Informação útil para todos!
Giovanna e Lauren
Supermercado
VALE DAR CARTA BRANCA PARA AS CRIANÇAS?
Pelo mundo
A EXPERIÊNCIA DE MORAR EM PAÍSES DIFERENTES
www.revistaeducar.com.br
Leitura
ORA DIREIS, CONTAR HISTÓRIAS!
Presente e futuro
A PRÁTICA DO PENSAR
Edição 100 • Ano 8 • Abril 2016 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul
Editorial 100
EDIÇÃO 100 • ANO 8 ABRIL 2016
Sol a pino, céu azul, pássaros nos agraciando com voos rasos, precisos e silenciosos.
EDITORA Cláudia S. Prates
O ônibus 22 surge e, com um barulho meio estridente, dá um solavanco, para e recolhe alguns poucos passageiros que, como eu, planejam descer no terminal do centro. O trajeto costuma demorar entre 15 e 20 minutos, tempo suficiente para eu encostar a cabeça na janela e observar inúmeras casas que passam rápido como num filme. Uma delas, muito antiga e de estilo “enchaimel”, me enche os olhos sempre que aparece - é linda, sólida, repleta de sentimento em cada detalhe – ouvi dizer que foi construída há pelo menos 100 anos. O terminal se aproxima. O ônibus vence mais uma curva e lá estamos. Desço e vou caminhando em direção ao meu destino final, pensando em quão significativo é o número 100 – grande o bastante para conseguir armazenar momentos importantes e lembranças inesquecíveis.
Foto Clodoaldo Oliveira
A história dessa casa nos remete, de alguma maneira, à nossa revista. Não passamos (ainda) dos cem anos de existência, mas chegamos, este mês, à nossa 100a edição. Assim como essa imponente casa de estilo alemão, várias ações foram necessárias para que nossos trabalhos fossem erguidos; para que tantos exemplares chegassem às mãos dos leitores em três cidades diferentes nos últimos 8 anos. Precisamos, ao longo de todo o caminho, planejar os “tijolos” da “obra”; desafiar a “arquitetura financeira”; dedicar nosso tempo à “construção” de cada número; repensar a estratégia quando uma das “paredes” se mostra meio torta; comemorar cada “telha” posta; esperar pelo dia seguinte quando as “nuvens escurecem” e a “chuva” aparece com toda a força, fazendo com que as boas notícias demorem um pouco mais pra chegar. E chegam. Cem. Esse é o nosso número atual. E tal como a antiga casa que admiro tanto quando estou no ônibus 22, nossa Educar já possui uma história intocável, fincada em raízes fortes, viva na mente de quem sempre esteve por perto, acompanhando cada trabalho executado – e que espera, com ansiedade, pelas próximas 100 edições.
Cláudia Prates educar@revistaeducar.com.br Revista Educar @claudiaeducar
JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia Prates COLABORADORES DESTA EDIÇÃO
Auxiliadora Mesquita Marlise Teixeira / Fernanda Moura Milena Luisa / Bárbara Maglia Marcus Vinicius Josino
REVISÃO Vânia Dantas Pinto IMPRESSÃO 47 9143.4416 / 47 9181.4223 www.impressul.com.br
•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem distribuição gratuita e direcionada aos pais em inúmeros pontos comerciais e instituições de ensino de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.
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48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br
Educar • Abril/2016
Nossa capa
Sorteio
As lindas amigas Lauren e Giovanna “emprestaram” pra gente uma história pra lá de interessante: elas nasceram nos EUA 8 anos atrás, em cidades diferentes - hoje moram em Joinville e são colegas de sala! Elas compartilharam conosco curiosidades, dificuldades e alegrias envolvidas nessa mudança de País. E a gente mostra tudinho pra você, nas páginas 20 e 21 desta edição.
Estamos em festa: chegamos em nossa 100a edição! E para comemorar esse feito tão legal, vamos sortear 3 kits comemorativos Educar e Casinha de Ideias Personalizados para Festa, cada um contendo 1 caneca, 3 barras de chocolate e 1 caixinha de chá de hortelã. Para participar, basta enviar um e-mail até o dia 30 de abril para promocao@revistaeducar.com.br, escrever no assunto “EDUCAR 100” e, na mensagem, seu nome, telefone e cidade. O resultado será divulgado em nosso site a partir do dia 1 de maio.
