Revista Educar dezembro 2011

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Futuro

O adolescente e a escolha profissional

Educação

Escola é uma chatice?

Musicalização

Você já ouviu falar das vitaminas dó-ré-mi-fá-sol-lá-si? Edição 48 Ano 4 Dezembro 2011 | Distribuição gratuita e direcionada Fotografia: André Agenor | Impressão: Impressul Indústria Gráfica Ltda


Livre para voar

Edição 48 ANO 4 Dezembro 2011

ou aquele tipo de mãe que se preocupa excessivamente com seu filho. Desde o momento em que Bruno nasceu e, devido a sérios problemas à ocasião de seu nascimento, eu me sinto assim, superprotetora.

JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441)

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EDITORA Cláudia S. Prates educar@revistaeducar.com.br

ARTE Cláudia Romualdo S. Prates COLABORADORES Cláudia Murakami Auxiliadora Mesquita Clodoaldo de Oliveira Fátima Mesquita

Quero que ele não sofra (apesar de saber que ele precisa passar por isso na vida). Quero que ele seja feliz (apesar de estar certa de que momentos de tristeza estarão presentes de vez em quando). Quero que ele seja uma pessoa do bem (meu marido e eu já estamos nos dedicando integralmente a isso).

REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br

Mas há mesmo uma forma de nos preocupar menos com os nossos filhos? É possível viver plena e tranquilamente, acreditando que eles vão se virar sozinhos, mais cedo ou mais tarde, e que estarão realmente protegidos de tantos acontecimentos ruins soltos por aí? Eu não sei como as outras mães lidam com isso, e gostaria de saber. Sei que preciso me policiar. Estou ciente de que meu filho, daqui a um tempo, estará voando sozinho e descobrindo o mundo – e que eu preciso estar lá, firme e confiante, oferecendo-lhe o apoio de que ele precisar.   ■ Cláudia Prates

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IMPRESSÃO

Rua Alexandre Schlemm, 164 - Bairro Bucarein 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei) www.impressul.com.br

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tem tiragem atual de 9.000 exemplares e é distribuida gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José.

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assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br

Nossa Capa Todo ano é assim: dezembro chega e a gente fica logo com vontade de celebrar o Natal. Queríamos que a capa deste mês lembrasse esta data tão especial e que, ao mesmo tempo, celebrasse a música. E acho que conseguimos. Um Feliz Natal para você e toda a sua família! Fernanda Grieco Acquati, 6 anos, posou para as lentes do fotógrafo André Agenor (www.andreagenor.com), na companhia de um dos lindíssimos pianos da Escola de Música Arte Maior (Joinville, 47 3433.8807). Assistente de fotografia: Ana Paula Soares Produção e idealização: Bela Murakami (www.chadebaunilha.com)



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NOVIDADE

Um mundo em transformação, nossos filhos, um novo laboratório

O

mundo que conhecemos está em contínua transformação. Nas últimas décadas, muito do conhecimento científico existente foi revisado e paradigmas foram alterados, acelerando esse processo de mudança em nossas vidas.

Certamente você já percebeu que os nessa tendência e necessidade, surgiu em realiza, ética, excelência e competência, interesses e necessidades de seus filhos Joinville o Ghanemzinho, o primeiro inovação, sustentabilidade, diversidade são diferentes das suas quando na mesma Laboratório Clínico de Santa Catarina in- e humanidade. Nesse mundo mágico do faixa etária. Por vezes você já deve ter tegralmente dedicado ao público infantil. Ghanemzinho ainda teremos um laborapercebido que o seu modelo de criação/ tório de experimentação científica para cuidado com seus filhos também é distinUma casa mágica, um local onde as as crianças e, a seguir, mais uma importo do utilizado pelos seus Pais. crianças encontram o seu mundo, com tante inovação do Grupo Ghanem para o fantasia, criatividade, conhecimento, médico de seu filho: novos intervalos de Toda essa mudança de comportamen- diversão e atenção sócio-ambiental. E, o referência de exames para cada faixa etáto não é fato isolado, restrito à relação principal, desvinculam “laboratório” do ria, apoiando ainda mais o médico na inentre Pais e Filhos. Perceba, por exemplo, medo da coleta de sangue ou, como in- terpretação dos resultados laboratoriais! a atenção atual das organizações e de toda conscientemente falamos até hoje para a sociedade às questões ambientais, in- nossos filhos, da “picada”. O GhanemziTratar nossos filhos como únicos, cluindo a escola de seu filho, e compare nho conta com uma equipe multidisci- entender a família e suas necessidades ao tempo em que você estava no ensino plinar de profissionais especificamente específicas, agregando tecnologia de fundamental. Toda a sociedade está em capacitados para o atendimento infantil, ponta, profissionais catransformação! com a missão de transformar essa expe- pacitados e aprendenriência de seus filhos em uma experiência do continuamente com Nesse contexto de transformação, será diferenciada e positiva. a nova geração e seu que, na necessidade eventual de realizar mundo em transformaexames de laboratório para um de nossos Uma das grandes inovações do Gha- ção... essa é a essência do filhos, devemos aceitar serviços/aten- nemzinho é o atendimento integrado. Ghanemzinho!   ■ dimento no mesmo modelo de décadas Diferentemente do modelo tradicional Fernando Berlitz, Bioquímico, Gestor de atrás? Será que podemos aceitar que um dos laboratórios, o Ghanemzinho atende Sustentabilidade do Grupo Ghanem laboratório clínico tenha o mesmo pa- em salas temáticas (cada uma pertene Pai do Leonardo (10 meses) drão de atendimento para todas as faixas cente a um dos mascotes da “Turma do etárias, não entendendo seu filho como Ghanemzinho”), onde a família pode ser tendo características e necessidades es- atendida com ampla comodidade, privapecíficas, distintas de indivíduos adultos, cidade e segurança, fazendo seu cadastro por exemplo? e coleta na mesma sala individual e em momento único. As salas temáticas do Efetivamente, como Pais, precisamos Ghanemzinho apresentam os valores de serviços de saúde que entendam as pe- organizacionais do Grupo Ghanem e os Disk Ghanem: 47 3028.3001 culiaridades de nossos filhos, dessa nova traduzem para o universo infantil; nelas Joinville, São Francisco do Sul, Praia de Ubatuba e Araquari. geração tão distinta da nossa. Baseado estão representados: paixão pelo que se


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EDUCAÇÃO

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Escola é uma CHATICE! uem nunca ouviu da boca de uma criança ou adolescente como a escola é chata! E hoje existe uma enorme preocupação em tornar lúdicas as atividades escolares. E fazer da escola um lugar onde a criança possa sempre interagir e se expressar com alegria e felicidade. E eu concordo inteiramente. De verdade.

Mas eu também acho que um pouco de chatice na escola não faz mal a ninguém, muito pelo contrário. “Chatice” na escola é se frustar, e frustração é realmente horrível. Mas, sem ela, dificilmente a gente teria descido das árvores, não é não? As frustrações costumam nos ensinar algumas coisinhas...

interessante, a comer, a entrar no banheiro. Esperar, na escola, é o resultado direto de uma fato muito simples: existem muitos outros alunos. Assim como existem muitas outras pessoas no mundo todo. Provavelmente vamos continuar achando que esperar é uma das coisas mais chatas da vida (eu acho que sim...). Mas a espera é a chance de aprendermos uma das chaves da humanidade: a convivência.

