nossa cabeça bem alegre, cheia de lembranças boas.

As férias existem para a gente descansar do trabalho e do estudo que fazeQuando saímos de férias, temos as chances de fazer coisas diferentes. Nosso

fofura e diversão com a família toda da Peppa viajando de avião para se hospedar numa casa na Itália. Molto bene, Peppa!

Nas férias, muitas pessoas viajam para outros lugares. Pode ser para um sítio ou hotel-fazenda. Pode ser para passar uns dias indo à praia. Outros viajam para bem longe, para países diferentes. E também tem quem vá visitar os parentes, a vovó e o vovô, por exemplo. E ainda tem gente que fica em casa

As Férias de Miguel e Pedro, de Ruth Rocha. (Coleção Comecinho, Editora Melhoramentos)

mesmo, só inventando coisas divertidas para fazer. É muito bom não ter que fazer as mesmas coisas que fazemos todos os dias, como ir para escola, por exemplo. Mas também é importante não deixar que suas férias sejam só assistindo televisão e dormindo. Assim não tem graça! Converse com o papai e a mamãe sobre coisas que você gostaria de fazer

Essa história agrada dos 4 aos 10 anos.

nas férias. Quem sabe você quer aprender uma coisa

Nela, Miguel e Pedro são duas crianças

nova, visitar um lugar que você ouviu falar que

que querem passar as férias na praia, mas

é legal ou brincar de uma brincadeira diferen-

acabam indo para o sítio do tio Chico, lá

te? Pensando no que todo mundo quer dá

em Minas Gerais. No sítio não tem TV,

para descobrir o que é possível fazer. E ter

videogame nem internet. Como eles vão

ótimas férias!

fazer para se divertir?

As férias do Pequeno Nicolau, (DVD) Esse é para os maiorzinhos. Nessa produção francesa, o menino Nicolau vai de férias com toda sua família para uma cidade no litoral da França. Muitos amigos e diversão. Mas também um susto: ele conhece uma menina e fica apavorado pois acredita que seus pais querem que ele se case com ela!

Berçário • Educação Infantil • Ensino Fundamental 1 • Período Integral • Educação Bilíngue

MATRÍCULAS ABERTAS Rua Itapuã, 398 - Parque São Jorge - Fpolis

Tel.: (48) 3334-1155

/escoladoparquefloripa www.escoladoparque.com.br


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informação útil para todos

“As férias Só-se-eu-quiser” PEDRO ESTAVA ENTRANDO DE FÉRIAS NA ESCOLA. E PIPOCA JÁ ESTAVA IMAGINANDO TUDO QUE FARIA COM ELE: PASSEAR NA PRACINHA CHEIRANDO TUDO, JOGAR BOLA NO QUINTAL, JUNTINHOS.

MAS FOI SÓ AS FÉRIAS COMEÇAREM QUE O PEDRO NÃO QUERIA FAZER NADA. A MAMÃE FALAVA: “VAI BRINCAR LÁ FORA”. E PEDRO DIZIA: “EU NÃO. FÉRIAS É PARA FAZER SÓ O QUE EU QUISER”. VAMOS ANDAR DE BICICLETA?

PIPOCA FICOU PREOCUPADA, ESSAS FÉRIAS ESTAVAM MUITO CHATAS... A MAMÃE E O PAPAI ESTAVAM CURIOSOS TAMBÉM. PEGARAM UM PAPEL E LÁPIS PARA O PEDRO ESCREVER. PEDRO, O QUE VOCÊ QUER FAZER NAS FÉRIAS?

EU NÃO. FÉRIAS É PARA FAZER SÓ O QUE EU QUISER!

PEDRO ESCREVEU UMA LISTA BEM GRANDE, COM MUITA COISA LEGAL! MAS LÁ NA ÚLTIMA LINHA DA LISTA, PEDRO ESCREVEU ASSIM: MAS TUDO ISSO AÍ... É SÓ SE EU QUISER.