Figurino: Coleção Outono Inverno Pituchinhu’s, da Loja Turma da Cuca Fotos: Vinny Studio Local: Agrícola da Ilha, Joinville
Rua Princesa Izabel, 365, Centro, Joinville (47) 3433.9508
Facebook: Agrícola da Ilha Comércio de Plantas Ltda / Site: www.hemerocallis. com.br
Facebook: Vinny Photos Joinville, (47) 9652.8213
Apoio: Casinha de Ideias Personalizados para Festa www.casinhadeideias.com.br
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Finanças
Carta branca para as crianças?
Você já viu uma cena de birra no supermercado? Já levou produtos extras para casa porque as crianças colocaram no carrinho? Já sofreu com peso na consciência por dizer não a um pedido do seu filho no momento das compras? Saiba que essas são situações bastante corriqueiras no nosso dia a dia, e a dúvida principal é sempre: levamos ou não as crianças ao supermercado? Antes de darmos a carta branca, é preciso avaliar alguns pontos, de máxima importância para a educação e para o futuro financeiro dos pequenos.
Primeiro ponto: o exemplo Se o assunto aqui é finanças pessoais e a boa administração do dinheiro, a primeira pergunta é: sei cuidar do meu dinheiro? Se você acredita que pode mostrar um bom padrão de comportamento à sua criança, leve-a ao supermercado. Para ela, a aula prática de economia doméstica fará a diferença no futuro. Mostre suas escolhas, quais produtos entram no carrinho e quais precisam ficar de fora. Aproveite para, junto com sua criança, escolher marcas diferentes das habituais, especialmente se estiverem com melhores preços. Você ajudará seu filho a entender o poder das escolhas financeiras.
Segundo ponto: o orçamento
iStockphoto
Você não tem um orçamento? Então, está na hora de elaborar. Faça a lista em casa, com a família, verificando os armários e tudo o que precisa ser comprado. No supermercado, peça ao seu filho que controle a listagem, riscando cada item que já foi colocado no carrinho. Seja disciplinado e não leve produtos desnecessários para casa. Você pode também estabelecer um valor limite de compras e pedir ajuda da criança no controle dos números, para que não gastem mais do que o estipulado.
Educar • Abril/2016
Você ensinará seu filho ou sua filha a usar a disciplina, seja obedecendo a lista ou tendo um valor limite para consumo.
Terceiro ponto: a atenção Toda atenção é pouca quando o assunto é o dinheiro. Antes de ir para o supermercado, verifique se todos estão bem alimentados: quando estamos com fome, nossa tendência é levar alimentos extras para casa. Atenção também na hora de avaliar as promoções: não compre gato por lebre! Promoções muito atraentes podem indicar produtos com curta validade ou até mesmo com quantidade diminuída em suas embalagens. Você mostrará para sua criança que o foco é sempre necessário nas compras - e na vida.
Quarto ponto: o evento Avalie se o supermercado tem sido para você um evento. Algumas famílias fazem deste o momento mensal do passeio familiar e acabam ultrapassando os limites financeiros desejáveis de consumo. Estabeleça que o
período ideal de compras é a segunda quinzena do mês e aproveite as promoções e o supermercado vazio. E, claro, no lugar da diversão no supermercado, combine um evento divertido com a família: pode ser uma noite especial, um piquenique, um passeio na praia ou tantas outras formas de curtir com as crianças. Você aprofundará sua relação com seu filho ou sua filha, com um evento alegre e especial para ele ou para ela. Ainda que todos os pontos anteriores estejam claros, é preciso que antes de sair de casa a criança saiba exatamente o que pode e o que não pode no supermercado. E, cabe aos pais o papel de dizer sim e de dizer não. Seja firme! Só assim seu filho ou sua filha terá uma carta branca em mãos, para ir ao supermercado e também para escrever sua própria história financeira, seguindo bons exemplos. Marlise Alves Teixeira
Contadora & Coach em finanças
marlise@sementeprospera.com.br
3a Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF)
De 16 a 22 de Maio acontecerá a 3a Semana Nacional de Educação Financeira, evento que promove a Educação Financeira no Brasil. Na Grande Florianópolis, o evento acontecerá nesta mesma data e será apoiada como ação de Responsabilidade Social das empresas M&M Contabilidade, Consultoria e Coaching, PCV Dinheiro e realizada por meio da metodologia Semente Próspera de Educação Financeira. Dois temas de palestras serão apresentados: “Multiplicando a Prosperidade - Educação Financeira para multiplicadores” e “Laboratório do Dinheiro - Jovens e Adolescentes aprendendo sobre dinheiro”. A missão desse projeto é despertar nos indivíduos uma nova postura mental e comportamental em relação a dinheiro e finanças. Inscreva sua escola para receber uma das palestras: contato@sementeprospera.com.br.