ERRAR A primeira frustração pela qual passamos na escola é errar! Porque na escola a gente vai fazer alguma coisa errada – coisas que não sabemos ainda, coisas que temos de fazer diferente, coisas que aprendemos e de que nos esquecemos. É chato errar! Crianças ou adultos gostam de imaginar que estão sempre certos. Mas errar é tão fundamental para aprender e crescer que hoje pedagogias inteiras se dedicam a mudar a maneira de avaliar um aluno. E o erro é a chance de aprendermos um dos alicerces da sabedoria: a reflexão.

Entediar-se Ah, o tédio... O tédio na escola está relacionado ao desinteresse por algum assunto (ou todos, valei-me!). Ou ao desempenho de tarefas repetitivas. É claro que podemos examinar a questão e descobrir que determinados assuntos são totalmente desimportantes e que certas tarefas estão se repetindo sem nenhuma relevância para o aprendizado. No entanto, muitos assuntos e tarefas são etapas para se alcançar um objetivo mais à frente. E é difícil enxergar mais à frente, o que torna tudo tão... entediante. Só que o tédio é a chance de aprendermos uma qualidade que faz toda a diferença: a disciplina.

ESPERAR Tem coisa mais chata do que esperar? É frustrante não ser o primeiro e é uma tortura ser o último – o último a responder alguma coisa, a examinar algo

Decidir Mesmo nas escolas mais

rígidas e tradicionais, decidimos o tempo todo. Conforme as circunstâncias, muitas crianças e adolescentes não têm como agir a partir de suas decisões. Mas as decisões estão sendo tomadas mesmo assim - o que achamos certo e errado, a quê vamos nos dedicar, de quem vamos nos aproximar. Na escola, como na vida, vamos descobrindo quem queremos ser. E arcando com as consequências! E até quando decidimos “não decidir”, deixando para outras pessoas dizerem quem somos, vamos pagar o preço. Decidir é cansativo e pode ser perigoso. Mas tomar decisões é a chance de aprendermos a única coisa que realmente pode nos guiar pela vida afora: quem somos. A escola é uma chatice. Nela temos que aprender a superar nossos erros, a conviver com pessoas diferentes, a imaginar e trabalhar por coisas futuras e a pensar por conta própria. Que aqui ninguém nos ouça, mas viva a chatice da escola! ■ Auxiliadora Mesquita, Pedagoga


LIVROS

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Para os pequenos

MARIA-FUMAÇA - Histórias do Sítio

LUCY NÃO GOSTA DE REGRAS

Editora Usborne Publishing

Nancy Rue | Editora Mundo Cristão

Para Lucy, o mundo está ficando cada vez mais chato e parece que ninguém a entende. Ela tem que cuidar sozinha do Papi e da casa, sem a presença da Mami. Além disso, ela tem que ajudar seu melhor amigo, que está enfrentando sérios problemas familiares. Como se não bastasse, a jovem descobre que seu sonho de ser jogadora de futebol pode ser difícil de conquistar e, ainda por cima, vê o campinho da cidade ser vendido.

BACKYARDIGANS - A FLAUTA FANTÁSTICA

Catherine Lucas | CMS Editora

Esta obra conta uma história dos Backyardigans numa aventura em que a Professora Tasha tem a ajuda de uma flauta fantástica. O item conta ainda com uma flautafone que toca como uma flauta de verdade e também reproduz três melodias ao apertar o botão.

Este livro cartonado contém botões em um painel sonoro para complementar a história. Com ilustrações de Stephen Cartwright, a obra conta a história dos personagens do Sítio das Macieiras.

Infanto-juvenil

A CIDADE DE VIDRO (VOL.3) Clare Cassandra | Editora Planeta

Em busca de uma poção para salvar a vida de sua mãe, Clary deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras. Mas à medida em que se aproxima de Ragnor Fell, o feiticeiro que pode curar a mãe, ela descobre segredos sobre seu passado e o de Jace - e o irmão não hesita em deixar claro que não a quer por perto. E ela não imagina que está prestes a participar de uma batalha épica, na qual Caçadores de Sombras e integrantes do Submundo terão que se unir se quiserem sobreviver.

Para os grandes O CEMITÉRIO DE PRAGA

A LEBRE COM OLHOS DE ÂMBAR

Umberto Eco Editora Record

Edmund de Wall Editora Intrínseca

Personagens históricos em uma trama na qual se desenrola a história de complôs, enganos, falsificações e assassinatos, em que encontramos o jovem médico Sigmund Freud (que prescreve terapias à base de hipnose e cocaína), o escritor Ippolito Nievo, judeus que querem dominar o mundo, uma satanista, missas negras, os documentos falsos do caso Dreyfus, jesuítas que conspiram contra maçons, Garibaldi e a formação dos Protocolos dos Sábios de Sião. A única figura inventada nesse romance é o protagonista Simone Simonini, embora o autor defenda que basta falar de algo para esse algo passar a existir.

Nenhuma das 264 miniaturas japonesas entalhadas em madeira e marfim era maior que uma caixa de fósforos. Edmund de Waal ficou fascinado ao encontrar essa coleção em Tóquio, no apartamento de seu tio-avô, Ignace. Mais tarde, quando Edmund herdou os netsuquês, eles revelaram uma história muito mais ampla que ele imaginara... De um florescente império em Odessa até a Paris do fin-de-siècle, da Viena ocupada à Tóquio contemporânea, Edmund de Waal refaz, ao longo do conturbado século XX, a jornada de uma coleção de miniaturas japonesas através de gerações de sua notável família.

USE SUA IMAGINAÇÃO

Todo sábado

10h30

a história deixa que a gente conta

ENTRADA GRATUITA

de Histórias Rua Dr. João Colin, 475. Centro - Joinville, SC

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COMPORTAMENTO

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Dói, o amigo chora

uem tem filhos pequenos já deve ter experimentado aquele apertinho no coração ao buscar seu pequeno na escola e encontrar um “dodói” provocado por um amigo... Dói! Dói mais nos pais e nos professores do que nos miúdos, tenha certeza!