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Dicas de Saúde

Autismo e o tratamento odontológico Por Dra Bárbara Brandt A maioria dos responsáveis pelas crianças autistas encontram dificuldades no aten-

mília, porém, com carinho e paciência, sempre chegaremos ao sucesso.

dimento odontológico, tanto por eventualmente não existir cooperação por parte da criança, mas também por não encontrarem profissionais que se habilitem para tal. O atendimento odontológico para estes pacientes muitas vezes realmente pode se tornar desafiador, já que pode existir dificuldade na comunicação (bem como na interação social), assim como a individualidade em suas características comportamentais com consequente dificuldade de cooperação por parte dos pequenos. Isso também pode se dar devido a di-

Existem algumas formas diferentes de se tratar crianças não colaboradoras, dependendo do grau dos déficits intelectuais, e se ele é existente ou não:

Condicionamento:

vínculo com a criança, a abordagem começa ainda na recepção, enquanto a criança se diverte na brinquedoteca. Vamos a conhecendo, entendendo sua responsividade e sensibilidade para saber até que ponto poderemos ir, mostrando e ensinando tudo o que poderá passar, barulhos e sensações que poderão ocorrer. É uma etapa que muitas

ficuldade no processamento sensorial que

vezes não é valoriza-

o leva a uma super responsividade, ou seja,

da, mas de extrema

sensibilidade a pequenos toques, barulhos,

importância, ja que

ou até mesmo à luz. Toda essa situação pode

nós

gerar dificuldades também aos pais na rotina

entenderemos

diária, no momento da higiene bucal, o que

particularidades de

pode vir a causar problemas de saúde. Aí en-

cada criança e seus

tra a importância da frequência das visitas ao

medos e aflições.

dentista destes pacientes, bem como a forma de se trabalhar com eles. Cada paciente, de forma individualizada, vai responder ao toque, aos gestos e à fala de forma diferente, para tanto, é necessário que haja, por parte do profissional, bom senso e capacitação para criar o vínculo e a confiança necessária. O paciente que possui o Transtorno do Espectro Autista é bastante visual, e por este motivo utilizamos de vários artifícios que os levam a visualizar e entender as situações pela qual irão passar, desde o momento de colocar a pasta na escova, até um tratamento restaurador. É importante que os pais compreendam que nem sempre o tratamento será fácil e que poderá ser gerado stress à criança, ao profissional e à própria fa-

para a criação do

profissionais as

Contenção protetora: em algumas situações, por mais que a criança entenda tudo o que irá acontecer e se sente à vontade na presença do profissional, e utilizando os instrumentais nos responsáveis ou bichinhos utilizados para esta ludicidade, no momento de fazer em si mesmo, ainda pode não haver cooperação; muitas vezes acaba sendo necessário que os pais ou responsáveis, através de um termo de consentimento, permitam que se faça uma contenção da criança para que o tratamento seja efetivado sem intercorrências. Na grande maioria das vezes, apesar de a criança estar sendo “forçada” a fazer o procedimento – que é para seu bem – não serão gerados traumas, afinal, não a estaremos machucando, será apenas algo de que seu nível cognitivo não é capaz de entender para aquele momento.

Anestesia geral: em algumas situações a melhor forma de fazer o tratamento para estes pacientes, é sob anestesia geral. O paciente fica não-responsivo e o tratamento é

Sedação medicamentosa e/ou via óxido nitroso: a sedação pode auxiliar no momento do tratamento, já que deixa a criança um tanto mais tranquila e com um "tempo de cadeira" mais longo. Porém, somente a sedação pode não ser o suficiente: em algumas crianças pode existir o efeito contrário e deixá-la ainda mais agitada. Além disso, a criança nunca chega a dormir totalmente, então, caso ouça algum barulho ou sinta algum desconforto, pode se sentir incomodada e não permitir o tratamento da mesma forma de quan-

realizado sem intercorrências. No entanto, por ser um tratamento com um alto custo e riscos – por mínimo que sejam, nem sempre acaba sendo o de melhor escolha para a maioria dos casos. Apesar de muitas vezes dificultoso, o tratamento odontológico para os pacientes com Transtorno do Espectro Autista pode ser realizado sem intercorrências. Realizando uma boa consulta inicial, o profissional capacitado estará apto para verificar qual será a melhor forma de propor o planejamento individualizado mais adequado para cada caso, visando sempre o bem estar e a saúde do pequeno.

do sem a sedação.

Dra Bárbara Brandt - Odontopediatra

Venha nos fazer uma visita, prevenir é melhor do que tratar! Rua Santos Dumont, 182 - sala 104 - Ed. Life Medical Tower - Centro - Florianópolis - Tel.: (48) 3209-4326 - www.barbaraodontopediatria.com.br


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rafaella motta

rafael de Almeida

Victor Cordova da Roza

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Revista Educar

Vitória e João Antônio Hames

Pietro Guasto

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Revista Educar

l Que este Nastsaos encha os noamor corações de Natal e paz. Feliz pero e um prós Ano Novo"

2 EM 1

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Campeã da copa brasileira de pizzarias 2014. Massa feita com farinha de trigo e mais 3 tipos de fibras, fermentação lenta (dezoito horas aproximadamente), esticada com as mãos sem auxilio de rolo, proporcionando bordas largas e uma sensação de macies e crocância. Molho de tomates maduros feito na hora. Coberturas com quantidades e sabores equilibrados. Assada em forno a lenha a 400 graus.