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Para o presente e o futuro
O nosso país está passando por momentos difíceis. A crise se instalou e as notícias de perspectivas ruins e de falta de ética e de compostura são inúmeras. Hoje recebemos uma variedade imensa de informações e, para entendê-las, temos que filtrá-las e separar o lixo da informação comprometida com a verdade. Tem muita gente por aí falando bastante abobrinha e não podemos acreditar em tudo o que ouvimos ou lemos. Por isso, é muito importante criar a prática da leitura e da reflexão nas crianças.
Analfabeto funcional Fala-se bastante, hoje em dia, do analfabeto funcional, aquele que lê e escreve mecanicamente, mas não consegue colocar seus pensamentos no papel ou não consegue entender o que leu. Isso acontece, principalmente, porque a criança não foi desafiada a pensar. Isso é um problema social muito grave, que gera consequências em todas as esferas da sociedade. Afinal, como uma pessoa que não aprendeu a refletir vai conseguir separar as informações de qualidade das de má qualidade? Não vai. Provavelmente, vai acreditar no que “estão falando”, naquele famoso senso comum: “se todos pensam assim, deve ser verdade”. Conseguir ter uma noção geral de como funciona um país e como cada setor da sociedade influencia no nosso dia a dia é uma tarefa difícil, ainda mais num país complexo como o Brasil. E ensinar os pequenos a pensar e analisar é dar-lhes uma possibilidade de um futuro melhor e mais justo. Um dos grandes aliados dessa aprendizagem é promover a prática da leitura. iStockphoto
Educar • Abril/2016
Ensinar as crianças a gostar de ler vai ajudá-las a escrever melhor. Além disso, à medida que a criança lê , vai aprendendo a compreender diferentes tipos de textos e de escrita, o que permite que faça as análises de suas leituras baseando-se em tipos distintos de olhares sobre o mundo .
A leitura também tem a capacidade de libertar a imaginação, pois pode nos levar a lugares e tempos desconhecidos. Ou seja, podemos aprender diferentes formas de viver e de entender a vida, abrindo nossa mente para o novo. Colocar suas ideias no papel também é um exercício fundamental para a prática da reflexão. Quando escrevemos temos que ser mais cuidadosos no uso das palavras, precisamos ser mais claros e pontuais do que quando estamos falando. Isso porque ao falar usamos outras formas de comunicação além da palavra, como gestos e expressões. Mas, o principal é que, ao escrever, nossas palavras e pensamentos ficam
registrados e a responsabilidade sobre o registro escrito é muito maior do que a responsabilidade da fala.
As ferramentas certas Dar ferramentas para as crianças aprenderem a considerar diversos tipos de informação e, mais do que tudo, saber o que fazer com elas é dar oportunidade de escolha e de participação social ao longo de suas vidas. Dar o exemplo lendo e conversando sobre suas opiniões e reflexões vai ajudá-las e orientá-las nesse mundo cheio informação, mas com pouco conteúdo e profundidade. Assim, quem sabe, num futuro próximo, poderemos contemplar e viver num Brasil mais educado e mais comprometido com o bem estar comum. Fernanda Mello de Moura Pedagoga
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Interação entre pais e filhos
Educar • Abril/2016
Tema desta edição:
A mascotinha da Revista Educar Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Cláudia Prates
Quero ser Contabilista!
Eles e elas estão espalhados nos quatro cantos do mundo e trabalham sem cessar em escritórios de grandes e pequenas empresas. Além disso, podem ter seus próprios negócios, fornecendo informação, conhecimento e soluções para quem os procura necessitando de orientação. São os contabilistas – os antigos contadores, uma profissão tão útil hoje como sempre foi. E olha que tudo começou muito tempo atrás! Contar e registrar bens e objetos é quase uma segunda natureza para nós, e a figura de uma pessoa responsável por tarefa tão importante acompanha a humanidade desde as primeiras atividades comerciais. Fenícios e egípcios já constavam em seus documentos com esse registro para “fechar as contas”.