Crianças até os três anos de idade ainda estão desenvolvendo a fala. Agora imagine você, por exemplo, numa mesa comprida e lotada, tentando pedir à pessoa na outra extremidade que lhe passe o sal, sem usar a linguagem. Difícil, né?! Pois é, as crianças precisam usar outras maneiras para comunicar o que desejam. O bebê, que não tem ainda nem o domínio do próprio corpo, usa o choro para comunicar sua vontade. À medida em que se desenvolve, a criança vai aprendendo a usar novas estratégias para se fazer entender. Se meu amigo está usando o brinquedo que eu quero, eu preciso comunicá-lo da minha vontade - que, lembre-se, nessa fase, é tudo o que importa - usando a ferramenta que possuo: meu corpo. O corpo, além de fazer carinho - e como eles fazem carinho nessa idade, que delícia! - também aperta, morde, arranha, belisca... Por isso, a intervenção dos adultos - nos casos de “dodói” - deve ser no sentido de ajudar a criança a comunicar o que deseja de outros jeitos que não machuquem o amigo e, também, ensiná-los a evitar que sejam tocados pelos outros de maneiras que não os agradem. Àquele que bate, cabe uma cobrança de desculpas e um lembrete: “Não pode bater. Dói muito. O amigo chora, está vendo?! Ele não gosta. Vamos cuidar dele? Dê um beijinho, um abraço, vamos ver se ele precisa de alguma coisa?” À outra parte, cabe uma ajuda para dizer ao colega, bem bravo: “Não gostei!” ou um simples “não”, até um gesto com a mãozinha vale, se a criança ainda não falar. Sei. Você acabou de vizualizar seu filhinho, olhinhos cheios de lágrima, sobrancelhas vermelhinhas de chorar depois de um conflito com o colega e o apertinho no coração já começou a dar sinal, acertei?! Faz parte. Como também faz parte do

desenvolvimento apertar e ser apertado, abraçar e ser abraçado, arranhar e ser arranhado, beijar e ser beijado e assim por diante... É importante que a criança experimente todos esses papéis, centenas de vezes, se possível! É assim que se aprende sobre o outro. É beijando que aprendemos sobre beijos e prazer, e é batendo que aprendemos sobre tapas e dor, e é na mistura de tudo isso que aprendemos o mais importante: aprendemos sobre o outro. Um outro que existe! Existe, sente e quer - tanto quanto nós! As pessoas - e a vida - não são feitas nem só de prazer, nem só de dor, e os amigos não são feitos só de tapas nem de beijos. Eles são tudo isso, são mais que isso, são CRIANÇAS. Crianças tateando, apertando, agarrando o mundo com toda a vontade! Bárbara F. Maglia

é psicóloga (CRP 12/06523) e Fernanda M. de Moura, pedagoga. Juntas, elas cuidam do Espaço Crescer, em Florianópolis. shantalafloripa@gmail.com


PAPO DE MÃE

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rotina com atividade física iniciou-se há muito tempo. Sou formada em educação física e assim que completei 30 anos resolvi começar a correr. Depois de alguns meses, meu marido também comprou a ideia. Além de algumas provas no Brasil, completamos a Maratona de Nova York em 2008, a de Chicago em 2009 e, em julho de 2010, o Pedro nasceu. Já havia adquirido um carrinho de corrida onde o bebê fica super confortável e estava decidida a correr com meu filho. Ainda faltava o mais importante: preparar o corpo. Um, dois, três, quatro meses se passaram e, no quarto mês, comecei a caminhar com o Pedro, na Beira Mar, em Florianópolis. Aos seis meses já estava praticando uma corridinha leve de aproximadamente 30 minutos. Hoje o Pedro está com pouco mais de um ano e diariamente corremos juntos... Uma parceria que deu certo, pois ele adora o programa. Claro que está sempre protegido com boné, óculos e protetor solar. Sempre calculo o melhor sol, para evitar a exposição desnecessária, e depois da corrida ele adora beber água de coco. No início, as pessoas estranhavam muito uma mãe correndo com seu filho. Hoje, a maioria já conhece o Pedro e sempre escuto uma palavra de incentivo: “Esse bebê vai ser atleta”. Quem sabe? Seria um orgulho e também meu companheiro de corrida. No mês de novembro, Ricardo e eu embarcamos rumo à Patagônia, para mais uma prova e também umas pequenas férias para o casal namorar um pouco. Antes da viagem, brinquei

-Por Tatiana Tavares

com meu marido: “Que tal levar o carrinho do Pedro para revezarmos na corrida?”. Antes de ser mãe, meus treinos eram bem elaborados. Hoje, quase não existe programa de treinamento e sim muita força de vontade para fazer aquilo de que gosto. Espero estar contribuindo como exemplo para as mães, pois depois da gravidez podemos fazer tudo e mais um pouco, sempre com um pouco de adaptação e jogo de cintura.  ■ Rafaella F. Bainha

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Malhação a dois!


FUTURO

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O adolescente e a

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escolha profissional

O momento de escolher a profissão geralmente vem acompanhado de dúvidas e angústias para o adolescente e sua família. Atualmente os adolescentes precisam fazer essa escolha ao terminarem o ensino médio, isto é, em torno dos 16 ou 17 anos. Nessa fase de tantas transformações e no auge do processo de busca pela sua identidade, o adolescente (precocemente) se depara com a necessidade de realizar uma escolha muito importante e que pode trazer repercussões para o resto de sua vida. Observamos que muitas vezes os jovens ainda não possuem maturidade emocional para tomar tal decisão. Podem também não possuir a clareza necessária para definir seu projeto de vida. O fato de reconhecer que essa escolha não precisa obrigatoriamente ser definitiva pode aliviar um pouco o peso dessa decisão. Entretanto, é possível que haja uma dose de frustração caso seja necessária a troca de curso (e de projeto de vida). Muitos fatores podem interferir

na escolha da profissão, tais como: status social, remuneração, profissão dos pais, mercado de trabalho, habilidades pessoais, opinião de amigos e parentes, entre muitos outros. Por mais difícil que seja este momento, é importante que o adolescente mantenha a tranquilidade e procure identificar quais as reais motivações que o levam a decidir por determinada profissão. Nessa etapa do processo, é necessário que o adolescente consiga discernir quais são as crenças pessoais e quais são as crenças familiares e dos amigos. Posteriormente, é fundamental fazer uma detalhada pesquisa sobre o curso pretendido, investigando quais as universidades que oferecem o curso, o custo das mensalidades e dos materiais utilizados durante a faculdade, disciplinas do curso, tempo de graduação (quantos períodos ou anos), horário das aulas, etc. Convém também fazer uma análise sobre o mercado de trabalho, áreas de atuação, remuneração profissional, estabilidade financeira, estilo de vida, e horários de trabalho. Algumas escolas e alguns cursos pré-vestibulares oferecem programas da orientação profissional aos seus alunos. Há também a opção de

procurar um auxílio profissional especializado (individual ou em grupo). A ajuda profissional pode ser de grande valia nesse momento decisivo na vida do jovem, pois estimula a reflexão acerca dos fatores relacionados à escolha profissional, desmistificando estereótipos profissionais, diminuindo a ansiedade e facilitando o processo de uma escolha consciente. Esse processo é um tanto complexo, e demanda uma boa dose de autoconhecimento, maturidade e coleta de informações. É importante que a família participe, apoiando, orientando, respeitando e proporcionando suporte emocional nessa fase delicada da vida do adolescente. ■

Catarina Costa Marques,

Médica Hebeatra (especialista em adolescentes) e Psicóloga


ATITUDE

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A prática do elogio

uem não gosta de ser elogiado? Valorizado? Meu pai sempre dizia: “Você pode fazer 10 coisas boas, mas se fizer uma errada, as pessoas esquecem o que você fez de bom, e o errado pesa mais do que tudo!” No fundo acho que isso é verdade.

chamarmos uma criança de briguenta, encrenqueira, de mal criada, entre outros adjetivos nada legais, ela realmente vai acreditar que é isso e fará jus aos adjetivos dados.