MatrĂ­culas abertas


Dicas de Saúde CENTRO CLÍNICO

DONA HELENA

Autismo

Troque o silêncio pela atenção Por Lorena Raulik Cyrino

Por que, muitas vezes, o diagnóstico de Autismo demora a ser fechado, se os sinais podem ser notados já nos primeiros meses de vida? O Transtorno do Espectro Autista

dade ao barulho e seletividade alimentar

fármacos muitas vezes pode ser necessário

(TEA) é um transtorno do neurodesen-

também podem estar presentes, entre

para o tratamento de comorbidades.

volvimento caracterizado por dificul-

outros inúmeros sinais.

Em relação à inclusão escolar da

dade de comunicação e interação social,

Não sabemos exatamente as causas

criança com autismo no ensino regular,

comportamentos repetitivos e interesses

do autismo, entretanto diversos fatores

além de garantir o cumprimento da lei,

restritos. A condição pode se apresentar

de risco parecem favorecer o desenvolvi-

isso possibilita o encontro com outras

de diversas formas, compreendendo um

mento dessas condições comportamen-

crianças. Na escola é sempre muito im-

universo de alterações comportamentais,

tais, incluindo fatores genéticos e am-

portante que os professores procurem

sendo o diagnóstico, portanto, depen-

bientais – como complicações durante a

conhecer bem o aluno com TEA, definir a

dente de uma avaliação clínica detalhada

gestação e o parto.

forma de atendimento educacional a ser

acerca do desenvolvimento da criança.

Dada a complexidade do transtorno e

ofertado e desenvolver estratégias ade-

O atraso da fala parece ser o motivo

a falta de marcadores biológicos, muitas

quadas de atuação pedagógica em sala de

que mais mobiliza os pais na busca por as-

vezes o diagnóstico não é claro, exigindo

aula, sempre visando o melhor aprendi-

sistência. Entretanto, dificuldades no de-

um esforço conjunto entre o médico, a

zado e evolução da criança.

senvolvimento social são os indicadores

escola e a família. À família, cabe o papel

mais prováveis de um futuro diagnóstico

fundamental de procurar ajuda especiali-

de autismo. Aos 6 meses de vida, a criança

zada caso observe sinais de TEA.

Dica:

ATYPICAL é uma excelente série de

já pode apresentar alguns sinais de déficit

Mais importante que concluir o diag-

TV sobre o Transtorno do Espectro Au-

na interação social, como por exemplo:

nóstico é iniciar a intervenção precoce.

tista! Uma comédia dramática escrita por

não estabelecer contato visual durante

Pode haver dúvidas, mas isso não deve

Robia Rashid, que conta a história de um

a amamentação, não interagir com fami-

atrasar o tratamento, que pode ser bastan-

garoto de 18 anos com TEA em sua busca

liares, não apresentar o sorriso social e

te diversificado e varia de acordo com as

por amor e independência. Sua jornada

não responder a chamados. Nas crianças

necessidades de cada indivíduo. A Terapia

de autodescoberta é tão divertida quan-

maiores, já se pode observar um atraso na

Cognitivo Comportamental, a Análise

to tensa e tem um impacto em toda sua

fala, com dificuldade de pedir ou apontar

Aplicada do Comportamento (ABA), a Te-

família, forçando-os a lidar com as altera-

o objeto de desejo, movimentos repetiti-

rapia da Fala e a Terapia Ocupacional são as

ções em suas próprias vidas e os fazendo

vos como balançar o tronco ou as mãos e

mais usadas, mas a Musicoterapia e a Equo-

questionar: afinal, o que realmente signi-

fixação por determinados assuntos. Al-

terapia, dentre outras, também podem ser

fica ser normal?

terações sensoriais como hipersensibili-

eficazes. Ressalta-se ainda que o uso de

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Dra Lorena Raulik Cyrino - Neurologista Integrante do Corpo Clínico do Hospital Dona Helena

Uma rede completa de serviços ao seu dispor R Blumenau, 123 - Centro, Joinville - Tel.: (47) 3451-3333 - www.donahelena.com.br




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