Ilustração Cláudia Prates / Freepik.com
Com a Revolução Industrial, os contabilistas consideram que a verdadeira Ciência Contábil chegou, e hoje é impossível que nosso mundo globalizado consiga continuar funcionando sem o auxílio precioso desses especialistas. Muito além de contar e registrar, eles acompanham as mudanças na legislação e procuram dar a orientação necessária para que nossos bens e serviços sejam preservados, aumentados e geridos de forma eficiente e correta. Para muitos, ser contabilista é um dom, mas sempre acompanhado de muito estudo e dedicação. Dia 25 de Abril é o dia do Contabilista - aproveite para dar os parabéns a esse profissional que nos traz segurança e apoio!
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Interação entre pais e filhos
Ilustração Cláudia Prates / Freepik.com
Pipoca em: Vou ser contabilista!
Você sabia? • Contabilidade é contar e anotar tudo que acontece com os bens de uma empresa – ou até de uma casa. Contar e anotar o que temos, o que ganhamos e o que gastamos ou perdemos é muito importante, pois assim sabemos com certeza o que está acontecendo com nossas coisas. Numa empresa isso é ainda mais importante, pois é preciso saber se os negócios estão dando certo e o que fazer para que fique ainda melhor. • O contabilista é o profissional que estuda e se dedica a fazer esse trabalho de contar, anotar, entender e descobrir novas formas de uma empresa ou pessoa melhorar seu patrimônio, isto é, as coisas que possui. Para ser contabilista é preciso estudar numa faculdade o curso de Ciências Contábeis, que em geral dura 4 anos. • Um bom contabilista precisa gostar de estudar bastante e ter paciência para ler e compreender
Achei para você! Brinquedo Um cofrinho pequeno é uma ótima experiência para iniciar com as crianças. Mas não apenas ensine-os a colocar as moedas lá. O ideal é conseguir um cofre que pode ser aberto e fechado novamente.
números e informações variadas. Também é preciso ter atenção aos detalhes e capacidade de ver informações diferentes e descobrir como uma está relacionada com outra. E também precisa ser alguém honesto e de confiança, pois estará trabalhando com os bens (as coisas e o dinheiro, por exemplo) de outras pessoas. • A pessoa que se torna contabilista pode trabalhar em muitos lugares diferentes. Pode ser contratado por uma empresa, grande ou pequena, e trabalhar resolvendo os problemas dessa empresa. Também pode ter seu próprio escritório e oferecer seu conhecimento para outras pessoas e empresas que precisem. E também pode fazer concurso para trabalhar no serviço público, trabalhando com impostos, bancos, estatais e muitas outras instituições. • E você, já contabilizou seus brinquedos? Que tal contar e anotar, separando tudo direitinho? Assim, de tempos em tempos, é possível abrir e contar e registrar com as crianças, contabilizando o que está acontecendo no cofrinho. A partir dos 5 anos já é possível que as crianças separem, com ajuda, as moedas de cada valor e contem e registrem. Isso pode ficar anotado e quando chegar a um valor determinado, poderá ser usado para alguma coisa que os pequenos querem.
O que seus filhos aprendem aqui, eles levam para toda a vida. Conhe莽a hoje mesmo a Maple Bear Florian贸polis. Acesse maplebear.com.br/florianopolis e agende uma visita. Rua Ant么nio Gomes, 55 - Balne谩rio Estreito (48) 3012-1255 | 3091-1435 florianopolis@maplebear.com.br
Educar • Abril/2016 13
Faça você mesmo
Você sabia que no dia 28 de abril se comemora o Dia Mundial do Sorriso? Aproveite esta celebração para construir muitas carinhas sorridentes de uma forma bem fácil. É só seguir o passo a passo e fazer com que cada criança crie seu próprio Emoticon*. Para criar esta máscara, você vai precisar de pedaços coloridos de E.V.A ou papel cartão (sugestão de cores – amarelo, vermelho, preto, branco); cola branca ou cola própria para E.V.A; palitos de churrasco; prato médio; tesoura. 1 - Convide a criançada para acompanhar o processo de desenho e recorte o E.V.A para construir o rosto da máscara. Use como molde o prato - ele dará um círculo mais próximo ao tamanho do rosto das crianças. 2 – Recorte o E.V.A colorido em desenhos de boca (meia lua), olhinhos (ovais e corações), línguas e demais formas de expressões. 3 – Ofereça diversas opções de expressões diferentes para que a criança monte a sua forma preferida. Neste momento, evite intervir no processo de “criação” das crianças, deixe que elas encontrem a melhor forma de expressar seus sentimentos. DICA: Você pode aproveitar e pedir para que elas dêem um nome a esta expressão, assim aprenderá a interpretar e expor de forma mais clara os seus sentimentos. 4 – Depois de bem fixado, cole no verso o palito de churrasco para servir de apoio. Pronto, é hora de começar a brincadeira. Vocês podem até criar uma peça de teatro, cada um usando a sua máscara, ou trocando por diversas vezes.