As crianças são os holofotes do que está acontecendo em casa e quando existe algo de errado, os pais buscam ajuda, jusVemos que muitos professores mandam bilhetes nas agen- tificam que o filho nunca agiu assim, e não enxergam que eles das escolares, meio de comunicação entre escola e famílias, mas é que precisam ser ajudados. esquecem de colocar um novo bilhete para elogiar a mudança de comportamento, quando a criança passa a fazer o que é esperado. Um erro seguido de uma conversa firme, mas mostrando as possibilidades de melhora, fará com que seu filho se sinta As críticas são importantes, mas os papais e as mamães acolhido e protegido. Se o objetivo for somente o de apontar não podem esquecer que elas devem ser construtivas. Ficar o erro, acredite, a criança vai pensar que não existe saída e remoendo problemas não vai ajudar seu filho a melhorar o acabará pisando na bola outra vez. comportamento. Errar e repensar sobre o que ocorreu nos ajuda a lidar com As pessoas supervalorizam as atitudes erradas e se esquecem o fracasso. O elogio deve servir como estímulo, deve ter fundade dar o devido valor ao que os pitocos fazem de correto. Pense mento e, acima de tudo, deve ser desafiador, para que a criança comigo: se você consegue chamar mais a atenção quando faz queira sempre ser uma pessoa melhor. uma coisa errada – e o que mais uma criança quer e precisa é de atenção – por que motivo você vai fazer o certo, se a atitude Observe seu filho com atenção, convercorreta passa batida aos olhos dos adultos? se com ele. E me responda: você já o elogiou hoje?   ■ Retome quando acontece algo de ruim, mas não deixe de Patrícia Balestra Pintá, valorizar quando seu filho tem uma atitude correta. Não se Coordenadora Pedagógica da Escola Americana de Florianópolis esqueça de que as crianças acreditam no que os pais falam. Se


EVENTOS

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SÁBADO ANIMADO DE NATAL!

ERA VIDRO E SE QUEBROU

(Florianópolis)

(Joinville) Musicais são sempre lindos e enchem o nosso coração de encantamento e emoção...

No último sábado animado deste ano, as crianças vão escrever uma cartinha para o Papai Noel, pintar uma grande árvore de Natal, brincar, rir e, no final, se deliciar com um super lanche! Tudo isso sob o comando de pessoas experientes e qualificadas.

Dia 10/12, das 14 às 18h, no Espaço Crescer R$50,00 por criança (1 a 8 anos) Desconto para irmãos (adultos ficam de fora!) Vagas limitadas Reservas: 48 3024.2166 Rua Monsenhor Topp, 114, Centro

O evento, que marca o encerramento das contações de histórias de 2011, acontece na LIVRARIA MIDAS no dia 10/12 (SÁBADO), às 10:30h. O ingresso é um produto de limpeza/higiene, que será doado ao Projeto Resgate (Joinville). Para saber mais, ligue (47) 3433.0536. Divulgação / Albertina Tuma Produções

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A peça ERA VIDRO E SE QUEBROU é assim: encanta as crianças e faz adultos reviverem momentos de sua infância. Então anote aí e não perca.


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COLÔNIA DE FÉRIAS

A ordem é: brincar! “É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem de sua liberdade de criação” Winnicot

Mais uma vez o assunto é brincar. Mas por que falar tanto desse assunto se já sabemos que brincar é essencial e que é isso mesmo de que a criança precisa e o que deseja? Será que sabemos mesmo qual é o efeito do brincar na vida dos pequenos hoje e no futuro? Qual é nosso papel nesse processo?

Brincar com brinquedos A forma como os brinquedos são feitos (artesanalmente ou industrializados) não importa. O que interessa é a postura dos adultos na orientação à utilização dos mesmos. Se a orientação é rígida e só permite que o jogo seja sempre feito seguindo as regras que vêm na embalagem; ou se o brincar é sempre direcionado por alguém, sejam pais, professores ou fabricantes, a criança perde a oportunidade de fazer inversões, conversões, distorções, subverter a ordem e transformar. Ela perde a possibilidade de ampliar horizontes, de ser mais flexível e, mais ainda, a oportunidade de descobrir sua opinião sobre as coisas. A criança passa a ver tudo apenas de uma maneira, a maneira que alguém impôs a ela. Ela perde a vontade de arriscar, buscar soluções, não consegue traçar seus próprios caminhos, não desenvolve a autoconfiança e a criatividade.

Independência e autoconfiança Essa atividade na infância determinará o caminho que esse indivíduo vai tomar depois de adulto: ele pode tornar-se uma pessoa dependente dos outros para tomar suas decisões ou alguém que toma as rédeas da vida nas próprias mãos. Brincar é um grande canal para o aprendizado em todos os sentidos. Quando brinca, a criança reflete e se organiza internamente

para aprender o que ela quer e de que necessita. Nesse momento, o adulto precisa estar distanciado e ao mesmo tempo presente, apostando na sabedoria da criança, respeitando o seu momento, suas ideias, hipóteses, sentimentos e pensamentos, seus sonhos! E sonhos são livres, imaginados, inventados, diferentes. Para que a criança possa desenvolver sua criatividade, ela precisa de um ambiente que ofereça liberdade de materiais e, ao mesmo tempo, lhe dê continente e segurança para ser livre. O Reverbera está sempre pensando nisso e, por isso, traz para as férias da criançada uma proposta variada: atividades vivenciais que favorecem a criatividade, a autoconfiança, enfim, que proporcionam o encontro com a diversão! A ideia é tornar os dias das crianças bem leves e felizes, com brincadeiras no jardim, piscininha e banho de mangueira, artes, construção de jogos e bonecos, histórias, música, Inglês, cinema, culinária e muito mais! No Reverbera ou em qualquer outro lugar, a ideia precisa ser sempre a mesma: deixar a criança criar, brincar e, o mais importante, Fábia Lombardi, ser feliz! ■ educadora e arteterapeuta


INTERAÇÃO

ENTRE PAIS E FILHOS

Tema desta edição: Conteúdo: Auxiliadora Mesquita Arte: Cláudia Prates

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Natal Solidário

Que o Natal é a festa da família, ninguém duvida. E é dessa luz tão típica do Natal – a luz da união e do amor familiar – que nasce uma sombra triste que paira sobre aqueles que não podem estar juntos de sua própria família. Apesar de durar só 24 horas para a maioria das pessoas, o Natal se torna uma data angustiante e incontornável para uma pessoa solitária ou em alguma instituição. E essa pessoa está aí pertinho de você: uma criança num orfanato, um idoso num asilo ou num apartamento, um estudante de outra cidade que não vai poder voltar para casa, uma colega de trabalho que veio de longe e não pôde ainda trazer a família. Ou alguém que está há tanto tempo só que nem se lembra mais como é ser de outro jeito...