No site www.sementinhadegente.com.br e no Canal do YouTube sempre há sugestões de brincadeiras simples e bem especiais para serem feitas em família. E se quiser compartilhar, por meio das redes sociais, os mimos feitos por vocês, não deixe de acrescentar a hashtag #SemeandoIdeias - e aproveite para me seguir por lá também: @sementinhadegente.
* Emojis (ou Emoticons) são junções de e (imagem) e moji (letra), considerados uma imagem que transmite uma ideia de uma palavra ou frase completa (dependendo do contexto utilizado).
Milena Luisa, mãe de Artur (8), Mateus (5) e Pedro (4). Sonhadora e idealizadora do Sementinha de Gente www.sementinhadegente.com.br
Adaptação escolar
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Volta às aulas deve despertar orgulho e não fantasmas Estamos em abril e todas as crianças em idade escolar já retornaram ao colégio. Percebo, no dia a dia, a angústia dos pais, os olhinhos lacrimejantes e pedintes dos pequenos e o esforço das professoras para acalentar esse momento de sensibilidade. Mas se é algo tão natural, o que acontece nesse retorno escolar?
As crianças, em especial, temem o novo, se entristecem quando percebem a ausência da mãe, a distância de seus brinquedos, do seu ambiente. E se pensarmos na idade escolar, também é sabido que um bebê antes dos dois anos de idade não tem maturidade emocional para se afastar da mãe e nem imunológica para estar exposta aos vírus e bactérias de lugares fechados com um número considerável de tantas outras crianças. Ainda podemos ir além e nos lembrarmos da amamentação que, até os seis meses, deve ser exclusiva e com livre demanda no peito materno. Ao refletir por esse ângulo, podemos concluir que talvez a idade escolar não seja algo “tão natural” assim. Porém, é preciso levar em consideração que os tempos são outros. Que a figura do homem como provedor do sustento da família e da mulher como responsável pela casa e educação dos filhos já não cabe em nossa realidade. Então, os pais trocam fraldas e as mulheres também trabalham fora, o que significa que muitas vezes os bebês estão, aos quatro meses, ficando cerca de oito horas por dia em centros de educação infantil (CEI). E o que fazer com essa “nova” prática na criação dos nossos filhotes? Acredito que o verbo que cabe aqui seja amenizar. Para começar, os pais devem livrar-
se da culpa. Como diz o antigo ditado: “o que não tem remédio, remediado está”. Essa é a realidade da maioria da população, e os filhos irão desenvolver princípios cognitivos, alimentar-se com variedade de cardápio, ter contato intersocial com outras crianças, diversas brincadeiras e terão profissionais qualificados zelando por eles. As crianças, por sua vez, devem ser incentivadas a se sentirem seguras. Por menor que elas sejam, não deixe de explicar o que está acontecendo, dizer que elas vão ficar com boas pessoas, com amiguinhos, que a mamãe e o papai vão trabalhar e depois voltarão para buscálas. Diga sempre a verdade, faça a adaptação gradual, leve um objeto que a criança identifique como seu e de forma que ela sinta o conforto do seu lar mesmo estando em um outro ambiente. Lembre-se: a sua segurança é refletida em seu filho. Demonstre (e realmente sinta) confiança. Bem-vindo ao mundo real. Marcus Vinicius Josino CRM 11380 Pediatra da Clínica Mulher R. Timbó, 325, América / Joinville
Leitura
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Educar • Abril/2016 17
Pais e filhos podem fazer muitas coisas divertidas e úteis juntos. E compartilhar histórias pode ser uma delas! Na verdade, ler ou contar histórias pode ser um momento muito especial de troca de ideias, risadas e muito afeto. Um hábito simples, descomplicado e que terá efeitos incríveis no desenvolvimento da criança por muito tempo. E para começar, basta... começar! O hábito de ouvir histórias é o primeiro passo para formar um leitor. E um bom leitor é uma criança mais criativa, atenta e crítica de ideias e valores. Com certeza nada disso acontece de um dia para o outro, nem vem do céu. Mas, de historinha em historinha, seu pequeno irá construindo