Para essas pessoas, festas antes ou depois aliviam só um pouco o peso de passarem “aquele” dia como que separadas de toda a comunhão da humanidade! Por isso, fica o convite da Pipoca: tente dar uma passadinha em algum asilo na noite de Natal, com a família já toda bonitona e um bolo bem cheiroso. Ou vá, na manhã de Natal, surpreender com seus filhos as crianças de um orfanato. Ou, ainda, chame para cear ou almoçar na sua casa aquela vizinha “difícil” ou o colega que não sai do messenger. Dentro de suas possibilidades e só se vier de dentro do seu coração, claro. Porque, no fundo, o Espírito de Natal é um só. Mas ele é comemorado de muitos jeitos diferentes pelo mundo afora. Invente o seu jeito. E ao invés de ter um Feliz Natal, faça um!


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HISTÓRIA INFANTIL

Pipoca em... UM PASSEIO DE NATAL

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CURIOSIDADES

E SUGESTÕES

Revista Educar - Dezembro 2011  15

O Natal ao redor do mundo Em qualquer lugar do mundo, o Natal é a comemoração do nascimento do menino Jesus. Alegria, casas e ruas enfeitadas e muita comida gostosa tem em todo canto. Mas cada lugar inventa um jeito diferente e criativo de celebrar o Natal. E às vezes nem comemora no mesmo dia que a gente! Quer conhecer alguns? Alemanha: foram os alemães que tiveram a ideia de enfeitar árvores para o Natal e eles gostam de fazer isso até hoje. Também gostam de cantar músicas especiais para a ocasião: NOITE FELIZ também foram eles que inventaram (em alemão, é claro!). Eles também gostam de fazer coroas de Advento. Advento é o tempo que se passa esperando pelo nascimento de Jesus, e vai de 24 de novembro até 24 de dezembro. As crianças alemãs ganham seus presentes no dia de São Nicolau (6 de dezembro) e não no dia de Natal. Os alemães também sabem fazer biscoitos e bolos deliciosos para o Natal. Estados Unidos: lá eles fazem uma bonita ceia de Natal no dia 24 de Dezembro, com peru assado e outras coisas gostosas. As crianças esperam que Papai Noel dê uma passadinha em suas casas e deixe alguma lembrancinha dentro das meias que ficam penduradas perto da lareira. Os presentes grandes ficam embaixo de grandes árvores enfei-

tadas e só vão ser abertos no dia 25. Finlândia: no Natal desse país tão distante e geladinho, as pessoas adoram comer coisas especiais: biscoitinhos de mel em forma de lua e estrela, pernil grandão e bacalhau bem grosso. Também fazem uma salada de beterraba e uma conserva de arenque, que é um tipo de peixe. Tudo isso é servido entre as 5 e as 7 horas da noite do dia 24 de dezembro. Depois eles abrem os presentes. Tem gente que leva toda a família para a sauna antes de ir para a ceia! Itália: os italianos gostam muito de ir à Missa do Galo, que é celebrada na noite do dia 24 de dezembro. Também gostam de montar presépios em casa, e as crianças adoram ajudar. Presentes só vão ser abertos no dia dos Reis Magos, que é em 6 de janeiro! E quem costuma trazer os presentes não é Papai Noel, mas uma bruxa boa chamada Befana, que fica de olho para saber se a criança se compor-

tou bem. Além do panetone, os italianos também gostam de comer no Natal um doce especial chamado Sfogliatelli, cheio de mel e ricota, e também massas recheadas e deliciosas. Portugal: em cada lugar de Portugal, eles fazem um pouquinho diferente. No Minho, é muito importante manter o fogo aceso a noite toda do Natal – é o lume sagrado. Em Trás-os-Montes, tem muita festa com dança, música, tambor e até castanhola. Em Beiras, tem desfile com roupas bonitas, bandeiras e tochas acesas. No Ribatejo, fazem fogueiras grandes nas praças e comem broas e bolos de gema. No Douro a tradição é uma ceia, chamada de consoada, com deliciosas rabanadas, uvas passas e vinho quente. E você, já pensou em como fazer o Natal na sua casa? ■

Achei pra você!

Livros

O Natal do Carteiro Janet & Allan Ahlberg (Cia da Letrinhas) Nesse divertida história, um carteiro está cheio de serviço para fazer com tantas entregas de encomendas, cartas e cartões. Só que ele trabalha entregando correspondência em casas muito especiais - a da Chapeuzinho Vermelho, a do Homem Biscoito e a de Cachinhos Dourados. E ao longo da história você vai poder ler os bilhetes, cartões e cartas que toda essa galerinha foi escrevendo. É bem diferente dos emails e do computador!

Um Ano Novo danado de bom Angela Lago (Editora Moderna) Essa é uma linda história de três irmãs separadas por um feitiço: uma foi transformada num pássaro, a outra numa árvore e a terceira num rio. Mas nada vai impedir que essa família se reúna novamente nesse maravilhoso conto de encantamento.





FEITURA

Revista Educar - Dezembro 2011  19

Árvore de Natal Um Natal de coração leve e respiração tranquila. Um largo sorriso e aquela sensação de que tudo aconteceu da melhor maneira, nem sempre como você planejou, mas de uma maneira bacana. De bem com a vida, com os amigos, de bem com a família. Se as coisas boas que lhe aconteceram neste ano fossem transformadas em enfeites de Natal, sua árvore estaria cheia, com certeza. Amigos são coisas boas, saúde, tempo com os filhos, com a família, uma casa confortável, passeios, um bom café, um bom papo. Tudo isso seria transformado em bolinhas de natal. A árvore mais linda que alguém pode desejar é essa. Agora arrume um espaço em seu pinheirinho para pendurar esta pequenina árvore que eu ensino aqui. Você vai precisar de palitos de picolé, tinta, cola, fita e enfeites.

Fotos: Cláudia Murakami

Comece pintando os palitos da cor que você deseja que seja sua árvore. Cole os palitos formando, com eles, um pinheirinho. Então enfeite.

Deixe seus filhos, alunos, sobrinhos decorarem as suas pequenas árvores também. Uma árvore de ternura e gratidão é o que desejo para todos vocês neste Natal! Até o ano que vem. Boas festas! Bela Cláudia Murakami,

também conhecida por Bela, escreve, cozinha, planta, costura, pinta, é mãe da Aila (3 anos) e criadora da marca Chá de Baunilha www.chadebaunilha.com


RECEITA

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Nhoque de Semolina Ingredientes para o nhoque*: 750 ml de leite, 2 colheres (sopa) de manteiga, sal, noz moscada, 200g de farinha de semolina (veja quadro abaixo), 1 ovo, 2 colheres de queijo ralado. Ingredientes para o molho de tomate fresco: 500g de tomates frescos e maduros, 2 dentes de alho, 2 colheres (de sobremesa) de azeite de oliva, 1 colher (de sopa) de folhas de manjericão.

Semolina é o nome dado ao resultado da moagem incompleta de cereais. Ela possui textura granulada, geralmente grossa, obtida da moagem de grãos duros, sendo a parte nobre do trigo, do milho ou do arroz. Modo de preparo: Colocar em uma panela 750ml de leite, 2 colheres grandes de manteiga, sal e noz moscada. Quando estiver quase fervendo, juntar 200g de semolina e mexer bem rápido, para não empelotar até ficar com aspecto de polenta grossa. Desligar o fogo, juntar 1 ovo, 2 colheres de queijo ralado, bater bem e colocar numa bandeja ou assadeira untada, numa espessura de mais ou menos 2cm. Deixar esfriar e cortar em quadrados. Servir com molho de tomates frescos ou molho a bolonhesa (carne moída).