o poder da narrativa. Podem ser histórias orais – inventadas por você ou repetidas tim-tim por tim-tim de histórias conhecidas. Ou podem ser livros, dos mais simples aos mais premiados. O que importa é fazer disso um hábito e, principalmente, uma diversão. Como fazer? Incorporando ao dia a dia é o melhor começo. Um pouquinho todo dia, como parte da rotina da criança (e que não complique a dos pais, é claro). Pode ser uma história diferente todo dia. Ou não, pois os pequenos adoram a repetição. E o melhor jeito de contar histórias? Sempre com alegria e entusiasmo, esses são fundamentais. É esse tempero que fará com que essa leitura compartilhada seja revestida de muito carinho e ainda mais significado para a criança. Livros não são baratos, mas valem o investimento. Mas também é uma ótima ideia aproveitar para frequentar as bibliotecas da cidade. A maioria delas possui uma seleção infantil de clássicos que podem despertar a curiosidade das crianças. Bons sebos e lojas de usados também são
uma excelente opção. E, ao contrário do que muitos imaginam, é possível encontrar livros ótimos e em bom estado de conservação. E não se acanhe em visitar as boas livrarias da região, mesmo que esse não seja um hábito de sua vida adulta. Muitas possuem sessões de livros infantis fartas e convidativas. Deixe seu pequeno solto para que a curiosidade dele mostre o que falou mais fundo ao seu coraçãozinho. E, então, invista – esse pequeno livrinho comprado pode ser lido muitas e muitas vezes. Aproveite e deixe que sua criança também “leia” para você, contanto detalhes que já guardou da história ou narrando a seu próprio modo o que ouviu. Vale lembrar que papai e mamãe podem participar e até se revezarem na brincadeira. Os efeitos imediatos vão ser sentidos a cada leitura ou história compartilhada. Mas os efeitos a longo prazo serão ainda mais poderosos. Ouvir histórias é remédio certo para crescer forte, cheio de imaginação e com muita lembrança boa desses momentos especiais divididos com os pais. E se você já ouviu essa recomendação muitas vezes antes e ainda não experimentou, não perca mais tempo. Mesmo sem um livro infantil na mão, comece a contar uma historinha já. Quem sabe aquela que você tanto gostou de ouvir na sua infância? Boas histórias foram feitas para serem contadas e ouvidas, lembradas e compartilhadas. Divirta-se com seus pequenos! Auxiliadora Mesquita Pedagoga
Terapia
O mundo da criança, tratado com A infância é normalmente retratada em multicor, mas o que a ilustração às vezes esconde é o lado avesso, preto e branco, cinzento desta etapa da vida. Crescer nem sempre é fácil! As brincadeiras e a alegria infantis, vez por outra, podem esconder um pano de fundo de sofrimento e dor. Em alguns casos, quando o fundo vai tomando a frente da cena, é preciso que outro personagem venha auxiliar. O terapeuta infantil aparece como aquele que vem para ajudar a criança a encontrar suas tintas novamente. Lutos, perdas, divórcio, mudanças, questões de aprendizagem ou interação escolar, fobias, dificuldades de relacionamento e conflitos familiares são alguns dos motivos que levam as crianças - e suas famílias aos consultórios dos psicólogos. Algumas crianças vão, naturalmente, descobrindo maneiras saudáveis de lidar com os desafios do caminho, misturando as cores disponíveis até encontrar o seu tom, sem precisar da ajuda profissional; outras precisam de ajuda para encontrar os pincéis certos e suporte para tentar novas misturas e tons. O difícil é que as crianças, por terem ainda pouca clareza racional do que se passa com elas emocionalmente, raramente pedem ajuda. Ou melhor, raramente pedem ajuda verbalmente. Então, como saber se é hora de procurar auxílio? As crianças, de uma maneira geral, ainda estão mais integradas na relação corpo/mente/emoção. Por isso, quando há algum abalo em uma dessas áreas, todo o sistema é afetado. Assim, fique atento a alterações no apetite, sono, humor e na disposição de seu filho. Elas podem estar sinalizando alguma dificuldade que ele ainda não consegue identificar ou expressar verbalmente.