*CONTÉM GLUTEN Molho de Tomates Frescos Bater no liquidificador 500g de tomates frescos, maduros e cortados em cubos. Passar o suco na peneira grossa, apenas para retirar as sementes que ficaram inteiras. Refogar 2 dentes de alho em 2 colheres de azeite de oliva, até começar a amarelar. Juntar o suco dos tomates, ferver para apurar, acertar o sal e por fim juntar 1 colher de sopa de folhas de manjericão picadas. ■ www.papinhadavovo.com.br - Joinville


REFLEXÃO

Revista Educar - Dezembro 2011  21

Padaria, camelo, picolé e negocinhos

V

ocê ensina seus filhos a negociar? Eles entendem o que é dinheiro? Sabem que é trabalhando que a gente ganha a bufunfa nossa de cada dia?

Mudei para São José dos Campos, SP, e fiquei passada com a quantidade de padaria. A cada esquina, uma. Um dia, brincando, perguntei pra que tanta padoca: “Ah, foi a privatização da Embraer”. Grande empregadora da cidade, a fabricante de aviões havia despedido trocentas pessoas com a privatização. E a moçada, com a grana da dispensa, danou a abrir padaria... Inútil dizer que a maioria se deu mal. Sim, porque ter seu próprio negócio não é pra qualquer um – você precisa ser um administrador nato, intuitivo, ou um que aprendeu com livros e escola. E é aqui que entra o X da questão, porque como o mundo hoje oferece muito trabalho e pouco emprego, como é que a gente pode preparar as gerações vindouras pra lidar com isso? Noutra época, quando morei no meio do mato em Mairiporã, SP, minha única vizinha era uma família muito dura e enorme. Quase na boca do verão, uma me contou que ia pegar 50 picolés na fábrica por 50 reais e vender cada delícia a 1,00 na represa! Sério?! Pois entendi naquele segundo que pobreza tem mesmo relação direta com educação. Minha vizinha não sabia fazer contas e ia se estrepar. Claro que o erro dela era crasso demais. Mas vivo vendo gente com diploma na cinta que fala de negócio da mesma maneira – sem sentar pra fazer contas básicas! Só que o mundo quer que a gente seja empreendedor, e aí eu pergunto: como é que se ensina uma criança a saber ler contrato, fazer conta de custo e lucro, entender de contador e leis e burocracia, a saber lidar com os deveres e direitos de empregados? E como é que a gente faz isso quando a

gente tem tanto pudor com dinheiro? Ah é, porque dinheiro é pecado. Eu mesma, quando boto reparo, vejo que olho pra qualquer enricado com o olho torto, como se toda riqueza tivesse como origem algum troço de errado – e dizem que isso tem muito a dever àquela coisa de ser mais fácil passar um camelo pelo buraco da agulha que ver um rico dando pinta lá no paraíso. Sei lá. Só acho que a gente precisa mudar essas coisas. Pra ter menos gente abrindo e fechando negócio. Não, ninguém precisa virar Geraldo Negocinho, um sujeito que tinha uma Kombi estacionada no centro da cidade e que enchia a dita de gente querendo comprar os terrenos que ele vendia lá nos cafundós de Belo Horizonte, anos atrás. Não sei se o cabra é boa gente nem nada, mas adoro o nome, porque não inspira confiança alguma. Mas me lembrei dele porque não estou aqui fazendo apologia nem à riqueza nem à pobreza. Gente que SÓ pensa em negocinho é o uó do borogodó! Mas ficar sofrendo porque ninguém nunca te ensinou o básico de como sobreviver neste modelo de vida é ainda mais chato, né não?   ■ Fátima Mesquita,

escritora, autora dos livros A INCRÍVEL FÁBRICA DE COCÔ, XIXI E PUM; ALMANAQUE DAS BARATAS, MINHOCAS E BICHOS NOJENTOS; PIRATAS - OS PERSONAGENS MAIS TERRÍVEIS DA HISTÓRIA; EM BUSCA DA MELECA PERDIDA (lançamento), entre outros. Para mais informações: www.pandabooks.com.br



VIAGEM

DOS SONHOS

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Revista Educar - Dezembro 2011  23

A magia da Disney Foto: Patricia Szpoganicz Linhares

iajar para a Disney, hoje em dia, é muito fácil. Com o câmbio favorável, a estabilidade da economia do Brasil e condições muito atraentes dos pacotes, tem se tornado mais e mais comum que famílias façam a opção por esse destino nas suas férias. E com tudo isso vem sempre a grande dúvida: QUAL A MELHOR IDADE PARA LEVAR MEU FILHO PARA A DISNEY? Antigamente levava-se em consideração o alto custo da viagem e a dificuldade de se chegar ao destino. Como hoje em dia os pacotes são mais acessíveis, muita gente tem oportunidade de ir: hoje temos voos diários e diretos até Orlando. A viagem, sem dúvida, está muito mais fácil!

ESTRUTURA E DETALHES QUE ENCANTAM E ATENDEM A TODOS A Disney foi criada por Walt Disney, um sonhador que planejou todos os detalhes para que seus parques fossem aproveitados por toda a família. Com isso, há uma estrutura que atende a todas as necessidades de seus visitantes. Esse fator deve ser levado em consideração na sua escolha, pois não só nos parques Disney, como em toda Orlando, existe uma estrutura para receber crianças de todas as idades. As famílias americanas têm o hábito de viajar sempre com seus filhos, vemos com frequência por lá pais jovens com 3 ou 4 filhos pequenos; muitos levam bebês de poucos meses e todos, com plena certeza, viajam a esse destino por conta dessa grande estrutura oferecida.

DIVERSÃO PARA TODAS AS IDADES A experiência que tenho pelo convívio com todos os tipos de famílias que há muitos anos levamos para Orlando me permite observar que os menores – de 2 a 6 anos – são os que mais vivem a magia oferecida nos parques, com os seus personagens preferidos. Pessoalmente, acho muito gratificante sonhar com os pequenininhos. As crianças maiores de 6 anos, até os 10, aproveitam além da magia

dos personagens e do conto de fadas – sim, porque ainda entram “no clima”. Em sua maioria já têm altura para curtir a maior parte dos brinquedos, entre eles alguns radicais. Acredito que os maiores de 10 anos, até a adolescência, aproveitam um outro lado desse destino: os brinquedos ainda mais radicais. Já não entram muito no clima mágico, em especial os meninos, porém aproveitam demais as atrações dos parques, os shows e as compras. Diante disso tudo, não há como a família não se divertir. Então, a ordem é fazer as malas e viver o sonho... o sonho das crianças... e de muitos pais! ■ Patricia Szpoganicz Linhares, proprietária da Universal Turismo (Florianópolis)


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Brinque-Book Os heróis do Tsunami Fernando Vilela

Os tsunamis (ondas gigantes) acontecem com frequência na Terra, principalmente no oceano Pacífico, e causam muito transtorno às pessoas, podendo destruir completamente vilas e cidades. Mas alguns seres vivos têm a capacidade de prever este fenômeno. Neste livro, você irá se surpreender com uma eletrizante aventura, que mostra como os animais são importantes para nós. Diomira, a Sherazade do sertão, coronel Carrerão e Lucinha Ivana Arruda Leite

Coronel Carrerão, o velho mandão, não resistiu. Se apaixonou e casou com Diomira. Os dois vivem tranquilamente na famosa Fazenda Bela Vista. Quer dizer, nem tão tranquilamente assim, já que uma garotinha sapeca e faladeira também está por lá.

livros | eventoS

Oficina, apresentação artística e bazar! (Florianópolis)

Não bastassem as preparações para as férias e o Natal, teremos ainda que guardar um pouco do nosso fôlego para aproveitar os muitos eventos que estão vindo por aí. O Reverbera, por exemplo, promete deixar nosso mês ainda mais feliz e animado. Confira abaixo a programação de dezembro e aproveite para se agendar!