Brinque junto! É na brincadeira que as crianças se expõem mais livremente. Não é à toa que esse é um dos instrumentos mais valiosos do terapeuta infantil. Brinque de coração e ouvido atentos e, quem sabe, seu pequeno dará dicas do que está se passando. Converse na escola. Pergunte como seu “pitoco” está interagindo, se houve mudança de comportamento, rendimento, disposição e/ou humor. O olhar de alguém que acompanha a criança fora do ambiente familiar pode ser muito rico e trazer dados novos importantes. Se estiver em dúvida, tente uma avaliação. Um bom profissional de psicologia pode auxiliar fazendo
uma avaliação criteriosa e estudando, junto à criança e à família, a necessidade de se iniciar um processo terapêutico. Muitas vezes uma questão simples, se não cuidada, com o tempo vai tomando outras proporções e atrapalhando a vida do pequeno.
Deixe o preconceito pra lá! Por muito tempo, os consultórios de psicologia foram vistos como o espaço de tratamento para comprometimentos muito graves. E, por muito tempo, as pessoas deixaram de usufruir uma alternativa para descobrir maneiras de viver de modo mais integrado e saudável com suas emoções. Para as crianças, as sessões costumam ser recheadas de vivências lúdicas entremeadas de conversa e muita auto-observação. Então, pode deletar a imagem da moça de salto agulha e terninho sentadinha sisuda atrás do divã e não se assuste se seu filho sair do consultório sorridente e animado, tecendo elogios ao seu novo confidente. É muito comum que os terapeutas envolvam a família no processo de terapia com crianças. Pais, irmãos e até, eventualmente, avós ou outros cuidadores podem ser convidados para entrevistas, sessões conjuntas ou devolutivas (ato de dar um parecer de uma atividade). É fundamental estar aberto e disponível para essa participação. Afinal, as crianças não estão sozinhas no mundo e ainda precisam, e muito, da ajuda daqueles que as cercam. O processo terapêutico é um desafio que as pessoas se propõem a abraçar em busca de qualidade de vida, conexão com as emoções, sentimentos e, principalmente, para desenvolver, com o suporte do terapeuta, ferramentas para lidar com as adversidades. Parece bom? Falando assim até dá pra esquecer o medinho da moça de terninho, né? Experimente e proporcione essa vivência ao seu filho. Vocês só têm a ganhar! Munidos dessas ferramentas, podem pintar a vida com as cores que desejarem...
Bárbara Farias Maglia
Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com
Livros / Vacina
Livros indicados para leitores e pré-leitores
Girassol
Educar • Abril/2016 19
Pequenos Exploradores: Meu Incrível Corpo - Descubra o que acontece com o que você come e bebe até virar xixi e cocô. Descubra sentidos incríveis que até seu cérebro ocupado percebe.
O Grande Livro Das Fábulas - Com este livro imperdível, as crianças vão se divertir e assimilar a moral transmitida em cada uma das fábulas. Sejam animais ou pessoas, o verdadeiro protagonista das histórias é o comportamento humano. Chapeuzinho Vermelho Coleção Contos De Bolso Você nunca leu a encantadora história da Chapeuzinho Vermelho de maneira tão divertida! Abra o livro e depois é só curtir as lindas ilustrações e as incríveis cenas de cada página.
Vacina H1N1 A (gripe) H1N1 já atinge 11 Estados do Brasil, totalizando 305 casos no país até 19 de março, segundo o Ministério da Saúde. Neste período, pelo menos 46 pessoas morreram em decorrência da doença. Santa Catarina é o segundo Estado em número de casos (14), seguido da Bahia (10); Pernambuco (5); Distrito Federal (3); Mato Grosso (2); Pará, Ceará, Paraná e Mato Grosso do Sul, que registraram um caso cada. A Clínica Tio Cecim já possui a vacina, que pode ser aplicada em crianças (a partir de 6 meses de idade) e adultos. O pediatra Dr. Cecim El Achkar afirma que, quanto mais cedo vacinar, melhor, para que as pessoas já estejam imunizadas quando o vírus começar a circular com força.
Clínica Tio Cecim Rua Vila Tenente Sapucaia, 66, Centro, Florianópolis (48) 3211-5562 Responsável Técnico: Cecim El Achkar CRM/SC 2239 ▪ RQE 1779
De outro País
Crianças pelo mundo
A experiência de morar em países diferentes Nossas estrelas da capa têm mais experiência do que pode parecer olhando para seus sorrisos inocentes. É que as duas lindas garotas já viveram em outros países e agora estão morando no Brasil. Essa vivência tem suas alegrias e suas dificuldades, e as meninas compartilharam com a EDUCAR como foi crescer em outro país – e voltar “para casa”.
Lauren
Giovanna
Texto: Auxiliadora Mesquita / Fotos: Vinny Studio Roupas: Pituchinhu’s (Loja Turma da Cuca Joinville) / Local: Agrícola da Ilha (Joinville)
Educar • Abril/2016 21
Lauren Proença Pereira nasceu nos Estados Unidos em 4 de novembro de 2008, no dia da vitória do Presidente Obama. Seus pais, Adriana e Vinícius, são brasileiros, e Lauren cresceu aprendendo português em casa e inglês com os amigos. Como era ainda muito pequena, não ia à escola, apenas ao “playgroup”, um encontro de crianças da idade dela, 2 vezes por semana, para brincar. A mãe Adriana acha que, por estar fora da idade escolar, a adaptação de Lauren não foi muito difícil nem lá, nem de volta ao Brasil. “Quando ela chegou aqui, outras crianças e primos diziam que falava engraçado, porque misturava as duas línguas”, contou Adriana. “Mas em questão de alguns meses foi melhorando.” Experiência parecida viveu Giovanna Unda Valadão, que nasceu nos EUA e veio para o Brasil com 6 anos de idade. O pai de Giovanna é o Carlos, mexicano, e a mãe, Geny, é brasileira. Morando em Tijuana, na fronteira entre o México e o estado americano da Califórnia, Giovanna teve acesso a três culturas ao mesmo tempo. Assim, aprendeu espanhol, um pouco de inglês e agora está cada vez melhor no Português. “Sempre procuramos nos comunicar com ela em nossos idiomas maternos (espanhol e português)”, revelou Geny. “Tentamos passar nossos valores culturais, paixões, música, história. E tudo isso contribuiu para a adaptação da Giovanna, agora que viemos viver no Brasil.” É claro que viver fora tem suas dificuldades. O clima pode ser um fator, por exemplo. “Durante o inverno, ficava muitos dias em casa por causa do frio e da neve”, lembra Lauren. Mas às vezes, voltar para a terra de origem de um dos pais é que traz o desconforto. Giovanna confessa que a mudança foi um pouco difícil para ela. “Deixar a casa onde cresci, os amigos, a escola, não é mesmo fácil”, confessa Giovanna. As duas pequenas também gostam de se lembrar das coisas boas. Os passeios: Giovanna gostou da Disneylândia, do Sea World e da Legoland, e Lauren
adorava passear no Boston Children Museum. As delícias locais vão ficar para sempre na memória das meninas. “Gostava muito dos cinnamon breadsticks que pedíamos com pizza e donuts”, lembra Lauren. E Giovanna tem saudade “dos tamales, do restaurante Souplantation, das tortillas e de um doce que se chama pinta frut.” Humm... As mamães orgulhosas garantem que, apesar das dificuldades – ficar longe da família é a principal delas –, a experiência foi excelente para todos. Geny conta que não teve problemas com a adaptação de Giovanna. “Tenho uma filha maravilhosa, que adora aventura, o novo, gosta de viajar, é companheira e é uma fortaleza diante das dificuldades. A adaptação da Giovanna foi rápida e tranquila”, garante ela. E faz questão de dizer que o fato de estar cercada de pessoas que os acolheram – tanto lá, como aqui – fez toda a diferença. Adriana, a mãe de Lauren, reconhece que, de volta ao Brasil, foi preciso readaptar-se ao seu país. “No Brasil a educação de um filho requer um investimento financeiro alto. As crianças não são tratadas como prioridade.” Mas lembra que o contato familiar e a riqueza e diversidade cultural do Brasil são inestimáveis. “Saber aproveitar o melhor dos dois mundos é o desafio e a oportunidade”, garante Adriana. Geny concorda. “Aqui, com raríssimas exceções, nos custa caro, por exemplo, se desejamos que nossos filhos aprendam outro idioma”. E garante que morar fora é uma experiência incrível que ela recomenda para todo mundo. “Morar fora também ensina que a vida não é necessariamente melhor do que no Brasil – ela é apenas diferente, em vários aspectos”, diz Geny. Giovanna e Lauren, as estrelas que brilham em nossa capa, são a prova viva dessa maneira de pensar positiva. Afinal, com esse mundo tão vasto, o melhor é aproveitar cada oportunidade. E somá-la, sempre.
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