10/12, das 10 às 17h Oficina de Improvisação Teatral e de Palhaço Com Juliana Dornelles (SP) - a partir de 16 anos (com 1 hora de intervalo para almoço) - VAGAS LIMITADAS

14/12, às 20:30h Apresentação Artística de Natal (evento gratuito)

17/12, das 14 às 18h Bazar de Renovação (entrada gratuita) O Bazar é uma atividade voltada para a interação entre as pessoas e uma oportunidade para trocar, vender e mostrar produtos.

Mais informações: 48 3365.5606 / 9601.2847

Reverbera: Rua Clodorico Moreira, 43, Santa Mônica


SORTEIO

Revista Educar - Dezembro 2011  25

Prêmios para o Chegou a época mais charmosa do ano, o Natal... e para comemorá-lo, vamos sortear brinquedos e livros! Não fique de fora, é muito fácil participar!

Natal Brinquedos Cia da Criança

b Envie um e-mail para promocao@revistaeducar.com.br com nome, telefone e endereço completo até o dia 23 de dezembro. No título, escreva PRÊMIOS DE NATAL. b Serão 7 contemplados - cada um receberá 1 dos prêmios ilustrados nesta seção. Os ganhadores serão avisados até o dia 1º de janeiro de 2012 e terão seus nomes divulgados no site da Educar, na seção PROMOÇÕES.

1 Escorregador com cadeirinha

b Envie somente 1 e-mail - endereços e dados repetidos serão 3 kits com o livro desconsiderados. “Em busca da MELECA b Mais informações: www.revistaeducar.com.br

1 Cavalinho de chão

Kits livros

PERDIDA”, de Fátima Mesquita, e livro de atividades Educar/ Today’s Baby Center

O Natal de Marley 2 livros O Natal de Marley, de John Grogan (Editora Ediouro)

Panda Books


notícias

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DO FORNO...

-Por Auxiliadora Mesquita

O Baobah está de portas abertas para crianças, adultos e Baobah Estúdios: estrutura de a turma da “melhor primeira e equipe qualificada idade” - todos estão convidados a usufruir do espaço de 1000m², construído com a reciclagem de conteineres. O prédio foi preparado acusticamente e possui salas especializadas para atividades artísticas, além de cozinha, banheiro adaptado, elevador e bistrô com delícias da casa. Além disso, fica em meio a uma área verde de 1300m². Nesse ambiente especial, a liberdade para criar é estimulada de todas as maneiras. A ideia é que as pessoas se reúnam de maneira livre e exercitem sua criatividade, sua imaginação e os sentidos. O Baobah quer ver as pessoas descobrindo novos caminhos, inovando em soluções e desafiando os limites – tudo pelo prazer de conhecer, criar e se autocriar. Saiba mais em www.baobahestudios.com.br

Bebê a bordo: Curso de Maternidade Responsável O Banco de Cordão Umbilical lançou mais uma iniciativa ótima para futuras mamães: um curso especial para gestantes em que os assuntos mais importantes para elas podem ser conversados com especialistas. É o curso Bebê a bordo: Maternidade Responsável, que acontece regularmente no Floripa Shopping, na Associação dos Lojistas. Nesses encontros, as mães podem discutir seus problemas e dúvidas com obstetras e pediatras. Também ficam sabendo tudo a respeito de como guardar as células-tronco do cordão umbilical de seu bebê, tema tão importante para o futuro das crianças – e a tranquilidade dos pais! Além de aprender mais, mamães e papais ainda têm um delicioso coffee-break à espera, sorteio de surpresas e mimos para levar para casa. Sempre às 19 horas, o Bebê a bordo: Maternidade Responsável já está com as datas programadas. Informe-se sobre os próximos encontros pelo telefone (48)3025-3700. Ou faça sua inscrição pelo email curso.bebeabordo@gmail.com. A inscrição é gratuita e o Banco de Cordão Umbilical pede apenas que você leve 1kg de alimento não perecível. Em tempo: papais ou o acompanhante de sua preferência são muito bem-vindos.

BCU

No começo deste ano, Florianópolis recebeu um novo espaço para quem quer se conhecer, exercitar a criatividade e a imaginação. É o Baobah Estúdios, que chegou com uma proposta diferente e instigante para pessoas de qualquer idade!

Foto: Baobah

Novo estúdio de arte, psicologia e educação


notícias

Revista Educar - Dezembro 2011  27

Foto: Bambini & Piccolini

A advogada Aline Magagnin já era uma apaixonada por moda quando nasceu sua filhinha e ela descobriu todo um novo mundo fashion – o da moda infantil. Dessa paixão nasceu a vontade de aprender e conhecer. E Aline foi fundo: estudou o mercado e a indústria de moda infantil, separando o joio do trigo. Esse profundo conhecimento adquirido ela compartilha com as pessoas por meio de seu blog, o www.mamicanguru. com.br, desde 2009. Aline também dá dicas fashionistas em sua coluna “Crianças Modernas” em www.garotasmodernas.com . E na coluna “Moda Infantil” em www.alinefranca. com.br/page/?page_id=5267 . Além de contar para todo mundo as novidades e tendências e dar dicas para as mães que querem deixar seus filhotes bem lindos, Aline Magagnin também presta assessoria a grifes e lojas. Contatos com ela podem ser feitos pelo email mamicanguru@gmail.com.

Bebezões... Algumas pessoas se chocam, outras não conseguem parar de rir. É o site www.manbabies.com recheado de fotos de pais com seus filhos. Até aí, nada de mais. O detalhe é que as fotos são postadas com os rostos trocados – os pais com os rostos de seus bebês. E os bebês com aquelas barbas... A verdade é que algumas fotos ficam realmente bizarras. Mas

muitas delas servem para dar boas risadas. Além do inusitado da coisa toda, algumas ficam bem comoventes, pois mostram momentos de carinho e cuidado entre pais e filhos. E o papai, aí? Vai arriscar brincar de ser um “homem-bebê”?

E por falar em postagem de fotos... Para a maioria das pessoas não tem problema, mas os americanos andam discutindo sobre a postagem de fotos de crianças em blogs e redes sociais. E muitos pais americanos já decidiram que não vão postar fotos de seus filhos em seus perfis por considerarem que é uma exposição desnecessária e possivelmente perigosa de suas crianças. Agora uma polêmica ainda maior foi lançada pelo jornalista Farhad Manjoo, da revista eletrônica Slate. Ele comentou que os pais só têm controle sobre a postagem das fotos que eles mesmo tiram de seus filhos. E que ninguém discute o fato de que sua criança pode aparecer nas fotos de outras pessoas: numa festinha de aniversário, no teatrinho da escola ou num jogo de futebol entre crianças. E que os pais não fazem ideia de como seus filhos serão retratados nessas fotos – nem dos comentários que podem surgir, coisa comum em redes sociais.

Dreamstime

Em defesa do melhor da moda infantil

Pode ser só excesso de cuidados, mas o jornalista se pergunta se deveriam existir algumas regras de conduta – uma “etiqueta” - para postar fotos dos filhos dos outros... E você, o que pensa sobre o assunto?   ■


CULTURA

Revista Educar  Informação útil para todos

Visão, observação, ilusão e imaginação: ingredientes da contemplação

V

ocê já parou para pensar em como se dá a construção do olhar das crianças? Embora pudesse tentar respostas nas experiências museais, provoco nosso diálogo a partir da visita noturna que fiz a um observatório na casa do astrônomo francês Alain, em San Pedro do Atacama/Chile. Olhando para aquela imensidão de céu do deserto tão plano, rodeado ao longe por montanhas e vulcões, numa temperatura de zero grau centígrado e vento cortante intermitente, Alain diz: “para admirar as constelações, é preciso visão, observação, ilusão e imaginação”. Como será isso? A visão periférica, geral, ampla, do todo; que se contrapõe e se coloca em tensão permanente com a observação minuciosa, atenta, particular – ambas fazem parte de um movimento ininterrupto de atenção/desatenção, aproximação/distanciamento que nos levam a perceber o todo e a parte e dar significação ao visto.

por tantos anos foi tido como verdade; aquilo que só mais tarde a ciência pode desvendar e refutar como equívoco. E por fim, Alain acrescentou a imaginação: “Para apreciarmos as constelações precisamos usar nossa imaginação e ver linhas imaginárias que ligam os pontos (estrelas) e, assim, formam grandes figuras (como o escorpião, por exemplo)”.

Foto: Pavel Losevsky

A visão periférica sozinha; a observação de um ponto singular; a percepção ingênua; ou a imaginação por si só – cada uma isoladamente, não nos permite vislumbrar o escorpião no céu. É justamente a dinâmica desse conjunto que nos leva à contemplação! Uma contemplação que não é estática ou passiva, mas que é ativa, pois é fruto do confronto entre a imagem e a experiência acumulada do espectador, libertando o caráter polifônico e múltiplo nelas envolvidos.

Mas o Alain inclui a ilusão! Explica que a ilusão é como uma percepção ingênua, primária, que se deixa equivocar... É o que nos faz ter a sensação de que o céu “acaba ali”, que é uma abóboda negra limitada repleta de furinhos iluminados; e que a terra onde estamos é plana e igualmente limitada pelo horizonte. Ele chama de ilusão aquilo que

É... Nada como outras paisagens e outros dizeres para (re)vermos nossas questões por diferentes ângulos! Por isso devemos sempre levar as crianças para viverem diferentes aventuras e experiências! ■ Maria Isabel Leite, Arte-educadora, Pedagoga, com Doutorado em Educação e Pós-Doutorado em Arte-Educação na área de Educação Museal www.repensandomuseus.blogspot.com


MÚSICA

Revista Educar - Dezembro 2011  29

Você já ouviu falar das vitaminas

Q

Foto: André Agenor

dó-ré-mi-fá-sol-lá-si? -Por Auxiliadora Mesquita

ue toda criança adora música, isso é fácil de perceber: ainda bem pequenos, eles se sacodem de um lado para outro assim que ouvem uma batida ritmada. E em pouco tempo eles já têm seu próprio “hit parade”, com as músicas preferidas, que levam a criança à loucura. E os pais por pouco também não ficam loucos, pois haja repetição! De fato, hoje já se sabe que além do prazer óbvio que a música causa na criança, ela também proporciona outros efeitos poderosos no cérebro. Sabemos intuitivamente que a música pode acalmar e entusiasmar, entristecer ou alegrar – e isso vale tanto para as crianças quanto para os adultos. A fruição musical é parte de nossas vidas desde muito cedo, e ainda bem que é assim. As vibrações sonoras são capazes de nos atingir tão intensamente porque acessam todo o nosso corpo. Ouvir música é coisa que levamos nossos bebês a fazer bem cedo - um móbile, uma canção de ninar, um sucesso do rádio, um dvd infantil. O que muita gente não faz é dar mais um passo nessa relação tão boa com a música: passar de “consumidor” a “produtor”. E isso nem é tão complicado assim. Afinal, produzir sons é exatamente o que a criança está fazendo ao cantar, ao bater com as mãos ou objetos sobre as mesas, ao sacudir ou soprar coisas encontradas pelo chão. Desse estágio inicial a criança pode ir mais além e com muitos benefícios para a sua vida. O estudo sistemático de música, partindo da iniciação musical até o domínio de um instrumento, é valioso para a criança de muitas formas. A primeira delas é algo que os cientistas já comprovaram – tocar um instrumento atinge as mesmas áreas do cérebro relacionadas à linguagem e ao raciocínio. Isso significa, na

prática, melhora na leitura e na matemática!

Fernanda Grieco Acquati, 6 anos, na Escola de Música Arte Maior

Além disso, também está comprovado que a música estimula a inteligência espacial, necessária para “visualizar” soluções em três dimensões e imaginar coisas. É pouco? Quem estuda música também parece formar mais conexões entre os neurônios, e mais variadas. É uma verdadeira “academia” para o cérebro! Como se não bastassem esses efeitos diretos, também existem muitos benefícios indiretos: tocar um instrumento exige disciplina e perseverança, aceitação da frustração e capacidade de superar os medos. Também exige concentração e atenção aos detalhes. Dá chance à criança de assumir riscos e se comunicar. Ajuda a desenvolver a autonomia e a autoexpressão. E isso tudo se divertindo! Mas ainda tem mais: nas ocasiões em que a musicalização se dá em meio a outras crianças, proporciona a oportunidade de trabalhar em equipe e conviver de maneira harmoniosa para chegar a um objetivo comum. Então anote aí: para crianças de todas as idades, recomendam-se doses diárias das vitaminas dó-ré-mi-fá-sol-lá-si. Sem contraindicações! E os efeitos colaterais são maravilhosos...  ■



GALERIA

Revista Educar - Dezembro 2011  31

NOSSA CARA Sofia

Pedro

Alena

Eduardo

Ana Luiza

Beatriz e Mariana

Frederico

Bruna

Guilherme

Isabelle

Júlia e Guilherme

Laura

Vitoria

Leonardo

Maria Clara

Leticia

Você tem filhos e quer que eles participem desta seção? Envie foto(s) para nossacara@revistaeducar.com.br com as seguintes informações: nome(s) completo(s) e idade(s) da(s) criança(s), cidade, telefone(s), escola(s) e nomes completos dos pais. Imagens com resolução ruim e/ou com dados incompletos não serão selecionadas.



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